intervenção social de a a z

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I n t e rv e n ç ã o S o c i a l d e A a Z

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Page 1: Intervenção Social de A a Z

Intervenção Social de A

a Z

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Ficha Técnica Ana Cardoso (sociológa)Ana Paula Silva (assistente social)

Adaptação http://www.communityplanning.net

ImagensFotografias tiradas no âmbito de:- Projectos de Intervenção Social do CESIS;- Projecto Intervir - Intervenção artística e social: “Heróis e Vilões” e “Mapas de Mim”;- Tertúlia no CESIS.

Referência bibliográfica Faleiros, V. P. (2002). Estratégias em Serviço Social. São Paulo: Cortez.

Design e Produção Gráfica

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3Intervenção Social de A a Z

Intervenção Social: de A a Z

“A prática profissional só deixará de ser repetitiva, pragmática, empiricista se os/(as) profissionais souberem vincular as intervenções no quotidiano a um processo de construção e descontrução permanente de categorias que permitam a crítica e a autocrítica do conhecimento. A prática crítica não se reduz à mera aplicação do conhecimento que vem de fora dela, mas ela própria gera a necessidade de reformulação do conhecimento, e em cada situação, é preciso uma hermenêutica, uma interpretação que alie os sentidos que se dão à prática, à análise das condições em que esta se realiza”.

Faleiros (2002:72)

Conhecer, interpretar e transformar fenómenos sociais é um processo que assenta num questionamento permanente, numa prática crítica e reflexiva de quem faz “intervenção social”.O documento Intervenção Social: de A a Z é, no fundo, o resultado dessa prática reflexiva realizada no contexto do Projecto Espiral (Contrato Local de Desenvolvimento Local), colocado-se a ele próprio, e à sua equipa, no centro dessa reflexão. Das questões “o que fazemos” mas, sobretudo, “como fazemos”, ou “como deveríamos fazer Intervenção Social” resultou um conjunto de orientações, de “dicas” práticas para a acção realizada por qualquer profissional, de áreas diferentes das ciências sociais e humanas, que tenha a pretensão de transformar um determinado contexto de partida.A Intervenção Social deve-se pautar pelo domínio de conhecimentos teóricos, de métodos e de técnicas, algumas delas inerentes a cada área profissional. Ela é, essencialmente, concretizada por pessoas competentes mas que, como pessoas integrais que são, apresentam também os seus medos, limitações e áreas (físicas, intelectuais, psicológicas) de refúgio.

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O documento Intervenção Social: De A a Z procura ser um estímulo a essas pessoas, à sua criatividade e iniciativa; à sua capacidade de mobilização e envolvimento. É um documento baseado na experiência real de um projecto e inspirado em www.communityplanning.net, pois, como se diz no corpo do texto, há que partir sempre do trabalho já produzido por outros/as.A intervenção social, de âmbito local, constitui-se como um dos mais fortes instrumentos da política social, caracterizada pela sua capacidade de adequação a cada comunidade. A flexibilidade das pessoas que a fazem, e dos seus métodos e técnicas, é, pois, essencial, assim como essencial é a sua capacidade de relacionamento e de promoção de participação e de empowerment. Esta é uma das mensagens que se pretende transmitir neste Intervenção Social: de A a Z.Participação e empowerment são, aliás, pressupostos transversais a todo o Projecto Espiral. Capacitar para uma participação activa, numa lógica de “participatory governance” está mesmo no centro da actuação do designado Eixo III “Capacitação da Comunidade e das Instituições”, onde são consideradas diferentes iniciativas, unidas pelo objectivo de construir uma comunidade (de pessoas residentes e também de profissionais) informada, com competências reflexivas, dinâmica e organizada.É neste Eixo III que se integra, também, este documento Intervenção Social: de A a Z. É um documento despretensioso, organizado em mensagens que percorrem (quase todo) o alfabeto. Mas que este despretensiosísmo da sua linguagem não retire importância, ou pertinência, aos temas que aborda e às sugestões que faz. Que ele seja, antes de mais, um convite a uma leitura atenta e, também, divertida que favoreça uma auto-reflexão e, sobretudo, hummm… conduza a saborear aquilo que cada um/a de nós é e faz!

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Aceite as limitaçõesNenhum projecto / intervenção pode resolver todos os problemas, mas um processo participado pode ser o catalisador de mudanças fundamentais.

Aprenda com outros/asNão há que inventar de novo a roda. Não pense que já sabe tudo! Aprenda e contacte com outras experiências. Abra-se a novas abordagens.

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‘Bora lá...Aceite os desafios, mas estabeleça regras e objectivos que sejam do comum conhecimento e que, por isso, tenham capacidade para serem, por todos/as, apropriados.

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Capacite Aproveite todas as oportunidades para desenvolver competências locais.

ComuniqueUse todos os recursos disponíveis para levar as pessoas a saberem o que se está a fazer e como podem participar.

Centre-se nos interesses locaisSe pretende fomentar a participação centre-se nos interesses existentes e nas motivações da população local para, a partir daí, alargar horizontes.

ConfieConfie nas outras pessoas: geralmente a reciprocidade acontece! A falta de confiança, com frequência, tem origem na falta de informação.

