internet, crianças, jovens e violência online: mediação e auto-regulação
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Teresa Castro, António OsórioIntituto de Educação, Universidade do Minho
This work is funded by POPH – QREN – Type 4.1 – Advanced Training, by European Social Fund and national funds of MCTES through FCT - Foundation for Science and Technology, under Research Grant with ReferenceSFRH/BD/68288/2010.
INTERNET, CRIANCAS, JOVENS E VIOLENCIA ONLINE - MEDIACAO E AUTO-REGULACAO
> Porto, 29.JUN.2012
Um ecrã. Uma realidade partilhada.
Quatro ecrãs. Quatro realidades.
As crianças e os ecrãs
Passividade vs interatividadeReceptor vs autor
Os ecrãs: Lúdico e social
As novas gerações mantêm uma relação diária estreita com os ecrãs (televisão, Internet, consolas de videojogos e telemóveis). Grande parte do seu tempo de ócio destina-se a estes meios de comunicação com um duplo uso prioritário: jogar ou conviver.
Carmen (2007)
The Internet generation: resultados de um estudo no UK
They used a second device to fill in breaks during their entertainment, often talking or texting their friends during adverts or while they were waiting for computer games to load. TV was also used to provide background entertainment while they were doing something else - especially if the program chosen by their family was 'boring'.
Jago, Sebire, Gorely, Cillero and Biddle (2011)
“pelo mundo inteiro existe um apaixonado caso de amor entre crianças e computadores”
(Papert, 1997:21)
“as novas gerações o consideram um produto da natureza, como o leite ou o tomate”
(Andreoli, 2007:23)
Crianças, jovens e as TIC
Novos ritmos e novos rituais
liberdade
cordão umbilical
coordenação do dia-a-dia
mobilidade
conectividade
companhia
privacidade
Um estudo com crianças do 5º e 6º ano em Braga
telemóvel messenger
Castro, Teresa (2008). “Quando as teclas falam, as palavras calam - Estudo sobre a utilização do telemóvel e do Messenger por crianças do 5º e 6º ano do distrito de Braga”, disponível em http://hdl.handle.net/1822/8857
2009/11
2010/11
2011• A sólida e precoce presença e importância que as TIC assumem no quotidiano
juvenil e para a manutenção dos laços sociais;
• número de contatos que têm nos serviços de conversação instantânea (em média 52 contactos);
• Cerca de 20% dos jovens inquiridos (em particular os rapazes) conversam em chats com pessoas que conheceram na Internet;
• Mais de 40% bloqueiam um contacto, quando não gostam da atitude dessa pessoa;
• [sobre o uso do telemóvel e do Messenger] 42,5% no caso do telemóvel e e 47,9% no caso do Messenger referiu ‘nunca’ ter sentido o controlo parental.
Quando as teclas falam, as palavras calam…
Castro, Teresa (2008). “Quando as teclas falam, as palavras calam - Estudo sobre a utilização do telemóvel e do Messenger por crianças do 5º e 6º ano do distrito de Braga”, disponível em http://hdl.handle.net/1822/8857
Children and young people confront dangers in virtual social life just as they do in physical locations.
