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Ana Rita Canedo Lcio Figueiredo | 56815
Ana Rita Magalhes Pereira | 56307Cristina Maria Passos Costa e Silva | 56281Hlder Miguel Pinto Miranda | 41023Tnia Marlene Pereira Peixoto | 56253
Sistema DigestivoOrientado para alunos do 2 ciclo
Biologia Humana e Sade3 Semestre
Educao Bsica
Sob orientao de:
Prof Doutora Zlia Anastcio
Braga | 2010
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ndice
Introduo ............................................................................................................................................. 3
OSistemaDigestivo ........................................................................................................................... 4
MorfofisiologiadoSistemaDigestivo ................................................................................... 6
ConstituiodoSistemaDigestivoeacodasenzimasdigestivas ........................ 7
Digesto ................................................................................................................................................12
Digestonaboca ..........................................................................................................................12
Mastigao ......................................................................................................................................13
Lngua ...............................................................................................................................................14
Salivao..........................................................................................................................................15
Deglutio .......................................................................................................................................16
Digestonoestmago................................................................................................................16
Digestonointestinodelgadoeintestinogrosso..........................................................17
Nutrio ................................................................................................................................................19
Concluso .............................................................................................................................................24
Refernciasbibliogrficasewebliogrficas..........................................................................25
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Introduo
Inserido no Programa da Unidade Curricular de Biologia Humana e Sade da
Licenciatura em Educao Bsica da Universidade do Minho, neste trabalho vamos
abordar o sistema digestivo humano, em especial o fenmeno da digesto e os rgos
envolventes.
Tommos como pblico alvo os alunos do 2 ciclo e orientamos quer a
linguagem, quer os mtodos e recursos utilizados a este pblico.
Todos os seres vivos requerem os mesmos compostos bsicos, como por
exemplo os minerais, vitaminas e glcidos. Estes compostos fazem parte dos
alimentos mas como estes esto, muitas vezes, sob a forma de molculas complexas
tm de ser previamente digeridos para poderem ser absorvidos.
Achamos bastante interessante este tema, a forma como os nossos alimentos
so transformados para proveito do nosso corpo.
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O Sistema Digestivo
O sistema digestivo o conjunto de processos mecnicos e qumicos que tmlugar no tubo digestivo, tubo esse que tem o seu incio na boca e o seu trmino no
nus. Este sistema existe visto ser necessrio decompor os alimentos ingeridos em
elementos nutrientes assimilveis, pois s estes podem atravessar as membranas
celulares, a nvel intestinal, para serem absorvidos.
No homem, o sistema digestivo formado pelo tubo digestivo e pelas glndulas
anexas. O tubo digestivo, percorrido pelo bolo alimentar, compreende a boca, faringe,esfago, estmago, intestino delgado, intestino grosso e nus. As glndulas anexas,
responsveis por secrees importantes na digesto, so as glndulas salivares, o
fgado e o pncreas.
O tubo digestivo, com cerca de 9 metros de extenso, tem duas aberturas para o
exterior - a boca, onde o tubo tem o seu incio, e o nus, onde termina. Os alimentos
ingeridos s por absoro tm acesso ao interior do organismo.
A boca recebe os alimentos que o ser humano ingere, os quais proporcionam,
alm dos nutrientes necessrios para a sobrevivncia, agradveis sensaes de cheiro
e gosto. Os receptores olfactivos, localizados no nariz, so responsveis pela deteco
do aroma e as papilas gustativas (existem de quatro tipos - doce, salgado, amargo e
cido), localizadas na lngua, so responsveis pelo paladar.
Os dentes, num total de 32, no adulto, trituram os alimentos, de forma a estes
poderem ser ingeridos, passando faringe, rgo musculoso, onde se entrecruzam as
vias digestiva e respiratria. na faringe que ocorre o fenmeno da deglutio,
durante o qual a epiglote fecha a laringe (tubo do aparelho respiratrio). Depois, o
bolo alimentar desce ao esfago, cujas paredes se contraem, ritmicamente, em
movimentos peristlticos, empurrando-o para o estmago, passando atravs de um
esfncter que actua como vlvula - a crdia.
