instalação elétrica sustentável numa casa de 60 m²

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Universidade Veiga de Almeida Professora Eliene Flora (Direito Ambiental) Projeto Modular Construção Civil Sustentável Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental 1 U N I V E R S I D A D E V E I G A D E A L M E I D A CABO FRIO REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO CIVIL NA EDIFICAÇÃO DE UMA CASA SUSTENTÁVEL Figura 55: Casa Sustentável Fonte: http://verdecapital.wordpress.com/category/cultura-ambiental/page/9/

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– Projeto Modular Construção Civil Sustentável –

Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental

1

U N I V E R S I D A D E V E I G A D E A L M E I D A

CABO FRIO

REAPROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO

CIVIL NA EDIFICAÇÃO DE UMA CASA SUSTENTÁVEL

Figura 55: Casa Sustentável

Fonte: http://verdecapital.wordpress.com/category/cultura-ambiental/page/9/

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– Projeto Modular Construção Civil Sustentável –

Superior Tecnólogo em Gestão Ambiental

2

Aline Beatriz

Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da

Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

Endereço eletrônico: [email protected]

Elisane Almeida

Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da

Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Hannah Barthel

Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da

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Isabela Ferreira

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Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Leonardo Ferreira Soares

Aluno da Gestão Ambiental, instituição de ensino da

Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Moyses Mauro

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Patrícia do Nascimento

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Robson Lopes de Souza Villela

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Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Ana Cláudia

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Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Geanderson da Silva Gomes

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Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Igor Lima

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Veiga de Almeida, Universidade de Cabo Frio, RJ.

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Leandro Pereira Calmon

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Marcelo Carlos Castro

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Paolla Mariana

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Raphael Soares

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Thaís Gonçalves

Aluna da Gestão Ambiental, instituição de ensino da

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Thiago Dutra

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Willian Almeida

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Valdemir Dias da Silva

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3

Trabalho apresentado a Professora: Eliene Flora a

disciplina: Projeto Modular de Inserção do Custo

Ambiental de um Produto na Cadeia Produtiva

Cadeia Produtiva, do Turno da Noite, do curso de

Graduação Tecnológica em Gestão Ambiental.

UVA – Cabo Frio

Rio de Janeiro – 03 de Dezembro de 2012

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SUMÁRIO

1) INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9

2) JUSTIFICATIVA ................................................................................................................ 10

3) OBJETIVO GERAL ............................................................................................................ 10

4) OBJETIVO ESPECÍFICO ................................................................................................... 11

5) METODOLOGIA ................................................................................................................ 11

6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA ................................................................... 11

7) AGENDA 21 ....................................................................................................................... 13

8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ................................................................................. 13

9) INFRAESTRUTURA .......................................................................................................... 14

9.1) FUNDAÇÃO .................................................................................................................... 15

10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA ............................................................................................. 19

10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ........................................................................................ 19

10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA ...................................................................................... 19

10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR

AMBIENTES ........................................................................................................................... 19

10.4) OUTROS MATERIAIS ................................................................................................. 22

10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA ........................................... 23

10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO

SUSTENTÁVEL ..................................................................................................................... 23

10.7) ALTURA DAS TOMADAS .......................................................................................... 23

10.8) ILUMINAÇÃO .............................................................................................................. 24

10.8.1) COMENTÁRIO........................................................................................................... 25

10.9) JANELAS E PORTAS ................................................................................................... 25

10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA ......................................................................... 25

10.11) PAISAGISMO .............................................................................................................. 26

10.12) AQUECEDOR SOLAR ............................................................................................... 27

10.12.1) COMENTÁRIO......................................................................................................... 28

10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ....................................................................... 29

10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES ........................................................................ 29

10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO ..................................................................................... 29

10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA ................................................................................ 30

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5

10.14.3) BATERIA .................................................................................................................. 30

10.14.4) INVERSOR ............................................................................................................... 30

10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA ................................... 30

10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS

FOTOVOLTAICOS ................................................................................................................ 30

10.14.7) COMENTÁRIO......................................................................................................... 31

10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO

ELÉTRICA .............................................................................................................................. 32

10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS .............. 32

10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS ........................................................... 33

10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ... 33

11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL ................. 35

11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS .............................................................. 35

11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS ............ 35

11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM ............................................................................. 36

11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL ................................................................ 37

11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH ........................................ 37

11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA .............................................. 38

11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE

ÁGUA DE CHUVA ................................................................................................................ 38

11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA ............................................................................... 40

11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA ................................................... 40

11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE .............................................................................................. 44

11.4.7) ECO SHOWER ........................................................................................................... 45

11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS ................................................................................ 46

11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA...................................................................................................... 47

11.4.10) ÁGUAS DE REUSO ................................................................................................. 48

11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO ...................................................................................... 51

11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA ................................................... 51

11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO ........................................................... 52

11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO .............................................. 54

11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA ....................................................... 56

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6

13) LAJES ................................................................................................................................ 65

13.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO .................................................. 66

13.2) ORÇAMENTO: .............................................................................................................. 66

13.3) LAJE PRÉ-MOLDADA ................................................................................................. 66

14) ALVENARIA .................................................................................................................... 68

14.1) NÃO SUSTENTÁVEL .................................................................................................. 68

14.2) ELEMENTO DE ALVENARIA TRADICIONAL ........................................................ 68

14.2.1) ELEMENTOS CERÂMICOS ..................................................................................... 69

14.2.2) TIJOLO CERÂMICO MACIÇO (COMUM OU CAIPIRA)...................................... 69

14.2.3) BLOCO CERÂMICO.................................................................................................. 70

14.2.4) ELEVAÇÃO DA ALVENARIA TRADICIONAL .................................................... 72

14.2.5) PAREDE DE TIJOLOS FURADOS ........................................................................... 72

14.2.6) EXECUÇÃO DE ALVENARIA UTILIZANDO TIJOLOS FURADOS ................... 73

14.3) ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO - PREPARO E APLICAÇÃO ....................... 73

14.3.1) PREPARO DA ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE

VEDAÇÃO .............................................................................................................................. 74

14.3.2) EXEMPLO .................................................................................................................. 74

14.3.2.1) APLICAÇÃO ........................................................................................................... 74

14.3.2.2) QUANTIDADE DE TIJOLOS ................................................................................. 76

14.3.2.2.1) TIPOS DE TIJOLOS E BLOCOS ......................................................................... 78

14.3.2.2.2.1) TIJOLO CERÂMICO FURADO ....................................................................... 78

14.3.2.2.2.1.1) VANTAGENS ................................................................................................. 79

14.3.2.2.2.2) TIJOLO FURADO (BAIANO) .......................................................................... 79

14.3.2.2.2.2.1) VANTAGENS ................................................................................................. 79

14.3.2.2.2.2.2) DESVANTAGENS ......................................................................................... 79

14.4) SUSTENTÁVEL ............................................................................................................ 80

14.4.1) BLOCOS DE ENTULHO ........................................................................................... 80

14.4.2) TIJOLO DE TERRA ................................................................................................... 80

14.4.2.1) TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ............................................................................... 81

14.4.2.1.1) VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO ............ 83

15) TELHADOS ...................................................................................................................... 84

15.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONTRUÇÃO: ................................................... 85

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7

15.2) ORÇAMENTO: .............................................................................................................. 86

15.3) LEIS ................................................................................................................................ 86

15.4) PASSO A PASSO .......................................................................................................... 88

15.5) UMA GRANDE DÚVIDA É ESCOLHER O TIPO DE TELHA ................................. 89

15.6.1) OPTE POR MODELOS DE TELHAS MAIS SUSTENTÁVEIS .............................. 92

15.6.2) TELHA DE FIBRA VEGETAL: PRODUÇÃO E USO SUSTENTÁVEL ................ 93

15.6.3) MATERIAIS SUSTENTÁVEIS DA LAJE E TELHADO ......................................... 97

15.6.4) ORÇAMENTO ............................................................................................................ 98

16) PISOS E REVESTIMENTOS ........................................................................................... 98

16.1) MATERIAL UTILIZADO NO PISO............................................................................. 98

16.2) TABEIRAS ..................................................................................................................... 99

16.3) FRETE ............................................................................................................................ 99

16.4) PÓ DE MÁRMORE ....................................................................................................... 99

17) PINTURA ........................................................................................................................ 100

17.1) TINTA ECOLÓGICA .................................................................................................. 100

17.2) RESÍDUOS DA PINTURA.......................................................................................... 100

17.3) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS DE TINTAS. ....................... 100

18) ESQUADRIAS ................................................................................................................ 101

18.1) ESQUADRIAS DE PVC .............................................................................................. 102

18.1.1) RECICLAGEM DO PVC .......................................................................................... 103

18.1.2) OS DESTAQUES DAS ESQUADRIAS DE PVC ................................................... 103

18.2) ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO ................................................................................. 104

18.2.1) RECICLAGEM DO ALUMÍNIO ............................................................................. 104

18.2.2) ALUMÍNIO CONVENCIONAL .............................................................................. 107

18.2.3) ALUMÍNIO SUSTENTÁVEL .................................................................................. 108

18.2.3.1) CUSTO DO ALUMÍNIO ....................................................................................... 108

18.3) ESQUADRIAS EM VIDRO ........................................................................................ 109

18.3.1) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO CONVENCIONAL 109

18.3.1.1) ABRASIPA ............................................................................................................ 109

18.3.1.2) AL PUXADORES .................................................................................................. 109

18.3.1.3) ANAVIDRO ........................................................................................................... 110

18.3.1.4) BOTTERO DO BRASIL ........................................................................................ 111

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8

18.3.1.5) DIAMANFER ........................................................................................................ 111

18.3.1.6) IDEIA GLASS ........................................................................................................ 112

18.3.1.7) ROLLIT .................................................................................................................. 113

18.3.1.8) SPACE GLASS ...................................................................................................... 113

18.3.1.9) WR GLASS ............................................................................................................ 114

17.3.2) CUSTO CONVENCIONAL DO VIDRO ................................................................. 114

18.3.3) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO SUSTENTÁVEL ... 115

18.3.3.1) BELGA METAL/ BELCOM ................................................................................. 115

18.3.3.2) MOSTRA FUSING (TÉCNICA DA ARTE EM VIDRO COM A ARTISTA

PLÁSTICA LOIRE NISSEN)..... .......................................................................................... 116

18.3.3.3) ARBAX .................................................................................................................. 116

18.3.3.4) CBVP (COMPANHIA BRASILEIRA DE VIDROS PLANOS)........................... 117

18.3.3.5) MAKIT ................................................................................................................... 117

18.3.3.6) COLLOR GLASS................................................................................................... 118

18.3.4) CUSTO DO VIDRO SUSTENTÁVEL .................................................................... 119

18.3.5) VARIAÇÕES DO VIDRO ........................................................................................ 119

18.4) ESQUADRIAS EM MADEIRA .................................................................................. 120

18.5) ESQUADRIAS EM LOUÇA ....................................................................................... 124

18.5.1) RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA CASA (LOUÇAS),

CONVENCIONAL ................................................................................................................ 124

18.5.2) DOSSIÊ TÉCNICO DA LOUÇA ............................................................................. 125

19) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS ................................................ 126

20) RESULTADO ................................................................................................................. 126

21) CONCLUSÃO ................................................................................................................. 125

22) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 127

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1) INTRODUÇÃO

As construções podem ser avaliadas como expansões do próprio ser humano,

estabelecendo uma base para as suas realizações, manifestações, anseios. Além disso, elas

marcam ocorrências e encontros que revelam, assim, qualidades únicas na história. Da

mesma forma que a espécie humana está sofrendo profundas mudanças, as construções

também necessitam acompanhar essa evolução, pois o homem pós-moderno do século XXI e

preocupado com as questões ambientais não pode persistir na construção tradicional que

faziam aqueles sem o pleno conhecimento ambiental atual, todavia acerca dos impactos

gerados por suas ações.

Atualmente, o novo paradigma da civilização é, sem dúvida, a sustentabilidade. A

humanidade percebeu que, agora, é necessário reinterpretar o conceito de desenvolvimento,

contemplando com maior harmonia e equilíbrio entre ser humano e a natureza, (entre o todo e

as partes econômicas, sociais, culturais e políticas) para que os recursos naturais das gerações

futuras não sejam comprometidos pelas ações das presentes.

No atual panorama de sustentabilidade, a construção civil desempenha um papel vital

neste método, visto que, em conformidade com dados do Conselho Brasileiro de Construção

Sustentável (CBCS), este setor é responsável pela extração de 75% dos recursos naturais e,

ainda, resulta mais de 80 milhões de toneladas de resíduos por ano.

Ponderando a importância das edificações na história do homem, a relevância dos

impactos causados pela construção civil e a interligação dos processos globais, se torna vital

para adotar medidas que proporcionem construções sustentáveis utilizadas como ferramentas

para o avanço da consciência ambiental de todos. Sendo assim, o desenvolvimento de

projetos arquitetônicos sustentáveis é fundamental para a viabilidade da aplicação dos

conceitos atuais que possibilitarão a construção de uma sociedade ambientalmente mais

equilibrada, apresentando um custo-benefício lucrativo e a ciclagem deste resíduo no meio

ambiente.

Assim, o Brasil avança nas tecnologias de construção civil, aperfeiçoando técnicas e

mão de obra, no único propósito de atender a demanda do crescimento da população mundial

e sua verticalização, nas quais são apontadas, como alternativas, as construções em prédios

pelos engenheiros uma opção muito favorável ao desequilíbrio humano, com pouco espaço e

muita criatividade individual diversificada.

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10

Porém, a ideia que seria favorável, hoje esta se tornando um problema ambiental, pois

em uma construção civil, em todo seu período de execução impacta diretamente e

indiretamente o meio ambiente, fazendo com que o desenvolvimento se depara com a

economia verde.

Então, novos desafios são lançados surgindo ideias renovadoras para diversificar a

arquitetura civil em diversas atividades, como a criação de telhados verdes, captura e reuso da

água da chuva, reutilização da água rejeitada pelos Box e lavatórios, luminosidade

inteligente, tijolos prensados, tijolos de demolição, esquadrias e caixilhos de demolição,

captação e aquecimento a base de energia solar, pinturas de bases de terra, cola e água,

tratamento do efluente e por fim o reuso do esgoto tratado.

2) JUSTIFICATIVA

O trabalho aponta as questões de sustentabilidade comparando todas as características

positivas de uma construção civil verde em contra partida de uma construção civil tradicional.

Além de ser ecologicamente correta, a viabilidade do empreendimento envolve o custo e o

beneficio.

3) OBJETIVO GERAL

Demonstrar os benefícios de se optar pela implantação de um sistema de gestão e

reciclagem de resíduos na construção civil, abordando aspectos dos problemas

gerados e as possíveis soluções e alternativas para os mesmos e exibindo uma

comparação entre a forma convencional e sustentável;

Esquematizar a construção de uma casa sustentável, direcionando para a parte de

infraestrutura (parte enterrada), subestrutura (estrutura, alvenaria e revestimento

com azulejos e cerâmica), paredes (bloco de cimento e de tijolo), cobertura

(telhado), instalações (hidráulica e elétrica), revestimento (piso, parede com gesso

e massa) pintura, esquadrias, (madeira, PVC, alumínio e vidro) tinta, metais,

PVC, alumínio, vidro, louças.

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11

4) OBJETIVO ESPECÍFICO

Viabilizar o sistema de gerenciamento de resíduos sólidos está de resíduos em

obras na construção;

Comparar as instalações convencionais com as de sustentabilidade;

Focar os benefícios sociais, econômicos e ambientais, utilizando como ferramenta

principal a reciclagem de resíduos;

Reduzir os impactos ambientais resultantes das construções;

Buscar o destino correto dos resíduos obtidos nos processos construtivos.

5) METODOLOGIA

A metodologia aplicada neste estudo é através da investigação experimental, de uma

abordagem quali-quantitativa nas revisões bibliográficas, sites, pesquisas em diferentes

linhas, buscando, por meio de pesquisa de campo, informações de alguns resultados práticos

obtidos nas construções piloto sustentáveis, estas que efetivam as metas deste trabalho. As

soluções sustentáveis que foram definidas e serão relatadas sucintamente nesse trabalho terão

um referencial para uma futura elaboração de projetos arquitetônicos de uma residência

verde.

6) LEGISLAÇÃO AMBIENTAL BRASILEIRA

A preocupação mundial com as consequências desastrosas derivadas das atividades

Humanas, já se encontra presente nas legislações da maioria dos países. Na Carta Magna, o

artigo 225 contempla a necessidade de defesa e preservação do meio ambiente:

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,

bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,

impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-

lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

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12

Além do importante dispositivo constitucional registrado na Constituição da

República Federativa do Brasil, vários diplomas legais fundamentam as diretrizes

preservacionistas com vistas à implementação da sustentabilidade:

Lei nº 6.938 de 31/08/1981, da Política Nacional do Meio Ambiente:

“Dos diplomas infraconstitucionais é a mais importante e define a

responsabilidade de agentes poluidores causadores de dano

independentemente de culpa. Autoriza o Ministério Público a

patrocinar ações de responsabilidade civil para indenizar/recuperar

prejuízos causados. Criou a obrigatoriedade dos EIA-RIMA.”

Lei 7.347 de 24/07/1985, da Ação Civil Pública:

“Lei dos interesses difusos dispondo sobre a ação civil pública de

responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao

consumidor, entre outros dispositivos.”

Lei 9.605 de 12/02/1998, dos Crimes Ambientais:

“Reformula a legislação ambiental no que se refere a crimes e as

respectivas punições.”

Decreto nº 6.514 de 22/07/2008:

“Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas relativas ao

meio ambiente estabelecem o processo administrativo federal para a

apuração e dá outras providências.”

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13

Resolução nº 307 de 05/07/2002, CONAMA:

“Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão de

resíduos da construção civil.”

Resolução nº 308 de 21/03/2002, CONAMA:

“Estabelece o licenciamento ambiental para a disposição final dos

resíduos sólidos urbanos gerados em municípios de pequeno porte.”

Além dos dispositivos legais federais, dispõe-se também de vasta legislação oriunda

dos poderes legislativos estaduais e municipais que complementam os dispositivos federais,

instituindo uma ampla proteção e preservações das condições ambientais propiciam ao

incremento da sustentabilidade.

7) AGENDA 21

A Agenda 21 viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambiental racional

estruturado em quatro seções que tratam dos temas:

a) Dimensões econômicas e sociais;

b) Conservação e questão de recursos para o desenvolvimento;

c) Medidas para a promoção e proteção de alguns segmentos sociais e;

d) Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações propostas.

8) GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Resíduo é o que sobra de algum processo ou de atividade, em estado sólido, líquido

ou gasoso.

Segundo a NBR 9.896 da ABNT, se define resíduo como:

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14

“material ou resto de material cujo proprietário ou produtor não

mais considera como valor suficiente para conservá-lo.”

A gestão de resíduos sólidos é um conjunto de atitudes (comportamentos,

procedimentos, propósitos) que apresentam como objetivo principal, a eliminação dos

impactos ambientais negativos, associados à produção e à destinação do lixo.

A gestão de resíduos sólidos pode diminuir, e, em alguns casos, evitar os impactos

negativos decorrentes das diferentes atividades, propiciando níveis crescentes de qualidade de

vida, saúde pública e bem-estar social, além de gerar uma minimização de despesas com a

recuperação das áreas degradadas, da água e do ar poluídos, possibilitando a aplicação desses

mesmos recursos em outras áreas de interesse para a população.

9) INFRAESTRUTURA

A construção civil é o segmento que mais consome matérias-primas e recursos

naturais no planeta e é o terceiro maior responsável pela emissão de gases do efeito estufa à

atmosfera, compreendidos aí toda a cadeia que une fabricantes de materiais e usuários finais

(construtoras, empreiteiras, etc.).

A Construção Sustentável tem, portanto, papel fundamental no desenvolvimento e

incentivo de toda uma cadeia produtiva que possa alterar seus processos para um foco mais

ecológico, de forma a reverter o quadro de degradação ambiental, bem como para preservar

os recursos naturais para futuros usos e as gerações vindouras.

No processo inicial de uma construção civil deve haver o planejamento e o controle da

obra. Mitigar seus devidos impactos ambientais e ter a correta destinação final das suas

sobras.

Uma obra de engenharia civil gera muita poluição e a melhor forma para reduzir este

impasse é o aproveitamento dos materiais através de métodos no uso de ferramentas e

estruturas inteligentes e a reutilização das sobras da construção (pedaços de concreto, tijolos

quebrados, tacos de madeira, pedaços de ferro). O que poder ser reaproveitado é armazenado,

e o que puder ser reciclado é enviado para reciclagem.

A infraestrutura diz respeito às instalações utilizadas pelos trabalhadores e toda

montagem realizada para execução da obra, essa estrutura deve apresentar o mínimo de

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perturbações possíveis ao meio ambiente, buscando assim um canteiro ecologicamente

correto.

Diretrizes para uma Construção Sustentável:

Pensar em longo tempo o planejamento da obra;

Eficiência energética;

Uso adequado de água e reaproveitamento;

Uso de técnicas passivas das condições e dos recursos naturais;

Uso de materiais e técnicas ambientalmente corretas;

Gestão de resíduos sólidos: reciclar, reutilizar e reduzir;

Conforto e qualidade interna dos ambientes;

Permeabilidade do solo;

Integrar transporte de massa e/ou que alterem do conceito do projeto.

Por esse motivo é muito importante a aquisição de mão de obra treinada e qualificada.

De acordo com a pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA),

a construção é um dos quatro setores em que o instituto prevê falta de mão de obra

qualificada, com a estimativa de um déficit de mais de 38 mil trabalhadores.

9.1) FUNDAÇÃO

É preciso corrigir desníveis do solo e sempre que possível, manter o terreno acima do

nível da rua para evitar que a água das chuvas entre nele e futuramente inunde toda casa.

Na fase de marcação da casa, tomando por base o projeto, constrói-se, um gabarito em

madeira, que vai definir o espaço a ser ocupado pela residência em si. Ele definirá uma área

em torno da casa, que vai orientar os trabalhadores com relação ao local onde será preparada

a fundação.

Esta madeira ao ser descartada pela obra pode ser levada para usina de compostagem

e depois de triturada é reaproveitada como sedimento de solo para reflorestamento,

plantações e jardins.

