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Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro
Escola Nacional de Botânica Tropical/ ENBT Programa de Pós-graduação Stricto Sensu
Tese de Doutorado
A Sucessão e a restauração ecológica na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ
Richieri Antonio Sartori
Rio de Janeiro
2014
ii
Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro Escola Nacional de Botânica Tropical/ ENBT
Programa de Pós-graduação Stricto Sensu
A Sucessão e a restauração ecológica na Reserva Biológica
Poço das Antas, RJ
Richieri Antonio Sartori
Tese apresentada ao Programa de Pós Graduação em Botânica, Escola Nacional
de Botânica Tropical, do Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários para a obtenção do título de Doutor em Botânica.
Orientador: Pablo J. F. Pena Rodrigues
Coorientador: Luiz Fernando Duarte de Moraes
Rio de Janeiro 2014
iii
A Sucessão e a restauração ecológica na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ
Richieri Antonio Sartori
Tese submetida ao corpo docente da Escola Nacional de Botânica Tropical, Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJ, como
parte dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Doutor.
Aprovada por:
Dr. Pablo J. F. P. Rodrigues (Orientador) __________________________
Dr. João Marcelo Braga – JBRJ __________________________
Dr. Rogério R. de Oliveira – PUC-RIO __________________________
Dra. Márcia C. M. Marques (UFPR) __________________________
Dra. Tânia Sampaio Pereira (JBRJ) __________________________
Em 26/02/2014
Rio de Janeiro
2014
iv
Sartori, Richieri Antonio.
S251s
A Sucessão e a restauração ecológica na Reserva
Biológica Poço das Antas, RJ / Richieri Antonio Sartori. – Rio de Janeiro, 2014.
xv, 218f. : il. ; 30 cm.
Tese (doutorado) – Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro / Escola Nacional de Botânica Tropical, 2014.
Orientador: Pablo J. F. Pena Rodrigues.
Coorientador: Luiz Fernando Duarte de Moraes.
Bibliografia. 1. Restauração ambiental. 2. Degradação ambiental. 3.
Regeneração natural. 4. Sucessão ambiental. 5. Mata atlântica. 6. Reserva Biológica Poço das Antas (RJ). 7.
Rio de Janeiro (Estado).Título. II. Escola Nacional de Botânica Tropical.
CDD 577.35
v
(Moraes et al. 2006)
"Pie detrás de pie, no hay outra manera de caminar."
(Jorge Drexler)
Dedico aos meus pais que sempre
acreditaram, ao meu amigo Slow que
sempre me esperou dia após dia e ao
amigo Alexandre Christo que se foi,
cedo demais!
vi
Agradecimentos Um dia ouvi alguém dizer que a vida é como uma viagem de trem, as estações são os
momentos e os passageiros são as pessoas que entram em nossa vida. A cada estação algumas
pessoas entram, outras saem, umas sentam longe, outras mais próximas, com algumas nos
relacionamos, outras mal as vemos, com algumas vamos muito longe, outras descem na
próxima estação. Acredito que nesta parte da viagem chamada Rio de Janeiro, foram muitas
as estações, e o trem muito grande, com muitos passageiros. Posso dizer que mais pessoas
embarcaram nessa viagem do que desceram e pretendo que muitas destas estejam comigo até
mais adiante e outras que estejam até o fim da viagem.
São muitas pessoas para agradecer, mas pretendo me lembrar de todos que
contribuíram, fosse a dia de campo, na determinação de uma espécie ou em alguma sugestão
que pudesse contribuir. As pessoas as quais eu me esquecer, me cobrem, que irei agradecer
pessoalmente.
Primeiramente gostaria de agradecer ao meu orientador Pablo J.F.P. Rodrigues, por ter
aceitado me orientar e por me apoiar em todas as ideias, também por sua amizade e pelas
conversas científicas e outras nem tanto. Obrigado também ao meu coorientador Luís
Fernando Duarte de Moraes o qual idealizou, realizou e já vem trabalhando nos plantios há
muito tempo e por fornecer os dados e apoios, sempre que possível.
Muito obrigado aos membros da banca João Marcelo Braga, Tânia Sampaio Pereira,
Marcia Marques, Rogério Oliveira, André Zaú e Jerônimo Sansevero por se disporem a
participar. Com certeza as sugestões serão de grande importância para esta tese. Muito do que
está aqui escrito aprendi com vocês, muito grato mesmo.
Por todos os momentos de avaliação, agradeço ao Dr. Marcelo Trindade por ser meu
avaliador de seminários I, engrandecendo este trabalho com seus comentários. Ao Dr.
Rogério Oliveira por participar de minha pré-banca e da minha qualificação e ao Dr. André
Zaú por participar com ideias grandiosas de meu seminário II. Realmente fico grato por todos
vocês que me mostraram o caminho a ser seguido.
Gostaria de agradecer a todos aqueles que contribuíram muito com a ajuda em campo,
herbário, planilha e triagem. Aos estagiários, Clara P. Vignoli, David C. M. de Oliveira,
Fernanda de N. Almeida, Eduardo F. dos Reis, Nathalia Ribeiro, Michele Lima e Marcelo
Fortes. Também às mestras Mariela Figueiredo e Maysa Lima. E pelos trabalhos duro e
intermináveis em campo um agradecimento realmente especial aos meus amigos mateiros
vii
Adilson Pintor (Tiozinho), Adelino Pintor (Chupa Cabras) e Totonho. Pouco deste trabalho
seria possível sem meus nobres companheiros.
Aos pesquisadores do JBRJ e associados por toda a contribuição com a identificação
das mais de 450 espécies encontradas, Dra. Ariane Luna Peixoto, Dr. Massimo Bovini, Dr.
João Marcelo Braga, Dr. Haroldo Lima, Dra. Elsie F. Guimarães, Dr. Ronaldo Marquete, Dra.
Solange Pessoa, Dr. Alexandre Quinet, Dr. Vidal F. Mansano, Dr. Marcelo da Costa Souza,
Dra. Adriana Lobão, Dra. Solange Pessoa e Dra. Rafaela Forzza.
À Escola Nacional de Botânica Tropical, um agradecimento especial à Hevelise
Pereguino, à coordenadora Ariane Luna Peixoto e ao vice coordenador Anibal Alves de
Carvalho Junior por toda a ajuda em todos os momentos e também à Dona Ana, que nos
manteve acordados sempre com seu café e contentes com sua alegria e educação sempre
contagiantes.
À CAPES pela bolsa cedida durante estes quatro anos de trabalho e por ter possibilitado
que parte deste doutorado fosse feito fora do Brasil pelo PDSE. E também ao PPBio Mata
Atlântica e seus coordenadores Pablo Rodrigues e Claudia Barros pelo financiamento deste
projeto.
À Universidad de Puerto Rico (UPR), a qual me aceitou como aluno estrangeiro em
meu PDSE. Aos meus amigos de Porto Rico, principalmente ao Ph. D. T. Mitchell Aide o
qual me aceitou em seu laboratório e à doutoranda Nora Alvarez-Berrioz, os quais me
ajudaram a crescer muito enquanto pesquisador e pessoa. Também aos meus companheiros de
laboratório, Marconi Siqueira, Ana Sanchez, Luisa Matilde, Andreess RioMagdalena,
Orlando Acevedo, Rafa, Carlos, Carlitos o outro Carlos e todos que me ensinaram, espanhol,
estatística, vôlei, salsa, inglês e a mergulhar. Também aos meus amigos porto-riquenhos que
me ajudaram muito, Debora Weaver, Rafine J. Moreno e Drexi. Muchas gracias!!
Felizmente, nestes quatro anos, contei com pessoas realmente especiais, pessoas de
grandes ideais e muitas ideias, gostaria de agradecer em especial aos amigos Jeronimo
Sansevero e Alexandre Gabriel Christo, por todas as opiniões, sugestões, ensinamentos e
conversas de bar. Obrigado também aos amigos da pós-graduação, principalmente Aline,
Gláucia, Maysa, Chopp, Rodolfo Abreu, Andrea Tapia, Natália, Leonor, Milena e todos os
amigos da ENBT.
À Eliane Machado e família (Gil, Glauco, Rafa, Bel e Guga) por terem me abrigado
durante dois anos em tempo integral em sua casa e mais dois anos meio período. Também ao
Fernando Guigon e Maria Lucia, por todo o apoio e companhia durante estes anos. Um
viii
agradecimento especial à Isabel Guigon, pelo apoio e por compreender que esta “fase” nunca
seria fácil pra ninguém, obrigado pela paciência, companhia e apoio, sempre e sempre.
Obrigado ao Grupo TER, coordenado pelo Dr. João Marcelo Braga por ter me abrigado
e estar realmente empenhado em criar um grupo de pesquisa em restauração dentro do Jardim
botânico do Rio de Janeiro.
Obrigado ao amigo Bruno, pela companhia, debates e participação de projetos futuros e
presentes. Grato também aos meus amigos e familiares de Socorro. A distância tem sido cada
vez maior, o tempo cada vez passa mais lentamente, mas os verdadeiros amigos sempre serão
amigos, independente da distância.
Obrigado ao pessoal da Reserva Biológica Poço das Antas, principalmente ao chefe da
Reserva Gustavo Luna Peixoto e Rafael, com os quais pude contar muitas vezes. Também aos
guardas da Reserva e ao pessoal do Mico Leão Dourado, sempre com uma boa conversa e
apoio.
Muito obrigado à todos!!
ix
Resumo geral – Nos últimos anos a restauração ecológica vem progredindo como forma de
amenizar os danos provocados aos ecossistemas florestais durante os últimos séculos e
também como forma de ciência. Assim, buscando compreender melhor a dinâmica das
comunidades, principalmente centrados na sucessão ambiental, regeneração natural e sucessão
secundária, para, desta maneira, obter formas mais efetivas de restabelecimento florestal.
Dentre uma das questões centrais levantadas pela ciência está o interesse em encontrar formas
mais efetivas, baratas e rápidas de promover a restauração florestal. Desta forma, este estudo
teve como questão principal: “Os novos fragmentos florestais formados de forma passiva e
ativa, vêm se restaurando estrutural e diversamente?”. Os principais objetivos foram: 1)
avaliar modelos de restauração quanto ao restabelecimento da estrutura biótica e abiótica; e 2)
avaliar a dinâmica de sucessão destes modelos. Para tanto, foram estudados diferentes
modelos de restauração ambiental e áreas de pastagens na Reserva Biológica Poço das Antas,
RJ. No total foram estudados seis plantios, áreas de regeneração natural e áreas de pastagem
abandonada há mais de 30 anos e sem formação florestal, áreas de florestas maduras foram
tomadas como controle. As áreas de florestas, regeneração natural e pastagens foram
amostradas através de parcelas de 30 x 60 m e em plantios as áreas foram totalmente
subdivididas (10 x 10 m). A vegetação foi amostrada em dois estratos, sendo estes, arbóreo
(DAP ≥ 5 cm) e estrato subarbóreo (altura ≥ 1,5 m e DAP <5 cm) e em dois relevos, áreas
planas, chamadas de baixada e áreas íngremes com altitude entre 50 e 300 metros, chamadas
de morrotes. Os dados abióticos coletados foram: 19 variáveis edáficas, abertura de dossel,
serrapilheira, declividade e matriz circundante, estes foram relacionados com a matriz biótica
através de CCA e correlação. Os principais resultados obtidos foram: nos modelos de
restauração, a diversidade variou entre H’=1,89 a 3,2 no estrato subarbóreo e de H’= 0,64 a
2,7 no arbóreo, abaixo das áreas referência que foram de 4,3 em subarbóreo e de 4,5 em
arbórea. As áreas de regeneração natural tiveram grande dominância de Guarea guidonia, em
áreas de baixada, com incremento de área basal satisfatória, porém baixa diversidade. Em
áreas de morrote houve dominância de Gochnatia polymorpha, com baixo incremento de área
basal e diversidade baixa. Nas áreas de plantio houve alto incremento de área basal,
semelhante estatisticamente com áreas referências, no entanto, foi registrado baixo
estabelecimento de novas espécies, predominando as espécies que foram plantadas. Apesar de
possuírem áreas pequenas, no máximo 1,4 ha, os plantios apresentaram diferenças estruturais
entre as parcelas próximas à borda e no interior dos mesmos. Dentre as principais conclusões,
pode se afirmar que as áreas de restauração vêm crescendo de forma estrutural, de forma
natural, movido principalmente por variáveis ambientais de solo e pelo abandono da
agricultura, no entanto, as novas áreas de florestas, estão restabelecendo estruturalmente, mas
não quanto a sua diversidade.
Palavras-chave: Degradação Ambiental; Mata Atlântica; Plantio; Regeneração Natural;
Sucessão Ambiental; Uso do solo.
x
General abstract – In recent years the ecological restoration is progressing as a way to
mitigate the damage to forest ecosystems over the last centuries and also as a form of science.
Thus, seeking for better understands the dynamics of communities, primarily focused on
environmental succession, natural regeneration and secondary succession, and, thus, more
effective forms of forest restoration. Among one of the central questions raised by science's
interest in finding the most effective, cheapest and fastest ways to promote forest restoration.
Thus, this study had as its main question: "The new forest fragments formed passively and
actively, have been restoring by structure and diversity of species?” The main objectives
were: 1) to evaluate models of restoration and the restoration of biotic and abiotic structure;
and 2) evaluate the succession dynamics of these models. To this end, different models of
environmental restoration and grazing areas were studied in the Biological Reserve Poço das
Antas, RJ. To this research, six plantations, areas of natural regeneration and areas of
abandoned pasture with at least 30 years and without forest formation were studied; Areas of
advanced forests were taken as control. Forest areas, natural regeneration and pastures were
sampled with plots of 30 x 60 m in plantation areas were fully subdivided (10 x 10 m). The
vegetation was sampled in two strata, these being trees (DBH ≥ 5 cm) and treelets stratum
(height ≥ 1.5 m and DBH <5 cm) and two reliefs, flat areas calls for lowland areas and areas
with steep elevation between 50 and 300 meters, called hillocks. Abiotic data were collected:
19 soil variables, canopy cover, litter, slope and surrounding matrix. These were related to
biotic matrix by CCA and correlation. The main results were: restoration models, diversity
ranged from H '= 1.89 to 3.2 in terelets stratum and H' = 0.64 to 2.7 in the tree stratum, below
the reference areas were 4.3 and 4.5 in treelets and in arboreal, respectively. Areas of natural
regeneration had great dominance of Guarea guidonia in low areas with satisfactory basal
area increment, but low diversity. In areas hillock there was dominance of Gochnatia
polymorpha, with low basal area increment and low diversity. In plantation areas, there was
high basal area increment, with statistically similar results areas, however, was recorded low
establishment of new species predominating species that were planted. Despite having small
areas, maximum 1.4 ha, plantations showed structural differences between plots near the edge
and inside the plantation. Among the main findings can be stated that the restoration areas
have grown structurally, naturally, driven mainly by environmental variables of soil and the
abandonment of agriculture, however, the new forest areas are restoring structurally, but not
as its diversity.
Keywords: Atlantic Forest; Environmental Degradation; Environmental Succession; Land
Use; Natural Regeneration; Reclamation.
xi
Sumário
INTRODUÇÃO GERAL ............................................................................................................................................................... 1
REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................................................................................ 4
1 – RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA................................................................................................................................................... 5 2 - FATORES ECOLÓGICOS ENVOLVIDOS NA RESTAURAÇÃO ........................................................................................................... 8 3 - VARIAÇÕES FÍSICAS DA PAISAGEM........................................................................................................................................ 11 4 – RESERVA BIOLÓGICA POÇO DAS ANTAS .............................................................................................................................. 12 5 - RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA NA REBIO POÇO DAS ANTAS ...................................................................................................... 16 6 - TRABALHOS DE PESQUISA REALIZADOS APÓS OS PLANTIOS .................................................................................................... 17 7 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................................................................ 19
CAPÍTULO I ............................................................................................................................................................................... 31
COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E SIMILARIDADE DA FLORA DE BOSQUE E SUB-BOSQUE EM FLORESTA E
PLANTIOS DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................................................................ 31
RESUMO: ................................................................................................................................................................................ 32 ABSTRACT: .............................................................................................................................................................................. 33 1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................................... 34 2 MATERIAL E MÉTODOS ......................................................................................................................................................... 35 3 RESULTADOS ........................................................................................................................................................................ 47
3.1 Florestas .................................................................................................................................................................. 51 3.1.1 Floresta baixada árvores ................................................................................................................................... 53 3.1.2 Floresta baixada árvoretas ............................................................................................................................... 54 3.1.3 Floresta morrote árvores ................................................................................................................................... 55 3.1.4 Floresta morrote arvoretas ............................................................................................................................... 56 3.2 Regeneração natural ............................................................................................................................................. 57 3.2.1 Regeneração natural baixada árvores ............................................................................................................ 59 3.2.2 Regeneração natural baixada arvoretas ........................................................................................................ 60 3.2.3 Regeneração natural morrote árvores ........................................................................................................... 61 3.2.4 Regeneração natural morrote arvoretas ........................................................................................................ 62 3.3 Pastagens abandonadas....................................................................................................................................... 63 3.3.1 Pastagem baixada árvores .............................................................................................................................. 64 3.3.2 Pastagem baixada arvoretas ............................................................................................................................ 66 3.3.3 Pastagem morrote árvores ............................................................................................................................... 67 3.3.4 Pastagem morrote arvoretas ........................................................................................................................... 68 3.4 Plantios .................................................................................................................................................................... 68 3.4.1 Plantio 1-árvores................................................................................................................................................. 71 3.4.2 Plantio 1- arvoreta.............................................................................................................................................. 72 3.4.3 Plantio 2-árvores................................................................................................................................................. 73 3.4.4 Plantio 2 – arvoreta ............................................................................................................................................ 74 3.4.5 Plantio 6-árvores................................................................................................................................................. 75 3.4.6 Plantio 6– Arvoretas........................................................................................................................................... 76 3.4.7 Plantio 7-árvores................................................................................................................................................. 77 3.4.8 Plantio 7- arvoretas............................................................................................................................................ 79 3.4.9 Plantio 11-árvores .............................................................................................................................................. 79 3.4.10 Plantio 11– arvoretas ...................................................................................................................................... 80 3.4.11 Plantio 12-árvores ............................................................................................................................................ 81 3.4.12 Plantio 12 – arvoretas ..................................................................................................................................... 83 3.5 Comparação entre todas as áreas ...................................................................................................................... 84
4 – DISCUSSÃO ....................................................................................................................................................................... 89 5. CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................................... 94 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................................................. 95
CAPÍTULO II – ANEXOS ........................................................................................................................................................100
xii
COMPOSIÇÃO, ESTRUTURA E SIMILARIDADE A FLORA DE BOSQUE E SUB-BOSQUE EM FLORESTA E MODELOS DE RESTAURAÇÃO. ...............................................................................................................................................................100
CAPÍTULO II ............................................................................................................................................................................170
PADRÕES DE RECRUTAMENTO EM ÁREAS DE RESTAURAÇÃO ECOLÓGICA NA MATA ATLÂNTICA¹ ..................170
RESUMO: ..............................................................................................................................................................................171 ABSTRACT: ............................................................................................................................................................................172 1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................................................................................173 2 METODOLOGIA ..................................................................................................................................................................174
2.1 Caracterização da área de estudos ...................................................................................................................174 2.2 Plantios de espécies nativas ...............................................................................................................................175 2.3 Amostragem da vegetação ................................................................................................................................176 2.4 Dados coletados ...................................................................................................................................................177 2.5 Similaridade ..........................................................................................................................................................177 2.6 Matriz circundante e expansão .........................................................................................................................178 2.7 Análises estatísticas.............................................................................................................................................179
3 - RESULTADOS ....................................................................................................................................................................180 4 - DISCUSSÃO ......................................................................................................................................................................186 5 - CONCLUSÕES ...................................................................................................................................................................190 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................................................................190
CAPÍTULO III ...........................................................................................................................................................................196
VARIAÇÕES AMBIENTAIS E FLORÍSTICAS EM DIFERENTES MODELOS DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL, PASTAGEM E FLORESTAS NA RESERVA BIOLÓGICA POÇO DAS ANTAS, RJ¹ .............................................................196
RESUMO: ..............................................................................................................................................................................197 ABSTRACT: ............................................................................................................................................................................198 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................................................199 2 – MATERIAL E MÉTODOS ....................................................................................................................................................200
2.1 Caracterização da área de estudos ...................................................................................................................200 2.2 Amostragem da vegetação ................................................................................................................................201 2.3 Variáveis edáficas ................................................................................................................................................202 2.4 Serrapilheira ..........................................................................................................................................................203 2.5 Abertura de dossel ...........................................................................................................................................204
3 RESULTADOS ..............................................................................................................................................................204 3.1 – Variáveis edáficas .............................................................................................................................................204 3.2 – Aberturas de Dossel ..........................................................................................................................................207 3.3 Serrapilheira ..........................................................................................................................................................208
4 DISCUSSÃO ........................................................................................................................................................................209 5 CONCLUSÕES: ....................................................................................................................................................................212 6 REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO ..............................................................................................................................................213
CONCLUSÕES GERAIS...........................................................................................................................................................218
xiii
Tabelas
Pag.
CAP I
Tabela 1: Relação dos locais estudados................................................................................. 37
Tabela 2:Fórmulas usadas para análises fitossociológicas............................................ 47
Tabela 3: Locais estudados e valores dos índices............................................... .......... 50
Tabela 4:Médias seguidas por seu desvio padrão de variáveis fitossociológicas........... 51
Tabela 5: Principais espécies arbóreas na floresta de baixada.............................................. 53
Tabela 6: Principais espécies subarbóreas na floresta de baixada................................. 54
Tabela 7: Principais espécies arbóreas na floresta de morrote...................................... 55
Tabela 8: Principais espécies subarbóreas na floresta de morrote......................... ....... 57
Tabela 9: Principais espécies arbóreas na regeneração natural de baixada................... 60
Tabela 10: Principais espécies subarbóreas na regeneração natural baixada................ 61
Tabela 11: Principais espécies arbóreas na regeneração natural de morrote................. 62
Tabela 12: Principais espécies subarbóreas na regeneração natural de morrote............ 63
Tabela 13: Espécies arbóreas encontradas no pasto de baixada................................... 65
Tabela 14: Espécies subarbóreos encontradas no pasto de baixada.............................. 66
Tabela 15: Espécies arbóreas encontradas na área de pasto de morote......................... 67
Tabela 16: Espécies subarbóreas encontradas na área de pasto de morote..................... 68
Tabela 17: Principais espécies arbóreas encontradas no plantio 1.......................... ...... 72
Tabela 18: Principais espécies subarbóreas encontradas no plantio 1........................... 73
Tabela 19: Principais espécies arbóreas encontradas no plantio 2....................... ......... 74
Tabela 20: Principais espécies subarbóreas encontradas no plantio 2........................... 75
Tabela 21: Principais espécies arbóreas encontradas no plantio 6................................ 76
Tabela 22: Principais subarbóreas com encontradas no plantio 6.................................. 77
Tabela 23: Principais espécies arbóreas encontradas no plantio 7............................... 78
Tabela 24: Principais espécies subarbóreas encontradas no plantio 7........................... 79
Tabela 25: Principais espécies arbóreas encontradas plantio11.............................. ...... 80
Tabela 26: Principais espécies subarbóreas encontradas plantio11.......................... .... 81
Tabela 27: Principais espécies arbóreas encontradas no plantio 12.............................. 82
Tabela 28: Principais espécies subarbóreas encontradas plantio12............................... 83
Tabela 29: Comparação entre valores fitossocilogicos................................................. 89
Anexo 1: Todas as espécies encontradas............................................................... ....... 101
Anexo 2: Famílias botânicas encontradas.............................................................................. 109
Anexo 3: Lista das espécies arbóreas da floresta de baixada................................................ 111
Anexo 4: Lista das espécies subarbóreas da floresta de baixada.................................. 117
Anexo 5: Lista das espécies arbóreas da floresta de morrote........................................ 122
Anexo 6: Lista das espécies subarbóreas da floresta de morrote.................................. 128
Anexo 7: Lista das espécies arbóreas da regeneração natural de baixada..................... 133
Anexo 8: Lista das espécies subarbóreas da regeneração natural de baixada................ 136
Anexo 9: Lista das espécies arbóreas da regeneração natural de morrote..................... 139
Anexo 10: Lista das espécies subarbóreas da regeneração natural de morrote.............. 141
Anexo 11: Lista das espécies arbóreas do plantio 1..................................................... 143
Anexo 12: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio 1.................. 145
Anexo 13: Lista das espécies arbóreas do plantio 2................................................ ..... 147
Anexo 14: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio 2.................. 149
Anexo 15: Lista das espécies arbóreas do plantio 6................................................ ..... 151
Anexo 16: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 6............. 153
Anexo 17: Lista das espécies arbóreas do plantio 7..................................................... 155
Anexo 18: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 7............ 157
xiv
Anexo 19: Lista das espécies arbóreas do plantio 11................................................... 159
Anexo 20: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio11................ 161
Anexo 21: Lista das espécies arbóreas do plantio 12................................................... 163
Anexo 22: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 12.......... 165
Anexo 23 : Lista de espécies regenerantes............................................................... ..... 167
CAP II
Tabela 1: Dados dos seis plantios estudados......................................................................... 182
Tabela 2:Média seguidas por seu desvio padrão de variáveis fitossociológicas............ 183
Tabela 3:Regressão linear de variáveis fitossociológicas.............................................. 183
Tabela 4: Porcentagem de cobertura de matriz florestal....................................................... 183
Tabela 5: Correlação de Pearson de áreas em regeneração natural............................... 185
Tabela 6:Densidade de piper e outras espécies, dos plantios estudados....................... 186
CAP III
Tabela 1 Médias da abertura do dossel......................................................................... 207
Tabela 2: Estoque de serapilheira medido em diferentes modelos de restauração........ 208
Tabela 3: Fração do estoque total de serrapilheira........................................................ 209
Tabela 4: Fração do estoque total em porcentagem de serrapilheira............................. 210
Anexo I: Variações edáficas de cada local estudado............................................................. 217
Figuras
CAP I Pag
Figura 1: Mapa da Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.......................... 37
Figura 2: Esquema de parcelas em blocos utilizado para amostrar a vegetação................ 38
Figura 3: Mapa esquemático da localização das áreas dos seis plantios estudados........... 40
Figura 4: Fotos dos plantios na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ............................ 40
Figura 5: Mapa esquemático da localização das áreas de regeneração natural.................. 41
Figura 6: Fotos dos ambientes de regeneracao natural na Reserva Biológica............. ..... 42
Figura 7: Mapa esquemático da localização das áreas de pastagem estudadas................. 43
Figura 8: Fotos das áreas de pastagem na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ............ 43
Figura 9: Mapa esquemático da localização das áreas de floresta estudada...................... 44
Figura 10: Fotos das áreas de floresta................................................................................ 45
Figura 11: Distribuição do número de espécies nas dez famílias mais ricas..................... 49
Figura 12: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos em áreas de floresta... 52
Figura 13: Diagrama de venn de áreas de floresta ............................................................ 52
Figura 14: Dendrograma de dissimilaridade áreas de regeneração natural....................... 58
Figura 15: Diagrama de venn de áreas de Regeneração natural........................................ 58
Figura 16: Dendrograma de dissimilaridade entre áreas de regeneração natural.............. 64
Figura 17: Diagrama de venn de áreas de pastagem......................................................... 65
Figura 18: Dendrograma de dissimilaridade entre áreas de plantios................................. 69
Figura 19: Diagrama de venn de áreas de plantios........................................................... 70
Figura 20: Dendrograma de dissimilaridade entre todas as áreas estudadas.................... 84
Figura 21: Riquezas de indivíduos arbóreos e sub-arbóreo............................................... 85
Figura 22: Densidade de arbórea e sub-arbóreo.......................................................... ...... 86
Figura 23: Densidade de piperaceaes no estratos sub-arbóreo.......................................... 86
Figura 24: Porcentagem de indivíduos arbóreos plantados e regenerados........................ 87
Figura 25: Soma do IVI das dez principais espécies de cada local................................... 87
Figura 26: Indivíduos arboreos mortos nos diferentes ambiente e altura média............... 88
Figura 27: Área basal por hectare dos indivíduos arbóreos e subarbóreos....................... 88
xv
CAP II
Figura 1: Ilustração da área de estudo................................................................................ 175
Figura 2: Ilustração da classificação da matriz circundante nos plantios de baixada........ 178
Figura 3: Esquema de plantios analisados de forma setorizada......................................... 179
Figura 4: Ocorrência de espécies em seis plantios e dois estratos..................................... 181
Figura 5: Análise de Cluster analisando 12 grupos de plantas................................... ....... 181
Figura 6: Setorização entre...................................... .......................................................... 184
Figura 7: Porcentagem de cobertura do solo..................................................................... 185
CAP III
Figura 1: Mapa da Reserva Biológica Poço das Antas...................................................... 201
Figura 2: Esquema de parcelas em blocos utilizado para amostrar a vegetação................ 202
Figura 3: Análise canônica entre as variáveis ambientais e florísticas arbóreas................ 206
Figura 4: Análise canônica entre as variáveis ambientais e florísticas.............................. 206
Figura 5: Porcentagem da abertura de dossel em diferentes modelos de restauração........ 207
Figura 6: Estoque de serrapilheira medido em diferentes modelos de restauração........... 209
1
INTRODUÇÃO GERAL
A Mata Atlântica, importante bioma brasileiro, formado por um complexo conjunto de
ecossistemas de exuberante diversidade biológica distribuída ao longo da costa brasileira, é
também um dos mais ameaçados do planeta, restando entre 11,4 a 16% da sua cobertura
original (Ribeiro et al. 2009). Por razão de sua importância e devastação, vem sendo
considerada como um “hot spot”, que segundo Myers et al. (2000) juntamente com outras 24
regiões no mundo, abrigam mais de 60% das espécies terrestres de plantas e animais em
apenas 1,4% de sua superfície e estão altamente ameaçadas tendo perdido mais de 70% de sua
vegetação original.
Na tentativa de restabelecer áreas deste bioma que foram degradadas, uma série de
projetos de recuperação vêm sendo executados (Moraes et al. 2002; Moraes & Pereira 2003;
Moraes et al. 2006; Viani & Rodrigues 2008; Sansevero et al. 2009; Rodrigues et al. 2009;
Durigan et al. 2013). Trabalhos de restauração de áreas no Brasil vêm ocorrendo desde
meados do século XX, porém, pesquisas com a restauração ecológica tiveram início há menos
de 30 anos e somente recentemente adquiriram o caráter de uma área de conhecimento.
Segundo Rodrigues & Leitão Filho (2004) há várias formas de promover a restauração
florestal, sendo as formas mais comuns o plantio de mudas nativas e a regeneração natural. O
plantio é feito como uma forma de acelerar o processo de restauração, podendo ser feito de
várias formas, utilizando vários modelos com espaçamentos, diversidade e riqueza diferentes,
com espécies escolhidas de acordo com dados de levantamentos promovidos na região.
Em áreas degradadas e abandonadas há a tendência a serem recolonizadas
naturalmente, havendo então a regeneração natural. Este é um processo que ocorre tendo
como principal meio de propagação a chuva de sementes, formando banco de sementes e de
plântulas (Garwood 1989). O entendimento dos processos de regeneração natural e dinâmica
de plantios é de grande importância para o sucesso do seu manejo, o qual necessita de
informações básicas em qualquer nível de investigação (Daniel & Jankauskis 1989). Estudos
com este foco vêm sendo realizados há quase duas décadas pelo Instituto de Pesquisas Jardim
Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) através do Programa Mata Atlântica (PMA). Na Reserva
Biológica Poço das Antas (RBPA) diversos trabalhos foram realizados neste sentido (Moraes
2006; Moraes et al. 2006; Sansevero 2008; Sansevero et al. 2009).
A RBPA abriga uma enorme riqueza de espécies associadas a diversos ecossistemas e
conta com um antigo histórico de ocupação (Filgueiras & Caputo 2004). Nesta foi criado em
2
1994 o Projeto Revegetação que busca o desenvolvimento de modelos de restauração
ecológica, criado a partir do plantio de espécies nativas, com objetivo de restaurar as áreas
degradadas, implantando diversos campos experimentais de diferentes modelos de plantios
(Moraes & Pereira 2003; Morais et al. 2006). A partir de 2005 o Programa Mata Atlântica
buscou integrar a experiência obtida através dos vários anos de pesquisa ao acompanhamento
da dinâmica das comunidades vegetais no tempo e no espaço. O programa vem implantando
parcelas para estudo de dinâmica em todos os modelos de restauração ambiental da Reserva
(Rodrigues et al. 2008).
Com estes estudos sobre áreas em processos de restauração e a dinâmica envolvida,
podem-se desenvolver melhores estratégias de recuperação que permitissem testar o efeito de
modelos sucessionais sobre a organização e evolução da comunidade no tempo (Lockwood
1997). Neste contexto, esta tese, foi estruturada em três capítulos, sendo dois em formato de
artigo e outro capítulo base para o trabalho.
O capítulo I traz toda a relação estrutural dos locais estudados, sendo à base da tese.
Intitulando-se “Composição, riqueza e heterogeneidade da flora de bosque e sub-bosque em
floresta e diferentes modelos de restauração”. Levando em consideração as diferentes formas
vegetacionais da Reserva Biológica Poço das Antas e de diferentes modelos usados para
restaurá-las e da necessidade urgente de se conhecer como estes locais vêm reagindo ao
manejo, este capítulo tem como objetivo principal: Apresentação florística e fitossociológica
da comunidade arbóreo-arbustiva que ocorrem em diferentes regiões sucessionais da reserva,
comparando-as e definindo um padrão com relação a diversidade ambiental.
O Capítulo II intitulado “Padrões de recrutamento em modelos de restauração
ambiental na Mata Atlântica” faz uma relação entre os plantios, as espécies utilizadas, a
sucessão secundária e o sucesso dos locais. Este trabalho teve como objetivo principal avaliar
os efeitos dos plantios implementados na Reserva Biológica Poço das Antas na restauração da
estrutura e função do ecossistema, verificando como os plantios afetaram a sucessão
ecológica.
O Capítulo III intitulado “Variações ambientais e florísticas em diferentes modelos de
restauração ambiental e florestas na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.” Nesse sentido, o
presente estudo objetivou avaliar as variações ambientais de diferentes modelos de
restauração ambiental, quantificando as variáveis edáficas, entrada de luz e estoque de
biomassa. Assim, determinar quais fatores possui maior correlação na efetividade de
restauração em diferentes modelos de restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das
Antas, RJ.
3
Dentro deste contexto, os objetivos principais deste trabalho estão centrados na
questão de compreender melhor a dinâmica de restabelecimento da vegetação, seja por meio
de plantios ou de regeneração natural, retornando não somente a questão da comunidade, mas
também os atributos ambientais necessários para sustentação ecológica de comunidades
vegetais e, assim, avaliar qual a forma mais adequada para a execução da restauração
ecológica.
4
REFERENCIAL TEÓRICO
A conservação da biodiversidade representa um dos maiores desafios deste final de
século (Primack & Rodrigues 2001), em função do elevado nível de perturbações antrópicas
aos ecossistemas naturais. Uma das principais consequências dessas perturbações é a
fragmentação de ecossistemas naturais, que é o processo de formação de mosaicos de habitats,
que incluem fragmentos de diferentes tamanhos entremeados às áreas agrícolas e urbanas,
apresentando uma probabilidade reduzida de dispersão (Shaffer 1990). Na Mata Atlântica, a
maior parte dos remanescentes florestais, especialmente em paisagens intensamente
cultivadas, encontra-se na forma de pequenos fragmentos, altamente perturbados, isolados,
pouco conhecidos e pouco protegidos (Shaffer 1990; Laurance 1991; Viana 1995). Neste
bioma, a diminuição das áreas de vegetação nativa tem ocorrido, principalmente, devido ao
crescimento das cidades e das áreas de agricultura, associado ao aumento da população (Pinto
et al. 2006; Ribeiro et al. 2009).
No caso de espécies arbóreas, há alteração na abundância de polinizadores,
dispersores, predadores e patógenos, das taxas de recrutamento de plântulas e disposição de
propágulos (Vana & Pinheiro 1998). A fauna responsável pela maior parte do fluxo gênico
entre populações de plantas, fica limitada aos fragmentos, dificultando assim a troca de genes
e prejudicando sua variabilidade e estrutura genética (Ballal et al. 1994). O isolamento
reprodutivo em apenas uma pequena amostra do conjunto gênico da população original pode
causar contínua perda de alelos e deriva genética, caso a população remanescente permaneça
isolada por várias gerações (Souza 1997). Além do isolamento e da redução de hábitat, a
fragmentação produz um aumento do micro-habitat de borda trazendo inúmeras
consequências à fauna e a flora (Fleury 2003). Por consequência, algumas espécies têm o
aumento em sua densidade populacional nas florestas fragmentadas, é o que se denomina
densidade compensatória (Blondel et al. 1988). Uma das hipóteses levantadas para essa
ocorrência é a diminuição da competitividade, tendo em vista que muitas espécies vão se
extinguindo com o processo, sendo assim diminuindo o número de predadores de outras
(Blondel et al. 1988).
Os efeitos da fragmentação de florestas, causam o aumento do efeito de borda, efeitos
negativos em relação à avifauna, mastofauna, insetos, variabilidade genética da fauna e flora e
dispersão de sementes, podendo causar a extinção de muitas populações. Estima-se que, por
razão deste processo, 60 mil espécies vegetais correm o risco de extinção nos próximos 20
5
anos (Barbosa & Santos 1997). As modificações físicas e biológicas que ocorrem ao longo
das bordas, tais como o aumento da penetração de luz e vento podem alterar as formas e as
funções de um ecossistema isolado (Bierregaard et al. 1992). Também fazem com que
incêndios atinjam de forma mais intensa as bordas dos fragmentos, aumentando as taxas de
mortalidade de árvores. As evidências científicas sobre esses processos têm se avolumado
ultimamente (Schellas & Greenberg 1997; Laurance & Bierregard 1997).
1 – Restauração ecológica
Segundo a Society for Ecological Restoration International (SER 2010), restauração
ecológica é o processo que visa promover a recuperação de ecossistemas que foram
degradados, destruídos ou danificados. É uma atividade intencional que visa acelerar as vias
ecológicas para um estado de referência, sendo este um ecossistema usado como modelo, que
espelha o mais próximo das condições de conservação. O ecossistema de referência éé
considerado como o tal, a partir de levantamentos ambientais de locais com semelhanças
ecológicas.
Sempre que possível, as tentativas de restauração ecológica de um ecossistema são
voltadas para retornar à sua formação original, porém essa é uma situação difícil, visto que as
restrições contemporâneas e as condições podem tornar isso impossível. Na verdade, a
trajetória histórica de um ecossistema seriamente afetado pode ser difícil ou impossível
determinar com precisão. Contudo, a restauração ecológica tem como objetivo chegar a um
ecossistema resiliente e autossustentável no que diz respeito à estrutura, composição e função.
Muitos ecossistemas saudáveis são um produto do esforço humano durante períodos de tempo
muito longo (SER 2010).
Um ecossistema degradado pode ser considerado restaurado quando se recupera
suficientemente em relação aos atributos bióticos e abióticos para sustentar sua estrutura,
funções e processos ecológicos, com o mínimo de subsídios externos. Este então irá
demonstrar a resistência aos valores normais de estresse ambiental e perturbação. Ele interage
com os ecossistemas contíguos em termos de fluxos bióticos e abióticos e as interações
sociais e econômicas.
No Brasil, a primeira iniciativa de restauração de áreas degradadas se deu nas
encostas do maciço da Tijuca, no município de Rio de Janeiro. Em 1861 preocupado com a
falta de água, o Imperador Dom Pedro II, decretava as primeiras leis ambientais e cujo artigo
1° versava sobre plantios e conservação da floresta, designando ao Major Manoel Gomes
Archer para que cuidasse e promovesse a recuperação da floresta da Tijuca. Esta floresta
6
havia sido em sua grande parte destruída para o cultivo de café, também pela retirada de
madeira para construção civil e para carvão. Major Archer plantou aproximadamente 80.000
mudas de grande variedade, porém sem nenhum critério científico (Conti 2004 e Conti et al.
2008). As pesquisas com restauração ecológica tiveram inicio apenas na década de 1980, com
um projeto desenvolvido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da
Universidade de São Paulo (ESALQ-USP) (e.g.Kageyama & Gandara 2004). No primeiro
trabalho, Kageyama et al. (1986) propos o uso da combinação das espécies de diferentes
grupos ecológicos, segundo sucessão secundária, baseado em Budosky (1965). Outro grupo
de pesquisa foi liderado pelo professor Dr. Carlos Joly da UNICAMP, que propunha o uso do
levantamento fitossociológico de florestas remanescentes da região como modelo para
recomposição (Joly 1987).
1.1 - Plantios de mudas
Segundo Rodrigues & Leitão-Filho (2004) existem várias formas de promover a
recuperação de áreas, sendo as mais comuns e viáveis o plantio de mudas e a regeneração
natural. Os plantios de espécies arbóreas nativas na restauração de áreas degradadas foram
adotados para aumentar a probabilidade de ocorrer a sucessão secundária, ou mesmo para
acelerar o processo, atuando como catalisadores (Parrotta et al. 1997), melhorando as
condições do solo, restabelecendo interações ecológicas, excluindo a vegetação invasora e
facilitando o recrutamento de arbustos e árvores (Lugo 1992; Parrota et al. 1997; Ruiz-Jaen &
Aide 2005).
Os plantios constituem ferramenta eficiente de regeneração artificial para a
recuperação da forma e da estrutura do ecossistema (Kageyama et al. 1992), mas antes se
deve entender quais são as barreiras para que a regeneração natural ocorra e como ela se
instalaria sem intervenções antrópicas (Sayer et al. 2004). Para tanto, seria de grande
importância conhecer e estudar os indicadores da intensidade de distúrbio, ou seja, fatores que
indicam quais são e quais os níveis de distúrbio que estão havendo no ambiente em questão.
Entre os indicadores estão à eliminação de diásporos disponíveis, perda de nutrientes do solo
e redução de hábitat adequados ao recrutamento, exercendo forte influência sobre a
velocidade de recuperação e “rota” sucessional da floresta (Uhl 1987; Woods 1989; Nykvist
1996; Holl et al. 2000; Kennard et al. 2002; Colón & Lugo 2006). Em determinadas situações
os distúrbios são tão intensos que as comunidades podem demorar um longo período para se
recuperar de forma espontânea (Saldarriaga & Uhl 1991). Nesses casos, os plantios de
7
espécies arbóreas têm sido apontados como estratégias apropriadas na restauração dos
processos ecológicos e facilitação da regeneração natural (Parrota 1995; 1999; Lamb et al.
1997; Parrota et al. 1997; Powers et al. 1997; Harrington 1999; Reay & Norton 1999;
Carnevale & Montagnini 2002; Melo & Durigan 2007).
A elaboração de modelos para a distribuição de mudas no campo se deu através da
evolução no conhecimento sobre a dinâmica das florestas tropicais, em especial o processo de
sucessão secundária (Budowski 1965, Gómez-Pompa 1971). A estrutura e composição de
espécies utilizadas podem influenciar diretamente a regeneração natural sob os plantios
(Parrota et al. 1997; Powers et al. 1997; Carnevale & Montagnini 2002; Souza & Batista
2004). Portanto, o sucesso da restauração ecológica está ligado ao restabelecimento dos
processos de sucessão ecológica que irão garantir a manutenção da estrutura e da diversidade
biológica da comunidade (Cairns & Heckman 1996; Hobbs & Norton 1996; Hobbs & Harris
2001).
A escolha das espécies a serem plantadas e do espaçamento adequado, depende do
objetivo a que se destina ao plantio (Carpanezzi et al. 1990). Em um projeto de restauração,
as espécies podem ser escolhidas com base na sua ocorrência natural na região (Durigan &
Silveira 1999), servindo para tal os dados florísticos e estruturais obtidos na região ou
sistemas baseados em grupos ecológicos..
1.2 - Regeneração natural
A regeneração natural é o processo de recolonização da vegetação de forma passiva,
que ocorre em áreas degradadas abandonadas, preferencialmente isoladas. O resultado desse
processo espontâneo de sucessão ecológica pode ser uma paisagem diferente da original e que
pode demorar dezenas ou mesmo centenas de anos para que esse processo ocorra
espontaneamente (Uhl 1991; Primack & Rodrigues 2001). Experiências em outras regiões
tropicais demonstraram que áreas abandonadas após uso agrícola podem naturalmente
recuperar a estrutura florestal (Thomlinson et al. 1996; Helmer 2000; Lugo & Helmer 2004).
O entendimento dos processos de regeneração natural de florestas é importante para o
sucesso do seu manejo, o qual necessita de informações básicas em qualquer nível de
investigação (Daniel & Jankauskis 1989). O principal meio de regeneração das espécies
tropicais dá-se através da chuva de sementes, formando banco de sementes no solo e banco de
plântulas (Garwood 1989; Schmitz 1992). A entrada de sementes através da chuva de
sementes e dispersão é um sistema dinâmico, podendo ser transitório, com sementes que
8
germinam dentro de um ano após o início da dispersão, ou persistente, com sementes que
permanecem no solo por mais de um ano (Garwood 1989). Esta persistência é uma reserva do
potencial genético acumulado da vegetação (Simpson et al. 1989).
A velocidade e eficiência da regeneração natural dependem de vários fatores, entre os
quais, a disponibilidade de propágulos no solo e em fragmentos próximos (Holl et al. 2000;
Cubina & Aide 2001), a capacidade de cobertura das espécies pioneiras, o nível de impacto
no solo (Guariguata & Ostertag 2001), o período do ano em que a pastagem foi abandonada e
a capacidade de crescimento e permanência da espécie de forrageira utilizada (Vieira &
Pessoa 2001).
Em áreas de pastagem que foram abandonadas, após algum tempo tem inicio a
sucessão secundaria, onde espécies herbáceas, arbustivas e lenhosas são gradativamente
adicionadas e substituídas na comunidade, no tempo e no espaço (Guariguata & Ostertag
2001). Durante a sucessão secundaria em pastagens, uma série de espécies herbáceas
autóctones (incluindo gramíneas) estabelecem-se nos primeiros meses após o abandono
(Castellani & Stubblebine 1993; Sá 1996; Vieira & Pessoa 2001). Há uma significativa
modificação florística e estrutural da vegetação nos primeiros quatro anos após o abandono
das pastagens (Cheung et al. 2009). Uma série de estudos tem demonstrado a complexidade
dos processos de sucessão secundária em áreas ocupadas por agricultura e pastagens
abandonadas, onde muitas vezes os processos de regeneração natural são influenciados por
fatores regionais, dificultando assim a obtenção de padrões gerais mais consistentes (Finegan
1992, 1996; Aide et al. 1996; Grau et al. 1997; Guariguata et al. 1997; Finegan & Delgado
2000; Mesquita et al. 2001; Holl 2002; Marcano-Vega et al. 2002; Puerta 2002; Peña-Claros
2003; Hooper et al. 2004; Martin et al. 2004).
2 - Fatores ecológicos envolvidos na restauração
Além da análise do tamanho e da integridade de cada fragmento, é essencial a análise
em escala de paisagem (Metzger 2000). Nesses casos, deve-se estudar mais a fundo alguns
fatores ambientais que ocorrem com grande intensidade dentro destes fragmentos, entre estes
os mais importantes: Dispersão e sucessão ecológica.
2.1 - Dispersão de sementes
A dispersão de sementes é um processo chave para as plantas, pois afeta o
recrutamento de plântulas, a distribuição espacial, a colonização de novas áreas, a viabilidade
9
de populações, a reposição de indivíduos, o fluxo gênico entre populações e fragmentos e a
manutenção da diversidade genética (Janzen 1970; Howe & Smallwood 1982; Herrera 2002;
Jordano & Godoy 2002). Sem esse processo, as sementes e plântulas são depositadas nas
imediações de co-específicos adultos onde tendem a sofrer uma alta mortalidade pela ação de
predadores e patógenos (Janzen 1970), pela alta competição intra e interespecíficas e pela
interferência de co-específicos adultos, como sombreamento e alelopatia (Clark & Clark
1984).
O processo de dispersão pode ocorrer de várias formas, podendo ser feita por ação
somente da gravidade ou de frutos com deiscência explosiva que lançam suas sementes a
certa distância, sendo então espécies autocóricas, ou as sementes transportadas por agentes,
podendo ser pelo vento (anemocoria) ou mais comumente por animais (zoocoria) (Haven et
al. 2001; Zuur et al. 2010).
O fluxo de propágulos e de animais entre os fragmentos florestais pode ser impedido
dependendo das características das espécies (Metzger 2000) e da composição da matriz que
circunda os fragmentos, influenciando na dinâmica e composição dos mesmos (Laurence
2000). Frequentemente, pequenos fragmentos isolados apresentam menor riqueza de espécies
e abundância de animais (Willis 1979; Jordano et al. 2006), podendo comprometer assim
seriamente as populações vegetais zoocóricas (Jacquemyn et al. 2001; Silva & Tabarelli
2001). Isso ocorre, pois, sem esses animais, não há o consumo dos propágulos zoocóricos e,
consequentemente, não há a remoção desses diásporos, resultando em menores taxas de
dispersão das sementes (Dirzo & Miranda 1991). Uma das consequências deste processo é
que,ao final, pode apresentar uma menor riqueza e abundância de plântulas de espécies
zoocóricas, o que compromete seu recrutamento (Chapman & Onderdonk 1998; Cordeiro &
Howe 2003), favorecendo as espécies anemocóricas e autocóricas (Tabarelli et al. 1999), pois
essas espécies não têm a dispersão limitada pela fauna.
O processo de dispersão de sementes é fundamental na regeneração de áreas
desmatadas, pois através dele, sementes de plantas pioneiras podem chegar a clareiras e
demais áreas abertas em florestas, dando início ao processo de sucessão ecológica. Com isso,
estudos do comportamento de diferentes agentes dispersores de sementes, em paisagens
fragmentadas, pode auxiliar no entendimento do papel de cada dispersor no fluxo gênico entre
fragmentos e na conservação da variabilidade genética dentro de cada fragmento (Foster et al.
1986).
10
2.2 - Sucessão ecológica
Podemos destacar a sucessão ecológica como um dos mecanismos mais complexos da
ecologia tropical (Gomez-Pompa & Vasquez-Yanes 1981; Guariguata & Ostertag 2001),
podendo ser interpretada como as alterações da estrutura e composição de espécies da
comunidade no tempo e espaço (Grime 1979). A classificação das formações florestais e os
grupos de ecológicos de espécies com estas características inicialmente foi feita por Budowski
(1965) nos seguintes tipos: (I) – pioneiras, (II) - secundárias iniciais (III) - secundárias tardias
e (IV) - clímax. Segundo o autor, o mecanismo de disseminação das sementes de espécies
pioneiras e secundárias iniciais é muito eficiente. As secundárias tardias são tolerantes à
sombra na fase jovem e tornam-se intolerantes na medida em que crescem. Atualmente
existem outras formas de classificação mais simples, como por exemplo de Gandolfi et al.
(1995) que classifica a vegetação em pioneira, secundária inicial e secundária tardia.
A classificação das espécies em grupos ecológicos é ferramenta essencial para a
compreensão da sucessão ecológica. Segundo Budowski (1965), as espécies pioneiras e
secundárias iniciais são encontradas em áreas com condições climáticas e edáficas muito
diferentes, o que lhes propicia ampla distribuição geográfica. Em florestas fechadas não
perturbadas ou em estádios sucessionais mais avançados, o recrutamento dessas espécies está
condicionado ao surgimento de clareiras. As espécies secundárias tardias têm como
característica mais importante a deciduidade, que ocorre inclusive em áreas de alta
pluviosidade. Para o autor, uma comunidade clímax é o produto final do processo sucessional,
onde a relativa estabilidade não é certamente estática. Nessas comunidades, a mistura de
espécies de diferentes grupos ecológicos é regra, mas geralmente ocorre o domínio de uma ou
poucas espécies, sendo o endemismo também frequente nesses casos.