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O estmago um rgo, de paredes musculosas, em forma de J, com volume
aproximado de 1,5 litros. revestido, internamente, por uma camada espessa, de
muco e pregas, onde se situam as glndulas gstricas. Estas produzem suco gstrico,
constitudo por gua, cido clordrico e enzimas. Normalmente, o estmago demora 2
a 6 horas a esvaziar. O bolo alimentar ento transformado em quimo, o qual
abandona o estmago, atravs de outro esfncter, o piloro, passando ao intestino
delgado.
O estmago reduz a uma espcie de papa, tudo quanto comemos. Alguns sais, gua
e acares so absorvidos pelo sangue directamente do estmago. O resto passa para
o intestino delgado onde grande parte absorvida.
As valiosas protenas e acares so armazenadas nofgado. Os restos indesejados so trabalhados por este e
alguns so levados pelos rins at bexiga, de onde saem
sob a forma de urina. Outros passam pelos intestinos sem
serem trabalhados e saem pelo nus sob a forma de fezes.
O intestino delgado (espcie de tubo com 7 m de
comprimento) recebe, atravs do canal coldoco, as
secrees do fgado e do pncreas, decompe qumica emecanicamente o quimo, absorve nutrientes e transporta o material no digerido para
o intestino grosso. A parede do intestino delgado revestida por vilosidades
intestinais (cada uma contendo vasos sanguneos e um pequeno vaso linftico - o
quilfero), que aumentam a superfcie de absoro dos nutrientes, os quais so levados
para o fgado, pela veia porta heptica, ou para a corrente sangunea pelos vasos
linfticos. As clulas produzem o suco intestinal, o qual contm enzimas digestivas
que completam a digesto do quimo, dando origem a unidades to pequenas que
podem ser absorvidas, passando para o sangue - o quilo.
O intestino grosso est ligado ao intestino delgado pelo jejuno-leo. No intestino
grosso, que inclui o cego, o clon, o recto e o nus, d-se a absoro da gua e sais
minerais, sendo as fezes preparadas e armazenadas antes de serem defecadas pelo
nus. O cego, que fica logo abaixo da entrada do intestino grosso, tem uma pequena
projeco vermiforme - apndice - que desempenha um papel na imunidade do
sistema imunitrio do organismo, estando sujeito a inflamao dolorosa - apendicite.
Figura1-Percursodo
boloalimentar
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O clon composto por trs partes - clon ascendente, clon transverso e clon
descendente. No intestino grosso existe um grande nmero de bactrias - flora
intestinal - que sintetizam vitaminas K e algumas do complexo B, e absorvem as
substncias no digeridas, como a celulose.
O pncreas um rgo anexo ao tubo digestivo. Situa-se na cavidade
abdominal, abaixo do estmago, tendo funes endcrinas (produz substncias para o
sangue, como a insulina) e excrinas (lana no intestino delgado o suco pancretico).
O fgado outro dos rgos anexos ao tubo
digestivo e situa-se direita, por cima do estmago, esegrega a blis, que neutraliza a acidez do quimo,
permitindo a aco das enzimas. lanada no intestino
delgado, atravs do canal coldoco. Se no est a realizar-
se a digesto, a blis armazenada na vescula biliar.
Morfofisiologia do Sistema DigestivoPara que as nossas clulas obtenham a energia e o material de construo e de
regulao de que necessitam, os alimentos que ingerimos tm de ser transformados
pelo sistema digestivo, isto , tm de sofrerdigesto.
Figura2-Ofgado
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Constituio do Sistema Digestivo e aco das enzimasdigestivasO sistema digestivo constitudo por duas partes:
tubo digestivo;rgos anexos ao tubo digestivo.
Constituio do Sistema DigestivoTubo Digestivo rgos Anexos
Boca DentesLngua
Glndulas salivaresFaringe _____
Esfago _____
Estmago _____
Intestino delgado Fgado e vescula biliarPncreas
Intestino grossoRectonus
_______________
Tabela1-Constituiodosistemadigestivo
Localizao das glndulas salivares
Figura3-Localizaodasglndulassalivares
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Descrio e funes do aparelho digestivo
Corte histolgico de glndula
Cavidade bucal ou boca
A boca constitui a primeira parte do aparelhodigestivo. na boca que se inicia a transformao dosalimentos, atravs da aco da saliva, da lngua e dos
dentes.