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Sabendo-se o tipo de fundação que será utilizado, é preciso pegar com o engenheiro

calculista, o engenheiro RT ou o mestre de obras, os quantitativos dos materiais que serão

utilizados e comprá-los, basicamente: areia lavada, cimento, brita e ferros de diferentes

medidas. Normalmente, pela quantidade baixa, não é vantajoso comprar concreto usinado

(pronto). Por isso, pode ser necessário também alugar uma betoneira para misturar o

concreto.

Na etapa da fundação para que seja feita as sapatas, há a retirada de uma parte do solo,

que pode ser reaproveitado para a própria nivelação do terreno.

Na definição da fundação a sondagem ainda é a maneira garantida para selecionar.

A partir do momento em que são conhecidos os solos existentes no terreno, o

projetista de estrutura determinará a mais indicada para o projeto, dimensionando a

resistência do concreto e as respectivas profundidades.

Outro ponto importante é verificar nos projetos de instalações hidráulicas e elétricas

os pontos em que os tubos ficarão embutidos na estrutura. Por isso, a presença do engenheiro

é obrigatória no dia da execução das fundações.

Neste caso usaremos a fundação rasa porque são recomendadas para terrenos firmes e

de boa resistência. A execução é mais simples que as indiretas, e o custo é menor.

A superestrutura é ligada à fundação por pilares e se caracteriza pela transmissão de

carga da estrutura ao solo por meio das pressões distribuídas pela base.

As sapatas são interligadas por vigas baldrames, que servem como apoio para a

execução de toda alvenaria. Com isso, elas absorvem o peso da viga baldrame, concentram

no bloco da sapata e distribuem para o solo.

A obtenção de areia e pedra natural vem se tornando cada vez mais difícil devido ao

esgotamento das jazidas próximas aos centros urbanos (decorrente ao longo período de

exploração) e as restrições dos órgãos de fiscalização ambiental para extração deste material.

Então, para que a obra se torne sustentável é necessário à substituição desta areia por

uma reciclada de construção civil, juntamente com a brita também reciclada e cimento

ecológico para o preparo do concreto.

Este material reciclado vem das construções que ao invés de serem destinados pelos

terrenos, acumulando e trazendo sérios danos ao meio ambiente (inclusive um terrível

impacto visual para cidade), são reaproveitados gerando renda para muitos cidadãos.

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17

Assim como dispõe e implementa a Resolução CONAMA 307/2002 - art. 2º:

“IV - Agregado reciclado: é o material granular proveniente do

beneficiamento de resíduos de construção que apresentem

características técnicas para a aplicação em obras de edificação, de

infra-estrutura, em aterros sanitários ou outras obras de engenharia;

V - Gerenciamento de resíduos: é o sistema de gestão que visa

reduzir, reutilizar ou reciclar resíduos, incluindo planejamento,

responsabilidades, práticas, procedimentos e recursos para

desenvolver e implementar as ações necessárias ao cumprimento das

etapas previstas em programas e planos;”

A indústria do cimento responde a quase 5% das emissões mundiais de gás carbônico.

Isso ocorre porque o processo de produção de cada tonelada de clínquer (seu principal

componente) libera na atmosfera a mesma quantidade de CO2. A saída para combater

tamanho impacto no aquecimento global é reduzir a porcentagem desse ingrediente na

fórmula.

O cimento ecológico, por tanto, é aquele que em sua fabricação proporciona uma

redução de emissão de CO2, também em sua fórmula.

Para a formação da subestrutura o bloco é muito bem empregado. Eles possuem baixo

índice de absorção inicial, menor quantidade de juntas de movimentação e maior conforto

termoacústico. Garantem também diminuição de carga na fundação e maior rendimento da

mão de obra em razão do peso.

Se comparado ao tijolo comum o bloco de cimento rende mais porque a mão de obra

executa a alvenaria mais rapidamente. É o mais resistente de todos e o desperdício causado

pela quebra do material é muito mais inferior do que a do tijolo baiano.

Em sua composição é utilizado: cimento Portland, agregados (areia, pedra, etc.) e

água, senda ainda permitido o uso de aditivos, desde que não acarretem em prejuízo as

características do produto. Sua fabricação pode ser feita de forma artesanal e não necessita da

utilização de energia elétrica.

O setor da siderúrgica também é um grande reciclador. Boa parte do aço destinado a

reforço de concreto armado produzido no país é proveniente do processo de arco elétrico, que

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utiliza como matéria prima quase que exclusivamente sucata. A reciclagem desta sucata

permitiu economizar em 1997 cerca de 6 milhões de toneladas de minério de ferro, evitou a

geração de cerca de 2,3 milhões de toneladas de resíduos e de cerca de 11 milhões de

toneladas de CO2.

10) INSTALAÇÃO ELÉTRICA

10.1) EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

A descoberta das cargas elétricas por Talles de Mileto na Grécia foi fundamental para

dar partida aos avanços tecnológicos que contemplamos nos tempos atuais. Os avanços

tecnológicos atuais são de extrema importância para a vida atual, pois tudo que é utilizado

está direta ou indiretamente relacionado à energia elétrica, daí a importância em consumi-la

com responsabilidade.

Atualmente as usinas hidrelétricas geram aproximadamente 18% da energia mundial,

porém no Brasil as usinas hidrelétricas são responsáveis por aproximadamente 95% da

energia nacional, restando apenas 5% da geração energia por fontes alternativas. Apesar da

geração de energia por hidrelétricas não emitir nenhum tipo de poluente, sua instalação custa

ao meio ambiente grande impacto. Por isso, é necessária uma série de licenças ambientais

emitidas, após um estudo aprofundado desses impactos gerados pela construção da barragem.

Os principais impactos causados pelo alagamento são sociais e ambientais. Os impactos

sociais são a remoção de tribos indígenas, população ribeirinha e pequenos agricultores, pois,

com a barragem do rio, é criado um grande lago artificial, alterando, assim, as margens do

rio. Os impactos ambientais ocorridos são a destruição de grandes áreas de vegetação natural,

matas ciliares, imensos prejuízos à fauna e flora local, desmoronamento das margens,

assoreamento dos rios, possibilidades de transmissão de algumas doenças (como exemplo a

Malária), extinção de algumas espécies de peixes e etc.

Com intuito de diminuir a necessidade de construção de novas hidrelétricas, se devem

encontrar soluções que possam minimizar a necessidade de consumo da energia gerada por

essas instalações, uma vez que a demanda tende a aumentar e, com isso, a necessidade de

geração será maior. Portanto, se exibe soluções sustentáveis para a construção residencial,

evitando desperdícios de material, diminuição do consumo de energia elétrica, através de

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simples técnicas, além de apresentar soluções de energia renovável e gerenciamento dos

resíduos gerados durante a instalação elétrica.

10.2) PLANTA BAIXA ELÉTRICA

Figura 20: Planta da parte elétrica da casa sustentável

Fonte: Projeto Elétrico: Antônio Rodrigues de Almeida

CREA-RJ nº 201052627-9

10.3) LEVANTAMENTO DE MATERIAIS E CUSTOS NECESSÁRIOS POR

AMBIENTES

Os cálculos seguintes foram divididos por ambientes de forma a alcançar o máximo

de economia numa instalação, primando pela preocupação ambiental e segurança.

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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

75 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 56,25R$

25 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 11,25R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$

4 UNID PLAFONIER 4,00R$ 16,00R$

4 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 18,60R$

1 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 3,85R$

1 UNID TOMADA COM 1 SEÇÃO 6,75R$ 6,75R$

1 UNID TOMADA COM 2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$

4 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 19,60R$

7 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 24,50R$

25 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 33,75R$

5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$

215,20R$

C1

SUB-TOTAL

QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

120 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 90,00R$

10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 15A 8,00R$ 8,00R$

2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$

7 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 32,55R$

2 UNID INTERUPTOR 1 SEÇÃO 3,85R$ 7,70R$

2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$

9 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 31,50R$

35 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 47,25R$

239,30R$

C2

SUB-TOTAL

Cômodo 1

Tabela 1: Sala, circulação, banheiro e varanda da frente.

Na varanda da frente foi economizado uma caixa retangular pequena e um interruptor,

pois se integrou ao interruptor da sala. Na sala podemos reparar que na parede direita foi

aproveitada a descida do ramal para puxar uma nova tomada na mesma parede. Ainda foi

aproveitado o ramal encaminhado a caixa redonda superior da área de circulação, evitando

puxar o ramal direto do quadro de distribuição. Foi aproveitada a instalação do conduite e da

caixa retangular pequena do interruptor para colocação de uma tomada.

Cômodo 2

Tabela 2: Quartos

No Quarto 1, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para

aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber

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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

45 MTS FIO 2,5mm 0,75R$ 33,75R$

10 MTS FIO 1,5mm 0,45R$ 4,50R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 20A 8,00R$ 8,00R$

2 UNID PLAFONIER 4,00R$ 8,00R$

3 UNID TOMADAS 10A 4,65R$ 13,95R$

1 UNID TOMADA COM 2 SEÇÕES 9,65R$ 9,65R$

2 UNID CAIXA 4 X 4 OITAVA P/ LAJE 4,90R$ 9,80R$

4 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 14,00R$

16 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 21,60R$

5 MTS CONDUITE CORRUG 1/2 1,40R$ 7,00R$

130,25R$

C3

SUB-TOTAL

QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

20 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 24,00R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 40A 7,00R$ 7,00R$

5 MTS CONDUITE CORRUG 3/4 1,35R$ 6,75R$

37,75R$ SUB-TOTAL

C4

na parede esquerda o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada,

para instalação de uma segunda tomada.

No Quarto 2, foi aproveitado de um interruptor e colocado uma tomada junto para

aproveitar a instalação do conduite e da caixa retangular pequena. Pode-se ver ainda perceber

na parede superior o aproveitamento da descida do ramal para instalação de uma tomada,

para instalação de uma segunda tomada.

Cômodo 3:

Tabela 3: Cozinha e área de serviço

Na área de serviço foi economizada uma caixa retangular pequena e um interruptor,

que se integrou ao interruptor da cozinha. Na cozinha foi colocada uma tomada junto ao

interruptor aproveitando a instalação do conduite e caixa retangular. Na parede esquerda se

observa que foi aproveitada a descida do ramal da instalação de uma tomada para incluir

outra tomada, na mesma parede.

Cômodo 4:

Tabela 4: Chuveiro

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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$

1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$

1 UNID CAIXA RETANG. 4 X 2 PEQ 3,50R$ 3,50R$

7 MTS CONDUITE LISO 3/4 3,50R$ 24,50R$

3 UNID CURVAS 90º ELETROD 3/4 2,50R$ 7,50R$

67,50R$

C5

SUB-TOTAL

QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

15 MTS FIO 4,0mm 1,20R$ 18,00R$

1 UNID DISJUNTOR MONO 30A 6,00R$ 6,00R$

1 UNID TOMADA 20A 8,00R$ 8,00R$

32,00R$ SUB-TOTAL

C6

Cômodo 5:

Tabela 5: Bomba D’ Água

Cômodo 6:

Tabela 6: Maquina Lavar

Nos cômodos 5 e 6, foram utilizadas a mesma instalação do conduite subterrâneo e da

caixa retangular para conduzir a fiação da bomba de água e da maquina de lavar.

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QUANT TIPO DESCRIÇÃO VALOR UNIT VALOR TOTAL

1 UNID POSTE PADRÃO 6 MTS 400,00R$ 400,00R$

1 UNID CAIXA DISTRIBUIÇÃO MONO 35,00R$ 35,00R$

1 UNID CAIXA PASSAGEM 10,00R$ 10,00R$

1 UNID ROLDANA 25,00R$ 25,00R$

1 UNID CREMALHEIRA 15,00R$ 15,00R$

4 UNID VARA ATERRAM. COBRE 13,00R$ 52,00R$

1 UNID CX DISTRIB 6 DISJUNTORES 20,00R$ 20,00R$

50 MTS CABO 10MM 7,90R$ 395,00R$

15 MTS COND. LISO 1'' 3,00R$ 45,00R$

2 UNID CURVAS 90º ELETROD 1'' 2,00R$ 4,00R$

1.001,00R$ SUB-TOTAL

GERAL

ORÇAMENTO GERALC1 215,20R$

C2 239,30R$

C3 130,25R$

C4 37,75R$

C5 67,50R$

C6 32,00R$

OUTROS 1.001,00R$

TOTAL GERAL 1.723,00R$

10.4) OUTROS MATERIAIS

Tabela 7: Outros materiais necessários para instalação elétrica residencial

10.5) ORÇAMENTO GERAL DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA

Tabela 8: Total dos Cômodos

10.6) MEIOS AUXILIARES PARA INSTALAÇÃO ELÉTRICA E CONSUMO

SUSTENTÁVEL

Além das mudanças de hábitos tão importantes para a economia e sustentabilidade,

existem produtos no mercado como eletrodomésticos e eletroeletrônicos capazes de reduzir

desperdício de energia. Além disso, outras soluções existem e auxiliam na economia dos

gastos financeiros e ambientais durante a construção, como apresentado abaixo:

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24

10.7) ALTURA DAS TOMADAS

Segundo Marcelo Melo, diretor de engenharia da Living,

“ao modificar o modo de instalação das tomadas e interruptores

alinhados a 1 metro do chão, diminui-se a quantidade de

interruptores, fios e eletrodutos. Com isso notou-se uma redução de

2,8% dos custos das instalações elétricas. Com isso se integra

tomadas e interruptores que antes estavam independentes, porém

próximos.”

Figura 21: Altura para instalação do conduite

Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/

10.8) ILUMINAÇÃO

A iluminação de uma casa representa algo em torno de 15% a 25% da conta de

energia eletrica. Ao substituir as lampadas incandescentes por fluorencentes ter-se-á uma

economia de cera de 80% da energia que as lâmpadas incandescentes consumiriam. Além

disso a duração desse tipo de lampada e muito superior, chegando a durar até oito vezes mais

que uma lampda incandescente. Essas lâmpadas são indicadas para ambientes espaçosos.

Porém as lampadas de LED (Fig. 21) são as mais economicas do mercado e ainda não

utilizam materias nocivos a saude na sua composição, emitem menos calor e são mais

eficientes que as fluorescentes, porém o seu valor ainda é muito oneroso, outrora o custo-

benefício se torna viável para investimento.

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LAMPADAS INCADENCENTES LAMPADAS FLUORESCENTES LAMPADAS LED

INVESTIMENTO 1,00R$ 9,90R$ 49,90R$

POTENCIA 60W 18W 8W

CONSUMO MEDIO PERIDO 5 ANOS EM WATTS 547500 164250 73000

LAMPADAS SUBSTITUDIAS 10 5 0

GASTO COM ENERGIA 358,68R$ 107,60R$ 47,82R$

GASTO COM LAMPADAS 11,00R$ 59,40R$ 49,90R$

TOTAL 369,68R$ 167,00R$ 97,72R$

CALCULO COMPARATIVO DE 1 LAMPADA PELO PERIODO DE 5 ANOS

Figura 22: Lampada de LED

Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/

A lâmpada de LED utiliza cerca de 90% menos eletricidade do que uma lâmpada

incandescente e 40% menos que uma fluorescente. A duração dessas lâmpadas também é

muito superior. Além disso, as lâmpadas de LED são menos agressivas ao meio ambiente,

pois não contém metais pesados como mercúrio, presentes nas fluorescentes, o que também

facilita seu descarte.

Tabela 9: Comparativo de custos entre as espécies de lâmpadas pelo período de 5 anos

*Valores de consumo de acordo com a taxa cobrada pela ampla no mês de outubro de 2012.

10.8.1) COMENTÁRIO

Na tabela (9) mostra a comparação dos gastos e manutenção de uma (1) lâmpada no

período de 5 anos, entre os diferentes tipos de lâmpadas existentes no mercado. Enquanto as

fluorescentes são trocadas 5 vezes, as de LEDs com o mesmo poder de iluminação têm

garantia nesse período o que equivale quantidade de troca zero (0), com vida longa. Enquanto

o gasto com energia elétrica de uma lâmpada fluorescente é de R$107, a LED corresponde a,

no máximo, R$ 47,82. No total, considerando gastos com energia e compra de lâmpadas, a

diferença das fluorescentes favorece a instalação das de LEDs, pois a diferença é de R$

69,28, apresentando uma economia de aproximadamente 41,32%.

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10.9) JANELAS E PORTAS

Utilizar portas e janelas de vidro temperado além de exibir uma estética mais bonita a

obra, faz com que a iluminação solar penetre com mais facilidade ao interior da residência,

diminuindo assim a necessidade de iluminação artificial.

10.10) REFLEXÃO DA LUZ NA PINTURA

Pinturas em cores claras auxiliam na dispersão da luminosidade, fazendo com que não

sejam necessárias luzes artificiais.

Figura 23: Funcionalidade da reflexão da luz na parede de tinta clara

Fonte: http://ecoeficienteltda.blogspot.com.br/

10.11) PAISAGISMO

A vegetação influencia significativamente na redução de energia elétrica, através do

conforto térmico e outros benefícios que aumentam a qualidade de vida.

Um dos pontos mais importantes na hora de planejar sua área de lazer é avaliar quais

espécies de plantas são mais adequadas para aquela região. Plantas nativas são as mais

indicadas, pois demandam menos gastos com manutenção, além de conseguir reduzir os

gastos com água em até 30%.

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27 CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSALC4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000

5500 165000

CALCULO ECONOMIA COM A UTILIZAÇÃO DE AQUECIMENTO SOLAR

TOTAL

Figura 24: Parte da frente da Casa

Imagem: anaterrapaisagismo.com.br

Além disso, as espécies nativas são de fácil acesso, elas se proliferam rapidamente na

região acelerando o processo de crescimento. A vegetação pode reduzir a temperatura,

aproximadamente, em 10°C abaixo em relação às áreas não arborizadas, diminuindo

consideravelmente a necessidade de energia para conforto térmico. Essa é uma dica

extremamente importante, eficiente e eficaz para um projeto realmente sustentável.

10.12) AQUECEDOR SOLAR

Embora faça parte da instalação hidráulica do projeto, a implantação atua de forma

significante para a economia de energia, pois o chuveiro elétrico é considerado um dos vilões

de consumo.

Tabela 10: Estimativa de economia

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KIT AQUECEDOR SOLAR

2

1

1

1

SUPLEMENTOS

30 1,50R$ 45,00R$

1 7,00R$ 7,00R$

861,10R$

KIT INSTALAÇÃO

809,10R$ 809,10R$

DISJUNTOR 40A MONO

TOTAL

MTS FIO 6mm

CUSTOS DO PAINEL

PLACAS COLETORAS

BABY DUCHA

1 RESERVATORIO

108,09R$

7,966155634

PLACA COLETORA

MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO

ECONOMIA MENSAL DO AQUECEDOR SOLAR

Tabela 11: Orçamento financeiro

Tabela 12: Economia de energia elétrica mensal

* Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012

10.12.1) COMENTÁRIO

O aquecedor solar é imprescindível numa residência que busca a consciência

ambiental, pois sua utilização pode economizar até 100% do gasto de energia com chuveiro

elétrico, correspondendo em torno de 25% a 30% de redução do custo da energia

convencional de uma casa.

Para a instalação inicial, se gasta aproximadamente R$900,00 (Tabela 11), sendo que

esse valor é recuperado em 8 meses, através da redução da estima encontrada na conta de

energia.

10.13) ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

Considerando que a Região dos Lagos oferece um clima tropical marítimo, com

média anual aproximada de 24°C, com verões moderadamente quentes e ventos trazidos pela

Corrente das Malvinas, provenientes das correntes marítimas, se pode dizer que esta região é

uma das mais secas do Sudeste, com precipitação anual de, apenas, cerca de 750 mm, não

passando de 1.100 mm nas cidades mais chuvosas da região, Maricá e Saquarema.

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29

Deduzindo-se que a região favorece a utilização e investimentos nos setores de

energias renováveis, Se optou pela energia solar fotovoltaica, pois a tecnologia está

comercialmente disponível no Brasil, diferentemente das outras tecnologias como a eólica,

por exemplo. Além disso, esta, embora ofereça maior desempenho na geração de energia,

ainda existem dificuldades geradas pelo barulho das turbinas e também apresenta um dano

ambiental que podem ser causados, quando as pás atraem pássaros, aves e morcegos.

Os sistemas fotovoltaicos possibilitam a produção de energia elétrica em casa, a partir

da luz solar. Sendo assim, é possível acender lâmpadas, funcionar um televisor, rádio e, até

mesmo, uma pequena geladeira. O investimento necessário irá depender diretamente da

potência requerida, sendo o sistema solar composto por um ou mais painéis fotovoltaicos. O

custo ainda é elevado em comparação com as fontes tradicionais de energia, contudo esse

custo alto vem caindo consideravelmente nos últimos anos (RÜTHER, 2004).

Figura 25: Energia fotovoltaica autônoma.

Fonte: Senado.Gov

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10.14) DESCRIÇÃO DOS COMPONENTES

10.14.1) PAINEL FOTOVOLTAICO

Converte a luz solar em energia elétrica, normalmente 12Vcc - corrente contínua.

10.14.2) CONTROLADOR DE CARGA

Gerencia o carregamento da bateria, evitando sobrecargas e protegendo contra

descargas abaixo do permitido. É instalado eletricamente entre o painel fotovoltaico e as

baterias. Um controlador típico possui:

Entrada para os painéis fotovoltaicos;

Saída para baterias;

Saída para carga (corrente contínua -

cc).

10.14.3) BATERIA

Armazena a energia elétrica gerada pelo painel ao longo do dia, para ser usada à noite

ou em dias muito nublados ou chuvosos. As baterias mais utilizadas em sistemas

fotovoltaicos são geralmente do tipo chumbo-ácido. Deve ser do tipo “descarga profunda” ou

estacionária, ou seja, podem ser descarregadas entre 20% e 80% de sua capacidade máxima e

recarregada novamente todos os dias, durando muitos anos, conforme especificação do

fabricante.

10.14.4) INVERSOR

Converte a tensão da bateria, tipicamente de 12Vcc para 127Vca - corrente alternada,

para alimentar equipamentos como televisores, rádios e outros. É um dos mais importantes e

complexos componentes em um sistema de energia fotovoltaica independente.

