interação, autoria coletiva e web 2.0

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APRESENTAÇÃO DOS CONCEITOS PRESENTES NOS SEGUINTES TEXTOS: “HIPERTEXTO COOPERATIVO: UMA ANÁLISE DA ESCRITA COLETIVA A PARTIR DOS BLOGS E DA WIKIPÉDIA” - de Alex Fernando Primo e Raquel da Cunha Recuero “QUÃO INTERATIVO É O HIPERTEXTO? DA INTERFACE POTENCIAL À ESCRITA COLETIVA” – de Alex Fernando Teixeira Primo

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Definição de Interação e Hipertexto a partir de textos produzidos pelo professor Alex Primo.

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Page 1: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

APRESENTAÇÃO DOS CONCEITOS PRESENTES NOS SEGUINTES TEXTOS:

“HIPERTEXTO COOPERATIVO: UMA ANÁLISE DA ESCRITA COLETIVA A PARTIR DOS BLOGS E DA WIKIPÉDIA” - de Alex Fernando Primo e Raquel da Cunha Recuero

“QUÃO INTERATIVO É O HIPERTEXTO? DA INTERFACE POTENCIAL À ESCRITA COLETIVA” – de Alex Fernando Teixeira Primo

Page 2: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

O objetivo do trabalho é discutir o hipertexto em virtude das relações interativas por ele motivadas. Questões como interação (bidirecionalidade, diálogo e permutabilidade) , o termo “usuário” e autoria compartilhada serão desafiadas.

É um exemplo de interatividade?

http://www.existor.com/

Page 3: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

http://youtu.be/N382tTbebLQ

Marco Silva - O conceito de interatividade especifica um tipo singular de interação. A interatividade está na disposição para mais interação, para intervenção , para participação, para multiplicidade. Não se limita à interação digital, mas é potencializada por ela.

Alex Primo - Há dois tipos de interação: mútua e reativa. Na interação mútua, o foco está no relacionamento. As relações estão em transformação permanente. Na interação reativa, não há cocriação. Só há um grupo de escolhas.

Entrevista (Marco Silva e Alex Primo) - 2005

Entrevista com Alex Primo a questão da interação

Page 4: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

De acordo com Lucien Sfez, a comunicação contemporânea apresenta uma dimensão de aprisionamento. De acordo com ele, a sociedade pós-moderna não consegue se comunicar consigo mesma. Ele cunha o termo tautismo (tautologia = a fala do mesmo (“repito, logo provo”) + autismo = estado mental de fechamento, com pouco ou nenhum contato com o exterior), modelo de comunicação que procura justificativas em si mesmo, marcado pela circularidade, impossibilidade de troca e totalitarismo.

Entrevista com Lucien Sfez

http://www.thefreelibrary.com/A+tecnologia+vista+como+narrativa.+entrevista+com+Lucien+Sfez.-a0197106140

Page 5: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

Em uma abordagem tecnicista, aqueles que usam a tecnologia são chamados de usuários. Tal fato nos remete à Teoria da Informação (Shannon e Weaver, 1949), que concebe a comunicação como uma transmissão de sinais onde há um emissor e um receptor.

A comunicação como dialogia (interação) já aparece em Platão e Sócrates. Assim sendo, o conhecimento é construído nas relações sociais, Pode-se dizer, então, que os termos “receptor” e “usuário” são conceitos inadequados à interação. O termo interagente emana a ideia de interação, ou seja, a ação que acontece entre os participantes (aquele que age com outro).

Page 6: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

Há diferentes formas de interação hipertextual: da mais simples navegação à criação cooperativa.

1) HIPERTEXTO POTENCIAL É o tipo de hipertexto onde os caminhos e movimentos possíveis estão pré-definidos e não abrem espaço para o interagente visitante incluir seus próprios textos e imagens. Há uma interação reativa quando os trajetos estão todos pré-definidos. No hipertexto potencial apenas o leitor se modifica, permanecendo o produto digital com suas características originais.

Page 7: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

HIPERTEXTO

3) HIPERTEXTO COOPERATIVO É um texto multissequencial escrito por diversos colaboradores. No hipertexto cooperativo, todos avaliam constantemente sua produção. E como todos os interagentes podem alterar qualquer parte do texto, a personalidade e o estilo desenvolvidos no grupo acabam por permear toda a produção. A evolução do texto depende das decisões do grupo como um todo. As sequências são sempre temporárias. Enquanto a interação reativa se caracteriza por um equilíbrio estático, na interação reativa se observa um equilíbrio dinâmico, negociado entre os interagentes, no transcurso de contínuos desequilíbrios .

2) HIPERTEXTO COLABORATIVO / HIPERTEXTO COLAGEM Constitui uma atividade de escrita coletiva. O hipertexto colaborativo permite a intervenção criativa dos participantes do grupo, mas através de lacunas na sequência prevista. Demanda mais um trabalho de administração e reunião das partes criadas em separado do que um processo de debate e invenção cooperada.

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A escrita colaborativa não é exclusividade do suporte digital. Jean Piaget afirma que cooperar envolve “operações efetuadas em comum ou em correspondência recíproca”. Na cooperação, o ‘eu’ é substituído pelo ‘nós’.