In, Violence against children in cyberspace (2005)
Crianças, jovens e Internet: um novo espaço social
Comportamento[o que se faz/diz]
Consequências[online>offline]
Interpretação[situações/sentidos]
Interação/comunicação
Oportunidades
Procura de informação
Riscos‘no go’ zones
Caraterísticas da Internet
Pesquisabilidade Replicabilidade
Escalabilidade Persistência
Publicado = Pesquisável
Publicado=Pesquisado/Copiado/adulterado
Publicado = Fora do nosso controlo
Publicado = Para sempre
> Classificação de riscos (EU KIDS ONLINE)
Conteúdo: A criança como receptor
Contacto: A criança como participante
Conduta:A criança como actor
Agressividade Conteúdo violento/discriminatório
Ser intimidado, molestado ou perseguido
Intimidar ou molestar outros
Sexuais Conteúdo pornográfico/sexualmente malicioso
Contacto com desconhecidos, ser aliciado
Criar/inserir material pornográfico
Valores negativos Informação/aconselhamento racista, tendenciosa (por ex. drogas)
Auto-mutilação, persuasão indesejada
Difundir conselhos, por ex. Suicídio/pro-anorexia
Riscos Online
Violência Online
Violência Online
Atos de agressão de caráter físico, verbal, psicológico ou emocional
perpetrados por intermédio das tecnologias digitais e da Internet
que podem resultar em danos físicos ou psicológicos
http://www.agenciars.com.br/blog/criancas-brasileiras-sao-as-que-entram-mais-cedo-nas-redes-sociais/
As várias faces da mesma moeda: a criança-vítima, a criança-agressora e a criança-espectadora
... e a inversão de papéis
Do ponto de vista do agressor
http://purabrincadeira.bloguepessoal.com/304043/Todas-nos-temos-ou-tivemos-uma-crianca-dificil-Leiam-este-testemunho/
maior desinibição para dizer ou fazer o que não seria possível no contacto face-a-face
a violência ganha contornos mais intensos, intensivos e desumanos
> O anonimato/multiplicidade de personagens
> 24/7
> A diversidade de meios e formatos
a dificuldade em identificar o agressor
estimula a impunidade do agressor
a dificuldade em pedir ajuda
sentimento de culpa e o medo de ser castigado(a)
Do ponto de vista da vítima
http://sexoforte.net/mulher/artigos.php?id=248&w=criancas-o-risco-de-se-perderem-em-ferias
Na maior parte dos casos, os pais desconhecem que os seus filhos se colocam em situação de risco na Internet
Mediação e auto-regulação
Castro, Teresa (2008). “Quando as teclas falam, as palavras calam - Estudo sobre a utilização do telemóvel e do Messenger por crianças do 5º e 6º ano do distrito de Braga”, disponível em http://hdl.handle.net/1822/8857
Controlo parental| telemóvel
SempreMuitas vezesÀs vezesRaramenteNunca
50,0%
40,0%
30,0%
20,0%
10,0%
0,0%
Perc
ent
9,5%9,9%
18,0%20,1%
42,5%
Castro, Teresa (2008). “Quando as teclas falam, as palavras calam - Estudo sobre a utilização do telemóvel e do Messenger por crianças do 5º e 6º ano do distrito de Braga”, disponível em http://hdl.handle.net/1822/8857
Controlo parental|MSN
Sempre
Muitas vezes
Às vezes
Raramente
Nunca
40,0%30,0%20,0%10,0%0,0%
Percent
9,6%
9,3%
18,3%
24,1%
38,8%
Nativos vs emigrantes digitais?Prensky, 2001
As demandas da interface computacional são significativas, relegando muitos pais a condição de dinossauros na era da informação em que habitam seus filhos.
Livingstone, 2008Internet Literacy: Young People’s Negotiation of New Online Opportunities
8 ou 80?
• Mediação restritiva – Reduz riscos, mas também– Reduz oportunidades e habilidades
Mediação e auto-regulação
- Estudos mostram que:
- Monitorização > após acontecimento perturbador (prevenção a posteriori)
- Mediação técnica > não impede a criança de encontrar riscos online
How can parents support children's internet safety? Duerager, Andrea and Livingstone, Sonia (2012)
Aquilo que os adultos consideram ‘risco’, as crianças consideram
‘oportunidade’
Mediação e auto-regulação
Risco é diferente de dano
Mediação e auto-regulação
• Mediação positiva e ativa– Os pais falam abertamente sobre internet– Acompanham e partilham as atividades online– Encorajam a exploração
Mediação e auto-regulação
Diminuir a exposição aos riscos online sem reduzir o acesso às oportunidades
Saber como lidar face aos riscos
How can parents support children's internet safety? Duerager, Andrea and Livingstone, Sonia (2012)
Mediação e auto-regulação
Boas práticas
Resiliência
Agencialidade
CivilidadeLiteracia
MUITO OBRIGADA!
> Porto, 29.JUN.2012
Teresa Castro, António OsórioInstitute of Education, University of Minho
This work is funded by POPH – QREN – Type 4.1 – Advanced Training, by European Social Fund and national funds of MCTES through FCT - Foundation for Science and Technology, under Research Grant with ReferenceSFRH/BD/68288/2010.