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CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL

C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000

8 TOMADAS 100 3 2400 30 72000

1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000

C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400

9 TOMADAS 100 3 2700 30 81000

C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400

4 TOMADAS COZINHA 200 5 4000 30 120000

C4 1 CHUVEIRO 5500 1 5500 30 165000

C5 1 TOMADA BOMBA 400 2 800 30 24000

C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000

16560 496800TOTAL

CALCULO CONSUMO ELETRICO

CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSAL

C1 5 LAMPADAS DE LED 8 5 200 30 6000

1 TOMADA BANHEIRO 200 1 200 30 6000

C2 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400

C3 2 LAMPADAS DE LED 8 5 80 30 2400

C6 1 TOMADA MAQ LAVAR 600 1 600 30 18000

1160 34800

CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA 2 PLACAS FOVOLTAICAS

TOTAL

CIRCUITO QUANTIDADE DESCRIÇÃO CARGA EM WATTS HORAS/DIA DIARIO DIAS MENSALC5 1 TOMADA BOMBA 500 2 1000 30 30000

1000 30000

CALCULO DE ECONOMIA DE CONSUMO ELETRICO PARA PLACA FOVOLTAICA BOMBEAMENTO PARA CISTERNA

TOTAL

10.14.5) BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR FOTOVOLTAICA

Por necessidade, nas casas da Região dos Lagos costuma-se usar bombeamento de

água da cisterna para caixa d’água, pensando nisso optou-se também por instalar um sistema

com um painel fotovoltaico especialmente para essa questão.

10.14.6) CUSTOS INDIVIDUAIS E GERAIS DAS INSTALAÇÕES DOS PAINÉIS

FOTOVOLTAICOS

Tabela 13: Gastos de energia elétrica por mês sem os painéis fotovoltaicos e aquecedor solar

Tabela 14: Estimativa de economia de consumo elétrico para tomadas e lâmpadas.

Tabela 15: Estimativa de economia de consumo elétrico para bombeamento d’água.

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KIT GERADOR FOTOVOLTAICO

2

1

1

BATERIAS

2 899,00R$ 1.798,00R$

SUPLEMENTOS

1 40,00R$ 40,00R$

50 1,20R$ 60,00R$

10 3,00R$ 30,00R$

KIT BOMBEAMENTO DE AGUA SOLAR

1

1

SUPLEMENTOS

50 1,20R$ 60,00R$

10 3,00R$ 30,00R$

5.296,00R$

PAINEIS FOTOVOLTAICOS DE 135W (P)

979,00R$ 979,00R$

CONDUITE LISO 1''

CONTROLADOR DE CARGA DE 20A

INVERSOR DE TENSÃO 700W, 12 Vcc PARA 120 Vac

2.299,00R$ 2.299,00R$

BATERIAS ESTACIONARIAS 220A/h

CHAVE CONTATORA

BOMBA SOLAR

PAINEL FOTOVOLTAICO DE 85W

MTS FIO 4MM

MTS CONDUITE LISO 1''

MTS FIO 4MM

TOTAL

CUSTOS DOS PAINEIS

42,45R$

124,7533201

ECONOMIA MENSAL DAS PLACAS FOTOVOLTAICAS DE ENERGIA SOLAR

ECONOMIA MENSAL COM AS PLACAS FOTOVOLTAICAS

MESES NECESSÁRIOS PARA QUITAR O INVESTIMENTO

Tabela 16: Orçamento financeiro das instalações dos sistemas fotovoltaicos

Tabela 17: Estimativa de economia de energia elétrica mensal

*Valor calculado de acordo com a taxa cobrada pela ampla em Outubro de 2012

10.14.7) COMENTÁRIO

Quanto às placas fotovoltaicas de energia solar, tanto quanto para lâmpadas e tomadas

como para o sistema de bombeamento, o custo para instalação ainda é muito alto para o

percentual de economia.

Nesse projeto, já considerando as lâmpadas de LEDs, a economia se dá apenas em R$

42,45 (tabela 17), com um gasto inicial de R$ 5,296,00 (tabela 16). Se dependesse da

economia gerada, levaria aproximadamente 10 anos para recuperar o valor aplicado, isso sem

considerar os possíveis reparos ou compra de novas baterias.

Embora seja uma energia limpa, o custo oneroso e a mínima economia acabam por

não incentivar sua instalação.

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10.15) GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL NO PROCESSO DE INSTALAÇÃO

ELÉTRICA

10.15.1) GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE ESTALAÇÕES ELÉTRICAS

Através de um bom planejamento, treinamento e capacitação técnica e fiscalização, os

resíduos produzidos em instalações elétricas são bastante reduzidos. Esses resíduos são

basicamente plásticos e cobre e estão classificados como resíduo de classe A e B

respectivamente, de acordo com a resolução 307/2002 do CONAMA. Conforme a figura 26

abaixo:

Figura 26: Tabela de classificação dos resíduos.

Fonte: MEDAUAR, Odete, 2012, Resolução do CONAMA 307/2002.

10.16) SOLUÇÕES PARA RESÍDUOS ELÉTRICOS

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Para o aproveitamento das pontas dos fios, deverá ser separado o revestimento de

plástico da parte metálica, onde a parte metálica deverá ser encaminhada a uma usina de

reciclagem, ou a uma cooperativa local de reciclagem.

A parte que reveste o cobre são as pontas de plástico que deverá ser acumulada e

reunida com os restos de fitas isolantes e os pedaços de conduites para ser encaminhado

também a uma usina de reciclagem ou a uma cooperativa local de reciclagem.

10.17) SEGURANÇA NAS INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Não se pode desenvolver um projeto sustentável sem envolver e preocupar-se com o

homem. Sendo assim, para alcançar um desenvolvimento sustentável a empresa que contrata

“pessoas” como seus colaboradores, devem cuidar para prevenir acidentes, preservando a

vida humana. Trabalhar é uma necessidade do cidadão e nesse caso, a eletricidade não

oferece aviso, não tem cheiro, não tem cor e nem ruído. Não é quente e nem é fria e pode ser

fatal. Sendo assim, ela não admite precariedade nem improvisações, exigindo

responsabilidade de seus administradores e colaboradores.

A NR 10 é uma aquela que trata:

“das diretrizes básicas para implementação e medidas de controle e

sistemas preventivos destinados a garantir a segurança e saúde dos

trabalhadores que direta ou iniretamente interajam com as

instalações.”

A NR 18:

“trata do meio ambiente e de trabalho na insustria da construção.”

Enquanto a NBR 5410:

“das instalações elétricas de baixa tensão.”

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Todas essas normas são para evitar acidentes diretos (choques, queimaduras e efeitos

eletromagnéticos) e indiretos (impactos, quedas, etc.), preservando a saúde e a vida do

trabalhador e dos futuros proprietários e frequentadores do empreendimento. Além de evitar

riscos ao patrimônio (incêndios, explosões e corrosão eletrolítica), pois de nada adianta

projetar sem planejar e executar um empreendimento, isso o torna ineficaz e

consequentemente antiecológico. Rebaixando o patrimônio adquirido, como também os

recursos naturais utilizados para esse fim.

Portanto, é imprescindível a administração correta e um planejamento específico para

realizar todas as etapas pertinentes ao serviço, rumo a uma construção verdadeiramente

compromissada com o desenvolvimento sustentável.

As tomadas foram distribuídas a 1 m do chão e de forma que utilizem a menor

quantidade possível, gerando também economia na fiação, conduites e caixas retangulares. A

caixa de distribuição foi posicionada o mais próximo possível do centro da casa, tornando a

distribuição dos ramais mais econômica e utilizando menos quantidade de fios. A espessura

do fio de cobre selecionado para a instalação foi apropriada à corrente elétrica que passará

por ele, pois fios de menor seção representam economia imediata, porém fios muito finos

usados para passagem de altas correntes ocasionam superaquecimento do material, o que

pode trazer perda de energia e, principalmente, riscos à segurança e consequentemente perda

do patrimônio. Sugere-se, portanto que a economicidade não seja o principal objetivo numa

construção quando se trata de sistemas elétricos, visto que espessuras de fios e qualidade de

conduite devem ser observadas no nível de qualidade, evitando colocar em risco a vida das

pessoas e ao patrimônio do particular.

As lâmpadas de LEDs são acessórios importantíssimos, pois são as mais econômicas e

ecologicamente corretas. Assim como o sistema de aquecedor solar é significante no uso

racional, econômico e sustentável do projeto, indiscutivelmente. As placas fotovoltaicas tanto

para as lâmpadas quanto para as tomadas e para bombeamento d’água funcionam apenas

como auxiliares na redução do consumo de energia, trabalhando de forma alternada com a

energia convencional.

Considera-se que aliando as placas fotovoltaicas, aquecedor solar, e lâmpadas de

LEDs junto à escolha de materiais auxiliares como pinturas dos ambientes em cores claras,

janelas e portas de vidro que facilitam a entrada de luz, árvores e vegetação que regulam o

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clima, posição da construção em relação ao sol e outras tantas técnicas, ocorre a redução de

energia e do consumo elétrico em quase 100%.

Quanto ao gerenciamento de resíduos, a quantidade não é muito significativa, pois a

geração é pouca. Em contrapartida, os cuidados durante as instalações, fiscalização e

acompanhamento sistemático da obra é essencial para preservar a vida dos funcionários assim

como para garantir a qualidade e garantia patrimonial dos futuros proprietários, alcançando

dessa forma, o que se busca, uma construção propriamente sustentável.

11) PARTE HIDRÁULICA DE UMA RESIDÊNCIA AUTOSSUSTENTÁVEL

11.1) GERAÇÃO DE RESÍDUOS HIDRÁULICOS

Num projeto de construção civil, a parte hidráulica de uma residência é primordial,

visto que projetos hidráulicos mal elaborados resultam em construções problemáticas, que

geram vazamentos, infiltrações, falta de pressão no sistema, falta de água e transtornos

diversos. Dessa forma, para a resolução dos problemas em uma residência já construída,

qualquer mudança na parte hidráulica implicaria em quebra de paredes e perda de material de

acabamento, acarretando maior geração de resíduos e desperdícios de materiais. Por isso, o

projeto hidráulico deve ser elaborado cuidadosamente para evitar essas complicações

posteriores.

É importante analisar em um projeto hidráulico as causas efetivas para o grande

volume de resíduos gerados de modo a verificar se as falhas ao longo do processo construtivo

foram as maiores responsáveis pelos resíduos ou se a falta de planejamento também

contribuiu para esta situação.

11.2) DESTINAÇÃO E APROVEITAMENTO DOS RESÍDUOS HIDRÁULICOS

Embora o Brasil possua legislação pertinente à gestão dos resíduos na construção

civil, a realidade verificada nas obras está bem distante do padrão que deveria existir, visto

que a grande quantidade de entulho gerado não atende às determinações legais, mas o país

possui na maioria das construções o mínimo de reaproveitamento de entulhos, caracterizando

projetos de menor índice de sustentabilidade ambiental.

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Verifica-se que na parte hidráulica de uma construção, geralmente, não há a produção

de muitos resíduos, visto que se o projeto for elaborado de modo adequado não será previsto

o descarte de restos de tubulações e materiais hidráulicos, pois os mesmos serão adquiridos

na quantidade e dimensões pré-estabelecidas no projeto. Entretanto, a maioria dos resíduos

gerados é proveniente de quebras ou ajustes realizados no sistema após a construção devido à

falta de planejamento, bem como a realização de instalações inadequadas por profissionais

não qualificados.

11.3) PROJETO HIDRÁULICO COMUM

A elaboração do projeto de um sistema hidráulico de uma residência é altamente

específica, mesmo que possua um todo o planejamento e metodologia para a instalação de

água quente, fria e esgoto. O projeto deve ser feito de modo a atender às necessidades dos

moradores da residência de modo que se evitem futuros reparos e transtornos. A economia é

um fator que não pode ser aplicado a sistemas hidráulicos, pois a compra de materiais de

baixa qualidade e que não oferece segurança acarretará sérios problemas futuros. O custo

aproximado de um projeto hidráulico é de aproximadamente 3% do valor da obra.

O projeto de instalações hidráulico-sanitárias pode ser definido como o conjunto de

tubulações, conexões, aparelhos, peças e acessórios destinados ao suprimento de água para

uma construção. A rede hidráulica começa desde a ligação da rede pública de água até o

retorno da água utilizada ao sistema de tratamento de esgoto. Um sistema instalado

adequadamente deve atender aos requisitos básicos de seu funcionamento, que são:

a) Fornecimento de água com qualidade apropriada, em quantidade suficiente e sob a

pressão adequada;

b) Bloqueio do retorno de águas poluídas nas canalizações de alimentação dos aparelhos

e entrada de gases de esgoto, de roedores ou insetos nas instalações; e;

c) Relação com o projeto arquitetônico, ocorrendo um entrosamento com as questões

arquitetônicas e estruturais da obra.

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Figura 1: Projeto hidráulico comum

Fonte: http://startmanutencao.net/hidraulica.php

11.4) PROJETO HIDRÁULICO SUSTENTÁVEL

No atual contexto de sustentabilidade, torna-se necessária a criação de tecnologias que

possibilitem a menor extração de recursos naturais, bem como uma economia na utilização

dos mesmos. Na construção civil, vários projetos sustentáveis têm sido idealizados por

empresas com consciência ambiental que já permitem a realização de uma obra com

materiais e métodos ambientalmente corretos. Na parte hidráulica de uma construção

verificam-se as seguintes soluções sustentáveis:

11.4.1) MECANISMO DE SAÍDA UNIVERSAL DUAL FLASH

É um mecanismo de descargas com acionamento parcial e total que pode ser instalado

em qualquer tipo de caixa acoplada de modo a permitir uma economia de água de até 50%,

pois permite transformar mecanismos de saída simples em sistemas de duplo acionamento,

com maior ou menor quantidade de água de acordo com a necessidade. Tal sistema conversor

é de fácil instalação e baixo custo, sendo resistente à água do mar e/o com alto teor de ferro e

alcalinidade.

Figura 2: Mecanismo de saída universal dual flash

Fonte: http://www.geracaocenterlar.com.br/p/31704/Produto

Marca do Produto:

Censi

Custo = R$ 81,79

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11.4.2) SISTEMA DE CAPTAÇÃO DA ÁGUA DA CHUVA

Ao longo da história da humanidade a água da chuva sempre foi capturada e

armazenada para o consumo, visto à sua disponibilidade. Entretanto, com as comodidades da

vida moderna esse bem tão precioso começou a ser dispensado de modo que a sociedade, de

certa forma, rejeitou esse recurso que pode ser amplamente utilizado.

Entretanto, a progressiva consciência ecológica acerca da sustentabilidade na

utilização de recursos naturais, trouxe à tona essa discussão e necessidade, de modo que se

tornou importante repensar sobre as maneiras de realizar a captura da água da chuva para a

utilização, não com os mesmos fins tradicionais, mas com a aplicação específica em situações

que permitem o aproveitamento desse recurso e uma economia sustentável.

11.4.3) REGRAS INTERNACIONAIS SOBRE SISTEMAS DE APROVEITAMENTO DE

ÁGUA DE CHUVA

Adoção de um modelo de cálculo específico para aferição das quantidades e das

necessidades de água em cada projeto residencial ou comercial.

As superfícies de recolhimento não podem ter contato periódico com pessoas, animais

ou máquinas.

O sistema deve conter dispositivos de filtragem que rejeitam as primeiras águas após

longos períodos sem pluviosidade.

No início do sistema deve haver uma válvula de corte para realizar o desvio do coletor

pluvial, de modo a desligar todos os componentes para verificação, manutenção ou

substituição.

O depósito de armazenagem deve ser construído por um material cujas paredes sejam

isentas de porosidade e que não propiciem reações químicas, sendo o polietileno de

alta densidade o material mais adequado para essa aplicação.

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O depósito deve ser enterrado, de modo a garantir que a água da chuva fique protegida

da luz e das variações de temperatura. Dessa forma, pode-se evitar a formação de

algas e o desenvolvimento de alguns tipos de micro-organismos que comprometeriam

a qualidade da água.

As instalações que serão alimentadas pela água da chuva deverão ser independentes

do restante, para que não haja a possibilidade de cruzamento.

Todas as torneiras que fornecem água da chuva deverão conter etiquetas indicando

“água não potável ou imprópria para beber”, além de serem manipuladas com chave

de segurança.

A manutenção e a limpeza do sistema devem ocorrer a cada três anos,

preferencialmente antes do início das chuvas e após o inverno.

Os principais parâmetros físico-químicos da água devem ser verificados com

intervalos máximos de seis meses, de modo a proporcionar segurança para os usuários

do sistema.

O sistema de captação da água de chuva é simples, eficiente, confiável e automático,

de modo a constituir uma nova maneira de economizar recursos naturais e financeiros, além

de auxiliar no enfrentamento de problemas trazidos pela urbanização, tais como: risco de

desabastecimento e racionamento de água. A utilização é amplamente verificada em:

o Alimentação das bacias sanitárias e dos mictórios;

o Irrigação de jardins, pomares e outros cultivos;

o Limpeza de pavimentos, paredes, pátios, peças, equipamentos industriais e veículos.

o Reserva para combate a incêndio;

o Ar condicionado central ou sistemas de resfriamento;

o Espelhos e fontes d’água;

o Recarga de aquíferos.

11.4.4) COLETOR DE CHUVA ULTRA

O sistema será, basicamente, constituído por um coletor de chuva ultra a ser instalado

no telhado no sistema de calhas que incorpora o separador de folhas e o de fluxo em um

único produto. A função inicial desse coletor é retirar as folhas que possam se misturar com a

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água da chuva no telhado e desviar a descarga primária da água da chuva, podendo conter

contaminantes provenientes do telhado ou da primeira chuva.

A manutenção do equipamento é simples e ele também possui um encaixe múltiplo e

adaptador para tubos de coleta com conexões para tubos de 100 mm. Além disso, possui um

botão liga/desliga facilmente acessível, definindo com segurança o transbordamento desejado

da água da chuva.

Figura 3: Coletor de chuva ultra

Fonte: http://www.harvesting.com.br

Marca do Produto:

Harvesting

Custo = R$ 401,30

11.4.5) TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE ÁGUA

A água da chuva, captada pelo sistema de coletor ultra, será armazenada em tanques

diferenciados e extremamente práticos, visto que não é necessário cavar buracos no chão para

sua instalação. Os tanques têm diversos modelos com capacidades que variam de 300 a 2460

litros, dependendo da necessidade de cada residência.

Todos os modelos são fabricados com a mais alta tecnologia em polietileno reforçado

e aditivação UV. Além disso, eles têm uma boa relação entre altura e largura o que lhe

confere ótima estabilidade e ainda possuem paredes grossas para evitar deformações e boa

opacidade para evitar a proliferação de algas, sendo assim um equipamento ideal para

armazenamento da água. O custo dos tanques varia de acordo com o modelo de R$ 300,00 a

R$ 800,00.

O diferencial desses tanques também se relaciona com a estética, visto que estão

disponíveis vários modelos, combinando sustentabilidade e uma bonita decoração para sua

casa e jardim conforme apresentado nas figuras 4, 5, 6,7 8 e 9 seguintes.

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Figura 4: Tanque modelo ânfora – 350 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

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Figura 5: Tanque modelo “Slim CZ” – 650 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

Figura 6: Tanque modelo “Hércules” – 1600 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

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Figura 7: Tanque modelo slim – 2460 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

Figura 8: Tanque square – 300 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

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Figura 9: Tanque modelo slim 2 em 1 – 300 litros

Fonte: http://www.harvesting.com.br

O sistema pode ser aplicado tanto em residências em construção, com rede hidráulica

separada da rede de água potável da rua, e incluir o uso em descarga de banheiros e torneiras

externas, como em casas já construídas. Não sendo possível mexer nas instalações existentes,

é possível aproveitar a água de chuva externamente, para jardins, limpeza de pisos e calçadas,

lavar carros, entre outros usos, constituindo assim uma solução hidráulica altamente

sustentável.

11.4.6) TUBULAÇÃO VERDE

A tubulação utilizada para a construção da parte hidráulica de uma residência é feita

basicamente de um polímero denominado PVC (policloreto de vinil) que é um produto de

origem fóssil e, portanto, de fontes não renováveis. A empresa brasileira Braskem

desenvolveu um plástico verde extraído de etanol (cana-de-açúcar) para suprir essa demanda

ecológica e proporcionando uma produção realizada 100% de fontes renováveis.

Para cada tonelada de polietileno verde produzido são capturados e fixados até 2,5

toneladas de CO2 na atmosfera, segundo informações da empresa que gastou cerca de R$ 500

milhões na implementação do projeto. Este material é resultado de um grande investimento

em inovação, além de fortalecer um compromisso com o meio ambiente promovido pela

diminuição das emissões de gases do efeito estufa. Além disso, a criação dos plásticos verdes

inaugura uma nova fase na cadeia produtiva do plástico, gerando soluções sustentáveis no

setor. Todos os produtos manufaturados que possuem o plástico verde da “BRASKEM” são

identificados pelo selo “I’m green” que foi desenvolvido com a finalidade de ser simples e

direto na comunicação, de modo que o público valorize os produtos fabricados com

componentes renováveis, promovendo assim um futuro mais sustentável. A Figura 10

apresenta a linha de produção dos plásticos verdes acima mencionados.

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Figura 10: Linha de produção dos plásticos verdes chamados “I´m green”

Fonte: http://www3.braskem.com.br/upload/rao/2010/pt/im-green-selo-de-fontes-renovaveis.html

A utilização dos plásticos verdes já começou a se disseminar no mercado da

construção civil visto que a Tigre, multinacional brasileira líder na fabricação de tubos,

conexões e acessórios no país e uma das maiores do mundo, firmou uma nova parceria com a

Braskem, para a compra de polietileno verde de fonte 100% renovável – o etanol. O plástico

verde está sendo utilizado na fabricação da nova linha de grelhas, que passa a ser chamada de

Grelha Ecológica Tigre, lançada no mês de março deste ano pela empresa Tigre conforme

apresentado na Figura 11.