Peter Kollock e Marc Smith lembram que a tensão entre o individual e o coletivo está na raiz do problema da cooperação, ou seja, aquilo que pode parecer certo, justo e conveniente para uma pessoa, pode, ao mesmo tempo, promover resultados prejudiciais para o grupo como um todo. Essa problemática, chamada de “dilema social”, tem repercussões importantes nas relações travadas no ciberespaço.

“Conflito e cooperação em interações mediadas por computador” – Alex Primo

http://www6.ufrgs.br/limc/PDFs/conflito.pdf

Page 9: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

Com os blogs e páginas wikis, os internautas passam a ser guias, podendo inclusive criar o próprio território e os caminhos que o entrecruzam.

http://youtu.be/7AEQjRYMQ90

Entrevista com Alex Primo webs e wikis.

Page 10: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

Os weblogs são sistemas de publicação na Web baseados nos princípios de microconteúdo e atualização frequente. Os textos são publicados em blocos organizados cronologicamente. Estes blocos de texto costumam utilizar muitos links para fontes e contraposições de fontes, constituindo-se também em uma característica desses blogs. Os weblogs não foram criados com o fim exclusivo de servirem como “diários eletrônicos”, mas simplesmente como formas de expressão individual. A maioria dos sistemas de blogs conta hoje com duas ferramentas muito populares: a ferramenta de comentários (permite aos internautas deixar observações e comentários sobre os posts publicados pelo autor do blog) e a ferramenta de trackback (permite que outros posts, em outros blogs, que fizeram referência a um texto sejam linkados junto dele, de modo a mostrar ao internauta a discussão que está sendo realizada em torno do assunto também por outros blogs). São exatamente estas ferramentas que fazem do blog um sistema que traz uma organização diferenciada para a Web. O weblog torna-se um espaço de comunicação entre os interagentes, proporcionando a discussão e o diálogo. O blog permite ao blogueiro e aos internautas criar novas trilhas, criar novos nós e links. Os blogs não são sempre uma forma de construção coletiva onde todos possuem poder. Muitas vezes, trata-se de um texto escrito coletivamente, mas de uma rede de significações coletiva agregada a um texto individual.

Page 11: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

O termo Wiki foi cunhado por Ward Cunningham e significa “rápido” no Havaí (wiki wiki).

Através do sistema Wiki um internauta pode alterar qualquer conteúdo apresentado em um site através do próprio browser utilizado para navegação.

O sistema Wiki veio permitir não apenas a reunião de dados, mas a própria geração de novos conhecimentos de forma compartilhada entre diferentes sujeitos, a qualquer tempo e de qualquer lugar.

A Wikipédia : Tem uma estrutura disposta em rede. Não existe uma hierarquia que organiza os verbetes e a própria consulta. A recuperação das informações se dá a partir de um mecanismo automatizado de busca e entrecruzamento de informações se “amarra” através de links. A autoria não fica aqui relegada à mera opção entre caminhos potenciais abertos por um webmaster. Não se trata apenas de leitura ativa e criativa, mas também de legítima redação. É preciso também notar que cada intervenção altera não apenas um verbete específico, mas também a própria Wikipédia enquanto todo editorial. Cada inclusão ou eliminação de link modifica a rede hipertextual. A preocupação maior se desloca da proteção ao nome do autor para o cuidado com a informação, com o texto da comunidade.

Page 12: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0
Page 13: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

"Num universo em que tudo se comunica, sem que se saiba a origem da emissão, sem que se possa determinar quem fala, o mundo técnico ou nós mesmos, nesse universo sem hierarquias, salvo emaranhadas, em que a base é o cume, a comunicação morre por excesso de comunicação e se acaba numa interminável agonia de espirais. E a isso que dou o nome de "tautismo“. Lucien Sfez

Page 14: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

CARACTERÍSTICAS INTERATIVAS

INTERAÇÃO FACE-A-FACE

INTERAÇÃO MEDIADA (telefone,

computador...)

INTERAÇÃO QUASE

MEDIADA (livro, jornal,

rádio...)ESPAÇO-TEMPO Contexto de

copresença: sistema

referencial espaço-temporal comum

Separação dos contextos;

disponibilidade estendida no tempo e no

espaço

Separação de contextos;

disponibilidade estendida no tempo e no

espaço

POSSIBILIDADE DE DEIXAS SIMBÓLICAS

Multiplicidade de deixas

simbólicas

Limitação das possibilidades

de deixas simbólicas

Limitação das possibilidades

de deixas simbólicas

ORIENTAÇÃO DA ATIVIDADE Orientada para outros

específicos

Orientada para outros

específicos

Orientada para um número

indefinido de receptores potenciais

DIALÓGICA / MONOLÓGICA Dialógica Dialógica Monológica

As três situações interativas pensadas por Thompson são: interação face-a-face (dialógica), mediada (dialógica) e a interação quase mediada (monológica).

Page 15: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

FONTES INTERESSANTES1) http://www6.ufrgs.br/limc/projetos.html2) http://www.youtube.com/watch?v=ShRODbkFIJ0&feature=related

Page 16: Interação, Autoria Coletiva e Web 2.0

GRUPO 4

Aline RibeiroCristiane FreitasJuliana CâmaraLidiane FernandesOfélia Sagres