Glndulas salivares
Glndulas anexas produtoras da saliva.Localizam-se perto da boca. So em nmero detrs pares e, em funo da sua localizao,denominam-se partidas, sublinguais esubmaxilares.
Figura4-Representaodosprincipaisrgosdosistemadigestivohumano
Figura5-Cortehistlicode
lngua
Figura6-Salivarsubmandibular
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Faringe
Este rgo comunica com o esfago e comum aos sistemas digestivo e respiratrio.
Esfago
Tubo que estabelece a ligao da faringe como estmago. Devido s contraces da parede doesfago movimentos peristlticos, o boloalimentar empurrado at ao estmago.
Estmago
rgo do tubo digestivo que desempenhaimportante papel na digesto: devido aco dosmsculos da sua parede e do suco gstrico(produzido pelas glndulas gstricas), o boloalimentar transforma-se em quimo, prosseguindoeste at ao intestino delgado.
Pncreas
Glndula anexa ao sistema digestivo quedesempenha uma dupla funo secretora. Comoglndula excrina, liberta para o duodeno o suco
pancretico. Como glndula endcrina, produz esegrega as hormonas insulina e glucagon, queliberta para a corrente sangunea.
Figura7-Cortehistlicode
faringe
Figura8-Cortehistlicode
esfago
Figura9-Cortehistlicode
estomago
Figura10-Cortehistlicode
pancreas
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Figura11-Cortehistlicodefgado
Fgado
Glndula exterior ao tubo digestivo responsvel
pela produo da blis (que armazenada na vesculabiliar), suco digestivo libertado no intestino delgado.
O fgado o maior rgo do corpo e muitoimportante. Regula a quantidade dos alimentosdigeridos que entram no sangue para se certificar queo corpo apenas absorve a quantidade certa e leva parafora os detritos, alm de armazenar produtos teis,como acares e gordura.
Se parte do fgado for removido, o resto executaras mesmas tarefas e crescer at a parte que falta sersubstituda.
Vescula Biliar
rgo em forma de saco onde a blis ficadepositada.
Intestino grosso
As partes dos alimentos que no soabsorvidas passam para o intestino grosso e, apsvrias transformaes, so expulsas pelo nus soba forma de fezes.
Intestino delgado
O intestino delgado formado por: duodeno,jejuno e leo.
Neste rgo os alimentos so sujeitos amovimentos intestinais, que facilitam a misturados alimentos com o suco pancretico, a blis e osuco intestinal, assim como a sua deslocao aolongo deste rgo.
Na parede interna do intestino delgado
Figura12-Cortehistlicodevescula
biliar
Figura14-Cortehistlicodo
jejuno
Figura15-Cortehistlicodointestino
grosso
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Digesto
A digesto consiste na transformao dos alimentos nos seus elementos
constituintes mais simples, e que ocorre durante o seu trajecto pelo tubo digestivo. devida interaco de transformaes qumicas (sucos digestivos) e de
transformaes mecnicas (mastigao, deglutio e movimentos peristlticos).
Digesto na bocaA boca, ou cavidade oral, o ponto de entrada do sistema digestivo e onde se
inicia o processo de digesto.
O seu interior revestido por uma membrana mucosa, e suporta a dentio (que
intervm na mastigao dos alimentos) e a lngua (utilizada para saborear e misturar
os alimentos).
Figura18-Cavidadeoral-Boca
Fonte:http://www.showboatentertainment.com/
O gosto ou paladar detectado pelas papilas gustativas situadas na superfcie da
lngua. J os aromas dos alimentos so detectados pelos receptores olfactivos situados
na parte superior do nariz.
O sentido do gosto distingue apenas o doce, do amargo, do salgado e do cido.
J o sentido do olfacto muito mais complexo, distinguindo varias combinaes.