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Divirta-se!Participar num projecto de intervenção social pode ser uma grande oportunidade para encontrar novas pessoas e nos divertirmos. Os melhores projectos têm sido aqueles onde as pessoas gostam de criar em conjunto e onde a criatividade está presente. Até porque, intervir localmente requer humor!

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EncorajeEncoraje a colaboração e crie uma cultura de parceira.

Encoraje, em cada elemento da equipa, a auto- -crítica, a responsabilidade pessoal e a partilha.

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FlexibilizeEvite a rigidez de métodos e de estratégias. Prepara-se para modificar o processo de acordo com as circunstâncias.

Foque-se na atitudeComportamentos e atitudes não dependem de ninguém a não ser de cada uma e um de nós. Desenvolver uma atitude ética, mas de proximidade, é tão importante como os métodos de trabalho.

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GosteGoste de si. Goste dos outros. Goste do que faz!

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Hummmm...e saboreie!

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ImagineImagine! Permita-se imaginar um mundo diferente, mais equilibrado e onde homens e mulheres partilhem tarefas e responsabilidades, tanto na vida profissional, como na vida familiar. Imagine um mundo onde as tarefas não têm sexo e promova essa ideia na sua intervenção.

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JustaDiga a palavra justa. Seja justo, ou justa, nas suas acções e tomadas de decisão.

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Lembre-se!E para lembrar é importante que seja assegurada a documentação de todas as actividades. Registe, escreva, fotografe de modo a que aquilo que faz se torne visivel.

Registar, documentar as actividades não é perda de tempo.

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Mantenha o momentoProcessos de desenvolvimento são invariavelmente lentos, por isso, exigem tempo e continuidade. Mas se houver quebras, o trabalho deve ser retomado onde ficou e não voltar ao início.

Misture métodosUse uma diversidade de métodos para promover a participação. Conheça as características da população e as suas tradições: tome isso como ponto de partida.

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Não naturalizeNão considere naturais os problemas que encontram nos contextos de intervenção, pois eles são de cariz social. Nesta perspectiva, os problemas transformam-se e podem até ser erradicados desde que haja envolvimento, desde que haja um compromisso (também social).

Não culpabilizeAinda que haja opções pessoais que podem ser questionáveis não há lugar à culpabilização mas sim a uma intervenção que leve a um questionamento pessoal, a um alargamento de perspectivas e, se for caso disso, à escolha de outras opções.

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OrganizeDefina objectivos, pense em actividades que os possam concretizar; pense nos recursos necessários. Planeie, organize e dê tempo para tal organização. Enfim, organize-se!

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Promova a participaçãoO modo como as coisas são feitas tem uma influência determinante nos resultados. Mas atenção aos objectivos do trabalho e recorde-se que a participação é importante mas não é um fim em si mesmo.

Partilhe!Tudo aquilo que se produz no contexto de um projecto de intervenção não tem propriedade, é para ser partilhado.

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QualidadeOriente-se pela qualidade, nas actividades realizadas, nos serviços prestados, nas relações estabelecidas.

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Respeite o contexto culturalTenha a certeza de que a sua abordagem é adequada ao contexto cultural onde intervém: tenha em conta as atitudes face ao género; os grupos informais; as vivências de rua; os grupos de interesse ou de pressão.

Reflicta!Observar o meio; pensar sobre a sua própria actuação é um princípio fundamental. Pense, reflicta, ainda que tal o/a possa conduzir à identificação dos seus próprios limites. Isso é bom! Isso é crescimento!

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Seja...Seja honesta/o; transparente e visionário/a, ainda que, contudo, realista!

Saia...Saia à rua! Não se refugie no seu gabinete. Não dê numa de “elitista”. Contacte com as pessoas, converse, escute, observe. Aprenda, assim, sobre o contexto de intervenção.

SorriaNão seja parcimonioso/a nos sorrisos. Ofereça-os com intenção. Não imagina como as pessoas o/a vão reconhecer por isso.

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TransformeMais realista, ou mais visionária, qualquer intervenção social deve ter capacidade de transformação. Transformação do que nos rodeia e, em particular, de cada um de nós.

Esta é, de facto, uma grande oportunidade para nos interrogarmos sobre os nossos próprios medos, preconceitos e estereótipos; sobre a forma como eles nos impedem de ir mais além na nossa intervenção e de como, assim, contribuímos nós também para sociedades preconceituosas e pouco inclusivas.

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UnaSaiba criar união na diversidade. Torne consciente a noção de que é a diversidade que cria a unidade.

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VisualizeÉ mais fácil promover o envolvimento e a participação quando a informação é apresentada com recurso a imagens, ou quando o objectivo final pode ser visualizado: use gráficos, mapas, imagens, cartoons, desenhos, fotomontagens, modelos, tudo o que for possível para facilitar a visualização.

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Xiu… (sabemos que se escreve shiuu..)

Quando estiver no centro do turbilhão – pare e ouça o silêncio!

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ZZZZZZZZÉ preciso ter consciência de que o caminho da intervenção social é, por vezes, sinuoso….

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SEGURANÇA SOCIAL

CESIS – Centro de Estudos para a Intervenção SocialProjecto Espiral (CLDS)Eixo 4 – Informação e Acessibilidades (Acção 8 – Valorização da Freguesia)