iniciaciÓn de las relaciones de mÉxico con...

41
INICIACIÓN DE LAS RELACIONES D E MÉXICO C O N EL VATICANO Antonio GÓMEZ ROBLEDO El Colegio Nacional LAS RELACIONES DIPLOMÁTICAS entre México y la Santa Sede se nos ofrecen en su origen, y por largo tiempo aún, domi- nadas por la gran cuestión del patronato español o regio pa- tronato indiano (según que nos refiramos al sujeto titular o al objeto de la institución), y no podríamos, por ende, en- tender adecuadamente los problemas que tuvieron ante nuestros primeros gobiernos independientes, sin delinear pre- viamente, en sus grandes rasgos por lo menos, la aludida ins- titución, una de las más típicas, por cierto, del Imperio es- pañol. Punto de partida necesario en esta cuestión, como en otras muchas concernientes al derecho público hispanoamericano, son las dos célebres bulas ínter caetera, promulgadas por el papa Alejandro vi el 3 y el 4 de mayo de 1493, Y e n * a s c u a " les, a los efectos allí mismo expresados, se delimitan las conquistas de España y Portugal mediante el trazo de una línea o meridiano ideal que se tiraría de polo a polo y que pasaría a cien leguas al occidente y mediodía de las islas llamadas de las Azores o de Cabo Verde. No debe preocuparnos aquí, por no ser atañente a nues- tro propósito, la hermenéutica de los puntos más difíciles, incansablemente controvertidos, de las bulas alejandrinas. Baste decir que las opiniones extremas en esta materia son dos. Por una parte, la del historiador austríaco Ludovico Pastor, según el cual no habría pretendido el papa transferir a los reyes de España y Portugal un dominio de que eviden- temente carecía, sino que habría actuado simplemente, en su

Upload: others

Post on 20-Apr-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

INICIACIÓN DE LAS RELACIONES DE MÉXICO C O N

EL VATICANO

Antonio GÓMEZ ROBLEDO El Colegio Nacional

L A S R E L A C I O N E S D I P L O M Á T I C A S entre M é x i c o y l a Santa Sede

se nos ofrecen en su or igen, y p o r largo t i e m p o aún, d o m i ­

nadas p o r l a g r a n cuestión d e l patronato español o regio p a ­

tronato i n d i a n o (según que nos ref iramos a l sujeto t i t u l a r o

a l objeto de l a institución), y n o podríamos, p o r ende, en­

tender adecuadamente los problemas que t u v i e r o n ante sí

nuestros p r i m e r o s gobiernos independientes , s i n de l inear pre­

viamente, en sus grandes rasgos p o r l o menos, l a a l u d i d a ins­

titución, u n a de las más típicas, p o r cierto, d e l I m p e r i o es­

pañol .

P u n t o de p a r t i d a necesario en esta cuestión, c o m o en otras

muchas concernientes a l derecho públ ico h i s p a n o a m e r i c a n o ,

son las dos célebres bulas ínter caetera, p r o m u l g a d a s p o r e l

p a p a A l e j a n d r o v i el 3 y el 4 de mayo de 1493, Y e n * a s c u a "

les, a los efectos allí m i s m o expresados, se d e l i m i t a n las

conquistas de España y P o r t u g a l m e d i a n t e e l trazo de u n a

l ínea o m e r i d i a n o i d e a l que se tiraría de p o l o a p o l o y q u e

pasaría a c ien leguas a l occidente y mediodía de las islas

l l a m a d a s de las Azores o de C a b o V e r d e .

N o debe preocuparnos aquí , p o r n o ser atañente a nues­

tro propósito, l a hermenéutica de los puntos más difíciles,

incansablemente controvert idos, de las bulas a le jandrinas.