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Mastigao
O processo de mastigao consiste em partir os alimentos, tornando-os mais
pequenos para facilitar o restante processo de digesto. Para isso no interior dacavidade oral temos os dentes.
Na sua primeira dentio, quando completa, o ser humano tem 20 dentes,
denominados os dentes de leite (Figura 19). medida que nos vamos tornando
adultos, esses vo sendo substitudos por outros 32 dentes permanentes (Figura 20).
Figura19-Dentiodeleite.Fonte:http://higieneoral.no.sapo.pt
Figura20-Dentiopermanente.Fonte:http://gdev.ufp.pt
As coroas dos dentes permanentes so de trs tipos: os incisivos, os caninos ou
presas e os molares. Os incisivos tm a forma de cinzel para facilitar o corte do
alimento. Atrs dele, h trs peas dentais usadas para rasgar. A primeira tem uma
nica cspide pontiaguda. Em seguida, h dois dentes chamados pr-molares, cada umcom duas cspides. Atrs ficam os molares, que tm uma superfcie de mastigao
relativamente plana, o que permite triturar e moer os alimentos.
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Figura21-DentiocompletaAssim, normalmente a dentio permanente humana constituda por:
8 Incisivos 4 Caninos 8 Pr-molares 12 Molares
No que toca constituio do dente, ele consttuido da seguinte forma:
Figura22-Constituiododente
Lngua
A lngua um rgo muscular que movimenta o alimento no interior da boca,
empurrando-o em direcao garganta para que seja engolido. Na superficie da lngua
existem dezenas de papilas gustativas, cujas celulas sensoriais percebem os 4 sabores
primarios: amargo, azedo ou cido, salgado e doce.
Atravs dos movimentos da lngua e aco dos dentes d-se um processo de
digesto mecnica.
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Salivao
A salivao consiste na mistura dos alimentos com a saliva (produzida pelas
glandulas salivares) no inteior da boca.Atravs da salivao e da aco das enzimas inicia-se um processo de digesto
qumica.
As glndulas salivares: a presena de alimento na boca, assim como sua viso
e cheiro, estimulam as glndulas salivares a segregar saliva, que contm a enzima
amilase salivar ou ptialina, alm de sais e outras substncias. A amilase salivar
possui especificidade enzimtica, ou seja, uma enzima que tem capacidade de
degradar uma substncia (o amido por exemplo) e no outra. As trs glndulassalivares lanam a sua secreo na cavidade bucal: partida, submandibular e
sublingual.
A aco da saliva e dos dentes permite transformar cada pedao de alimentonuma massa em forma de bolo o bolo alimentar.
Figura23-Amilasesalivar.Fonte:
www.webciencia.com
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Deglutio
O bolo alimentar empurrado pela lngua em direco faringe. A vula
distende-se e tapa as fossas nasais, impedindo-o de entrar para o sistema respiratrio,sendo o bolo alimentar empurrado para a faringe. Na faringe a epiglote tapa o acesso s
vias respiratrias, seguindo o bolo alimentar para o esfago. A Esta passagem do bolo
alimentar da boca para a faringe e esfago d-se o nome de deglutio.
Digesto no estmagoO estmago a parte do tubo digestivo em forma de bolsa, est localizado
abaixo do diafragma, do lado esquerdo do abdmen. O estmago faz a ligao entre o
esfago e o intestino delgado.
Na digesto, a fase mecnica est a cargo da camada muscular intermdia do
estmago que reduz o bolo alimentar a uma papa ou massa uniforme.
Quando o alimento ingerido armazenado no estmago, e neste rgo que
ele comea a ser digerido, antes de seguir para o intestino.
A fase qumica est a cargo do suco gstrico. Este produzido atravs dasglndulas gstricas, ao juntar-se com o bolo alimentar proporciona a digesto dos
alimentos, que se transformam numa massa chamada quimo.
O suco gstrico composto por:
cido clordrico (HCI) que tem como funes tornar o pH cido, amolecer obolo alimentar, esterilizar o bolo alimentar e activar as formas inactivas das enzimas do
suco gstrico. O suco tem a funo de transformar protenas em aminocidos graas
aco de uma enzima chamada pepsina. Pela pepsina, que a enzima responsvel pela digesto de protenas (esta enzima libertada na forma inactiva e ao entrar em contacto com o HCI transforma-se em
pepsina, forma activa).