Figura 11: Grelha ecológica da Tigre

Fonte: http://clickobra.com/news/produtos/tigre-traz-a-construcao-civil-primeiro-produto-feito-com-plastico-

verde-da-braskem

11.4.7) ECO SHOWER

Segundo Rocha et al (1999), a maior parte do consumo de água em uma residência é

derivada da utilização de chuveiros elétricos. Por isso, se torna necessário a criação de

mecanismos sustentáveis de consumo conforme a descrição da figura 12 abaixo:

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Figura 12: Gráfico da distribuição do consumo de água em uma residência

Fonte: Rocha, 1999

O sistema Eco Shower é um controlador manual de temperatura de chuveiro que

promove economia de água e energia elétrica. Foi desenvolvido pela empresa “Eco Shower”

e testado pela Universidade Federal de Itajubá. De acordo com os testes, há uma proporção

de economia de água e energia superiores a 40%, sendo de fácil instalação e baixo custo.

Além da economia de água e energia proporcionadas, o sistema oferece total

segurança contra choques elétricos, conforto e praticidade no ajuste da temperatura do banho

e ainda prolonga a vida útil do chuveiro e da resistência elétrica.

Figura 13: Eco Shower

Fonte: http://www.ecoshower.com.br/

Marca do Produto:

ECO SHOWER

Custo = R$ 128,00

11.4.8) TORNEIRAS SUSTENTÁVEIS

As torneiras sustentáveis com mecanismo de fechamento automático constituem uma

excelente solução sustentável hidráulica, visto que podem proporcionar uma economia de até

60% da água consumida. Esta torneira pertence ao conjunto de componentes hidráulicos

desenvolvidos com o objetivo de aliar a redução no consumo de água com o conforto do

usuário. Seu acionamento é manual e seu fechamento é automático, o que contribui para

evitar desperdícios.

A economia se dá uma vez que o jato é fechado automaticamente e a passagem da

água pode ser regulada, permitindo ao consumidor controlar a vazão da água que sai da

torneira. Seu corpo de design moderno e robusto é construído em plástico de engenharia,

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matéria-prima 100% reciclável e altamente resistente, tanto do ponto de vista mecânico como

térmico. É indicada para banheiros de pequenos comércios, locais de grande circulação ou até

mesmo de uso residencial.

Figura 14: Torneiras sustentáveis

Fonte: http://store.greenvana.com/Torneira-Fechamento-

Automatico-para-Lavatorio-de-Mesa-601/p

Marca do Produto:

LORENZETTI –

SMART SYSTEM

Custo = R$ 142,90

11.4.9) CAIXAS D´ÁGUA

As caixas d’água são componentes indispensáveis para a instalação hidráulica de uma

residência e devem prioritariamente armazenar a água que será consumida pelos moradores

com qualidade, de modo a não comprometer a saúde de seus usuários. No mercado, existem

basicamente dois tipos de caixa d’água: as fabricadas com amianto ou polietileno.

O amianto é uma fibra mineral extraída fundamentalmente de rochas compostas de

silicatos hidratados de magnésio. Existem alguns estudos na área que apontam a existência de

substâncias cancerígenas em sua composição e que a utilização do amianto como matéria

prima para a fabricação de reservatórios de água é um grande risco a saúde. Porém, outros

afirmam que a massa formada pela mistura de amianto e cimento não é prejudicial à saúde,

pois o cimento faz com que o amianto não se “desprenda” da caixa d’água, conforme afirma

a Eternit, líder em fabricação de telhas e caixas d’água de amianto no Brasil.

Entretanto, nos últimos anos as caixas de amianto estão sendo substituídas pelas de

plástico (polietileno), que são mais leves, mais fáceis de montar, não quebram com facilidade

e, principalmente, não liberam substancias cancerígenas na água.

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Por isso, a grande maioria das caixas d’água comercializadas no Brasil é fabricada

com o plástico polietileno, que é um material reciclável e, portanto, sustentável. Apesar da

menor durabilidade (20 a 30 anos), os materiais fabricados pela empresa BRASILIT não

prejudicam o meio ambiente do mesmo modo que o amianto, visto que são compostos

plásticos atóxicos, laváveis e indicados para água potável. Seguem abaixo descrição dos dois

produtos citados:

Figura 15: Caixas d’água de polietileno e amianto

Fonte: http://construcaosaojose.blogspot.com.br/2011/03/caixas-dagua-plastico-x-cimento-amianto.html

11.4.10) ÁGUAS DE REUSO

O aumento populacional acompanhado pelas mudanças climáticas globais contribui

para o acréscimo na demanda pelos recursos hídricos. Embora a água existente seja um

recurso renovável, ela tende a se deteriorar em função do seu uso indiscriminado o que

compromete, consequentemente, a quantidade de água com qualidade disponível para

consumo nas diversas localidades.

A quantidade de água disponível no planeta é sempre a mesma já que está sempre

sendo renovada através do ciclo hidrológico. Entretanto, a água de qualidade para consumo

está se tornando rara.

Sabe-se que o ciclo hidrológico se constitui basicamente do transporte de massas

d’água do oceano para atmosfera por evaporação e da atmosfera através de precipitações,

escoamentos superficiais e subterrâneos para os oceanos, influenciando diretamente a

distribuição e extensão dos corpos d’água continentais. Muitas regiões têm sofrido alterações

resultantes das diferentes formas de interferência humana sobre o ambiente. Exemplos são o

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surgimento de metrópoles, dragagens, desmatamentos desenfreados e a construção de

represas. Segundo Bloch (2002),

“97% de toda a água da terra encontra-se nos oceanos. Somente,

0,62% correspondem à água doce. Deste percentual,

aproximadamente, metade corresponde a águas subterrâneas.”

À medida que a população aumenta, a deteriorização dos mananciais se acentua e

assim, surgem problemas de abastecimento que atualmente estão merecendo a atenção e

preocupação de populações e autoridades do mundo. Desta forma é necessário que haja uma

gestão integrada do recurso água, incentivando-se o seu uso racional, favorecendo o

desenvolvimento de sistemas sustentáveis como forma de prevenção contra a escassez.

A água doce está distribuída de forma desigual sobre o planeta. A disponibilidade de água no

Brasil é significativa, entretanto ela esta distribuída de forma irregular sobre o território (69%

da água doce encontram-se na Região Amazônica e 31% nas demais regiões, as quais

concentram 95% da população do País). Segundo o Departamento Nacional de Águas e

Energia Elétrica, a atual ANEEL (2012),

“a distribuição dos recursos hídricos, está na proporção de 68,5%

para a região Norte, 3,3% Nordeste, 6,0% Sudeste, 6,5% Sul e 15,7%

Centro-Oeste.”

O reuso de água domiciliar pode ser considerado como alternativa em tempos de

escassez. Segundo dados do programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente dos 8 %

totais de água consumida no Brasil, 43% são para uso domiciliar, 40% para a agricultura e

17% para indústria. (Ambiente das Águas - Semads/GTZ). Desta forma o incentivo a

economia de água domiciliar será bastante representativo.

Não se trata de pensar em curto prazo, mas sim em médio e/ou a longo prazos quando

provavelmente, a exemplo do que está acontecendo em outros estados brasileiros, poderá

faltar água de qualidade para consumo. Neste sentido o reuso das águas cinza, que são as

águas provenientes de todas as atividades domésticas com exceção de fontes de águas negras

tais como sanitários bidês e urinol, estão sendo estudadas com vistas ao reuso, no caso da

irrigação como em sanitários.

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Estudos realizados para verificação das quantidades de água utilizadas em uma

residência como ilustrado no Gráfico 1, demonstram que 29% da água consumida é

direcionada para bacias sanitárias e 28% para utilização em chuveiros (Revista Brasileira de

Saneamento e Meio Ambiente, 2002). Desta forma, as águas cinza provenientes de pias e

chuveiros poderiam ser quase que totalmente aproveitadas nas bacias sanitárias. Existem

outras pesquisas, tais como as de Mieli (2001),

“sobre consumo de água domiciliar com resultados que se

aproximam deste. Considera-se a fonte da USP para os cálculos a

serem realizados neste trabalho.”

GRÁFICO 1. Utilização de água em atividades domiciliares.

Incentiva a alternativa de reuso das águas cinza, sendo que o sistema típico de

tarifação do consumo de água nas grandes cidades brasileiras é aquele que fora consumido

multiplicado na maioria das vezes por dois, uma vez que o esgoto é tarifado na mesma conta.

Desta forma, ao se reaproveitar um litro de água, além de estarmos reduzindo o consumo,

estaremos economizando tarifa equivalente a dois litros na conta e preservando a água de

qualidade para fins nobres. As Figura 16 e 17 mostram a economia na captação do insumo

que pode ser gerada em uma residência que fizer o reuso de águas cinza. Como exemplo, uma

residência com consumo de 500 litros/dia.

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11.4.10.1) EXEMPLO SEM REUSO

FIGURA 16: Esquema da economia a ser gerada em residência com o reuso de águas cinza

Fonte: Prolagos, 2012

11.4.10.2) EXEMPLO COM REUSO DE ÁGUAS CINZA

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FIGURA 17: Esquema da economia gerada no reuso de água

Fonte: Prolagos, 2012

11.4.11) PROJETO DE SEPARAÇÃO DE ESGOTO

Figura 18:

Figura 19:

Exemplo de reuso de águas cinza

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Por serem menos poluídas que as águas negras no que diz respeito à ausência de fezes,

urina, papel higiênico e etc., as águas cinza têm recebido especial atenção, como alternativa

para reuso. Entretanto, suas características devem ser levadas em consideração ao se avaliar

as possibilidades de reuso incluindo inclusive pré-tratamento.

O reuso das águas cinza é indicado para descargas sanitárias já que em alguns países,

como é o caso do Brasil, utiliza-se água potável para fins onde a portabilidade não é

considerada fator preponderante.

11.4.12) TRATAMENTO DE ÁGUA CINZA PARA REUSO

11.4.12.1) ESTAÇÃO DE TRATAMENTO

Para minimizar drasticamente a elevada DBO (carga orgânica), se aconselha o uso de

um reator anaeróbio de alta taxa que, além de eficiente, exibe uma economia de energia

relevantemente elevada por todos os profissionais da área.

Na sequência, a SNatural demonstra um reator aeróbio de baixo consumo de energia e

reduzido tamanho (alta eficiência) para manuseio da carga orgânica residual e ajuda na

remoção de cor, turbidez e de sulfetos. Posteriormente, o processo utiliza um flotador para

separar parte do lodo não processado, aeração do tratado e, finalmente, é realizada uma

desinfecção por cloro ou por ultravioleta.

Água cinza > reator anaeróbio > reator aeróbio > Flotação > Desinfecção

Figura 20: Reatores e tubulação de desinfecção

Fonte: http://www.naturaltec.com.br/Tratamento-Agua-Reuso.html

11.4.12.2) CARACTERÍSTICAS:

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a) Pequena área;

b) Fácil operação;

c) Baixo custo;

d) Instalação rápida.

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O tratamento das águas cinza adiciona os contaminantes principais que seriam: carga

orgânica (DBO5), teor de enxofre (S) e contaminação microbiológica. A caracterização média

de uma água cinza é fornecida abaixo, na tabela 18:

11.4.12.3) CARACTERÍSTICAS DAS ÁGUAS CINZA

Tabela 18: Parâmetros de águas cinza

Parâmetros

(mg/litro) e (S) Lavatório Chuveiro Tanque Maq. De Lavar Cozinha Misturada

DBO5 (mg/l) 400 200 850 250 1000 700

Teor de Enxofre (S) 200 200 1100 500 250 350

Coliformes em

Termos Tolerantes 1,0E+02 1,0E+05 1,0E+03 1,0E+04 1,0E+05 1,0E+05

A legislação brasileira conta com parâmetros de qualidade para a água de reuso; as

leis publicadas para água de chuva, água cinza e esgoto sanitário são dadas abaixo, na tabela

19:

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Tabela 19: Legislação de Normas Normativas para o reuso da água

Água de Chuva Água Cinza Esgoto Sanitário

Contenção Lei NR. 13.276/2002 –

São Paulo/SP

Uso

Predial

Lei NR. 10.785/2003 –

Curitiba/PR

Lei NR. 13.276/2002 –

São Paulo/SP

Lei NR. 6.345/2003 –

Maringá/PR

Lei NR. 10.785/2003

– Curitiba/PR

Lei NR. 6.345/2003

– Maringá/PR

NBR 13.969/1997

Urbano

Lei NR. 6.076/2003 –

Maringá/PR Lei n°

13.309/2002 – São

Paulo/SP NBR

13.969/1997

O reuso de água servida ou água resultante do processo de tratamento de esgotos deve

atender as instruções contidas na Norma ABNT 13.969/97.

11.5) NBR-13.969/97 - ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS

(ITEM 3.2)

11.5.1) REUSO LOCAL

“No caso do esgoto de origem essencialmente doméstica ou com

características similares, o esgoto tratado deve ser reutilizado para

fins que exigem qualidade de água não potável, mas sanitariamente

segura, tais como irrigação dos jardins, lavagem dos pisos e dos

veículos automotivos, na descarga dos vasos sanitários, na

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manutenção paisagística dos lagos e canais com água, na irrigação

dos campos agrícolas e pastagens, etc.”.

O uso local de esgoto tem a vantagem de evitar problemas como a ligação com a rede

de água potável, flexibilidade nos graus de qualidade das águas a serem reusadas conforme a

necessidade local, etc.

O tipo de reuso pode abranger desde a simples recirculação de água de enxágüe da

máquina de lavagem, com ou sem tratamento aos vasos sanitários, até uma remoção em alto

nível de poluentes para lavagens de carros.

Frequentemente, o reuso é apenas uma extensão do tratamento de esgotos, sem

investimentos adicionais elevados; assim como nem todo o volume de esgoto gerado deve ser

tratado para ser reutilizado.

Admite-se também que o esgoto tratado em condições de reuso possa ser exportado

para além do limite do sistema local para atender à demanda industrial ou outra demanda da

área próxima.

No caso de utilização como fonte de água para canais e lagos para fins paisagísticos,

dependendo das condições locais, pode ocorrer um crescimento intenso das plantas aquáticas

devido à abundância de nutrientes no esgoto tratado. Neste caso, deve-se dar preferência à

alternativa de tratamentos que removam eficientemente o fósforo do esgoto. No anexo B, a

figura B.1 representa alguns esquemas de reuso local de esgotos.

11.5.2) PLANEJAMENTO DO SISTEMA DE REUSO

O reuso local de esgoto deve ser planejado de modo a permitir seu uso seguro e

racional para minimizar o custo de implantação e de operação.

Para tanto, devem ser definidos:

a) Os usos previstos para esgoto tratado;

b) Volume de esgoto a ser reutilizado;

c) Grau de tratamento necessário;

d) Sistema de reservarão e de distribuição;

e) Manual de operação e treinamento dos responsáveis.

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11.5.3) OS USOS PREVISTOS PARA O ESGOTO TRATADO (ITEM 5.6.2)

Devem ser considerados todos os usos que o usuário precisar, tais como lavagens de

pisos, calçadas, irrigação de jardins e pomares, manutenção das águas nos canais e lagos dos

jardins, nas descargas dos banheiros etc. Não deve ser permitido o uso, mesmo desinfetado,

para irrigação das hortaliças e frutas de ramas rastejantes (por exemplo, melão e melancia).

Admite-se seu reuso para plantações de milho, arroz, trigo, café e outras árvores frutíferas,

via escoamento no solo, tomando-se o cuidado de interromper a irrigação pelo menos 10 dias

antes da colheita.

11.6) NBR 13969:1997 (Item 22)

11.6.1) VOLUME DE ESGOTO A SER REUTILIZADO (ITEM 5.6.3)

“Os usos definidos para todas as áreas devem ser quantificados para

obtenção do volume total final a ser reusado. Para tanto, devem ser

estimados os volumes para cada tipo de reuso, considerando as

condições locais (clima, frequência de lavagem e de irrigação,

volume de água para descarga dos vasos sanitários, sazonalidade de

reuso etc.).”

11.6.2) GRAU DE TRATAMENTO NECESSÁRIO (ITEM 5.6.4)

“O grau de tratamento para uso múltiplo de esgoto tratado é

definido, regra geral, pelo uso mais restringente quanto à qualidade

de esgoto tratado. No entanto, conforme o volume estimado para

cada um dos usos, se podem prever graus progressivos de tratamento

(por exemplo, se o volume destinado para uso com menor exigência

for expressivo, não haveria necessidade de se submeter esse valor

todo de esgoto a ser reutilizado, ao máximo grau de tratamento, mas,

apenas uma parte, reduzindo-se o custo de implantação e operação),

desde que haja sistemas distintos de reservas e de distribuição.”

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Nos casos simples de reuso menos exigente (por exemplo, descarga dos vasos

sanitários), se pode prever o uso da água de enxágue das máquinas de lavar, apenas

desinfetando, reservando aquelas águas e recirculando ao vaso, em vez de enviá-las para o

sistema de esgoto para posterior tratamento. Em termos gerais, podem ser definidas as

seguintes classificações e respectivos valores de parâmetros para esgotos, conforme o reuso.

“- Classe 1: Lavagem de carros e outros usos que requerem o

contato direto do usuário com a água, com possível aspiração de

aerossóis pelo operador, incluindo chafarizes: turbidez inferior a

cinco, coliforme fecal inferior a 200 NMP/100 ml; sólidos dissolvidos

totais inferior a 200 mg/l; pH entre 6,0 e 8,0; cloro residual entre 0,5

mg/l e 1,5 mg/l.

Nesse nível, geralmente serão necessários tratamento aeróbio (filtro

aeróbio submerso ou LAB) seguido por filtração convencional (areia

e carvão ativado) e, finalmente, cloração.

Pode-se substituir a filtração convencional por membrana filtrante;

- Classe 2: lavagens de pisos, calçadas e irrigação dos jardins,

manutenção dos lagos e canais para fins paisagísticos, exceto

chafarizes: turbidez inferior a cinco, coliforme fecal inferior a 500

NMP/100 ml, cloro residual superior a 0,5 mg/l.

Nesse nível é satisfatório um tratamento biológico aeróbio (filtro

aeróbio submerso ou LAB) seguido de filtração de areia e

desinfecção.

Pode-se também substituir a filtração por membranas filtrantes;

- Classe 3: reuso nas descargas dos vasos sanitários: turbidez

inferior a 10, coliformes fecais inferiores a 500 NMP/100 ml.

Normalmente, as águas de enxágue das máquinas de lavar roupas

satisfazem a este padrão, sendo necessária apenas uma cloração.

Para casos gerais, um tratamento aeróbio seguido de filtração e

desinfecção satisfaz a este padrão;

- Classe 4: reuso nos pomares, cereais, forragens, pastagens para

gados e outros cultivos através de escoamento superficial ou por

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sistema de irrigação pontual. Coliforme fecal inferior a 50 NMP/100

ml e oxigênio dissolvido acima de 2,0 mg/l. As aplicações devem ser

interrompidas pelo menos 10 dias antes da colheita.”

11.6.3) SISTEMAS DE RESERVAS E DE DISTRIBUIÇÃO (ITEM 5.6.5)

O reuso local de esgoto seguro e racional tem como base um sistema de reservarão e

de distribuição. Ao mesmo tempo, todo o sistema de reservarão e de distribuição para reuso

deve ser identificado de modo claro e inconfundível para não ocorrer uso errôneo ou mistura

com o sistema de água potável ou outros fins.

Devem ser observados os seguintes aspectos referentes ao sistema:

a) Todo o sistema de reservarão deve ser dimensionado para atender pelo menos 2 h de

uso de água no pico da demanda diária, exceto para uso na irrigação da área agrícola

ou pastoril;

b) Todo o sistema de reserva e de distribuição do esgoto a ser reutilizado deve ser

claramente identificado, através de placas de advertência nos locais estratégicos e nas

torneiras, além do emprego de cores nas tubulações e nos tanques de reservas distintas

de água potável;

c) Quando houver usos múltiplos de reuso com qualidades distintas, deve-se optar pela

reservarão distinta das águas, com clara identificação das classes de qualidades nos

reservatórios e nos sistemas de distribuição;

d) No caso de reuso direto das águas da máquina de lavar para uso na descarga dos vasos

sanitários, deve-se prever a reservarão do volume total da água de enxágue;

e) O sistema de reservarão para aplicação nas culturas cujas demandas pela água não são

constantes durante o seu ciclo deve prever uma preservação ou área alternada

destinada ao uso da água sobressalente na fase de menor demanda.

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11.6.4) MANUAL DE OPERAÇÃO E TREINAMENTO DOS RESPONSÁVEIS (ITEM

5.6.6)

Todos os gerenciadores dos sistemas de reuso, principalmente aqueles que envolvem

condomínios residenciais ou comerciais com grande número de pessoas voltadas para a

manutenção de infraestruturas básicas, devem indicar o responsável pela manutenção e

operação do sistema de reuso de esgoto.

Para tanto, o responsável pelo planejamento e projeto deve fornecer manuais do

sistema de reuso, contendo figuras e especificações técnicas quanto ao sistema de tratamento,

reservarão e distribuição, procedimentos para operação correta, além de treinamento

adequado aos responsáveis pela operação.

11.6.5) AMOSTRAGEM PARA ANÁLISE DO DESEMPENHO E DO

MONITORAMENTO (ITEM 6)

Todos os processos de tratamento e disposição final de esgotos devem ser submetidos

à avaliação periódica da análise do desempenho e do monitoramento da poluição.

A NBR 13969:199723 implementa que,

“desempenha tanto para determinar o grau de poluição causado pelo

sistema de tratamento implantado como para avaliação do sistema

implantado em si, para efeitos de garantia do processo oferecido pelo

fornecedor. Esta avaliação deve ser mais frequente e minuciosa nas

áreas consideradas sensíveis do ponto de vista ambiental e sanitário,

mas principalmente do ponto de vista de proteção de mananciais.”

A amostragem do afluente e do efluente do sistema local de tratamento deve ser feita,

exceto na fase inicial de operação, quando deve haver acompanhamento pelo menos

quinzenal até entrar em regime, com frequência pelo menos trimestral.

O tipo de amostragem a ser considerada deve ser composto proporcional à vazão, com

campanha horária cobrindo pelo menos 12 h consecutivas. Quando não houver condições

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para determinação correta da vazão, esta deve ser estimada conforme as observações

baseadas nos usos de água.

Para monitoramento dos sistemas de infiltração no solo (vala de infiltração,

sumidouro, canteiro de infiltração e de evapotranspiração), devem ser feitas amostragens a

partir dos poços ou cavas escavados em volta das unidades, em profundidades distintas, por

meio de amostras compostas não proporcionais.