Outra forma de classificação de espécies de acordo com a sucessão foi proposta por
Gandolfi et al. (1995), em que as espécies são classificadas em Pioneiras, secundárias iniciais
e secundárias tardias, evitando assim a definição de clímax, que pode ser muito controverso
em sistemas florestais tropicais.
Segundo McCook (1994), atualmente a compreensão dos processos envolvidos na
sucessão ecológica é extremamente importante tanto para soma dos esforços de pesquisas,
como para o entendimento das mudanças nos ambientes naturais e manejados.
11
3 - Variações físicas da paisagem
Todos estes processos descritos podem ser influenciados por fatores físicos
ambientais, assim como a distância de um fragmento para outro, tamanho dos fragmentos e do
formato dos mesmos (Paula & Rodrigues 2002) baseados, principalmente pela teoria de
biogeografia de ilhas (MacArthur & Wilson 1963, 1967; Debinsk & Holt 2000; Quammen
2008), que apresenta a colonização, chegada e extinção de indivíduos em ambientes
classificados como ilhas.
3.1 - Isolamento dos Fragmentos
O isolamento tem efeito negativo sobre a riqueza de espécies, diminuindo a taxa
potencial de imigração ou recolonização (Almeida 2008). Cada espécie possui uma área
mínima dos remanescentes para a sobrevivência (Almeida 2008). As espécies que conseguem
se manter nos fragmentos tendem a se tornar dominantes, diminuindo a riqueza e
equitabilidade biológica (Hanson et al. 1990, apud Castro 2004 e Almeida 2008).
A dificuldade de movimentação dos organismos entre os fragmentos é proporcional ao
grau de isolamento destes, dependendo muito também do nível de resistência ou diferenciação
da matriz circundante e dos organismos em questão, por exemplo, espécies anemocóricas
possuem a dispersão limitante, dependendo de seu formato e tamanho, espécies zoocóricas
podem chegar a distâncias maiores quando dispersas por ornitocórica, porém reduzidas em
outros grupos, como aquelas dispersas por répteis e insetos (MMA/SBF 2003).
No estudo feito por Almeida (2008), o isolamento do fragmento é verificado por meio
da métrica de vizinho mais próximo, sendo esta a distância de um fragmento para outro que
está à sua volta e da mesma classe, considerando a distância euclidiana, borda-a-borda
(Macgarigal & Marks 1994; Almeida 2008).
3.2 - Tamanho dos fragmentos
O tamanho dos fragmentos de habitat pode ter efeito direto na sobrevivência de
populações de plantas e animais. Isto porque, quanto menor o fragmento, maior será a
influência dos fatores externos sobre o mesmo, afetando a dinâmica interna do ecossistema
(Almeida 2008; Kapos 1989). Fragmentos com pouca área tendem a abrigar populações
reduzidas de determinadas espécies, o que, muitas vezes, pode comprometer a manutenção
das espécies em questão. Além do mais, quanto menor o fragmento, maior será o efeito de
borda sobre o mesmo (Kapos 1989).
12
Fragmentos grandes possuem então uma maior diversidade, já os pequenos não são tão
relevantes quanto à manutenção da biodiversidade, porém, funcionam como elemento de
ligação (stepping stones) entre as grandes áreas (Forman & Godron 1986; Pinto et al. 2006;
Ribeiro et al. 2009).
3.3 - Formato dos Fragmentos
A forma dos fragmentos está diretamente ligada à relação entre o perímetro e a área
deste fragmento, quanto maior for esta relação menor será a borda (MMA/SBF 2003).
Fragmentos com formato mais aproximados de circulares, possuem regiões internas
equidistantes da borda, possuindo uma região interna mais protegida dos fatores externos
(Almeida 2008). Quanto mais recortado um fragmento, maior será seu perímetro, que é a
relação direta com a borda.
4 – Reserva Biológica Poço das Antas
Criada em 1974 com objetivo de proteger o mico-leão-dourado (Leontopithecus
rosalia L), esta Unidade de Conservação (UC) abriga uma enorme riqueza de espécies
associadas a diversos ecossistemas. A região conta com um antigo histórico de ocupação,
tendo passado por ciclos de corte de madeira, cana de açúcar, agricultura de subsistência e
pecuária. As primeiras áreas a serem ocupadas foram encostas, visto que as condições de
alagamento nas áreas de baixada impediam o uso agrícola (Filgueiras & Caputo 2004).
Este é um dos locais de atuação do Programa Mata Atlântica (JBRJ), que vem
desenvolvendo pesquisas desde o início da década de 90. Nesta reserva foram feitas coletas
botânicas que constituíram as primeiras incursões à área e proporcionaram o enriquecimento
das coleções e a elaboração de uma extensa lista de espécies. Posteriormente foram realizados
levantamentos fitossociológicos como Neves (1999), Vieira & Pessoa (2001), Guedes-Bruni
et al. (2006), Guedes-Bruni et al. (2006b), Carvalho et al. (2006), Neves & Peixoto (2008).
Neves (1999) e Neves & Peixoto (2008), com a finalidade de ampliar o conhecimento
sobre a sucessão secundária na Floresta Atlântica, estudaram dois remanescentes, com 20 e 40
anos de regeneração, após sua utilização para cultura de subsistência e abate seletivo de
espécies arbóreas, na REBIO. O método utilizado foi o de parcelas fixas, totalizando 2.500 m²
em cada remanescente. Foram incluídos na amostragem todos os indivíduos com DAP ≥ 2,5
cm. Caracterizou-se estruturalmente o sub-bosque e o dossel, possibilitando inferir sobre
aspectos da regeneração e ciclo de substituição de algumas espécies. No remanescente com
13
cerca de 20 anos em processo de regeneração foram amostrados 505 indivíduos distribuídos
em 31 famílias, 49 gêneros e 60 espécies. A densidade total estimada foi 2.020 ind./ha e a
área basal 13,79 m²/ha. No remanescente com 40 anos foram encontrados 679 indivíduos
distribuídos em 35 famílias, 75 gêneros e 104 espécies. A densidade total estimada foi 2.716
ind./ha e área basal 24,40 m²/ha.
Guedes-Bruni et al. (2006), ressaltam a necessidade de estudos em remanescentes de
Floresta Ombrófila Densa submontana aluvial Atlântica, que foram fortemente submetidos à
fragmentação no RJ. Os mesmos inventariaram 1 ha de floresta aluvial empregando parcelas.
Foram amostrados 486 indivíduos, de 97 espécies e 31 famílias. O índice de diversidade de
Shannon (H´) foi de 3,98 nats/ind e o de equabilidade (J) de 0,87, valores inferiores àqueles
encontrados para trechos conservados de Floresta Ombrófila Densa no estado. Guedes-Bruni
et al. (2006b) caracterizaram florística e estruturalmente o dossel de um dos últimos
remanescentes de floresta Ombrófila Densa Submontana sobre morrotes no RJ, em avançado
estado de conservação. Inventariou-se 1 ha, empregando parcelas, adotando como critério de
inclusão DAP ≥ 5 cm e, através de relações alométricas, estabeleceu-se como árvores de
dossel aquelas com limites de DAPs e alturas superiores a 10 cm e 10 m, respectivamente.
Foram amostrados 580 indivíduos, de 174 espécies e 45 famílias. O índice de diversidade de
Shannon (H´) foi de 4,57 nats/ind e a equabilidade (J) de 0,88, valores próximos aos
encontrados para a Floresta Ombrófila Densa submontana Atlântica no Estado.
Pessoa & Oliveira (2006), investigaram aspectos do efeito da fragmentação e
isolamento de habitats sobre a estrutura dos elementos arbóreos encontrados em três
fragmentos florestais de diferentes tamanhos e formas, situados na REBIO. Foram
demarcados transectos de 10 m de largura e comprimento variado de acordo com a extensão
do fragmento, subdivididos em parcelas contíguas de 10 x 25 m, sendo todos amostrados os
indivíduos arbóreos com DAP ≥ 5 cm. Registraram-se 1.771 indivíduos, distribuídos em 43
famílias, 107 gêneros e 207 espécies. As áreas apresentam alta diversidade, com elevada
proporção de espécies (70%) em baixa densidade, o que representa risco potencial de extinção
para muitas populações. Vieira & Pessoa (2001) realizaram o levantamento florístico e a
análise da estrutura do componente herbáceo/subarbustivo de área de pasto abandonado,
visando obter informações que auxiliassem o estudo do processo de regeneração natural da
área. A área de estudo apresenta indivíduos lenhosos, distribuídos esparsamente ou em
moitas, tendo sido utilizada como pasto em tempos anteriores à criação da Reserva. O
levantamento da vegetação foi efetuado através do método de pontos têm sido amostrados
300 pontos em três linhas de 100 m cada. A amostragem revelou o predomínio de espécies de
14
gramíneas e ervas ruderais, como Imperata brasiliensis, Lygodium volubile e Blechnum
serrulatum. Os 300 pontos apresentaram 37 espécies distribuídas em 24 famílias, 33 gêneros,
sendo 19 famílias de fanerógamas e 5 de criptógamas. A análise das espécies quanto ao hábito
revelou o predomínio de herbáceas (46%) sobre as arbóreas (23%), arbustivas (21%) e
trepadeiras (10%). Carvalho et al. (2006), descreveram a estrutura e composição florística
arbórea de dois fragmentos naturais de florestas periodicamente inundadas na Reserva
Biológica e compararam-nos outros tipos florestais da região. Os dois fragmentos
apresentaram estrutura muito similar. Ao todo foram amostradas 628 árvores pertencentes a
31 espécies e 16 famílias, com forte dominância de espécies heliófilas tolerantes à inundação,
como Calophyllum brasiliense, Symphonia globulifera (Clusiaceae) e Tabebuia cassinoides
(Bignoniaceae). Os fragmentos apresentaram elevada similaridade florística devido à
dominância destas espécies heliófilas. Entretanto, a similaridade de espécies foi baixa em
relação às florestas bem drenadas adjacentes.
Scarano et al. (1997) e Scarano (2006), sintetizaram uma década de pesquisas
realizadas em um pântano pertencente ao complexo vegetacional atlântico no Estado do Rio
de Janeiro. O autor propõe que este pântano é um ecossistema frágil, na medida em que seu
funcionamento e sua diversidade são altamente dependentes da interação específica entre dois
grupos funcionais: os geradores de sombra (árvores localmente raras) e os geradores de sítios
seguros para germinação (bromélias terrestres). O autor discutiu a baixa resiliência das
florestas de pântano e apresenta com maior detalhamento a interação entre distintos grupos
funcionais de plantas. Também questiona o caso de dificilmente haver regeneração no parque
até hoje, nas áreas que foram anteriormente degradadas. Scarano et al. (1997), estudou o
estabelecimento de plantas em ambientes pantanosos, distinguindo os ambientes
periodicamente e permanentemente alagados. Estudos ecológicos relacionados à estrutura e
funcionamento de populações e comunidades. Callado et al. (2001). Barros et al. (2006)
propuseram a utilização dos caracteres anatômicos da madeira na interpretação da estrutura da
comunidade arbórea. No trabalho foram analisadas 26 espécies de 14 famílias, sugerindo a
ocorrência de um padrão anatômico. Barbosa & Faria (2006) definiram mosaicos de
fitofisionomias temporais em sistemas tropicais de baixada localizados na REBIO. Essa
definição foi feita principalmente a partir de trabalhos com serrapilheira, que foi quantificada
e quinzenalmente e determinada a concentração de nutrientes, via fração foliar, em intervalos
bimestrais. Nas formações de baixada da REBIO, há um valioso centro de estudos para a
Floresta Atlântica, Lima et al. (2006) descreveram os tipos de vegetação ocorrentes na área da
REBIO, onde foram identificadas, descritos e mapeados seis unidades fisionômicas, sendo
15
duas florestais (floresta aluvial e floresta submontana) e quatro não florestais (formação
pioneira com influência fluvial, capoeira aluvial, capoeira submontana e campo antrópico). As
características fisionômicas bem como florísticas mais relevantes de cada unidade foram
descritas e discutidas com base na análise comparativa entre as seis unidades fisionômicas e
com outros trechos de Mata Atlântica. O mapeamento foi realizado com emprego de
fotointerpretação analógica e os tipos de vegetação foram subdivididos obedecendo a uma
hierarquia topográfica e fisionômica.
Trabalhos de etnobotânica foram promovidos juntamente com a população vizinha em
Christo et al. (2006), e reuniram informações sobre uso de plantas numa comunidade rural,
nos arredores da Reserva Biológica, a partir de entrevistas com moradores. Foram obtidas 549
citações de uso de 210 espécies, subordinadas a 74 famílias.
Muitos trabalhos sobre estudos taxonômicos também foram realizados na reserva,
assim como Quinet (2006), sobre o estudo taxonômico das espécies de Lauraceae,
reconhecendo na Reserva 25 espécies subordinadas a nove gêneros. Andreata (2006) realizou
o estudo taxonômico das Smilacaceae, descrevendo nove espécies, incluindo algumas
representadas ainda por poucas coleções no estado do RJ. Guimarães & Monteiro (2006),
realizaram o estudo taxonômico das Piperaceae da Reserva, comentando sobre a importância
medicinal, dados fitoquímicos e uso são atribuídos a algumas espécies. No total foram
assinalados para esta Reserva 27 táxons dessa família. Vianna (2006) apresentou o estudo da
família Vochysiaceae, encontrando três espécies. Baumgratz et al. (2006), apresentaram um
estudo florístico para as Melastomataceae na Reserva, com enfoque na diversidade
taxonômica e esta nas diferentes unidades vegetacionais que compõem a paisagem. Foram
encontradas 34 espécies e uma variedade pertencente a oito gêneros e tendo sido descrita uma
nova espécie. Estes levantamentos de famílias foram realizados com base em material
herborizado, observações de campo e compreende, para cada uma, chave para identificação,
descrições, ilustração, distribuição geográfica dos táxons e comentários sobre particularidades
morfológicas e nomenclaturais.
Diante do conhecimento adquirido com as pesquisas e do cenário de degradação da
ReBio, foi criado em 1994 o Projeto Revegetação. Buscando desenvolvimento de modelos de
restauração ecológica, criados após o plantio de espécies nativas, com objetivo de restaurar as
áreas degradadas (Moraes & Pereira 2003; Moraes et al. 2006). A partir de 2005 o Programa
Mata Atlântica buscou integrar a experiência obtida através dos vários anos de pesquisa ao
acompanhamento da dinâmica das comunidades vegetais. O projeto vem implantando
parcelas permanentes em áreas abandonadas com regeneração natural (15 e 30 anos de
16
abandono), florestas em estágio avançado de sucessão, assim como nos plantios mistos com
espécies arbóreas estabelecidos em 1993. Desde 1994, 12 campos experimentais, variando em
área de 0,8 ha a 1,5 ha cada, foram implantados, nas áreas de baixada e nos morrotes,
totalizando 13 ha.
5 - Restauração Ecológica na ReBio Poço das Antas
Os plantios de espécies arbóreas nativas foram promovidos com a implantação do
“projeto revegetação”. Os mesmos foram instalados com o objetivo de favorecer a sucessão
secundária nas áreas cobertas por vegetação herbácea (pastagem) e prevenir a ocorrência de
incêndios e foram feitos em área coberta predominantemente por capim-colonião (Panicum
maximum Jacq.). A manutenção (roçada, capina e coroamento de mudas) foi feita durante um
ano (Moraes & Pereira 2003) e dois espaçamentos foram adotados na tentativa de favorecer
um rápido fechamento de dossel: 2,0 m x 2,0 m (2.500 mudas/ha) e 2,0m x 2,5m (2.000
mudas/ha). Esses valores foram estimados a partir de densidades de 1.000 a 1.200 indivíduos
arbóreos/ha observadas em florestas maduras (Hubbel & Foster 1983).
Foram selecionadas espécies com taxa de sobrevivência a partir de 75%. Expressivas
taxas de crescimento das espécies pioneiras e secundárias iniciais indicam que o modelo de
plantio utilizado pode favorecer uma rápida cobertura do solo e auxiliar a supressão da
gramínea invasora (Moraes & Pereira 2003). A partir do segundo ano após o plantio, as
espécies de estágio sucessional mais avançado também mostraram um bom desenvolvimento,
apresentando taxas de crescimento relativo maiores que as espécies de rápido crescimento,
aos quatro anos após o plantio. Isso sugere que o sombreamento promovido por essas últimas
favoreceu o desenvolvimento das secundárias tardias e clímaces.
Os modelos utilizados são similares ao proposto por Kageyama et al. (1992), e são
baseados nos processos sucessionais das florestas tropicais relacionados às clareiras naturais
da floresta. As espécies utilizadas foram divididas em quatro grupos ecológicos: pioneiras,
secundárias iniciais, secundárias tardias e clímáxicas (senso Budowski 1965). Foram alocados
pelo menos 50% das mudas compostas por espécies de rápido crescimento (pioneiras e
secundárias iniciais), que promoveriam condições para o desenvolvimento das espécies de
estágios sucessionais tardios, fazendo com que houvesse o sombreamento (Moraes & Pereira
2003). As mudas foram distribuídas de forma que oito plantas de espécies pioneiras e
secundárias iniciais circundem uma muda de espécie tolerante, que, por sua vez, se
desenvolve melhor sob sombreamento. A seleção das espécies para restauração teve como
ponto de partida os levantamentos florísticos realizados na Reserva para as áreas de baixada e
17
morrote. Observações feitas em áreas em estágio inicial de regeneração indicaram as espécies
presentes no início do processo de sucessão secundária para cada situação (Moraes & Pereira
2003).
Para se conservar suficiente diversidade genética das populações das espécies
selecionadas, foram coletadas para a produção de mudas, sempre que possível, sementes de
12 indivíduos de cada espécie de populações distintas, representando um Tamanho
Populacional Efetivo (Ne) igual a 50, conforme sugerido por Kageyama & Gandara (1993).
Um mês após os plantios as áreas foram monitoradas para se avaliar a taxa de
sobrevivência das mudas. Replantios só foram realizados quando a taxa de mortalidade
superava 10% do total de mudas plantadas.
6 - Trabalhos de pesquisa realizados após os plantios
Alguns trabalhos realizados após os plantios acompanharam a dinâmica de alguns
modelos das comunidades vegetais e poderão servir de base para futuras pesquisas. Moraes
(2006) e Moraes et al. (2006), realizaram um trabalho que teve como objetivo avaliar a
eficiência do plantio de espécies arbóreas na restauração de áreas degradadas na ReBio,
através do monitoramento da adaptabilidade (taxa de sobrevivência) e do desenvolvimento
(altura e diâmetro à altura do solo – DAS) de mudas plantadas em modelos sucessionais. Este
estudo apresenta a avaliação de 26 espécies plantadas nas áreas de baixada da Reserva. Foram
avaliados três plantios, com áreas variando de 0,64 a 1,17 ha, feitos com espaçamento 2×2 m,
em áreas de baixada, implicando em uma densidade de 2.500 mudas/ha, dividida nos grupos
ecológico definidos (sensu Budolski 1965). Todas as espécies de estágios iniciais utilizadas
mostraram bom desempenho quanto à taxa de sobrevivência e desenvolvimento, com
destaque para os valores de altura média, apresentados por Citharexylum myrianthus, Schinus
terebinthifolius e Trema micrantha. O modelo de plantio utilizando espécies autóctones
arbóreas testados neste trabalho teve um excelente desempenho, e têm grande potencial para
restabelecer processos ecológicos nas áreas degradadas da Reserva e naquelas com
características semelhantes. As taxas de sobrevivência foram altas para todas as espécies, na
maioria dos casos superior a 90%, o que indica a alta adaptabilidade das espécies para a
restauração de áreas degradadas nas condições estudadas.
Sansevevo (2008) teve como principal objetivo avaliar a estrutura e composição
florística de áreas em diferentes estágios sucessionais e condições de relevo utilizados como
modelos de revegetação, sendo duas áreas de floresta em estágio avançado de sucessão, duas
formações secundárias, além de dois modelos de plantios. Neste trabalho o principal indicador
18
adotado para avaliar a restauração foi o restabelecimento da regeneração natural. Foram
analisados parâmetros relacionados à composição de espécies, riqueza, estrutura da vegetação
(densidade e área basal) e atributos ecológicos (síndrome de dispersão, tamanho dos
propágulos das espécies e oferta de recursos para fauna dispersora) do estrato arbóreo e
regeneração natural. Os resultados desse estudo demonstraram que o plantio de espécies
arbóreas é uma boa estratégia de restauração ecológica nas áreas de baixada na RBPDA. Já os
baixos valores para estrutura e diversidade de espécies observados nos plantios e nas florestas
secundárias no morrote, evidenciam que esses sítios estão submetidos a fortes barreiras para
regeneração natural, e que outros modelos de restauração ecológica devem ser testados.
19
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31
Capítulo I
Composição, estrutura e similaridade da flora de bosque e
sub-bosque em floresta e plantios de restauração
ambiental
32
Resumo:
Questões: Nos últimos anos a Mata Atlântica vem passando por uma reversão dos processos
degradativos que foram causados por mais de 500 anos de exploração. A preocupação com a
preservação e conservação ambiental vem reforçando a formação de reservas ambientais e
investimento em pesquisas, principalmente em inventários florestais e métodos de restauração
ambiental.
Localização: Reserva Biológica Poço das Antas, RJ. (22º32´17´´S; 42º16´50´´W).
Hipótese: Áreas em processo de restauração onde houve plantio de mudas, se tornam, após
25 anos, mais próximas de uma área de floresta avançada do que áreas de regeneração natural;
Objetivo: Avaliar a estrutura e diversidade da vegetação em diferentes modelos de
restauração, pastos abandonados e florestas secundárias.
Metodologia: Foram alocadas parcelas permanentes de 30 x 60 m em áreas elevadas,
chamadas de morrotes e áreas planas, chamadas de baixadas, para o estudo de florestas
maduras, plantios, pasto e áreas em regeneração natural. Nestas parcelas foram registrados
indivíduos em dois estratos, classificados como arbóreos e subarbóreos.
Resultados: Foram identificadas 460 espécies, pertencentes a 208 gêneros e 71 famílias. As
famílias que apresentaram maior riqueza foram Myrtaceae com 55 espécies, Fabaceae (51),
Rubiaceae (40), Lauraceae (32) e Sapotaceae (22). Os gêneros com mais espécies foram
Eugenia com 20 espécies, Myrcia e Ocotea (13), Miconia e Psychotria (10). Do total de
indivíduos (16.485), as famílias com maior abundância foram Meliaceae com 2446 indivíduos
representando 15% do total, seguida de Fabaceae (1995, 12,1%), Piperaceae (1934, 12%),
Asteraceae (1331, 8%) e Melastomataceae (1163, 7%). As espécies com mais indivíduos
foram Guarea guidonea (L.) Sleumer, seguida de Gochnatia polymorpha (Less.). A riqueza
de espécies variou de cinco espécies no pasto morrote até 201 na floresta morrote. O trabalho
apresentou grande discrepância na densidade, frequência, riqueza e diversidade florística entre
as áreas, mostrando que as novas gerações de plantas vêm sendo formadas com pouca
similaridade com a vegetação arbórea.
Conclusão: Muitas espécies não chegam aos locais de restauração ambiental ou mesmo não
vem se estabelecendo, pois grande parte das espécies foram registradas nos mesmos, quando
comparados com as florestas.
Palavras-chave: Plantios; Poço-das-Antas; Regeneração-natural; Restauração-ambiental;
Sucessão-ecológica;
33
Abstract:
Questions: In recent years the Atlantic Forest is undergoing a reversal of the degradative
processes that were caused by more than 500 years of operation. The concern for
environmental preservation and conservation is strengthening the training of environmental
reserves and investment in research, especially in forest inventories and methods of
environmental restoration.
Location: Biological Reserve Poço das Antas, RJ . (22 º 32'17 '' S, 42 º 16'50 '' W).
Hypothesis: Areas in the restoration process which was seedlings natives trees, become, after
25 years, closer to an area of advanced forest;
Objective: To evaluate the vegetation structure in different models of restoration, abandoned
pastures and secondary forests.
Results: we found 460 species belonging to 208 genera and 71 families. The families with
greater wealth were Myrtaceae with 55 species, Fabaceae (51), Rubiaceae (40), Lauraceae
(32) and Sapotaceae (22). The genera with more species were 20 species with Eugenia,
Myrcia and Ocotea (13), Miconia and Psychotria (10). Of total individuals (16,485), the most
abundant families were Meliaceae with 2446 individuals representing 15% of the total,
followed by Fabaceae (1995: 12.1%), Piperaceae (1934 12%), Asteraceae (1331, 8% ) and
Melastomaceae (1163, 7%). The species with more individuals were Guarea guidonea (L.)
Sleumer, followed by Gochnatia polymorpha (Less.). Species richness ranged from five
species in pasture hillock to hillock 201 in the forest. The work showed a great discrepancy in
the density, frequency, richness and diversity between areas, showing that the new
generations of plants are being formed with little similarity to the arboreal vegetation.
Conclusion: Many species do not reach the local environmental restoration or even has not
established because only about 25-30% of species were recorded in the same, compared with
forests.
Keywords: Plantations; Poço das Antas, natural regeneration, restoration ecology; Ecological
Succession;
34
1 – Introdução
A Mata Atlântica que originalmente abrangia 15 estados brasileiros em uma área de
1.300.000 km² (MMA 2004), situada principalmente na costa litorânea brasileira (Joly et al.
1999, Morellato & Haddad 2000), atualmente está reduzida a cerca de 11.2% de sua cobertura
original (Ribeiro et al. 2009). No entanto, está pequena porção restante, formada por
fragmentos na maioria das vezes pouco estudados e muitas vezes isolados, possui grande
importância por concentrar toda a informação restante deste bioma, com alta biodiversidade,
elevadas taxas de endemismo e uma acentuada pressão antrópica, sendo considerado o quinto
dentre os 25 “hotspots” mais importantes para conservação do mundo (Myers et al. 2000).
Estes fragmentos de Floresta Atlântica que antes foram antropizados vêm ocupando
cada vez mais espaço na literatura científica e sua compreensão tem subsidiado estudos
relativos à recuperação de áreas alteradas (Solórzano et al. 2012). Brown & Lugo (1990)
destacaram que estas florestas secundárias continuam a fornecer informações para a
restauração da qualidade do solo e da água, conservando componentes abióticos
imprescindíveis à recuperação da paisagem. Essas florestas têm grande importância,
principalmente nos biomas ameaçados, onde trechos pouco perturbados se encontram ilhados
em meio à paisagem formada por um mosaico de florestas de diferentes idades, entrecortados
por centros urbanos, pastos, plantações e outros tipos de uso do solo (Solórzano et al. 2012).
Esta formação no estado do Rio de Janeiro encontra-se reduzida a pouco menos de
17% da formação original e destes, cerca de 30% são protegidas por unidades de conservação
(SOS Mata Atlântica 2002). Porém, mesmo a porção de floresta protegida por reservas passou
ou ainda passa por alguma atividade antrópica, formando um mosaico de florestas secundárias
com diferentes condições de conservação. Dentre as áreas de Mata Atlântica com prioridade
para conservação está a planície costeira fluminense, caracterizada por uma grande
heterogeneidade biológica, abrigando populações de diferentes espécies através de seu
componente vegetal, resulta em um mosaico com alta diversidade e heterogeneidade florística
(Guedes-Bruni 1998).
Dentro deste contexto a Reserva Biológica Poço das Antas, uma das principais áreas
para a conservação de florestas de baixada no estado do Rio de Janeiro, apresenta hoje um
aspecto fitofisionômico bastante empobrecido quanto à sua cobertura vegetal primitiva (Lima
et al. 2006). Esta Reserva está localizada na região da Bacia do Rio São João, uma das mais
importantes bacias em floresta baixa (Lima et al. 2006). A ação antrópica, principalmente
pela exploração seletiva de essências florestais e pelo fogo, além da drenagem artificial e
35
retificação dos rios, contribuiu para o desaparecimento de amplos trechos de formações
florestais, sobretudo, nas planícies de inundação (Carauta et al. 1978).
Embora muito pouco se conheça sobre a cobertura vegetal original da bacia do Rio
São João, pode-se admitir que a região possuísse ampla região de florestas (IBDF/FBCN
1981). Um antigo relato do início do século XIX menciona que as ribanceiras estavam
“bastante cobertas de arvoredo” (Luccock 1951). É provável que esta vegetação original tenha
permanecido pouco alterada até cerca da metade do século XX (Lamego 1946), quando tem
início a destruição de amplos trechos de floresta nos morros e nas planícies. Atualmente são
raros os trechos com vegetação natural que em contraste com grandes áreas alteradas, são
testemunhos da destruição causada pelas atividades antrópicas.
Em decorrência desta situação, torna-se necessária a atualização de dados sobre a
vegetação desta unidade de conservação, prioritariamente no que concerne à sua natureza e
extensão. Estas informações são imprescindíveis ao adequado manejo e implementação de
ações de restauração ecológica das áreas degradadas. São ainda urgentes para apoiar
estratégias para estabelecimento de medidas efetivas de proteção das áreas naturais
remanescentes (Lima et al. 2006).
Vale ressaltar que estudos desta natureza têm se mostrado ferramentas fundamentais
para integrar diferentes disciplinas relacionadas à análise ambiental, principalmente para
subsidiar a restauração e o manejo em unidades de conservação (Noffs & Baptista-Noffs
1982; Oliveira & Porto 1999; Cardoso-Leite et al. 2002).
Levando em consideração as diferentes formas vegetacionais da Reserva Biológica
Poço das Antas e de diferentes modelos usados para restaurá-las e da necessidade urgente de
se conhecer as consequências do manejo, este capítulo tem como objetivos: (1) Levantamento
florístico e fitossociológico da comunidade arbóreo-arbustiva que ocorrem em diferentes
ambientes da reserva; (2) Comparar áreas de floresta avançada com diferentes modelos de
restauração; (3) Definir se vem ocorrendo a restauração estrutural e da diversidade dos
modelos de restauração.
2 Material e Métodos
2.1 Caracterização da área de es tudo
O estudo foi conduzido na Reserva Biológica Poço das Antas (RBPA), situada no
estado do Rio de Janeiro, município de Silva Jardim, entre as coordenadas 22º 30` e 22º 33` S
e 42º 15´ e 42º 19` W, com uma área de 5.160 ha (Fig. 1). O clima da região é Aw, segundo a
36
classificação de Köppen, com precipitação média anual de 1.900mm, bem distribuída ao
longo do ano e uma pequena estação seca com 800 mm de chuva entre os meses de maio a
agosto (Lima et al. 2006). Os solos predominantes são Latossolos vermelho amarelos e solos
aluviais (Takizawa 1995). Originalmente a RBPA era coberta por Floresta Ombrófila Densa
de Terras Baixas (sensu Veloso et al. 1991) com formações permanentemente ou
periodicamente alagadas, além de florestas sem influência pluvial localizadas nos morros e
morrotes mamelonares. No entanto, com a ocupação da região, extensas áreas de floresta
foram desmatadas e substituídas por pastagens e outras culturas agrícolas. Resultante deste
processo, a vegetação atualmente é formada por um grande mosaico composto por pastagens
abandonadas, formações secundárias e florestas em estágio avançado de sucessão.
O estudo realizado por Lima et al. (2006), de caracterização e mapeamento da
cobertura vegetal da Rebio foram identificadas, delimitadas e descritas seis unidades
fisionômicas: floresta submontana, floresta aluvial, formação pioneira com influência fluvial,
capoeira submontana, capoeira aluvial e campo antrópico. Segundo os autores, apenas 52%
dos 5.160 ha da reserva estão cobertos por florestas, sendo todo restante formado por áreas
com maior ou menor grau de perturbação.
2.2 Amostragem da vegetação
Foram estudadas oito variações florestais, sendo estas, floresta avançada com mais de
60 anos sem ação antrópica e que nunca foi pastagem, seis modelos de plantios, pastagem
abandonada há 25 anos e área de regeneração natural. Cada uma das variações florestais
contaram com três repetições, exceto os plantios que são amostras únicas (Tab. 1).
37
Figura 1 – Mapa da Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Fonte: Sansevero (2008) adaptada.
Tabela 1: Relação das variações florestais estudadas na Reserva
Biológica Poço das Antas, RJ. As réplicas estão relacionadas com “quantidade”, sendo: N – Não são réplicas e S – são réplicas.
Locais Quantidade Réplicas
1 Plantios de baixada 4 N
2 Plantios de morrote 2 N
3 Regeneração de baixada 3 S
4 Regeneração de morrote 3 S
5 Pasto de baixada 3 S
6 Pasto de morrote 3 S
7 Floresta de baixada 3 S
8 Floresta de morrote 3 S
Total 24
Todas as áreas foram amostradas através de parcelas (Mueller-Dombois & Ellenberg
1974). As áreas de floresta, pasto e regeneração natural foram amostradas a partir de parcelas
em blocos de 30 x 60 metros, das quais foram subdivididas em 18 subparcelas de 100m² e
38
destas sorteadas seis para avaliar a vegetação (Fig. 2). Dentro de cada subparcela de 10 x 10
m foram amostrados indivíduos pertencentes a dois estratos, arbitrariamente classificados
como estrato arbóreo e subarbóreo, semelhante Sansevero et al. (2009). Foram considerados
pertencentes ao estrato arbóreo, todos aqueles indivíduos com diâmetro à altura do peito
(DAP) ≥ 5 cm encontrados dentro das subparcelas de 100 m² sorteadas. O estrato subarbóreo,
também chamado de arvoretas ou de regeneração, foi composto por indivíduos com Altura
(H) ≥ 1,5 m e < 5 cm de DAP, ou seja, indivíduos arbóreos jovens, esses foram amostrados
através de subparcelas de 5 x 5 m alocadas dentro de cada uma das seis subparcela de 10 x 10
m sorteadas.
Figura 2–Esquema de parcelas em blocos utilizado para amostrar a vegetação.(A); subparcelas usadas inventários de árvores e dentro da mesma as subparcelas de 5 x 5 m
para estudo da regeneração (B), na Reserva Biológica Poço das Antas, Rio de Janeiro. Figura modificada de Sansevero et al (2009).
Os plantios foram amostrados a partir de parcelas de 10 x 10 m. Para a vegetação
arbórea não foi utilizado amostragem e sim censo, onde todos os indivíduos com (DAP) ≥ 5
cm foram medidos. Para o levantamento da vegetação subarbórea foram sorteadas 12
parcelas, totalizando uma área de 1200 m² por plantio, amostrados de forma aleatória
estratificada, para que fosse amostrada a maior variação possível dentro dos mesmos,
distanciadas pelo menos 50 metros uma das outras, dentro de cada estratificação. Apesar do
levantamento censitário dos plantios, para as análises comparativas com entre os locais, foram
sorteadas 54 parcelas dos mesmos para igualar o tamanho das amostras entre os locais.
Todos os indivíduos registrados foram marcados com plaquetas de alumínio
numeradas, tiveram seu DAP medido, a altura estimada com ajuda do podão de cinco metros
39
e identificada até nível de espécie, quando possível. Não foram registrados lianas e indivíduos
mortos.
2.3 Áreas utilizadas para o es tudo
As diferentes variações vegetacionais utilizadas para o trabalho foram selecionadas a
partir de fotos aéreas, consulta a pesquisadores que trabalharam nos locais, principalmente
nos plantios, e consulta aos moradores da região que conhecem as áreas desde quando ainda
eram pastagens, até mesmo antes da criação da reserva e das florestas de onde eram retiradas
árvores em cortes seletivos. Nas florestas também foram utilizadas as espécies dos locais
como indicadoras, sendo que a presença de espécies muito visadas e com grande porte,
representam locais onde há muito tempo não havia um corte seletivo.
2.3.1 Plantios
Os plantios escolhidos foram “1, 2, 6, 7, 11 e 12”, os quatro primeiros em baixada e os
dois últimos em morrote. Os números dos plantios não são contínuos, pois foram feitos 12
plantios na área, no entanto os outros ou tiveram metodologia muito diferente ou pegaram
fogo. Estes números são as formas como os plantios são chamados no local e mudá-los para
uma sequencia iria causar confusão posteriormente.
A vegetação arbórea dos plantios foi amostrada através de censo, sendo toda parcelada
em 10x10 m, tendo, portanto, cada plantio um tamanho diferente para a amostragem arbórea.
O número de parcelas e a forma do plantio serão expostos nos itens dos dados
fitossociológicos dos mesmos. A amostragem da vegetação subarbórea foi feita através de 12
parcelas de 10x10 m, totalizando 1200 m² por plantio. O sorteio das parcelas foi feito de
forma aleatória estratificada, havendo parcelas na parte próxima a estrada, no interior do
plantio e na parte da borda interna da mesma, ou seja, a borda que fica na parte oposta à
estrada.
Foram demarcados todos os locais onde houve plantio de mudas nativas, cada um com
um modelo diferente, diferenciando inicialmente em declividade, podendo ser (morrote ou
baixada), umidade (secos ou úmidos), tipo de plantio (adubação, diversidade ou sucessão),
espaçamento (2,0 x 2,0, 2,0 x 2,5 ou 2,5 x 2,5), número de espécies (7, 8, 20 ou 25) e tamanho
da área de plantio (0,8 a 1,5 ha). Havendo também a variação pela distância do fragmento
florestal principal. Todos os plantios são únicos, não havendo réplicas, podendo ser
40
analisados por pseudo-réplicas ou por métodos de amostras únicas, assim como foi feito em
Sansevero et al. (2009).
Os plantios, representados no mapa da figura 3, foram selecionados a partir de
critérios de tamanho, tendo tamanho mínimo de 0,8 ha, com localidades e metodologias
semelhantes. Com posse de um mapa de plantio com a relação de todas as espécies que foram
plantadas, foi possível fazer uma relação dos indivíduos que foram plantados e quais surgiram
nos locais após 18 anos. Os plantios estão descritos por trabalhos feitos por Moraes & Pereira
(2003), Moraes et al. (2002) e Moraes et al. (2006).
Figura 3: Figura esquemática da localização das áreas dos seis plantios estudados, onde P1 é plantio 1, P2 plantio 2, P6 plantio 6, P7 plantio 7, P11 plantio 11 e P12 plantio 2, na Reserva
Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
Figura 4: Fotos dos plantios estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
41
2.3.2 Regeneração natural
O termo “regeneração natural” pode ser um pouco confuso no decorrer do trabalho,
isto porque existem as áreas de regeneração natural e o processo com o mesmo nome que vem
ocorrendo em todos os locais. Apesar das áreas de regeneração natural ter sido formada a
partir deste processo é interessante que não sejam confundidos os termos.
A vegetação das áreas de regeneração natural foram amostradas através de 18 parcelas
de 30x60 m, sendo 9 em baixada e 9 em morrote, cada qual dividido em três locais distantes
pelo menos 400 m um do outro, com três parcelas cada. Fora, amostrado 10800 m² de estrato
arbóreo, sendo destes 5400 m² em áreas de morrote e 5400 m² em áreas de baixada. No estrato
subarbóreo foram amostrados 2700 m², sendo 1350 em cada relevo. As áreas estão
representadas pela figura 5.
As áreas de regeneração natural foram escolhidas de acordo com a presença de uma
floresta e de acordo com o tempo de 20 a 25 anos sem que houvesse interferência humana,
gado, cultura agrícola ou fogo. As mesmas não passaram por alguma forma de facilitação
como plantios, semeaduras diretas ou enriquecimento. Nenhuma das áreas são paludosas,
havendo boa drenagem.
Figura 5: Figura esquemática da localização das áreas de regeneração natural estudadas, onde Rb é regeneração baixada e Rm regeneração morrote, cada um com suas três áreas estudadas
e as áreas de regeneração delimitada, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
42
Figura 6: Fotos dos ambientes de regeneração natural estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
2.3.3 Pastagens abandonadas
Estas áreas foram analisadas de forma a encontrarmos processos primários de
restabelecimento de vegetação e dificuldades em promover os processos, o que será mais
profundamente discutido em outro capítulo.
A vegetação dos pastos foi amostrada através de 18 parcelas de 30x60 m, sendo 9 em
baixada e 9 em morrote, cada qual dividido em três locais distantes pelo menos 400 m um do
outro, com três parcelas cada. Foram amostrados 10800 m² de estrato arbóreo, sendo destes
5400 m² em áreas de morrote e 5400 m² em áreas de baixada. No estrato subarbóreo foram
amostrados 2700 m², 1350 m2 em cada relevo. Os locais de pastagem estuados estão
representados na figura 7.
As áreas de pasto foram selecionadas a partir do critério de tempo sem interferência
humana, que é o mesmo tempo das áreas de regeneração natural, 25 anos e que estivesse há
pelo menos 15 anos sem pegar fogo e mesmo assim ainda coberta com pelo menos 95% de
43
vegetação herbácea, como capim gordura, capim colonião e samambaias. Nenhuma das áreas
são paludosas, com alagamento frequente ou maior que uma semana.
Figura 7: Figura esquemática da localização das áreas de pastagem estudadas, onde Pb é pastagem baixada e Pm pastagem morrote, cada um com suas três áreas estudadas e as áreas
de pastagens delimitada, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
Figura 8 - Fotos das áreas de pastagem estudadas na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
2.3.4 Florestas secundárias
A vegetação das florestas foi amostrada através de 18 parcelas de 30x60 m, sendo
nove em baixada e nove em morrote, cada qual dividido em três locais, distantes pelo menos
400 m um do outro, com três parcelas em cada. Foram amostrados 10800 m² de estrato
arbóreo, sendo destes 5400 m² em áreas de morrote e 5400 m² em áreas de baixada. No estrato
subarbóreo foram amostrados 2700 m², 1350m2 em cada relevo.
44
Foram selecionadas áreas com floresta em estágio avançado, sem registro de que tenha
sido transformadas em pasto ou cultura agrícola, podendo ter havido corte seletivo de algumas
espécies, porém que estivesse há pelo menos 60 anos sem esta atividade. As áreas de florestas
estudadas estão representadas na figura 9.
Figura 9: Figura esquemática da localização das áreas de floresta estudada, onde fb é floresta
baixada e fm floresta morrote, cada um com suas três áreas estudadas e as áreas de floresta delimitada, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
2.4 Levantamento es trutural
2.4.1 Análises dos dados fitossociológicos e índices ecológicos
Para cada área foram calculados para cada espécie os seguintes descritores: densidade
por área (DA), densidade relativa (DR), frequência absoluta (FA), frequência relativa (FR),
dominância por área calculada a partir da área basal do tronco (DoA), dominância relativa
(DoR) e índice de valor de importância (IVI) em porcentagem, de acordo com Mueller-
Dombois & Ellenberg (1974). A diversidade de espécies e a respectiva equabilidade serão
calculadas por meio dos índices de diversidade de espécies de Shannon-Wiener (H’) na base
logarítmica natural, e o índice de Concentração de Simpson (C). Os cálculos foram
processados com auxilio dos programas Excel da Microsoft e FITOPAC 2 (Shepherd 1995).
45
Figura 10 - fotos das áreas de floresta estudadas na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
Para a determinação da diversidade de espécies foram calculados os índices de Shannon
(H') e de equabilidade de Pielou (J) em base logarítmica natural (Brower & Zar, 1984).
Jaccard (J). Esse índice é utilizado para correlação de similaridade das espécies entre os locais
estudados.
Índice de Shannon (H’). Mede o grau de incerteza em prever a que espécie pertencerá um
indivíduo escolhido, ao acaso, de uma amostra com S espécies e N indivíduos. Quanto menor o
valor do índice de Shannon, menor o grau de incerteza e, portanto, a diversidade da amostra é
baixa. A diversidade tende a ser mais alta quanto maior o valor do índice.
46
Equabilidade de Pielou (J). Este índice é utilizado para calcular a equabilidade das espécies
de um fragmento os valores variam no intervalo de [0,1], e assim, "1" representa a máxima
diversidade, ou seja, todas as espécies são igualmente abundantes.
As expressões de cada índice estão ilustradas na tabela 2.
2.5 - Levantamento florís tico
Foram registradas todas as espécies encontradas nas parcelas utilizadas para o
levantamento fitossociológico. Para cada espécie foram feitas três coletas, que foram secas,
montadas, etiquetadas e incorporadas ao ramário do laboratório de pesquisas em ecologia
vegetal do Jardim Botânico. Como cerca de 95% das espécies coletadas estavam somente com
material vegetativo não foipossível a incorporação ao Herbário do Jardim Botânico. As
identificações foram realizadas através de consultas a monografias taxonômicas, obras
clássicas, comparação com exsicatas já identificadas depositadas no Herbário do Jardim
Botânico do Rio de Janeiro (RB), e/ou através de especialistas. Foram observadas as
sinonímias taxonômicas junto à Flora do Brasil do Jardim Botânico do Rio de Janeiro e junto
ao Tree Atlan (Oliveira Filho 2012) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Quando possível, os indivíduos foram classificadas até nível de espécie, nas famílias
reconhecidas pelo Angiosperm Phylogeny Group III (APG III 2009).
2.6 – Análises e s tatís ticas
A normalidade para todas as análises de variâncias foi testada pelo teste de Shapiro-
Wilk, posteriormente foi testada a homocedasticidade pelo teste de Bartlett. Para a verificação
de diferenças entre as localidades quanto à densidade e à área basal utilizou-se análise de
variância (ANOVA), através do programa R 2.9.2, utilizando o pacote Vegan.
A similaridade florística entre as localidades foi analisada através da distância de
Bray-Curtis, com o método de similaridade de Jaccard e com aglomeração que possuísse a
maior correlação, podendo ser estas, simples, completa ou em grupo (UPGMA). Para tanto foi
utilizado o programa R 2.9.2, pacote Vegan.
Para a verificação de diferenças entre as localidades quanto à riqueza de espécies
independentemente da densidade (Gotelli & Colwell 20018), foi plotada uma curva de
rarefação do número observado de espécies em função do número de indivíduos amostrados.
47
Tabela 2:Fórmulas usadas para análises fitossociológicas das áreas de florestas e
modelos de restauração na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
Densidade absoluta DAi = Ni/A
Freqüência absoluta FAi = Pi/T
Dominância absoluta DoAi = Abi/A
Densidade relativa DRi = DAi/åDAi*100
Freqüência relativa FRi = FAi/åFAi*100
Dominância relativa DoRi = DoAi/åDoAi*100
Índice de valor de importância IVIi = (Dri + FRi + DoRi)/3
Índice de Shannon (1949) H´= ∑ pi x ln PI
Índice de Pielou (1966) J' = H' / ln S
Coeficiente de Jaccad (1908) Cj' = C / (a+b-c)
Onde:
Ni = Número de indivíduos da espécie i
A = Área amostral em ha.
Pi = Número de parcelas com presença da espécie i
T = Número de parcelas amostradas
Abi = Somatória da área basal da espécie i
DAi Somatório da densidade absoluta de todas as espécies
FAi Somatório da freqüência absoluta de todas as espécies
DoAi Somatório da dominância absoluta de todas as espécies
ni = N° de indivíduos da espécie i
pi = Frequência de cada espécie
S = Riqueza
a = Espécies do fragmento a
b = Espécies do fragmento b
c = Espécies comuns aos fragmentos a e b
3 Resultados
Nos 11,12 há estudados, distribuídos pelas oito fisionomias estudadas e nos dois
substratos (Tab. 3), foram identificadas 460 espécies, pertencentes a 71 famílias e 208
gêneros, de Angiospermas (tabela anexo 1). As dez famílias que apresentaram maior riqueza
foram Myrtaceae com 55 espécies, seguida de Fabaceae (51), Rubiaceae (40), Lauraceae (32),
Sapotaceae (22), Annonaceae e Chrysobalonaceae (17), Melastomataceae (14) Euphorbiaceae
(13) e Meliaceae (12) (Fig 11a). Vinte e três famílias apresentaram somente uma espécie. Os
gêneros mais ricos foram Eugenia com 20 espécies, seguida de Myrcia e Ocotea (13),
Miconia e Psychotria (10), Inga, Nectandra e Pouteria (8) e Coussarea e Mollinedia (7) (Fig.
48
11b). Do total de indivíduos (16.485), as famílias com maior abundância foram Meliaceae
com 2446 indivíduos representando 14,84 % do total, seguida de Fabaceae (1995,
12,1%),Piperaceae (1934, 11,73%), Asteraceae (1331, 8,07%), Melastomataceae (1163,
7,05%), Rubiaceae (616, 3,74%), Verbenaceae (602, 3,65%), Myrtaceae (544, 3,3%),
Anacardiaceae (517, 3,14%) e Lauraceae (502, 3,05%) (Fig.11c). As árvores mortas
representaram 3,1 %. As espécies com mais indivíduos foram Guarea guidonea (L.) Sleumer
com 2342, seguida de Gochnatia polymorpha (Less.). Cabrera (1326), Piper arboreum Aubl.
(977), Piper caldense C. DC. (823), Citharexylum myrianthum Cham (602), Inga edulis Mart.
(505), Inga laurina (Sw.). Willd (460), Miconia prasina (Sw.) Dc. (408), Pseudobombax
grandiflorum (Cav.) A. Robyns (336) e Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr (308).
No estrato arbóreo foram registrados 10565 indivíduos em 95900 m² amostrados,
equivalendo a 1102 indivíduos por ha, variando desde 35 indivíduos por hectare nos pastos
em morrote como até 1689 no plantio seis. A riqueza de espécies variou de cinco espécies no
pasto morrote até 201 na floresta morrote. No estrato subarboreo foram registrados 5920
indivíduos em 15300 m², equivalendo a 3869 indivíduos por ha, variando desde 837
indivíduos por hectare nos pastos em morrote e máximo de 9142 no plantio seis. A riqueza de
espécies variou de seis espécies no pasto morrote até 164 na floresta baixada.
49
a)
b)
c)
Figura 11: a) Distribuição do número de espécies nas dez famílias mais ricas; b) Distribuição do número de espécies nos dez gêneros mais ricos; c) As dez famílias com maiores porcentagens de indivíduos no bosque e sub-bosque da Reserva Biológica Poço das Antas,
RJ.
0
10
20
30
40
50
60
Nú
me
ro d
e e
spé
cie
s
Famílias
0
5
10
15
20
Nú
me
ro d
e e
spé
cie
s
Generos
0,02,04,06,08,0
10,012,014,016,0
% d
e in
div
ídu
os
Famílias
50
Tabela 3: Locais estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Est – Esstrato, podendo ser arbórea ou subarbórea; Área total amostrada em m2; Riqueza de espécies; D – Densidade; H’-Diversidade de Shannon; J’- Equitabilidade de
Pielou; e AB – Área basal por hectare. As setas representam se a riqueza e a diversidade estão aumentando ou diminuindo em relação aos mesmos locais e estratos diferentes.
Local Est Área Espécies D H' J' AB/ha²
m²
Past
o Baixada
Árvore 5400 11 98 1.78 0.72 0.62
Arvoreta 1350 18 317 2.25 0.78 0.2
Morrote Árvore 5400 5 35 1.12 0.69 0.25
Arvoreta 1350 6 209 1.10 0.61 0.001
Flo
rest
a
Baixada Árvore 5400 170 1607 4.36 0.85 28.1
Arvoreta 1350 164 6674 4.3 0.84 1.79
Morrote Árvore 5400 201 1594 4.5 0.85 35.5
Arvoreta 1350 138 3237 4.48 0.9 1.37
Reg
ener
açã
o
Baixada Árvore 5400 56 741 2.18 0.54 23.8
Arvoreta 1350 57 5667 2.2 0.54 1.48
Morrote Árvore 5400 24 1267 0.64 0.2 10.8
Arvoreta 1350 32 2741 2.23 0.64 0.2
Pla
nti
os
1 Árvore 13900 47 930 2.6 0.67 17.5
Arvoreta 1200 39 2550 2.77 0.76 1.05
2 Árvore 13200 49 1387 2.71 0.69 21.9
Arvoreta 1200 48 4583 2.81 0.72 1.58
6 Árvore 10100 40 1689 2.67 0.72 24.1
Arvoreta 1200 40 9142 1.89 0.51 3.2
7 Árvore 12800 46 1223 2.67 0.68 28.2
Arvoreta 1200 33 4042 2.14 0.61 1.67
11 Árvore 5300 38 991 2.73 0.74 15.5
Arvoreta 1200 47 2700 3.1 0.81 0.78
12 Árvore 8200 34 927 2.06 0.58 14.4
Arvoreta 1200 48 3383 3.23 0.83 0.11
Média Árvore 1041 2.5 0.7 18.4
Arvoreta 3898 2.7 0.7 1.12
Total 111200 460
No anexo 1 estão todas as espécies encontradas no trabalho e suas respectivas
abundâncias. No anexo 2 se encontram todas as famílias identificadas no trabalho e suas
respectivas densidades absolutas e relativas de espécies.