Baste dec i r que las opin iones extremas en esta m a t e r i a son

dos. P o r u n a parte, l a d e l h i s t o r i a d o r austríaco L u d o v i c o

Pastor, según el c u a l n o habría p r e t e n d i d o e l p a p a transferir

a los reyes de España y P o r t u g a l u n d o m i n i o de q u e eviden­

temente carecía, s ino que habría actuado s implemente , en su

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 1 9

función t r a d i c i o n a l de N o t a r i o M a y o r de los Reyes, p a r a

autent icar solemnemente los títulos que p o r otros motivos

p u d i e r a n aquél los tener sobre las tierras descubiertas. L a otra

opin ión, en el extremo opuesto, es l a de aquel los que ven

e n las bulas u n a donación, l i sa y l l a n a , de soberanía, tras

de l o c u a l se dice, y con toda razón p o r cierto, que n i n g ú n

derecho tenía e l p a p a a d isponer de terr i tor ios que p o r con­

cepto a lguno le pertenecían. Esta segunda interpretación, p o r

l o demás, fue fe l izmente superada, desde el siglo x v i y dentro

de l a Iglesia católica, p o r el d o m i n i c o Francisco de V i t o r i a ,

e l c u a l , a l objetar el p r e t e n d i d o d o m i n i o t e m p o r a l d e l p a p a

sobre las tierras americanas, d i j o s in vac i lar que si t a l fuese,

e n hipótesis, e l sentido de las bulas, en esto n o había que

d a r oídos a l p a p a : In hoc papa non est audiendus. D e esta

l i b e r t a d i n t e r p r e t a t i v a h a n usado en general todos los exége-

tas, p o r católicos que sean, con respecto a u n d o c u m e n t o

que, según se reconoce unánimemente , n o compromete en

m o d o a l g u n o el magisterio e s p i r i t u a l de l a Iglesia, ya que,

c o m o observa L e t u r i a , " n i e l pontíf ice se dirigía autor i ta t i -

vamente a toda l a Iglesia, n i d i o alcance d o c t r i n a l a sus i n ­

tervenciones prácticas misionales y pol í t icas" . 1

E n t r e estas dos interpretaciones extremas, está otra que

nos parece haber sido l a más u n i f o r m e m e n t e aceptada, y se­

g ú n l a c u a l las bulas a le jandrinas serían fundamenta lmente ,

c o m o dice C a m i l o B a r c i a T r e l l e s , u n " m o n o p o l i o de p r e d i ­

c a c i ó n " que el p a p a habría confer ido, con jurisdicción vál ida

esta vez, en favor de españoles y portugueses a u n o y otro

l a d o del refer ido m e r i d i a n o , p a r a propagar l a fe en tierras de

infieles. L a s disposiciones d e l p a p a B o r j a n o se enderezarían

así contra los paganos, con el f i n de pr ivar les d e l d o m i n i o y

soberanía, s ino c o n t r a otros príncipes cristianos, en o r d e n a

e x c l u i r l o s , así c o m o a sus misioneros, de toda a c t i v i d a d evan-

ge l i zadora en esas regiones. A esto n o podían oponerse los

católicos, ya q u e tenían a l p a p a p o r a r b i t r o supremo de l a

predicación evangél ica en t o d o el m u n d o ; y p o r o t r a parte,

éste era ta l vez el designio p r i n c i p a l de F e r n a n d o e Isabel

a l gestionar las bulas. L o que en ellas se buscaba, según dice

L e t u r i a , " n o era u n t í tulo indispensable p a r a e l d o m i n i o

2 0 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

sobre los paganos, s ino l a patente de p r i o r i d a d exclusiva e n

o r d e n a otros cr i s t ianos" . 2 P a r a l o p r i m e r o , e n efecto, les

sobraban argumentos, p o r débiles que hoy p u e d a n parecer-

nos; p a r a l o segundo, en c a m b i o , les era menester apelar a

l a a u t o r i d a d d e l p a p a . E l p l e i t o , en suma, era con P o r t u g a l

y n o c o n los aborígenes ant i l lanos .