Os parâmetros a serem analisados são relativos a:

a) Nos lançamentos aos corpos receptores superficiais e nas galerias de águas pluviais,

aqueles definidos nas legislações municipal, estadual e federal, assim como definidos

nesta Norma;

b) Na disposição no subsolo, nitrato, pH, coliformes fecais e vírus.

Todas as amostras coletadas devem ser imediatamente preservadas e analisadas de

acordo com os procedimentos descritos no “Standard Methods for Examination of Water and

Wastewater” na sua última edição.

11.7) O CUSTO DA ÁGUA

De acordo com a tarifa cobrada pela concessionária Prolagos, se pode avaliar a

economia a ser gerada com o reuso de água já que utilizando os valores de consumo da água

pode-se obter o custo total (água e esgoto).

A Prolagos concessionária responsável pelo abastecimento de parte da Região dos

Lagos, cobra pela água consumida e também pelo esgoto gerado que corresponde a 100% do

consumo de água. Existem faixas de consumo e, à medida que aumenta o consumo, estes

valores serão corrigidos, assim como se pode observar na TABELA 20 seguinte.

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TABELA 20. Custo da água na região dos lagos – Fonte: PROLAGOS

Consumo de água (m3) Custo da água e esgoto

10 43,70

15 85,80

25 229,25

35 384,65

45 594,45

55 891,55

65 1338,35

Total: 3567,75

Ao reusar as águas cinza provenientes de chuveiros e pias de banheiros, se percebeu

que, segundo a literatura correspondem a 37 % do consumo de água residencial, em bacias

sanitárias correspondentes a 29 % do consumo domiciliar, a economia na captação do insumo

será de 29%.

12) PAREDES E EMBOLSO

Na construção em comento foram gastos para o embolso do teto sacos de cimento da

marca CPII, cimento este ecológico e altamente sustentável, destaque também para areia

utilizada, constituída de sobras de construção civil. O teto constituiu-se de 53 m2, sendo

divido em partes, sendo eles: dois quartos, uma cozinha, um banheiro, área de serviço e uma

sala; cada quarto com 9.28 m2, a cozinha com 7.50 m2, o banheiro com 3.00 m2, a área de

serviço com 3.00 m2 e a sala com 12.30 m2. Compreende a construção em referência caixa de

luz de centro em cada cômodo erigido.

Para a realização do embolso da referida construção foram gastos em torno de 6 (seis)

sacos de cimento da marca CPIII, também de qualidade ecológica e 27 carrinhos de areia,

sobra de construção civil informada. Entretanto, caso fosse utilizado cimento tradicional e

areia de material de construção, esse mesmo embolso sairia com um custo muito mais alto,

ou seja, aproximadamente R$ 22,00 por cada saco de cimento tradicional R$ 136,00 os 6

(seis) sacos e a areia aproximadamente sai a R$ 50,00 o metro da aréola tradicional.

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Tabela 44: Cálculo do preço e da quantidade de areia e carrinho

Figura 43: Embolso, de uma parede, feito da forma tradicional.

Fonte: http://www.assimsefaz.com.br/sabercomo/como-embolsar-uma-parede.html

Figura 44: Embolso, de uma parede, feito da forma sustentável.

Fonte: http://www.fetraconspar.org.br/informativos/2011/2624_09_05_11.

13) LAJES

As lajes são elementos estruturais de uma construção que, em conjunto com as vigas,

os pilares e as fundações respondem pela estabilidade e solidez da edificação. Uma laje pré-

moldada (também chamada de pré-laje ou laje treliçada) é uma laje de concreto reforçada

com espessura mínima de 5 a 6 cm. Dependendo da cobertura de concreto e armadura, pode-

se ter até 0,7 m de espessura. A laje é um componente semi e pré-fabricado que inclui a

armação inferior (requerida por razões estruturais). Esse tipo de laje é composto de vigas e

tijolos próprios que será encaixado nas vigas, é necessário o uso de caminhão de concreto

com 4,50m3.

Sendo assim, o preço do concreto é de R$ 250,00 m².

Preço da Areia por Quantidade no

Carrinho de Mão

Quantidade de Areia Correspondente a de

Carrinho de Mão Com Margem de Erro

9,28 6/2

12,30 6/2 ± 2.46

3,00 3/1

7,50 3/1 ± 1.81

3,48 3/1

Total: 35,56 Total: 30/2 ± 4,02

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13.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONSTRUÇÃO

o 3 m de areia lavada;

o 30 sacos de cimento;

o 20 varas de vergalhão ¼ para

negativos;

o 8 caixinhas de luz FN;

o 3m de pedra;

o 2 rolos com 50 m cada sanfonado

¾

13.2) ORÇAMENTO:

Tabela 21: Orçamento do material utilizado e do custo de cada.

Material Utilizado (m) Custo (R$)

3 m de areia lavada 135,00

3 m de pedra 165,00

20 varas de vergalhão ¼ para negativos 266,00

30 de sacos cimento 549,00

2 rolos com 50 m cada sanfonado ¾ 196,00

8 caixinhas de luz FN 10,40

Total: 1321,40

13.3) LAJE PRÉ-MOLDADA

Lajes pré-moldadas, ou pré-fabricadas, são vigas de concreto, em formato de "T",

permitindo a montagem de tijolos de barro cozido. Depois de montar a laje, aplica-se uma

camada de concreto de aproximadamente 0,4 m. A abaixo fornece maiores esclarecimentos:

Figura 21: Material Utilizado

http://www.fazerfacil.com.br/Construcao/laje.htm

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As vigas têm tamanhos padronizados; escolha a ideal para o cômodo a ser coberto.

Em cômodos pequenos, até 3 m x 3 m, usa-se uma única escora, composta de uma tábua em

pé, vista no detalhe da figura anterior, com 3 caibros de sustentação firmados com calços em

cunha. Para cômodos maiores, use uma escora a cada 2 m. A escora fica no sentido contrário

ao das vigas, conforme detalhe na figura 21.

O concreto a ser utilizado será na proporção de 1:3:3, ou seja, 1 parte de cimento, 3 de

areia lavada (grossa) e 3 de pedra ou brita. Ao instalar a laje, dever-se-á ter previsto a

tubulação da instalação elétrica uma vez que as lajes possuem tijolos próprios que ficarão no

cômodo para acondicionar a caixa de luz.

13.5) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONTRUÇÃO:

o 26 Caibros de 3 m;

o 80 Caibros de 6 m;

o 20 Caibros 3x3;

o 10 Kg de pregos 19x27;

o 13 Kg de pregos 17x17;

o 14 Kg de pregos 15x15;

o 29 Ripas de 6 m;

o 20 Ripas de 3 m;

o 48 m de calha;

o 20 Rolos de manta térmica;

o 1 Milheiro;

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13.6) ORÇAMENTO:

Tabela 46: Orçamento para Laje

Material Utilizado Custo

Caibros de 3 m 35,88

Caibros de 6 m 387,20

Caibros 3x3 700,00

Pregos 19x27 64,00

Pregos 17x27 87,62

Pregos 15x15 54,74

Ripas de 6 m 8,52

Ripas de 3 m 12,00

48 m de calha 20,00

Manta térmica 5.000,00

Milheiro de telha 6.369,00

Total 6.471,96

14) ALVENARIA

14.1) NÃO SUSTENTÁVEL

A alvenaria pode ser empregada na confecção de diversos elementos construtivos

(paredes, muros, abóbadas, sapatas, etc.) e pode ter função estrutural ou simplesmente de

vedação. Quando a alvenaria é empregada na construção para resistir cargas, ela é chamada

Alvenaria resistente, pois além do seu peso próprio, ela suporta cargas (peso das lajes,

telhados, pavimento. superior, etc.)

Quando a alvenaria não é dimensionada para resistir cargas verticais além de seu peso

próprio é denominada Alvenaria de vedação.

As paredes utilizadas como elemento de vedação devem possuir características

técnicas que são:

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o Resistência mecânica;

o Isolamento térmico e acústico;

o Resistência ao fogo;

o Estanqueidade;

o Durabilidade.

As alvenarias de pedras naturais são raramente executadas, em função da falta de mão

de obra especializada, como também, pelas distâncias entre os locais de sua extração e de sua

utilização.

As alvenarias de tijolos e blocos cerâmicos ou de concreto, são as mais utilizadas, mas

existem investimentos crescentes no desenvolvimento de tecnologias para industrialização de

sistemas construtivos aplicando materiais diversos. No entanto, abordaremos os elementos de

alvenaria tradicionais.

14.2) ELEMENTO DE ALVENARIA TRADICIONAL

O elemento de alvenaria é um produto industrializado, em formato de paralelepípedo,

para compor uma alvenaria, podendo ser: cerâmico, solo, cimento e concreto.

14.2.1) ELEMENTOS CERÂMICOS

Aqueles que são obtidos a partir da queima de misturas compostas por areia e argila,

quando misturados com água, formam uma pasta plástica podendo adquirir grande dureza,

sob a ação de calor.

Geralmente, os produtos cerâmicos para alvenaria apresentam as seguintes etapas de

fabricação:

o Escolha de matéria prima;

o Exploração de matéria prima;

o Preparação da argila;

o Amassamento ou preparo da mistura;

o Moldagem;

o Secagem e cozimento.

A temperatura de queima varia entre 800°C até 1500°C, e dependendo da temperatura

de combustão dos compostos presentes, os elementos cerâmicos podem ser classificados em:

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o Cerâmica vermelha – entre 950°C a 1100°C (Tijolos, blocos, lajotas etc.);

o Cerâmica Branca – entre 1100°C a 1300°C (azulejos, peças sanitárias etc.);

o Cerâmica refratária – acima de 1500°C.

14.2.2) TIJOLO CERÂMICO MACIÇO (COMUM OU CAIPIRA)

Figura 56: Tijolo Cerâmico Maciço.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

São blocos de barro comum, moldados com arestas vivas e retilíneas, obtidos após a

queima das peças em fornos contínuos ou periódicos com temperaturas da ordem de 950 a

1100°C.

De acordo com a NBR7170, os tijolos dividem-se em:

o Tipo 1 = (200 ± 5; 95 ± 3; 63 ± 2) mm; o Tipo 2 = (240 ± 5; 115 ± 3; 52 ± 2) mm.

Porém, no mercado corrente se encontra tijolos com dimensões nominais de

210x100x50 mm, que são adquiridos por milheiro.

o Peso: 2,50kg;

o Resistência do tijolo: de 1,5 a

4,0 Mpa;

o Quantidades por m²;

o Parede de 1/2 tijolo: 77 un;

o Parede de 1 tijolo: 148 un.

A produtividade da execução de alvenaria com tijolo maciço é baixa, no entanto as

suas pequenas dimensões permitem uma maior precisão de nivelamento e prumo.

14.2.3) BLOCO CERÂMICO

Tijolo cerâmico vazado, moldados com arestas vivas retilíneas. São produzidos a

partir da cerâmica vermelha, tendo a sua conformação obtida através de extrusão.

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Podem ser classificados em:

o Blocos de vedação; o Blocos estruturais.

As dimensões nominais dos blocos cerâmicos são muito variáveis, portanto se pode

escolher a dimensão que melhor se adapte ao seu projeto.

Os blocos de vedação não têm função de suportar outras cargas além do seu peso

próprio e do revestimento. Isto ocorre porque no assentamento, dos blocos de vedação, os

furos dos mesmos estão dispostos paralelamente à superfície de assentamento (diferente dos

blocos estruturais em que os furos são verticais, perpendiculares à superfície de

assentamento) o que ocasiona uma diminuição da resistência dos painéis de alvenaria.

Os blocos de vedação têm as superfícies constituídas por ranhuras e saliências para

aumentar a aderência, porque na queima as faces do tijolo sofrem um processo de

vitrificação, que compromete a aderência com as argamassas de assentamento e revestimento.

Os mais utilizados são os blocos com furos cilíndricos 9x19x19 denominados tijolo

baiano e com furos prismáticos, também 9x19x19, denominados tijolo furado com as

seguintes características:

Figura 57: Tijolo Baiano.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

O bloco cerâmico 11,5x14x24 também é bem utilizado, porque devido as suas

dimensões tem um rendimento maior.

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Comparando o tijolo baiano e o furado com o tijolo maciço, a alvenaria de tijolo

baiano e furado é sensivelmente mais leve do que a alvenaria de tijolo maciço.

Figura 58: Tijolo Furado.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

Exige menos mão de obra, menos argamassa de assentamento, por outro lado, o corte

para passagem de tubulação é difícil e, muitas vezes maior, devido à quebra do tijolo.

o Tijolo Baiano: É o tipo de tijolo mais barato do mercado, mas tem altos índices de

quebra e por isso contribui muito com o aumento de entulho no canteiro de obras.

Geralmente são encontrados os de 6 e de 8 furos, mas há uma grande variedade de

tijolos vazados. Os tijolos apresentam capacidade térmica superior e menor absorção

de água que os blocos de concreto, além de serem mais leves.

o Bloco de Concreto: Pode ser utilizado como vedação, mas existem os feitos

especialmente para a alvenaria estrutural. É mais resistente que o tijolo baiano e

necessita de menos argamassa de assentamento e reboco, porém não possui uma boa

resposta térmica, esfriando no inverno e esquentando no verão, além de ser um

produto de difícil manuseio (em média 40% mais pesado que os modelos cerâmicos).

o Tijolo Comum: Proporciona conforto térmico e acústico para a casa, porém as peças

não são todas iguais, apresentando diferenças dimensionais que exigem grande

habilidade do profissional executor. São encontrados em dimensões menores que os

tijolos e blocos de concreto e por isso rendem menos e consomem mais argamassa e

tempo de mão de obra.

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14.2.4) ELEVAÇÃO DA ALVENARIA TRADICIONAL:

Depois de, no mínimo, um dia da execução da impermeabilização, serão erguidas as

paredes conforme o projeto de arquitetura. O serviço é iniciado pelos cantos após o

destacamento das paredes (assentamento da primeira e segunda fiada), obedecendo ao prumo

de pedreiro para o alinhamento vertical e o escantilhão no sentido horizontal.

Os cantos são levantados primeiro, porque, desta forma, o restante da parede será

erguida sem preocupações de prumo e horizontalidade, pois se estica uma linha entre os dois

cantos já levantados, fiada por fiada.

14.2.5) PAREDE DE TIJOLOS FURADOS

As paredes de tijolo furado são utilizadas com a finalidade de diminuir o peso das

estruturas e economia, não oferecem grande resistência e, portanto, só devem ser aplicados

com a única função de vedarem um painel na estrutura de concreto.

Sobre elas não se devem ser aplicadas nenhuma carga direta. No entanto, os tijolos

baianos também são utilizados para a elevação das paredes, e o seu assentamento e feito em

amarração, tanto para paredes de 1/2 tijolo como para 1 tijolo.

Figura 60: Montagem da parede de tijolos furados.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

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14.2.6) EXECUÇÃO DE ALVENARIA UTILIZANDO TIJOLOS FURADOS

A amarração dos cantos e da parede interna com as externas se faz através de pilares

de concreto, pois não se consegue uma amarração perfeita devido às diferenças de dimensões.

14.3) ARGAMASSA DE ASSENTAMENTO - PREPARO E APLICAÇÃO

As argamassas, junto com os elementos de alvenaria, são os componentes que formam

a parede de alvenaria não armada, sendo a sua função:

Unir solidamente os elementos de alvenaria;

Distribuir uniformemente as cargas;

Vedar as juntas impedindo a infiltração de água e a passagem de insetos, etc...

As argamassas devem trabalhar em sincronia, mas o difícil é aquilatar esta, pois são

fatores subjetivos que a definem. Ela pode ser mais ou menos trabalhável, conforme o desejo

de quem a manuseará. Pode-se considerar que ela é trabalhável quando se distribui com

facilidade ao ser assentada, não "agarra" a colher do pedreiro; não endurece rapidamente,

permanecendo plástica por tempo suficiente para os ajustes (nível e prumo) do elemento de

alvenaria.

14.3.1) PREPARO DA ARGAMASSA PARA ASSENTAMENTO DE ALVENARIA DE

VEDAÇÃO

A argamassa de assentamento deve ser preparada com materiais selecionados,

granulometria adequada e com um traço de acordo com o tipo de elemento de alvenaria

adotado. Podem ser preparadas.

a) Manualmente; b) Com betoneiras.

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14.3.2) EXEMPLO

Traço de argamassa em latas de 18 litros para argamassa de assentamento:

Tabela 28: Etapas de cálculo da Alvenaria

14.3.2.1) APLICAÇÃO

Tradicional: onde o pedreiro espalha a argamassa com a colher e, depois, pressiona o

tijolo ou bloco conferindo o alinhamento e o prumo, assim:

Figura 61: 1º procedimento da montagem da parede.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

Cordão: onde o pedreiro forma dois cordões de argamassa, melhorando o desempenho

da parede em relação à penetração de água de chuva, ideal para paredes em alvenaria

aparente. Desse modo:

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Figura 62: 2º procedimento da montagem da parede.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

Quando a alvenaria for utilizada aparente, pode-se frisar a junta de argamassa, que

deve ser comprimida e nunca arrancada, conferindo mais resistência além de um efeito

estético.

Os frisos a, b, c e d são os mais aconselháveis para painéis externos, pois evita o

acúmulo de água.

Figura 63: 3º procedimento da montagem da parede.

Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAEkYAE/alvenaria

“Cálculo Aproximado de Materiais necessários para construção das

Paredes por Metros Quadrados:”

14.3.2.2) QUANTIDADE DE TIJOLOS

Usando tijolos de 20 cm X 20 cm, se tem, para cada metro de parede,

aproximadamente, 25 tijolos:

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Tabela 31: 1ª parte do cálculo dos tijolos para os quartos.

Quarto (m) Áreas (m2) Medidas (m2) Total da Quantidade de Tijolos (m)

1 9,84 9,84x25 246

Na planta indicada, como temos 4 quatros com a mesma medida:

Tabela 32: 2ª parte do cálculo dos tijolos para os quartos.

Cálculo para os Quartos Para a Varanda (m2) Tijolos (m3) Total

246 x 4 984 1,226 m3 3,60 x 2,5 x 9,0 180

Têm-se duas varandas de mesma área:

Tabela 33: Parte do cálculo dos tijolos para as salas.

Para as salas de área (m2) Tijolos Para Cada Sala (m2) Total

12,36 12,30 x 25 308 308 x 2 = 616

Para os banheiros de 3,00m quadrados de área:

Tabela 34: Parte do cálculo dos tijolos para os banheiros.

Tijolos (m2) Tijolos (m3) Total de Tijolos para os Banheiros

3,00 x 25 X 1 75 75 x 2= 150

Para área de circulação de 1,49 m quadrados de área:

Tabela 35: 1ª parte do cálculo para área de circulação.

Tijolos (m3) Tijolos (m3) Total de Tijolos para as Áreas de Circulação

1,49 x 25 37,5 1,49 x 2 = 76

Para as cozinhas de 7,50m quadrados de área:

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Tabela 36: 2ª parte do cálculo para área de circulação.

Tijolos (m3) Total do volume (m3) Total de Tijolos para as Áreas de Circulação

7,50 x 25 X 1 187.50 187.50 x 2= 375

Para as Áreas de Serviço de 3,00m quadrados de área:

Tabela 37: Parte do cálculo para áreas de serviço.

Medidas Total de Tijolos Tijolos para as Áreas de Serviço

3,00 x 25 75 75 x 2= 150

Somando todas as áreas da casa, serão necessários aproximadamente: 2.531 tijolos

para as paredes desta casa.

Nas lojas de material de construção, a cada 1000 tijolos, são cobrados R$ 490,00.

Portanto, se serão 2.531, se aproximar o valor gasto (para a compra de tijolos), se soma:

Tabela 38: Cálculo para o total de tijolos.

Cada Mil Tijolos Cada Tijolo (m3) Total

490 500X245x1 1229

OBSERVAÇÕES

O total foi aproximado, como se o total final dos tijolos fosse de 2.500. Portanto,

ainda faltam os 31 tijolos.

O valor de 245,00 (divisão de R$ 490,00 do preço de cada 1000 tijolos. Como foi

usado mais 500, então dividimos o preço de cada 1000 tijolos por 2, que dará R$:245,00.

o CIMENTO

Para Cada saco de cimento tem 50 kg, se tem o valor aproximado é de R$: 18,00 cada.

A Areia fina, grossa ou média, é transportada, geralmente, por caminhões de 7 m de

caçamba, tendo R$: 42,00 o metro da areia.

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14.3.2.2.1) TIPOS DE TIJOLOS E BLOCOS

A seleção do tijolo ou bloco deve ser pautada pelo tipo mais adequado ao projeto,

levando em consideração a resistência térmica, o peso das peças e o custo.

Ao se analisar o custo, não pense somente no valor do bloco, mas no valor final das

paredes. Para isso, considere a argamassa de assentamento e revestimento. Blocos ruins

costumam ser mais baratos, mas dão prejuízo, pois a perda é grande e as imperfeições

precisam ser corrigidas com aumento na espessura da massa.

14.3.2.2.2.1) TIJOLO CERÂMICO FURADO

As ranhuras do tijolo baiano facilitam a aderência da argamassa e os furos diminuem

seu peso, além de contribuírem para o isolamento térmico da parede e é o tipo de tijolo mais

aplicado na construção de paredes. Apesar de ser barata, a parede pode ser onerosa quando

computados acabamentos e perdas.

Tabela 39: Rendimento, parede e perdas.

Medidas de rendimento Parede 9 cm rendimento Parede 19 cm Perda

9x19x19m: 25 peças/m²: 47 peças/m² 10%

14.3.2.2.2.1.1) VANTAGENS

Regularidade de formas e dimensões

(melhor assentamento);

Massa homogênea, sem trincas,

cavidades ou impurezas;

Arestas vivas e cantos resistentes;

Resistência à comprenssão dentro dos

limites da NBR;

Absorção de água de 18% a 20%.

Cozimento uniforme;

14.3.2.2.2.2) Tijolo furado (Baiano):

É laminado ou extrudado, apresentando na parte externa, uma série de rachaduras, e

em seu interior, pequenos furos que diminuem ao longo do tijolo, sendo recomendado em

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alvenaria de vedação interna. Podem ser de 4,6,8 ou 10 furos, sendo mais comum, o uso do

de 8 (20x 25x10cm).