51
Tabela 4:Médias seguidas por seu desvio padrão de densidade, riqueza e Ab dos locais estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Médias seguidas de mesma letra não apresentam diferenças
significativas a partir do teste de Kruskal-Wallis para médias não normais seguidas do teste Dunn e Anova para testes normais, seguidas
de Tukey, com valores abaixo de p < 0.05.
Local
Arbóreo
Densidade (ha) Ab (ha)
Floresta baixada 1609,3 + 225,2ab 28,2 + 6,4ab
Floresta morrote 1594,4 + 216,7ab 35,5 + 9,5a
Regeneraçao baixada 740,7 + 252,5c 23,8 + 3,6ac
Regeneraçao morrote 1266,7 + 460,8ac 10,8 + 4,4c
Plantio 1 953,7 + 197,5cd 18,8 + 6,7ac
Plantio 2 1085,2 + 145,9ad 22,4 + 4,3ac
Plantio 6 2163 + 161,8b 27,5 + 6,6ab
Plantio 7 1400 + 275,3abd 30,4 + 14,1ab
Plantio 11 1166,7 + 79,1ac 15,2 + 6,3bc
Plantio 12 1059,3 + 175ac 15,4 + 8bc
Local Sub-arbóreo
Densidade (ha) Ab (ha)
Floresta baixada 6674,1 + 2749,6ab 1,8 + 0,7a
Floresta morrote 3237 + 564,8cd 1,4 + 0,3ab
Regeneraçao baixada 5666,7 + 2416,8ac 1,5 + 0,6ab
Regeneraçao morrote 2725,9 + 1154,4ce 0,2 + 0,1b
Plantio 1 2550 + 1450,7de 1 + 0,5bc
Plantio 2 4583,3 + 1701,2ce 1,6 + 0,5ac
Plantio 6 9141,7 + 4148,9b 3,2 + 1,5a
Plantio 7 4000 + 1915,5ae 1,7 + 0,6a
Plantio 11 2945,5 + 1768,8ce 0,8 + 0,7bc
Plantio 12 3383,3 + 1345,6ce 0,1 + 0,1bc
3.1 Florestas
No total foram encontrados 380 espécies, 35 delas foram encontradas em ambos os
estratos e em ambos os relevos, baixada e morrote. Quarenta espécies foram encontradas em
três destas formas de amostragem e 110 em somente dois. O restante das espécies, ou seja,
195 ocorreram em somente uma das formas de amostragem. Um dendrograma de
dissimilaridade (Fig. 12) mostrou que o método com maior correlação foi o UPGMA com
valor de 0.745. O dendrograma apresenta grande semelhança entre os locais estudados, porém
as maiores semelhanças estão na vegetação dentro do mesmo relevo, havendo uma grande
semelhança entre árvores e arvoretas de baixada e da mesma forma em morrote.
52
Figura 12: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos (morrote e baixada) e os dois estratos (Árvore e arvoreta) estudados em áreas de floresta na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Flo.baix – Floresta baixada árvores; Flo.baix.reg –
Floresta baixada arvoretas; Flo.mor – Floresta morrote árvores; Flo.mor.reg – Floresta morrote arvoretas.
Um diagrama de Venn foi produzido através do programa R 2.9.2, com auxílio do
pacote estatístico “VennDiagram” 1.6.0 (Chen 2013). O mesmo foi reproduzido com dados de
presença e ausência de espécies nas áreas de florestas, baixada e morrote e em ambos os
estratos, arbóreo e subarbóreo (Fig. 13).
Figura 13 – Diagrama de Venn de áreas de floresta na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Flo.baix.árvores – Floresta baixada árvores; Flo.baix.arvoretas –
Floresta baixada arvoretas; Flo.mor.árvores – Floresta morrote árvores; Flo.mor.arvoretas – Floresta morrote arvoretas.
53
3.1.1 Floresta baixada árvores
Foram identificadas 171 espécies, pertencentes a 49 famílias e 110 gêneros, sendo
todas espécies de angiospermas (Tab. 5). As dez famílias que apresentaram maior riqueza
foram Myrtaceae com 22 espécies, seguida de Fabaceae (18), Chrysobalonaceae e Lauraceae
(11), Euphorbiaceae (nove), Rubiaceae e Sapotaceae (oito), Meliaceae (seis), e
Melastomataceae e Salicaceae (cinco). Dezesseis famílias apresentaram somente uma espécie.
Os gêneros com mais espécies foram Eugenia, com oito espécies, seguida de Guapira (5),
Cupania, Ocotea e Trichilia (4), Andira, Annona, Campomanesia, Casearia, Hirtela, Myrcia,
Miconia, Psychotria e Nectandra (3).
Tabela 5: Lista das dez principais espécies arbóreas com maiores IVI encontradas na floresta de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N –
Número de indivíduos encontrados da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias N Dri Fri Dori IVI
Plathymenia foliolosa Benth. Fabaceae 12 22,22 1,38 1,37 8,2
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. Peraceae 36 66,67 4,15 2,19 6,3
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 20 37,04 2,3 1,37 4,28
Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 22 40,74 2,53 2,19 3,99
Cupania oblongifolia Mart Sapindaceae 41 75,93 4,72 1,64 3,42
Mortas - 40 74,07 4,61 2,19 3,23
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret
Arecaceae 33 61,11 3,8 1,37 2,51
Lacistema pubescens Mart. Lacistemataceae 50 92,59 5,76 2,47 2,3
Euterpe edulis Mart. Arecaceae 36 66,67 4,15 1,92 2,09
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 44 81,48 5,07 1,92 0,99
Do total de indivíduos (868), as famílias com maior abundância foram Myrtaceae e
Fabaceae, 8,5 % cada do total, seguidas de Arecaceae (8,3%), Sapindaceae (6,5%),
Siparunaceae (6,2%), Lacistemataceae (5,8%), Peraceae (5,3%), Euphorbiaceae (4,6%),
Chrysobalonaceae (3,8%) e Nyctaginaceae (3,5%).
As árvores mortas representaram 4,6 %. As espécies com mais indivíduos foram
Lacistema pubescens Mart. com 5,8%, seguida de Siparuna guianensis Aubl. (5,1%),
Cupania oblongifolia Mart (4,7%), Euterpe edulis Mart. E Pera glabrata (Schott) Poepp. ex
Baill. (4,1%), Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret (3,8%), Myrcia anceps (Spreng.)
54
O. Berg (3,7%), Xylopia sericea A. St.-Hil.(2,5%), Tapirira guianensis Aubl. (2,3%) e
Guarea guidonia (L.) Sleumer (2,2%).
A área basal total foi de 28,1 m² por hectáre. O índice de Shannon foi igual a 4,36 e a
equabilidade de Pielou 0,85. A tabela completa está em tabela anexo 3.
3.1.2 Floresta baixada árvoretas
Foram registradas 164 espécies, pertencentes a 49 famílias e 101 gêneros, sendo todas
espécies de Angiospermas (Tab. 6). As dez famílias que apresentaram maior riqueza foram
Myrtaceae com 23, seguida de Rubiaceae (18), Fabaceae (13), Meliaceae e Lauraceae (10),
Sapotaceae (sete), Chrysobalonaceae, Apocynaceae, Annonaceae e Bignoniaceae (cinco).
Dezesseis famílias apresentaram somente uma espécie.
Os gêneros com mais espécies foram Eugenia com oito espécies, seguida de
Psychotria e Trichilia (sete), Coussarea, Gomidesia, Maytenus e Pouteria (quatro).
Do total de indivíduos (901), as famílias com maior abundância foram Rubiaceae
representando 27,6% do total, seguida de Myrtaceae com (8,1%), seguida de Erythroxylaceae
(7,5%), Meliaceae (5,3%), Siparunaceae (4,9%), Moraceae (3,7%), Euphorbiaceae (3,3%),
Lacistemataceae (3,0%), Nyctaginaceae (2,8%) e Piperaceae (2,6%).
Tabela 6: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas na floresta de
baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori Ivi
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 44 4,88 1,76 7,00 4,55
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. Erythroxilaceae 66 7,33 2,35 3,87 4,51
Psychotria velloziana Benth. Rubiaceae 60 6,66 2,05 4,29 4,34
Ixora gardneriana Benth. Rubiaceae 47 5,22 2,05 4,29 3,85
Coussarea aff. graciflora Benth & Hook f. Rubiaceae 49 5,44 2,35 2,18 3,32
Guapira opposita (Vell.) Reitz. Nyctaginaceae 23 2,55 2,35 3,86 2,92
Lacistema pubescens Mart. Lacistemataceae 27 3 1,76 3,87 2,87 Psychotria leiocarpa Cham. &
Schltdl. Rubiaceae 30 3,33 1,76 2,09 2,39
Trichilia martiana C. DC. Meliaceae 19 2,11 2,64 1,71 2,15
Simira rubra (Mart.) Steyerm. Rubiaceae 17 1,89 1,47 2,46 1,94
55
As arvoretas mortas não foram mensuradas. As espécies com mais indivíduos foram
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. Representando 7,3% do total, seguida de Psychotria
velloziana Benth. (6,7%), Coussarea aff. graciflora Benth & Hook f. (5,4%), Ixora
gardneriana Benth. (5,2%), Siparuna guianensis Aubl. (4,9%), Psychotria leiocarpa Cham.
& Schltdl. (3,3%), Lacistema pubescens Mart. (3,0%), Guapira opposita (Vell.) Reitz. (2,6%)
e Trichilia martiana C. DC.(2,1%).
A área basal de total encontrada foi de 1,79 m²/ha. O índice de Shannon foi 4,30 e a
equabilidade de Pielou 0,84. A tabela completa está em anexo 4.
3.1.3 Floresta morrote árvores
Foram registradas 202 espécies, pertencentes a 46 famílias e 120 gêneros,
representando a maior diversidade florística de todos os locais estudados (Tab. 7). As dez
famílias que apresentaram maior riqueza foram Lauraceae com 20, seguida de Myrtaceae
(18), Sapotaceae (17), Fabaceae (15), Rubiaceae (14), Annonaceae (10), Moraceae (nove),
Euphorbiaceae (oito), Meliaceae e Chrysobalonaceae (sete). Dezessete famílias apresentaram
somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Eugenia com 12 espécies, seguida
de Ocotea (sete), Nectandra (seis), Pouteria (cinco) e Trichilia, Coussarea, Cupania e Annona
(quatro).
Tabela 7: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas na floresta de morrote
na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias N Dri Fri Dori IVI
Mabea fistulifera Mart. Euphorbiaceae 33 3.83 1.63 5.25 3.57
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. Siparunaceae 34 3.95 2.45 3.69 3.36
Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. Rubiaceae 59 6.85 1.09 1.85 3.26
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret Arecaceae 42 4.88 2.45 1.74 3.02
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat Euphorbiaceae 36 4.18 0.82 3.12 2.71
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. Lauraceae 22 2.56 1.63 2.88 2.36
Cupania racemosa (Vell.).Randlk Sapindaceae 22 2.56 1.63 1.92 2.04
Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer Olacaceae 11 1.28 1.36 2.98 1.87
Ficus gomelleira Kunth & Bouché ex Kunth Moraceae 1 0.12 0.27 5.18 1.86
Guapira opposita (Vell.) Reitz. Nyctaginaceae 15 1.74 1.36 2.47 1.86
56
Do total de indivíduos (861), as famílias com maior abundância foram Rubiaceae
representando 12,9% do total, seguida de Euphorbiaceae (11,3%), Lauraceae (7,2%),
Myrtaceae e Fabaceae (6,0%), Arecaceae (5,0%), Erythroxylaceae (7,5%), Siparunaceae
(4,5%), Sapotaceae (4,2%), Sapindaceae (3,9%) e Annonaceae (3,8%).
As árvores mortas representaram 6,7% do total amostrado. As espécies com mais
indivíduos foram Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. representando 6,7% do total, seguida de
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret (4,9%), Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat
(4,2%), Siparuna reginae (Tul.) A. DC. (3,9%), Mabea fistulifera Mart. (3,8%), Bathysa
mendoncaei K. Schum. (3,0%), Cupania racemosa (Vell.) Radlk. E Nectandra oppositifolia
Nees (2,6%) e Myrcia splendens (SW) DC. (2,3%). A área basal de total encontrada foi de
35,5 m²/hectare. O índice de Shannon foi 4,50 e a equabilidade de Pielou 0,85, sendo este
valor de diversidade o maior de todo o trabalho. Tabela completa no Anexo 5.
3.1.4 Floresta morrote arvoretas
Foram registradas 138 espécies, pertencentes a 43 famílias e 95 gêneros,
representando a maior diversidade florística de todos os locais estudados (Tab. 7). As dez
famílias que apresentaram maior riqueza foram Rubiaceae com 16, seguida de Myrtaceae e
Sapotaceae (11), Fabaceae (10), Lauraceae (nove), Annonaceae (sete), Meliaceae (seis),
Moraceae e Apocynaceae (cinco). Dezessete famílias apresentaram somente uma espécie. Os
gêneros com mais espécies foram Eugenia com cinco espécies, seguida de Pouteria (quatro),
Calyptrantes, Cupania, Inga, Maytenus, Mollinedia, Ocotea, Nectandra, Trichilia e
Psychotria (três).
Do total de indivíduos (437), as famílias com maior abundância foram Rubiaceae,
representando 17,8% do total, seguida de Myrtaceae (8,0%), Sapotaceae (6,4%), Moraceae
(6,2%), Meliaceae (5,9%), Bignoniaceae (5,3%), Fabaceae (5,0%), Annonaceae (3,9%),
Araliaceae (3,7%) e Apocynaceae (3,0%).
As espécies com mais indivíduos foram Adenocalymma subsessilifolium DC.
representando 5,0% do total, seguida de Calyptranthes aromatica A.St.-hil. (4,8%),
Dendropanax cuneatum Decne e Planch. (3,4%), Chrysophyllum gonocarpum (Mart. &
Eichler) Engl. (2,5%), Duguetia sessilis (Vell.). Maas (1,8%), Astrocaryum aculeatissimum
(Schott) Burret e Calophyllum brasiliense Cambess. (1,6%), Bathysa mendoncaei K. Schum.
(1,4%) e Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl., Cabralea canjerana (Vell.) Mart. e
Chrysophyllum flexuosum Mart. (1,1%). A área basal total encontrada foi de 1,37m²/ha. O
57
índice de Shannon foi 4,48 e a equabilidade de Pielou 0,90. Este valor de equitabilidade foi o
maior representado. A tabela completa está apresentada no anexo 6.
Tabela 8: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas na floresta de morrote
na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância
relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Dri Fri Dori IVI
Calyptranthes aromatica A.St.-hil. Myrtaceae 21 4,81 2,61 4,19 3,87
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby Moraceae 15 3,43 2,61 2,78 2,94
Adenocalymma subsessilifolium DC. Bignoniaceae 22 5,03 0,43 3,02 2,83
Posoqueria sp 1 Rubiaceae 20 4,58 1,3 2,08 2,65
Psycotria leiocarpa Cham & Schltdl Rubiaceae 14 3,2 2,17 2,25 2,54
Dendropanax cuneatum Decne e Planch. Araliaceae 15 3,43 1,3 2,24 2,32
Duguetia sessilis (Vell.) Maas Annonaceae 8 1,83 0,43 3,52 1,93
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 9 2,06 0,87 2,81 1,91
Trichilia martiana C.DC. Meliaceae 8 1,83 2,17 1,5 1,84
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl Sapotaceae 11 2,52 1,3 1,4 1,74
3.2 - Regeneração natural
No total foram encontradas 113 espécies, três delas foram em ambos os estratos e
relevos. Oito espécies foram encontradas em três destas formas de amostragem e 29 em
somente duas. O restante das espécies, ou seja, 73 ocorreram em somente uma das formas de
amostragem. Um dendrograma de dissimilaridade (Fig. 14), o mesmo mostrou que o método
com maior correlação foi o UPGMA com valor de correlação de 0.903 com distância
euclidiana. Assim como nas áreas de florestas o dendrograma mostra uma semalhança mais
próxima entre os relevos, ou seja, as novas gerações são mais parecidas entre os locais do que
entre as geração de outras áreas de regeneração natural.
58
Figura 14: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos (morrote e baixada) e os
dois estratos (Árvore e Arvoreta) estudados em áreas de regeneração natural na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Rba - regeneração baixada árvores; Rbr – Regeneração baixada arvoretas; Rma – Regeneração morrote árvores; Rmr – Regeneração
morrote arvoretas.
O diagrama de Venn com dados de presença e ausência de espécies nas áreas de
regeneração natural, baixada e morrote e em ambos os estratos, arbóreo e subarbóreo (Fig.
15). O mesmo apresenta uma grande quantidade de espécies ocorrendo de forma específica e
poucas coexistindo em várias áreas.
Figura 15 – Diagrama de Venn de áreas de regeneração natural na Reserva Biológica Poço
das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Reg.baix.árvores – Regeneração baixada árvores; Reg.baix.arvoretas – Regeneração baixada arvoretas; Reg.mor.árvores – Regeneração morrote árvores; Reg.mor.arvoretas – Regeneração morrote arvoretas.
59
3.2.1 Regeneração natural baixada árvores
As áreas com as características procuradas para serem estudadas são raras dentro da
reserva, havendo somente um fragmento grande, com cerca de 40 ha próximo à sede. Neste
mesmo local foram feitos plantios há 15 anos, no entanto os mesmos foram evitados por pelo
menos 200 metros de cada parcela.
Foram identificadas 56 espécies, pertencentes a 31 famílias e 51 gêneros, sendo todas
espécies de angiospermas (Tab. 9). As dez famílias que apresentaram maior riqueza foram
Meliaceaee Fabaceae com seis, seguidas de Melastomataceae, Myrtaceae e Rubiaceae
(quatro) e Anacardiaceae, Annonaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae, Lauraceae (dois).
Dezesseis famílias apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram
Miconia com três espécies, seguida de Guarea, Nectandra e Trichilia (dois). Todos os outros
gêneros possuíram apenas uma espécie.
Do total de indivíduos (400), as famílias com maior abundância foram Meliaceae
representando 59% do total, seguidas de Lauraceae (8,0%), Melastomataceae (7,0%),
Rubiaceae (4,0%), Solanaceae (2,5%), Annacardiaceae e Urticaceae (1,75%) e Apocynaceae
(1,5%)
As árvores mortas representaram 2,5 %. As espécies com mais indivíduos foram
Guarea guidonea (L.) Sleumercom 56,5%, seguida de Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.
(7,0%), Miconia calvescens DC. (3,3%), Miconia prasina (Sw.) Dc. e Palicourea
macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz (3,0%), Aureliana fasciculata (Vell.). Sendtn
(2,0%), Cecropia pachystachya Trec. (1,5%) e Tabernaemontana catharinensis A. DC.
(1,3%). A área basal total foi de 23,8 m²/ha. O índice de Shannon foi 2,18 e o de Pielou 0,54,
representando valor muito abaixo dos valores das florestas. A tabela completa está no anexo
7.
60
Tabela 9: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas na área de regeneração natural de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância
relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 226 56.5 7.83 78.63 47.65
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. Lauraceae 28 7 6.09 3.38 5.49
Mortas - 10 2.5 6.09 0.64 3.08
Miconia calvescens DC. Melastomataceae 13 3.25 5.22 0.65 3.04
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn Solanaceae 8 2 4.35 1.95 2.77
Miconia prasina (Sw.) Dc. Melastomataceae 12 3 4.35 0.42 2.59
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 4 1 3.48 1.72 2.07
Tabernaemontana catharinensis A.DC. Apocynaceae 5 1.25 4.35 0.43 2.01
Cecropia pachystachya Trec. Urticaceae 6 1.5 3.48 0.64 1.87
Palicourea macrobotrys Roem. & Schultz Rubiaceae 12 3 0.87 0.28 1.38
3.2.2 Regeneração natural baixada arvoretas
Foram identificadas 57 espécies, pertencentes a 28 famílias e 48 gêneros (Tab. 10). As
cinco famílias que apresentaram maior riqueza foram Rubiaceae com nove, seguidas de
Piperaceae (quatro) e Apocynaceae, Fabaceae e Myrtaceae (três). Dezesseis famílias
apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Piper com quatro
espécies, seguida de Mollinedia (três), Inga, Miconia, Nectandra e Psychotria (duas). Todos
os outros gêneros possuíram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (765), as famílias com maior abundância foram Piperaceae
representando 65,1% do total, seguidas de Rubiaceae (9,2%), Lauraceae (5,2%),
Monimiaceae (3,8%), Meliaceae (3,7%) e Melastomataceae (2,0%).
As espécies com mais indivíduos foram Piper arboreum Aubl. com 37,6%, seguida de
Piper caldense C. DC. (25,9%), Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz
(7,2%), Nectandra oppositifolia Nees (5,1%), Mollinedia ovata Ruiz & Pav. (3,8%), Guarea
guidonea (L.) Sleum (3,4%) e Guapira opposita (Vell.) Reitz. e Siparuna guianensis Aubl
(1,6%). A área basal total foi de 1,48 m²/ha. O índice de Shannon foi 2,20 e o de Pielou 0,54,
representando valor muito abaixo dos valores das florestas avançadas, tidas como referência.
A tabela completa está representada em anexo 8.
61
Tabela 10: Lista das dez espécies subarbóreas com maiores valores de IVI encontradas na área de regeneração natural de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência
relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 288 37,65 7,03 36,61 27,1
Piper caldense C. DC. Piperaceae 198 25,88 7,03 18,43 17,12
Palicourea macrobotrys Roem. & Schultz Rubiaceae 55 7,19 7,03 4,34 6,19
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 39 5,1 6,25 6,26 5,87
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 26 3,4 6,25 7,7 5,78
Mollinedia ovata Ruiz & Pav Monimeaceae 29 3,79 3,91 4,93 4,21
Miconia calvescens DC. Melastomataceae 9 1,18 3,13 2,89 2,4
Citrus sp. Rutaceae 6 0,78 3,13 2,76 2,22
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 12 1,57 2,34 2,47 2,13
Guapira opposita (Vell.) Reitz. Nyctaginaceae 12 1,57 3,13 1,38 2,02
3.2.3 Regeneração natural morrote árvores
Foram identificadas 24 espécies, pertencentes a 17 famílias e 22 gêneros (Tab. 11). As
quatro famílias que apresentaram maior riqueza foram Myrtaceae com quatro, seguidas de
Fabaceae (três) e Anacardiaceae e Melastomataceae (duas). Quatorze famílias apresentou
somente uma espécie. Apenas três gêneros possuirammais de uma espécie, sendo estes Inga,
Miconia e Myrcia, com duas espécies. Todos os outros gêneros possuiram apenas uma
espécies.
Do total de indivíduos (684), as famílias com maior abundância foram Pipeeraceae
representando 65,1% do total, seguidas de Rubiaceae (9,2%), Lauraceae (5,2%),
Monimiaceae (3,8%), Meliaceae (3,7%) e Melastomataceae (2,0%).
Os individuos mortos representaram 2,0%. As espécies com mais indivíduos foram
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera com 89,0%, seguida de Myrcia splendens (SW) DC.
(1,8%) e Miconia cinnamomifolia (DC.) (1,6%). A área basal total foi de 10,8 m²/ha. O índice
de Shannon foi de 0,64 e de Pielou 0,20, representando os menores valores do trabalho,
ficando até mesmo abaixo das pastagens. A lista completa está no anexo 9.
62
Tabela 11: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas na área de regeneração natural de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri –
Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Dri Fri Dori IVI
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 609 89,03 20 91,25 66,76
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrtaceae 12 1,75 11,11 1,33 4,73
Mortas - 14 2,05 6,67 1,21 3,31
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Melastomataceae 11 1,61 6,67 1,06 3,11
Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico Fabaceae 6 0,88 4,44 1,07 2,13
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 4 0,58 4,44 0,24 1,76
Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.) Mez Lauraceae 2 0,29 4,44 0,35 1,7
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br.ex Roem. & Schult. Primulaceae 3 0,44 4,44 0,2 1,69
Inga laurina (Sw.) Willd. Fabaceae 3 0,44 2,22 0,4 1,02
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg Myrtaceae 1 0,15 2,22 0,68 1,02
3.2.4 Regeneração natural morrote arvoretas
Foram registradas 32 espécies, pertencentes a 21 famílias e 28 gêneros (Tab. 12). As
seis famílias que apresentaram maior riqueza foram Myrtaceae com cinco, seguidas de
Bignoniaceae e Melastomataceae (três) e Anacardiaceae, Asteraceae e Lauraceae (Duas).
Quinze famílias apresentaram somente uma espécie. Apenas dois gêneros possuíram mais de
uma espécie, sendo estes Miconia com três e Nectandra com duas espécies. Todos os outros
gêneros possuíram apenas uma espécie.
Do total de indivíduos (684), as famílias com maior abundância foram
Melastomataceae representando 36,8% do total, seguidas de Asteraceae (35,1%), Myrtaceae
(7,6%), Siparunaceae (7,0%) e Myrsinaceae (2,4%).
As espécies com mais indivíduos foram Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera com
34,1%, seguida de Miconia albicans (Sw.) Triana (21,4%), Miconia latecrenata Trian
(10,3%), Siparuna guianensis Aubl (7,0%), Miconia cinnamomifolia (DC.) (5,1%), Psidium
guineense Sw (4,9%) e Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. (2,4%). A área
basal total foi de 0,2 m²/ha. O índice de Shannon foi 2,23 e de Pielou 0,64. A tabela completa
está no anexo 10.
63
3.3 Pastagens abandonadas
A densidade e riqueza dos pastos são baixíssimas, porém a relação de espécies pode
mostrar um caminho por onde começar um processo de restauração ambiental e espécies aptas
a estes ambientes. No total foram encontradas 24 espécies. Estes resultados estão
apresentados no dendrograma de dissimilaridade (Fig. 8). Neste, o método com maior
correlação foi o UPGMA com valor de correlação de 0,944 e distância euclidiana. Assim
como nas áreas de florestas o dendrograma mostra, novamente, uma semelhança mais
próxima entre os relevos, ou seja, as novas gerações são mais parecidas entre os locais do que
entre as gerações de outras áreas de pastagem.
Tabela 12: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas na área de regeneração natural de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie, Dri – Densidade relativa; Fri –
Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Fri Dori IVI
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 126 10 57,66 33,91
Miconia albicans (Sw.) Triana Melastomataceae 79 11,25 19,71 17,44
Miconia latecrenata Triana Melastomataceae 38 6,25 1,87 6,13
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 26 7,5 2,91 5,81
Psidium guineense Sw. Myrtaceae 18 7,5 2,62 5
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Melastomataceae 19 5 3,37 4,5
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br.ex Roem. & Schul. Primulaceae 9 6,25 1,29 3,32
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 9 3,75 1,69 2,62
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrtaceae 5 3,75 0,55 1,88
Baccharis dracunculifolia DC. Asteraceae 4 3,75 0,46 1,76
64
Figura 16: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos (morrote e baixada) e os
doisestratos (Árvore e Regeneração/Arvoreta) estudados em áreas de regeneração natural na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: Pas.bai.arv - Pastagem baixada árvores; pas.bai.reg – Pastagem baixada arvoretas; pas.mor.arv – Pastagem morrote árvores;
pas.mor.reg – Pastagem morrote arvoretas.
O diagrama de Venn apresenta que das 24 espécies, duas foram encontradas em ambos
os estratos e em ambos os relevos, baixada e morrote. Somente uma espécie foi encontrada
em três destas formas de amostragem e 10 em somente dois. O restante das espécies, ou seja,
11 ocorreram em somente uma das formas de amostragem. (Fig. 17).
3.3.1 Pastagem baixada árvores
Foram identificadas 11 espécies, pertencentes a sete famílias e 11 gêneros (Tab. 13).
As duas famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com três, seguidas de
Melastomataceae com duas. Todas as outras famílias apresentaram somente uma espécie.
Todos os gêneros apresentaram apenas uma espécie.
Do total de indivíduos (53), as famílias com maior abundância foram Urticaceae com
representando 50,9% do total, seguidas de Fabaceae e Meliaceae (9,4%) e Melastomataceae,
Myrsinaceae e Myrtaceae (7,5%).
As árvores mortas representaram 1,9 %. As espécies com mais indivíduos foram
Cecropia pachystachya Trec. Com 50,9%, seguida de Guarea guidonea (L.) Sleumer (9,4%),
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. E Psidium guineense Sw (7,4%) e
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. e Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. (5,7%). A área
basal total foi de 0,62 m²/ha. O índice de Shannon foi 1,78 e o de Pielou 0,72.
65
Figura 17 – Diagrama de Venn de áreas de pastagem na Reserva Biológica Poço das Antas,
Silva Jardim, RJ. Onde: Pasto.baix.árvores – Pasto baixada árvores; Pasto.baix.arvoretas – Pasto baixada arvoretas; Pasto.mor.árvores – Pasto morrote árvores; Pasto.mor.arvoretas –
Pasto morrote arvoretas.
Tabela 13: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na área de pasto de baixada na
Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e
IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias Ni Dri Fri DoRi IVI
Cecropia pachystachya Trécul Urticaceae 27 50,94 44,45 48,28 47,89
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn.
Melastomataceae 3 5,66 6,67 13,73 8,69
Psidium guineense Sw. Myrtaceae 4 7,55 8,89 5,88 7,44
Guarea guidonia (L.) Sleumer. Meliaceae 5 9,43 8,89 3,88 7,4
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex
Roem. & Schult. Myrsinaceae 4 7,55 8,89 4,93 7,12
Andira anthelmia (Vell.) J.F.
Macbr. Fabaceae - Faboideae 3 5,66 6,67 6,5 6,27
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze
Fabaceae - Mimosoideae
1 1,89 2,22 7,46 3,86
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos.
Bignoniaceae 2 3,77 4,44 1,06 3,09
Dalbergia frutescens (Vell) Britton
Fabaceae - Faboideae 1 1,89 2,22 4,4 2,84
Miconia latecrenata Triana Melastomataceae 1 1,89 2,22 2,03 2,05
Mortas
1 1,89 2,22 1,1 1,74
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco
Euphorbiaceae 1 1,89 2,22 0,77 1,63
Total geral 53 100 100 100 100
66
3.3.2 Pastagem baixada arvoretas
Foram identificadas 13 espécies, pertencentes a 18 famílias e 16 gêneros (Tab. 14). As
quatro famílias que apresentaram maior riqueza foram Melastomataceae com três, seguidas de
Myrtaceae, Fabaceae e Anacardiaceae com duas. Todas as outras famílias apresentaram
somente uma espécie. Os gêneros que possuíram maior riqueza de espécies foram Miconia e
Psidium com duas, todos os outros gêneros possuíram apenas uma espécie.
Tabela 14: Lista das espécies e famílias de indivíduos subarbóreos encontradas na área de pasto de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N –
Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Especies Familias Ni Dri Fri DoRi IVI
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex
Roem. & Schult. Myrsinaceae 27 15,79 17,2 39,19 24,1
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 28 16,37 19,35 5,46 13,7
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.) Mattos.
Bignoniaceae 36 21,05 4,3 14,18 13,2
Miconia latecrenata Triana Melastomataceae 23 13,45 13,98 10,68 12,7
Cecropia pachystachya Trécul Urticaceae 16 9,36 12,9 10,01 10,8
Psidium guineense Sw. Myrtaceae 16 9,36 12,9 8,86 10,4
Dalbergia frutescens (Vell) Britton Fabaceae - Faboideae
5 2,92 2,15 3,72 2,93
Psidium guajava L. Myrtaceae 3 1,75 3,23 2,09 2,36
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 4 2,34 2,15 0,66 1,72
Alchornea glandulosa (Casar.) R.Secco
Euphorbiaceae 2 1,17 2,15 1,37 1,56
Piper caldense C. DC. Piperaceae 2 1,17 2,15 0,92 1,41
Nectandra oppositifolia Nees &
Mart. Lauraceae 3 1,75 1,08 0,47 1,10
Tibouchina granulosa (Desr.)
Cogn. Melastomataceae 1 0,58 1,08 1,14 0,93
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 1 0,58 1,08 0,53 0,73
Andira fraxinifolia Benth. Fabaceae - Faboideae
1 0,58 1,08 0,4 0,69
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 1 0,58 1,08 0,15 0,60
Miconia serrulata (DC.) Naudin Melastomataceae 1 0,58 1,08 0,12 0,59
Cestrum sp. Solanaceae 1 0,58 1,08 0,05 0,57
Total geral 171 100 100 100 100
67
Do total de indivíduos (171), as famílias com maior abundância foram Bignoniaceae
representando 21,1% do total, seguidas de Meliaceae (16,4%), Myrsinaceae (15,8%),
Melastomataceae (14,6%) e Myrtaceae (11,1%).
As espécies com mais indivíduos foram Handroanthus chrysothicus (Mart. Ex DC.)
Mattos com 21,1%, seguida de Guarea guidonea (L.) Sleumer(16,4%), Myrsine coriacea
(Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. (15,8%), Miconia latecrenata Trian (13,5%) e Cecropia
pachystachya Trec. e Psidium guineense Sw. (9,4%). A área basal total foi de 0,18 m²/ha. O
índice de Shannon foi de 2,25 e de Pielou 0,78.
3.3.3 Pastagem morrote árvores
Foram identificadas cinco espécies, pertencentes a cinco famílias e cinco gêneros
(Tab. 15). Todas as famílias apresentaram somente uma espécie, assim como todos os
gêneros. Do total de indivíduos (19), as famílias com maior abundância foram Asteraceae
com 13 indivíduos representando 68,4% do total, seguida de Urticaceae (2, 10,5%).
As espécies com mais indivíduos foram Gochnatia polymorpha (Less.) Cabreracom
68,4%, seguida de Cecropia pachystachya Trec. (10,5%). A área basal total foi de 0,25 m²/ha.
O índice de Shannon foi de 1,12 e de Pielou 0,69.
Tabela 15: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na área de pasto de morrote na
Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias Ni Dri Fri DoRi IVI
Gochnatia polymorpha (Less.)
Cabrera Asteraceae 13 68,41 64,67 56,65 63,2
Cecropia pachystachya Trécul Urticaceae 2 10,52 11,76 27,86 16,7
Machaerium cantarellianum
Hoehne Fabaceae – Faboideae 1 5,26 5,88 6,97 6,0
Morta - 1 5,26 5,88 4,22 5,1
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult.
Myrsinaceae 1 5,26 5,88 2,35 4,5
Psidium guineense Sw. Myrtaceae 1 5,26 5,88 1,92 4,4
Total geral 19 100 100 100 100
68
3.3.4 Pastagem morrote arvoretas
Foram identificadas seis espécies, pertencentes a cinco famílias e cinco gêneros (Tab.
16). A família Myrtaceae apresentou duas espécies, todas as outras famílias apresentaram
somente uma espécie. O gênero com maior riqueza de espécies foi Psidium, com duas
espécies, todos os outros gêneros apresentaram somente uma espécie.
Do total de indivíduos (113), as famílias com maior abundância foram Myrtaceae
representando 55,6% do total, seguida de Asteraceae (30,1%) e Anacardiaceae (11,5%).
As espécies com mais indivíduos foram Psidium guineense Sw. com 54,9%, seguida
de Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera (30,1%) e Schinus terebinthifolius Raddi (11,5%).
A área basal total foi de 0,083 m²/ha. O índice de Shannon foi 1,09 e o de Pielou 0,61.
Tabela 16: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas na área de pasto de
morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência
relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Especies Familias Ni Dri Fri DoRi IVI
Psidium guineense Sw. Myrtaceae 62 54,87 43,16 42,13 46,7
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera
Asteraceae 34 30,09 37,27 40,31 35,9
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
ex Roem. & Schult. Primulaceae 2 1,77 3,92 0,52 2,1
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 13 11,5 11,77 15,92 13,1
Psidium guajava L. Myrtaceae 1 0,88 1,96 0,78 1,2
Aegiphila vitelliniflora
Klotzsch ex Walp. Lamiaceae 1 0,88 1,96 0,36 1,1
Total 113 100 100 100 100
3.4 Plantios
O No total foram encontrados 141 espécies, somente uma delas, Astronium graveolens
Jacq, foi encontrada em todos os plantios e em ambos os estratos. Cinco espécies foram
encontradas em 11 formas de amostragens, da mesma forma que em 10 formas de
amostragens, 56 espécies foram encontradas em somente uma forma de amostragem, ou seja,
em somente um plantio e um estrato. O dendrograma de dissimilaridade (Fig. 18) mostrou que
o método com maior correlação foi o de ligamento completo, com correlação de 0,915 e
distância euclidiana. O dendrograma vem novamente reforçar o fator relevo. O primeiro nó
desta chave separa as áreas de morrote e de baixada, logo após separa as árvores das
69
arvoretas, mostrando uma diferença temporal, ou seja, a primeira geração de regenerantes em
todos os ambientes é diferente das seguintes.
Figura 18: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos (morrote e baixada) e os doisestratos (Árvore e Arvoreta) estudados em áreas de plantios na Reserva Biológica Poço
das Antas, Silva Jardim, RJ.
70
a)
. b)
c)
d)
Figura 19 – Diagrama de venn de áreas de plantios na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: 19a) Plantios baixada árvores; 19b) Plantios baixada arvoretas; 19c) Plantios morrote, árvores e arvoretas; 19d) Plantios morrote e baixada, árvores e arvoretas.
71
3.4.1 Plantio 1-árvores
Foram identificadas 47 espécies, pertencentes a 23 famílias e 38 gêneros (Tab. 17). As
dez famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com oito espécies, seguida de
Melastomataceae (sete), Solanaceae (quatro), Myrtaceae e Euphorbiaceae (três) e Urticaceae,
Lauraceae, Lamiaceae e Bignoniaceae (duas). Quatorze famílias apresentou somente uma
espécie.
Os gêneros com mais espécies foram Miconia com seis espécies, seguida de
Alchornea, Andira Cecropia e Solanum (duas). Todos os outros gêneros possuíram apenas
uma espécie.
Do total de indivíduos (1293), as famílias com maior abundância foram Meliaceae
representando 28,0% do total, seguidas de Fabaceae (19,7%), Melastomataceae (19,2%),
Urticaceae (9,0%), Malvaceae (4,1%), Lauraceae (4,2%), Myrsinaceae (2,5%), Sapindaceae
(1,1%), Solanaceae (1,0%) e Myrtaceae (0,9%).
As árvores mortas representaram 3,2 %. As espécies com mais indivíduos foram
Guarea guidonea (L.) Sleumercom com 28%, seguida de Inga edulis Mart. (19,1%),
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. (11,1%), Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns
(4,7%), Cecropia glaziovii Snethlage (4,6%), Cecropia pachystachya Trec. (4,4%), Myrsine
coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. (2,5%), Nectandra membranacea (Sw.) Griseb.
(2,2%) e Miconia latecrenata (2,1%). A área basal total foi de 17,5 m²/ha.
As espécies plantadas foram Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze, Inga edulis Mart.,
Guarea guidonea (L.) Sleumer, Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn., Pseudobombax
grandiflorum (Cav.) A. Robyns, Citharexylum myrianthum Cham, Cestrum sp. e
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi & H. C. Lima. O índice de Shannon foi de 2,60 e de
Pielou 0,67, representando valor acima dos valores de regeneração natural, porém muito
abaixo dos valores das florestas. A tabela completa está disposta no anexo 11.
72
Tabela 17: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas plantio 1 na
Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Dri Fri DoRi IVI
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 362 28 15,69 29,86 24,52
Inga edulis Mart. Fabaceae 247 19,1 14,79 29,94 21,28 Tibouchina granulosa (Desr.)
Cogn. Melastomataceae 144 11,14 9,99 15,87 12,33 Pseudobombax grandiflorum
(Cav.) A. Robyns Malvaceae 61 4,72 7,78 7,39 6,63
Miconia prasina (Sw.) DC. Melastomataceae 71 5,49 6,23 1,53 4,42
Cecropia pachystachya Trécul Urticaceae 57 4,41 5,97 2,25 4,21
Cecropia glaziovii Snethlage Urticaceae 60 4,64 5,06 2,87 4,19
Mortas _ 42 3,25 5,32 2,42 3,66 Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. Primulaceae 32 2,47 3,63 1,16 2,42
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 29 2,24 3,11 0,59 1,98
3.4.2 Plantio 1- arvoreta
Foram identificadas 39 espécies, pertencentes a 26 famílias e 31 gêneros (Tab. 18). As
nove famílias que apresentaram maior riqueza foram Melastomataceae e piperaceae com
quatro espécies cada, seguida de Fabaceae (três) e Annonaceae, Lauraceae, Rubiaceae
Sapindaceae, Solanaceae e Urticaceae (duas). Dezessete famílias apresentaram somente uma
espécie. Os gêneros com mais espécies foram Piper com cinco espécies, seguida de Miconia
(três) e Andira, Cecropia e Cupania (duas). Todos os outros gêneros possuiram apenas uma
espécies.
Do total de indivíduos (306), as famílias com maior abundância foram Piperaceae com
120 indivíduos representando 39,2% do total, seguidas de Meliaceae (52, 17,0%),
Melastomataceae (41, 13,4%), Lauraceae (18, 5,9%) e Euphorbiaceae e Urticaceae (9, 2,0%).
As espécies com mais indivíduos foram Piper arboreum Aubl. com 25,8% dos
indivíduos totais, seguida de Guarea guidonea (L.) Sleumer (17,0%), Piper caldense C. DC.
(8,5%), Miconia prasina (Sw.) Dc. (6,2%) e Piper mollicomum Kunth (3,9%). A área basal
total foi de 1,05 m²/ha.O índice de Shannon foi de 2,77 e de Pielou 0,76, representando valor
muito abaixo dos valores das florestas. A tabela completa está disposta no anexo 12.
73
Tabela 18: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas no plantio
1 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Dri Fri Dori IVI
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 79 25,82 9,57 27,86 21,08
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 52 16,99 9,57 26,44 17,66
Miconia prasina (Sw.) DC. Melastomataceae 19 6,21 6,09 9,42 7,24
Piper caldense C. DC. Piperaceae 26 8,5 6,09 4,59 6,39
Piper mollicomum Kunth Piperaceae 12 3,92 6,09 1,81 3,94 Tibouchina granulosa (Desr.)
Cogn. Melastomataceae 8 2,61 3,48 5,13 3,74 Alchornea glandulosa (Casar.) R.
Secco Euphorbiaceae 9 2,94 5,22 2,11 3,42
Miconia latecrenata Triana Melastomataceae 10 3,27 5,22 1,33 3,27 Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. Lauraceae 9 2,94 2,61 3,03 2,86
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 9 2,94 3,48 1,81 2,74
3.4.3 Plantio 2-árvores
Foram identificadas 49 espécies, pertencentes a 29 famílias e 43 gêneros (Tab. 19). As
cinco famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com sete espécies, seguida de
Melastomataceae (quatro) e Solanaceae, Myrtaceae e Bignoniaceae (três). Dezessete famílias
apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Miconia com três
espécies, seguida de Alchornea, Andira Cecropia e Cupanea (duas). Todos os outros gêneros
possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (1831), as famílias com maior abundância foram Meliaceae
com 27,2% do total, seguidas, Melastomataceae (13,2%), Fabaceae (11,8%), Verbenaceae
(11,1%), Malvaceae (6,6%), Urticaceae (6,2%), Lauraceae (3,3%), Bignoniaceae e
Anacardiaceae (3,3%) e Myrsinaceae (3,1%).
As árvores mortas representaram 6,1 %. As espécies com mais indivíduos foram
Guarea guidonea (L.) Sleumercom 27,2%, seguida de Citharexylum myrianthum Cham
(11,1%), Miconia prasina (Sw.) Dc. (8,3%), Inga edulis Mart. (6,7%), Pseudobombax
grandiflorum (Cav.) A. Robyns (6,6%), Cecropia glaziovi Snethlage (6,1%), Tibouchina
granulosa (Desr.) Cogn. (3,1%), Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. (3,1%),
74
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. (2,8%) e Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
Schum (2,7%). A área basal total foi de 21,9 m²/ha. O índice de Shannon foi 2,71 e o de
Pielou 0,69.
As espécies plantadas foram, Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze, Guarea guidonea
(L.) Sleumer, Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn., Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.
Robyns, Citharexylum myrianthum Cham, Cestrum sp., Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-
Tozzi & H. C. Lima e Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. A tabela completa está
disposta no anexo 13.
3.4.4 Plantio 2 – arvoreta
Foram identificadas 48 espécies, pertencentes a 25 famílias e 36 gêneros (Tab. 20). As
cinco famílias que apresentaram maior riqueza foram Melastomataceae e Myrtaceae com seis
espécies cada, seguida de Piperaceae (quatro) e Fabaceae e Rubiaceae (três). Quinze famílias
apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Miconia com cinco
espécies, seguida de Piper (quatro), Myrcia (três) e Alchornea, Cecropia e Siparuna (duas).
Todos os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
Tabela 19: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas no plantio 2 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da
encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família Ni Dri Fri Dori Ivi
Guarea guidonea (L.) Sleumer Meliaceae 498 27.18 12.42 27.08 22.23
Citharexylum myrianthum Cham Verbenaceae 204 11.14 10.69 11.93 11.25 Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns Malvaceae 120 6.55 6.72 13.46 8.91
Inga edulis Mart. Fabaceae 122 6.66 7.64 9.82 8.04
Miconia prasina (Sw.) DC. Melastomataceae 152 8.3 7.33 2.32 5.98
Cecropia glaziovi Snethlage Urticaceae 112 6.11 7.33 3.59 5.68
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Melastomataceae 57 3.11 4.07 6.73 4.64
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. Bignoniaceae 49 2.67 3.46 6.51 4.22 Myrsine coriacea (Sw.) R. Br.
ex Roem. & Schult. Primulaceae 56 3.06 4.18 1.6 2.94
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 51 2.78 4.07 1.82 2.89
75
Do total de indivíduos (550), as famílias com maior abundância foram Piperaceae com
34,4% do total, seguidas de Melastomataceae (41, 13,4%), Meliaceae (15,5%), Clusiaceae
(9,3%), e Myrtaceae (8,0%).
As espécies com mais indivíduos foram Piper arboreum Aubl. com 20,5% dos
indivíduos totais, seguida de Guarea guidonea (L.) Sleumer (15,3%), Piper caldense C. DC.
(9,6%), Miconia serrulata (DC.) Naudin (9,3%) e Garcinia gardneriana (Planch. & Triana)
D. C. Zappi (8,7%). Miconia prasina (Sw.) Dc. (6,2%). A área basal total foi de 1,58 m²/ha. O
índice de Shannon foi de 2,81 e de Pielou 0,72. A tabela completa está disposta no anexo 14.
Tabela 20: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas no plantio 2 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade
da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Especie Família Ni Dri Fri Dori IVI
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 113 20,55 6,86 20,6 16
Guarea guidonea (L.) Sleumer Meliaceae 84 15,27 6,86 21,24 14,46
Miconia serrulata (DC.) Naudin Melastomataceae 51 9,27 4,57 13,47 9,1
Miconia prasina (Sw.) DC. Melastomataceae 26 4,73 5,71 9,44 6,63
Piper caldense C. DC. Piperaceae 53 9,64 6,29 3,73 6,55 Garcinia gardneriana (Planch.
& Triana) Zappi Clusiaceae 48 8,73 3,43 4,25 5,47 Myrcia racemosa (O.Berg.) Kiaersk. Myrtaceae 27 4,91 5,71 1,28 3,97
Piper aff. crassinervium humb., Bonpl. & Kunth Piperaceae 17 3,09 4,57 2,25 3,3
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 13 2,36 5,14 1,98 3,16
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 10 1,82 4 3,24 3,02
3.4.5 Plantio 6-árvores
Foram identificadas 40 espécies, pertencentes a 25 famílias e 34 gêneros (Tab. 21). As
cinco famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com sete espécies, seguida de
Solanaceae (quatro) e Annonaceae e Urticaceae (três) e Lauraceae e Melastomataceae (duas).
Dezenove famílias apresentaram somente uma espécie.
Os gêneros com mais espécies foram Cecropia com três espécies, seguida de Annona,
Inga, Miconia e Solanum (duas). Todos os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
76
Do total de indivíduos (1706), as famílias com maior abundância foram Fabaceae com
31,4% do total, seguidas de Meliaceae (24,3%), Verbenaceae (6,2%), Malvaceae (5,1%),
Phyllantaceae (4,2%), Melastomataceae (3,4%), Urticaceae (3,2%), Calophyllaceae (2,2%) e
Caricaceae (1,2%).
As árvores mortas representaram 7,6 %. As espécies com mais indivíduos foram
Guarea guidonea (L.) Sleumercom 24,3%, seguida de Inga laurina (Sw.) Willd (13,4%), Inga
edulis Mart. (6,9%), Copaifera langsdorffii Desf. (6,5%), Citharexylum myrianthum Cham
(6,2%), Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns (5,1%), Schinus terebinthifolius
Raddi (4,9%) e Margaritaria nobilis L. f. (4,2%). A área basal total foi de 24,1 m²/ha. O
índice de Shannon foi de 2,67 e de Pielou 0,72.
As espécies plantadas foram: Mimosa bimucronata, Pseudobombax grandiflorum,
Citharexylum myrianthum, Inga edulis, Copaifera langsdorffii, Alchornea triplinervea,
Tabebuia cassinoides, Calophyllum brasiliensis, Schinus terebenthifolius, Jacaratia spinosa,
Inga laurina e Trema micrantha. A tabela completa está disposta no anexo 15.
Tabela 21: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas no plantio 6 na
Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 414 24,27 14,22 19,83 19,44
Inga laurina (Sw.) Willd. Fabaceae 229 13,42 5,37 19,99 12,93
Morta
130 7,62 10,45 6,17 8,08
Inga edulis Mart. Fabaceae 118 6,92 6,1 9,2 7,4
Citharexylum myrianthum Cham. Verbenaceae 105 6,15 6,82 8,41 7,13
Copaifera longsdorffii Desf. Fabaceae 111 6,51 9,14 3,71 6,45
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns Malvaceae 87 5,1 5,81 7,34 6,08
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 84 4,92 2,9 4,68 4,17
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. Fabaceae 71 4,16 5,22 2,23 3,87
Jacaratia spinosa (Aubl.) A DC. Caricaceae 21 1,23 1,6 7,55 3,46
3.4.6 Plantio 6– Arvoretas
Foram identificadas 40 espécies, pertencentes a 23 famílias e 36 gêneros (Tab. 22). As
três famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com seis espécies, seguida de
77
Piperaceae e Rubiaceae (quatro). Quatorze famílias apresentou somente uma espécie. Os
gêneros com mais espécies foram Piper com quatro espécies, seguida de Inga (duas). Todos
os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (1097), as famílias com maior abundância foram Piperaceae
com 64,2% do total, seguidas de Meliaceae (20,0%), Fabaceae (3,2%), Melastomataceae
(2,6%), Rubiaceae (2,3%) e Lauraceae (2,1%).