I m p u g n a b l e o n o l a interpretación a n t e r i o r en p u r a her­

menéutica t e x t u a l , es e l l a l a históricamente vál ida p a r a e l

asunto q u e estudiamos, y a q u e c o m o consecuencia de l m o ­

n o p o l i o de predicación, o como sus manifestaciones, e l p a p a

concede a los monarcas hispanos, en su respectiva esfera de

i n f l u e n c i a , dos gracias o p r i v i l e g i o s en que c o n razón se h a

visto en ciernes e l f u t u r o P a t r o n a t o de Indias . L a p r i m e r a ,

el derecho de presentación p a t r o n a l p a r a las dignidades ecle­

siásticas; l a segunda, e l derecho de p e r c i b i r efectivamente los

diezmos que en el f u t u r o devengaran las iglesias que fueran

constituyéndose, y que e l rey, p o r necesaria contraprestación,

f u n d a r a y dotara . Este ú l t imo p r i v i l e g i o , p a r a ser de l t o d o

precisos, se encuentra en o t r a b u l a , l a Eximiae devotionis,

c o m p l e m e n t a r i a de las ínter caetera, de l a m i s m a fecha, y

que f o r m a con ellas u n todo armónico.

T e n e m o s así, en suma, en los indicados documentos p o n ­

tif icios, los conceptos d e l P a t r o n a t o , según e x p l i c a L e t u r i a :

" E l rey f u n d a y dota; l a Iglesia reconoce a l f u n d a d o r y do­

tador, y c o m o a ta l le concede p a r t i c i p a r en los bienes de l a

iglesia f u n d a d a " . 8 C o n estos rasgos se presenta, con i n m e d i a ­

ta p o s t e r i o r i d a d a l d e s c u b r i m i e n t o de América , l a f u t u r a

Iglesia trasatlántica, con su r íg ida dependencia d e l t rono es­

pañol , q u e si en sus p r i n c i p i o s p u d o serle benéfica, acabó

más tarde p o r ser p r o f u n d a m e n t e noc iva . P o r algo están h o y

u n o e n c i m a de l otro, en u n a p e q u e ñ a iglesia de R o m a , e l se­

p u l c r o de A l e j a n d r o v i , que p o r su v i d a depravada n o mere­

ció el suntuoso m o n u m e n t o de otros pontífices, y e l de A l ­

fonso X I I I , e l ú l t imo rey de España.

P e r o si b i e n el patronato f luía n a t u r a l m e n t e de las conce­

siones d e l p a p a B o r j a , todavía recabaron los monarcas españo­

les, años después, otro d o c u m e n t o que más detenidamente

l o consagrase. Éste fue l a n o menos célebre b u l a Universalis

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 21

Ecclesiae, p r o m u l g a d a p o r J u l i o n e l 28 de j u l i o de 1508.

E n e l l a concede largamente e l p a p a R o v e r e , a los Reyes ca­

tólicos y a sus sucesores, e l derecho de presentación p a r a

todos los obispados y demás beneficios de las tierras descu­

biertas o p o r descubr ir en e l n u e v o m u n d o ; y p o r esto l a

l l a m a el doctor M e l ó " l a carta orgánica d e l derecho de pa­

t r o n a t o de los monarcas españoles en las iglesias de A m é r i c a " .

A n t e s de seguir adelante, digamos de paso que l a autent i ­

c i d a d de esta b u l a de J u l i o 11, h a sido i m p u g n a d a p o r el

p a d r e M a r i a n o C u e v a s , 4 en razón de que, según dice, n o se

h a encontrado hasta hoy e l o r i g i n a l de l d o c u m e n t o n i en el

B u l a r i o M a g n o n i en el Corpas Inris Canonici, y p o r otra

p a r t e (es el segundo argumento) , n o se comprende cómo en

u n a b u l a de 1508 p u e d a hablarse de l a " N u e v a España" , n o m ­

b r e que n o aparece s ino hasta e l año de 1519, con l a v e n i d a

de Cortés.

Fuertes como son estos argumentos, e l padre L e t u r i a h a

creído poder refutarlos, a d u c i e n d o el hecho, en p r i m e r l u ­

gar, de que p o r i n f o r t u n a d a que puede ser l a fa l ta d e l do­

c u m e n t o en los archivos o colecciones d o n d e debía f igurar ,

n o puede dudarse de su existencia si l a a b o n a n otras pruebas

extrínsecas, c o m o el test imonio de los contemporáneos a l re­

ferirse a e l la , s i n objeción en contrar io . E n cuanto a l n o m ­

b r e de " N u e v a E s p a ñ a " , se refiere en l a b u l a , s in n i n g u n a