14.3.2.2.2.2.1) VANTAGENS

o Menor peso por unidade de volume;

o Arestas mais uniformes e cantos mais

fortes;

o Diminuem a propagação da umidade;

o Economia de mão de obra;

o Economia de argamassa;

o Melhores isolantes térmicos e

acústicos.

14.3.2.2.2.2.2) DESVANTAGENS

Pequena resistência à compressão, não devendo ser colocado em paredes estruturais;

Não possuem juntas verticais à base de argamassas;

Faces externas precisam ser chapiscadas com argamassa, cimento e areia;

Vãos de portas e janelas são necessários tijolos comuns para remate;

São necessários tijolos comuns para eventuais encunhamentos nas faces inferiores de

vigas e Lages;

Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade, e tacos são grandes

devido à fragilidade deste tijolo.

14.4) SUSTENTÁVEL

Estas utilizam materiais que sejam menos impactantes ao meio ambiente em todo o

seu ciclo de vida, ou seja, da retirada de matéria-prima, produção até o seu descarte final.

Sendo assim estes tipos de materiais são reciclados, naturais ou aqueles que gerem menores

danos ao ambiente.

Existem diversas métodos para obter uma construção mais sustentável e barata, alguns

deles seguem abaixo:

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14.4.1) BLOCOS DE ENTULHO

Como o próprio nome já diz são materiais feitos reaproveitando o entulho (cerâmica,

telhas e tijolos). Esses resíduos são coletados em outras obras e são moídos, depois disso são

misturados com areia e cimento e transformados em blocos novos. Esse tipo de material pode

ser feito inteiro, em meios blocos ou canaletas.

14.4.2) TIJOLO DE TERRA

Existem vários tipos de tijolo que utilizam o solo em sua composição. Um deles é o

feito de terra-palha, que utiliza capim, palha, trigo, solo argiloso e água. Esse tijolo apresenta

uma baixa densidade e um alto isolamento acústico.

Outro tipo de tijolo feito com terra é o adobe, que tem em sua composição terra crua,

água e palha. É um tijolo leve, permite conforto térmico dentro do ambiente, resistente e pode

ser preparado no próprio local da obra.

Fornecem-se alternativas de construção, através de blocos de pedra, madeira

certificada, bambu, garrafas de vidro e garrafas PET.

Dentre todas as alternativas para a construção da alvenaria, a escolhida para ser

implantada na planta da casa é a feita com o tijolo de solo-cimento, que está sendo discorrido

abaixo:

14.4.2.1) TIJOLO DE SOLO-CIMENTO

Esse tipo de tijolo tem em sua composição uma mistura de solo e cimento na

proporção de 10:1, o solo utilizado deve conter a seguinte composição 20% de silte, 20% de

argila e 60% de areia. Caracterizado por um tijolo que é prensado manualmente, a máquina

vem com três matrizes que são o tijolo vazado, o meio tijolo e as canaleta o tijolo estimado

para ser utilizado na obra tem a medida de 30x15x7cm, gastando-se 48 tijolos por m2.

Esse tipo de tijolo é encontrado em loja de materiais e construção. Os preços abaixo

foram obtidos da EKOSOL, uma loja de materiais de construção, em Araruama.

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Tabela 40: Tijolo e preço por milheira

Tipo Preço (milheira) (R$)

Inteiro 950,00

Canaleta 950,00

Meio tijolo 475,00

Total 2375,00

Nesse preço está incluído a entrega para o município de Cabo Frio, que demora 3

semanas, em média, para ser devolvido.

Na construção da casa são utilizados 4.508 tijolos de 30x15x7, já que a casa possui

94m2 de alvenaria:

Tabela 41: Tijolos

Tijolos Unidade de tijolos (m2)

48 1

4.508 94

Total 95

Sendo cada milheira 950 reais e os outros 508 tijolos 1,10 reais cada, o gasto na obra

de alvenaria com esse tipo de tijolo é:

Tabela 42: Tijolos e seus preços

Para os 508 tijolos, se calcula:

Tijolos Unidade de Tijolos (m2) Custo (R$)

300 950 1000

1200 3.800 4000

Total 4750 5000

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Tabela 43: Tijolos e seus preços

Tijolos Preço (R$)

1 1,10

508 558,80

Total 559,90

TOTAL: 3.800 reais + 558.80 = 4.358.80 reais

Um ponto positivo é que, se o terreno onde a casa for construída tiver a composição

descrita, o solo retirado para fazer a fundação pode ser utilizado para fabricar os tijolos, com

a prensa manual específica para fazer esse tipo de tijolo, que vem com três matrizes, a do

tijolo inteiro, meio tijolo e a canaleta. Custando, aproximadamente, 3.950,00 R$.

O tijolo de solo-cimento se alinha, perfeitamente, na montagem da parede e, por esse

motivo, não precisam de argamassa para seu assentamento. Utiliza-se cola a base de PVA

para fazê-lo, mas algumas lojas de materiais de construção garantem que não precisa de

nenhum material para fazer o assentamento, pois há o encaixe perfeito de um tijolo com o

outro. Para o uso da cola, é preciso que o tijolo se apresente seco, com poucos poros e

uniformes na superfície em que será aplicada e aquele que corresponde ao solo-cimento

demonstra essas características. Além disso, ele apresenta dutos verticais que permitem a

passagem de partes elétricas e hidráulicas.

A argamassa leva areia, cal e cimento em sua composição e a sua aplicação demorada

tem um desperdício de aproximadamente 30%. Já a cola a base de PVA utiliza um bico de

aplicação que garante maior rapidez, limpeza, além de garantir uma distribuição uniforme e

economia na construção.

Essa técnica começou a ser empregada, no Brasil, por volta da década de 50, mas, há

pouco tempo, foi reconhecida por dois motivos: o primeiro é o fato de muitas comunidades

fabricarem seus próprios elementos de alvenaria, o segundo está ligado à causa ecológica.

14.5.2.1.1) VANTAGENS DA UTILIZAÇÃO DO TIJOLO DE SOLO-CIMENTO

Os tijolos tradicionais usam argila, que geralmente são retiradas de perto de cursos

d’água que causam erosão e assoreamento dos rios;

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Pode ser utilizado o solo do próprio terreno onde será feita a construção para fazer o

tijolo;

É comprovadamente o método ais fácil e rápido de se construir, aumentando em 20%

a velocidade de construção;

Não necessita de revestimento das paredes internas e externas, é feito apenas o rejunte

dos tijolos, não havendo gastos com excesso de areia, tinta, medeiras, arames, pregos

e mão de obra;

Dispensam mão e obra especializada um pedreiro e um ajudante já bastam para fazer a

construção, ou até mesmo um pedreiro;

Os furos do tijolo formam proteção térmica e acústica (o som que vem de fora é

reduzido e a temperatura interna é sempre amena)

É auto-travante e alinha-se automaticamente na montagem;

Os furos internos dos tijolos formam condutores para rede elétrica e hidráulica (os fios

elétricos e canos de água passam por dentro das paredes, eliminando o procedimento

de quebrar as paredes para passar os conduites);

Tem aproveitamento de 100% do produto, pois o mesmo não quebra facilmente;

Atendem a norma da ABNT;

Contribui para a preservação das florestas já que não utiliza carvão para queimar e

também os resíduos de gás carbônico e fuligens dos fornos não são mais lançados na

atmosfera.

15) TELHADOS

O telhado é um item importante e que requer mão de obra especializada, um telhado

bem feito dá beleza para sua fachada, deixa sua casa arejada e livre de infiltrações.

Nas casas é comum a confecção do telhado com telhas de barro apoiadas sobre uma

estrutura de madeira.

Um bom telhado deve oferecer proteção:

a) Proteção contra as chuvas;

b) Proteção contra os ventos;

c) Proteção contra os raios solares;

d) Proteção contra gatunos (ladrões);

e) Proteção térmica (calor);

f) Proteção acústica (barulho).

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Cada tipo de telhado é composto por partes próprias. A função principal de um

telhado é proteger a casa da chuva. Por isso, todo telhado precisa ter um caimento e uma

calha para escoar a água da chuva.

Entende-se por caimento a inclinação do plano da água do telhado. Já a calha, é uma

chapa de alumínio em forma de telha que faz o escoamento da água. Quanto mais forte for o

caimento, mais inclinado será o telhado, causando uma boa impressão estética, mas um

telhado com grande caimento consome mais telhas, mais madeira e também dificulta a

manutenção.

Isolamento Térmico: Propriedade do material de que é feita a telha capaz de não

permitir a passagem do calor de uma face para a outra.

Impermeabilidade: Propriedade do material de que é feita a telha capaz de não

permitir a passagem de água de uma face para a outra.

Isolamento Acústico: Propriedade do material de que é feita a telha capaz de não

permitir a passagem do som de uma face para a outra.

15.1) MATERIAIS UTILIZADOS PARA CONTRUÇÃO:

o 26 Caibros de 3 m;

o 80 Caibros de 6 m;

o 20 Caibros 3x3;

o 10 Kg de pregos 19x27;

o 13 Kg de pregos 17x17;

o 14 Kg de pregos 15x15;

o 29 Ripas de 6 m;

o 20 Ripas de 3 m;

o 48 m de calha;

o 20 Rolos de manta térmica;

o 1 Milheiro de telha francesa;

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15.2) ORÇAMENTO:

Tabela 22: Orçamento do material utilizado e do custo de cada

Material Utilizado (m) Cálculo ($)

Caibros de 3 R$ 35,88

Caibros de 6 R$ 387,20

Pregos 3x3 R$ 102,00

Pregos 19x27 R$ 64,00

Pregos 17x27 R$ 87,62

Pregos 15x15 R$ 54,74

Ripas de 6 R$ 8,52

Total 704,08

15.3) LEIS

o NBR-6462 – Telha Cerâmica Tipo Francesa – Determinação da Carga de Ruptura e

Flexão –

Prescreve método para determinação da carga de ruptura à flexão

em telhas cerâmicas do tipo francesa.

o NBR-7172 – Telha Cerâmica (Tipo Francesa) –

“Fixa condições exigíveis para aceitação de telhas cerâmicas do tipo

francesas, destinando à execução de telhados de edificações.”

o NBR-8039 – Projeto e execução de Telhados com Telhas Cerâmicas tipo Francesa –

“Fixa condições exigíveis para o projeto e a execução de telhados

com telhas francesas.”

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o NBR-8038 – Telha Cerâmica (Tipo Francesa) – Forma e Dimensões –

“Padroniza forma e dimensões, com respectivas tolerâncias, de telha

cerâmica tipo francesa, para coberturas de edificações em geral.”

o NBR-8039 – Projeto e execução de Telhados com Telhas Cerâmicas tipo Francesa –

“Fixa condições exigíveis para o projeto e a execução de telhados

com telhas francesas.”

As lajes planas estão entre as coberturas mais comuns no mundo inteiro. Do Brasil à

Sibéria, são largamente utilizadas em todo o tipo de construção. Um dos maiores problemas

que o sistema enfrenta - e receio de muitas pessoas - é como realizar a impermeabilização,

fundamental nesse sistema.

A impermeabilização de lajes pode ser realizada de várias formas. Há pinturas

impermeabilizantes, mantas de diversas naturezas, telhas metálicas ou de fibrocimento sobre

laje e a manta de asfalto.

A manta, se bem instalada, com caimentos corretos e proteção mecânica, isto é,

continua a ser uma das melhores soluções para lajes planas. Mas se deve tomar muito cuidado

ao contratar a empresa que vai executar a instalação, porque problemas levam algum tempo

para aparecer e, quando ocorrem, o prejuízo pode ser grande e a solução é geralmente

complexa e trabalhosa.

A eficiência térmica de uma laje varia muito em função do seu projeto estrutural, sua

solução de impermeabilização e acabamento final. No entanto, é possível prever mantas

isolantes térmicas a serem utilizadas em um conjunto com a laje para melhorar sua eficiência.

Enquanto que a impermeabilização e o peso de uma laje plana exercem sobre a

estrutura da construção, se encontram nos pontos fracos desse tipo de cobertura, o destaque

três pontos fortes do uso desse sistema é: plasticamente, a laje plana pode se tornar muito

bonita e evita que a construção seja se torne muito vertical. É possível usar a cobertura como

um terraço, se ela for calculada para tal, e esta pode ainda ser um teto jardim, solução

bastante interessante para coberturas e muito adequada para nosso clima. Por fim, vale

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destacar que uma laje, calculada corretamente, facilita uma posterior expansão vertical da

construção sem grandes incômodos.

15.4) PASSO A PASSO

a) Estender a manta com a face de base de alumínio para baixo (quando for uma face),

sobre os caibros, no sentido horizontal (largura do telhado) por toda a superfície da

cobertura, sobrepondo as faixas em 10 cm, colocando-as de baixo para cima

(beiral/cumeeira), assim como indica a figura 21.

Figura 21: 1º passo para instalação do telhado

Fonte: http://dicasdearcondicionadosp.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html

b) Fixe a manta na estrutura de madeira com auxílio de pregos ou grampos. Depois fixe

com pregos sobre a manta, na mesma direção do caibro. O contra caibro é importante

para criar um distanciamento entre a telha e a manta, com finalidade de permitir

passagem de água, caso ocorra quebra de telhas e posterior vazamento assim como

demonstra a figura 22.

Figura 22: 2º passo pra a construção do telhado

Fonte: http://dicasdearcondicionadosp.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html

c) Coloque as ripas conforme as orientações de galga (tamanho da telha) pregando-as

sobre o cantracaibro, assim como indica a figura 23.

Figura 23: 3º passo da construção do telhado

Fonte: http://dicasdearcondicionadosp.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html

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d) Coloque as telhas para finalizar as etapas.

Figura 24: 3º passo da construção do telhado

Fonte: http://dicasdearcondicionadosp.blogspot.com.br/2012_06_01_archive.html

15.5) UMA GRANDE DÚVIDA É ESCOLHER O TIPO DE TELHA

Uma dúvida muito comum entre os que estão interessados em realizar uma obra é o

tipo de cobertura a utilizar, gerando perguntas como:

“Qual é a cobertura mais eficiente? Qual é a mais bonita? Qual

esquenta menos o ambiente? E assim por diante.”

A verdade é que existem muitos tipos e variações e a cobertura pode ser algo difícil de

imaginar porque exige um pensamento tridimensional.

No Brasil, ainda mais comum do que as lajes, são os telhados. Basicamente o telhado

é um sistema misto de cobertura (as telhas) com um sistema de sustentação (o

madeiramento).

As telhas podem ser de diferentes acabamentos e materiais e também são esmaltadas,

coloridas, naturais. E, ainda, existem as famosas telhas de cimento, as tégulas, que se

encaixam perfeitamente umas na outras.

As maiores variações entre tipos de telhados ocorrem em função do tipo do desenho

da telha. Existem muitos tipos no mercado e podemos citar telhas tipo Francesa, Colonial,

Plan, Romana, Portuguesa, Americana, Germânica, entre muitas outras.

O que muda entre elas é o design da peça e a forma com que ela conduz a água e se

encaixa com a telha ao lado. A escolha do tipo de telha é fundamental, pois determina a

inclinação que o telhado deve ter para que não haja infiltrações. A telha Portuguesa, por

exemplo, necessita de 30% de inclinação do telhado, enquanto a telha Plan 26%, o que já

resulta em uma razoável diferença na altura total da construção.

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O sistema de sustentação do telhado é composto, de maneira simplificada, por terças

(as peças mais robustas do telhado) que sustentam os caibros (as peças intermediárias), que

por sua vez sustentam todas as ripas (as menores peças, estreitinhas) onde se encaixam as

telhas.

O telhado deve ser sempre realizado com madeira apropriada, mas como o uso dessa

solução é muito intenso no país, é bastante fácil de encontrar bons revendedores. Também é

interessante prever um tratamento de verniz para estas peças, assim como para cupins, para

que o telhado dure muito mais.

Existem as mantas de subcobertura que conduzem um eventual vazamento de uma

chuva de vento para que não pingue dentro da construção e ao mesmo tempo melhoram o

isolamento térmico. As mantas de subcobertura são ótimos acréscimos a um custo baixo,

embora os telhados por si só tendam ter resultados térmicos muito bons por conta de dois

fatores: o pé direito mais alto (forma-se um colchão de ar entre o talhado e o forro) e a inércia

térmica das telhas de barro.

15.6) TELHADO VERDE

O objetivo desse estudo foi avaliar a melhor opção para implementação de um telhado

verde numa área aproximadamente de 9,25 metros (comprimento), por 3,00 metros de

(largura), totalizando aproximadamente 28 m² procurando. Levar em questão o custo e

beneficio e as vantagens e desvantagens de um telhado verde.

Figura 64: Planta da Fachada Principal da Casa

Fonte: Desenho do Arquiteto Rafael Trindade, 2010

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Diante de tantos impactos e de grandes mudanças climáticas foi necessário buscar

novas inovações e tecnologias para melhoria e minimização de impactos o Telhado verde é

uma técnica usada em arquitetura cujo objetivo principal é o plantio de árvores e plantas nas

coberturas de residências e edifícios. Através da impermeabilização e drenagem da cobertura

dos edifícios, criam-se condições para a execução do telhado verde e com isso Criação de

novas áreas verdes, principalmente em regiões de alta urbanização, Diminuição da poluição

ambiental, Ampliação do conforto acústico no edifício que recebe o telhado verde,

Melhorias nas condições térmicas internas do edifício, Aumento da umidade relativa

do ar nas áreas próximas ao telhado verde, aprimoram o aspecto visual, através do

paisagismo, da edificação. Porém, como toda tecnologia e inovação, ela deve ser aplicada de

maneira correta para evitar problemas caso o sistema não seja aplicado de forma correta,

pode gerar infiltração de água e umidade dentro do edifício ou imóvel além da sobre carga

não e qualquer tipo de laje tem que ter uma estrutura que suporte o peso das matérias.

Como resultado, o telhado chega a reduzir em até 30% os efeitos climáticos dentro da

casa. Além disso, o telhado verde é também bom para a saúde: a vegetação ajuda a manter a

umidade relativa do ar. Vale lembrar que a baixa umidade pode gerar problemas respiratórios

e também problemas de pele. As plantas têm papel importante na “purificação” do ar, pois

consomem gás carbônico e devolvem oxigênio para a atmosfera. É evidente que respirar um

ar mais limpo, traz inúmeros benefícios para a saúde.

Outro benefício é a redução no consumo de água. A vegetação e a terra do telhado

criam um filtro natural e água que cai da chuva pode ser utilizada ara regar plantas, tomar

banho, preparar alimentos ou até beber. Esteticamente os telhados verdes também podem ser

atrativos. Eles deixam os edifícios verdes duplamente mais verdes. O valor do investimento,

em geral, é o mesmo considerando um telhado de boa qualidade. O eco-telhado pode ser

colocado diretamente sobre a laje impermeabilizada, não necessitando de armação de

madeira.

Quando se leva em conta os benefícios de conforto térmico, retenção de água, limpeza

do ar e vida útil de duas a três vezes maiores, a vantagem é grande a favor do telhado verde.

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Figura 66: Parte da Casa, onde será construído o telhado Verde.

Fonte: Desenho do Arquiteto Rafael Trindade, 2010

16.6.1) OPTE POR MODELOS DE TELHAS MAIS SUSTENTÁVEIS

A facilidade para ter um telhado sustentável no planeta, atualmente é maior. Se sua

opinião é a que instalação de uma cobertura verde ainda é muito complexa, saiba que há

outras opções ecológicas, como as telhas feitas de materiais reciclados e aquelas produzidas

com fibras vegetais e compostos químicos. Elas são resistentes e oferecem bom isolamento

termo acústico. Alternativa está nas telhas cerâmicas de cor branca, que refletem até 80% do

calor e, por isso, geram economia de energia (já que reduzem a necessidade de ventiladores e

ar-condicionado) e, ainda, combatem o aquecimento global. Tanto é verdade que o Green

Building Council (GBC) Brasil, entidade que atua para promover a construção sustentável no

país, lançou a campanha One Degree Less ("um grau a menos") para divulgar a prática dos

telhados brancos.

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Figura 24: Cobertura Verde Sustentável

Fonte: http://planetmeioambiente.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

15.6.2) TELHA DE FIBRA VEGETAL: PRODUÇÃO E USO SUSTENTÁVEL

A gama de materiais de construção conta com um item para a cobertura: a telha de

fibra vegetal, cuja matéria-prima principal é a fibra de celulose, extraída de papel reciclado –

e não contém amianto. As telhas são impermeabilizadas com betume e protegidas por uma

resina especial, contra raios UV, impedindo a escamação da superfície.

“O metro quadrado de telha Onduline custa bem menos do que o de

uma telha cerâmica. Tanto em relação a este tipo de cobertura

quanto em comparação às telhas de fibrocimento ou cimento

amianto, o custo total da cobertura também é reduzido, pois

Onduline demanda menor quantidade de madeira, devido a sua

leveza”, afirma Flavia Souto.

A telha de fibra vegetal não tem restrições quanto a aspectos climáticos. “A Onduline

está presente em mais de 100 países, sendo utilizada em regiões de clima muito frio, como

Rússia e Noruega, quentes como no Brasil e Índia. A telha é bem resistente a ventos fortes,

neve e chuva de granizo”, comenta, dizendo que mesmo a telha não sendo isolante térmica,

apresenta bom desempenho em relação á transmissão de calor.

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Quanto à instalação, a empresa recomenda o produto aos mais variados estilos de

telhado, desde que a inclinação seja maior que 18° para os modelos de 2,00 m X 0,95 m e

2,00 m X 1,05 m; e mais que 27° para as telhas com as medidas 0,50 m X 0,95 m, 0,50 m X

1,05 m e 0,40 m X 1,06 m.

“A quantidade e posicionamento dos fixadores devem estar corretos,

assim como é necessário seguir as orientações em relação à

paginação das telhas, o beiral e recobrimento máximos permitidos.

disponibilizamos todas as orientações de instalação no site da

empresa. a vida útil da telha é indeterminada, e como em todas as

telhas do mercado, depende de fatores ambientais externos, porém a

onduline oferece garantia de 15 anos de impermeabilização”, finaliza

Flavia Souto.

“Pode-se usar as peças brancas, mas também se pinta as já existentes ou a laje com

tintas térmicas especiais, vendidas em lojas de material de construção”, explica Marcos

Casado, gerente técnico do GBC Brasil. Um exemplo é a Metalatex Eco Telha Térmica, da

Sherwin-Williams, que sai por R$ 169,90 a lata de 18 litros na Leroy Merlin. A seguir, três

modelos de telhas ecológicas.