As espécies com mais indivíduos foram Piper caldense C. DC. (33,2%) dos indivíduos
totais, seguida de Piper arboreum Aubl. (28,4%), Guarea guidonea (L.) Sleumer (20,0%),
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. (2,4%) e Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.)
Roem. & Schultz (2,1%). A área basal total foi de 3,2 m²/ha. O índice de Shannon foi de 1,89
e de Pielou 0,51. A tabela completa está disposta em anexo 16.
3.4.7 Plantio 7-árvores
Foram identificadas 46 espécies, pertencentes a 26 famílias e 40 gêneros (Tab. 23). As
quatro famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com nove espécies, seguida
de Melastomataceae (quatro) e Solanaceae e Euphorbiaceae (três). Dezessete famílias
apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Miconia com três
Tabela 22: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas no plantio 6na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância
relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 312 28,44 8,63 30,36 22,48
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 219 19,96 8,63 33,04 20,55
Piper caldense C. DC. Piperaceae 364 33,18 8,63 12,92 18,24
Piper mollicomum Kunth Piperaceae 22 2,01 6,47 2 3,49 Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Schultz Rubiaceae 23 2,1 7,19 0,55 3,28
Miconia prasina (Sw.) DC. Melastomataceae 15 1,37 5,04 3,02 3,14
Margaritaria nobilis L. f. Phyllanthaceae 14 1,28 2,16 5,98 3,14
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. Fabaceae 26 2,37 4,32 1,79 2,83
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 22 2,01 3,6 2,38 2,66
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 12 1,09 6,47 0,27 2,61
78
espécies, seguida de Alchornea, Cecropia, Inga e Solanum (duas). Todos os outros gêneros
possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (1565), as famílias com maior abundância foram Verbenaceae
com 17,5% do total, seguida Fabaceae (17,4%), Meliaceae (16,9%), Anacardiaceae (12,1%),
Bignoniaceae (7,2%) e Euphorbiaceae (5,3%).
As árvores mortas representaram 4,2 %. As espécies com mais indivíduos foram
Citharexylum myrianthum Cham com 18,1%, seguida de Guarea guidonea (L.) Sleumer
(16,9%), Inga laurina (Sw.) Willd (13,9%), Tapirira guianensis Aubl. (7,8%),
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum (7,2%), Alchornea glandulosa (Casar.) R.
Secco (5,2%), Calophyllum brasiliense Cambess. (4,6%) e Schinus terebinthifolius Raddi
(2,8%). A área basal total foi de 28,2 m²/ha. O índice de Shannon foi de 2,67 e de Pielou 0,68.
As espécies plantadas foram: Alchornea triplinervea, Schinus terebenthifolius, Cupania
oblongifolia, Tapirira guianensis, Sparattosperma leucanthum, Nectandra oppositifolia, Inga
laurina, Miconia cinnanommifolia, Euterpe edulis, Pseudobombax grandiflorum, Posoqueria
sp., Citharexylum myrianthum e Trema micrantha. A tabela completa está disposta no Anexo
17.
Tabela 23: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas no plantio 7 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância
relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Citharexylum myrianthum Cham. Verbenaceae 284 18,15 12,33 29,73 20,07
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 265 16,93 12,87 19,44 16,41
Inga laurina (Sw.) Willd. Fabaceae 217 13,87 11,26 7,82 10,98 Sparattosperma eucanthum (Vell.)
Schum. Bignoniaceae 113 7,22 4,96 12,72 8,3
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 122 7,8 8,18 8,02 8 Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco Euphorbiaceae 81 5,18 5,9 5,8 5,62
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) Robyns Malvaceae 61 3,9 6,7 4,03 4,88
Morta - 65 4,15 6,7 2,64 4,5
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 68 4,35 5,09 1,65 3,7
Calophyllum brasiliensis Cambess. Calophyllaceae 72 4,6 3,22 1,63 3,15
79
3.4.8 Plantio 7- arvoretas
Foram identificadas 33 espécies, pertencentes a 18 famílias e 26 gêneros (Tab. 24). As
três famílias que apresentaram maior riqueza foram Piperaceae com cincoespécies, seguida de
Fabaceae (quatro) e Rubiaceae (três). Nove famílias apresentaram somente uma espécie. Os
gêneros com mais espécies foram Piper com cinco espécies, seguida de Annona, miconia e
Inga (duas). Todos os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (485), as famílias com maior abundância foram Piperaceae com
66,0% do total, seguidas de Meliaceae (12,8%), Melastomataceae (4,9%), Rubiaceae (3,3%) e
Lauraceae (2,3%).
As espécies com mais indivíduos foram Piper caldense C. DC. com 32,6% dos
indivíduos totais, seguida de Piper arboreum Aubl. (25,6%) e Guarea guidonea (L.) Sleumer
(12,2%). A área basal total foi de 0,2 m². O índice de Shannon foi de 2,14 e de Pielou 0,61. A
tabela completa está representada no anexo 18.
3.4.9 Plantio 11-árvores
Foram identificadas 38 espécies, pertencentes a 20 famílias e 35 gêneros (Tab. 25). As
três famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae com oito espécies, seguida de
Melastomataceae e Myrtaceae (três). Dez famílias apresentaram somente uma espécie. Os
Tabela 24: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas no plantio 7 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da
encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 124 25,57 10,43 34,93 23,64
Piper caldense C. DC. Piperaceae 158 32,58 10,43 13,45 18,82
Guarea guidonia (L.) Sleumer Meliaceae 59 12,16 9,57 17,95 13,23 Piper aff. crassinervium humb., Bonpl. & Kunth Piperaceae 36 7,42 6,96 5,59 6,66
Miconia prasina (Sw.) Dc. Melastomataceae 21 4,33 4,35 10,09 6,25
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz Rubiaceae 14 2,89 6,09 0,48 3,15
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 7 1,44 5,22 2,43 3,03
Solanum pseudoquina A.St.-Hill. Solanaceae 8 1,65 5,22 1,94 2,93
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 9 1,86 5,22 0,83 2,63
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco Euphorbiaceae 6 1,24 4,35 0,61 2,06
80
gêneros com mais espécies foram Miconia com três espécies, seguida de Cupanea (duas).
Todos os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (525), as famílias com maior abundância foram Fabaceae com
27,8% do total, seguida deAsteraceae (20,4%), Lauraceae (13,7%), Myrtaceae (5,7%)
eRutaceae (5,1%).
As árvores mortas representaram 4,2 %. As espécies com mais indivíduos foram
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbcom 22,3%, seguida de Gochnatia polymorpha
(Less.) Cabrera (20,4%), Nectandra oppositifolia Nees (7,6%), Cinnamomum triplinerve
(Ruiz & Pav.) Kosterm (6,1%) e Zanthoxylum rhoifolium Lam.(5,0%). A área basal total foi
de 15,5 m²/ha. O índice de Shannon foi de 2,73 e de Pielou 0,74.
As espécies plantadas foram: Aegiphila integrifólia, Gochnatia polymorpha,
Piptadenia gonoacantha, Sparattosperma leucanthum, Handroanthus chrysotrichus e
Pipetadenia paniculata. A tabela completa está disposta em anexo 19.
Tabela 25: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas plantio11, em
morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. Fabaceae 117 22,29 12,15 24,47 19,64
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 107 20,38 14,93 18,03 17,78
Nectandra oppositifolia Nees Lauraceae 40 7,62 7,29 5,86 6,92
Pipetadenia paniculata Benth Fabaceae 15 2,86 3,82 10,75 5,81 Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.)
Kosterm. Lauraceae 32 6,1 6,25 4,42 5,59 Albizia polycephala (Benth.) Killip ex
Record Fabaceae 13 2,48 2,08 11,7 5,42
Morto - 22 4,19 5,21 6,35 5,25
Zanthoxylum rhoifolium Lam. Rutaceae 26 4,95 5,56 2,68 4,4
Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 19 3,62 4,86 2,36 3,61
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrtaceae 19 3,62 3,82 3,03 3,49
3.4.10 Plantio 11– arvoretas
Foram identificadas 47 espécies, pertencentes a 24 famílias e 39 gêneros (Tab. 26). As
quatro famílias que apresentaram maior riqueza foram Melastomataceae com oito espécies,
seguida de Fabaceae (sete), Myrtaceae (três) e Euphorbiaceae (duas). Dezesseis famílias
apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Miconia com seis
81
espécies, seguida de Piper, Myrcia e Cupania (duas). Todos os outros gêneros possuiram
apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (319), as famílias com maior abundância foram Annonaceae
com 24,8% do total de indivíduos, seguido de Melastomataceae (21,6%), Siparunaceae
(7,8%), Myrtaceae (6,6%) e Fabaceae e Bignoniaceae (5,6%).
As espécies com mais indivíduos foram Xylopia sericea A. St. -Hill. com 24,4% dos
indivíduos totais, seguida de Siparuna guianensis Aubl (7,8%), Miconia cinnamomifolia
(DC.) Naudin e Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. (6,3%) e Handroanthus
chrysothicus (Mart. Ex DC.) Mattos (4,7%). A área basal total foi de 0,78 m²/ha. O índice de
Shannon foi de 3,10 e de Pielou 0,81. A tabela completa está disposta no anexo 20.
Tabela 26: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas plantio11,em
morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 78 24,45 7,35 17,98 16,59 Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex
A.DC.) Mattos Bignoniaceae 15 4,7 5,88 10,63 7,07
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 25 7,84 5,15 7,61 6,87
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Melastomataceae 20 6,27 5,88 8,03 6,73 Miconia lepidota Schrank & Mart. ex
Dc. Melastomataceae 20 6,27 3,68 5,83 5,26
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 14 4,39 4,41 6,69 5,16 Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex Benth. Fabaceae 6 1,88 2,21 6,38 3,49
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm.. Lauraceae 8 2,51 5,15 1,38 3,01
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 8 2,51 3,68 2,61 2,93
Myrcia splendens (Sw.) DC. Myrtaceae 12 3,76 3,68 1,14 2,86
3.4.11 Plantio 12-árvores
Foram identificadas 34 espécies, pertencentes a 20 famílias e 26 gêneros (Tab. 27). As
sete famílias que apresentaram maior riqueza foram Fabaceae e Myrtaceae com cinco
espécies, seguida de Melastomataceae (três) e Solanaceae, Sapindaceae, Urticaceae e
Bignoniaceae (duas). Treze famílias apresentaram somente uma espécie.
82
Os gêneros com mais espécies foram Miconia e Eugenia com três espécies cada,
seguidas de Solanum, Andira Cecropia e Cupanea (duas). Todos os outros gêneros possuiram
apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (760), as famílias com maior abundância foram Asteraceae com
43,0% do total, seguida de Fabaceae (26,4%), Bignoniaceae (6,1%), Lamiaceae (4,3%) e
Anacardiaceae (3,8%).
Os indivíduos mortos somaram 2,6%. As árvores mortas representaram 6,1 %. As
espécies com mais indivíduos foram Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera com 43,0%,
seguida de Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr (22,4%), Aegiphila integrifolia (Jacq.)
B.D.Jackson (4,3%), Schinus terebinthifolius Raddi(3,8%), Handroanthus chrysothicus (Mart.
Ex DC.) Mattos (3,7%) e Cupania racemosa (Vell.) Radlk. (3,2%). A área basal total foi de
14,4m²/ha. O índice de Shannon foi de 2,06 e de Pielou 0,58.
Tabela 27: Lista das dez espécies arbóreas com maior IVI encontradas no plantio 12, em
morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 327 43,03 23,21 41,1 35,78
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr Fabaceae 170 22,37 17,77 40,38 26,84
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson Lamiaceae 33 4,34 7,16 1,99 4,5
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 29 3,82 6,02 1,57 3,8
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Sapindaceae 24 3,16 4,3 3,38 3,61
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.) Mattos Bignoniaceae 28 3,68 6,3 0,76 3,58
Morta
20 2,63 4,87 2,2 3,23
Cecropia pachystachya Trécul Urticaceae 16 2,11 4,3 1,96 2,79
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. Fabaceae 21 2,76 4,01 1,18 2,65 Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
Schum. Bignoniaceae 18 2,37 4,01 0,79 2,39
As espécies plantadas foram Piptadenia gonoachantha, Aegiphilla integrifolia, Andira
anthelmia, Cupania racemosa, Handroanthus chrysotricus e Sparattosperma leucanthum. A
tabela completa está disposta no anexo 21.
83
3.4.12 Plantio 12 – arvoretas
Foram identificadas 48 espécies, pertencentes a 24 famílias e 34 gêneros (Tab. 28). As
cinco famílias que apresentaram maior riqueza foram Myrtaceae com seis espécies cada,
seguida de Melastoimataceae e Fabaceae (cinco) e Piperaceae e Sapindaceae (três). Treze
famílias apresentaram somente uma espécie. Os gêneros com mais espécies foram Miconia
com cinco espécies, seguida de Piper, Eugenia e Cupania (três) e Myrcia, Siparuna e
Cecropia (duas). Todos os outros gêneros possuiram apenas uma espécies.
Do total de indivíduos (406), as famílias com maior abundância foram Meliaceae com
12,3% do total, seguida de Asteraceae (11,3%), Piperaceae (10,6%), Melastomataceae (9,4%),
Anacardiaceae (9,1%) e Siparunaceae (7,6%).
As espécies com mais indivíduos foram Guarea guidonea (L.) Sleumer com 12,3%
dos indivíduos totais, seguida de Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera (11,3%), Siparuna
guianensis Aubl (7,4%), Tapirira guianensis Aubl. (6,7%) e Piper arboreum Aubl. (5,7%). A
área basal total foi de 0,11 m²/ha. O índice de Shannon foi de 3,23 e de Pielou 0,83. A tabela
completa está disposta no anexo 22.
Tabela 28: Lista das dez espécies subarbóreas com maior IVI encontradas plantio 12, em morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da
encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequência relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécie Família N Dri Fri Dori IVI
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Asteraceae 46 11,33 5,08 14,49 10,3
Guarea guidonia (L.) Sleumer, Meliaceae 50 12,32 6,78 9,14 9,41 Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex
A.DC.) Mattos Bignoniaceae 18 4,43 6,21 10,17 6,94
Siparuna guianensis Aubl. Siparunaceae 30 7,39 4,52 8,86 6,92
Xylopia sericea A. St.-Hil. Annonaceae 21 5,17 5,65 5 5,27
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin Melastomataceae 20 4,93 4,52 3,69 4,38
Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 27 6,65 3,39 2,86 4,3
Piper arboreum Aubl. Piperaceae 23 5,67 2,82 3,51 4 Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem.
& Schult.
20 4,93 2,26 4,75 3,98
Schinus terebinthifolius Raddi Anacardiaceae 10 2,46 4,52 4,8 3,93
De todas as espécies encontradas nos plantios 115 não foram plantadas e estão
dispostas no anexo 23 com suas respectivas ocorrências.
84
3.5 - Comparação entre todas as áreas
Na figura 20 é apresentado um dendrograma de dissimilaridadeque mostrou que o
método com maior correlação foi o completo com valor de correlação de 0.874.
Primeiramente há uma divisão entre áreas de floresta e arvoretas de modelos de
restauração de baixada. A próxima divisão separa as demais áreas de baixada e áreas de
morrote.
Figura 20: Dendrograma de dissimilaridade entre os dois relevos (morrote e baixada) e os
doisestratos (Árvore e Regeneração/Arvoreta) estudados em áreas de plantios, regeneração natural e Florestas, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
A partir dos dados de diversidade, estrutura, equitabilidade e densidade apresentados
podem fazer uma comparação com áreas tomadas como controle (Fig. 3). Desta forma, pôde-
se ver mais claramente o que se refere à estrutura, a maioria dos plantios estão restaurados
(Tab. 29), mas quando comparados com os outros dados, podemos ver que os mesmos se
encontram em patamares inferiores.
85
A riqueza dos indivíduos arbóreos e subarbóreos estão representadas pelas figuras 21 a
e b, respecivamente.
a) b)
Figura 21: a) Riqueza de indivíduos no estrato arboreo; b) Riqueza de indivíduos no estratos
subarboreo (regenerantes); em diferentes áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta
morrote; RB – Regeneração baixada; RM – Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12.
A densidade de indivíduos foi discrepante nos diferentes locais de estudo, havendo
principalmente uma grande diferença principalmente nas arvoretas (Fig. 22b). Entre os
indivíduos de por te arbóreos, muitas se aproximam das áreas de referência, sendo estas as
florestas maduras (Fig. 22a), neste podemos ver que muitos locais estão próximos das áreas
de referêcia quanto à densidade.
Uma das principais espécies no estrato inferior, regenerantes, são as piperaceaes.
Neste trabalho elas foram contabilizadas, pois competem com os outros indivíduos, por
recursos como espaço, sol e nutrientes. Desta forma, na figura três podemos ver que há uma
grande quantidade de piperaceaes nas áreas de restauração (Fig. 23) e os locais com as
maiores densidades são também as áreas com a maior quantidade de indivíduos desta família,
no estrato inferior.
0
50
100
150
200
250
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
170
201
56
24
47 49 40 46 38 34
0
50
100
150
200
250
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
164
138
57
32 39 48 40 33
47 48
86
a)
b)
Figura 22: a) Densidade de indivíduos no estrato arboreo; b) Densidade de indivíduos no estratossubarboreo (regenerantes); em diferentes áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM –
Floresta morrote; RB – Regeneração baixada; RM – Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12; e M – Média
Figura 23: Densidade de piperaceaes nos estratos subarboreo (regenerantes) em diferentes
áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta morrote; RB – Regeneração baixada; RM –
Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12.
Em grande parte dos plantios a quantidade de indivíduos regenerantes ultrapassa a
quantidade de indivíduos que foram plantados (Fig. 24). Esta relação é importante para
compreender se está havendo uma renovação de indivíduos no local ou se somente as espécies
plantadas que existem até o momento.
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
1800
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
1607 1594
741
1267
930
1387
1689
1223
991 927
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
9000
10000
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
6674
3237
5667
2741 2550
4583
9142
4042
2658
3383
39,22
28,18
77,21
65,98
3,45 10,59
0
65,1
2,55 2,52
60,78
71,82
22,79
34,02
96,55 89,41
100,00
34,90
97,45 97,48
0
20
40
60
80
100
120
P1 P2 P6 P7 P11 P12 RM RB FB FM
% piper % reg
87
Figura 24: Porcentagem de indivíduos arbóreos plantados e regenerados naturalmente em plantios na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12.
A soma dos dez maiores valores de IVI em cada área estudada (Fig. 25a) mostra que
há uma grande dominância de poucas espécies nas áreas, diferente do que pode ser visto em
áreas de floresta avançadas, tomadas como referência, onde a soma dos maiores IVIs não
ultrapassa 25%, ao contrário das áreas em restauração aonde chega a 90%. A diversidade das
áreas de estudo mostra-se bem diferente entre área de referência e área de restauração (Fig.
25b).
a) b)
Figura 25: a) Soma do IVI das dez principais espécies de cada local para levantamento arbóreo em preto e arbustivo em cinza; b) Valor de diversidade para os diferentes ambientes
estudados; Em diferentes áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta morrote; RB – Regeneração baixada; RM – Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 –
Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12.
Altura méda da floresta não variou muito entre a maioria dos locais tendo uma
variação de 6 a 10 metros. Somente na regeneraçõo natural em morrote que a altitude médio
foi de 4,8 metros, mostrando novamente um típico ambiente de savanização (Fig. 26b).
0,50 0,51 0,46
0,63
0,35 0,32
0,50 0,49 0,54
0,37
0,65 0,68
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
P1 P2 P6 P7 P11 P12
% Plant % Reg
0
20
40
60
80
100
P1 P2 P6 P7 P11P12 RB RM FB FM
0
1
2
3
4
5
P1 P2 P6 P7 P11 P12 RB RM FB FM
88
Figura 26: a) Indivíduos arboreos mortos nos diferentes ambiente; b) Altura média das árvores nos ambientes estudados com seus desvios padrões; Em diferentes áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, silva Jardim, RJ. Onde: FB –
Floresta baixada; FM – Floresta morrote; RB – Regeneração baixada; RM – Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12
– Plantio 12.
Assim como já era esperado, as áreas de floresta possuem um índice de área basal
maior que dos outros ambientes (Fig. 27).
a) b)
Figura 27: a) área basal por hectare dos indivíduos arbóreos; b) Área basal por hectare dos indivíduos subarbóreos; Em diferentes áreas de floresta e restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta
morrote; RB – Regeneração baixada; RM – Regeneração morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 – Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 – Plantio 12; e M-média.
0
2
4
6
8
P1 P2 P6 P7 P11 P12 RB RM FB FM
0
5
10
15
20
P1 P2 P6 P7 P11 P12 RB RM FB FM
0
5
10
15
20
25
30
35
40
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
28,1
35,5
23,8
10,8
17,5
21,9 24,1
26,7
15,5 14,4
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
1,79
1,37 1,48
0,2
1,05
1,58
3,2
1,67
0,78
0,11
89
4 – Discussão
O estudo das comunidades florestais é ferramenta indispensável para conservação e
restabelecimento das mesmas, não somente para que seja estipulado um padrão como uma
meta para os processos de restauração. Saão relevantes também para o conhecimento das
espécies a serem plantadas e a forma como as agem no ecossistema (Silva et al. 2010).
Segundo Guedes-Bruni et al. (2006), a análise do estado de conservação das florestas no
domínio atlântico, especialmente no Rio de Janeiro, é indissociável da análise dos processos
de desmatamento que foram estabelecidos pelos ciclos econômicos que propiciaram, em larga
escala, as alterações das suas paisagens e que resultaram em elevado grau de fragmentação
florestal.
Estudos em áreas de Floresta Atlântica no Estado do Rio de Janeiro são ainda
escassos, e somente quatro décadas depois dos primeiros levantamentos florísticos e
fitossociológicos realizados pelo Instituto Oswaldo Cruz, o Jardim Botânico do Rio de
Janeiro, com o apoio inicial do CNPq (Programa Linhas de Ação em Botânica), implementou
um plano sistematizado de amostragem e documentação científica de seus remanescentes
(Guedes-Bruni, 1998).
Assim, podemos dizer que não há grandes diferenças entre os modelos analisados e
todos enfrentam os mesmos problemas. No caso da regeneração natural, a diversidade se
encontra um pouco mais alta (Fig. 3), no entanto, a equitabilidade está menor por conta das
Tabela 29: Comparação entre valores de diversidade, riqueza, densidade, área basal e equitabilidade em diferentes modelos de restauração ambiental na Reserva
biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta Morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 - Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 - Plantio 12; RB – Regeneração baixada; e RM –
Regeneração morrote; < valores abaixo do modelo; > valores maiores que do modelo; e = valores iguais ao modelo.
TOTAL P1 P2 P6 P7 P11 P12 RB RM
Diversidade arbórea < < < < < < < < Diversidade regeneração < < < < < < < <
Riqueza arbórea < < < < < < < < Riqueza regeneração < < < < < < < <
Densidade arbórea < = > = = = < =
Densidade regeneração < < > = = = = =
Área Basal arbórea = = = = < < = <
Área basal regeneração < = = = = = = =
Equitabilidade arbórea < < < < < < < <
Equitabilidade regeneração < < < < < < < <
90
poucas espécies dominantes, a Gochnatia polynorpha em morrote e Guarea guidonea em
baixada. O plantio 1 foi o que apresentou menor características com a área modelo. Por falta
de réplicas fica difícil confirmar, no entanto, este foi o plantio em que foi utilizado o maior
espaçamento, sendo utilizados 2,5 x 2,5 m entre as plantas.
Com estas comparações podemos dar destaque novamente para o enriquecimento dos
plantios, sendo um processo a posteriori, feito anos após os plantios em que poderiam ser
inseridas nos locais espécies raras, em extinção e mesmo aquelas que por alguma razão, seja
estabelecimento ou chegada de propágulos, não existem nas áreas. Esta falta de algumas
espécies merece também um destaque em futuros projetos de pesquisa nas áreas.
Neste trabalho a riqueza de espécies foi avaliada em todas as áreas de estudo,
mostrando que as florestas possuem uma grande riqueza de espécies, principalmente em
ambientes de morros, onde foram encontradas 201 espécies arbóreas em 0,54 ha e 138 de
espécies regenerantes em 0,135 ha. Estes valores demonstram a importância dos fragmentos
florestais da REBIO Poço das Antas considerando sua riqueza. Guedes-Bruni et al. (2006)
encontraram em área de floresta morrote 97 espécies e Pessoa (2003) encontrou 207 espécies.
Em um fragmento, próximo á Poço das Antas, Boren e Oliveira-Filho (2002), encontraram
129 espécies em um fragmento considerado como bem conservado pelos mesmos, usando
como critério de inclusão CAP de 10 cm.
Como pode ser visto, a riqueza de espécies nos ambientes de florestas são
expressivamente maiores que nos modelos de restauração, assim como já era esperado. Estes
fragmentos florestais não foram transformados em pastagens, no entanto sofreram com a
fragmentação do seu contexto ecossistêmico e o corte seletivo durante muitos anos dos quais
não se tem registro. No entanto, há cerca de 60 anos não existem mais cortes (dados de
moradores da região não publicados). A floresta de morrote obteve riqueza maior que os
ambientes de baixada, mas as áreas de regeneração natural e plantios em morrote mostraram
uma riqueza menor, em um primeiro momento demonstrando que são ambientes mais
complexos e mais frágeis. No entanto as arvoretas demonstram um incremento de espécies
nas próximas gerações. A riqueza destes fragmentos florestais em morro pode estar
relacionada com a declividade e sua dificuldade de uso para a agricultura. O fator declividade
será avaliado no capítulo 5 desta tese.
As áreas de regeneração natural enfrentam um processo de dominância muito grande
de algumas espécies. O mesmo já havia sido encontrado por Sansevero (2008) e Tapia (2011),
nos quais foi encontrada uma dominância de até 90% de Gochnatia polymorpha em áreas de
morrote em regeneração com mais de 20 anos. Até o momento não se sabe com certeza,
91
porém, se esta espécie pode ser invasora de ambientes savânicos e se encontrou uma situação
propícia para seu estabelecimento dentro das áreas degradadas de morrote. Contudo não se
sabe se esta dominância vem promovendo uma facilitação para o estabelecimento de novas
espécies ou se está agindo como uma forte competidora. Dados preliminares de Tapia (2011)
mostram que aparentemente vem havendo uma facilitação para novas espécies e esta
dominância nada mais é que um fator do processo sucessional. A riqueza de espécies para
áreas de regeneração natural em morrote é a menor das áreas analizadas.
Entre os plantios, as variações do número de espécies entre as gerações e mesmo
modelo não foram grandes, no entanto pode-se ver nas figuras 18 e 19 que a troca de espécies
vem sendo grande, a diversidade de Shannon é maior entre mesmas gerações de modelos
diferentes do que entre gerações de um mesmo modelo, mostrando que, apesar do número de
espécies não variar muito, as espécies que estão se estabelecendo são diferentes.
A riqueza de árvores em pastos é muito baixa, como era esperado. No entanto
demonstra uma maior facilidade no estabelecimento das espécies nos ambientes de baixada,
em relação aos ambientes de morro. Estas espécies encontradas nos permitem ter uma relação
das espécies que são capacitadas a habitar cada ambiente em seus primeiros momentos de
sucessão.
As florestas são os ambientes que quase sempre têm a maior densidade. Tanto as
florestas de baixada como de morrote tiveram uma grande proximidade entre as densidades,
com cerca de 1.600 árvores por hectare. O único modelo que possui média maior que das
florestas é o plantio seis. No entanto a riqueza do mesmo é a menor entre os plantios. Estes
valores em florestas foram inferiores ao encontrada por Pessoa e Oliveira (2006), que
encontraram na mesma Reserva 1771 indivíduos por hectare. Guedes-Bruni et al (2006)
também obtiveram uma densidade parecida para florestas, encontrando 1668 árvores. Borén e
Oliveira-Filho (2002) em florestas de morro na Bacia do Rio São João encontraram 1608
arv/ha, muito próximo ao encontrado neste trabalho. Neves e Peixoto (2008), estudando dois
fragmentos de diferentes idades na RBPA encontraram 2020 ind/ha, no entanto o critério de
inclusão foi de 2,5 cm de CAP, metade do diâmetro usado para indivíduos arbóreos neste
trabalho e nos outros citados.
A densidade de indivíduos regenerantes é consideravelmente maior que indivíduos
arbóreos. Isto segue o que já era esperado, assim como visto por Sansevero et al. (2009),
Prieto (2008), Lima (2011), Zaú (2010) e Machado (2012). Os dados de densidade,
diversidade e equitabilidade, quando considerados juntos, nos mostra que as áreas onde há
uma menor equitabilidade, ou seja, possuem grande dominância, possuem baixa diversidade.
92
Apesar do processo de regeneração ser grande em todos os modelos de restauração,
em todos os ambientes foi contabilizado as piperáceas. A grande densidade em alguns locais
como o plantio 6 é devido ao grande adensamento de piperáceas com porcentagem de 77,2 %
do total de indivíduos. É importante salientar que as piperaceaes não são indivíduos arbóreos,
com excessão da espécie Piper arborium, que apesar de possuir caule tipo colmo, muitas
vezes tem critério de inclusão arbóreo. No entanto, as cinco espécies de piperáceas
encontradas nas áreas de trabalho possuem grande dominância, assim como pudemos ver nas
áreas de plantios e regeneração natural de baixada, sendo desta forma plantas que possuem
grande importância, pois alimentam a fauna e de alguma forma competem com os
regenerantes arbóreos, por recursos como luz e espaço, sendo por estas razões, interessante
que sejam contabilizadas.
Aparentemente há alguma influência das piperaceaes na densidade e na riqueza das
outras espécies, algo ainda não testado. Segundo informações pessoais da Dra. Elsie Franklin
Guimarães (2013), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, especialista em piperáceas, é muito
provável que existam processos de alelopatia nas espécies desta família e assim sejam
prejudiciais á regeneração natural, no entanto ainda não comprovado a influência da mesma
neste sentido. A alelopatia por plantas desta família foi citada por Borges et al. (1994) em
experimentos com oleaginosas. Nas áreas de florestas a densidade de piperáceas é baixa, com
2,5% do total de arvoretas, tanto em baixada como em morrote, mostrando que são típicas de
ambientes com fatores iniciais de sucessão. Nas áreas de morrote em geral foram baixas as
densidades de piperáceas, possivelmente estando relacionada à baixa umidade dos locais de
morro.
A densidade de indivíduos arbóreos nos ambientes de restauração está vinculada aos
indivíduos plantados, estes fazem com que a densidade arbórea aumente no inventário. A
porcentagem de indivíduos em cada plantio que foi plantado e quantos regeneraram surgiu
naturalmente.
A soma dos dez maiores valores de importância das áreas de restauração é alta,
quando comparadas com áreas de florestas (Fig. 25) Este dado representa que há uma grande
dominância de poucas espécies, sendo que em toda a soma dos 10 principais índices de
importância foram maiores que 70 %, chegando até a 89% no plantio 12 e a 88 % na
regeneração de morrote (Fig. 25a). Nas florestas a soma do IVI das dez espécies mais
expressivas chega a 18% em baixada e em 28% em morrote. No entanto, em quase todos os
modelos esta dominância vem diminuindo, quando comparado com as arvoretas, com
excessão do plantio 6 e a regeneração natural de baixada, onde houve um pequeno aumento
93
nas dominâncias das principais espécies. Esta dominância está centrada principalmente em
quatro espécies em baixada, Piper arborium, Guarea guidonea, Miconia prasina e Piper
caldensese em duas espécies de morrote, Gochnatia polymorpha e Miconia albincans.
A soma do IVI de florestas avançadas é próxima aos encontrados por outros autores
que trabalharam em fragmentos florestais próximos. Guedes-Bruni et al. (2006) encontraram
valores máximos de 6,21 para a espécies Eriotheca pentaphylla, seguida de 5,5% para
Symphonia globulifera, sendo a soma dos dez maiores IVIs 36.27%. Boren e Oliveira Filho
(2002) dividiram o trabalho em três setores, sendo considerados estes inferiores, médio e
superior em uma área de floresta em morrote, encontraram valores de 66,4% nos 10 maiores
valores para o setor inferior, 43,7% para o médio e 39,1% para o superior, concluindo que as
alterações no ecossistema estavam mais centradas nas faixas inferiores e a faixa superior é
mais preservada, sendo esta talvez a razão pela qual as maiores taxas de conservação
encontradas em florestas de morrote. A conclusão dos autores é que a declividade dificulta os
principais fatores de degracação antrópica, como a agricultura.
Neves e Peixoto (2008) estudaram dois fragmentos com diferentes tempos de
regeneração, sendo estes 20 e 40 anos, na Reserva Biológica Poço das Antas. No fragmento
de 20 anos encontraram uma grande dominância, com cerca de 61% de IVI para os dez
maiores valores, com espécies dominantes típicas de ambientes em regeneração recente como
Gochnatia polymorpha e Miconia cinamomifolia. Já nos ambientes com 40 anos de
regeneração a soma dos dez principais IVIs foi de 41% com maior riqueza e espécies em nível
mais avançado de sucessão. Zaú (2010) em um trabalho na floresta da Tijuca apresentou os
resultados da soma dos dez principais IVIs com valor de 37,5%, mostrando uma baixa
dominância para áreas com processo de restauração avançados.
A diversidade das florestas tiveram padrões muito altos, comuns em florestas
preservadas assim como descritas também por Oliveira et al. (1995); Kurtz & Araujo (2000);
Oliveira (2002); Barros (2008); Jesus (2009). O padrão de diversidade de árvores para
florestas ombrofilas bem conservadas da Mata Atlântica no sudeste brasileiro é indice de
cerca de 4 a 4,5, considerando o Índice de Shannon, podendo muitas vezes ser mais altos. A
diversidade em todos os modelos de restauração ficou muito abaixo do valor registrado pelas
florestas. Em regeneração morrote a diversidade foi uma a mais baixa, com índice de 0,6. No
geral, as diversidades estão aumentando com as próximas gerações, assim como se espera
para na sucessão dos mesmos, com excessão dos plantios seis e sete onde a diversidade vem
diminuindo.
94
Os modelos de restauração em morrote vêm mostrando um grande desenvolvimento
quanto á diversidade. Os plantios 11 e 12 e a regeneração natural tiveram expressivo aumento
na diversidade alfa.
A quantidade de indivíduos mortos teve grande variação entre cada ambiente, com as
maiores taxas de mortos em pé em áreas de floresta de morrote e no plantio 6 (Fig. 26a).
Esperava se que nos plantios e nas áreas de regeneração natural a quantidade de mortos fosse
maior, por conter mais indivíduos pioneiros.
Neves e Peixoto (2008) encontraram uma taxa maior de indivíduos mortos em floresta
em estágio mais avançado. Peixoto et al. (2004), encontraram em um fragmento de floresta na
APA Serra da Capoeira Grande, em florestas com condições semelhantes as estudados neste
trabalho, 5,75% de indivíduos mortos em pé. Para Prieto (2008) em um trabalho na Rebio
União o aumento na densidade de plantas no sub-bosque parece ser mediado pela mortalidade
de árvores do dossel e pela penetração lateral de luz e isto esta correlacionado neste estudo
também, sendo que as áreas com maiores mortalidades são as mesmas com as maiores
densidades de regenerantes.
5. Conclusões
Os fragmentos florestais da Reserva Biológica de Poço das Antas possuem uma elevada
riqueza de espécies arbóreas. Levando em consideração a degradação das florestas de baixada
no estado, somado com o fato da região possuir espécies animais em extinção como o mico
leão dourada, estes fragmentos representam grande importância e necessidade na
conservação.
Os modelos de restauração, quando relacionados à sua estrutura, ou seja, área basal, altura
e densidade, com as áreas de floresta secundárias, mostram que na maior parte dos casos são
semelhantes e assim restauradas. No entanto, quando se compara com a diversidade, riqueza e
equitabilidade os mesmos se mostram distantes.
As comunidades podem ser divididas em quatro grandes agrupamentos, sendo estas, áreas
de floresta, que são diferentes de todos os modelos de restauração; e os modelos de
restauração, que estão divididos em três grupos, sendo estes, as arvoretas de baixada,
representando as novas gerações, e que estão mais próximos das áreas de florestas e mais
distantes da comunidade arbórea de suas mesmas áreas; as comunidades arbóreas dos
modelos de baixada, mostrando que o primeiro estabelecimento, há 20 anos, foi diferente das
espécies que estão estabelecendo neste momento; e por fim, mais distantes as comunidades
95
arbóreo arbustivas de morrote, que apesar de estar aumentando a sua diversidade em relação
as gerações anteriores, a comunidade não vem se aproximando das áreas de florestas.
A falta de estabelecimento de muitas espécies nos modelos de restauração demonstra que
algum fator vem restringindo a chegada ou estabelecimento de espécies, podendo ser à
distância de outros fragmentos florestais, alelopatia de algumas espécies, deficiência edáfica,
competição das espécies dominantes e/ou falta de dispersor. Neste caso, seria interessante
promover enriquecimento para auxiliar na restauração da diversidade e funcional dos
modelos.
6. Referências bibliográficas
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Botânica Tropical, Rio de Janeiro. 229p.
100
Capítulo II – Anexos
Composição, estrutura e similaridade a flora de bosque e sub-
bosque em floresta e modelos de restauração.
101
Anexo 1: Todas as espécies encontradas em levantamento fitossociológico em áreas de pasto, regeneração natural, plantios e florestas na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
Família Espécie N Família Espécie N
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq 14
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 39
Schinus terebinthifolius Raddi 229
Miconia prasina (Sw.) Dc. 408
Tapirira guianensis Aubl. 274
Miconia serrulata (DC.) Naudin 74 Annonaceae
Miconia sp 1 7
Annona aff. cacans Warm. 1
Miconia staminea (Desr.) DC. 26
Annona aff. mucosa Jacq. 10
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 230
Annona dolabripetala (Raddi) H.Rainer 13 Meliaceae
Annona neolaurifolia Schltdl. 13
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. 13
Annona sp. 1
Cedrela odorata L. 4
Annona sylvatica A.St.-Hil. 5
Guarea guidonea (L.) Sleumer 2342
Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. ex Baill. 2
Guarea kunthiana A. Juss. 2
Duguetia aff. lanceolata A.St.-Hil. 1
Guarea macrophylla (Vell.) T. D. Penn. subs. tuberculata 8
Duguetia sessilis (Vell.) Maas 14
Trichilia aff. hirta L. 3
Guateria latifolia (Mart.) R.E.Fries 1
Trichilia aff. luciae Barreiros 4
Guatteria australis A. St. Hill 6
Trichilia casaretti C. DC. 14
Guatteria campestris R.E.Fr. 4
Trichilia lepidota (Harms) T. D. Penn. 13
Guatteria candolleana Schltdl. 2
Trichilia martiana C. DC. 40
Guatteria ferruginea A.St.-Hil. 4
Trichilia pleeana (A. Juss.) DC. 2
Guatteria villasissima H.T.Hill 1
Trichilia sp 1 1
Unonopsis riedeliana R.E.Fr. 1 Monimeaceae
Xylopia sericea A. St. -Hill. 196
Mollinedia sp 1 5 Apocynaceae
Mollinedia sp 2 1
Allamanda cathartica L. 1
Mollinedia sp 3 1
Aspidosperma discolor A. DC. 4
Macrotorus utriculatus Perkins 3
Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. 1
Mollinedia aff. glabra (Spreng) Perkins 21
Condylocarpon intermedium Müll.
Arg. 1
Mollinedia luisae Peixoto 2
Condylocarpon sp 1 2
Mollinedia shottiana (Spreng.)
Perkins 5
Forsteronia australis Mull. Arg. 2
Mollinedia ovata Ruiz & Pav. 29
Himatanthus bracteatus (A. DC.)
Woodson 38 Moraceae
Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.)
Woodson 3
Brosimum glaziovii Taub. 6
Rauvolfia grandiflora Mart. ex A. DC. 3
Brosimum guianense (Aubl.) Huber 16
102
Tabernaemontana catharinensis A. DC. 23
Ficus aff. clusiaefolia (Miq.) Schott ex Spreng. 1
Araliaceae
Ficus gomelleira Kunth & Bouché
ex Kunth 1
Dendropanax cuneatum Decne e
Planch. 15
Ficus pulchella Schott 2
Schefflera longipedicellata (Lecomte) Bernardi 20
Ficus sp 1 1
Arecaceae
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 44
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 85
Naucleopsis oblongifolia (Kuhlm.) Carauta 6
Attalea apoda Burret 1
Pseudolmedia laevis (Ruiz & Pav.) Macbr. 1
Attalea humilis Mart. 4
Sorocea guilleminiana Gaud. 18
Euterpe edulis Mart. 55
Sorocea hilarii Gaud. 13
Polyandrococos caudescens (Mart.)
Barb. Rodr. 6 Myristicaceae
Asteraceae
Virola bicuhyba (Schott ex
Spreng.) Warb. 6
Baccharis dracunculifolia DC. 4
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 14
Gochnatia polymorpha (Less.)
Cabrera 1326
Virola sebifera Aubl. 1
Vernonanthura petiolaris (DC.) H.Rob. 1 Myrsinaceae
Bignoniaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 187
Adenocalymma subsessilifolium DC. 23 Myrtaceae
Bignoniaceae sp. 1 6
Caliptranthes aff lucida Mart. ex DC. 5
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 6
Calyptranthe aff. grandifolia O.Berg 2
Handroanthus chrysothicus (Mart. Ex DC.) Mattos 132
Calyptranthes aromatica A.St.-hil. 21
Handroanthus serratifolius (Vahl)
S.Grose 3
Calyptranthes brasiliensis Spreng 2
Handroanthus umbellatus (Sond.)
Mattos 1
Calyptranthes concinna DC. 1
Jacaranda macrantha Cham. 8
Calyptranthes sp 1 4
Sparattosperma leucanthum (Vell.)
K. Schum 224
Campomanesia guaviroba (DC.)
Kiaersk. 1
Tabebuia cassinoides DC. 5
Campomanesia sp 1 2
Jacaranda puberula Cham. 1
Campomanesia xanthocarpa O berg. 5
Boraginaceae
Eugenia aff. subterminalis DC. 1
Cordia sellowiana Cham. 1
Eugenia biflora (L.) DC. 4
Cordia trichoclada DC. 3
Eugenia bunchosiifolia Nied 1
Burseraceae
Eugenia candolleana DC. 4
Protium brasiliense (Spreng.) Engl. 5
Eugenia cerasifolia D. Legrand. 2
Protium spruceanum (Benth.) Engl. 3
Eugenia excelsa O Berg. 1
103
Protium widgrenii Engl. 5
Eugenia florida DC. 26 Calophyllaceae
Eugenia macahensis O. Berg 1
Calophyllum brasiliense Cambess. 148
Eugenia magnifica Spring 1
Cannabaceae
Eugenia mosenii (Kausel) Sobral 1
Trema micrantha (L.) Blume 12
Eugenia neoglomerata Sobral 3
Cardiopteridaceae
Eugenia oblongata O. Berg 2
Citronela megastophylla (Miers) R.A.Howard 1
Eugenia pisiformis Cambess. 7
Caricaceae
Eugenia prasina O. Berg 13
Jacaratia spinosa (Aubl.) A DC. 22
Eugenia sp 1 6
Caryocaraceae
Eugenia sp 2 1
Caryocar crenatum Wittm. 1
Eugenia subundulata Kiaersk. 2 Celastraceae
Eugenia supraaxillaris Spring 2
Maytenus ardisiaefolia Reiss. 3
Eugenia villae-novae Kiarsk 25
Maytenus communis Reissek 3
Eugenia xanthoxyloides Cambess. 2
Maytenus gonoclada Mart. 3
Marlierea aff. obscura Berg. 5
Maytenus longifolia L. 10
Marlierea excoriata Mart. 6
Maytenus samydaeformis Reiss. 5
Marlierea sp 1 2
Salacia sp 1 1
Marlieria tomentosa Cambess. 1 Chrysobalonaceae
Myrcia aff. eriocalyx DC. 1
Chrysobalanaceae sp 1 6
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg 40
Chrysobalanaceae sp 3 2
Myrcia crocea Kiaersk. 1
Chrysobalanaceae sp 2 1
Myrcia eriopus DC. 1
Couepia monteclarensis Prance 1
Myrcia hexasticha Kiaersk. 2
Couepia venosa Prance 1
Myrcia ilheosensis kiaersk. 2
Hirtella angustifolia Schott ex
Spreng. 8
Myrcia neoblanchetiana E.Lucas
& Sobral 4
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 9
Myrcia neocambessedeana
E.Lucas & Sobral 14
Hirtella triandra Sw. 3
Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk 38
Licania heteromorpha Benth 1
Myrcia spectabilis DC. 11
Licania kunthiana Hook.f. 1
Myrcia splendens (SW) DC. 93
Licania octandra (Hoffmans ex Roem. & Shult.) kuntze 2
Myrcia hexasticha Kiaersk. 1
Licania heteromorpha Benth. 2
Myrtaceae sp 1 2
Licaria aff. armeniaca (Nees) Kosterm. 3
Myrtaceae sp.4 2
Licaria aff. bahiana Kurz 7
Myrtaceae sp2 1
Licaria guianensis Aubl. 2
Myrtaceae sp3 1
Parinari brasiliensis (Schott) Hook.
f. 1
Neomitranthes warmingiana
(Kiaersk) Mattos 3
Parinari excelsa Sabine 2
Psidium guajava L. 36
Clethraceae
Psidium guineense Sw 109
Clethra scabra Pers 4
Syzygium cumini (L.) Skeels 2 Clusiaceae
Syzygium jambos (L.) Alston 18
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) D. C. Zappi 51 Nyctaginaceae
Symphonia globulifera L.f. 6
Guapira aff. hirsuta (Choisy) Lundell 10
104
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. & Trian 11
Guapira areolata (Heimerl) Lundell 1
Combretaceae
Guapira hoehnei (Standl.) Lundell 2
Terminalia catappa L. 1
Guapira nitida (Schmidt) Lundell 6
Terminalia januarensis DC. 4
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 63
Dichapetalaceae
Guapira sp1. 5
Stephanopodium estrellense Baill. 1 Ochnaceae
Dicksoniaceae
Ouratea cuspidata Tiegh. 2
Dicksonia sp. 3
Ouratea verticillata Engl. 1 Ebenaceae
Olacaceae
Dyospiros incostans Jacq 3
Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer 3
Elaeocarpaceae
Tetrastylidium grandifolium
(Baill.) Sleumer 18
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 9 Peraceae
Sloanea aff. garckeana K. Schum. 2
Pera glabrata (Schott) Baill. 61
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth 1
Pera heteranthera (Schrank) I. M. Johnst. 14
Phyllantaceae
Erythroxylaceae 3
Margaritaria nobilis L. f. 91
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 26
Phyllanthus juglandifolius Willd 2
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 82 Phytolaccaceae
Erythroxylum coelophlebium Mart. 1
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms 2
Erythroxylum cuspidifolium Mart. 5
Phytolacca thyrsiflora Fenzl ex
J.A. Schmidt 2
Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. 2 Picramniaceae
Euphorbiaceae
Picramnia ciliata Mart. 1
Actinostemun concolor (Spreng.) Mull. Arg. 8
Picramnia gardneri Planch. 3
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 130 Piperaceae
Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull.Arg. 12
Piper aff. crassinervium Humb. Bonpl. & Kunth 70
Algernonia leandrii (baill.) G.L.
Webster 3
Piper arboreum Aubl. 977
Aparisthmium cordatum (A. Juss.)
Baill 8
Piper caldense C. DC. 823
Euphorbiaceae sp 1 4
Piper mollicomum Kunth 62
Hyeronima alchorneoides Allemão 1
Piper sp 1 2
Hyeronima oblonga (Tul.) Müll. Arg. 4 Polygonaceae
Joannesia princeps Vell. 2
Ruprechtia sp1 1
Mabea fistulifera Mart. 63 Primulaceae
Sagotia racemosa Baill. 5
Cybianthus sp 1 2
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 64 Proteaceae
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 19
Roupala brasiliensis Klotzsch 2 Fabaceae - Caesalpinoideae
Roupala longepetiolada Pohl 1
105
Senna affinis (Benth.) H. S. Irwin & Barneby 2 Quiinaceae
Tachigali paratyensis (Vell.) H.C.
Lima 9
Quiina glaziovii Engl. 1
Centrolobium robustum (Vell.) Mart.
ex Benth. 19 Rhamnaceae
Copaifera langsdorffii Desf. 119
Gouanea sp 1 2
Moldenhawera polysperma (Vell.)
Stellfeld 3 Rubiaceae
Peltogyne mattosiana Rizzini 2
Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico 2
Tachigali pilgeriana (Harms) L.G. Silva & H.C. Lima 2
Amaioua intermedia Mart. 2 Fabaceae - Faboideae
Bathysa mendoncaei K. Schum. 33
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 81
Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. 65
Andira fraxinifolia Benth. 33
Citrus sp. 10
Andira ormosioides Benth. 4
Coussarea aff. contracta (Walp.) Müll. Arg. 2
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F.
Macbr. 22
Coussarea aff. graciflora Benth &
Hook f. 49
Centrosema pubescens Benth. 2
Coussarea megistophylla Standl. 23
Clitoria fairchildiana R.A.Howard 1
Coussarea meridionalis Muell. Arg 1
Dalbergia frutescens (Vell) Britton 6
Coussarea sp 1 4
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex
Benth. 122
Coussarea triflora Müll. Arg. 2
Erythrina speciosa Andr. 3
Coutaria hexandra (Jack) k. Sch. 1
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-
Tozzi & H. C. Lima 69
Faramea multiflora A. Rich. ex
DC. 18
Machaerium brasiliense Vog. 7
Faramea sp 1 4
Machaerium cantarellianum Hoehne 1
Genipa americana L. 11
Machaerium lanceolatum Vog. 2
Hamelia aff. patens Jacq. 4
Myrocarpus frondosus Allemão 3
Ixora aff. Brevifolia Benth 1
Plathymenia reticulata Benth. 39
Ixora gardneriana Benth 50
Pterocarpus rohrii Vahl. 11
Ixora sp. 1
Swartzia apetala (Vog.) Cowan 9
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz 107
Swartzia flaemingii Raddi 3
Posoqueria latifolia (Rudge)
Schult 1
Swartzia myrtifolia var. elegans
(Schott) R.S. Cowan 11
Posoqueria sp 1 20
Zollernia glabra (Spreng.) Yakovlev 6
Psychotria aff. platypoda DC. 6
Dalbergia lateriflora Benth. 2
Psychotria carthagenensis Jacq. 1
Hymenolobium janeirense (Kulmann) H.C. Lima 3
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. 46
Poecilanthe falcata (Vell.) Heringer 1
Psychotria mapourioides DC. 5
Fabaceae - Mimosoideae
Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra 3
Abarema aff. Cochliacarpos (Gomes) Barneby & J.W.Grimes 1
Psychotria racemosa (Aubl.) Raeusch. 7
Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico 6
Psychotria sp 1 3
Albizia polycephala (Benth.) Killip 16
Psychotria sp. 2 2
106
ex Record
Inga capitata Desv. 7
Psychotria vellosiana Benth. 84
Inga edulis Mart. 505
Psychotria venulosa Mull.Arg. 2
Inga laurina (Sw.) Willd 460
Randia armata (Sw.) DC. 3
Inga striata Benth. 1
Rubiaceae sp 1 11
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 42
Rubiaceae sp 2 5
Peltophorium dubium (Spreng) Taub 4
Rudgea coronata ( Vell) Mull. Arg. 3
Pipetadenia paniculata Benth 17
Rudgea jasminoides (Cham.)
Mull.Arg. 1
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.