A renina que a enzima produzida em grande quantidade em recm-nascidos ecrianas e, em pouca quantidade, em adultos. A sua funo coagular as protenas do
leite para que possam ser melhor digeridas.
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Os hidratos de carbono anteriormente transformados na boca no sofrem
quaisquer transformaes no estmago. As gorduras, por aco da lipase, iniciam o seu
metabolismo contudo, no sofrem grandes
alteraes porque a lipase existe em poucas
quantidades no estmago.
O resultado da digesto de estmago um liquido
cremoso chamado quimo, composto por gua,
amido, gorduras e protenas transformadas.
Aps sofrer a aco das enzimas do suco
gstrico, o bolo alimentar (quimo) passa ao
intestino delgado atravs da abertura de outro esfncter estomacal: o piloro. Este rgoconsegue armazenar a comida por um longo tempo, e por isso que depois de nos
alimentarmos conseguimos passar um tempo sem ter fome.
Digesto no intestino delgado e intestino grossoO intestino delgado a principal rea de absoro dos nutrientes. um tubo com
pouco mais de 6 m de comprimento por 4 cm de dimetro. a parte do tubo digestivoque vai desde o estmago at ao intestino grosso.
Este pode ser dividido em trs regies, o duodeno com cerca de 25 cm, o jejuno
com cerca de 5 m e o leo com cerca de 1,5 cm, que se liga ao intestino grosso.
A digesto do quimo ocorre predominantemente no duodeno e nas primeiras
pores do jejuno. No duodeno actua tambm o suco pancretico, produzido pelo
pncreas, que contem diversas enzimas digestivas.
A mucosa do intestino delgado secreta o suco intestinal, soluo rica emenzimas digestivas tais como a sacarase, a lipase e a maltase, para completarem a
digesto do quimo em unidades to pequenas que possam passar do interior do intestino
para o sangue. H enzimas que do sequncia hidrlise das protenas, resultando em
aminocidos.
A absoro muito eficiente devido presena de pregas, denominadas de
vlvulas coniventes, cobertas por numerosas vilosidades em que cada uma contm uma
rede de capilares sanguneos e um pequeno vaso linftico (quilfero) e realiza uma
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absoro selectiva dos alimentos, distribuindo-os por diversos pontos do organismo. As
vilosidades intestinais, por sua vez, possuem ainda expanses as microvilosidades.
Desta forma, aumentam a superfcie de absoro dos nutrientes. Os vasos
sanguneos absorvem aminocidos, glicose, sais minerais, alguns cidos gordos, glicerol
e vitaminas hidrossolvies. A maior parte dos cidos gordos e vitaminas lipossolveis
absorvida pelos vasos linfticos e transportados pelo canal torcico linftico at veia
cava superior, onde entram na corrente sangunea atravs da qual so distribudos s
clulas.
As substncias simples da nossa dieta, como a gua, os sais minerais e as
vitaminas (excepto a vitamina B12), podem ser absorvidas ao longo do tubo digestivo
sem sofrerem transformaes.No intestino, as contraces rtmicas e os movimentos peristlticos das paredes
musculares, movimentam o quimo, ao mesmo tempo em que este atacado pela blis,
enzimas e outras secrees, sendo transformado em quilo.
As substncias no digeridas passam para o intestino grosso misturadas com
gua. Aqui ocorrer a absoro da maior quantidade possvel de gua.
O intestino grosso absorve vitaminas e sais minerais de parte da gua que estava
nos alimentos ou que foi ingerida com eles. Posteriormente, estes nutrientes so levadospelo sangue para as clulas.
No intestino grosso existe um grande nmero de bactrias (flora intestinal) que
sintetizam alguns aminocidos, vitaminas K e algumas do complexo B sendo depois
absorvidas pelo sangue, e absorvem as substncias no digeridas, como a celulose.