As etapas para a instalação da cobertura verde são:

a) A Onduline Clássica Tradicional (2 m x 0,95 m) é feita de fibras vegetais misturadas a

betume e resina especial, que agem como impermeabilizantes e conservantes. Em

verde, vermelho, preto e marrom, as peças são leves (6,4 kg) e de fácil instalação. Na

cor marrom, cada telha custa R$ 31,90 na C&C;

Figura 25: 1ª etapa da construção de um telhado sustentável.

Fonte: http://planetmeioambiente.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

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b) O modelo da Ecotop (2,20 m x 0,90 m) é resultado da reciclagem de embalagens de

creme dental. Pesa 14 kg, é durável e simples de instalar. R$ 32,00;

Figura 26: 2ª etapa da construção de um telhado sustentável.

Fonte: http://planetmeioambiente.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

c) Da TopTelha, a Mediterrânea Pérola é ideal para compor telhados brancos, que

mantêm a casa mais fresca. Por ser maior do que a média de mercado (a telha mede

4,18 m x 2,49 m) pede menos peças por m², gerando economia. Na Leroy Merlin, por

R$ 1,95 cada.

Figura 27: 3ª etapa da construção de um telhado sustentável.

Fonte: http://planetmeioambiente.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html

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Tabela 23: Levantamento de Paredes e Lajes Retas

Levantamento de Paredes e Lajes Retas

Custo Percentual (%) Medida (m) Custo (R$)

R$ 11.731,80 2798,00% 9208,8 R$ 3.078,35

Material Utilizado Custo (R$) Percentual (%) Medida (m) Custo (R$)

Arame R$ 158,30 38,00% 30 R$ 15,83

Areia R$ 777,52 1,87% 4 R$ 783,00

Areião R$ 943,83 2,27% 4 R$ 950,00

Argamassa R$ 74,84 0,18% 7 R$ 21,25

Bianco R$ 124,73 0,30% 1 R$ 127,70

Cimento R$ 1.600,70 3,85% 95 R$ 85,00

Desconto -R$ 1,70 0,00% -1 R$ 1,70

Espaceador R$ 37,50 0,09% 250 R$ 0,45

Ferragem R$ 2.783,33 6,68% 203 R$ 91,30

Graute R$ 12,50 0,03% 1 R$ 12,70

Laje R$ 929,17 2,23% 55 R$ 17,00

Prego R$ 295,83 0,71% 58 R$ 20,78

Tijolos R$ 3.787,46 9,09% 8500,8 R$ 821,64

Tubo PVC R$ 132,13 0,31% 1 R$ 130,00

Total 11.656,14 64,90% 9208,8 R$ 3.078,35

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Tabela 24: Laje Inclinada e Telhado

Laje Inclinada e Telhado

Custo (R$) Percentual (%) Quantidade Custo (R$)

R$ 11.008,24 26,26% 603 R$ 1.369,58

Materiais Utilizados Custo (R$) Percentual (%) Quantidade Custo (R$)

Arame R$ 78,05 0,19% 15 R$ 10,48

Areião R$ 706,56 1,72% 1031 R$ 720,00

Cimento R$ 1.663,70 4,05% 122 R$ 85,00

Expansor R$ 28,75 0,07% 40 R$ 27,81

Ferragem R$ 4.587,68 11,17% 287 R$ 199,22

Impermeabilizante R$ 12,32 0,03% 16 R$ 11,30

Laje R$ 3.363,36 8,19% 52 R$ 37,00

Parafuso telheiro R$ 6,36 0,02% 74 R$ 0,53

Prego R$ 82,13 0,21% 2896 R$ 20,74

Tabuas R$ 234,66 0,60% 4 R$ 253,00

Taxa R$ 3,91 0,01% 2 R$ 4,50

Total R$ 10.767,48 26,26% 4539 R$ 1.369,58

15.6.3) MATERIAIS SUSTENTÁVEIS DA LAJE E TELHADO

o Viga de cimento ecológico que reaproveita 70% do resíduo gerado pelas siderúrgicas,

emite menos CO2 na sua fabricação.

o Tijolo ecológico que pode ser feito de terra com cimento com resíduos de construção

moído. (Economia do custo final em até 50% e Diminui o tempo de construção em

30% com relação à alvenaria convencional).

o Cimento ecológico com resíduos de construção moído.

o Madeira de demolição.

o Telha ecológica (Mediterrânea Pérola).

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15.6.4) ORÇAMENTO

Tabela 24: Orçamento do telhado e da laje por metro quadrado e seu total

Laje e Telhado Custo da unidade (m2) Total

Viga ecológica 32,00 600,00

Tijolo ecológico 26,67 500,00

Cimento ecológico 58,69 1100,00

Madeira de demolição 32,87 616,00

Telha ecológica (Mediterrânea Pérola) 35,49 665,00

Total com mão de obra 185,72 3400,00

16) PISOS E REVESTIMENTOS

Uma nova era emergiu, na qual houve a consciência ecológica, o respeito pelo meio

ambiente e sustentabilidade desempenham um papel crucial. Existe uma nova filosofia de

vida que exige um consumo responsável e uma maior consciência do impacto ambiental

criado por muitos produtos que usamos na nossa vida diária.

Durante o processo de fabricação de peças em mármores, granitos e silestones são

produzidos três subprodutos: cacos, cascalhos e lama derivado do corte das peças, que ao

serem cortadas precisam da adição de água. Dentro do espírito de sustentabilidade surgiu a

ideia de usar cacos e sobras de fundo de pias, produzidos pela marmoraria para fazer o

revestimento de pisos em uma casa totalmente sustentável, sendo eles utilizados nos quartos,

sala, banheiro e área de serviços.

16.1) MATERIAL UTILIZADO NO PISO

O material utilizado no piso da casa foi totalmente sustentável, pois foram utilizados

cacos de mármores, granitos e silestone gerados pelas marmorarias, peças as quais, não

servem para venda ou gerar receita do estabelecimento, mas serve de forma eficaz em um

projeto eco-eficiente. Foram utilizados para fazer as tabeiras dos quartos e da sala, o fundo de

pia, esse material é pago pelo cliente e depois efetua a remuneração da pia, mas não utiliza o

fundo da mesma em sua construção. Os fundos de pia também foram cortados em suas

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respectivas metragens e utilizados em toda a composição dos pisos da área de serviço,

cozinha e parte do banheiro.

16.2) TABEIRAS

As tabeiras são as peças cortadas de forma regular distribuídas nos quartos e sala do

presente projeto, ela forma uma espécie de “moldura” no chão. Após serem colocadas as

tabeiras, os cacos separados para a obra são colocados no centro das mesmas. O custo total

para o corte das tabeiras utilizadas na presente obra na marmoraria foi de R$ 256,00. Não foi

viável utilizar a maquita, pois a peças não ficam totalmente alinhadas, e, as mesmas, precisam

está “encharcadas” na água para que o corte fique perfeito. As peças selecionadas são de

grande resistência desgastam rapidamente, e empenam o disco da maquita, e

consequentemente não suportaria tantos cortes, isso acarretaria um orçamento oneroso para a

aquisição de vários discos de execução dos cortes.

16.3) FRETE

O frete para o transporte dos cacos recolhidos na marmoraria varia de R$ 80,00 a R$

100,00, mas se o indivíduo que adquiriu de forma graciosa os cacos possuir um meio de

transporte pode transportar sem gerar custo algum.

16.4) PÓ DE MÁRMORE

As peças de Mármore, granitos e chapas de silistones são cortadas em máquinas

específicas ao qual necessitam da adição de água para precisão do corte, além de proteger o

indivíduo que manipula a máquina da poeira que sai das peças ao serem cortadas. O pó de

Mármore que sai das máquinas, misturado na água, formam uma lama a qual pode ser usada

de forma eficaz nas construções civis. Esta lama não tem nenhuma utilidade para a

marmoraria, e sua disposição final acaba sendo o aterro sanitário. O presente projeto utilizou

a lama, adicionou cimento e corante em pó xadrez para a colocação dos cacos e tabeiras nos

cômodos da casa.

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17) PINTURA

Neste procedimento se mostra os benefícios adquiridos com a mínima utilização de

tinta e a destinação ambientalmente correta dos resíduos proveniente desta atividade.

17.1) TINTA ECOLÓGICA

Tinta ecologicamente correta, ou seja, com uma composição que não prejudica o meio

ambiente, tem baixa emissão de CO2, se adéqua aos critérios de sustentabilidade, utilizam,

em sua composição, elementos químicos naturais, podendo ser usado na construção, sem

perder de vista a consciência ambiental. Os produtos relacionados a “empreendimentos

sustentáveis” contribuem com a decoração e valorizam as tendências.

Todas as tintas ecológicas levam em consideração a necessidade de um planeta

sustentável. Além de tornar mais viável a composição das tintas, as empresas também apóiam

projetos de preservação ambiental. Marcas que segue esses passos são: Suvinil e a Coral,

auxiliando também ao reflorestamento.

17.2) RESÍDUOS DA PINTURA

Neste tópico serão acrescentadas explanações e explicações sobre as tintas

convencionais e sustentáveis e como destiná-las corretamente no meio ambiente.

17.3) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS DE TINTAS.

De acordo com as Leis e as Resoluções, se diz que:

Na Lei nº 12.305, de 2 de Agosto de 2010. Art. 1º se institui a Política Nacional de

Resíduos Sólidos,

“dispondo sobre seus princípios, objetivos e instrumentos, bem como

sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento

de resíduos sólidos, incluída os perigosos, às responsabilidades dos

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geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos

aplicáveis.”

Resolução nº 307, de 5 de Julho de 2002, estabelece diretrizes, critérios e

procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

o “No seu Art. 2º, Inciso I - Resíduos da construção civil: Metais, Tintas,

Plásticos entre outros;

o Art. 3º diz que os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para

efeito desta Resolução, da seguinte forma: IV - Classe D - são os resíduos

perigosos oriundos do processo de construção, tais como: tintas, solventes,

óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e

reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.”

A melhor maneira de descartar as embalagens metálicas sem causar um impacto direto

ao meio ambiente e, visando à disciplina de Gestão de Resíduos Sólidos, segundo a cartilha

sobre resíduos da Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas (ABRAFATI), o correto é

inutilizar as latas com furos, cortes ou prensagem para evitar outro uso já que elas possuem

poluentes.

Por isso é melhor utilizar o máximo possível de tinta existente dentro da embalagem.

Fazer uma raspagem em todo o interior da embalagem com uma espátula, para remover a

tinta que está nas bordas e no fundo da mesma, de modo que não ultrapasse 0,3cm de

espessura ou que haja formação de depósitos no fundo da lata, a tinta, que ainda sobrar no

recipiente. Deve estar polimerizado (seca), pois, dessa forma, ela não gera complicações ao

meio ambiente e não pode ser destinada a coleta municipal de lixo, e, sim, feita-a aos

sucateiros devidamente credenciados.

18) ESQUADRIAS

Ela está sendo utilizada nas construções e se adaptando em diversos designs e tipos.

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Os tipos de esquadrias vendidas no mercado:

o Esquadrias em PVC (Sustentável);

o Esquadrias em Alumínio

(Convencional e Sustentável);

o Esquadrias em Madeira (Convencional

e Sustentável);

o Esquadrias em Vidro (Convencional e

Sustentável);

o Esquadrias em Louça (Convencional).

A NBR 10821 ABNT (2000) define os requisitos necessários para construção de uma

esquadria.

o Estanqueidade à água da chuva,

poeiras, a insetos e ao ar;

o Iluminação;

o Facilidade de manuseio;

o Durabilidade;

o Resistência a cargas de ventos;

o Economia.

o Isolação sonora;

o Ventilação;

o Manutenção;

o Resistência ao esforço de uso

18.1) ESQUADRIAS DE PVC

O uso das esquadrias de PVC nas construções de residência verde já consagrada no

mercado mundial brasileiro por sua durabilidade e facilidade na manutenção, atendendo aos

mais altos critérios de qualidade, primando essencialmente em proporcionar soluções

adequadas para o fechamento de vãos. Se colocando no mercado como um projeto

ecologicamente correta, a esquadria de PVC se destaca por conferir estanqueidade (impedindo

a passagem de água para o ambiente interno), resistente à agressividade do meio ambiente. No

entanto, vem aumentando o seu uso e diminuindo o impacto no meio ambiente, minimização

do uso da madeira, alumínio e ou outros produtos. Utilização máxima de recursos de

iluminação natural através de janelas amplas.

O PVC é reciclável e auto-extinguível, ou seja, não propaga fogo, é inerte e, portanto,

não agride a natureza. É caracterizado como um material de aplicação de longo ciclo de vida,

então seu tempo de vida útil, antes do descarte para o meio ambiente, é de seguramente mais

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de 20 anos. Na sua Produção, não utilizam mais o chumbo venenoso com antigamente era

utilizado, agora e utilizado nos perfis estabilizadores cálcio-zinco que tem varias vantagens e

melhores resultados contra raios ultravioletas, sem o chumbo torna-se 100% reciclável.

O isolamento térmico proporcionado pelo PVC é três vezes maior que o do alumínio.

Dessa forma, os aparelhos de calefação e refrigeração consumiriam menos energia elétrica e

consequentemente menor quantidade de resíduos de carbono gasoso (CO2), que intensificaria

o efeito estufa se não fosse esse procedimento.

18.1.1) RECICLAGEM DO PVC

Pode ser feito por dois procedimentos 100% recicláveis:

a) Reciclagem mecânica, mediante trituração e limpeza quando o PVC. Conseguindo dar

uma segunda vida ao material voltando a ser utilizado no ciclo produtivo (Logística

reversa);

b) Valorização energética ou recuperação térmica de seus componentes, quando provém

de resíduos sólidos urbanos (RSU). Nesse procedimento, se aproveita a energia

térmica que contém no PVC ao ser queimado em um incinerador com depurador de

gases.

18.1.2) OS DESTAQUES DAS ESQUADRIAS DE PVC

Altíssima Durabilidade - A expectativa de durabilidade das esquadrias de PVC é

superior a 40 anos. Como exemplo, convém mencionar que as primeiras janelas de

PVC instaladas na Alemanha datam de 1954 e permanecem muitas delas, até hoje

inalteradas em suas funções;

Isolamento térmico - Diferente de outros materiais comumente utilizados na

fabricação de esquadrias, especialmente os metálicos, o PVC não transfere calor ou

frio para dentro do ambiente, mantendo assim a temperatura estável e mais

confortável;

Isolamento acústico;

Resistência à corrosão e maresia;

Resistência mecânica;

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Alta vedação;

Resistência a ataque de materiais como cimento e cal, ao contrário do que acontece

com esquadrias de alumínio e madeira, respingos de cal e cimento não danificam ou

mancham suas esquadrias de PVC;

Isenção de manutenção - O PVC usado para fabricar esquadrias mantém sua coloração

intacta ao longo dos anos. Portanto, esqueça gastos com pintura ou para envernizar

como em outros tipos de esquadrias;

Acabamento acetinado;

O brilho acetinado das peças de PVC torna-se um elemento de sofisticação e

modernidade em sua casa e permanece intacto por toda vida útil das esquadrias;

Conforto ao toque deslizar macio e silencioso em todos os modelos;

Material reciclável e ecologicamente correto;

Não propagador de chamas;

Limpeza: A superfície sem porosidade do PVC não absorve partículas de poeira,

fumaça, fuligem, bolor e microrganismos. Por conseguinte, é a melhor opção para

instalação em clínicas, hospitais, laboratórios ou quaisquer ambientes que exijam o

máximo de higiene;

Devido as suas características, fica evidente que o PVC é a matéria-prima do

desenvolvimento sustentável, tanto por sua versatilidade de aplicação, como sua

destinação final.

18.2) ESQUADRIAS DE ALUMÍNIO

Nesta parte do projeto se explicará sobre a utilização convencional do alumínio na

construção da Casa Sustentável.

18.2.1) RECICLAGEM DO ALUMÍNIO

Segundo a Associação Brasileira do Alumínio ABAL, (2006):

“no Brasil, a reciclagem de alumínio é uma atividade tão antiga que

se confunde com a implantação da indústria desse produto. Desde a

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década de 20, já se utilizava como matéria-prima a sucata, que era

importada de vários países. A partir dos anos 90, com o início da

produção das latas, no Brasil, a reciclagem foi intensificada.”

Como resultado desta atividade econômica, em 2004, foram recicladas, no País, 270

mil toneladas de alumínio, equivalente a 36% do consumo doméstico, sendo este índice maior

que a média mundial, que é de 32%. Neste mesmo ano, foram reciclados cerca de 96% das

latas produzidas, índice superior ao de países como Japão que reciclou 86% e Estados Unidos

com 51% (Figuras 28, 29 e 30).

A reciclagem do alumínio oferece inúmeras vantagens. Os benefícios dessa atividade

estão principalmente nos aspectos econômico, social e ambiental.

No aspecto econômico e social, a cadeia produtiva da reciclagem injeta recursos nas

economias locais, cria empregos e gera renda para, aproximadamente, 160 mil pessoas em

atividades que vão desde a coleta até a transformação final da sucata em novos produtos, isso

sem desmerecer outros negócios, como na indústria de máquinas e equipamentos utilizados na

reciclagem do alumínio.

Figura 28: Índice de Reciclagem de Latas de Alumínio

Fonte: ABAL, (2006)

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Figura 29: Dados do Consumo de Alumínio Per Capta – Kg/hab./ano - 1998

Fonte: ABAL, (2003)

Figura 30: Mercado Brasileiro de Esquadrias, Segmentação por material.

Fonte: ABAL, (2006).

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18.2.2) ALUMÍNIO CONVENCIONAL

o Sistema de portas de correr convencionais em alumínio anodizado natural;

o Sistema de portas de correr sincronizadas em alumínio anodizado natural;

o Sistema de Fole com acessórios em cor alumínio anodizado natural;

o A desvantagem é que apresenta custo oneroso, pois o produto é importado.

Tabela 25: Instalação convencional do alumínio

Material a Ser Instalação do Alumínio Custo (R$)

Janelas 3,00

Portas 288,40

Esquadrias Basculantes 865,20

Metálicas Gradis 43,95

Alumínio Portões 2,00

Janelas unidade 359,47

Portas unidade 718,94

Basculantes m² 36,52

Gradis Gradis 1,84

Esquadrias Portões Portões 162,02

Metálicas Porta corta-fogo 298,11

Ferro Escada Marinheiro 15,14

Alçapão 5,60

Peitoril concreto 86,52

Total 2.886,71

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18.2.3) ALUMÍNIO SUSTENTÁVEL

Figura 31: Compactação do alumínio

Fonte: http://www.portalodm.com.br/aluminio-e-material-mais-reciclado-no-brasil-segundo-dados-do-ibge--n--

415.html

Existem várias possibilidades para a utilização do alumínio sustentável, como as latas

de alumínio que podem ter seus anéis retirados e quando juntos em grande quantidade podem

servir para decorar uma cortina.

18.2.3.1) CUSTO DO ALUMÍNIO

Tabela 26: Preço do alumínio reciclável

Descrição Preço

Médio

(R$/Kg)

Em relação

à semana

anterior

Em relação à

mesma semana

do mês anterior

Em relação à mesma

semana do mesmo mês do

ano anterior (12 Meses)

Variação (%)

3ª Semana

Nov/12

Bloco 2,77 0,7 -0,7 -0,4

Chaparia 3,36 0,3 -0,3 -2,6

Latas

Prensadas

3,16 -0,3 -1,6 -3,4

Latas Soltas

ou Enfardadas

2,89 -0,7 -1,4 -3,7

Panela 3,84 0,3 0 3,2

Perfil Branco 4,25 0,2 0,7 2,4

Perfil Misto 3,8 -0,3 1,3 0,5

Fonte: http://www.abal.org.br/reciclagem/sucata.asp

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18.3) ESQUADRIAS EM VIDRO

o Sistema correr convencional para vidro de 8/10/12 mm;

o Sistema correr sincronizado para vidro de 8/10/12 mm;

o Sistema correr INOX para vidro de 8/10/12 mm;

o Sistema Fole em Vidro de 8/10 mm;

o Sistema Parking, aplicado em vidro de 10/12 mm;

o Sistema com dobradiças para vidro de 8/10 mm;

o Pele de vidro II, peso 3,64 até 5,92 Kg, 76,20 mm e 38,10 mm, 2 polegadas na aresta

da primeira medida em “mm” e 50,80 mm, 47,64 mm, 1,58 mm com 2 polegadas, na

aresta primeira medida;

o Vidro Temperado (trilhos para portas, muros de vidro, telhados de vidro, 8 e 10 mm,

integrada com temperado com 7,15 Kg e 0,64 Kg até 3,90 Kg.

Serão utilizados em partes que apresentam 4 modelos de 40 cm por 20 cm de tamanho

para as portas e área de 400 cm2 para as janelas, em forma de quadrado.

18.3.1) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO CONVENCIONAL

18.3.1.1) ABRASIPA

A ABRASIPA traz novidades exclusivas no ramo de vidros e esquadrias. O sistema de

remoção de riscos em vidro tira riscos, arranhões e manchas com ausência de distorção ótica.

A borracha de remoção de riscos em alumínio anodizado remove os riscos em alumínio

proporcionando o acabamento e o brilho. E o ProClean remove até as manchas dos vidros

com fácil aplicação e praticidade. Além da linha completa de rebolos para polimento de vidro.

18.3.1.2) AL PUXADORES

A empresa apresenta duas novas linhas: a linha Crome, com novo conceito estético e

de versatilidade em comparação às tradicionais ferragens para instalação de vidro temperado e

os kit´s alumínio de engenharia, visando agilizar e facilitar o trabalho do profissional do

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vidro, com inovações como: furos para drenagem na guia inferior, furos para instalação no

trilho superior e novo sistema de encaixe capa/trilho. Todas as peças são envolvidas com uma

película protetora, o que garante maior segurança contra riscos e manchas até a finalização

das obras.