Macbr 308
Rudgea macrophylla Benth. 3
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima 9
Simira rubra (Mart.) Steyerm. 17
Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) 1
Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) k. Schum. 3
Stryphnodendron polyphyllum Mart. 1 Rutaceae
Fabaceae – Mimosoideae
Dictyoloma vardellianum Adr. Jun. 3
Albizia sp 1 1
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 56
Inga leptantha Benth. 1 Salicaceae
Inga sp 1 2
Banara brasiliensis (Schott) Benth. 1
Inga sp 2 5
Banara serrata (Vell.) Warb. 4
Inga thibaudiana DC 9
Casearia arborea (L. C. Rich.) Urban 2
Pseudopiptadenia inaequalis (Benth.) Rauschert 1
Casearia commersoniana Cambess. 1
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 1
Casearia pauciflora Cambess. 2
Hypericaceae 1
Casearia sylvestris Sw. 49
Vismia aff. martiana Reichardt 12 Sapindaceae
Lacistemataceae
Allophylus petiolulatus Radlk. 4
Lacistema pubescens Mart. 106
Cupania furfuracea Radlk. 12
Lamiaceae
Cupania oblingifolia Mart. 95
Aegiphila integrifolia (Jacq.)
B.D.Jackson 64
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 77
Aegiphila vitelliniflora Klotzsch ex Walp. 2
Cupania schizoneura Radlk. 1
Vitex polygama Cham. 5
Matayba guianensis Aubl. 11 Lauraceae
Sapotaceae
Aiouea aff. saligna Meisn. 4
Chrysophyllum flexuosum Mart. 26
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez 5
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl 15
Beilschmedia sp 1 1
Chrysophyllum splendens Spreng. 1
Cinnamomum triplinerve (Ruiz &
Pav.) Kosterm. 100
Ecclinusa ramiflora Mart. 12
Cryptocarya aff. moschata Nees & Mart. ex Nees 6
Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler ex Miq.) Pierre 5
Cryptocarya micrantha Meisn. 1
Micropholis gardneriana (A. DC.) Pierre 1
Cryptocarya saligna Mez 1
Micropholis guyanensis (DC.) Pierre 1
Lauraceae sp 1 1
Pouteria aff. reticulata (Engl.) 1
107
Eyma
Nectandra cissiflora Nees 2
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. 4
Nectandra leucantha Nees 4
Pouteria bullata (S.Moore) Baehni 2
Nectandra membranacea (Sw.)
Griseb. 35
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.)
Radlk. 2
Nectandra nitidula Nees & Mart. 1
Pouteria filipes Eyma 6
Nectandra oppositifolia Nees 279
Pouteria sp 1 4
Nectandra puberula (Schott) Nees 4
Pouteria sp2 1
Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.)
Mez 3
Pouteria torta (Mart.) Radd. 2
Nectandra sp 1 1
Pradosia kuhlmannii Toledo 6
Ocotea aff. daphnifolia (Meisn.)
Mez 1
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 3
Ocotea aff. indecora (Schott) Mez 2
Sapotaceae sp 1 4
Ocotea brachybothia (Meisn.) Mez 2
Sapotaceae sp 2 3
Ocotea diospyrifolia (Meisn). Mez 6
Sapotaceae sp 3 2
Ocotea divaricata (Nees) Mez 5
Sapotaceae sp 4 1
Ocotea graziovii Mez 2
Sarcaulus brasiliensis (A. DC.) Eyma 2
Ocotea indecora (Schott) Mez 1 Simaroubaceae
Ocotea laxa (Nees) Mez 7
Simarouba amara Aubl. 5
Ocotea mandioccana Kosterm 1 Siparunaceae
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer 2
Siparuna guianensis Aubl 236
Ocotea scottii (Meissn.) Mez. 1
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. 50
Ocotea sp 1 1 Solanaceae
Ocotea sp2 1
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 24
Rhodostemonodaphne macrocalyx (Meisn.) Rohwer ex Madriñán 3
Cestrum axillare Vell. 9
Urbanodendron Bahiense (Meisn.)
Rohwer 14
Cestrum sp. 1
Urbanodendron verrucosum (Nees)
Mez 5
Solanaceae sp 1 1
Lecythidaceae
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 58
Cariniana aff. estrellensis(Raddi) Kuntze 3
Solanum sp 1 1
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze j 1
Solanum swartzianum Roem & Schultz 36
Couratari macrosperma A.C.Smith 1 Styracaceae 130
Lecythidaceae sp. 1 1
Styrax sp. 1
Lecythis lanceolata Poir. 3 Symplocaceae
Lecythis pisonis Cambess. 3
Symplocos estrellensis Casar. 3 Loganiaceae
Trigoniaceae
Strychnos trinervis (Vell.) Mart. 1
Trigonia nivea Cambess. 1
Magnoliaceae
Urticaceae
Magnolia ovata St. Hil. 1
Cecropia glaziovi Snethlage 195
Malpighiaceae
Cecropia hololeuca Miq. 3
Bunchosia sp. 1
Cecropia pachystachya Trec. 224
108
Heteropterys nitida (Lam.) DC. 2
Coussapoa microcarpa (Schott ) Rizzini 2
Heteropterys leschenaultiana A.Juss. 2
Pourouma guianensis Aubl. 7
Tetrapteryus sp 1 1 Verbenaceae
Malvaceae
Citharexylum myrianthum Cham 602
Bombacopsis stenopetala Schum 1 Violaceae
Eriotheca macrophylla (K.Shum) A.Robson 1
Amphirrhox longifolia (A. St.-Hil.) Spreng. 14
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns 10
Rinorea guianensis Aubl. 15
Hydrogaster trinervis Kuhlm 3 Indeterminada
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 336
Indeterminada 1 2
Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 2
Indeterminada 10 1 Melastomataceae
indeterminada 2 1
Clidemia biserrata DC 1
indeterminada 3 1
Henriettea saldanhei Cogn. 19
Indeterminada 4 2
Melastomataceae sp 1 1
indeterminada 5 2
Miconia albicans (Sw.) Triana 106
indeterminada 6 1
Miconia calvescens DC. 29
indeterminada 7 1
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 114
indeterminada 8 2
Miconia holosericea (L.) DC. 7
indeterminada 9 1
Miconia latecrenata Trian 102 Morta 510
109
Anexo 2: Famílias botânicas encontradas em levantamento fitossociológica em áreas de pasto, regeneração natural, plantios e florestas na Reserva
Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Organizadas por ordem alfabética de família, onde: Q
ind – Densidade encontrada de indivíduos nesta família com sua respectiva porcentagem no total e Q spp – Riqueza de espécies da família com sua respectiva
porcentagem no total.
Famílias Q ind % Q spp %
Anacardiaceae 517 3.14 3 0.65
Annonaceae 275 1.67 17 3.7
Apocynaceae 78 0.47 10 2.17
Araliaceae 35 0.21 2 0.43
Arecaceae 151 0.92 5 1.09
Asteraceae 1331 8.07 3 0.65
Bignoniaceae 409 2.48 10 2.17
Boraginaceae 4 0.02 2 0.43
Burseraceae 13 0.08 3 0.65
Calophyllaceae 148 0.9 1 0.22
Cannabaceae 12 0.07 1 0.22
Cardiopteridaceae 1 0.01 1 0.22
Caricaceae 22 0.13 1 0.22
Caryocaraceae 1 0.01 1 0.22
Celastraceae 25 0.15 6 1.3
Chrysobalonaceae 52 0.32 17 3.7
Clethraceae 4 0.02 1 0.22
Clusiaceae 68 0.41 3 0.65
Combretaceae 5 0.03 2 0.43
Dichapetalaceae 1 0.01 1 0.22
Dicksoniaceae 3 0.02 1 0.22
Ebenaceae 3 0.02 1 0.22
Elaeocarpaceae 12 0.07 3 0.65
Erythroxylaceae 116 0.7 5 1.09
Euphorbiaceae 323 1.96 13 2.83
Fabaceae – Cae 156 0.95 7 1.52
Fabaceae – Fab 441 2.68 23 5
Fabaceae – Mim 1398 8.48 21 4.57
Hypericaceae 12 0.07 1 0.22
Lacistemataceae 106 0.64 1 0.22
Lamiaceae 71 0.43 3 0.65
Lauraceae 502 3.05 32 6.96
Lecythidaceae 12 0.07 6 1.3
110
Loganiaceae 1 0.01 1 0.22
Magnoliaceae 1 0.01 1 0.22
Malpighiaceae 6 0.04 4 0.87
Malvaceae 353 2.14 6 1.3
Melastomataceae 1163 7.05 14 3.04
Meliaceae 2446 14.84 12 2.61
Monimiaceae 67 0.41 8 1.74
Moraceae 109 0.66 11 2.39
Myristicaceae 21 0.13 3 0.65
Myrsinaceae 187 1.13 1 0.22
Myrtaceae 544 3.3 55 11.96
Nyctaginaceae 87 0.53 6 1.3
Ochnaceae 3 0.02 2 0.43
Olacaceae 21 0.13 2 0.43
Peraceae 75 0.45 2 0.43
Phyllantaceae 93 0.56 2 0.43
Phytolaccaceae 4 0.02 2 0.43
Picramniaceae 4 0.02 2 0.43
Piperaceae 1934 11.73 5 1.09
Polygonaceae 1 0.01 1 0.22
Primulaceae 2 0.01 1 0.22
Proteaceae 3 0.02 2 0.43
Quiinaceae 1 0.01 1 0.22
Rhamnaceae 2 0.01 1 0.22
Rubiaceae 616 3.74 40 8.7
Rutaceae 59 0.36 2 0.43
Salicaceae 59 0.36 6 1.3
Sapindaceae 200 1.21 6 1.3
Sapotaceae 104 0.63 22 4.78
Simaroubaceae 5 0.03 1 0.22
Siparunaceae 286 1.73 2 0.43
Solanaceae 130 0.79 7 1.52
Styracaceae 1 0.01 1 0.22
Symplocaceae 3 0.02 1 0.22
Trigoniaceae 1 0.01 1 0.22
Urticaceae 431 2.61 5 1.09
Verbenaceae 602 3.65 1 0.22
Violaceae 29 0.18 2 0.43
Indeterminado 14 0.08 10 2.17
Morta 510 3.09 1 0.22
Total geral 16485 100 219 100
111
Anexo 3: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na floresta de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de
N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de
importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq. 4 0.46 0.82 0.32 0.53
Tapirira guianensis Aubl. 20 2.30 1.37 4.28 2.65
Annonaceae
Annona aff. mucosa Jacq. 1 0.12 0.27 0.05 0.15
Annona dolabripetala Raddi 3 0.35 0.82 0.30 0.49
Annona neolaurifolia H.Rainer 2 0.23 0.55 0.26 0.35
Xylopia sericea A. St.-Hil. 22 2.53 2.19 3.99 2.91
Apocynaceae
Aspidosperma discolor A. DC. 3 0.35 0.27 1.23 0.62
Tabernaemontana catharinensis A.
DC. 4 0.46 1.55 0.13 0.57
Araliaceae
Schefflera longipetiolata (Pohl ex DC.) Frondin & Fiaschi 2 0.23 0.55 0.34 0.37
Arecaceae
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 33 3.80 1.37 2.51 2.56
Euterpe edulis Mart. 36 4.15 1.92 2.09 2.72
Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr. 3 0.35 0.27 0.31 0.31
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.)
Cabrera 4 0.46 0.27 0.76 0.50
Bignoniaceae
Bignoniaceae sp. 1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Handroanthus chrysotrichus (Mart.
exDC.) Mattos 9 1.04 0.82 1.04 0.97
Jacaranda macrantha Cham. 4 0.46 0.82 0.32 0.54
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 12 1.38 1.64 2.26 1.76
Boraginaceae
Cordia sellowiana Cham. 1 0.12 0.27 0.16 0.18
Burseraceae
Protium brasiliense (Spreng.) Engl. 1 0.12 0.27 0.05 0.15
Protium spruceanum (Benth.) Engl. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 3 0.45 0.82 0.10 0.42
Caryocaraceae
112
Caryocar crenatum Wittm. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Celastraceae
Maytenus ardisiaefolia Reiss. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Maytenus gonoclada Mart. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Chrysobalonaceae
Chrysobalanaceae sp. 1 4 0.46 0.27 0.13 0.29
Chrysobalanaceae sp. 2 1 0.12 0.27 0.35 0.25
Couepia monteclarensis Prance 1 0.12 0.27 0.18 0.19
Hirtella angustifolia Schott ex Spreng. 3 0.35 0.27 0.09 0.24
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 5 0.58 0.55 0.88 0.67
Hirtella triandra Sw. 2 0.23 0.27 0.12 0.21
Licania heteromorpha Benth. 2 0.23 0.27 0.04 0.18
Parinari brasiliensis (Schott) Hook.
f. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Parinari excelsa Sabine 2 0.23 0.27 0.08 0.19
Clethraceae
Clethra scabra Pers. 2 0.23 0.27 0.48 0.33
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. &
Triana) D. C. Zappi 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. & Trian 3 0.35 0.82 0.09 0.42
Elaiocarpaceae
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 7 0.81 0.55 0.18 0.51
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 13 1.50 1.37 0.27 1.05
Erythroxylum cuspidifolium Mart. 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Euphorbiaceae
Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull.Arg. 3 0.35 0.55 0.81 0.57
Algernonia leandrii (Baill.)
G.L.Webster 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Aparisthmium cordatum (A. Juss.)
Baill 5 0.58 0.82 0.24 0.55
Mabea fistulifera Mart. 16 1.84 0.82 3.41 2.02
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 11 1.27 1.09 1.08 1.15
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 1 0.12 0.27 0.38 0.26
Fabaceae - Caesalpinoideae
Copaifera longsdorffii Desf. 2 0.23 0.27 0.05 0.19
Moldenhawera polysperma (Vell.) Stellfeld 1 0.12 0.27 0.51 0.30
Peltogyne mattosiana Rizzini 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Fabaceae - Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) Macbr. 3 0.35 0.82 0.14 0.44
113
Andira fraxinifolia Benth. 12 1.38 1.64 0.50 1.17
Andira ormosioides Benth. 3 0.35 0.27 0.06 0.23
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 13 1.50 1.37 3.66 2.17
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex
Benth. 1 0.12 0.27 0.14 0.18
Hymenolobium janeirense kuhlm. 2 0.23 0.27 0.07 0.19
Machaerium brasiliense Vogel 3 0.35 0.82 0.11 0.42
Machaerium lanceolatum Vog. 2 0.23 0.55 0.59 0.45
Myrocarpus frondosus Allemão 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Pterocarpus rohrii Vahl. 2 0.23 0.55 0.14 0.30
Swartzia apetala (Vog.) Cowan 2 0.23 0.55 0.06 0.28
Swartzia myrtifolia var. elegans
(Schott) R.S. Cowan 3 0.35 0.55 0.19 0.36
Fabaceae - Mimosoideae
Albizia pedicellaris (DC.) L.Rico 2 0.23 0.27 1.59 0.70
Inga thibaudiana DC. 2 0.23 0.55 0.14 0.31
Plathymenia reticulata Benth. 12 1.38 1.37 8.20 3.65
Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P. Lewis & M.P. Lima 9 1.04 1.37 1.78 1.40
Pseudopiptadenia leptostachya (Benth.) 1 0.12 0.27 0.05 0.15
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 50 5.76 2.47 2.30 3.51
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Vitex polygama Cham. 2 0.23 0.27 0.10 0.20
Lauraceae
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Cryptocarya micrantha Meisn. 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Nectandra leucantha Nees 2 0.23 0.55 0.03 0.27
Nectandra membranacea (Sw.)
Griseb. 2 0.23 0.55 0.03 0.27
Nectandra oppositifolia Nees 6 0.69 0.82 0.66 0.73
Ocotea brachybothia (Meisn.) Mez 2 0.23 0.27 0.26 0.26
Ocotea diospyrifolia (Meisn). Mez 5 0.58 0.82 1.33 0.91
Ocotea graziovii Mez 2 0.23 0.55 0.59 0.46
Ocotea sp2 1 0.12 0.27 0.40 0.26
Urbanodendron bahiense (Meisn.)
Rohwer 4 0.46 0.27 0.66 0.46
Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez 1 0.12 0.27 0.23 0.21
Lecythidaceae
Lecythis lanceolata Poir. 3 0.35 0.82 0.25 0.47
Lecythis pisonis Cambess. 1 0.12 0.27 0.16 0.18
Malpighiaceae
Heteropterys nitida (Lam.) DC. 1 0.12 0.27 0.10 0.16
114
Malvaceae
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Pseudobombax grandiflorum (Cav.)
A. Robyns 1 0.12 0.27 0.11 0.17
Melastomataceae
Henriettea saldanhei Cogn. 1 0.12 0.27 0.05 0.15
Melastomataceae sp 1 1 0.12 0.27 0.36 0.25
Miconia cinnamomifolia (DC.)
Naudin 4 0.46 0.55 1.73 0.91
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Miconia serrulata (DC.) Naudin 4 0.46 0.82 0.18 0.49
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. 4 0.46 0.55 0.32 0.44
Guarea guidonia (L.) Sleumer 19 2.19 1.10 2.43 1.91
Trichilia aff. luciae Barreiros 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Trichilia casaretti C. DC. 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Trichilia lepidota (Harms) T. D. Penn. 1 0.12 0.27 0.14 0.18
Trichilia martiana C. DC. 2 0.23 0.55 0.05 0.28
Moraceae
Brosium guianensis (Aubl.) Huber 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 11 1.27 1.10 0.95 1.10
Sorocea guilleminiana Gaud. 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Myristicaceae
Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.)
Warb. 2 0.23 0.55 0.11 0.29
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 3 0.35 0.82 0.61 0.59
Virola sebifera Aubl. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Myrtaceae
Caliptranthes aff lucida Mart. ex
DC. 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Calyptranthe aff. grandifolia O.Berg 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Calyptranthes sp1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Campomanesia guaviroba (DC.) Kiaersk. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Campomanesia sp.1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Campomanesia xantocarpa O. Berg 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Eugenia candolleana DC. 2 0.23 0.27 0.16 0.22
Eugenia cerasifolia D. Legrand. 2 0.23 0.55 0.36 0.38
Eugenia florida DC. 4 0.46 0.82 1.36 0.88
Eugenia prasina O. Berg 4 0.46 0.27 0.18 0.31
Eugenia pisiformis Cambess. 4 0.47 0.82 0.30 0.52
Eugenia sp1 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Eugenia villa-novae Kiaersk 2 0.23 0.55 0.78 0.52
Marlierea aff. obscura Berg. 1 0.12 0.27 3.34 1.24
115
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg 32 3.69 1.92 1.85 2.48
Myrcia hexasticha Kiaersk. 2 0.23 0.27 0.07 0.19
Myrcia splendens (SW) DC. 1 0.12 0.27 0.08 0.15
Myrtaceae sp3 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Myrtaceae sp2 1 0.12 0.27 0.35 0.24
Neomitranthes warmingiana (Kiaersk) Mattos 2 0.23 0.27 0.04 0.18
Syzygium jambos (L.) Alston 9 1.04 1.37 0.42 0.94
Nyctaginaceae
Guapira aff. hirsuta (Choisy)
Lundell 10 1.15 1.10 1.69 1.31
Guapira hoehnei (Standl.) Lundell 2 0.23 0.27 0.10 0.20
Guapira nitida (Schmidt) Lundell 3 0.35 0.55 0.09 0.33
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 10 1.15 1.64 1.17 1.32
Guapira sp1. 5 0.58 0.55 0.18 0.43
Ochnaceae
Ouratea cuspidata Tiegh. 2 0.23 0.55 0.71 0.50
Olacaceae
Heisteria perianthomega (Vell.)
Sleumer 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 36 4.15 2.19 6.30 4.21
Pera heteranthera (Schrank) I. M. Johnst. 10 1.15 1.64 1.75 1.52
Phyllantaceae
Hyeronima oblonga (Tul.) Müll.
Arg. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Margaritaria nobilis L. f. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Piperaceae
Piper caldense C. DC. 4 0.46 0.27 0.08 0.27
Rubiaceae
Amaioua intermedia Mart. 1 0.12 0.27 0.07 0.15
Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Coussarea megistophylla Standl. 2 0.23 0.27 0.08 0.20
Psychotria venulosa Mull.Arg. 1 0.12 0.27 0.14 0.18
Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.)
Wawra 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Psychotria vellosiana Benth. 19 2.19 1.10 0.65 1.31
Rubiaceae sp 1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 2 0.23 0.55 0.13 0.30
Salicaceae
Banara brasiliensis (Schott) Benth. 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Banara serrata (Vell.) Warb. 3 0.35 0.82 0.25 0.47
116
Casearia arborea (L. C. Rich.) Urban 2 0.23 0.55 0.11 0.30
Casearia pauciflora Cambess. 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Casearia sylvestris Sw. 2 0.23 0.55 0.17 0.32
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 1 0.12 0.27 0.17 0.19
Cupania oblongifolia Mart 42 4.84 1.91 3.46 3.40
Cupania racemosa (Vell.).Randlk 2 0.23 0.55 0.17 0.32
Matayba guianensis Aubl. 11 1.27 0.82 0.63 0.91
Sapotaceae
Chrysophyllum flexuosum Mart. 11 1.27 0.82 2.13 1.41
Chrysophyllum splendens Spreng. 1 0.12 0.27 0.08 0.16
Ecclinusa ramiflora Mart. 1 0.12 0.27 0.27 0.22
Micropholis guyanensis (DC.) Pierre 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Pouteria sp1 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Pouteria sp2 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Pradosia kuhlmannii Toledo 2 0.23 0.55 0.06 0.28
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Sapotaceae sp 1 2 0.23 0.27 0.12 0.21
Sapotaceae sp 2 1 0.12 0.27 0.14 0.18
Simaroubaceae
Simarouba amara Aubl. 4 0.46 0.82 1.51 0.93
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 44 5.07 1.92 0.99 2.66
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. 10 1.15 1.10 0.72 0.99
Trigoniaceae
Trigonia nivea Cambess. 1 0.12 0.27 0.04 0.14
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Pourouma guianensis Aubl. 2 0.23 0.55 0.04 0.27
Violaceae
Rinorea guianensis Aubl. 8 0.92 0.82 0.46 0.73
Morta 40 4.61 2.19 3.23 3.34
868 100 100 100 100
117
Anexo 4: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas na floresta de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia
relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias N Dri Fri Dori Ivi
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 7 0.78 0.88 0.74 0.80
Annonaceae
Annona dolabripetala Raddi 1 0.11 0.29 0.08 0.16
Duguetia sessillis (Vell.) Mass 1 0.11 0.29 0.13 0.18
Annona aff. mucosa Jacq. 2 0.22 0.29 0.14 0.22
Unonopsis riedeliana R.E.Fr. 1 0.11 0.29 0.33 0.25
Xylopia sericea A. St.-Hil. 6 0.67 0.88 0.22 0.59
Apocynaceae
Aspidosperma polyneuron Müll.Arg. 1 0.11 0.29 0.22 0.21
Condylocarpon intermedium Müll. Arg. 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Forsteronia austrlis Mull. Arg. 2 0.22 0.59 0.02 0.28
Himatantus bracteatus (A.DC.) Woodson 16 1.78 1.76 0.35 1.30
Tabernaemontana catharinensis A. DC. 2 0.22 0.29 0.49 0.34
Araliaceae
Schefflera longipedicellata (Lecomte)
Bernardi 17 1.89 1.47 1.14 1.50
Arecaceae
Euterpe edulis Mart. 2 0.22 0.59 0.74 0.52
Astrocaryum aculeatissimum (Schott)
Burret 3 0.33 0.58 0.50 0.47
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 5 0.55 0.59 0.11 0.42
Bignoniceae
Adenocalymma subsessilifolium DC. 1 0.11 0.29 0.05 0.15
Bignoniaceae sp1 5 0.55 0.29 0.34 0.40
Handroanthus chrysotrichus (Mart. exDC.) 1 0.11 0.29 0.04 0.15
Jacaranda puberula Cham. 1 0.11 0.29 0.57 0.33
Tabebuia cassinoides DC. 3 0.33 0.29 0.21 0.28
Burseraceae
Protium brasiliense (Spreng.) Engl. 4 0.44 0.29 0.67 0.47
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 7 0.78 0.88 0.61 0.76
Cardiopteridaceae
Citronela megastophylla (Miers) R.A.Howard 1 0.11 0.29 0.04 0.15
Celastraceae
Maytenus ardisiaefolia Reiss. 2 0.22 0.59 0.16 0.32
Maytenus communis Reissek 2 0.22 0.59 0.17 0.33
Maytenus longifolia L. 3 0.33 0.59 0.04 0.32
118
Maytenus samydaeformis Reiss. 1 0.11 0.29 0.03 0.15
Chrysobalonaceae
Chrysobalanaceae sp 3 2 0.22 0.29 0.61 0.38
Hirtella angustifolia Schott ex Spreng. 5 0.55 0.88 1.26 0.90
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Hirtella triandra Sw. 1 0.11 0.29 0.08 0.16
Licania heteromorpha Benth 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) D. C. Zappi 1 0.11 0.29 0.08 0.16
Symphonia globulifera L.f. 3 0.33 0.88 0.08 0.43
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch.
& Triana 1 0.11 0.29 0.25 0.22
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 66 7.33 2.35 3.87 4.51
Erythroxylum coelophlebium Mart. 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. 1 0.11 0.29 0.29 0.23
Euphorbiaceae
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 5 0.55 0.59 0.34 0.50
Actinostemun concolor (Spreng.) Mull. Arg. 8 0.89 0.29 1.02 0.73
Mabea fistulifera Mart. 4 0.44 0.59 0.73 0.59
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 13 1.44 0.88 0.92 1.08
Fabaceae – Caesalpinoideae
Mordenhawera polysperma (Vell.) Stellfeld 2 0.22 0.58 0.67 0.49
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) Macbr. 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Andira ormosioides Benth. 1 0.11 0.29 0.12 0.17
Machaerium brasiliense Vog. 1 0.11 0.29 0.55 0.32
Pterocarpus rohrii Vahl. 2 0.22 0.59 0.59 0.47
Swartzia apetala (Vog.) Cowan 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Swartzia myrtifolia var. elegans (Schott)
R.S. Cowan 8 0.89 0.88 1.62 1.13
Fabaceae – Mimosoideae
Albizia sp 1 1 0.11 0.29 0.49 0.30
Inga sp 1 1 0.11 0.29 0.02 0.14
Inga sp 2 5 0.55 0.29 0.88 0.58
Inga thibaudiana DC 7 0.78 0.59 1.31 0.89
Peltophorum dudium (Spreng.) Taub. 1 0.11 0.29 0.14 0.18
Pseudopiptadenia inaequalis (Benth.) Rauschert 1 0.11 0.29 0.20 0.20
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 27 3.00 1.76 3.87 2.87
Lauraceae
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez 3 0.33 0.59 0.16 0.36
Beilschmedia sp 1 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Lauraceae sp 1 1 0.11 0.29 0.03 0.15
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 2 0.22 0.59 0.57 0.46
119
Nectandra oppositifolia Nees 1 0.11 0.29 0.02 0.14
Ocotea indecora (Schott) Mez 1 0.11 0.29 0.60 0.33
Ocotea laxa (Nees) Mez 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Ocotea odorifera(Vell.) Rohwer 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer 7 0.78 0.59 0.31 0.56
Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez 2 0.22 0.29 0.57 0.36
Elaeocarpaceae
Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. 2 0.22 0.29 0.89 0.47
Loganiaceae
Strychnos trinervis (Vell.) Mart. 1 0.11 0.29 0.04 0.15
Malvaceae
Aparisthmium cordatum (A. Juss.) Baill 3 0.33 0.59 0.05 0.32
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns 8 0.89 1.47 1.17 1.18
Hydrogaster trinervis Kuhlm. 2 0.22 0.29 0.02 0.18
Melastomataceae
Henriettea saldanhei Cogn. 2 0.22 0.59 0.09 0.30
Miconia holosericea (L.) DC. 7 0.78 0.29 1.61 0.89
Miconia prasina (Sw.) Dc. 1 0.11 0.29 0.08 0.16
Miconia serrulata (DC.) Naudin 2 0.22 0.59 0.14 0.32
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. 1 0.11 0.29 0.67 0.36
Guarea guidonia (L.) Sleumer 9 1.00 0.88 2.38 1.42
Guarea kunthiana A. Juss. 2 0.22 0.59 0.38 0.40
Trichilia aff. hirta L. 2 0.22 0.58 0.05 0.29
Trichilia aff. luciae Barreiros 3 0.33 0.29 0.23 0.28
Trichilia casaretti C. DC. 8 0.89 0.29 0.57 0.58
Trichilia lepidota (Harms) T. D. Penn. 2 0.22 0.59 0.11 0.31
Trichilia martiana C. DC. 19 2.11 2.64 1.71 2.15
Trichilia pleeana (A. Juss.) DC. 2 0.22 0.59 0.08 0.30
Monimeaceae
Mollinedia sp 1 4 0.44 0.88 0.56 0.63
Mollinedia sp 2 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Mollinedia sp 3 1 0.11 0.29 0.57 0.33
Moraceae
Brosimum guianensi (Aubl.) Huber 5 0.55 0.29 0.64 0.50
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 11 1.22 1.76 1.85 1.61
Sorocea guilleminiana Gaud. 6 0.67 0.59 0.27 0.51
Sorocea hilarii Gaudich. 11 1.22 1.17 0.43 0.94
Myristicaceae
Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. 2 0.22 0.29 0.51 0.34
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 5 0.55 0.29 0.13 0.33
Myrtaceae
Calyptranthe aff. grandifolia O.Berg 1 0.11 0.29 0.24 0.21
Calyptranthes sp 1 3 0.33 0.29 1.36 0.66
Campomanesia sp 1 1 0.11 0.29 0.05 0.15
120
Eugenia candolleana DC. 1 0.11 0.29 0.60 0.33
Eugenia florida DC. 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Eugenia neoglomerata Sobral 3 0.33 0.59 0.48 0.47
Eugenia prasina O. Berg 1 0.11 0.29 0.02 0.14
Eugenia pisiformis Cambess. 3 0.33 0.29 0.87 0.50
Eugenia sp 1 1 0.11 0.29 0.22 0.21
Eugenia villa-novae Kiaersk 1 0.11 0.29 0.05 0.15
Eugenia xanthoxyloides Cambess. 2 0.22 0.59 0.07 0.29
Myrcia neoblanchetiana E.Lucas & Sobral 4 0.44 0.29 0.20 0.31
Myrcia neocambessedeana E.Lucas & Sobral 14 1.55 1.17 1.18 1.30
Myrcia ilheosensis kiaersk. 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Myrcia spectabilis DC. 9 1.00 1.47 0.61 1.02
Marlierea aff. obscura Berg. 4 0.44 0.59 0.71 0.58
Marlierea excoriata Mart. 6 0.67 0.88 0.68 0.74
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg 6 0.67 0.59 0.29 0.51
Myrcia eriopus DC. 1 0.11 0.29 0.75 0.38
Myrcia splendens (SW) DC. 1 0.11 0.29 0.49 0.30
Myrtaceae sp 1 2 0.22 0.29 0.04 0.19
Neomitranthes warmingiana (Kiaersk)
Mattos 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Syzygium jambos (L.) Alston 6 0.67 0.88 0.10 0.55
Nyctaginaceae
Guapira nitida (Schmidt) Lundell 2 0.22 0.59 0.71 0.51
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 23 2.55 2.35 3.86 2.92
Ochnaceae
Ouratea verticillata Engl. 1 0.11 0.29 0.07 0.16
Olacaceae
Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer 1 0.11 0.29 0.03 0.15
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. 7 0.78 1.76 0.25 0.92
Pera heteranthera (Schrank) I.M.Johnst. 1 0.11 0.29 0.38 0.26
Picramniaceae
Picramnia ciliata Mart. 1 0.11 0.29 0.02 0.14
Picramnia gardneri Planch. 3 0.33 0.29 0.11 0.25
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 14 1.55 0.59 2.50 1.55
Piper caldense C. DC. 9 1.00 0.29 3.81 1.70
Polygonaceae
Ruprechtia sp1 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Rubiaceae
Amaioua intermedia Mart. 1 0.11 0.29 0.31 0.24
Coussarea aff. graciflora Benth & Hook f. 49 5.44 2.35 2.18 3.32
Coussarea megistophylla Standl. 17 1.89 1.47 0.93 1.43
Coussarea meridionalis Muell. Arg 1 0.11 0.29 0.19 0.20
Coussarea sp 1 2 0.22 0.59 0.06 0.29
121
Faramea multiflora A. Rich. 3 0.33 0.88 0.10 0.44
Faramea sp 1 4 0.44 0.29 0.52 0.42
Ixora gardneriana Benth. 47 5.22 2.05 4.29 3.85
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz 1 0.11 0.29 0.02 0.14
Psychotria aff. platypoda DC. 2 0.22 0.29 0.04 0.19
Psychotria venulosa Mull.Arg. 1 0.11 0.29 0.11 0.17
Psychotria leiocarpa Cham. & Schltdl. 30 3.33 1.76 2.09 2.39
Psychotria mapourioides DC. 3 0.33 0.88 0.24 0.48
Psychotria racemosa (Aubl.) Raeusch. 3 0.33 0.59 0.27 0.40
Psychotria sp 1 3 0.33 0.29 0.21 0.28
Psychotria velloziana Benth. 60 6.66 2.05 4.29 4.34
Rubiaceae sp 2 5 0.55 0.29 0.31 0.39
Simira rubra (Mart.) Steyerm. 17 1.89 1.47 2.46 1.94
Rutaceae
Dictyoloma vardellianum Adr. Jun. 2 0.22 0.59 0.03 0.28
Salicaceae
Casearia pauciflora Cambess. 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Casearia sylvestris Sw. 5 0.55 1.47 1.58 1.20
Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 9 1.00 1.76 1.40 1.39
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 4 0.44 1.17 1.15 0.92
Sapotaceae
Chrysophyllum flexuosum Mart. 4 0.44 1.17 0.15 0.59
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. 3 0.33 0.59 0.14 0.35
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. 1 0.11 0.29 0.01 0.14
Pouteria filipes Eyma 5 0.55 0.59 0.29 0.48
Pouteria torta (Mart.) Radd. 1 0.11 0.29 0.09 0.17
Pradosia kuhmannii Toledo 3 0.33 0.88 1.05 0.75
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 1 0.11 0.29 0.24 0.21
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 44 4.88 1.76 7.00 4.55
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 3 0.33 0.88 0.23 0.48
Violaceae
Amphirrhox longifolia (A. St.-Hil.) Spreng. 13 1.44 0.59 1.00 1.01
Rinorea guianensis Aubl. 1 0.11 0.29 0.03 0.14
Indeterminadas
indet. 1 2 0.22 0.29 0.13 0.22
Indet. 2 1 0.11 0.29 0.11 0.17
Indet. 3 1 0.11 0.29 0.08 0.16
Total 902 100 100 100 100
122
Anexo 5: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na floresta de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq. 3 0.35 0.54 0.08 0.33
Annonaceae
Annona aff. cacans Warm. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Annona dolabripetala (Raddi) H.Rainer 4 0.46 0.54 0.36 0.45
Annona neolaurifolia H.Rainer 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Annona sylvatica A.St.-Hil. 5 0.58 0.82 0.28 0.56
Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. ex
Baill. 1 0.12 0.27 0.18 0.19
Duguetia sessilis (Vell.) Maas 5 0.58 0.27 0.08 0.31
Guatteria campestrisR.E.Fr. 3 0.35 0.54 0.67 0.52
Guatteria candolleana Schltdl. 2 0.23 0.27 0.77 0.43
Guatteria ferruginea A.St.-Hil. 2 0.23 0.54 0.37 0.38
Xylopia sericea A. St. -Hill. 9 1.05 0.54 1.10 0.90
Apocynaceae
Condylocarpon sp 1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.) Woodson 2 0.23 0.54 0.09 0.29
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Arecaceae
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 42 4.88 2.45 1.74 3.02
Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr. 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 5 0.58 0.54 0.49 0.54
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Handroanthus serratifolius (Vahl) S.Grose 3 0.35 0.27 0.27 0.30
Jacaranda macrantha Cham. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 7 0.81 0.82 2.21 1.28
Tabebuia cassinoides DC. 2 0.23 0.27 0.08 0.19
Burseraceae
Protium widgrenii Engl. 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 3 0.35 0.54 0.08 0.33
Celastraceae
Maytenus gonoclada Martius 2 0.23 0.27 1.00 0.50
Maytenus samydaeformis Reiss. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Chrysobalonaceae
Chrysobalanaceae sp 1 2 0.23 0.54 0.50 0.43
Couepia venosa Prance 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Licania octandra (Hoffmans ex Roem. & Shult.) kuntze 2 0.23 0.27 0.07 0.19
Licaria aff. armeniaca (Nees) Kosterm. 1 0.12 0.27 0.87 0.42
123
Licaria aff. bahiana Kurz 2 0.23 0.54 0.72 0.50
Licaria guianensis Aubl. 2 0.23 0.27 0.34 0.28
Clusiacea
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. &
Triana 2 0.23 0.54 0.07 0.28 Combretaceae
Terminalia januarensis DC. 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Dichapetalaceae
Stephanopodium estrellense Baill. 1 0.12 0.27 0.41 0.27
Elaiocarpaceae
Sloanea aff. garckeana K. Schum. 1 0.12 0.27 0.08 0.16
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Erythroxylum cuspidifolium Mart. 4 0.46 0.54 0.17 0.39
Euphorbiaceae
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 17 1.97 1.63 0.98 1.53
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 3 0.35 0.54 0.51 0.47
Euphorbiaceae sp 1 4 0.46 0.54 0.25 0.42
Mabea fistulifera Mart. 33 3.83 1.63 5.25 3.57
Sagotia racemosa Baill. 4 0.46 0.54 0.70 0.57
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 36 4.18 0.82 3.12 2.71
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 13 1.51 0.27 2.04 1.27
Fabaceae – caesalpinoideae
Copaifera langsdorffii Desf. 1 0.12 0.27 0.88 0.42
Peltogyne mattosiana Rizzini 1 0.12 0.27 0.57 0.32
Tachigali pilgeriana (Harms) L.G. Silva & H.C. Lima 2 0.23 0.54 0.17 0.32
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) Macbr. 2 0.23 0.54 0.17 0.32
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 7 0.81 1.09 2.25 1.38
Dalbergia lateriflora Benth. 1 0.12 0.27 0.39 0.26
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 7 0.81 0.54 1.60 0.99
Hymenolobium janeirense (Kulmann) H.C. Lima 1 0.12 0.27 0.05 0.15
Poecilanthe falcata (Vell.) Heringer 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Pterocarpus rohrii Vahl. 4 0.46 0.82 0.36 0.55
Swartzia apetala (Vog.) Cowan 4 0.46 0.82 0.07 0.45
Fabaceae – Mimosoideae
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record 3 0.35 0.82 0.17 0.44
Inga capitata Desv. 6 0.70 0.27 1.49 0.82
Inga laurina (Sw.) Willd 4 0.46 0.54 0.51 0.50
Plathymenia reticulata Benth. 8 0.93 1.09 2.34 1.45
Hypericaceae
Vismia aff. martiana Reichardt 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 16 1.86 0.82 0.53 1.07
Lauraceae
Aiouea aff. saligna Meisn. 4 0.46 0.27 1.99 0.91
Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Ocotea mandioccana Kosterm 1 0.12 0.27 0.03 0.14
124
Cryptocarya aff. moschata Nees & Mart. ex Nees 5 0.58 1.09 0.93 0.87
Cryptocarya saligna Mez 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Nectandra cissiflora Nees 1 0.12 0.27 0.32 0.24
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 1 0.12 0.27 0.08 0.15
Nectandra nitidula Nees & Mart. 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. 22 2.56 1.63 2.88 2.36
Nectandra puberula (Schott) Nees 4 0.46 0.27 0.53 0.42
Nectandra sp 1 1 0.12 0.27 0.13 0.17
Ocotea aff. indecora (Schott) Mez 2 0.23 0.27 1.63 0.71
Ocotea divaricata (Nees) Mez 3 0.35 0.54 0.13 0.34
Ocotea laxa (Nees) Mez 6 0.70 1.09 0.24 0.68
Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Ocotea scottii (Meissn.) Mez. 1 0.12 0.27 0.12 0.17
Ocotea sp 1 1 0.12 0.27 0.13 0.17
Rhodostemonodaphne macrocalyx (Meisn.)
Rohwer ex Madriñán 3 0.35 0.27 0.30 0.31
Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer 2 0.23 0.54 0.28 0.35
Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Lecythidaceae
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze j 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Couratari macrosperma A.C.Smith 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Lecythis aff. pisonis Cambess 2 0.23 0.54 0.03 0.27
Malpighiaceae
Heteropterys leschenaultiana A.Juss. 2 0.23 0.27 0.09 0.20
Malvaceae
Bombacopsis stenopetala Schum 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Eriotheca macrophylla (K.Shum) A.Robson 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns 1 0.12 0.27 2.64 1.01
Hydrogaster trinervis Kuhlm 1 0.12 0.27 0.08 0.16
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 1 0.12 0.27 0.34 0.24
Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 1 0.12 0.27 0.31 0.23
Melastomataceae
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 3 0.35 0.27 0.59 0.40
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 4 0.46 1.09 0.39 0.65
Miconia sp 1 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. subs. canjerana 2 0.23 0.54 1.14 0.64
Guarea guidonia (L.) Sleumer 3 0.35 0.54 0.07 0.32
Guarea macrophylla (Vell.) T. D. Penn. subs. tuberculata 4 0.46 0.82 0.12 0.47
Trichilia casaretti C. DC. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Trichilia lepidota (Harms) T. D. Penn. 9 1.05 1.09 1.91 1.35
Trichilia martiana C. Dc. 3 0.35 0.54 0.05 0.32
Trichilia sp 1 1 0.12 0.27 0.43 0.27
Monimiaceae
Macrotorus utriculatus Perkins 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Mollinedia aff. glabra (Spreng) Perkins 8 0.93 0.82 0.70 0.82
Mollinedia aff. schottiana (Spreng.) Perkins 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Mollinedia luisae Peixoto 2 0.23 0.27 0.04 0.18
Moraceae
125
Brosimum glaziovii Taub. 6 0.70 1.09 2.29 1.36
Brosimum guianense (Aubl.) Huber 5 0.58 0.82 0.21 0.54
Ficus gomelleira Kunth & Bouché ex Kunth 1 0.12 0.27 5.18 1.86
Ficus pulchella Schott 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 7 0.81 1.63 0.36 0.93
Naucleopsis oblongifolia (Kuhlm.) Carauta 3 0.35 0.27 0.63 0.42
Pseudolmedia laevis (Ruiz & Pav.) Macbr. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Sorocea guilleminiana Gaudich. 5 0.58 0.82 0.22 0.54
Sorocea hilarii Gaud. 1 0.12 0.27 0.02 0.13
Myristicaceae
Virola bicuhyba (Schott ex Spreng.) Warb. 2 0.23 0.54 0.19 0.32
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 4 0.46 0.82 0.70 0.66
Myrtaceae
Calyptranthes concinna DC. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Calyptranthes lucida Mart. ex DC. 3 0.35 0.54 0.07 0.32
Eugenia candolleana DC. 1 0.12 0.27 0.10 0.16
Eugenia aff. subterminalis DC. 1 0.12 0.27 0.08 0.16
Eugenia excelsa O Berg. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Eugenia macahensis O. Berg 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Eugenia biflora (L.) DC. 3 0.35 0.82 0.08 0.41
Eugenia mosenii (Kausel) Sobral 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Eugenia oblongata O. Berg 2 0.23 0.54 0.03 0.27
Eugenia sp 1 2 0.23 0.54 0.19 0.32
Eugenia sp 2 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Eugenia subundulata Kiaersk. 2 0.23 0.27 0.91 0.47
Eugenia supraaxillaris Spring 2 0.23 0.27 0.04 0.18
Eugenia villae-novae Kiarsk 3 0.35 0.27 0.05 0.22
Myrcia crocea Kiaersk. 1 0.12 0.27 0.20 0.20
Marlierea sp 1 2 0.23 0.27 1.08 0.53
Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk 5 0.58 0.82 0.53 0.64
Myrcia splendens (Sw.) DC. 20 2.32 1.09 1.30 1.57
Nyctaginaceae
Guapira areolata (Heimerl) Lundell 1 0.12 0.27 0.33 0.24
Guapira nitida (Schmidt) Lundell 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 15 1.74 1.36 2.47 1.86
Olacaceae
Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 11 1.28 1.36 2.98 1.87
Peraceae
Pera heteranthera (Schrank) I. M. Johnst. 2 0.23 0.54 0.05 0.28
Phyllanthaceae
Hyeronima alchorneoides Allemão 1 0.12 0.27 0.64 0.34
Hyeronima oblonga (Tul.) Müll. Arg. 3 0.35 0.27 0.21 0.28
Primulaceae
Cybianthus sp 1 1 0.12 0.27 0.03 0.14 Proteaceae
Roupala brasiliensis Klotzsch 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Roupala longepetiolada Pohl 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Quiinaceae
Quiina glaziovii Engl. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Rubiaceae
126
Bathysa mendoncaei K. Schum. 26 3.02 1.36 1.00 1.79
Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. 59 6.85 1.09 1.85 3.26
Coussarea megistophylla Standl. 4 0.46 0.27 0.10 0.28
Coussarea sp 1 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Coussarea triflora Müll. Arg. 2 0.23 0.54 0.03 0.27
Faramea multiflora A. Rich. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Ixora aff. Brevifolia Benth 1 0.12 0.27 0.09 0.16
Psycotria leiocarpa Cham & schltdl 2 0.23 0.27 0.06 0.19
Psychotria platypoda DC.. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Randia armata (Sw.) DC. 2 0.23 0.27 0.06 0.19
Rubiaceae sp 1 6 0.70 0.82 0.10 0.54
Rudgea coronata ( Vell) Mull. Arg. 3 0.35 0.54 0.05 0.32
Rudgea jasminoides (Cham.) Mull.Arg. 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Rudgea macrophylla Benth. 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Salicaceae
Banara serrata (Vell.) Warb. 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Casearia sylvestris Sw. 13 1.51 1.09 1.50 1.37
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 6 0.70 0.82 0.40 0.64
Cupania oblongifolia Mart. 5 0.58 0.54 0.32 0.48
Cupania racemosa (Vell.).Randlk 22 2.56 1.63 1.92 2.04
Cupania schizoneura Radlk. 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler) Engl. 4 0.46 0.54 0.17 0.39
Chysophyllum fexuosum Mart. 6 0.70 0.27 0.75 0.57
Ecclinusa ramiflora Mart. 7 0.81 1.09 0.87 0.92
Micropholis crassipedicellata (Mart. & Eichler
ex Miq.) Pierre 5 0.58 0.54 0.38 0.50
Micropholis gardneriana (A. DC.) Pierre 1 0.12 0.27 0.25 0.21
Pouteria bangii (Rusby) T.D. Penn. 1 0.12 0.27 0.08 0.16
Pouteria bullata (S.Moore) Baehni 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Pouteria aff. reticulata (Engl.) Eyma 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Pouteria sp 1 2 0.23 0.27 0.03 0.18
Pouteria torta (Mart.) Radd. 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Pradosia kuhlmannii Toledo 1 0.12 0.27 0.06 0.15
Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. 1 0.12 0.27 0.19 0.19
Sapotaceae sp 1 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Sapotaceae sp 2 1 0.12 0.27 0.12 0.17
Sapotaceae sp 3 1 0.12 0.27 0.48 0.29
Sapotaceae sp 4 1 0.12 0.27 0.11 0.16
Sarcaulus brasiliensis (A. DC.) Eyma 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Simaroubaceae
Simarouba amara Aubl. 1 0.12 0.27 0.40 0.26
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 5 0.58 0.82 0.08 0.49
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. 34 3.95 2.45 3.69 3.36
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 1 0.12 0.27 0.17 0.19
Solanaceae sp 1 1 0.12 0.27 0.20 0.19
127
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 2 0.23 0.27 0.04 0.18
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.12 0.27 0.20 0.20
Coussapoa microcarpa (Schott ) Rizzini 2 0.23 0.54 0.31 0.36
Pourouma guianensis Aubl. 3 0.35 0.54 0.28 0.39
Violaceae
Rinorea guianensis Aubl. 1 0.12 0.27 0.02 0.14
Indeterminadas
Indeterminado 4 1 0.12 0.27 0.37 0.25
Indeterminado 5 1 0.12 0.27 0.03 0.14
Indeterminado 6 1 0.12 0.27 0.20 0.20
Indeterminado 7 1 0.12 0.27 0.01 0.13
Indeterminado 8 2 0.23 0.27 0.07 0.19
Indeterminado 9 1 0.12 0.27 0.20 0.20
Morto 54 6.27 2.45 3.88 4.20
Total geral 861 100 100 100 100
128
Anexo 6: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas na floresta de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Espécies Famílias Ni Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq. 4 0.92 1.30 0.21 0.81
Annonaceae
Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. Ex. Baill. 1 0.23 0.43 0.14 0.27
Duguetia aff. lanceolata A.St.-Hil. 1 0.23 0.43 0.05 0.24
Duguetia sessilis (Vell.) Maas 8 1.83 0.43 3.52 1.93
Guateria latifolia (Mart.) R.E.Fries 1 0.23 0.43 0.03 0.23
Guatteria ferruginea A.St.-Hil. 2 0.46 0.87 0.17 0.50
Guatteria villasissima H.T.Hill 1 0.23 0.43 0.19 0.28
Xylopia sericea A. St. -Hill. 3 0.69 1.30 0.55 0.85
Apocynaceae
Aspidosperma discolor A.DC. 1 0.23 0.43 0.17 0.28
Condylocarpon sp 1 1 0.23 0.43 0.44 0.37
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 3 0.69 1.30 0.20 0.73
Ravoufia grandiflora Mart. Ex A. DC. 2 0.46 0.87 0.49 0.60
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 6 1.38 1.30 1.49 1.39
Araliaceae
Dendropanax cuneatum Decne e Planch. 15 3.43 1.30 2.24 2.32
Schefflera longipetiolata (Pohl ex DC) Fradin &
Fiasck 1 0.23 0.43 0.33 0.33
Arecaceae
Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret 7 1.60 0.43 2.23 1.42
Attalea humilis Mart. 4 0.92 0.43 1.53 0.96
Bignoniaceae
Adenocalymma subsessilifolium DC. 22 5.03 0.43 3.02 2.83
Cibistax antisyphiitica (Mart.) Mart. 1 0.23 0.43 0.79 0.48
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliense Cambess. 7 1.60 0.43 1.80 1.28
Celastraceae
Maytenus communis Reissek 1 0.23 0.43 0.05 0.24
Maytenus longifolia Reissek 7 1.60 1.30 1.42 1.44
Maytenus samydaeformis Reiss. 2 0.46 0.43 0.50 0.46
Salacia sp 1 1 0.23 0.43 0.06 0.24
Chrysobalonaceae
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. 1 0.23 0.43 0.44 0.37
Licania kunthiana Hook.f. 1 0.23 0.43 0.02 0.23
Licaria aff. armeniaca (Nees) Kosterm. 2 0.46 0.87 0.51 0.61
Licaria aff. bahiana Kurz 5 1.14 0.87 1.29 1.10
Clethraceae
Clethra scabra Pers. 1 0.23 0.43 0.61 0.43
129
Clusiaceae
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. & Triana 2 0.46 0.87 1.63 0.98
Combretaceae
Terminalia januariensis DC. 2 0.46 0.43 0.93 0.61
Elaiocarpaceae
Sloanea aff. garckeana K. Schum. 1 0.23 0.43 0.02 0.23
Sloanea hirsuta (Schott) Planch. ex Benth 1 0.23 0.43 0.21 0.29
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 1 0.23 0.43 0.24 0.30
Euphorbiaceae
Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. 2 0.46 0.43 1.63 0.84
Mabea fistulifera Mart. 5 1.14 0.43 2.67 1.42
Sagotia racemosa Baill. 1 0.23 0.43 0.30 0.32
Senefeldera verticillata (Vell.) Croizat 4 0.92 0.87 1.32 1.03
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 2 0.46 0.87 0.60 0.64
Fabaceae – Faboideae
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. 1 0.23 0.43 0.72 0.46
Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. 2 0.46 0.87 0.59 0.64
Machaerium brasiliense Vogel 2 0.46 0.43 0.82 0.57
Pterocarpus rohrii Vahl. 2 0.46 0.87 1.40 0.91
Swartzia apetala Raddi 2 0.46 0.43 0.55 0.48
Zollernia glabra (Spreng.) Yakovlev 6 1.37 1.74 1.51 1.54
Fabaceae – Mimosoideae
Inga capitata Desv. 1 0.23 0.43 0.79 0.48
Inga laurina (Sw.) Willd. 2 0.46 0.43 1.08 0.66
Inga striata Benth. 1 0.23 0.43 0.24 0.30
Peltophorium dubium (Spreng) Taub 3 0.69 0.43 0.79 0.64
Hypericaceae
Vismia aff. martiana Reichardt 1 0.23 0.43 0.14 0.27
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 1 0.23 0.43 0.19 0.28
Lauraceae
Cryptocarya aff. moschata Nees & Mart. ex Nees 1 0.23 0.43 0.10 0.25
Nectandra aff. cissiflora Nees 1 0.23 0.43 0.07 0.25
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 1 0.23 0.43 0.17 0.28
Nectandra oppositifolia Nees & Mart. 1 0.23 0.43 0.23 0.30
Ocotea aff. daphnifolia (Meisn.) Mez 1 0.23 0.43 0.12 0.26
Ocotea diospyrifolia (Meisn). Mez 1 0.23 0.43 0.01 0.22
Ocotea divaricata (Nees) Mez 2 0.46 0.43 0.48 0.46
Urbanodendron bahiense (Meisn.) Rohwer 1 0.23 0.43 0.61 0.43
Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez 1 0.23 0.43 0.18 0.28
Lecythidaceae
Cariniana aff. estrellensis(Raddi) Kuntze 3 0.69 0.87 0.82 0.79
Malpighiaceae
Heteropterys nitida (Lam.) DC. 1 0.23 0.43 0.15 0.27
130
Tetrapteryus sp 1 1 0.23 0.43 0.14 0.27
Malvaceae
Quararibea turbinata (Sw.) Poir. 1 0.23 0.43 0.32 0.33
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. subs. canjerana 5 1.14 1.30 1.19 1.21
Guarea guidonia (L.) Sleumer 6 1.37 1.30 1.97 1.55
Guarea macrophylla (Vell.) T. D. Penn. subs. Tuberculata 3 0.69 1.30 0.87 0.95
Trichilia aff. hirta L. 1 0.23 0.43 0.13 0.26
Trichilia casaretti C. DC. 3 0.69 1.30 0.12 0.70
Trichilia martiana C.DC. 8 1.83 2.17 1.50 1.84
Monimiaceae
Macrotorus utriculatus Perkins 2 0.46 0.43 0.52 0.47
Mollinedia aff. glabra (Spreng) Perkins 8 1.83 1.73 0.81 1.46
Mollinedia aff. schottiana (Spreng.) Perkins 3 0.69 1.30 0.45 0.82
Moraceae
Brosimum guianensi (Aubl.) Huber 4 0.92 1.30 0.09 0.77
Helicostylis tomentosa (Poepp. & Endl.) Rusby 15 3.43 2.61 2.78 2.94
Naucleopsis oblongifolia (Kuhlm.) Carauta 3 0.69 1.30 1.21 1.06
Sorocea guilleminiana Gaudich. 4 0.92 1.30 0.57 0.93
Sorocea hilarii Gaud. 1 0.23 0.43 0.27 0.31
Myristicaceae
Virola gardneri (A. DC.) Warb. 2 0.46 0.86 0.83 0.72
Myrtaceae
Calyptranthes aromatica A.St.-hil. 21 4.81 2.61 4.19 3.87
Calyptranthes brasiliensis Spreng 1 0.23 0.43 0.02 0.23
Calyptranthes lucida Mart. ex DC. 1 0.23 0.43 0.96 0.54
Eugenia magnifica Spring 1 0.23 0.43 0.40 0.35
Eugenia biflora (L.) DC. 1 0.23 0.43 0.12 0.26
Eugenia prasina O. Berg 3 0.69 1.30 0.56 0.85
Eugenia bunchosiifolia Nied 1 0.23 0.43 0.07 0.25
Eugenia sp 1 2 0.46 0.43 0.79 0.56
Myrcia aff. eriocalyx DC. 1 0.23 0.43 0.06 0.24
Marlieria tomentosa Cambess. 1 0.23 0.43 0.38 0.35
Myrcia splendens (Sw.) DC. 2 0.46 0.43 0.56 0.48
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 2 0.46 0.87 0.79 0.71
Olachaceae
Tetrastylidium grandifolium (Baill.) Sleumer 6 1.37 1.30 1.21 1.29
Peraceae
Pera heteranthera (Schrank) I. M. Johnst. 1 0.23 0.43 0.05 0.24
Phyllantaceae
Margaritaria nobilis L.F. 1 0.23 0.43 0.24 0.30
Phyllanthus juglandifolius Willd 1 0.23 0.43 0.10 0.25
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 9 2.06 0.87 2.81 1.91
131
Piper caldense C. DC. 2 0.46 0.87 0.20 0.51
Primulaceae
Cybianthus sp 1 1 0.23 0.43 0.15 0.27
Proteaceae
Roupala brasiliensis Klotzsch 1 0.23 0.43 0.32 0.33
Rubiaceae
Bathysa mendoncaei K. Shum. 6 1.37 0.43 1.98 1.26
Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. 5 1.14 1.30 1.89 1.45
Coussarea contracta (Walp.) Müll. Arg. 1 0.23 0.43 0.83 0.50
Coussarea sp 1 1 0.23 0.43 0.04 0.24
Faramea multiflora A. Rich. Ex DC. 10 2.29 1.30 1.08 1.56
Hamelia aff. patens Jacq. 4 0.92 1.30 0.45 0.89
Ixora sp. 1 1 0.23 0.43 0.10 0.25
Ixora gardneriana Benth 3 0.69 1.30 0.18 0.72
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz 2 0.46 0.43 0.37 0.42
Posoqueria sp 1 20 4.58 1.30 2.08 2.65
Psychotria nuda (Cham. & Schltdl.) Wawra 2 0.46 0.87 0.23 0.52
Psychotria racemosa (Aubl.) Raeusch. 3 0.69 0.87 0.50 0.69
Psychotria velloziana Benth. 1 0.23 0.43 0.06 0.24
Psycotria aff. mapourioides DC. 1 0.23 0.43 0.03 0.23
Psycotria leiocarpa Cham & schltdl 14 3.20 2.17 2.25 2.54
Rubiaceae sp 1 4 0.92 0.87 1.63 1.14
Salicaceae
Casearia commersoniana Cambess. 1 0.23 0.43 0.38 0.35
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 2 0.46 0.43 0.49 0.46
Cupania oblongifolia Mart. 4 0.92 0.87 0.85 0.88
Cupania racemosa (Vell.).Randlk 2 0.46 0.87 1.22 0.85
Sapotaceae
Chrysophyllum gonocarpum (Mart. & Eichler)
Engl 11 2.52 1.30 1.40 1.74
Chysophyllum fexuosum Mart. 5 1.14 1.30 0.80 1.08
Ecclinusa ramiflora Mart. 4 0.92 0.87 0.57 0.79
Pouteria bullata (S.Moore) Baehni 1 0.23 0.43 0.22 0.29
Pouteria caimito (Ruiz & Pav.) Radlk. 1 0.23 0.43 0.50 0.39
Pouteria filipes Eyma 1 0.23 0.43 0.42 0.36
Pouteria sp 1 1 0.23 0.43 0.75 0.47
Sapotaceae sp 1 1 0.23 0.43 0.20 0.29
Sapotaceae sp 2 1 0.23 0.43 0.24 0.30
Sapotaceae sp 3 1 0.23 0.43 0.34 0.34
Sarcaulus brasiliensis (A. DC.) Eyma 1 0.23 0.43 0.15 0.27
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 9 2.06 0.87 2.09 1.67
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. 3 0.69 0.87 0.29 0.62
Urticaceae
132
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.23 0.43 0.04 0.24
Violaceae
Amphirrhox longifolia (A.St.-Hil.) Spreng 1 0.23 0.43 0.27 0.31
Rinorea guianensis Aubl. 5 1.14 0.43 0.98 0.85
Cymbopetalum brasiliense (Vell.) Benth. Ex. Baill. 1 0.23 0.43 0.14 0.27
Indeterminadas
Indeterminada 10 1 0.23 0.43 0.42 0.36
Indeterminada 4 1 0.23 0.43 0.05 0.24
Indeterminada 5 1 0.23 0.43 0.06 0.24
Total geral 437 100 100 100 100
133
Anexo 7: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na área de regeneração natural de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N –
Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 4 1.00 1.74 0.37 1.04
Tapirira guianensis Aubl. 3 0.75 1.74 1.45 1.31
Annonaceae
Annona neolaurifolia H.Rainer 2 0.50 0.87 0.15 0.51
Xylopia sericea A. St.-Hil. 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Apocynaceae
Rauvolfia grandiflora Mart. ex A. DC. 1 0.25 0.87 0.23 0.45
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 5 1.25 4.35 0.43 2.01
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 3 0.75 1.74 0.36 0.95
Bignoniaceae
Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Bignoniaceae
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 3 0.75 1.74 0.23 0.91
Callophylaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Clethraceae
Clethra scabra Pers 1 0.25 0.87 0.17 0.43
Clusiaceae
Symphonia globulifera L.f. 1 0.25 0.87 0.04 0.39
Combretaceae
Terminalia catappa L. 1 0.25 0.87 0.09 0.40
Euphorbiaceae
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 1 0.25 0.87 0.03 0.38
Fabaceae – Caesalpinioideae
Tachigali paratyensis (Vell.) H.C. Lima 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Fabaceae – Faboideae
Dalbergia lateriflora Benth. 1 0.25 0.87 0.30 0.47
Erythrina speciosa Andr. 1 0.25 0.87 0.04 0.39
Pterocarpus rohrii Vahl. 1 0.25 0.87 0.10 0.41
Fabaceae – Mimosoideae
Mimosa bimucronata (DC.) Naudim 2 0.50 0.87 0.41 0.59
Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. 3 0.75 0.87 1.25 0.96
Lascistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 1 0.25 0.87 1.43 0.85
Lauraceae
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 28 7.00 6.09 3.38 5.49
134
Nectandra oppositifolia Nees 4 1.00 3.48 1.72 2.07
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 2 0.50 1.74 0.06 0.77
Melastomataceae
Henriettea saldanhei Cogn. 2 0.50 0.87 0.08 0.48
Miconia calvescens DC. 13 3.25 5.22 0.65 3.04
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Miconia prasina (Sw.) Dc. 12 3.00 4.35 0.42 2.59
Meliaceae
Cabralea canjerana (Vell.) Mart. subs.