Os nutrientes podem ser absorvidos de forma directa ou indirecta. Um nutriente
absorvido de modo indirecto quando precisa de ajuda de outras substncias para ser
absorvido, como por exemplo, o clcio, que necessita da presena de vitamina D, ou o
ferro, cuja passagem para o meio interno est dependente da presena de vitamina B12.
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Nutrio
Nutrio o conjunto de fenmenos fsicos, qumicos, fsico-qumicos e
fisiolgicos que se passam no interior do organismo e mediante os quais este recebe e
utiliza os materiais fornecidos pelos alimentos, que lhe so necessrios s suas funes
vitais. A nutrio, como cincia, estuda as quantidades de constituintes dos alimentos
que o organismo precisa e a forma como so utilizados.
Nutriente ou princpio nutritivo consiste na substncia que o organismo necessita
de obter do meio para assegurar o seu metabolismo. O nutriente pode ser orgnico ou
inorgnico. Os nutrientes orgnicos so aqueles que contm carbono na sua composioe estes so as protenas, os glcidos (acares e amido), os lpidos e as vitaminas. Os
nutrientes inorgnicos so aqueles que no contm carbono na sua composio. Estes
so a gua e os sais minerais.
Os alimentos servem essencialmente para:
construir e reparar tecidos funo plstica; fornecer energia funo energtica; regular o metabolismo funo reguladora.
De acordo com esta classificao classificao funcional os lpidos tm as
funes plstica e energtica; as vitaminas tm funo exclusivamente reguladora; a
gua e os sais minerais tm funo plstica e funo reguladora.
Alm da classificao funcional, existe ainda a classificao quantitativa. Esta
consiste na quantidade que necessria ao ser humano ingerir para ter uma alimentao
saudvel.
A boa nutrio depende de uma dieta regular e equilibrada. preciso fornecer s
clulas do corpo no s a quantidade necessria, como tambm, a variedade adequada
de substncias importantes para seu bom funcionamento. Podemos falar, assim, de
alimentao racional. Esta uma alimentao que se baseia nas quatro leis da
alimentao, referindo que devemos ingerir de todos os alimentos tendo em conta a
proporo adequada nossa actividade e bem-estar fsico.
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Leis da alimentao racional:
Lei da Quantidade: a quantidade de alimentos a ingerir diariamente deve ser
suficiente para cobrir as exigncias energticas (calricas) do organismo e manter o
equilbrio do balano energtico o equilbrio entre o que se ingere e o que se elimina(pelas fezes, urina, suor, respirao, entre outros);
Lei da Qualidade: o regime alimentar deve ser completo na sua composio
(fornecer todos os nutrientes de que o organismo necessita para funcionar
normalmente);
Lei da Harmonia: os nutrientes fornecidos pelos alimentos devem manter entre
si propores convenientes;
Lei da Adequao: o regime alimentar deve ser adaptado s caractersticas dos
indivduos a quem se destina (crianas, adolescentes, adultos, idosos), ao seu estado de
sade (saudveis, doentes) e ao tipo de actividade desempenhada (sedentrios, activos).
Para isso, existem os seguintes guias alimentares (roteiros para uma alimentao
saudvel):
Pirmides alimentares esquemas grficos que distribuem os vrios tiposde alimentos e as quantidades em que cada um deve ser ingerido nas
refeies dirias.
Figura24-Piramidealimentar
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Roda dos alimentos representao grfica, em forma de crculo, que sedivide em segmentos de diferentes tamanhos Grupos e que renem
alimentos com propriedades nutricionais semelhantes. A roda dos
alimentos constituda por 7 grupos diferentes, devendo alguns grupos
ter um maior peso na alimentao diria.
Na roda dos alimentos, a gua representada no centro por ser a base da vida e
da constituio dos alimentos.
Para termos uma alimentao saudvel, devemos seguir uma
alimentao:
Completa comer alimentos de todos os grupos e beber gua diariamente; Equilibrada comer maior quantidade de alimentos pertencentes aos grupos de
maior dimenso e menor quantidade dos que se encontram nos grupos de menor
dimenso, de forma a ingerir o nmero de pores recomendado;
Variada comer alimentos diferentes dentro de cada grupo, variandodiariamente, semanalmente e nas diferentes pocas do ano.