Figura 32: Resíduos de Cacos de Vidro

Fonte: http://www.cfl-lamprecycling.com/pt-br/products/tecnologia-de-reciclagem-de-l%C3%A2mpadas-lfc-

18.htm

18.3.1.3) ANAVIDRO

A Associação Nacional de Vidraçarias apresentará ao mercado as dificuldades e

problemas do segmento vidreiro, numa peça descontraída e divertida, com apresentação do

Grupo Teatral Riso. O público visitante poderá apreciar os atores no palco de “Socorro tenho

uma vidraçaria”, contando a rotina e os problemas mais comuns enfrentados pelas vidraçarias

e instaladores e como o consumidor final encara esse trabalho.

Figura 33: Resíduos de cacos de viro

Fonte: http://portuguese.alibaba.com/product-free/cullet-pvb-106841439.html

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18.3.1.4) BOTTERO DO BRASIL

O grupo italiano Bottero, fabricante de equipamentos para o mercado vidreiro,

apresenta a versátil e robusta mesa de corte 352 BCS R – Evo. A máquina é uma das únicas

do mercado que permite que o vidraceiro/serralheiro tenha futuros benefícios e consiga

trabalhar com diferentes funções, como por exemplo, produzir vidros insulados apenas

acoplando um rebolo específico capaz de cortar as camadas milimétricas do vidro Low-E. Isto

confere maior flexibilidade às empresas que estão ingressando ou já atuam no universo

vidreiro.

Figura 34: Enfeites de Vidro

Fonte: Disponível em: http://portuguese.alibaba.com/product-gs/recycled-glass-cullet-green-glass-blocks-crystal-

glass-transperant-glass-opaque-glass-big-glass-chips-glass-sand-

18.3.1.5) DIAMANFER

A Diamanfer possui toda tecnologia avançada, baseada em qualidade e conhecimento

das particularidades do setor no qual podemos especificar a ferramenta ideal para cada

máquina e tipo de serviço, transferindo a qualidade dos produtos para os produtos dos

clientes, além de proporcionar a melhor relação custo / beneficio.

A linha de produtos é composta de Rebolos Diamantados Metálicos ou em Resina

desenvolvidos para todos os equipamentos de beneficiamento de vidro plano. Brocas,

Escareadores e Discos de Corte exclusivos para vidros.

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Figura 35: Resíduos de vidro

Fonte: http://prototipo.techs.com.br/prefeituraararaquara2012/Pagina/Default.aspx?IDPagina=2240

18.3.1.6) IDEIA GLASS

Apostando no inox como matéria-prima, a empresa lança kit para box de banheiro e

também prolongador para escadas, guarda corpos e painéis de vidro. Resistência à corrosão,

facilidade de limpeza e boa relação custo x benefício são algumas das vantagens do aço inox,

material utilizado na fabricação dos lançamentos da Ideia Glass.

Para boxes de banheiros, o lançamento fica por conta da segunda versão do já

tradicional Kit Box Elegance. Com sistema de roldanas aparentes é produzido em aço inox e

conta com fácil instalação e apelo visual. Além do kit para box a empresa também lançará a

segunda versão para o Prolongador Maxx, também em aço inox. Este sistema de fixação

permite a regulagem da distância entre o vidro e a parede, possibilitando uma instalação com

visual limpo e leve. Além disso, suporta estruturas de até 250 kg, dispõe de fixação segura e

proteção emborrachada que não danifica o vidro e a parede.

Disponível em duas medidas é indicado para uso em escadas, guarda corpos e painéis

de vidro. Além dos lançamentos em aço inox, a Ideia Glass exibirá em seu estande as já

conhecidas soluções para boxes de canto (Kit Box Encanto), curvos (Kit Box Luna) e

sanfonados (Kit Box Flex), além de sistema de roldanas aparentes para portas de passagem de

vidro (Porta Vision).

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Figura 35: Cacos de Vidro

Fonte:

http://www.pulsarimagens.com.br/details.php?tombo=24MS652&search=PA&ordem_foto=15&total_foto=878

18.3.1.7) ROLLIT

A Rollit explana sobre o Suporte Giratório para TV. 100% versátil e com giro de 360

graus, é um produto de alta qualidade e acabamento fino em aço inox escovado. O suporte

original da TV é fixado em um vidro temperado de 10 mm e o vidro é fixado no suporte

giratório (toda a fiação fica embutida no suporte). Permite compartilhar a TV com um ou mais

ambientes, devido ao sistema giratório, através de rolamento.

Figura 36: Entulho de Cacos de Vidro

Fonte: http://marianarecicla.blogspot.com.br/2011_06_01_archive.html

18.3.1.8) SPACE GLASS

Atendendo os mais diversos tipos de necessidade de aplicação de vidros para

esquadrias metálicas, a Space Glass apresenta toda a linha de vidros para aplicação em

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esquadrias metálicas padronizadas e especiais, com vidros impresso, float e toda a linha de

laminado comum e refletivo.

Figura 37: Resíduos de Garrafas de Vidro

Fonte: http://www.mjd.pt/?q=node/37

18.3.1.9) WR GLASS

Há seis anos no mercado trazendo produtos inovadores esta marca vende vidros

temperados, corrimão e guarda-corpo em inox 304 e alumínio. Variações em acessórios para

vidro, como ferragens, para vidro temperado em aço inox 304 maciço, escada de vidro e

suporte para e diversos acessórios para vidro em aço inox. Produtos diferenciados com alto

padrão de qualidade que oferecem beleza e segurança ao local.

17.3.2) CUSTO CONVENCIONAL DO VIDRO

Tabela 26: Material Utilizado

Material Utilizado Unidade (m2) Total (R$)

6 Janelas 112,00 672,00

2 Portas 28,00 56,00

Vidro liso incolor em

caixilhos com massa esp 3

mm (colocado)

7,00 14,00

Limpeza de vidros 63,98 127,96

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18.3.3) TECNOLOGIA, DESIGN E VERSATILIDADE DO VIDRO SUSTENTÁVEL

18.3.3.1) BELGA METAL/ BELCOM

A BELGA METAL, fabricante de ferragens para vidros temperados, apresenta o seu

lançamento 2012: a dobradiça automática pivotante ÚNICA, um conceito revolucionário em

instalação de portas de vidro. Trata-se de uma dobradiça de piso que está acompanhada de

uma mola hidráulica embutida na ferragem, dispensando o acessório convencional. Além

disso, essa dobradiça possibilita uma vida útil muito maior – 1 milhão de ciclos, certificado

pelo Instituto Alemão TÜV SUD. Com design moderno e elegante, feita em aço inox e com

dois ajustes de velocidade (um para o fechamento e outro para o click final da porta), permite

instalação em locais com grande circulação de ar.

Além da ÚNICA, serão expostas outras soluções em ferragens para vidros da linha

BELCOM, que primam pela excelência em design e modernidade, ampliando as

possibilidades de utilização do vidro em diversos ambientes, tais como: Box HIP ZAC -

totalmente feito em aço inox (inclusive os perfis laterais e inferiores), produto de fácil limpeza

e manutenção mesmo em ambientes úmidos.

Com duas travas de segurança para a porta não cair do trilho e roldanas excêntricas

permitem que o vidro se adapte perfeitamente ao vão (mesmo quando o pedreiro da obra erra

o prumo da parede). Para a divisão de ambientes com portas de correr, o SLAK SYSTEM é

uma grande novidade, pois não precisa de furos ou recortes no vidro para ser instalado. As

portas são pinçadas pelas ferragens e o deslize da porta é leve e suave, sem utilização de

trilhos. Mesmo em portas grandes e pesadas, a segurança, beleza e praticidade estão

garantidas com esse produto; a dobradiça automática lateral BILOBA, a dobradiça click para

box 8500 e a nova fechadura com maçaneta 9520 FMA/B, entre outros.

Figura 38: Reutilização dos vidros nas janelas e portas da casa

Fonte: http://enricows.wordpress.com/2010/08/30/casas-de-vidro/

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18.3.3.2) MOSTRA FUSING (técnica da arte em vidro com a artista plástica Loire Nissen)

Em espaço de 80 m2, a Mostra Fusing reunirá o trabalho de artistas vidreiros que

utilizam e transformam o “vidro comum” (vidro “float”) em peças para aplicação em projetos

de decoração e design de ambientes como vasos, fruteiras, colares, porta incenso, utilitários e

luminárias, através da técnica de vidro fusão. O aspecto positivo da mostra é a contribuição

social e ambiental que representa a técnica da arte em vidro. A matéria-prima para a arte de

“Fusing” tem origem nas sucatas coletadas em vidraçarias, garrafas descartadas, bares e

demolidoras que, se não fossem reciclados, seriam lançados no meio ambiente.

18.3.3.3) ARBAX

Empresa especializada na fabricação de rebolos para polimento em vidro amplia sua

gama de produtos. Além dos tradicionais rebolos para polimento, molas para piso, óxido de

cério e cortadores de vidro, lança a linha de rebolos sustentáveis - Rebolo Verde, que tem

como principal característica manter a qualidade de resultados obtidos com os rebolos

tradicionais, porém causando menores impactos ao meio ambiente durante a sua fabricação

através de uma tecnologia inovadora e sistema exclusivo de renovação de materiais onde

nenhum resíduo é descartado durante a produção, obtendo-se total aproveitamento e

diminuindo a quantidade de materiais retirados da natureza.

Figura 39: Cacos de Vidro

Fonte: http://sersustentavelcomestilo.com.br/2010/10/29/100-vidro/

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18.3.3.4) CBVP (Companhia Brasileira de Vidros Planos)

A CBVP é a primeira e única indústria de vidros planos com capital 100% nacional. A

nova fábrica estará localizada na cidade de Goiana, região Norte de Pernambuco e contará

com uma área construída de 90 mil metros quadrados com capacidade produtiva de 900

toneladas/dia. Nesta unidade serão fabricados, a partir do segundo semestre de 2013, vidros

planos incolores e coloridos com espessuras que variam de 2 a 15 mm, além de espelhos e

laminados.

A fábrica utilizará tecnologia pioneira para fabricação de vidros float e estará no

patamar das mais modernas plantas do mundo. A unidade também utilizará em seu processo

produtivo a tecnologia L.E.M.™ (Low Energy Melter™), inédita no Brasil, que permitirá

maior eficiência energética e a redução da emissão de gases de efeito estufa. A CBVP adotará

as mais modernas práticas de gestão ambiental disponíveis no mundo para a planta de Goiânia

e será referência em termos de eficiência e sustentabilidade na fabricação de vidros.

Figura 40: Cacos de Vidro

Fonte: http://ambiente.hsw.uol.com.br/reciclagem-vidro2.htm

18.3.3.5) MAKIT

A Makit oferece em seu portfólio, produtos que fazem o envidraçamento da varanda

sem alterar a composição arquitetônica do edifício. O produto é composto por perfis de

alumínio com garantia de acabamento de 10 anos. Todos os acessórios são fabricados em aço

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inox e a sua vedação feita com silicone estrutural de cura neutra que não sofre alterações com

o sol e a chuva e permitem um perfeito isolamento do ambiente.

Figura 41: Placas Solares

Fonte: http://ecooperativa.coop.br/wordpress/2011/12/

18.3.3.6) COLLOR GLASS

ECO Glass é a tinta para vidros ecologicamente corretada Collor Glass. É à base de

água e, por isso, dispensa diluentes químicos que prejudicam o meio ambiente. Vem pronta

para o uso, é resistente e de fácil aplicação, além da infinidade de cores disponíveis.

Figura 42: Mobílias com portas de vidros

Fonte: http://www.movartmarcenaria.com/2010_02_11_archive.html

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18.3.4) CUSTO DO VIDRO SUSTENTÁVEL

Tabela 27: Material Utilizado

Material Utilizado Unidade m² Total

6 Janelas 112,00 672,00

2 Porta 28,00 56,00

Vidro liso incolor em

caixilhos com massa esp 3

mm (colocado)

7,00 14,00

Limpeza de vidros 63,98 127,96

Total: 210,98 869,96

Percebe-se que tanto para o vidro quanto para o vidro o custo sustentável apresenta

maior lucro, apesar de um investimento a longo prazo.

Porém o Vidro é mais sustentável por apresentar um menor ônus, sendo assim mais

viável.

18.3.5) VARIAÇÕES DO VIDRO

Figura 56: Variações do vidro

Fonte: http://evandrocaic.blogspot.com.br/

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Figura 57: Cores do vidro

Fonte: http://dcvidracaria.no.comunidades.net/index.php?pagina=1988453236

18.4) ESQUADRIAS EM MADEIRA

Muito antes da aplicação dos metais na fabricação de esquadrias, a madeiras já

ocupava um papel muito importante, mesmo em construções rústicas e primitivas. Para se

entender melhor a importância da madeira nesta evolução, apresenta-se a seguir um estudo

das janelas destinadas a fins residenciais, caracterizados pelos seus aspectos históricos e

construtivos situados nas figuras 43, 44, 44, 45, 46, 47, 48, 49, 50, 51 e 52 deste estudo.

Janela 01 – Janelas com “escuro”. Janela 02 – Janelas greminadas.

Figura 44

Figura 43

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Janela 03 – Janelas com baláustre de seção quadrada.

Figura 45

Janela 04 – Janela colonial. Janela 05 – Janela de Rótula.

Figura 46 Figura 47

Janela 06 – Janelas Gelosias. Janela 07 – Janela com Urupema

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Figura 48 Figura 49

Janela 08 – Janelas com folha de vidro. Fonte: Rabbat-1988

Figura 50

Janela 09 – Janelas com venezianas. Fonte: Rabbat-1988

Figura 51

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Janela 10 – Janela de madeiras baseadas em tipologias originais de janelas metálicas. Fonte: Rabbat - 1988

Figura 52

O nível de diversificação das tipologias de janela brasileira e internacional é muito

grande. Na medida em que a tecnologia construtiva evoluiu e novos estilos vieram com o

desenvolvimento da evolução industrial como já transcrevemos no estudo. Um estudo dos

aspectos construtivos das esquadrias de madeiras, em que análise o seu “ponto crítico” em

termos de desempenho, seria um aprofundamento necessário e interessante ao prosseguimento

deste trabalho, identificando as soluções construtivas necessárias para se corrigir as

patologias. Também uma abordagem tipológica poderia ser acrescentada, analisando-se as

vantagens e desvantagens de cada tipo de janelas.

Figura 53: Janela de Madeira de Reflorestamento.

Fonte: http://www.peroladanet.com/janela-de-madeira-madebal/

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18.5) ESQUADRIAS EM LOUÇA

18.5.1) RELAÇÃO DE MATERIAIS PARA CONSTRUÇÃO DA CASA (LOUÇAS),

CONVENCIONAL

Tabela 28: Material utilizado para construção (louças)

Material Utilizado Custo (R$)

01 Vaso Acoplado 145,60

01 Anel Vedação c/ Kit Maxeal 15,44

01 Assento Sanitário 49,90

01 Caixa Acoplada 173,74

01 Coluna 49,95

01 Válvula 20,56

01 Lavatório W.C. 82,45

01 Rabicho 12,19

01 Parafuso fixação f10 cr meber 9,52

01 Torneira lavatório 77,71

01 Tanque 214,95

01 Válvula 33,31

01 Blukit Sifão Mult. c/ Metal CR Blukit 7,90

01 Fixação 27,90

01 Coluna 67,70

TOTAL: 984,89

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Tabela 29: Referente à Piso de Granito

REFERENTE À PISO DE GRANITO

Material Utilizado por (m2) Medidas (m) Custo por Unidade (m2) Total (R$)

PISO EM GRANITO (51) (7,14 X 7,14) 26,01 1326,51

GRANITO CORUMBÁ (298,03) (17,26 X 17,26) 152,00 7.752,00

GRANITO RALLAS (411,58) (20,28 X 20,28) 210,00 10.710,00

GRANITO VERDE (509,20) (22,57 X 22,57) 260,00 13.260,00

Total 12.695.705 648,01 1.358.232,00

Tabela 30: RODAPÉ 65 m X 007

RODAPÉ 65 m X 007

Material Utilizado por m² Medidas (m) Custo por Unidade (m2) Total (R$)

GRANITO CORUMBÁ (6.29X6.29) 180,00 819,00

GRANITO RALLOS (6,84X6.84) 212,94 1.183,00

GRANITO VERDE (2,07X2,07) 196,56 1.092,00

Total 57.529,00 589,50 3094,00

18.5.2) DOSSIÊ TÉCNICO DA LOUÇA

o Área Total 51 m2 e Previsão 55 m2 de sobras de pedras

o Piso – serão as sobras de Marmoraria

Tipos de pedras cortadas em marmoraria que ficaram como rejeitos da matéria prima,

e serão descartadas no lixo negativo (sem retomada na cadeia produtiva) e destino na Região

dos Lagos desconhecido ou sobras da construção civil, que em Cabo Frio e encaminhado à

antiga usina, de asfalto. Estrada Nova de Búzios pela Gamboa são vários tipos de pedras para

a criação de mosaicos, como: Granito, Mármores, Ardósia, Arenita, Basalto, Calcário,

Conglomerado, Gnaisse, Metassiltito e Quartzito, naturais, mosaico português.

Para a colocação do piso se utiliza várias técnicas como a arte do mosaico tipo: em espinha

diagonal e em forma de poliedros intertravados de concreto.

O croqui (procedimento) da instalação de piso tipos mais comuns: paralela irregular,

paralela regular, paralela emoldurada, diagonal irregular, diagonal emoldurada.

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Existe e cresce no Brasil esse mercado novo, que é o Designer com pedras, artesão ou

ornamentados.

A técnica de arte musiva consiste na colocação de tesselas, que são pequenos

fragmentos de pedras como mármore e granito. São moldados com tagliolo e martellina.

19) FORMA CORRETA DE DESCARTE DE RESÍDUOS

Por serem comprados nas medidas corretas os materiais de construções sustentáveis

não geram resíduos, portanto é desnecessário fazer seu descarte a não ser que elas sejam

comercializadas inadequadamente e seu material não for sustentável, neste caso se deve

destinar corretamente e ambientalmente, para se evitar possíveis impactos ambientais ou

reutilizá-los no processo de construção da casa.

Caso haja geração de resíduo na construção da casa sustentável se deve reaproveitar o

resíduo durante outros processos na casa seja em qualquer atividade proporcionada nela.

20) RESULTADO

Nesta etapa do trabalho, se mostra o que se obteve com reaproveitamento de resíduos

sólidos de construção civil, análise e avaliação de impactos ambientais ocasionados ou

evitados pelo descarte dos resíduos e da legislação ambiental sobre este assunto.

Os resíduos sólidos são compostos por materiais variados e passíveis de recuperação.

O processo de reaproveitamento desses materiais pode gerar trabalho e renda, reduzir a

extração de recursos naturais, economizar energia para extrair, beneficiar-se a partir da

utilização mínima de matéria-prima e aplicar os preceitos da legislação ambiental.

Além disso, se percebeu que a quantidade de resíduo após a construção da casa

sustentável é de 0,1 kg, ou seja, houve um reaproveitamento total destes.

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21) CONCLUSÃO

É preciso que sejam tomadas atitudes para modificar este quadro, e assim como

determina a constituição Federal e a legislação ambiental, deve ser implementada obedecendo

aos princípios do Direito Ambiental como a Educação Ambiental descrita na Lei 9795,

27/04/99 e Decreto 4.281, de 25 de Junho de 2002.

Investir mais em tecnologias que possam prevenir os impactos ambientais e menos

naquelas que possam somente corrigir, pois, assim, será menos oneroso para as políticas

públicas, estaduais e federais na resolução dessa problemática (Lei 7.347/1985), elaborar um

PGRS, principalmente dos de construção civil (Resolução CONAMA 358/2005).

Estudo Prévio de Impactos Ambientais e, se possível, a permissão da certificação

ambiental para execução da obra e despejo (Lei 10.308/2001, Resolução CONAMA do dia

30/09/09), preservação do meio ambiente do entorno que no caso era restinga (art. 225,

parágrafo 4º, Resolução CONAMA 302 e a 303, de 20 de Março de 2002), auditorias

ambientais (Resolução CONAMA 306/2002), além de outros preceitos descritos na legislação

que não podem ser negligenciados.

É preciso que haja cumprimento das normas e da legislação ambiental, seguindo todas

as etapas e procedimentos corretamente respeitando sempre o meio social, econômico, e

principalmente, o ambiental, para se promover um desenvolvimento e uma construção

sustentáveis, preservando os ecossistemas de corpos hídricos e terrestre. Evitando poluição

destes e disseminação de doenças.

Para isso, se devem dispor seus resíduos de construção civil de forma ambientalmente

correta e adotar os materiais na quantidade e qualidades permitidas para utilizar na

construção, evitando, dessa forma, os desperdícios e um investimento de custo-benefício que

supere as expectativas na edificação da casa sustentável (lucro), substituindo técnicas de

construção convencional, por oferecer impactos ambientais hediondos e ser muito oneroso,

por outras mais sustentáveis.

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Figura 54: Casa Sustentável Pronta

Fonte: http://casassustentaveis.blogspot.com.br/

Segundo, Robson Villela, 2012, há duas formas de se pensar ou se conscientizar sobre

assunto proposto:

“Uma Casa Sustentável não faz uma biosfera, mas, se todas

trabalharem em sinergia, em prol da construção de um país ou mais

sustentáveis, ter-se-ão uma biosfera propícia à vida de todos, porque

começarão a fazer a sua parte, e montar os imensos quebra-cabeças

da sustentabilidade e da economia verde. São as primeiras peças,

todavia, faltam muitas para se construir uma ECOSFERA

SUSTENTÁVEL E COMPLETA.”

Ou ainda melhor...

“Este é o imenso jogo de xadrez que perdura, até hoje, sem vencedor,

mas agora já se consegue prever os primeiros movimentos,

finalizando em um cheque-mate que DETONE OS IMPACTOS

AMBIENTAIS ANTRÓPICOS PARA SEMPRE.”

As tentativas dessa casa sustentável ciclar no meio ambiente estão centradas na

tonalidade acrescida à ultimas palavras e frases do texto, por isso, se deve perseverar este.

Baseado na reinterpretação do ditado popular: “Uma Andorinha Só Não Faz Verão”

feita por BERNARDI, Itacir J., 2011.

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XLI. MARCIEL, Claudia, disponível em: http: //claudia.maciel@rmpress, Equipe RM

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Fernandes, 400 Informações à Imprensa RM Press | Assessoria de Imprensa

& Comunicação Estratégica Coordenação. Disponível em: http:

//www.feiravitech.com.br;

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