Canjerana 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Cedrela odorata L. 4 1.00 1.74 0.38 1.04
Guarea guidonia (L.) Sleumer 226 56.50 7.83 78.63 47.65
Guarea macrophylla (Vell.) T. D. Penn. subs.
Tuberculata 1 0.25 0.87 0.08 0.40
Trichilia lepidota (Harms) T. D. Penn. 1 0.25 0.87 0.11 0.41
Trichilia martiana C.DC. 3 0.75 2.61 0.13 1.16
Moraceae
Ficus pulchella Schott 1 0.25 0.87 0.07 0.40
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 4 1.00 2.61 0.41 1.34
Myrtaceae
Campomanesia xantocarpa O. Berg 1 0.25 0.87 0.08 0.40
Eugenia villa-novae Kiarsk 1 0.25 0.87 0.34 0.49
Myrcia ilheosensis kiaersk. 1 0.25 0.87 0.03 0.38
Psidium guayava L. 1 0.25 0.87 0.03 0.38
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 1 0.25 0.87 0.03 0.38
Phyllantaceae
Margaritaria nobilis L. f. 1 0.25 0.87 0.11 0.41
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 2 0.50 0.87 0.05 0.47
Rubiaceae
Genipa americana L. 1 0.25 0.87 0.02 0.38
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz 12 3.00 0.87 0.28 1.38
Psychotria mapourioides DC. 1 0.25 0.87 0.06 0.39
Rutaceae
Citrus sp. 2 0.50 1.74 0.05 0.76
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 3 0.75 2.61 0.65 1.34
Sapindaceae
Allophylus petiolulatus Radlk. 1 0.25 0.87 0.04 0.39
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.25 0.87 0.03 0.38
Siparunaceae
135
Siparuna guianensis Aubl 2 0.50 1.74 0.09 0.78
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 8 2.00 4.35 1.95 2.77
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 2 0.50 1.74 0.17 0.80
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trec. 6 1.50 3.48 0.64 1.87
Pourouma guianensis Aubl. 1 0.25 0.87 0.09 0.40
Verbenaceae
Citharexylum myrianthum Cham. 1 0.25 0.87 1.30 0.81
Mortas 10 2.50 6.09 0.64 3.08
Total geral 400 100 100 100 100
136
Anexo 8: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas na área de regeneração natural de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa;
Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Família Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Astronium graveolens Jacq 3 0.39 0.78 0.06 0.41
Tapirira guianensis Aubl. 2 0.26 1.56 0.03 0.62
Annonaceae
Annona aff. mucosa Jacq. 1 0.13 0.78 0.33 0.41
Xylopia sericea A. St.-Hil. 5 0.65 1.56 1.87 1.36
Apocynaceae
Allamanda cathartica L. 1 0.13 0.78 0.09 0.33
Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.)
Woodson 1 0.13 0.78 0.69 0.54
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 1 0.13 0.78 0.06 0.32
Bignoniaceae
Handroanthus chrysothicus (Mart. Ex DC.) Mattos 1 0.13 0.78 0.17 0.36
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 2 0.26 0.78 0.94 0.66
Celastraceae
Maytenus samydaeformis Reissek 1 0.13 0.78 0.27 0.39
Clusiaceae
Symphonia globulifera L.f. 2 0.26 1.56 0.10 0.64
Euphorbiaceae
Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull.Arg. 1 0.13 0.78 0.00 0.31
Algernonia leandrii (Baill.) G.L. Webster 1 0.13 0.78 0.09 0.33
Fabaceae – Caesalpinioidea
Senna affinis (Benth.) H. S. Irwin & Barneby 2 0.26 1.56 0.14 0.65
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) Macbr. 1 0.13 0.78 0.13 0.35
Erythrina speciosa Andr. 1 0.13 0.78 0.33 0.41
Fabaceae – Mimosoideae
Inga edulis Mart. 1 0.13 0.78 0.03 0.31
Inga leptantha Benth. 1 0.13 0.78 0.01 0.31
Mimosa bimucronata (DC.) Naudim 1 0.13 0.78 0.07 0.33
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J. F. Macbr. 3 0.39 0.78 0.16 0.44
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 4 0.52 2.34 0.42 1.10
Lauraceae
Nectandra membranacea (Sw.) Griseb. 1 0.13 0.78 0.01 0.31
Nectandra oppositifolia Nees 39 5.10 6.25 6.26 5.87
Malpighiaceae
Bunchosia sp. 1 0.13 0.78 0.06 0.32
137
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 26 3.40 6.25 7.70 5.78
Trichilia martiana C.DC. 2 0.26 1.56 0.13 0.65
Monimiaeceae
Molinedia sp. 1 0.13 0.78 0.21 0.37
Mollinedia glabra (Spreng) Perkins 4 0.52 0.78 0.38 0.56
Mollinedia ovata Ruiz & Pav 29 3.79 3.91 4.93 4.21
Myrtaceae
Campomanesia xantocarpa O. Berg 1 0.13 0.78 0.01 0.31
Eugenia villanovae Kiaersk. 1 0.13 0.78 0.05 0.32
Myrcia splendens (Sw.) DC. 1 0.13 0.78 0.06 0.32
Nyctaginaceae
Guapira opposita (Vell.) Reitz. 12 1.57 3.13 1.38 2.02
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 1 0.13 0.78 0.08 0.33
Phyllantaceae
Margaritaria nobilis L. f. 2 0.26 1.56 0.19 0.67
Phyllanthus juglandifolius Willd 1 0.13 0.78 0.41 0.44
Phytolaccaceae
Phytolacca thyrsiflora Fenzl ex J.A. Schmidt 2 0.26 1.56 0.23 0.68
Piperaceaea
Piper arboreum Aubl. 288 37.65 7.03 36.61 27.10
Piper caldense C. DC. 198 25.88 7.03 18.43 17.12
Piper cf. crassinervium humb., Bonpl. & Kunth 8 1.05 1.56 0.16 0.92
Piper mollicomum Kunth 4 0.52 2.34 0.73 1.20
Rubiaceae
Bathysa mendoncaei K. Schum. 1 0.13 0.78 0.02 0.31
Faramea multiflora A. Rich. (var. salicifolia) 2 0.26 0.78 0.25 0.43
Genipa americanaL. 2 0.26 0.78 0.10 0.38
Miconia calvescens DC. 9 1.18 3.13 2.89 2.40
Miconia sp. 6 0.78 2.34 1.31 1.48
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.)
Roem. & Schultz 55 7.19 7.03 4.34 6.19
Psychotria aff. platypoda DC. 1 0.13 0.78 0.03 0.31
Psychotria racemosa (Aubl.) Raeusch. 1 0.13 0.78 0.04 0.32
Randia armata (Sw.) DC. 1 0.13 0.78 0.01 0.31
Rudgea umbrosa Müll. Arg. 1 0.13 0.78 0.11 0.34
Rutaceae
Citrus sp. 6 0.78 3.13 2.76 2.22
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 3 0.39 2.34 0.62 1.12
Sapindaceae
Allophylus petiolulatus Radlk. 3 0.39 1.56 0.66 0.87
Cupania oblongifolia Mart. 3 0.39 1.56 0.15 0.70
Siparunaceae
138
Siparuna guianensis Aubl. 12 1.57 2.34 2.47 2.13
Solanaceae
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 1 0.13 0.78 0.27 0.39
Total geral 765 100 100 100 100
139
Anexo 9: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas na área de regeneração natural de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa;
Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies Ni Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 1 0.15 2.22 0.10 0.82
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 1 0.15 2.22 0.09 0.82
Annonaceae
Xylopia sericea A. St.-Hil. 1 0.15 2.22 0.09 0.82
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A.DC.)
Woodson 1 0.15 2.22 0.45 0.94
Arecaceae
Attalea apoda Burret 1 0.15 2.22 0.15 0.84
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 609 89.03 20.00 91.25 66.76
Fabaceae - Mimosoideae
Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico 6 0.88 4.44 1.07 2.13
Inga laurina (Sw.) Willd. 3 0.44 2.22 0.40 1.02
Inga sp. 1 0.15 2.22 0.17 0.85
Stryphnodendron polyphyllum Mart. 1 0.15 2.22 0.05 0.81
Lauraceae
Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.)
Mez 2 0.29 4.44 0.35 1.70
Melastomataceae
Miconia albicans (Sw.) Triana 1 0.15 2.22 0.16 0.84
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 11 1.61 6.67 1.06 3.11
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 4 0.58 4.44 0.24 1.76
Moraceae
Brosimum guianense (Aubl.) Huber 1 0.15 2.22 0.07 0.81
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br.ex Roem. & Schult. 3 0.44 4.44 0.20 1.69
Myrtaceae
Eugenia villae-novae Kiarsk 1 0.15 2.22 0.07 0.81
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg 1 0.15 2.22 0.68 1.02
Myrcia splendens (Sw.) DC. 12 1.75 11.11 1.33 4.73
Psidium guajava L. 3 0.44 2.22 0.31 0.99
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 1 0.15 2.22 0.09 0.82
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 3 0.44 2.22 0.17 0.94
140
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 1 0.15 2.22 0.18 0.85
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.15 2.22 0.04 0.80
Mortas 14 2.05 6.67 1.21 3.31
Total geral 684 100 100 100 100
141
Anexo 10: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas na área de regeneração natural de morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa;
Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Família Espécies Ni Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 3 0.81 2.50 0.60 1.30
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 9 2.43 3.75 1.69 2.62
Annonaceae
Xylopia sericea A. St.-Hil. 4 1.08 3.75 0.10 1.64
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 1 0.27 1.25 0.04 0.52
Asteraceae
Baccharis dracunculifolia DC. 4 1.08 3.75 0.46 1.76
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 126 34.05 10.00 57.66 33.91
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. ex. DC. 2 0.54 2.50 0.41 1.15
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos. 1 0.27 1.25 0.07 0.53
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum 1 0.27 1.25 0.03 0.52
Boraginaceae
Cordia trichoclada DC. 3 0.81 1.25 0.86 0.97
Erythroxylaceae
Erythroxylum pulchrum A. St.-Hil. 1 0.27 1.25 0.23 0.58
Fabaceae - Mimosoideae
Plathymenia foliolosa Benth. 1 0.27 1.25 0.21 0.58
Lamiaceae
Vitex polygama Cham. 1 0.27 1.25 0.78 0.77
Lauraceae
Nectandra leucantha Nees 2 0.54 2.50 0.24 1.09
Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.) Mez 1 0.27 1.25 0.18 0.57
Lecythidaceae
Lecythidaceae sp. 1 1 0.27 1.25 0.44 0.65
Melastomataceae
Miconia albicans (Sw.) Triana 79 21.35 11.25 19.71 17.44
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 19 5.14 5.00 3.37 4.50
Miconia latecrenata Triana 38 10.27 6.25 1.87 6.13
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 2 0.54 2.50 0.80 1.28
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R.Br.ex Roem. & Schult. 9 2.43 6.25 1.29 3.32
Myrtaceae
Calyptranthes brasiliensis Spreng. 1 0.27 1.25 0.03 0.52
Myrcia splendens (Sw.) DC. 5 1.35 3.75 0.55 1.88
142
Myrtaceae sp.4 2 0.54 1.25 0.33 0.71
Psidium guineense Sw. 18 4.86 7.50 2.62 5.00
Syzygium cumini (L.) Skeels 2 0.54 1.25 0.12 0.64
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 1 0.27 1.25 0.10 0.54
Rubiaceae
Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) k. Schum. 1 0.27 1.25 0.07 0.53
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 2 0.54 1.25 1.49 1.09
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 26 7.03 7.50 2.91 5.81
Solanaceae
Solanum swartzianum Roem & Schultz 2 0.54 1.25 0.17 0.65
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 2 0.54 1.25 0.59 0.79
Total geral 370 100.00 100 100 100
143
Anexo 11: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas plantio 1 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de
valor de importância.
Famílias Espécies Ni Dri Fri DoRi IVI
Annonaceae
Xylopia sericea A. St.-Hil. 10 0.77 1.17 0.22 0.72
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 4 0.31 0.52 0.42 0.42
Bignoniaceae
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos. 1 0.08 0.13 0.02 0.08
Jacaranda macrantha Cham. 2 0.15 0.26 0.05 0.16
Cannabaceae
Trema micrantha (L.) Blume 1 0.08 0.13 0.02 0.08
Dicksoniaceae
Dicksonia sp. 3 0.23 0.39 0.08 0.23
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 7 0.54 0.91 0.29 0.58
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 1 0.08 0.13 0.02 0.07
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 1 0.08 0.13 0.03 0.08
Fabaceae - Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 8 0.62 0.91 0.16 0.56
Andira fraxinifolia Benth. 8 0.62 0.91 0.14 0.56
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi & H.
C. Lima 15 1.16 1.69 0.39 1.08
Machaerium brasiliense Vog. 1 0.08 0.13 0.02 0.07
Swartzia flaemingii Raddi 3 0.23 0.39 0.37 0.33
Fabaceae - Mimosoideae
Inga edulis Mart. 247 19.10 14.79 29.94 21.28
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze. 7 0.54 0.91 0.34 0.60
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. 1 0.08 0.13 0.08 0.10
Lamiaceae
Aegiphila vitelliniflora Klotzsch ex Walp. 1 0.08 0.13 0.01 0.07
Vitex polygama Cham. 1 0.08 0.13 0.02 0.08
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 25 1.93 2.72 0.73 1.80
Nectandra oppositifolia Nees 29 2.24 3.11 0.59 1.98
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 61 4.72 7.78 7.39 6.63
Melastomataceae
Miconia calvescens DC. 1 0.08 0.13 0.02 0.07
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 2 0.15 0.26 0.03 0.15
Miconia latecrenata Triana 28 2.17 2.85 0.54 1.85
144
Miconia lepidota DC 1 0.08 0.13 0.06 0.09
Miconia prasina (Sw.) DC. 71 5.49 6.23 1.53 4.42
Miconia serrulata (DC.) Naudin 1 0.08 0.13 0.02 0.08
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 362 28.00 15.69 29.86 24.52
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 144 11.14 9.99 15.87 12.33
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 32 2.47 3.63 1.16 2.42
Myrtaceae
Eugenia florida DC. 4 0.31 0.52 0.04 0.29
Myrcia splendens (Sw.) DC. 7 0.54 0.91 0.16 0.54
Psidium guayava L. 1 0.08 0.13 0.05 0.09
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 2 0.15 0.26 0.02 0.15
Rubiaceae
Psychotria sp. 2 2 0.15 0.26 0.04 0.15
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 2 0.15 0.26 0.18 0.20
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 1 0.08 0.13 0.01 0.07
Sapindaceae
Cupania oblingifolia Mart. 14 1.08 1.82 0.29 1.06
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 1 0.08 0.13 0.11 0.11
Cestrum axillare Vell. 3 0.23 0.39 0.11 0.24
Solanum swartzianum Roem & Schultz 3 0.23 0.39 0.18 0.27
Solanum pseudoquina A.St.-Hill. 6 0.46 0.78 0.17 0.47
Symplocaceae
Symplocos estrellensis Casar. 1 0.08 0.13 0.04 0.08
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 60 4.64 5.06 2.87 4.19
Cecropia pachystachya Trécul 57 4.41 5.97 2.25 4.21
Verbenaceae
Citharexylum myrianthum Cham. 8 0.62 1.04 0.63 0.76
Mortas 42 3.25 5.32 2.42 3.66
Total 1293 100 100 100 100
145
Anexo 12: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio 1 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI
– Índice de valor de importância.
Famílias Espécies Ni Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 1 0.33 0.87 0.49 0.56
Annonaceae
Annona sp. 1 0.33 0.87 0.08 0.42
Xylopia sericea A. St.-Hil. 4 1.31 3.48 0.14 1.64
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 1 0.33 0.87 1.56 0.92
Asteraceae
Vernonanthura petiolaris (DC.) H.Rob. 1 0.33 0.87 0.05 0.41
Bignoniaceae
Jacaranda macrantha Cham. 1 0.33 0.87 0.90 0.70
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliense Cambess. 1 0.33 0.87 0.05 0.42
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 9 2.94 5.22 2.11 3.42
Fabaceae-Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 1 0.33 0.87 0.22 0.47
Andira fraxinifolia Benth. 1 0.33 0.87 1.10 0.76
Fabaceae-Mimosoideae
Inga edulis Mart. 2 0.65 0.87 1.40 0.98
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 3 0.98 1.74 0.17 0.96
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke 5 1.63 4.35 1.07 2.35
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 9 2.94 2.61 3.03 2.86
Nectandra oppositifolia Nees 9 2.94 3.48 1.81 2.74
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 1 0.33 0.87 0.33 0.51
Melastomataceae
Miconia latecrenata Triana 10 3.27 5.22 1.33 3.27
Miconia prasina (Sw.) DC. 19 6.21 6.09 9.42 7.24
Miconia serrulata (DC.) Naudin 4 1.31 2.61 2.24 2.05
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 8 2.61 3.48 5.13 3.74
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 52 16.99 9.57 26.44 17.66
Myrsinaceae
146
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 6 1.96 1.74 0.76 1.49
Myrtaceae
Myrcia racemosa (O.Berg) Kiaersk. 6 1.96 1.74 0.19 1.30
Peraceae
Pera glabrata (Schott.) Baill 1 0.33 0.87 0.12 0.44
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 79 25.82 9.57 27.86 21.08
Piper caldense C. DC. 26 8.50 6.09 4.59 6.39
Piper aff. crassinervium Humb. Bonpl. & Kunth 3 0.98 0.87 0.19 0.68
Piper mollicomum Kunth 12 3.92 6.09 1.81 3.94
Rubiaceae
Faramea aff. multiflora A. Rich. ex DC. 2 0.65 0.87 0.18 0.57
Psycotria velloziana Benth. & Kunth 3 0.98 1.74 0.17 0.96
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 4 1.31 1.74 0.51 1.18
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 1 0.33 0.87 0.03 0.41
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 1 0.33 0.87 0.09 0.43
Cupania oblingifolia Mart. 3 0.98 0.87 0.50 0.78
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 4 1.31 2.61 0.83 1.58
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 2 0.65 1.74 0.41 0.93
Solanum swartzianum Roem & Schultz 1 0.33 0.87 0.04 0.41
Urticaceae
Cecropia glaziovi Snethlage 4 1.31 0.87 0.76 0.98
Cecropia pachystachya Trécul 5 1.63 3.48 1.91 2.34
306 100 100 100 100
147
Anexo 13: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas plantio 2 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de
valor de importância.
Famílias Espécies Ni Dri Fri Dori Ivi
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 12 0.66 1.12 0.40 0.72
Tapirira guianensis Aubl. 48 2.62 3.46 1.66 2.58
Annonaceae
Annona neolaurifolia H.Rainer 2 0.11 0.10 0.09 0.10
Xylopia sericea A. St.-Hil. 7 0.38 0.71 0.13 0.41
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 2 0.11 0.20 0.14 0.15
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos. 10 0.55 0.51 0.17 0.41
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 49 2.67 3.46 6.51 4.22
Burseraceae
Protium widgrenii Engl. 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 2 0.11 0.20 0.02 0.11
Cannabaceae
Trema micrantha (L.) Blume 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 10 0.55 0.92 0.36 0.61
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 5 0.27 0.51 0.05 0.28
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 31 1.69 2.65 1.09 1.81
Andira fraxinifolia Benth. 9 0.49 0.81 0.38 0.56
Clitoria fairchildiana R.A.Howard 1 0.05 0.10 0.06 0.07
Erythrina speciosa Andrews 1 0.05 0.10 0.03 0.06
Lonchocarpus cultratus Vell. 31 1.69 2.24 1.15 1.69
Fabaceae – Mimosoideae
Inga edulis Mart. 122 6.66 7.64 9.82 8.04
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 20 1.09 1.83 1.19 1.37
Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke Cham. 4 0.22 0.41 0.07 0.23
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 10 0.55 0.81 0.27 0.54
Nectandra oppositifolia Nees 51 2.78 4.07 1.82 2.89
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 120 6.55 6.72 13.46 8.91
148
Melastomataceae
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 17 0.93 1.43 0.50 0.95
Miconia prasina (Sw.) DC. 152 8.30 7.33 2.32 5.98
Miconia staminea (Desr.) DC. 16 0.87 1.53 0.28 0.89
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 57 3.11 4.07 6.73 4.64
Meliaceae
Guarea guidonea (L.) Sleumer 498 27.18 12.42 27.08 22.23
Moraceae
Ficus sp 1 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 56 3.06 4.18 1.60 2.94
Myrtaceae
Campomanesia xanthocarpa O berg. 1 0.05 0.10 0.00 0.05
Eugenia florida DC. 2 0.11 0.20 0.02 0.11
Psidium guayava L. 8 0.44 0.51 0.16 0.37
Olacaceae
Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer 1 0.05 0.10 0.01 0.05
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Rubiaceae
Genipa americana L. 6 0.33 0.61 0.16 0.37
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 5 0.27 0.51 0.08 0.29
Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 3 0.16 0.31 0.03 0.17
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 8 0.44 0.41 0.49 0.45
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 8 0.44 0.81 0.10 0.45
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Cestrum axillare Vell. 4 0.22 0.41 0.05 0.23
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 5 0.27 0.51 0.09 0.29
Symplocaceae
Symplocos estrellensis Casar. 1 0.05 0.10 0.01 0.06
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 112 6.11 7.33 3.59 5.68
Cecropia pachystachya Trécul 2 0.11 0.20 0.02 0.11
Verbenaceae
Citharexylum myrianthum Cham 204 11.14 10.69 11.93 11.25
Morto 111 6.06 6.92 5.80 6.26
Total geral 1831 100 100 100 100
149
Anexo 14: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio 2 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa;
e IVI – Índice de valor de importância.
Família Espécies Ni Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 10 1.82 4.00 3.24 3.02 Annonaceae
Guatteria australis A. St. Hill 6 1.09 3.43 0.26 1.59
Annona laurifolia Schltdl. 1 0.18 0.57 0.09 0.28
Apocynaceae
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 3 0.55 1.14 0.08 0.59 Bignoniaceae
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 1 0.18 0.57 0.86 0.54 Burseraceae
Protium spruceanum (Benth.) Engl. 2 0.36 1.14 0.77 0.76 Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 11 2.00 3.43 0.42 1.95
Clusiaceae
Garcinia gardneriana (Planch. & Triana) Zappi 48 8.73 3.43 4.25 5.47
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. & Triana 3 0.55 1.71 0.25 0.84
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 3 0.55 1.14 0.40 0.69
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 1 0.18 0.57 0.08 0.28
Fabaceae-Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 3 0.55 1.14 0.33 0.67
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi & H.
C. Lima 2 0.36 1.14 0.43 0.65 Fabaceae-Mimosoideae
Inga laurina (Sw.) Willd. 1 0.18 0.57 0.11 0.29 Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 1 0.18 0.57 0.03 0.26
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.)
Kosterm. 7 1.27 2.86 1.65 1.93
Nectandra oppositifolia Nees 13 2.36 5.14 1.98 3.16 Magnoliaceae
Magnolia ovata St. Hil. 1 0.18 0.57 0.04 0.26 Melastomataceae
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 3 0.55 1.71 1.12 1.13
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 3 0.55 0.57 1.63 0.92
Miconia prasina (Sw.) DC. 26 4.73 5.71 9.44 6.63
Miconia serrulata (DC.) Naudin 51 9.27 4.57 13.47 9.10
Miconia staminea (Desr.) DC. 1 0.18 0.57 0.03 0.26
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 1 0.18 0.57 0.11 0.29 Meliaceae
Guarea guidonea (L.) Sleumer 84 15.27 6.86 21.24 14.46
150
Monimiaceae
Mollinedia shottiana (Spreng.) Perkins 1 0.18 0.57 0.09 0.28 Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 5 0.91 1.71 1.69 1.44
Myrtaceae
Campomanesia xantocarpa O. Berg 1 0.18 0.57 0.00 0.25
Eugenia florida DC. 10 1.82 3.43 0.67 1.97
Myrcia racemosa (O.Berg.) Kiaersk. 27 4.91 5.71 1.28 3.97
Myrcia spectabilis DC. 2 0.36 1.14 0.20 0.57
Myrcia splendens (Sw.) DC. 1 0.18 0.57 0.01 0.26
Syzygium jambos (L.) Alston 3 0.55 1.71 0.34 0.87 Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 1 0.18 0.57 0.51 0.42 Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 113 20.55 6.86 20.60 16.00
Piper caldense C. DC. 53 9.64 6.29 3.73 6.55
Piper aff. crassinervium Bonpl. & Kunth 17 3.09 4.57 2.25 3.30
Piper mollicomum Kunth 7 1.27 2.86 0.29 1.47 Rubiaceae
Coussarea aff. contracta (Walp.) Müll. Arg. 1 0.18 0.57 0.05 0.27
Genipa americana L. 1 0.18 0.57 0.15 0.30
Psychotria aff. platypoda DC. 2 0.36 1.14 0.04 0.52
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 2 0.36 0.57 0.59 0.51 Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 2 0.36 1.14 0.35 0.62 Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 6 1.09 2.29 2.06 1.81
Siparuna reginae (Tul.) A.DC. 2 0.36 0.57 0.12 0.35 Solanaceae
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 2 0.36 1.14 0.87 0.79 Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 4 0.73 1.14 1.73 1.20
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.18 0.57 0.09 0.28
550 100 100 100 100
151
Anexo 15: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas no plantio 6 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 84 4.92 2.90 4.68 4.17
Annonaceae
Annona dolabripetala (Raddi) H.Rainer 4 0.23 0.58 0.30 0.37
Xylopia sericea A. St.-Hil. 3 0.18 0.44 0.08 0.23
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 15 0.88 1.89 0.72 1.16
Bignoniaceae
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
Schum. 9 0.53 1.31 1.08 0.97
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 38 2.23 3.63 1.07 2.31
Cannabaceae
Trema micrantha (L.) Blume 3 0.18 0.29 0.07 0.18
Caricaceae
Jacaratia spinosa (Aubl.) A DC. 21 1.23 1.60 7.55 3.46
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa Poepp. & Engl. 2 0.12 0.29 0.03 0.15
Fabaceae – Caesalpinoieae
Copaifera longsdorffii Desf. 111 6.51 9.14 3.71 6.45
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 1 0.06 0.15 0.01 0.07
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 71 4.16 5.22 2.23 3.87
Fabaceae – Mimosoideae
Inga edulis Mart. 118 6.92 6.10 9.20 7.40
Inga laurina (Sw.) Willd. 229 13.42 5.37 19.99 12.93
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 2 0.12 0.29 0.17 0.19
Plathymenia reticulata Benth. 4 0.23 0.58 0.44 0.42
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke
Cham. 1 0.06 0.15 0.01 0.07
Vitex polygama Cham. 1 0.06 0.15 0.01 0.07
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 3 0.18 0.29 0.06 0.18
Lauraceae
Nectandra oppositifolia Nees 16 0.94 1.74 0.36 1.01
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 87 5.10 5.81 7.34 6.08
152
Melastomataceae
Miconia prasina (Sw.) DC. 49 2.87 4.21 0.71 2.60
Miconia staminea (Desr.) DC. 9 0.53 1.16 0.17 0.62
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 414 24.27 14.22 19.83 19.44
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 5 0.29 0.44 0.14 0.29
Myrtaceae
Myrcia splendens (Sw.) DC. 3 0.18 0.44 0.05 0.22
Phyllanthaceae
Margaritaria nobilis L. f. 72 4.22 4.21 1.50 3.31
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 4 0.23 0.58 0.05 0.29
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 10 0.59 1.02 0.52 0.71
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 3 0.18 0.44 0.08 0.23
Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.06 0.15 0.01 0.07
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 2 0.12 0.29 0.02 0.14
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 10 0.59 1.16 0.84 0.86
Cestrum axillare Vell. 2 0.12 0.29 0.04 0.15
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 8 0.47 1.02 0.15 0.54
Solanum swartzianum Roem & Schultz 1 0.06 0.15 0.11 0.11
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 2 0.12 0.15 0.06 0.11
Cecropia hololeuca Miq. 3 0.18 0.44 0.40 0.34
Cecropia pachystachya Trécul 50 2.93 4.50 1.63 3.02
Verbenaceae
Citharexylum myrianthum Cham. 105 6.15 6.82 8.41 7.13
Morta 130 7.62 10.45 6.17 8.08
Total geral 1706 100 100 100 100
153
Anexo 16: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 6 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI –
Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 2 0.18 1.44 0.02 0.55
Annonaceae
Annona neolaurifolia H.Rainer. 1 0.09 0.72 0.41 0.41
Xylopia sericea A. St.-Hil. 1 0.09 0.72 0.03 0.28
Apocynaceae
Tabernaemontana catharinensis A.DC. 1 0.09 0.72 0.02 0.28
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 6 0.55 4.32 0.79 1.88
Bignoniaceae
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. 1 0.09 0.72 0.02 0.28
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.Schum. 1 0.09 0.72 0.01 0.27
Caricaceae
Jacaratia spinosa (Aubl.) A DC. 1 0.09 0.72 0.15 0.32
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. 1 0.09 0.72 0.03 0.28
Algernonia leandrii (Baill.) G.L.Webster 1 0.09 0.72 0.02 0.28
Fabaceae-Caesalpinoideae
Copaifera longsdorffii Desf. 5 0.46 2.88 0.80 1.38
Fabaceae-Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 1 0.09 0.72 0.07 0.29
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 26 2.37 4.32 1.79 2.83
Fabaceae-Mimosoideae
Inga edulis Mart. 1 0.09 0.72 0.31 0.37
Inga laurina (Sw.) Willd. 1 0.09 0.72 0.33 0.38
Piptadenia gonoacantha J.F.Macbr 1 0.09 0.72 0.03 0.28
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 1 0.09 0.72 0.15 0.32
Nectandra oppositifolia Nees 22 2.01 3.60 2.38 2.66
Melastomataceae
Henriettea saldanhei Cogn. 14 1.28 4.32 1.48 2.36
Miconia prasina (Sw.) DC. 15 1.37 5.04 3.02 3.14
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 219 19.96 8.63 33.04 20.55
Moraceae
Sorocea guilleminiana Gaudich. 1 0.09 0.72 0.07 0.29
Myrtaceae
Eugenia florida DC. 2 0.18 0.72 0.12 0.34
Myrcia splendens (Sw.) DC. 6 0.55 3.60 0.73 1.63
154
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Poepp. Ex Baill. 1 0.09 0.72 0.05 0.29
Phyllanthaceae
Margaritaria nobilis L. f. 14 1.28 2.16 5.98 3.14
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 312 28.44 8.63 30.36 22.48
Piper caldense C. DC. 364 33.18 8.63 12.92 18.24
Piper aff. crassinervium Kunth 6 0.55 2.16 0.67 1.12
Piper mollicomum Kunth 22 2.01 6.47 2.00 3.49
Rubiaceae
Coutaria hexandra (Jack) k. Sch. 1 0.09 0.72 0.10 0.30
Genipa americanaL. 1 0.09 0.72 0.10 0.30
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Schultz 23 2.10 7.19 0.55 3.28
Psychotria vellosiana Benth. 1 0.09 0.72 0.07 0.29
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 2 0.18 1.44 0.26 0.63
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 2 0.18 1.44 0.04 0.55
Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 3 0.27 2.16 0.32 0.92
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 12 1.09 6.47 0.27 2.61
Symplocaceae
Symplocos variabilis Mart. ex Miq. 1 0.09 0.72 0.25 0.35
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.09 0.72 0.24 0.35
Total Geral 1097 100 100 100 100
155
Anexo 17: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas no plantio 7 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 68 4.35 5.09 1.65 3.70
Tapirira guianensis Aubl. 122 7.80 8.18 8.02 8.00
Annonaceae
Annona aff. mucosa Jacq. 5 0.32 0.40 0.09 0.27
Xylopia sericea A. St.-Hil. 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Arecaceae
Euterpe edulis Mart. 17 1.09 1.61 0.33 1.01
Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb.
Rodr. 2 0.13 0.13 0.01 0.09
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 2 0.13 0.27 0.01 0.14
Bignoniaceae
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.
Schum. 113 7.22 4.96 12.72 8.30
Burseraceae
Protium widgrenii Engl. 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliensis Cambess. 72 4.60 3.22 1.63 3.15
Cannabaceae
Trema micrantha (L.) Blume 4 0.26 0.40 0.06 0.24
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 81 5.18 5.90 5.80 5.62
Alchornea triplinervia (Spreng.) Müll. Arg. 1 0.06 0.13 0.03 0.07
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Fabaceae – Caesalpinoideae
Tachigali paratyensis (Vell.) Lima 8 0.51 0.94 0.28 0.58
Fabaceae – Faboideae
Andira fraxinifolia Benth. 1 0.06 0.13 0.20 0.13
Centrosema pubescens Benth. 2 0.13 0.13 0.01 0.09
Lonchocarpus cultratus Vell. 20 1.28 1.47 0.38 1.04
Fabaceae – Mimosoideae
Inga edulis Mart. 6 0.38 0.67 0.15 0.40
Inga laurina (Sw.) Willd. 217 13.87 11.26 7.82 10.98
Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze 9 0.58 0.80 0.22 0.53
Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. 1 0.06 0.13 0.02 0.07
Plathymenia reticulata Benth. 9 0.58 1.07 1.02 0.89
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson 2 0.13 0.27 0.01 0.14
Lauraceae
156
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Nectandra oppositifolia Nees 5 0.32 0.67 0.04 0.34
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.
Robyns 61 3.90 6.70 4.03 4.88
Melastomataceae
Miconia calvescens DC. 6 0.38 0.80 0.08 0.42
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 2 0.13 0.27 0.01 0.14
Miconia prasina (Sw.) DC. 33 2.11 3.62 0.28 2.00
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 15 0.96 0.94 0.95 0.95
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 265 16.93 12.87 19.44 16.41
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &
Schult. 5 0.32 0.67 0.13 0.37
Myrtaceae
Psidium guayava L. 3 0.19 0.40 0.14 0.25
Phytolaccaceae
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms 2 0.13 0.13 0.02 0.09
Piperaceae
Piper sp 1 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Rhamnaceae
Gouanea sp 1 2 0.13 0.27 0.02 0.14
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 2 0.13 0.27 0.03 0.14
Sapindaceae
Cupania oblingifolia Mart. 1 0.06 0.13 0.10 0.10
Solanaceae
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Solanum aff. pseudoquina A.St.-Hill. 14 0.89 1.34 0.44 0.89
Solanum sp 1 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Styracaceae
Styrax sp. 1 0.06 0.13 0.01 0.07
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 4 0.26 0.54 0.28 0.36
Cecropia pachystachya Trécul 26 1.66 3.08 1.11 1.95
Verbenaceae
Citharexylum myrianthum Cham. 284 18.15 12.33 29.73 20.07
Morta 65 4.15 6.70 2.64 4.50
Total 1565 100 100 100 100
157
Anexo 18: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 7 na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 2 0.41 1.74 1.16 1.10
Tapirira guianensis Aubl. 7 1.44 5.22 2.43 3.03
Annonaceae
Annona mucosa Jacq. 1 0.21 0.87 0.01 0.36
Annona neolaurifolia H. Rainer 2 0.41 0.87 0.50 0.60
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 4 0.82 2.61 0.70 1.38
Calophyllaceae
Calophyllum brasiliense Cambess. 1 0.21 0.87 0.71 0.59
Cannabaceae
Trema micrantha (L.) Blume 3 0.62 1.74 1.27 1.21
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 6 1.24 4.35 0.61 2.06
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 4 0.82 3.48 0.33 1.54
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi & H. C. Lima 1 0.21 0.87 0.14 0.41
Fabaceae – Mimosoideae
Inga edulis Mart. 3 0.62 2.61 2.06 1.76
Inga laurina (Sw.) Willd. 2 0.41 1.74 0.86 1.00
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.)