Cereais e derivados,tubrculos 28%
Hortcolas 23% Fruta 20% Lacticnios 18% Carnes, pescado e ovos
5% Leguminosas 4% Gorduras e leos 2%
Figura25-Rodadosalimentos
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Com o no cumprimento das leis da alimentao racional e dos guias
alimentares, o ser humano poder chegar aos seguintes estados de malnutrio:
Desnutrio Doena causada pela dieta inapropriada (m alimentao).
Tambm pode ser causada pela m absoro de nutrientes ou anorexia. Tem influncia
em factores sociais, psiquitricos ou simplesmente patolgicos.
Sobrenutrio Estado de desequilbrio nutricional resultante da ingesto de
alimentos em excesso, relativamente s necessidades. Corresponde ao desequilbrio
energtico entre o consumo de alimento e o gasto de energia, conduzindo a transtornos
como a obesidade.
Quais os cuidados a ter com o sistema digestivo?
O bom funcionamento do sistema digestivo contribui para uma vida mais
saudvel. Assim, so indispensveis alguns cuidados, nomeadamente com os dentes,
o modo como se toma as refeies, as actividades realizadas durante a digesto e
ainda os hbitos alimentares.
Os dentes devem estar em bom estado para uma mastigao correcta.
Devemos lavar os dentes correctamente depois das refeies e ao deitar; evitar o
excesso de guloseimas e no comer nos intervalos das refeies; devemos consultar o
dentista periodicamente.
As refeies devem ser moderadas e tomadas a horas certas num ambiente
calmo. As refeies devem respeitar as regras de alimentao equilibrada,
nomeadamente a ingesto de fibras, para evitar a priso de ventre; evitar o consumo
de bebidas alcolicas, uma vez que afectam alguns dos rgos do sistema digestivo,
como o estmago, fgado e intestinos; no se deve tomar banho durante a digestonem realizar actividades violentas.
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Curiosidades:
Nos tempos medievais pensava-se que o fgado era o
rgo mais importante do corpo e era denominado "a base da vida" porque as pessoas pensavam que deledependia se a pessoa se sentia furiosa ou triste, bem-humorada, alegre ou calma.
Sabias que so necessrias 15
a 25 horas para o excesso dosalimentos sarem do estmago evrios dias at desaparecerem osrestos da tua ltima refeio?!
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Concluso
A existncia do sistema digestivo deve-se necessidade de decompor os
alimentos ingeridos em nutrientes assimilveis (digesto), pois s estes podem
atravessar as membranas celulares, a nvel intestinal, para serem absorvidos. Os
alimentos ingeridos s tm acesso ao interior do organismo apenas por absoro
passagem das pequenas molculas, atravs das clulas, para fluidos circulantes do meio
interno (o sangue e a linfa).
importante perceber como o nosso organismo funciona, a forma como os
rgos interagem para desempenhar uma determinada funo e como o nosso corpo
utiliza todo o alimento que lhe fornecemos. Poder, assim, utiliz-lo em forma de
energia para todas as nossas actividades vitais, por exemplo, ou libertando o que
desnecessrio.
Assim, iremos compreender melhor os hbitos que temos de desenvolver.
Devemos respeitar a ingesto correcta dos alimentos, a mastigao, o nmero de
refeies dirias, a qualidade e quantidade dos alimentos ingeridos, entre outros.
Desta forma, estaremos a respeitar o nosso corpo e o nosso bem-estar.
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Referncias bibliogrficas e webliogrficas
O sistema digestivo In Diciopdia 2009 [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora,
2008. ISBN: 978-972-0-65264-5
Garret, Sandra & Semedo, Slvia; Caderno de Apoio Cincias 6 anoCincias da Natureza; Texto Editora; 2001; ISBN: 972-47-1763-1
O meu primeiro livro do Corpo Humano; Impala Queluz, 1996; ISBN: 972-574-630-9
www.wikipdia.pt http://gdev.ufp.pt www.webciencia.com www.higieneoral.no.sapo.pt http://www.ocorpohumano.com.br http://www.ocorpohumano.net