Kosterm. 2 0.41 0.87 0.59 0.62
Nectandra oppositifolia Nees 9 1.86 5.22 0.83 2.63
Melastomataceae
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 3 0.62 0.87 1.17 0.89
Miconia prasina (Sw.) Dc. 21 4.33 4.35 10.09 6.25
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 59 12.16 9.57 17.95 13.23
Trichilia martiana C.DC. 3 0.62 2.61 0.13 1.12
Monimiaceae
Mollinedia glabra (Spreng) Perkins 1 0.21 0.87 0.21 0.43
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &
Schult. 2 0.41 1.74 0.47 0.87 Myrtaceae
Eugenia florida DC. 1 0.21 0.87 0.10 0.39
Psidium guayava L. 1 0.21 0.87 0.13 0.40
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 124 25.57 10.43 34.93 23.64
Piper caldense C. DC. 158 32.58 10.43 13.45 18.82
Piper aff. crassinervium Bonpl. & Kunth 36 7.42 6.96 5.59 6.66
158
Piper mollicomum Kunth 1 0.21 0.87 0.01 0.36
Piper sp1 1 0.21 0.87 0.05 0.38
Rubiaceae
Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz 14 2.89 6.09 0.48 3.15
Posoqueria latifolia (Rudge) Schult 1 0.21 0.87 0.40 0.49
Rutaceae
Citrus sp1 1 0.21 0.87 0.10 0.39
Salicaceae
Casearia sylvestris Sw. 2 0.41 1.74 0.10 0.75
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 1 0.21 0.87 0.49 0.52
Solanaceae
Solanum pseudoquina A.St.-Hill. 8 1.65 5.22 1.94 2.93
485 100 100 100 100
159
Anexo 19: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas plantio11, em morrote na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 2 0.38 0.69 0.14 0.41
Tapirira guianensis Aubl. 3 0.57 1.04 0.24 0.62
Annonaceae
Guatteria campestris R.E.Fr. 1 0.19 0.35 0.09 0.21
Xylopia sericea A. St.-Hil. 19 3.62 4.86 2.36 3.61
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 7 1.33 2.08 0.25 1.22
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 107 20.38 14.93 18.03 17.78
Bignoniaceae
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos 10 1.90 3.12 0.31 1.78
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 2 0.38 0.35 0.07 0.27
Erythroxylaceae
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. 1 0.19 0.35 0.03 0.19
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 1 0.19 0.35 0.05 0.19
Fabaceae – Caesalpinoideae
Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex
Benth. 11 2.10 3.12 0.61 1.94
Fabaceae – Faboidea
Apuleia leiocarpa J. Macbr. 1 0.19 0.35 0.48 0.34
Myrocarpus frondosus Allemão 2 0.38 0.35 0.22 0.32
Fabaceae – Mimosoideae
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record 13 2.48 2.08 11.70 5.42
Inga edulis Mart. 1 0.19 0.35 0.04 0.19
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. 117 22.29 12.15 24.47 19.64
Plathymenia reticulata Benth. 4 0.76 1.04 0.96 0.92
Pipetadenia paniculata Benth 15 2.86 3.82 10.75 5.81
Hypericaceae
Vismia aff. martiana Reichardt 2 0.38 0.69 0.06 0.38
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson 5 0.95 1.39 0.52 0.95
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 32 6.10 6.25 4.42 5.59
Nectandra oppositifolia Nees 40 7.62 7.29 5.86 6.92
Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. 1 0.19 0.35 0.16 0.23
160
Robyns
Melastomataceae
Miconia albincans (Sw.) Triana 1 0.19 0.35 0.03 0.19
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 14 2.67 4.51 0.92 2.70
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 4 0.76 0.69 0.18 0.55
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 1 0.19 0.35 0.03 0.19
Myrtaceae
Eugenia villae-novae Kiarsk 7 1.33 2.08 1.61 1.68
Myrcia splendens (Sw.) DC. 19 3.62 3.82 3.03 3.49
Psidium guayava L. 4 0.76 1.39 0.65 0.93
Rutaceae
Dictyoloma vardellianum Adr. Jun. 1 0.19 0.35 0.03 0.19
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 26 4.95 5.56 2.68 4.40
Sapidaceae
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.19 0.35 0.03 0.19
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 12 2.29 2.78 1.31 2.12
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 2 0.38 0.69 0.42 0.50
Solanaceae
Solanum swartzianum Roem & Schultz 8 1.52 2.43 0.51 1.49
Urticaceae
Cecropia pachystachya Trécul 5 0.95 1.74 0.27 0.98
Pourouma guianensis Aubl. 1 0.19 0.35 0.16 0.23
Morto 22 4.19 5.21 6.35 5.25
Total geral 525 100 100 100 100
161
Anexo 20: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas plantio11, em morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa; Dori –
Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Tapirira guianensis Aubl. 8 2.51 3.68 2.61 2.93 Annonaceae
Annona neolaurifolia H.Rainer 1 0.31 0.74 0.02 0.36
Xylopia sericea A. St.-Hil. 78 24.45 7.35 17.98 16.59
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 3 0.94 1.47 0.71 1.04 Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 14 4.39 4.41 6.69 5.16 Bignoniaceae
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.) Mattos 15 4.70 5.88 10.63 7.07
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 3 0.94 0.74 0.59 0.76
Ebenaceae
Dyospiros incostans Jacq 2 0.63 1.47 0.19 0.76
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 3 0.94 1.47 2.24 1.55
Joannesia princeps Vell. 2 0.63 1.47 0.97 1.02
Mabea fistulifera Mart. 5 1.57 2.21 1.35 1.71 Fabaceae - Faboideae
Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex Benth. 6 1.88 2.21 6.38 3.49
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 2 0.63 1.47 0.58 0.89
Plathymenia reticulata Benth. 1 0.31 0.74 0.06 0.37
Fabaceae - Mimosoideae
Abarema aff. Cochliacarpos (Gomes) Barneby
& J.W.Grimes 1 0.31 0.74 0.51 0.52
Inga laurina (Sw.) Willd. 1 0.31 0.74 0.04 0.36
Piptadenia gonoacantha (Mart.) Macbr. 5 1.57 2.94 1.55 2.02
piptadenia paniculata Benth. 2 0.63 1.47 1.10 1.06 Hypericaceae
Vismia aff. martiana Reichardt 6 1.88 0.74 0.29 0.97 Lacistemataceae
Lacistema pubescens Mart. 2 0.63 1.47 1.26 1.12
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke 2 0.63 1.47 0.23 0.78
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 8 2.51 5.15 1.38 3.01
Nectandra oppositifolia Nees 1 0.31 0.74 0.12 0.39 Malvaceae
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns 1 0.31 0.74 0.04 0.36 Melastomataceae
Clidemia biserrata DC 1 0.31 0.74 0.04 0.36
162
Miconia albicans (Sw.) Triana 12 3.76 3.68 1.05 2.83
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 20 6.27 5.88 8.03 6.73
Miconia latecrenata Trian 1 0.31 0.74 0.21 0.42
Miconia lepidota Schrank & Mart. ex Dc. 20 6.27 3.68 5.83 5.26
Miconia prasina (Sw.) Dc. 7 2.19 0.74 3.14 2.02
Miconia serrulata (DC.) Naudin 7 2.19 3.68 0.87 2.25
Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. 1 0.31 0.74 0.65 0.57 Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 5 1.57 1.47 1.04 1.36 Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 3 0.94 2.21 0.40 1.18
Myrtaceae
Eugenia villae-novae Kiarsk 3 0.94 2.21 0.82 1.32
Myrcia anceps (Spreng.) O.Berg. 1 0.31 0.74 0.16 0.40
Myrcia splendens (Sw.) DC. 12 3.76 3.68 1.14 2.86
Psidium guineense Sw 5 1.57 1.47 3.14 2.06 Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 8 2.51 1.47 1.39 1.79
Piper mollicomum Kunth 3 0.94 2.21 0.42 1.19
Rubiaceae
Psychotria carthagenensis Jacq. 1 0.31 0.74 0.08 0.38 Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 4 1.25 2.21 2.90 2.12 sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.31 0.74 0.20 0.42
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 1 0.31 0.74 0.02 0.36 Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 25 7.84 5.15 7.61 6.87 Solanaceae
Solanum swartzianum Roem & Schultz 5 1.57 2.94 2.40 2.30
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 1 0.31 0.74 0.91 0.65
Total geral 319 100 100 100 100
163
Anexo 21: Lista das famílias e espécies arbóreas encontradas no plantio 12, em morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia
relativa; Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 29 3.82 6.02 1.57 3.80
Annonaceae
Xylopia sericea A. St.-Hil. 1 0.13 0.29 0.02 0.14
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 2 0.26 0.57 0.12 0.32
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 327 43.03 23.21 41.10 35.78
Bignoniaceae
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos 28 3.68 6.30 0.76 3.58
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 18 2.37 4.01 0.79 2.39
Chrysobalonaceae
Hirtella aff. hebeclada Moric. ex DC. 1 0.13 0.29 0.10 0.17
Euphorbiaceae
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco 1 0.13 0.29 0.11 0.18
Fabaceae – Caesalpinoideae
Centrolobium robustum (Vell.) Mart. ex Benth. 2 0.26 0.57 0.07 0.30
Fabaceae – Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 21 2.76 4.01 1.18 2.65
Andira fraxinifolia Benth. 1 0.13 0.29 1.00 0.47
Dalbergia nigra (Vell.) Allemão ex Benth. 7 0.92 1.72 0.26 0.97
Fabaceae – Mimosoideae
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr 170 22.37 17.77 40.38 26.84
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson 33 4.34 7.16 1.99 4.50
Lauraceae
Nectandra oppositifolia Nees 2 0.26 0.57 0.14 0.33
Melastomataceae
Miconia albincans (Sw.) Triana 1 0.13 0.29 0.08 0.17
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 1 0.13 0.29 0.04 0.15
Miconia serrulata (DC.) Naudin 1 0.13 0.29 0.03 0.15
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 6 0.79 0.86 0.26 0.64
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &
Schult. 2 0.26 0.57 0.07 0.30
Myrtaceae
Eugenia florida DC. 1 0.13 0.29 0.12 0.18
Eugenia prasina O. Berg. 2 0.26 0.57 0.06 0.30
164
Eugenia villae-novae Kiarsk 4 0.53 1.15 0.24 0.64
Myrcia splendens (Sw.) DC. 1 0.13 0.29 0.16 0.19
Psidium guayava L. 11 1.45 2.29 0.50 1.41
Rubiaceae
Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.Schum. 2 0.26 0.57 0.07 0.30
Rutaceae
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 4 0.53 0.86 0.27 0.55
Sapindaceae
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.13 0.29 0.09 0.17
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 24 3.16 4.30 3.38 3.61
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 3 0.39 0.86 0.06 0.44
Solanaceae
Solanum swartzianum Roem & Schultz 6 0.79 1.15 0.16 0.70
Solanum pseudoquina A.St.-Hill. 6 0.79 1.72 0.16 0.89
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 5 0.66 1.15 0.54 0.78
Cecropia pachystachya Trécul 16 2.11 4.30 1.96 2.79
Morta 20 2.63 4.87 2.20 3.23
Total geral 760 100 100 100 100
165
Anexo 22: Lista das famílias e espécies subarbóreas encontradas no plantio 12, em morrote, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, seguidas de N – Densidade da encontrada da espécie; Dri – Densidade relativa; Fri – Frequencia relativa;
Dori – Dominância relativa; e IVI – Índice de valor de importância.
Famílias Espécies N Dri Fri Dori IVI
Anacardiaceae
Schinus terebinthifolius Raddi 10 2.46 4.52 4.80 3.93
Tapirira guianensis Aubl. 27 6.65 3.39 2.86 4.30
Annonaceae
Annona laurifolia Schltdl. 1 0.25 0.56 0.07 0.29
Xylopia sericea A. St.-Hil. 21 5.17 5.65 5.00 5.27
Apocynaceae
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson 4 0.99 0.56 0.39 0.65
Asteraceae
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera 46 11.33 5.08 14.49 10.30
Bignoniaceae
Handroanthus chrysotrichus (Mart. ex A.DC.)
Mattos 18 4.43 6.21 10.17 6.94
Sparattosperma leucanthum (Vell.) K. Schum. 5 1.23 2.26 1.83 1.77
Burseraceae
Protium widgrenii Engl. 2 0.49 0.56 0.23 0.43
Ebenaceae
Dyospiros incostans Jacq 1 0.25 0.56 0.11 0.31
Fabaceae-Faboideae
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. 1 0.25 0.56 0.75 0.52
Dalbergia nigra (Vell.) Allemao ex Benth. 6 1.48 3.38 1.48 2.12
Fabaceae-Mimosoideae
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. 1 0.25 0.56 1.07 0.63
Inga edulis Mart. 4 0.99 2.26 0.69 1.31
Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F.Macbr. 7 1.72 3.39 2.82 2.65
Hypericaceae
Vismia aff. martiana Reichardt 2 0.49 1.13 0.12 0.58
Lamiaceae
Aegiphila integrifolia (Jacq.) Moldenke 12 2.96 4.52 4.16 3.88
Lauraceae
Cinnamomum triplinerve (Ruiz & Pav.) Kosterm. 2 0.49 0.56 0.30 0.45
Nectandra oppositifolia Nees 6 1.48 2.82 0.97 1.76
Melastomataceae
Miconia albicans (Sw.) Triana 12 2.96 3.39 1.44 2.59
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin 20 4.93 4.52 3.69 4.38
Miconia latecrenata Triana 1 0.25 0.56 1.14 0.65
Miconia prasina (Sw.) DC. 2 0.49 1.13 0.86 0.83
Miconia serrulata (DC.) Naudin 3 0.74 1.12 0.28 0.72
Meliaceae
Guarea guidonia (L.) Sleumer 50 12.32 6.78 9.14 9.41
166
Moraceae
Ficus aff. clusiaefolia (Miq.) Schott ex Spreng. 1 0.25 0.56 0.31 0.37
Myrsinaceae
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. & Schult. 20 4.93 2.26 4.75 3.98
Myrtaceae
Eugenia florida DC. 1 0.25 0.56 0.05 0.29
Eugenia prasina O.Berg 3 0.74 1.13 0.20 0.69
Eugenia villae-novae Kiarsk 2 0.49 1.13 0.23 0.62
Myrcia splendens (Sw.) DC. 2 0.49 0.56 0.66 0.57
Myrcia hexasticha Kiaersk. 1 0.25 0.56 0.05 0.29
Psidium guineense Sw. 3 0.74 1.69 0.76 1.07
Peraceae
Pera glabrata (Schott) Baill. 10 2.46 4.52 2.53 3.17
Piperaceae
Piper arboreum Aubl. 23 5.67 2.82 3.51 4.00
Piper caldense C. DC. 7 1.72 1.13 0.94 1.27
Piper mollicomum Kunth 13 3.20 2.26 1.15 2.20
Rutaceae
Citrus sp. 1 0.25 0.56 0.05 0.29
Zanthoxylum rhoifolium Lam. 2 0.49 1.13 0.22 0.62
Sapindaceae
Cupania furfuracea Radlk. 1 0.25 0.56 0.04 0.28
Cupania oblongifolia Mart. 1 0.25 0.56 0.05 0.29
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. 2 0.49 0.56 0.06 0.37
Siparunaceae
Siparuna guianensis Aubl. 30 7.39 4.52 8.86 6.92
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. 1 0.25 0.56 0.03 0.28
Solanaceae
Solanum swartzianum Roem & Schultz 10 2.46 2.26 2.89 2.54
Solanum pseudoquina A.St.-Hill. 4 0.99 2.26 1.05 1.43
Urticaceae
Cecropia glaziovii Snethlage 3 0.74 1.13 2.38 1.42
Cecropia pachystachya Trécul 1 0.25 0.56 0.39 0.40
406 100 100 100 100
167
Anexo 23 : Lista de espécies regenerantes que foram encontradas nos plantios de morrote e de baixada em duas gerações diferentes, na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
Espécie Arvores Arvoretas
Baixada Morrote Baixada Morrote
Abarema aff. Cochliacarpos (Gomes) Barneby&J.W.Grimes
x
Aegiphila integrifolia (Jacq.) B.D.Jackson x x x x
Aegiphila vitelliniflora Klotzsch ex Walp. x
Albizia polycephala (Benth.) Killip ex Record x
Alchornea glandulosa (Casar.) R. Secco x x x x
Alchornea triplinervea (Spreng.) Mull.Arg. x x
Algernonia leandrii (baill.) G.L. Webster x
Anadenanthera peregrina (L.) Speg. x
Andira anthelmia (Vell.) J.F. Macbr. x x x x
Andira fraxinifolia Benth. x x x
Annona aff. mucosa Jacq. x x
Annona dolabripetala (Raddi) H.Rainer x x
Annona neolaurifolia Schltdl. x x x
Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. x
Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn x x
Campomanesia xanthocarpa O berg. x x
Casearia sylvestris Sw. x x
Cecropia glaziovii Snethlage x x x x
Cecropia hololeuca Miq. x
Cecropia pachystachya Trec. x x x x
Centrosema pubescens Benth. x
Cestrum axillare Vell. x
Cinnamomum triplinerve (Ruiz &Pav.) Kosterm. x x x x
Clidemia biserrata DC x
Coussarea aff. contracta (Walp.) Müll. Arg. x
Coutaria hexandra (Jack) k. Sch. x
Cupania furfuracea Radlk. x x
Cupania oblingifolia Mart. x x x x
Cupania racemosa (Vell.) Radlk. x x x
Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. x x
Dalbergia nigra (Vell.) AllemãoexBenth. x x x x
Dictyoloma vardellianum A dr. Jun. x
Dyospiros incostans Jacq x
Erythrina speciosa Andr. x
Erythroxylum citrifolium A. St.-Hil. x
Eugenia florida DC. x x x x
Eugenia prasina O. Berg x x
168
Eugenia villae-novae Kiarsk x x
Euterpe edulis Mart. x
Faramea multiflora A. Rich. ex DC. x
Ficus aff. clusiaefolia (Miq.) Schott ex Spreng. x
Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms x
Garcinia gardneriana (Planch. &Triana) D. C. Zappi x
Guarea guidonea (L.) Sleumer x x x x
Guatteria australis A. St. Hill x
Guatteria campestris R.E.Fr. x
Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer x
Henriettea saldanhei Cogn. x
Himatanthus bracteatus (A. DC.) Woodson x x x
Hirtella hebeclada Moric. ex DC. x
Jacaranda macrantha Cham. x x
Jacaratia spinosa (Aubl.) A DC. x x
Joannesia princeps Vell. x x
Lacistema pubescens Mart. x x x
Lonchocarpus cultratus (Vell.) Az.-Tozzi& H. C.
Lima x
x
Mabea fistulifera Mart. x x
Machaerium brasiliense Vog. x
Magnolia ovata St. Hil. x
Miconia albicans (Sw.) Triana x x
Miconia calvescens DC. x
Miconia cinnamomifolia (DC.) Naudin x x x x
Miconia latecrenata Trian x x x
Miconia lepidota Schrank& Mart. ex Dc. x x x x
Miconia prasina (Sw.) Dc. x x x
Miconia serrulata (DC.) Naudin x x x x
Miconia staminea (Desr.) DC. x x
Mollinedia aff. glabra (Spreng) Perkins x
Mollinedia schottiana (Spreng.) Perkins x
Myrcia anceps (Spreng.) O. Berg x
Myrcia racemosa (O. Berg) Kiaersk x
Myrcia spectabilis DC. x
Myrcia hexasticha Kiaersk. x
Myrcias plendens (SW) DC. x x x x
Myrocarpus frondosus Allemão x
Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &Schult. x x x x
Nectandra oppositifolia Nees x x x x
Palicourea macrobotrys (Ruiz. &Pav.) Roem. &
Schultz x
169
Pera glabrata (Schott) Baill. x x x
Plathymenia reticulata Benth. x x x
Polyandrococos caudescens (Mart.) Barb. Rodr. x
Posoqueria latifolia (Rudge) Schult x
Pourouma guianensis Aubl. x
Protium spruceanum (Benth.) Engl. x
Protium widgrenii Engl. x x
Psidium guajava L. x x x
Psidium guineense Sw x
Psychotria aff. platypoda DC. x
Psychotria carthagenensis Jacq. x
Psychotria vellosiana Benth. x
Siparuna guianensis Aubl x x x x
Siparuna reginae (Tul.) A. DC. x x
Solanum aff. Pseudoquina A.St.-Hill. x x x x
Solanum swartzianum Roem& Schultz x x x x
Sorocea guilleminiana Gaud. x
Swartzia flaemingii Raddi x
Symploco sestrellensis Casar. x x
Syzygium jambos (L.) Alston x
Tabernaemontana catharinensis A. DC. x
Tachigali paratyensis (Vell.) H.C. Lima x
Tapirira guianensis Aubl. x x x x
Tetrorchidium rubrivenium Poepp. x
Tocoyena sellowiana (Cham. &Schltdl.) k. Schum. x
Tovomitopsis paniculata (Spreng.) Planch. &Trian x
Trema micrantha (L.) Blume x x
Trichilia martiana C. DC. x
Vernonanthura petiolaris (DC.) H.Rob. x
Vismia aff. Martiana Reichardt x x
Vitex polygama Cham. x
Xylopia sericea A. St. -Hill. x x x x
Zanthoxylum rhoifolium Lam. x x x x
170
Capítulo II
Padrões de recrutamento em áreas de restauração
ecológica na Mata Atlântica¹1
Richieri Antonio Sartori², Pablo José Francisco Pena Rodrigues³, Luiz Fernando Duarte de Moraes4
1 1Artigo sendo estruturado para enviar à Forest Ecology and Managment;
2 Escola Nacional de Botânica Tropical/Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Rua Pacheco Leão n
o. 2040 - Solar
da Imperatriz CEP 22460-036, Horto – Rio de Janeiro, RJ - Brazil [email protected].
3Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Diretoria de Pesquisa Científica, Rio de Janeiro,
Brazil. 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Rodovia BR-465, 7 - Seropédica - RJ, 23890-000,
Brazil
171
Resumo:
Questão: Plantios de espécies nativas são métodos adotados para aumentar a probabilidade de
que ambientes degradados voltem a ser floresta, viabilizando, principalmente, o avanço da
sucessão secundária. A dinâmica da sucessão, contudo, depende de processos como a
distância de fontes de propágulo, matriz circundante e tamanho das áreas de restauração.
Local: Reserva Biológica Poço das Antas, RJ (22º32´17´´S, 42º16´50´´W).
Objetivos: Avaliar a sucessão secundária em plantios de restauração ambiental relacionados
com fatores paisagísticos e espaciais.
Metodologia: A estrutura da vegetação foi avaliada a partir da categorização dos indivíduos
em dois grupos: a) indivíduos arbóreos (DAP ≥ 5 cm), constituídos de arbóreos plantados e
regenerantes arbóreos, amostrados por meio de censo através de parcelas de 10 x 10 metros; e
b) arvoretas (DAP < 5cm e Altura ≥ 1,5m). Os indivíduos amostrados foram divididos em 12
grupos de plantas, sendo: seis plantios, estando quatro em áreas planas e não inundadas,
chamadas de baixada e os outros dois plantios em áreas com elevação entre 60 e 300 metros,
com inclinação entre 25 e 55 graus, chamados de morrotes. Em cada plantio foi dividido em
dois estratos, arbóreo e arvoretas. Os dados florísticos foram comparados através de um
dendrograma de dissimilaridade entre todos os grupos de plantas. Foram utilizadas análises de
variância nas comparações entre os plantios com base nos parâmetros: densidade absoluta das
espécies, riqueza de espécies matriz circundante e setorização, diferenças dentro dos plantios.
Resultados: Das 142 espécies encontradas, apenas uma ocorre em todos os grupos
amostrados, 40% das espécies ocorrem em somente um plantio e um estrato. O dendrograma
apresentou dissociação entre áreas de morrote e de baixada, e também os estratos. Houve
expansão das áreas onde houve plantio para dentro da pastagem. Os plantios de baixada
possuem maior densidade e riqueza arbórea. Os plantios de morrote possuem as maiores
riquezas de arvoretas. Houve alta correlação entre densidade arbórea e densidade de arvoretas
(0,927) e também entre densidade arbórea e riqueza de espécies arbóreas. A análise de
setorização dos plantios mostrou que existe diferença dentro dos mesmos, para os plantios de
baixada, a densidade é maior na faixa central e a riqueza na borda interna à Reserva. Nos
plantios de morrote a densidade e a riqueza são maiores na faixa mais baixa.
Conclusão: A principal conclusão foi que, muitas espécies ocorrem de forma exclusiva nos
plantios; As áreas de baixada e de morrote devem ser tratadas de forma diferente,
principalmente em relação à composição florística.
Palavras-chave: Matriz circundante; Paisagem; Regeneração natural; Sucessão secundária;
Rebio Poço das Antas.
172
Abstract:
Question: Planting of native species is a method adopted to increase the likelihood that
degraded environments back to forests. This way, allowing mainly the advancement of
secondary succession. The dynamics of succession, however, depends of many processes as
distances of the sources of propagules surrounding matrix and size of restoration areas.
Localization: Biological Reserve Poço das Antas, RJ (22 º 32'17'' S, 42 º 16'50'' W).
Objectives: To evaluate the secondary succession in plantings of environmental restoration
related to landscape and spatial factors.
Methodology: The vegetation structure was evaluated for two groups: a) individual trees
(DBH ≥ 5 cm), consisting of saplings planted in 1994 and trees of natural regeneration,
sampled by means of census plots of 10 x 10 meters; and b) saplings (DBH <5 cm and height
≥ 1.5 m). The sampled subjects were divided into 12 groups of plants, these being, six
plantations, four of which were in plain areas and not flooded and the other two plantations in
areas with elevation between 60 and 300 meters, with slope between 25 and 55 degrees ,
called hillocks. In each area was divided into two strata, arboreal and treelets. The floristic
data were compared using a dendrogram of dissimilarities between all groups of plants.
Absolute density of species, species richness and surrounding sectorization, differences within
the plantations matrix: Analyses of variance were used for comparisons between plantations
based on the parameters.
Results: Were found 142 species, only one occurs in all plants group studied, 40% of the
species occurring in only one plantation and one stratum. The dendrogram showed
dissociation between areas hillock and lowland, and also between strata. There was expansion
of areas with plantations into the pasture. The lowland plantations have higher tree density
and richness. The plantations in hillock have the highest riches of treelets. There was a high
correlation between tree density and density of treelets (0.927). Also between tree density and
richness of species of trees. The analysis of sectorization of plantations showed a significant
difference within the same, for plantations of lowland, the density is greater in the central of
the plantation and riches on the inside edge of the Reserve. In plantations in hillock the
density and richness of trees and treelets are higher in the lowest range.
Conclusion: The main conclusion was that many species occur exclusively in plantations; the
areas of lowland and hillock should be treated differently, especially in relation to floristic
composition.
Keywords:. Surrounding matrix; Landscape; Natural regeneration; Secondary succession;
Biological Reserve Poço das Antas.
173
1 - Introdução
A Mata Atlântica, importante ecorregião brasileira, formada por um complexo
conjunto de ecossistemas de exuberante diversidade biológica distribuída ao longo da encosta
brasileira, é também um dos mais ameaçados do planeta, restando entre 11,4 a 16% da sua
cobertura original (Ribeiro et al. 2009).
Na tentativa de restabelecer áreas deste bioma que foram degradadas, uma série de
projetos de recuperação vem sendo executados (Moraes et al. 2002; Moraes e Pereira 2003;
Moraes et al. 2006; Viani e Rodrigues 2008; Rodrigues et al. 2008; Sansevero et al. 2011;).
Os trabalhos de restauração de áreas no Brasil vêm ocorrendo desde meados do século XIX,
porém, as pesquisas nesta área tiveram início somente na década de 80 e somente
recentemente adquiriu o caráter de uma área de conhecimento (Engel & Perrota 2003;
Rodrigues & Gandolfi 2004).
Segundo a Society for Ecological Restoration International (SER, 2010), restauração
ecológica é o processo que visa promover a recuperação de um ecossistema que foi
degradado, destruído ou danificado. É uma atividade intencional que acelera as vias
ecológicas para um estado de referência, sendo este um ecossistema usado como modelo.
Contudo, a restauração ecológica tem como objetivo primordial chegar a um ecossistema
recuperado no que diz respeito à estrutura, composição e função.
Os plantios de espécies arbóreas nativas na restauração de áreas degradadas foram
adotados para aumentar a probabilidade de ocorrer a sustentabilidade destes fragmentos,
facilitando ou acelerando a sucessão secundária, atuando como catalisadores do processo
(Parrotta et al. 1997), melhorando as condições do solo, restabelecendo interações ecológicas,
controlando a vegetação invasora e facilitando o recrutamento de arbustos e árvores (Lugo
1992; Parrota et al. 1997; Ruiz-Jaen & Aide 2005). Os plantios constituem ferramenta
eficiente de regeneração artificial para a recuperação da estrutura do ecossistema (Kageyama
et al. 1992).
Os modelos de plantios contam com variações no número de espécies, no espaçamento
entre as mudas, nas condições do sítio degradado e nos tamanhos. Estes modelos necessitam
ser estudados para verificar a eficiência dos mesmos (Rodrigues et al. 2009). A dinâmica da
sucessão em plantios está também relacionada com a paisagem em que a mesma foi inserida.
Dentre os fatores do ambiente no entorno que podem interferir nos plantios está à área, a
forma, o tempo de isolamento, o tipo de matriz onde está inserido e o histórico de perturbação
174
que podem responder pelo desenvolvimento e regeneração do mesmo (Turner e Corlett 1996;
Laurance et al. 1998).
Na Reserva Biológica Poço das Antas, município de Silva Jardim, Rio de Janeiro, os plantios
consorciados de espécies arbóreas nativas foram testados para a restauração de áreas
degradadas, que foram efetivados entre 1994 e 1996 (Moraes & Pereira, 2006). Os plantios
foram instalados com o objetivo de favorecer a sucessão secundária nas áreas cobertas por
vegetação herbácea e prevenir a ocorrência de incêndios, em área coberta predominantemente
por capim-colonião (Megathyrsus maximus (Jacq.) B.K.Simon & S. W. L. Jacobs) (Moraes &
Pereira 2003; Moraes et al. 2006).
Este trabalho teve como objetivo principal avaliar os efeitos dos plantios
implementados na Reserva Biológica Poço das Antas na restauração da estrutura e função do
ecossistema: (1) Verificando como o tipo de plantio afetou a sucessão ecológica; (2)
Caracterizando se há uma diferença de regeneração natural dentro dos plantios, causando uma
setorização entre as partes mais próximas da borda e internas; e (3) Verificando como os
modelos utilizados e as características da paisagem do entorno (matriz circundante)
influenciaram a regeneração natural.
2 - Metodologia
2.1 - Caracterização da área de estudo
O estudo foi conduzido na Reserva Biológica Poço das Antas (RBPDA), situada no
estado do Rio de Janeiro, município de Silva Jardim, entre as coordenadas 22º 30` e 22º 33` S
e 42º 15´ e 42º 19` W, com uma área de 5.160 ha (Fig. 1). O clima da região é Aw, segundo a
classificação de Köppen, com precipitação média anual de 1.900mm, bem distribuída ao
longo do ano e uma pequena estação seca entre os meses de maio a agosto (Lima et al. 2006).
A reserva foi criada em 1974 para proteger o Mico Leão dourado (Leontopithecus rosalia L.),
primata ameaçado de extinção (Sansevero et al. 2011).
Originalmente a RBPDA era coberta pela Floresta Ombrófila Densa de terras baixas
(Veloso et al. 1991) com formações permanentemente ou periodicamente alagadas, além de
florestas com pouca influência pluvial localizadas nos morros e morrotes mamelonares. No
entanto, com a ocupação da região, extensas áreas de floresta foram desmatadas e substituídas
por pastagens e outras culturas agrícolas. Resultante deste processo, a vegetação atualmente é
formada por um grande mosaico composto por pastagens abandonadas, formações
secundárias em vários estágios e florestas em estágio avançado de sucessão. O estudo
175
realizado por Lima et al. (2006), na caracterização e mapeamento da cobertura vegetal da
Rebio identificou, delimitou e descreveu seis unidades fisionômicas: floresta submontana,
floresta aluvial, formação pioneira com influência fluvial, capoeira submontana, capoeira
aluvial e campo antrópico. Segundo os autores, apenas 52% da área da reserva estão cobertos
por florestas, sendo todo restante formado por áreas com maior ou menor grau de perturbação.
Figura 1: Área de estudo, representando na parte superior à direita o estado do Rio de Janeiro com destaque para o município de Silva Jardim, no centro a área da REBIO delimitada com destaque para os locais onde foram estudados os plantios de baixada (a) e de morrote (b), na
Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
2.2 - Plantios de espécies nativas
Para o presente estudo foram amostrados seis plantios de mudas nativas implantadas
entre os anos de 1994 e 1996 através do programa Mata Atlântica, coordenado pelo Jardim
Botânico do Rio de Janeiro, com intensão de desenvolver áreas de florestas (Sansevero et al.
2011), diminuindo áreas de pastagens, criando corredores ambientais para a fauna e evitando
a entrada de fogo. Os plantios são decorrentes de diferentes modelos e não possuem réplicas.
Estes estão designados como plantio 1 (P1) com 1,3 ha, plantio 2 (P2) com 1,2 ha, plantio 6
(P6) com 1,1 ha, plantio 7 (P7) com 1,3 ha, todos estes em áreas de baixada e plantio 11 (P11)
176
com 0,8 ha e plantio 12 (P12) com 0,54 ha, ambos em áreas de morrote. Diferem entre si pela
matriz que os circunda, espaçamento utilizado, topografia, podendo ser baixada ou morrote e
quantidade riqueza de espécies plantadas.
Nos plantios foram usadas espécies baseadas no crescimento, síndromes principais de
dispersão (Sensu van der pjlj 1967) e grupos ecológicos (sensu Budolsky 1965) e foram
controladas durante os dois primeiros anos e houve o replantio das espécies quando as
mesmas ultrapassavam 10% de mortalidade (Moraes & Pereira 2003).
Os plantios P1 e P2 estão nos limites da reserva com a BR 101, são próximos entre si,
distantes mais de dois quilômetros de outros plantios e cerca de 400 metros de outros
fragmentos florestais, estando totalmente imersos no pasto formando ilhas de vegetação. O
plantio P6 está também nos limites da reserva, porém próximo de outros plantios que não
foram estudados, com uma borda de isolamento de cerca de 20 metros. O P7 está no limite da
reserva também, distante ao menos 400m de outros plantios estudados, porém imerso em uma
matriz de outros plantios e áreas de regeneração natural, os quatro plantios estão em áreas de
baixada, sem declividade, em locais úmidos, porém não alagados. Os plantios P11 e P12 estão
distantes entre si 1200 m e em média de 7 km dos plantios de baixada, imersos em matriz de
regeneração natural e de florestas secundárias, com limite para a estrada, vicinal, que dá
acesso ao interior da reserva, sendo pouco usada.
Os plantios de baixada têm como principais espécies o Inga edulis Mart. (Fabaceae),
Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A. Robyns (Malvaceae) e Citharexylum myrianthum
Cham. (Verbenaceae) (Guedes-Brunni et al. 2006; Sansevero et al. 2011). As espécies mais
principais aos plantios de morrote, associadas com terrenos mais bem drenados, são
Zanthoxylum rhoifolium Lam, Schinus terebinthifolius Raddi, Psidium guajava L. e
Handroanthus chrysothicus (Mart. Ex DC.) Mattos (Neves 1999).
2.3 - Amostragem da vegetação
Os seis plantios estudados foram totalmente subdivididos por meio de parcelas de 10 x
10 metros formando um grid. Foram amostrados indivíduos pertencentes a dois estratos,
arbitrariamente classificados como estrato arbóreo e subarbóreo, assim como em Sansevero et
al. (2011). Indivíduos pertencentes ao estrato arbóreo foram considerados aqueles com
diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 5 cm, estes foram medidos de forma censitária, ou seja,
em todas as parcelas. O estrato arbóreo está representado por dois grupos de plantas,
indivíduos plantados em 1994 e os indivíduos regenerantes mais antigos ou com crescimento
mais rápido. No estrato subarbóreo foram considerados indivíduos com altura ≥ 1,5m e DAP
177
<5 cm, estes foram amostrados através de doze parcelas de 10 x 10 m em cada plantio,
sorteadas de forma aleatória estratificada, de forma que em todas as linhas dos plantios
houvessem parcelas e assim representadas.
Dentro de todos os plantios a regeneração com espécies não arbóreas do gênero Piper
é abundante. Para uma melhor análise dos dados a vegetação de arvoretas será analisada
considerando a presença do gênero e sem os mesmos.
Todos os indivíduos registrados foram marcados com plaquetas de alumínio
numeradas, medidos em DAP, identificação e a altura estimada com ajuda do podão de cinco
metros. Das plantas de sub-bosque não foram registrados lianas e indivíduos mortos.
2.4 - Dados coletados
Todos os indivíduos arbóreos dos plantios e todos os indivíduos subarbóreos das doze
parcelas sorteadas foram marcados com placas de alumínio com numeração específica, foram
coletados, tiveram o diâmetro medido (à 1,3 m do solo) e identificados até o nível de espécie,
quando possível. A partir destes dados foi possível calcular a densidade, indivíduos por
hectare, área basal e a riqueza de espécies de cada espécie em cada local.
A partir de dados dos plantios foi possível quantificar a expansão do plantio para as
áreas de pasto, nos modelos isolados. Também foi analisada a relação do espaçamento
utilizado para as árvores de cada plantio com a densidade média e área basal média das
árvores e arvoretas encontradas.
2.5 - Similaridade
A similaridade florística entre as localidades foi analisada através da abundância das
espécies em cada plantio, através da distância euclidiana, utilizando da similaridade de
Jaccard e com aglomeração a qual obtivesse a maior correlação, podendo ser estas, simples,
composta ou em grupo (UPGMA). Para tanto, foi utilizado o programa R 2.9.2 (R
Development Core Team, 2012), pacote Vegas 1.17 (Oksanen et al. 2007) e auxílio do
programa Rstudio. Para ilustrar a similaridade foi utilizado de um dendrograma de
díssimilaridade separando as 12 comunidades de plantas estudadas.
178
2.6 - Matriz circundante e expansão
Através de imagens do Google Earth (2013), as áreas com até 400 m da borda dos
plantios foram quantificadas quanto à matriz circundante. Estes plantios são rodeados por
uma matriz heterogênea, formada principalmente por pastagem e áreas em processo de
regeneração natural, porém em proporções menores existem áreas de agricultura, floresta
secundária, construções civis e outros plantios de mudas nativas. Desta forma, a matriz foi
classificada em três distâncias da borda de cada plantio, sendo: 100, 200 e 400 metros (Fig.
2). Para a quantificação as imagens foram subdivididas em quadrados de 50x50 metros (2500
m²) onde cada pixel foi classificado em uma das seis classes: floresta avançada, pasto,
agricultura, construções, outros plantios e áreas em regeneração. Quando um pixel era misto,
era então considerada a classe com a maior porcentagem.
Figura 2: Ilustração da classificação da matriz circundante nos plantios de baixada na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
2.7 - Setorização de plantios
A setorização é uma forma de avaliar se há diferenças entre as áreas mais internas e
as mais externas do plantio, avaliando a partir da densidade, riqueza e área basal. As parcelas
dos plantios foram alocadas como linhas e colunas, variando entre 12 a 22 colunas e entre
cinco e seis linhas, assim foi possível fazer a estratificação da área plantada em proximidade
da borda interna com limites ao interior da reserva (linha 5 ou 6) e borda externa, com limite
para a rodovia BR-101 (linha 1). Nos plantios de morrote as linhas estão direcionadas da
179
estrada vicinal da reserva, em sentido à parte mais alta do plantio. Os parâmetros avaliados
por linhas foram: área basal, altura das árvores, riqueza de espécies e densidade de indivíduos.
Por razão da falta de réplicas, todos os plantios foram divididos em cinco seções
iguais (Fig. 3). Estas divisões consistiram: lado direito, lado esquerdo e três áreas centrais. Em
cada linha foram analisadas no mínimo 15 parcelas, as quais foram sorteadas, sendo destas no
mínimo três de cada seção. Desta forma, cada linha foi composta por um grupo de parcelas do
lado direito, um grupo do lado esquerdo e faixa central, sendo possível calcular as médias e
compará-las estatisticamente. Como cada plantio possui um tamanho diferente, o número de
parcelas em cada um não foi o mesmo.
A amostragem aleatória estratificada das arvoretas permitiu que fossem analisadas
em três grupos, que foram: parcelas próximas à BR-101, parcelas centrais e parcelas de
interior (borda interna).
De cada uma destas linhas foi analisada a densidade, riqueza de espécies e área basal
e comparadas “linha a linha” para verificar a setorização de cada plantio. Por fim, foi feita
uma média entre linhas de mesmo número dos plantios de baixada e dos plantios de morrote,
para verificar a setorização total.
Figura 3: Exemplos de plantios de baixada analisados de forma setorizada na Reserva
Biológica Poço das Antas, RJ.
2.7 - Análises estatísticas
A setorização foi analisada avaliando as diferentes linhas das parcelas e comparando
a densidade e riqueza dos regenerantes e o DAP e altura das árvores. As análises de variância
foram realizadas utilizando o programa R 3.0.2 com auxílio do programa Rstudio e utilizando
o pacote Vegas (Oksanen et al. 2007). O teste de normalidade foi realizado através do teste
180
D’Agostino para os estudos do estrato arbóreo nos plantios e Shapiro-Wilk para todas as
outras amostras e Kruskal-Wallis com α =0,05.
Os diferentes espaçamentos utilizados foram correlacionados com a densidade de
regenerantes e com o crescimento horizontal e vertical das árvores, foi utilizada ANOVA,
seguida de um teste de Tukey com α = 0,05.
Os dados de densidade arbórea foram correlacionados com riqueza dos dois estratos,
área basal dos dois estratos e densidade de regenerantes, através do coeficiente de Pearson,
com auxílio do programa Systat 12.
3 - Resultados
No total foram encontradas 142 espécies, 101 estão presentes no estrato arbóreo, 108
no estrato regenerante e 67 em ambos os estratos. Dos indivíduos arbóreos, sete espécies
ocorreram em todos os plantios, nove em cinco plantios, 16 em quatro, dez em três, 15 em
dois e 43 ocorreram em somente em um plantio. Dos indivíduos regenerantes, oito espécies
ocorreram em todos os plantios, cinco em cinco plantios, 15 em quatro, doze em três, dezoito
em dois e 50 ocorreram em somente um plantio. Do total, 40% das espécies ocorrem em
somente uma das formas estudadas e em uma das formas de inclusão e 16,2 % em duas (Fig.
4). Somente a espécie Nectandra oppositifolia ocorreu em todos os grupos estudados.
O dendrograma de dissimilaridade obteve a maior correlação pelo método de
ligamento completo e utilizando método de Jaccard, com correlação de 0,915 (Fig. 5). Este
dendrograma vem novamente reforçar o relevo. O primeiro nó separa as áreas de morrote e de
baixada, logo após separa árvores de arvoretas, mostrando uma diferença temporal, ou seja, a
primeira geração de regenerantes em todos os ambientes é diferente das seguintes. Uma
terceira separação é feita relacionando a distância que um plantio tem de outro, sendo mais
similares os plantios mais próximos, assim como plantios um e dois que estão separados 50
metros um do outro.
181
Figura 4: Ocorrência de espécies em seis plantios e dois estratos na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
Figura 5: Análise de Cluster analisando 12 comunidades vegetais estudadas, sendo estes seis plantios e dois estratos, na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ.
Os resultados mostraram que todos os plantios isolados expandiram sobre as áreas de
pastagem, havendo um aumento das áreas (Tab. 1). Não houve relação significativa entre
densidade de espécies plantadas e densidade de regenerantes, com a expansão dos plantios,
que obteve regressão com p = 0,199 para regenerantes arbóreos e 0,503 para arvoretas. Os
dados gerais para os seis plantios estão apresentados na tabela 1.
0 5 10 15 20 25 30 35 40
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
Espécies %
Nº
de
co
mu
nid
ade
s e
stu
dad
as
182
Tabela 1: Dados dos seis plantios estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim,
RJ.
Plantios
P1 P 2 P 6 P 7 P11 P12
Área original (ha) 1 1 0.84 1.2 0.53 0.82
Área Atual (ha) 1.39 1.32 1.01 1.2 0.53 0.82
Relevo baixada baixada baixada baixada morro morro
Expansão (%) 28.1 24.2 16.8 - - -
Espécies plantadas 8 12 13 13 6 8
Regenerantes arbóreos* 40 37 28 37 33 27
Riqueza arbórea** 48 49 41 50 39 35
Riqueza subarbórea 39 48 40 33 47 48
Densidade arbórea*** 930 1387 1689 1223 991 927
Densidade arvoretas*** 2550 4583 9142 4042 2700 3383
Densidade arvoretas sem
piper*** 1550 3292 2083 1375 2566 3025
Espaçamento de plantio (m) 2,5 x 2,5 2 x 2,5 2 x 2 2 x 2 2,5 x 2 2,5 x 2,5
*Indivíduos arbóreos não plantados; **Todos os indivíduos arbóreos registrados; ***Indivíduo/hectare
As maiores densidades arbóreas registradas foram para o plantio 6, que possui 16,9
árvores a cada 100 m² (1690 plantas/ha). Os plantios de baixada representaram as maiores
densidades, com exceção do plantio 1, que foram semelhantes aos plantios de morrote, tanto
para árvore como para arvoreta. As maiores riquezas arbóreas estão no plantio 2. Os plantios
de morrote possuem as menores riquezas arbóreas, no entanto obtiveram as maiores riquezas
subarbóreas (Tab. 2).
A densidade arbórea (Da) obteve alta correlação positiva com densidade de arvoretas
(Dr) (0,93) e negativa com riqueza de espécies arbóreas (Ra), no entanto esta foi negativa,
com valor de (-0,84). A correlação com área basal de regenerantes (Abr) também apresentou
correlação próximo de -0,7 e valor baixo em relação à área basal de árvores (Aba) (0,05) e
riqueza de arvoretas (0,40). A densidade de arvoretas (Dr) obteve interação alta com riqueza
de árvores (-0,75) e com área basal de regenerantes (-0,71) e valor intermediária com riqueza
de arvoretas (0,60) (Tab. 3).
183
Tabela 2: Médias seguidas por seu desvio padrão de densidade, riqueza e Ab dos locais
estudados na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Médias seguidas de
mesma letra não apresentam diferenças significativas a partir do teste de Kruskal-
Wallis para médias anormais seguidas do teste Dunn e Anova para testes normais,
seguidas de Tukey, com valores abaixo de p < 0.05.
Arbóreo Subarbóreo
Densidade Riqueza Ab Densidade Riqueza Ab (x10²)
Plantio 1 10,3 ± 3,1a 5,6 ± 1,9
a 0,2 ± 0,1
ab 25,5 ± 13,9
a 9,6 ± 4,3
a 1,05 ± 0,51
cef
Plantio 2 13,9 ± 4,9bc
7,4± 2,3b 0,2 ± 0,1
ac 45,8 ± 16,3
a 14,6 ± 4,2
a 1,58 ± 0,48
bc
Plantio 6 16,9 ± 6,9b 6,8 ± 2,2
b 0,2 ± 0,1
c 91,4 ± 39,7
b 11,6 ± 2,5
a 3,21 ± 1,4
a
Plantio 7 12,3 ± 5,1cd
5,9 ± 2,1a 0,3 ± 0,3
c 40 ± 18,3
a 9,5 ± 2,2
a 1,66 ± 0,6
be
Plantio 11 9,9 ± 3,5ad
5,4 ± 2,0ac
0,2 ± 0,1b 29,5 ± 16,9
a 12,4 ± 4,6
a 0,86 ± 0,62
bde
Plantio 12 9,4 ± 3,1a 4,3 ± 1,7
c 0,2 ± 0,1
b 35,1 ± 12,9
a 14,8 ± 4,6
a 0,11 ± 0,05
df
Tabela 3: correlação da densidade de árvores (Da) e densidade de arvoretas (Dr),
riqueza de árvores (Ra), riqueza de regenerantes (Rr), área basal de árvores (Aba) e área
basal de arvoretas (Abr) em seis plantios para restauração ambiental na Reserva
Biológica Poço das Antas, RJ.
Da Dr Ra Rr Aba Abr
Da - 0,927 -0,837 0,402 0,054 -0,674
Dr 0,927 - -0,753 0,603 -0,077 -0,714
Quando há a retirada de indivíduos de piperaceaes para análise, é mostrada que os plantios
de baixada e de morrote possuem densidades próximas, com excessão do plantio sete, que
possui uma densidade de arbóreas regenerantes relativamente baixa (Tab. 6).
Tabela 4: Densidade de piper e outras espécies, dos
plantios estudados na Reserva Biológica Poço das
Antas, RJ. Médias seguidas de mesma letra não
apresentam diferenças significativas a partir do teste
de Kruskal-Wallis com p < 0.05.
Subarbóreo
Piper Sem piper
Plantio 1 10.0 ± 9.1ab 15.5 ± 9.3a
Plantio 2 15.8 ± 7.7ab 30.0 ± 11.3a
Plantio 6 58.7 ± 25.8c 32.8 ± 22.4a
Plantio 7 26.5 ± 15.0b 13.5 ± 6.9b
Plantio 11 1.0 ± 2.1c 26.1 ± 17.9a
Plantio 12 3.6 ± 6.5c 30.3 ± 14.1a
184
Setorização
A análise de setorização dos plantios mostrou que existe um gradiente dentro dos
mesmos. Os resultados mostraram que a setorização está relacionada com a densidade e a
riqueza, a área basal não possuiu diferença significativa entre as áreas. Nos plantios de
baixada os indivíduos arbóreos se concentram principalmente no centro dos plantios, podendo
ser observado com grande evidência na regeneração de arvoretas. No entanto, a riqueza é
maior na borda mais próxima do interior, maior que a riqueza do centro e da borda externa.
Nos plantios de morrote, tanto o estrato arbóreo como de arvoretas a densidade e riqueza
estão concentradas nas áreas mais próximas às bordas com limite para a estrada, diminuindo
gradativamente com a altitude (Fig 6).
Figura 6: Setorização entre plantios na Reserva Biológica Poço das Antas. 6a) Árvores
baixada; 6b) Arvoretas baixada; 6c) Árvores morrote; 6d) Arvoretas de morrote. Onde: Den – Densidade; AB – Área basal; Riq – Riqueza de espécies.
185
Matriz circundante
A classificação da matriz circundante mostrou que, na distância de 100 metros, 61%
da matriz é formada por pastagem, seguida de áreas em regeneração natural (28%) Conforme
há o distanciamento dos plantios a pastagem diminui gradativamente e as áreas de
regeneração natural e florestas aumentam (Tab. 5; Fig. 7).
Tabela 5: Porcentagem de cobertura de seis classes de cobertura do solo em três distâncias
diferentes a partir de áreas com plantios de mudas nativas na Reserva Biológica Poço das
Antas, RJ.
Dist Pastagem Agricultura Regeneração Construção Plantios Floresta Total
(%)
100 m 60.49 1.19 27.78 5.02 4.40 1.11 100
200 m 57.89 2.81 31.90 3.58 2.77 1.06 100
400 m 48.42 3.48 37.52 2.25 3.15 5.18 100
Distância
0 1 2 3 4
Porc
en
tage
m
0
10
20
30
40
50
60
70
Pastagem
Regeneração
Floresta
Figura 7: Porcentagem de cobertura de pastagem, fragmentos em regeneração natural e fragmentos de floresta secundária, em três distanciamentos a partir de áreas com plantios de
mudas nativas na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ.
A tabela 6 mostra que a correlação entre a matriz circundante com a densidade e a
riqueza de espécies nos plantios foi alta, acima de (+/-) 0,7 em quase todas as análises ou
média (entre (+/-) 0,3 e 0,7), nas restantes. No geral as análises mostram que as áreas mais
próximas estão mais correlacionadas à riqueza e densidade de árvores e arvoretas. No entanto,
186
a correlação é inversa entre porcentagem de áreas florestais (plantios, regeneração natural e
florestas secundárias) e áreas de pastagens.
Tabela 6: Correlação de Pearson relacionando a
porcentagem de áreas em regeneração natural e a
densidade de árvores (Dens.arv), densidade de arvoretas
(Dens.reg), riqueza de árvores (Riq.arv) e riqueza de
arvoretas (Riq.reg).
local Dist Dens.arv Dens.reg Riq.arv Riq.reg
Reg 100m 0,735 0,916 -0,969 0,781
400m 0,690 0,889 -0,951 0,739
Past 100m -0,747 -0,923 0,973 -0,792
400m -0,590 -0,822 0,903 -0,646
4 - Discussão
O estudo demonstrou uma riqueza relativamente alta, considerando que foram plantadas
33 espécies (Sansevero 2008) e atualmente as áreas apresentam 142, no entanto, este valor foi
à somatória de todos os seis plantios estudados e entre ambos os estratos. Contudo, 40%
destas espécies, ocorre de forma exclusiva, em apenas uma das doze amostragens. As espécies
que ocorrem em mais de cinco amostragens equivalem a menos de 30 % do total de espécies.
Isto demonstra que os modelos utilizados influenciam muito na distinção da regeneração
natural. Segundo Viani et al, (2010), plantios funcionarão como facilitadores para
estabelecimento de novas espécies, sendo assim, dependendo do tipo da floresta implantada,
diferentemente será o estabelecimento das espécies (Lugo 1992, Parrota 1999).
Compreender como estão se organizando as comunidades e populações vegetais em
ambientes florestais, inclusive em áreas em restauração, desde sua estrutura espacial até
funcional, é fundamental para definir estratégias de manejo e conservação dos recursos
florestais (Law et al. 2009). No entanto, o estudo e a avaliação da restauração não são
simples, com amplos debates em torno do que caracteriza a restauração bem-sucedida e a
melhor forma de medi-la (Wortley et al. 2013). Higgs (1997) argumentou que há a
necessidade de olhar para além de ecologia, vendo os fatores históricos, social, cultural,
político, estéticos e aspectos morais na definição das metas para restauração. Além destes
fatores, a influência da mudança climática (Seabrook et al. 2011), e as circunstâncias
187
socioeconômicas (Burke e Mitchell 2007; Hobbs 2009; Le et al. 2012), afetam o modo como
o sucesso de restauração deve ser definido e medido, e sintetizar esses debates podem levar
para o desenvolvimento de indicadores úteis.
Outros fatores que podem promover a variação da regeneração natural são: a
disponibilidade de propágulos no solo e em fragmentos próximos (Holl et al. 2000; Cubinã e
Aide 2001), a capacidade de cobertura das espécies pioneiras, o nível de impacto no solo
(Guariguata e Ostertag 2001), o período do ano em que a pastagem foi abandonada e a
capacidade de crescimento e permanência da espécie de forrageira utilizada (Vieira e Pessoa
2001). Os fragmentos pequenos são geralmente desconsiderados em programas de
conservação porque, segundo a ideia corrente, estes remanescentes apresentariam menor
riqueza de espécies, tanto pelo efeito da redução de área, quanto por sua maior exposição a
fatores de perturbação (Turner e Corlett 1996).
Neste trabalho foram apresentadas diferenças nos padrões de regeneração natural entre as
comunidades. Estes resultados nos mostram três fatores que se apresentaram importantes e
que devem ser levados em consideração nas áreas de estudo. Primeiramente o relevo, onde
ambientes de morrote e de baixada devem ser tratados de forma diferentes e deve ser
considerada esta diferença para a escolha do modelo de restauração a ser aplicado. O segundo
fator é a geração, havendo mais proximidade entre as arvoretas de diferentes plantios do que
entre comunidades de árvores de um mesmo plantio. O terceiro fator é o distanciamento,
plantios mais próximos obtiveram similaridades mais próximas. Os plantios “um” e “dois”,
que são próximos em distância, também foram mais próximos em similaridade florística, o
mesmo ocorreu entre os outros plantios, quando comparada diferentes gerações. A diferença
entre árvores e arvoretas foi mostrada por Cheung et al. (2009), que apresentou grande
diferença entre a regeneração natural na florística e estrutura que são mais evidentes entre os
primeiros anos.
Em um estudo na Rebio Poço das Antas Sansevero et al. (2011) mostrou que havia uma
baixa similaridade entre as árvores e as arvoretas e estes sugerem que as árvores afetaram o
recrutamento dos locais, atraindo dispersores e assim mudando a florística do ambiente.
Segundo Zamora e Montagnini (2007), a estrutura arbórea pode auxiliar na chuva de sementes
e consequentemente afetar a composição natural da regeneração natural (Mesquita et al.
2001).
Segundo Murcia (1995) e Rodrigues e Nascimento (2006), quanto menor o tamanho do
fragmento, maior a área de impacto das ações externas dentro da comunidade. Este efeito
pode ser evidenciado, principalmente, pelo aumento da penetração de luz e vento na formação
188
florestal (Bierregaard et al. 1992), o que resulta na elevação da temperatura do ar, diminuindo
a umidade no interior do fragmento (Kapos et al. 1997). Fragmentos pequenos mostram
grande variação em muitos trabalhos (Turner e Corlett 1996). No entanto, os ambientes de
borda não são completamente danosos para a vegetação, apenas criam um ambiente de
seleção, onde fica favorável para algumas espécies e desfavorável para outras (Rodrigues e
Nascimento 2006). De qualquer forma, assim como fragmentos menores, plantios em
menores proporções estão sujeitos a efeitos estocásticos mais abruptos, tanto de ordem
genética, quanto demográfica (Meffe e Carrol 1994; Wilson 1997).
Os resultados de setorização dos plantios deste trabalho mostraram que, fragmentos
pequenos não são influenciados de forma uniforme pelo efeito de borda. Apesar de estes
plantios possuírem pequenas escalas, formando fragmentos florestais com baixa extensão,
estes se mostraram setorizados, com diferenças na riqueza e na densidade entre a região
interna, espaçamento mínimo de 30 metros de qualquer borda, e as áreas externas. Nos
plantios de baixada, a densidade dos plantios é maior nas áreas interiores dos mesmos. A
borda externa destes, com limites para a estrada possui um efeito mais evidente, possuindo
riqueza e densidade mais baixa. A borda interna, com limites para o interior da Rebio, apesar
de possuir densidade menor, semelhante à borda externa, possui riqueza maior, inclusive
maior que a parte interna. Isto mostra que esta área mais protegida tem uma vantagem na
regeneração natural.
Nos plantios de morrote claramente pode se ver que a densidade está na parte mais baixa.
Isto deve estar relacionado com o fato de que há um maior acúmulo de sementes nestas áreas
e estas são menos íngremes. Havendo uma maior densidade arbórea, com isto, também deve
haver maior umidade, facilitando para o estabelecimento das sementes. A densidade mais alta
pode ser o fator que está proporcionando riqueza mais alta na área.
Quanto à densidade das áreas de baixada ser maiores que das áreas de morrote, deve ser
levado em consideração à densidade de indivíduos de Piper sp., abundante nas áreas de
baixada. No entanto, a relação entre as piperáceas e o restante da regeneração teria que ser
analisada mais a fundo com estudos de alelopatia e ensaios de retirada dos mesmos das áreas
para analisar a reação da vegetação. Sansevero et al (2011), também encontrou densidade
maior nas áreas de baixada.
Uma das funções dos plantios é se expandir pela matriz ao redor e colonizar áreas de pasto
que o rodeiam (Sant´Anna et al. 2011). Em muitos ambientes o pasto, por algumas razões,
não permite que a matriz florestal se expanda (Sant´Anna et al. 2011). No caso destes plantios
houve uma expansão dos ambientes em contato com o pasto, em pequenas proporções, no
189
entanto, importante para o estabelecimento da vegetação florestal. Os plantios com maior
espaçamento foram aqueles que mais expandiram, no entanto a falta de réplica quanto ao
distanciamento impede que haja uma avaliação mais efetiva sobre este fator.
A matriz de pastagem influencia negativamente as áreas de plantios, pois facilitam a
entrada e estabelecimento de espécies exóticas, principalmente de gramíneas (Souza & Batista
2004) e com isso, vem a limita o recrutamento de árvores e arvoretas (Guariguata et al. 1995).
A influência também está no fator da chegada de propágulos, sendo que muitos dispersores
não atravessam a matriz herbácea com grandes extensões, desta forma, a proximidade com
algum remanescente florestal mostra-se um fator de grande relevância (Tabareli et al. 2005).
Os fragmentos florestais encontrados na matriz estudada, independente da idade dos mesmos,
foram importantes para a regeneração natural dos locais em recuperação. Não apenas por
servir de fonte de plantas e animais, mas a manutenção de alguma cobertura arbórea, até
mesmo de sistemas agroflorestais ou cercas-vivas, e podem prover sementes de algumas
espécies que facilitam a movimentação de animais (Harvey et al. 2008).
O fator matriz circundante demostra que fragmentos de regeneração próximos estão muito
relacionados com a densidade de indivíduos que chegam aos plantios, tanto da vegetação
arbórea como arbustiva, tendo uma relação maior quando estão próximos aos mesmos. A
matriz de pastagem também teve alta correlação, mas em todos os casos a correlação foi
contrária à matriz florestal, formada por outros plantios, fragmentos de florestas secundárias e
fragmentos de florestas em regeneração natural.
Algumas variáveis analisadas parecem semelhantes aos modelos utilizados no estudo.
Obviamente devem ser levadas em consideração as características particulares de cada local,
assim como a formação de solo, intemperismo e espécies predominantes. No entanto, sabe-se
que diferenças nutricionais de solo podem ser mais evidentes em ambientes mais degradados.
Estas comparações demonstram que em muitos fatores os plantios estão se reestruturando
bem entanto os ambientes de morrote são os mais difíceis de recuperação. Sendo desta forma
os ambientes com maior prioridade para a conservação e restabelecimento das espécies
vegetais.
190
5 - Conclusões
Muitas espécies ocorrem de forma exclusiva, poucas espécies ocorrem em muitos
plantios, não havendo um padrão geral para o estabelecimento;
As áreas de baixada de morrote devem ser tratadas de forma diferente, em todos os
modelos utilizados deve-se usar espécies que se adaptam melhor a cada ambiente;
Os plantios, possuem áreas distintas em seu interior. Em áreas de baixada a densidade
está concentrada principalmente no centro dos mesmos, tanto para árvores quanto para
arvoretas;
A riqueza é maior nas áreas mais próximas da borda interna, com limites para dentro da
reserva, isto para ambos os estratos. Em áreas de morrote a densidade é maior na área mais
baixa e menos íngreme, tanto para árvores quanto para arvoretas; O mesmo ocorre para
riqueza.
As áreas mais próximas dos plantios são aquelas que possuem maior relação com a
regeneração natural dos plantios.
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196
Capítulo III
Variações ambientais e florísticas em diferentes modelos de
restauração ambiental, pastagem e florestas na Reserva
Biológica Poço das Antas, RJ¹2
Richieri Antonio Sartori², Pablo José Francisco Pena Rodrigues³, Luiz Fernando Duarte de Moraes4
1 Artigo sendo estruturado para enviar à Restoration Ecology;
2 Escola Nacional de Botânica Tropical/Jardim Botânico do Rio de Janeiro – Rua Pacheco Leão n
o. 2040 - Solar
da Imperatriz CEP 22460-036, Horto – Rio de Janeiro, RJ - Brazil [email protected]. 3Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Diretoria de Pesquisa Científica, Rio de Janeiro,
Brazil. 4Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), Rodovia BR-465, 7 - Seropédica - RJ, 23890-000,
Brazil
197
Resumo:
Questões: As variações abióticas do ecossistema estão entre os principais fatores que
determinam a variação espacial das comunidades vegetais. Dentre estes estão o estoque de
serapilheira, as condições edáficas e a entrada de luz pelo dossel. Tão importante quando a
restauração da comunidade vegetal, também está o restabelecimento dos atributos ambientais.
Local: Reserva Biológica Poço das Antas, RJ (22º32´17´´S, 42º16´50´´W).
Objetivos: Avaliar quais os fatores ambientais que mais influenciam na distribuição espacial
da vegetação e avaliar a restauração das variáveis ambientais de áreas em restauração
ambiental, tendo como controle áreas de florestas maduras.
Metodologia: A correlação das áreas de plantios e a matriz vegetal ao redor dos plantios
foram feitas utilizando dados fitossociológicos para o estrato arbóreo e para o estrato
subarbóreos, relacionados com dados abióticos. As variáveis abióticas coletadas foram
serapilheira, (através de 36 coletas compostas por área de estudo), variáveis edáficas (10
coletas compostas de solo por ambiente). Destas foram feitas análises químicas e físicas. Por
fim, foi quantificado o índice de área foliar através de fotos de dossel com lentes Fisheye
acopladas à câmera fotográfica.
Resultados: Na correspondência canônica para a matriz arbórea, somente nove variáveis
foram selecionadas. Os eixos mais importantes responderam por 24,4% no primeiro eixo e
19,5% no segundo. Para a matriz subarbóreos, oito variáveis edáficas foram selecionadas para
a CCA. Os eixos mais importantes responderam por 23,0% no primeiro eixo e 17,1% pelo
segundo. A abertura do dossel diferiu principalmente entre as áreas de baixada e morrote.
Todos os modelos de restauração possuem cobertura florestal semelhante à área de floresta
madura. Os locais com maior estoque de serrapilheira registrado foram floresta morrote (FM)
com 10 toneladas por hectare seguido de plantio 12 (P12) com 9,7. A fração com maior
porcentagem na serrapilheira total foi miscelânea.
Conclusões: Há grande distinção entre áreas de floresta e áreas de restauração. O dossel das
áreas de baixada se mostra muito semelhante entre os modelos de restauração ambiental e as
áreas modelo. O acúmulo de matéria orgânica foi muito diferente em todas as áreas, não
havendo uma caracterização evidente de restauração através da mesma.
Palavras-chave: Abertura de dossel; CCA; Serrapilheira; variáveis abióticas; Variáveis
edáficas;
198
Abstract:
Question: The abiotic factors of the ecosystem are among the major factors that could
determine the spatial variation of plant communities. Among these are litter, soil conditions,
slope and input light through the canopy. As important as the restoration of plant
communities, also this restoration of environmental attributes.
Location: Biological Reserve Poço das Antas, RJ (22 º 32'17 '' S, 42 º 16'50 '' W).
Objectives: Evaluate the environmental factors that influence the spatial distribution of
vegetation and evaluate the restoration of environmental variables on environmental
restoration areas, with the control areas of mature forests.
Methodology: The correlation between the matrixes of plants was made using
fitosociological data for the tree stratum and the sub - arboreal stratum associated with abiotic
data. The abiotic variables collected were: litter, made through 36 samples by study area.
Were made 10 samplings of the soil, which were divided into two layers, first 0 to 5 cm of
depth and other of 5.1 to 20cm. These were taken to chemical and physical analyzes. Finally,
we quantified the leaf area index through photos of canopy with fisheye lens attached to the
camera.
Results: In the canonical correlation matrix for the tree, only nine variables were selected.
The most important axes accounted for 24.4% in the first axis and 19.5 % in the second. For
sub - arboreal array eight soil variables were selected for the CCA. The most important axes
accounted for 23.0 % in the first axis and 17.1 % for the second. The canopy openness
differed between areas mainly between lowland and hillock. All models have a restore
vegetation cover similar to the area of forest. Sites with largest inventory of forest litter were
recorded hillock (FM) with 10 tons per hectare followed by planting 12 (P12) to 9.7. The
fraction with the highest percentage in the total litter was miscellaneous.
Conclusions: There is a great distinction between forest areas and restoration areas. The
canopy of the lowland areas are shown very similar between the models of environmental
restoration and area model. The accumulation of organic matter was very different in all
areas, not having a clear characterization of restoration through.
Keywords: abiotic variables; CCA; Litter; opening canopy, soil variables;
199
1 – Introdução
A Mata Atlântica, por sua enorme biodiversidade e por estar tão ameaçada, faz com
que seja a ecoregião brasileira com maior prioridade para a conservação e, para isto, faz-se
necessário conhecê-la (Myers 1988, 2000; Hanazaki 1996), não somente por seus fatores
bióticos, mas também todas as características ambientais (Silva & Scariot 2003). Com base no
censo populacional de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE 2013),
108 milhões de habitantes, em mais de 3.406 municípios, correspondendo a 62% do número
de municípios brasileiros estão inseridos no território de Mata Atlântica. Esta ocupação não
somente retrata o caráter social recorrente no país, mas também o contexto histórico e
econômico, com a ocupação da costa brasileira e exploração dos seus recursos naturais com a
destruição das florestas, formação de pastagens e esgotamento do ambiente como um todo,
exaurindo os principais componentes abióticos que a suportam (Geoscape Brasil 2001). O
relacionamento entre o padrão espacial e processos ecológicos tem sido um tema central na
ecologia da paisagem e, mais recentemente, em restauração (Wu & Hobbs 2002).
O processo dinâmico da comunidade vegetal das florestas tropicais apresenta grande
variação em pequenas distâncias, que produzem uma heterogeneidade espacial sobre a
fisionomia estrutural e composição florística (Whitmore 1989; Lieberman & Lieberman 1989;
1994; Felfili 1995; Appolinário et al. 2005, Machado & Oliveira-Filho 2010). Esta
heterogeneidade ambiental é resultado de combinações ou interações de muitos fatores, entre
os quais variação dos fatores abióticos (Martinez-Ramos 1985; Denslow 1987). Desta forma,
a degradação ambiental não implica somente no desmatamento, mas também, na perda da
integridade ambiental, que promove perda a capacidade do ecossistema de sustentar e manter
uma comunidade em equilíbrio, e inclui questões como saúde do ecossistema, biodiversidade
e estabilidade (Andreasen et al. 2001). A degradação da qualidade do solo pode resultar da
crescente quebra de macro agregados, de reduções na comunidade microbiana e na perda de
matéria orgânica, causadas por queimadas, desmatamento, preparo do solo e erosão intensa,
intensificado por sua declividade (Islam & Weill 2000). Outro fator importante é a penetração
da luz ao longo do perfil do dossel que desempenha um papel extremamente importante na
regeneração natural e na produtividade primária das plantas que se desenvolvem na sombra de
matas fechadas (Chazdon 1988; Leakey et al, 2005, Lüttge 2008).
A heterogeneidade ambiental influencia muito nas variáveis da estrutura biótica.
Locais mais íngremes, como as encostas onde há maior irradiação, tendem a ter maiores
temperaturas e taxas de evapotranspiração com a consequente redução do teor de umidade do
200
solo e do ar (Spurr & Barnes 1973), além de mudanças nas características químicas do solo e
na vegetação composição. Alguns outros estudos têm mostrado os efeitos das variáveis
edáficas, função do relevo, em relação direta com a vegetação (Oliveira Filho et al. 1994,
1998; Carvalho et al. 2006; Lyon & Sagers 2003),
Nesse sentido, o presente estudo objetivou avaliar as variáveis ambientais de
diferentes modelos de restauração ambiental, quantificando as variáveis edáficas e entrada de
luz para determinar quais fatores possui maior correlação na efetividade de restauração em
diferentes modelos de restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas.
2 – Material e métodos
2.1 - Caracterização da área de estudos
O estudo foi conduzido na Reserva Biológica Poço das Antas (RBPDA), situada no
estado do Rio de Janeiro, município de Silva Jardim, entre as coordenadas 22º 30` e 22º 33` S
e 42º 15´ e 42º 19` W, com uma área de 5,160 ha (Fig. 1). O clima da região é Aw, segundo a
classificação de Köppen, com precipitação média anual de 1.900 mm, bem distribuída ao
longo do ano e uma pequena estação seca entre os meses de maio a agosto (Fig. 2) (Lima et
al, 2006). Os solos predominantes são Latossolos vermelho amarelos e solos aluviais
(Takizawa 1995). Originalmente a RBPDA era coberta pela Floresta Ombrófila Densa de
Terras Baixas (Veloso et al., 1991) com formações permanentemente ou periodicamente
alagadas, além de florestas sem influência pluvial localizadas nos morros e morrotes
mamelonares. No entanto, com a ocupação da região, extensas áreas de floresta foram
desmatadas e substituídas por pastagens e outras culturas agrícolas. Resultante deste processo,
a vegetação atualmente é formada por um grande mosaico composto por pastagens
abandonadas, formações secundárias e florestas em estágio avançado de sucessão. No estudo
realizado por Lima et al. (2006), na caracterização e mapeamento da cobertura vegetal da
Rebio, foram identificados, delimitadas e descritos seis unidades fisionômicas: floresta
submontana, floresta aluvial, formação pioneira com influência fluvial, capoeira submontana,
capoeira aluvial e campo antrópico. Segundo os autores, apenas 52% dos 5,160 ha da reserva
estão cobertos por florestas, sendo todo restante formado por áreas com maior ou menor grau
de perturbação.
201
Figura 1 – Mapa da Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, Fonte: Sansevero (2008) adaptada.
2.2 - Amostragem da vegetação
O estudo foi realizado em áreas de floresta madura, áreas de regeneração natural,
pastagens e plantios de mudas nativas. Todos contando com áreas de relevo plano, úmido e
não inundado, chamados de baixada e áreas inclinadas, com elevação entre 30 e 200 metros,
inclinação variando entre 30 e 55 graus e mais secas, chamadas de morrotes. Cada área possui
três repetições, exceto nos plantios, que são amostras únicas.
Todas as áreas foram amostradas através de parcelas (Mueller-Dombois & Ellenberg
1974). As áreas de floresta e regeneração natural foram amostradas a partir de nove parcelas
em blocos de 30 x 60 metros, por relevo, três em cada repetição. Cada uma das parcelas foi
subdividida em 18 subparcelas de 100 m² e destas foram sorteadas seis para avaliar a
vegetação (Fig. 2). Dentro de cada subparcela de 10 x 10 m foram amostrados indivíduos
pertencentes a dois estratos, arbitrariamente classificados como estrato arbóreo e subarbóreos,
semelhante Sansevero et al., (2009). Foram considerados pertencentes ao estrato arbóreo,
todos aqueles indivíduos com diâmetro a altura do peito (DAP) ≥ 5 cm encontrados dentro das
subparcelas de 100 m² sorteadas. O estrato subarbóreo, também chamado de arvoretas ou de
regeneração, foi composto por indivíduos com H ≥ 1,5 m e DAP < 5 cm, ou seja, indivíduos
arbóreos jovens. Estes foram amostrados através de subparcelas de 5 x 5 m alocadas dentro de
cada uma das seis subparcela de 10 x 10 m sorteadas.
202
Figura 2 – Figura modificada de Sansevero et al (2009). Esquema de parcelas em blocos utilizado para amostrar a vegetação (A); subparcelas usadas inventários de
árvores e dentro da mesma as subparcelas de 5 x 5 m para estudo da regeneração (B), na Reserva Biológica Poço das Antas, Rio de Janeiro.
Os plantios foram amostrados a partir de parcelas de 10 x 10 m. Para a vegetação
arbórea não foi utilizado amostragem e sim censo, onde todos os indivíduos com (DAP) ≥ 5
cm foram inventariados. Para o levantamento da vegetação subarbórea foram sorteadas 12
parcelas, totalizando uma área de 1200 m² por plantio, amostrados de forma aleatória
estratificada, para que fosse capturada a maior variação possível dentro dos mesmos,
distanciadas pelo menos 50 metros uma das outras, dentro de cada estratificação.
Todos os indivíduos registrados foram marcados com plaquetas de alumínio
numeradas, tiveram seu DAP medido, a altura estimada com ajuda do podão de cinco metros
e identificada até nível de espécie, quando possível. Não foram registrados lianas e indivíduos
mortos.
2.3 - Variáveis edáficas
Com ajuda de um trado, foram coletadas amostras compostas de solo de dois estratos: a)
solo superficial de 0 a 5 cm de profundidade, havendo a discriminação da serrapilheira do
local e b) solo de 5,1 a 20 cm de profundidade, sendo retirado imediatamente abaixo de “a”.
Em cada local de estudo foram coletados 10 amostras compostas, formadas por cinco de cada
estrato, totalizando assim 120 coletas compostas. Para determinar os locais de coletas de cada
amostra houve um sorteio de cinco das nove parcelas de 30 x 60m. Cada amostra composta
foi formada por cinco coletas simples, coletadas nos quatro vértices de cada parcela e uma
central. As análises químicas e granulométricas foram realizadas no laboratório de fertilidade
e de física dos solos da Universidade Federal de Lavras, de acordo com os métodos
203
recomendados por Santos et al. (2000). As variáveis de solo obtidas foram: Potencial
hidrogeniônico (pH); potencial de fósforo remanescente (P Rem), teores de fósforo (P),
potássio (K), cálcio (Ca), Magnésio (Mg), enxofre (S), ferro (Fe) e Alumínio (Al); soma de
bases trocáveis (SB); saturação por bases (V), capacidade de troca catiônica efetiva (t),
capacidade de troca catiônica a ph = 7,0 (T), acidez potencial (H + Al) e saturação por
alumínio (m); proporções de matéria orgânica (MO), e de areia, silte e argila.
Para a realização das análises estatísticas, dos dados edáficos, primeiramente foram
verificados os cumprimentos das condicionantes da análise de variância (variâncias
homogêneas; erros aleatórios, independentes e normalmente distribuídos; médias e variâncias
não correlacionadas). Inicialmente foi testado se haveria diferenças significativas entre os
estratos. Posteriormente, foram feitos testes de significância para todas as variáveis, par a par,
para saber o que realmente era significativamente diferente, feito a partir do teste t, isto se os
dados preliminares tiverem distribuição normal.
As análises de correspondência canônica (CCA) foram realizadas através do programa
R (R Core 2012), utilizando do pacote Vegan (Oksanen et al. 2008). Para o mesmo foram
utilizadas as matrizes de variáveis edáficas relacionadas com a abundância de espécies,
separadamente, arbóreas e arvoretas. Os dados foram padronizados por logaritmos + 1 para
corrigir a assimetria dos dados. As variáveis foram selecionadas por stepwise, utilizando teste
de permutação. O fator de inflação (VIF) foi verificado para excluir as variáveis
multicolineares, utilizando o critério de Oksanen (2011) em que valores de VIF menores que
1 não apresentam multicolinearidade, de 1 até 10, possuem multicolinearidade aceitável e
acima de 10, multicolinearidade problemática. Para verificar a significância da CCA foi
utilizado teste de permutação para o modelo, para as variáveis e para os eixos. Os gráficos
foram feitos também a partir do pacote citado.
2.4 - Serrapilheira
Nas áreas de floresta e regeneração natural, foram feitas quatro coletas compostas em
cada uma das parcelas de 30 x 60 m, totalizando 36 coletas simples em cada ambiente. Nos
plantios foram sorteados de forma aleatória estratificada 36 parcelas para as coletas, tendo
assim em cada ambiente 36 coletas compostas, totalizando 432 coletas. Cada amostra
composta foi produzida a partir de cinco amostras simples coletadas com ajuda de um
gabarito de PVC com 20 cm de diâmetro. As coletas simples foram feitas em quatro das seis
subparcelas, sendo feitas em cada vértice e no centro juntas em uma mesma amostra
formando a coleta composta, no total foram coletadas 2160 coletas simples.
204
Para a realização das análises estatísticas, primeiramente foram verificados os
cumprimentos das condicionantes da análise de variância (variâncias homogêneas; erros
aleatórios, independentes e normalmente distribuídos; médias e variâncias não
correlacionadas). Quando os dados não cumpriram tais condicionantes mesmo após
transformação, utilizou-se a análise não paramétrica (Teste de Mann-Whitney). Na análise
paramétrica, será realizada a ANOVA, seguido de teste de comparação de médias (Teste de
Fisher LSD 95%). Todos os cálculos estatísticos foram realizados com o software livre R
versão 3.0.2. (R core 2013).
Quanto às análises, foi feita análise de normalidade utilizado o teste de Shapiro –
Wilk, que mostrou que nem todas as amostras possuem distribuição normal. Desta forma
empregou-se o uso da análise de variância não paramétrica de Kruskal – Wallis, com p <
0,05.
2.5 - Abertura de dossel
A abertura do dossel foi medida através de fotografias hemisféricas obtidas com uma
câmera Nikon Coolpix 4300 e uma lente fisheye FC-E8. Nas áreas de floresta e regeneração
natural foi efetuada uma foto no centro de cada uma das subparcelas alocadas para o estudo
da vegetação. Em todos os locais as fotos foram feitas a um metro de altura do solo com o
auxílio de um tripé. Sendo assim, em cada um destes ambientes foram retiradas 54 fotos. Nos
plantios foram sorteadas 54 parcelas onde foram retiradas as fotos com a mesma metodologia
utilizada nos outros ambientes. No total foram retiradas 540 fotos de dossel. As fotos
desfocadas ou com algum problema na imagem foram refeitas. Foi utilizado um nível de
bolha e uma bússola para nivelar a câmera e orientá-la para o norte magnético. Todas as
fotografias foram obtidas durante o amanhecer, o entardecer ou com o tempo uniformemente
nublado. As fotografias foram preparadas com o programa SideLook (no modo de threshold
automático) e posteriormente analisadas através do programa Gap Light Analyzer.
Todos os locais foram comparados estatisticamente a partir de análise de variância,
feito no programa R.
3 Resultados
3.1 – Variáveis edáficas
Os resultados mostraram que entre as diferentes profundidades dos solos não há
diferenças significativas. As comparações entre as áreas e as variáveis edáficas mostraram que
205
entre as áreas de floresta e as áreas de restauração em baixada são poucas as diferenças, no
entanto, existem diferenças claras entre estas e as áreas de restauração em morrote. As áreas
de morrote são mais básicas, com pH superior à 5.0 na maioria dos casos. Todos os dados
edáficos estão apresentados em anexo I.
Para a matriz arbórea, somente nove variáveis foram selecionadas para a
correspondência canônica. Os resultados foram significativos para todas as variáveis, para o
modelo e para oito dos nove eixos. Os eixos mais importantes responderam por 24,4% e
19,5%, dividindo a matriz vegetacional arbórea em três grupos: primeiramente as áreas de
floresta, tanto de baixada como de morrote, distantes do restante dos grupos, influenciadas
principalmente por “Ca”, “T”, “M” e “P_Rem”, influenciado por espécies como Astrocaryum
aculeatissimum (Schott) Burret (Arecaceae) e Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. (Rubiaceae).
Os grupos de restauração em baixada tiveram pequena separação entre os mesmos, com uma
pequena distinção para as áreas de pastagens de baixada, influenciadas por M.O. Silte, K e
Mg com características principais da espécie Guarea guidonia (L.) Sleumer (Meliaceae). As
áreas em restauração de morrote permaneceram em um agrupamento, formando desta forma
as áreas de plantios, regeneração natural e pastagens em um conjunto não distinguível,
influenciados principalmente por K e P_Rem, com características fortes de Gochnatia
polymorpha (Less.) Cabrera (Asteraceae), Nectandra reticulata (Ruiz & Pav.) Mez
(Lauraceae) e Myrcia splendens (Sw.) DC. (Myrtaceae).
Para a matriz subarbórea, oito variáveis edáficas foram selecionadas para a
correspondência canônica. Os eixos mais importantes responderam por 23,0% e 17,1%.
Ficaram separados da mesma forma que a matriz arbórea, no entanto com outras
características influenciando. Primeiramente as áreas de floresta, tanto de baixada como de
morrote, distantes do restante dos grupos, influenciadas principalmente por “Ca”, “Al” e
“P_Rem”, influenciado por espécies como Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret,
família Arecaceae, Bathysa stipulata (Vell.) C. Presl. (Rubiaceae) e Inga capitata Desv.
(Fabaceae). Os grupos de restauração em baixada ficaram agrupados havendo pouca
separação entre os mesmos, influenciadas por “H”, “M.O.”, “V” e “argila” com características
principais da espécie Guarea guidonia (L.) Sleumer (Meliaceae), Macrotorus utriculatus
Perkins (Monimeaceae) e Palicourea macrobotrys (Ruiz. & Pav.) Roem. & Schultz
(Rubiaceae). As áreas em restauração de morrote permaneceram segregadas do restante das
outras áreas, influenciados principalmente por “K” e “V”, com características fortes de
Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera (Asteraceae), Albizia pedicellaris (DC.) L. Rico
(Fabaceae) e Myrcia splendens (Sw.) DC. (Myrtaceae).
206
Figura 3 Análise canônica entre as variáveis ambientais e florísticas arbóreas em diferentes modelos de restauração, pasto e floresta na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ. Onde: FB
= floresta baixada; FM = floresta morrote; RB = regeneração baixada; RM = regeneração morrote; P1 = plantio 1; P2 = plantio 2; P6 = plantio 6; P7 = plantio 7; P11 = plantio 11; P12 = plantio 12; PB = pasto baixada; e PM = pasto morrote.
Figura 4 Análise canônica entre as variáveis ambientais e florísticas subarbóreas em
diferentes modelos de restauração, pastagens e floresta na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ. Onde: FB = floresta baixada; FM = floresta morrote; RB = regeneração baixada; RM =
regeneração morrote; P1 = plantio 1; P2 = plantio 2; P6 = plantio 6; P7 = plantio 7; P11 = plantio 11; P12 = plantio 12; PB = pasto baixada; e PM = pasto morrote.
207
3.2 – Aberturas de Dossel
A abertura do dossel diferiu entre as áreas de baixada e morrote (Tab. 1). Todos os
modelos de restauração de baixada possuem cobertura vegetal semelhante à área de floresta.
A área controle, floresta, apresentou, no entanto média menor do que nas áreas em
restauração. As áreas de morrote diferiram muito entre si, não havendo semelhança estatística
entre nenhuma área estudada. O plantio 12 foi semelhante, estatisticamente, com os plantios
dois e seis, no entanto, é diferente da sua área controle, que é a área de floresta morrote. A
área de regeneração natural de morrote possui a maior abertura de dossel com média de pouco
mais de 25% de abertura (fig. 5).
Figura 5 Porcentagem da abertura de dossel em diferentes modelos de restauração e floresta na Reserva Biológica Poço das Antas, RJ, Flo_bai = floresta baixada; Flo_mor = floresta
morrote; Reg_baix = regeneração baixada; Reg_mor = regeneração morrote; P1 = plantio 1; P2 = plantio 2; P6 = plantio 6; P7 = plantio 7; P11 = plantio 11; P12 = plantio 12,
Tabela 1 Médias da abertura do dossel e seus respectivos erros de diferentes modelos de
restauração e florestas na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, Locais com a mesma letra não mostraram diferenças significativas,
Locais Dossel
Floresta Baixada 8,14a ± 0,58
Floresta Morrote 8,61a ± 0,78
Regeneração Baixada 9,13 a ± 0,70
Regeneração Morrote 25,21c ± 5,15
Plantio 1 9,95a ± 0,60
Plantio 2 11,33a,b ± 1,06
Plantio 6 10,75a,b ± 0,81
Plantio 7 9,60a ± 0,40
Plantio 11 17,56d ± 1,33
Plantio 12 13,76b ± 0,94
208
3.3 Serrapilheira
Os locais com maior estoque de serrapilheira registrado foram floresta morrote (FM)
com 10 toneladas por hectare seguido de plantio 12 (P12) com 9,7. Os locais que
representaram os menores estoques foram regeneração baixada (RB) com 3,9 toneladas por
hectare e floresta baixada (FB) com 4,8 (Tab. 2).
A fração com maior porcentagem na serrapilheira total foi miscelânea (57,7%),
seguida de folhas (24,1%), galhos (17,5%) e material reprodutivo com 0,92%. Este resultado
foi encontrado em todos os locais estudados (Tab. 3).
Tabela 3: Fração do estoque total de serrapilheira, em porcentagem, medido em diferentes modelos de restauração ambiental na Reserva
biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, RJ
FOLHA RAMOS MISCELANEA REPRODUTIVO
24,1 ± 8,3 17,5 ± 9,4 57,7 ± 32,2 0,9 ± 0,6
Os locais com maior porcentagem de folhas foram os plantios P1 e P2 e os locais com
menor proporção foram P11 e P12 (Fig. 6a). As maiores porcentagens de ramos estão na
regeneração baixada com 23,4%, seguida de P7 com 22,3%, as áreas com menores
porcentagens foram regeneração morrote com 8,52% e p1 com 12, 3% (Fig. 6b). As maiores
porcentagens de miscelânia estão em P11 e P12, com 69,8 e 70, 6%, respectivamente. As
menores porcentagens de miscelânea são em P2 e P7 com 44,5% e 47,4% respectivamente.
As porcentagens de órgãos reprodutivos foram baixas em todas as áreas, no entanto,
as maiores porcentagens foram encontradas em floresta baixada e em plantio 2, com 2,5 e
1,5%, respectivamente e as áreas com as menores proporções, foram regeneração morrote e
p11 com 0,025 e 0,18%, respectivamente.
Tabela 2: Estoque de serapilheira medido em diferentes modelos de
restauração ambiental na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta Morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 - Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 -
Plantio 12; RB – Regeneração baixada; e RM – Regeneração morrote,
TOTAL FB FM P1 P2 P6 P7 P11 P12 RB RM
Coleta/KG 2,2a 4,8b 2,9a 2,7a 2,7a 2,4a 3,9b 4,4b 1,8a 3,1c
Ton.ha-¹ 4,8 10 6,4 5,8 5,9 5,4 8,6 9,7 3,9 7 *Letras semelhantes, as amostras não diferem entre si no teste de Kruskal Wallis.
209
a) b)
c) d)
Figura 6: Estoque de serrapilheira medido em diferentes modelos de restauração ambiental
na Reserva biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta Morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio 2; P6 – Plantio 6; P7 - Plantio 7; P11 –
Plantio 11; P12 - Plantio 12; RB – Regeneração baixada; e RM – Regeneração morrote.
4 - Discussão
A influência de espécies dominantes nas áreas de restauração de Poço das Antas já
comprovada por Sansevero et al. (2011), mostrando que a espécies Guarea guidonea tem
grande domínio das áreas de restauração de baixada. Em áreas de morrote o mesmo já foi
comprovado por Sansevero (2008) e Tapia (2012), tendo Gochnatia polymorpha como a mais
dominante. Estas duas espécies são as mais representativas das áreas e não se sabe ao certo o
motivo da dominância ou mesmo se são invasoras, já que se acredita que o camará seja
natural de áreas de cerrado (Tapia 2012) e que esteja invadindo as áreas degradadas por um
processo de savanização. Desta mesma forma, não se sabe o efeito das mesmas a logo prazo,
se são facilitadoras ou se possuem grande competição com as outras espécies.
0
10
20
30
40
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11P12
Folh
as
(g)
0
10
20
30
40
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11 P12
Ga
lho
s (g
)
0
10
20
30
40
50
60
70
80
FB FM RB
RM P1
P2
P6
P7
P1
1
P1
2
Mis
celâ
nia
(g)
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
FB FM RB RM P1 P2 P6 P7 P11P12
Rep
rod
uti
vo (
g)
210
Tabela 4: Fração do estoque total em porcentagem de serrapilheira medido em diferentes modelos de restauração ambiental na Reserva biológica de Poço das Antas, Silva Jardim, RJ, Letras iguais representam amostras iguais, letras diferentes, amostras
significativamente diferentes, de acordo com o teste de Kruskal-wallis com p <0,05,Onde: FB – Floresta baixada; FM – Floresta Morrote; P1 – Plantio 1; P2 – Plantio
2; P6 – Plantio 6; P7 - Plantio 7; P11 – Plantio 11; P12 - Plantio 12; RB – Regeneração baixada; e RM – Regeneração morrote,
Folhas Ramos Miscelânia Reprodutivo Total
FB 16,1 ± 5,6a 13,7 ± 7,7ad 32,2 ± 13,9ab 1,6 ± 3,2a 63,6 ± 18,6ac
FM 25,5 ± 8,6bc 28,4 ± 14,4b 82 ± 32,3c 1,9 ± 4,1bc 137,9 ± 41,7b
RB 12,7 ± 3,1a 11,7 ± 8,5ac 25,8 ± 15,8a 0,3 ± 0,5ab 49,9 ± 16,5a
RM 27,4 ± 9bd 7,6 ± 5,3c 54,3 ± 20,1cd 0,1 ± 0,1b 89,3 ± 24,6de
P1 27,7 ± 8,2b 10 ± 5,1ac 42,8 ± 15,3bd 0,7 ± 1,3ab 81 ± 17,7cd
P2 27,8 ± 8,5b 12 ± 8,6ac 32,9 ± 16,6ab 1,2 ± 3,9ab 74 ± 20,1cd
P6 22,2 ± 6,6cd 13,9 ± 13,9ad 37,2 ± 21,5ab 1 ± 2,6ac 74,4 ± 28,6cd
P7 21,7 ± 7,1cd 15,1 ± 8,8ad 32,1 ± 17,7ab 0,1 ± 0,5b 67,8 ± 18,9ac
P11 13,2 ± 6,5a 20,1 ± 11,2bd 75,8 ± 34c 0,2 ± 0,6ab 108,6 ± 35,5bd
P12 15,2 ± 6,3a 19,7 ± 10,1bd 86,1 ± 35,9c 1 ± 5,4bc 122 ± 39be
A dominância destas espécies talvez seja a causa da segregação das áreas. Claramente
podem ser separados três tipos de vegetação, quando relacionados com as características
edáficas. Podemos classificar a vegetação em área florestal, independente do relevo, mesmo
em outros trabalhos podemos ver que áreas de florestas estão agrupadas em clados diferentes
em chaves de similaridade.
Os outros dois grupos vegetacionais, árvores e arvoretas, estão representados pela
segregação das áreas de baixada e de morrote. Assim como já representado no capítulo I, vem
reforçar a segregação e formação de grupos da CCA. A CCA de ambas as matrizes
representou esta segregação, no entanto com inclusão de variáveis edáficas e espécies.
O estudo de cobertura de dossel é de extrema importância para a compreensão da
regeneração e sucessão dentro de uma floresta. Um grande número de espécies florestais
depende da abertura de clareiras e entrada de luz para sua regeneração (Hartshorn, 1980).
Aberturas no dossel promovem a entrada de luz na floresta, que gera alterações ambientais e a
colonização por espécies de diferentes categorias sucessionais, presentes no banco de
plântulas ou de sementes do solo e/ou de indivíduos remanescentes (Martins et al. 2008).
Segundo Oliveira-Filho et al. (1998), as florestas maduras possuem um denso dossel e árvores
de grande porte, apresentando os menores índices de abertura. Em seu trabalho, atestou que
211
plantios de mais de 15 anos obtiveram valores parecidos com as áreas de florestas mais
antigas, criando um ambiente mais propício ao estabelecimento de espécies arbóreas e
inibição de herbáceas invasoras altamente dependentes de luz (Celentano et al. 2010), assim
como as áreas dos plantios de baixada que apresentaram valores próximos estatisticamente
das áreas controle. Porém, a área de regeneração natural de baixada apresentou um valor
ainda mais próximo aos das áreas controle. Mas nenhum dos locais de baixada diferiu
significativamente entre eles, não sendo possível caracterizar avanço sucessional desses locais
relacionado à abertura de dossel. Outro fator importante que representado pelas áreas de
baixada são as árvores mais altas, havendo um estrato mais espesso, formado por árvores em
diversas alturas. Quanto mais baixo o dossel da floresta mais o estrato superior é delgado.
Nas áreas de morrote, se vê que a abertura é maior em todos os modelos de
restauração. Na área de floresta a abertura e a altura do dossel são semelhantes às áreas de
baixada e a inclinação do terreno não favoreceu a entrada maior de luz. Apesar de todas as
áreas diferirem estatisticamente das áreas controle, é possível atestar um maior fechamento de
dossel em relação aos plantios quando comparados com a regeneração natural tanto
numericamente, quanto estatisticamente.
Pietro (2008) obteve valores que indicavam que dosséis pouco fechados acarretavam
em uma temperatura elevada e baixo teor de umidade. Isso pode prejudicar a dinâmica das
plântulas que são frágeis e a germinação das sementes, pois estas, segundo Vieira (2001),
variam em tempo de armazenagem e umidade interna, o que acarreta diferenças na
germinação. Temperatura, luminosidade e umidade são características que definem a
categoria sucessional de plantas, assim, é possível que a abertura de dossel tenha influenciado
diretamente nessa categorização.
Junior (2004) encontrou aberturas de dossel que variavam de 3,15% a 19,43% no
trecho floresta inicial e de 1,28 a 6,81% na floresta madura. Essa variação apresentou valores
médios correspondentes a 8,09% e 3,20% respectivamente, confirmando que os valores das
parcelas iniciais foram parecidos com os comumente encontrados em clareiras naturais e os
valores encontrados para floresta madura foram semelhantes aos encontrados em áreas bem
preservadas com dossel fechado. Utilizando essas médias, os dosséis analisados obtiveram
valores altos de abertura, onde as áreas controle, que são chamadas assim por estarem bem
preservadas, apresentaram valores correspondentes a florestas iniciais.
Abreu (2010) achou em sua área de estudo uma abertura de 6,16%, analisando
fragmentos de floresta atlântica com muitos anos sem distúrbio, reforçando a ideia das áreas
em estudo apresentarem uma grande abertura de dossel.
212
As coletas de serrapilheira ocorreram no mês de agosto, sendo este um mês
intermediário entre o mês de maior queda de serrapilheira (setembro) e o de menor queda
(julho) de acordo com Bray e Ghoran (1964) e Domingos (1997). Araujo (2002), Domingos
(1997), Martins e Rodrigues (1999) utilizaram coletores com fundos de náilon ou helanca
instalados acima do solo por suportes ou presos a árvores, onde a serrapilheira era retirada
periodicamente. Este modo de captura pode ter sido responsável pelo pouco acúmulo de
material de tamanhos menores. Pelo fato de a coleta neste trabalho ter sido feita manual e
diretamente no solo, aumentou-se a quantidade de miscelânea coletada bem como a de pedra
e areia presentes nestas coletas.
O maior volume de folhas coletado por Araujo (2002) no ambiente de floresta
secundária foi no mês de junho foi de 330,75 g, sendo este o mês com a menor quantidade, e
o mês de setembro o de maior com 1040.51g de acordo com seus dados. No plantio obteve-
se em fevereiro 969.32 g e em junho 372.07 g. No presente trabalho as coletas feitas em FM
apresentaram 919,72 g de folhas aproximando-se do valor de floresta secundária, porém FB
apresentou 578, 23 g o que o coloca próximo dos padrões encontrados no plantio tradicional.
O volume de folhas encontradas nos plantios P1, P2, P6, P7 e RM superaram aqueles dos
plantios Araujo (2002).
O valor encontrado para galhos por Araujo (2002) na mata secundária em setembro
foi de 693,54 g e em junho 162,87 g. Seu plantio tradicional apresentou 331,41 g em janeiro
e 26,08 g em junho. Encontrou-se valores superiores ao plantio em FM, FB, RB, P11, P12 e
P6. O único ambiente que alcançou os valores da fração reprodutor em floresta secundária de
Araujo (2002) foi RM. Todos os outros ambientes ficaram abaixo da máxima atingida pelo
plantio clássico.
5 - Conclusões:
As matrizes arbóreas e subarbóreas apresentam grande distinção entre áreas de floresta
e áreas de restauração.
O dossel das áreas de baixada se mostram muito semelhantes entre os modelos de
restauração ambiental e as áreas modelo. O mesmo não ocorre nas áreas de morrote. Nestas,
apesar das áreas controle serem semelhantes às áreas de baixada, os modelos de restauração se
mostram muito diferentes, com grande abertura de dossel.
O acúmulo de matéria orgânica foi muito diferente em todas as áreas, não havendo
uma caracterização evidente de restauração através da mesma.
213
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Anexo I: Variações edáficas com coletas a 20 cm de profundidade, de cada local estudado na Reserva Biológica Poço das Antas, Silva Jardim, RJ. Médias
seguidas de mesma letra não possuem diferenças significativas.
Flo.baix Flo.mor P1 p11 p12 P2 P6 P7 Past.bai Past.mor Reg.baix Reg.mor
Ph 3,9 ± 0,7ab 3,7 ± 0,5a 4,1 ± 0,1ab 5,1 ± 0,5cd 5,0 ± 0,4cd
4,3 ± 0,3ac
4,1 ± 0,2ae
4,7 ± 0,2bcde
4,4 ± 0,3ac
5,3 ± 0,2df
4,6 ± 0,3bcef
5,4 ± 0,3df
k 46,2 ± 24,6acd 29,6 ± 7,9ab 40,6 ± 14,1ace 21,8 ± 8ab 22,2 ± 5,7ab
84,4 ± 40,7cdef
47,4 ± 30,6abe
111 ± 49,2def
86,4 ± 27,3def
36,8 ± 8,4af 155,2 ± 52,2
df 32,4 ± 15,7
bc
P 7,2 ± 2,4ab 9,54 ± 6ab 5,2 ± 1,3abc 2,26 ± 1,1cd 1,89 ± 0,6d 7,05 ± 2,3
ab 4,09 ± 1,2
ac 7,66 ± 2,3
ab 4,7 ± 1,2
ac 2,28 ± 0,6
cd 15,71 ± 4,9
b 2,28 ± 0,8
cd
Ca 0,49 ± 0,8ab 0,17 ± 0,1a 0,2 ± 0,1a 0,99 ± 0,9ac 0,93 ± 0,4ac
0,65 ± 0,4ab
0,39 ± 0,3ab
2,97 ± 1,1c 0,47 ± 0,1
a 0,79 ± 0,5
ab 1,91 ± 0,9
bc 1,27 ± 0,8
ac
Mg 0,37 ± 0,3ab 0,19 ± 0,1b 0,24 ± 0,1b 0,76 ± 0,6ab 0,87 ± 0,2ab
0,64 ± 0,2b 0,32 ± 0,2
b 1,17 ± 0,4
a 0,45 ± 0,1
b 0,63 ± 0,2
ab 1,11 ± 0,4
ab 0,9 ± 0,4
ab
Al 1,34 ± 0,5abd 1,65 ± 0,3ab 2,55 ± 0,6a 0,68 ± 0,5bef 0,59 ± 0,2be
2,61 ± 1a 2,03 ± 0,5
af 0,92 ± 0,5
bdf 2,5 ± 0,3
a 0,59 ± 0,3
de 1,24 ± 0,7
abd 0,61 ± 0,4
bd
H + Al 12,2 ± 7a 8,91 ± 5ab 10,37 ± 3,2a 3,34 ± 1,6c 3,67 ± 0,6bc
9,46 ± 2,9a 6,99 ± 1,7
ab 5,15 ± 1,1
abc 9,15 ± 1,7
a 2,92 ± 0,6
c 6,19 ± 2,1
abc 3,79 ± 1,3
b
SB 0,98 ± 1,2ab 0,44 ± 0,2a 0,54 ± 0,2ac 1,81 ± 1,5bcd 1,86 ± 0,6bde
1,51 ± 0,7abd
0,83 ± 0,6abcd
4,43 ± 1,6d 1,14 ± 0,3
ace 1,52 ± 0,8
bcd 3,42 ± 1,4
cd 2,25 ± 1,2
bcd
t 2,32 ± 0,7a 2,09 ± 0,2a 3,09 ± 0,6ab 2,49 ± 1,1ad 2,45 ± 0,5ad
4,12 ± 0,5ab
2,86 ± 0,5ab
5,35 ± 1,3b 3,64 ± 0,5
bc 2,11 ± 0,5
a 4,66 ± 0,8
bc 2,86 ± 0,9
ac
T 13,18 ± 7,1ab 9,35 ± 4,9abc 10,91 ± 3,2a 5,15 ± 1,1cd 5,52 ± 0,6cd
10,96 ± 2,5a 7,82 ± 1,7
ac 9,58 ± 1,6
ab 10,29 ± 1,9
ab 4,43 ± 0,7
d 9,61 ± 1,5
ab 6,07 ± 0,7
bd
V 7,8 ± 7,1a 6 ± 3,8a 5,5 ± 2,9a 34,9 ± 24,9bc 33,5 ± 9bc
15,7 ± 11,7abd
10,9 ± 7,2ab
45,3 ± 12,8c 11,2 ± 2,6
abd 33,3 ± 12,4
bc 36,5 ± 16,3
cd 37,1 ± 19,6
bc
M 64,2 ± 28ab 78,8 ± 8,4a 81,8 ± 7,1a 35,5 ± 26,5bcd 25,3 ± 11,9bc
62,3 ± 21ab
71,9 ± 16,3ad
19,8 ± 14,8cd
69 ± 5,5ab
31,3 ± 16,9bc
28,9 ± 20,3bc
26,7 ± 24,2bc
m.o. 3,9 ± 1abd 2,5 ± 0,3b 4,5 ± 1,4abd 3,1 ± 0,6ac 3,2 ± 0,5ac
4,8 ± 1,3ad
3,1 ± 0,7ac
4,1 ± 0,6abd
5,4 ± 0,5d 3 ± 0,6
ac 4,4 ± 1
abd 3,6 ± 0,6
acd
P.Rem 28,9 ± 6,5ab 33,3 ± 4,5a 9,4 ± 6,9c 27,3 ± 5,7abd 29,1 ± 4,3ab
9,1 ± 6,3c 12,8 ± 4,8
bd 18,8 ± 3,9
bcd 3,6 ± 0,4
c 26 ± 4
ad 18,8 ± 7,7
bcd 29,8 ± 5,9
ab
Fe 80,4 ± 31,7ab 93 ± 19,9a 95 ± 33,5a 52,1 ± 13,2b 50,1 ± 9,2b 105 ± 30,9
a 121,2 ± 27,9
a 55,7 ± 7,5
bc 85,5 ± 16,1
ac 80,3 ± 28,4
ab 77,8 ± 25,3
ab 76,5 ± 21,1
ab
S 22,4 ± 8,6abc 20,2 ± 1,4abc 31 ± 5c 16,3 ± 5,2abd 20,9 ± 17,1abd
25,9 ± 6,6ac
22,3 ± 6,2abc
14,8 ± 3,3abd
12 ± 3,2bd
5,2 ± 1,9d 37,4 ± 13,7
c 13,7 ± 4,7
bd
Argila 19,3 ± 2,5a 24,7 ± 5,2ab 24,5 ± 9,1abc 30 ± 5,4bcd 26,5 ± 2,2abc
33,8 ± 7,6bc
21,7 ± 6,2ad
28,8 ± 3,5ac
34,6 ± 2,3c 28,2 ± 4,6
abc 33,6 ± 9,2
bc 34,5 ± 4,4
c
Silte 9,3 ± 2,2abc 7,2 ± 2,9abe 18,4 ± 8,7acd 6,1 ± 1,4ab 4,8 ± 1,8b 29,3 ± 7,4
cd 11,5 ± 5,1
abcd 18,9 ± 4,9
cde 37,3 ± 3,9
d 7,9 ± 2,6
abe 35 ± 11,7
d 6,3 ± 2,4
ab
Areia 71,4 ± 4,4a 68,1 ± 7,9ad 57,1 ± 17,6ab 63,9 ± 6,1ac 68,7 ± 2,8ad
37 ± 14,7bc 66,8 ± 8,7ad
52,3 ± 8bcd
28,1 ± 5,8b 63,9 ± 6,8
ac 31,4 ± 20,5
b 59,2 ± 5,5
ab
218
Conclusões gerais
Com o primeiro capítulo comprovamos que florestas do estado do Rio de Janeiro
estão aumentando nos últimos 12 anos, no entanto, não conseguimos responder
exatamente quais são as principais causas deste aumento. Seria de grande importância
em uma segunda parte do trabalho, ir até locais áreas onde houve o aumento de floresta
e avaliar como vem ocorrendo este aumento.
No segundo capítulo, pudemos distinguir quais são os grupos arbóreos, e separar
as áreas principalmente em quatro grupos, florestas, processos de restauração em
baixada divididas em dois grupos, sendo um de arvoretas e outro arbórea, e por fim, os
processos de restauração em morrote. Também pudemos verificar a baixa diversidade
dos modelos de restauração. No entanto, há um padrão estrutural restaurado nos
modelos de restauração, principalmente de baixada.
Outra questão que também deve ser discutida é a falta de estabelecimento de muitas
espécies nos modelos de restauração. Primeiramente seria interessante conhecer o
processo de chegada de diásporos, após isto, saber mais acerca do estabelecimento das
espécies. Um último fator que seria de grande importância seria compreender se
espécies dominantes como a carrapeta, o camará e piperáceas atuam no ambiente e que
malefícios ou benefícios promovem à comunidade.
Com o terceiro capítulo pudemos ver que em cada plantio muitas espécies ocorrem
de forma exclusiva. Estes dados são muito importantes na questão de individualidade ou
oportunidade, não se sabe se cada ambiente é favorável para algumas espécies ou se a
dispersão que é incerta. Outra questão importante é que as áreas de baixada e de morrote
devem ser tratadas de forma diferente, em todos os modelos utilizados deve-se usar
espécies que se adaptam melhor a cada ambiente.