d u d a posible , a u n a i s l a q u e fue precisamente l a m a t r i z de l a

Iglesia amer icana , y que se l lamó l a Española (Santo D o ­

m i n g o después), p o r l o que es m u y verosímil e l error d e l

redactor de l a b u l a a l haber alterado este n o m b r e , p o n i e n d o

e n su l u g a r e l o t r o tan semejante, y en n i n g ú n caso se t u v o en

c u e n t a l o que después fue, rea l y verdaderamente, l a N u e v a

España. Estos argumentos los h a aceptado en M é x i c o e l pa­

d r e García Gut iérrez . 5

L a cuestión de l a a u t e n t i c i d a d , p o r l o demás, en n a d a afec­

ta a l a v i g e n c i a efectiva de l patronato c o m o institución v i v i d a

y aceptada p o r l a Iglesia y el Estado en España y América .

" D e todas maneras — c o n c l u y e el m i s m o C u e v a s — y a u n po­

niéndonos en e l peor caso de que n o hubiese exist ido ( la

b u l a misma) es i n d u d a b l e que l a aquiescencia de los pontí-

2 2 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

fices, y e l h a b e r l a supuesto cómo base de tantas concesiones,

l a hacían jur ídicamente vál ida y como sanada in radice'\Q

L a presentación de candidatos p a r a dignidades y benefi­

cios eclesiásticos (en l a práctica e l n o m b r a m i e n t o efectivo,

como l o p r u e b a n , con muchos otros, los casos de los obispos

"electos" Zumárraga y A b a d y Q u e i p o ) y l a secularización

de los diezmos, n o fueron las únicas manifestaciones del P a ­

tronato, n i " e l único m e d i o con que el poder c i v i l contaba

p a r a avasallar l a Iglesia" , como m u y b i e n dice el señor G a r ­

cía Icazbalceta. 7 E n t r e las otras regalías en que proli feró

a b u n d a n t e m e n t e l a institución, cabe m e n c i o n a r en especial

l a prohib ic ión legal de dar curso a las bulas, breves y res­

criptos pont i f i c ios , si n o l l e v a b a n el "pase" p r e v i o del C o n ­

sejo de I n d i a s . 8

Se h a h a b l a d o en l a h i s t o r i a d e l papocesarismo de ciertos

pontífices como G r e g o r i o v i l o Inocencio n i ; pero con l a

m i s m a p r o p i e d a d podría hablarse del césaropapismo de los

reyes de España. P o r algo procuró l a Iglesia, en cuanto p u d o

hacerlo, sacudirse t a n ominoso yugo, y a este designio res­

p o n d e e l establecimiento, en e l año de 1622, de l a Congre­

gación de Propaganda Fide, con objeto de ins taurar l a evan-

gelización directamente p o n t i f i c i a en aquel los países que a ú n

estuvieran l ibres d e l patronato . R e c o r d a n d o estos cambios de

táctica en el desempeño de su misión apostólica, y las d i f i ­

cultades que h u b o de vencer l a Iglesia, o c u a n d o n o podía

más, acomodarse forzadamente a las circunstancias, decía l o

s iguiente e l p a p a Pío x n : " L a difusión de l r e i n o de D i o s se

c u m p l i ó en cada siglo de m o d o diverso, con diferentes medios

y c o n múlt iples y duros combates".

El problema en la América española. C o n estos antece­

dentes, es fácil c o m p r e n d e r e l c ú m u l o de problemas de o r d e n

re l ig ioso y pol ít ico que l a emancipación h i s p a n o a m e r i c a n a

p l a n t e a b a en cada u n o de los nuevos Estados, y p o r o t r o

lado, a l a Santa Sede; y todo a causa de l a institución d e l

patronato , que convertía a l rey de España en m e d i a d o r o b l i ­

gado en las relaciones entre los pr imeros y l a segunda.

I m p o r t a recalcar que el p r o b l e m a fue específico y p r i v a -

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 2 3

t ivamente p r o p i o de l a A m é r i c a española. L a i n d e p e n d e n c i a

de los Estados U n i d o s , en efecto, n o h a b í a sido p a r a R o m a

n i n g ú n p r o b l e m a polít ico, tanto p o r q u e e l r e c o n o c i m i e n t o de

I n g l a t e r r a t u v o l u g a r m u y p r o n t o (1^83), c o m o p o r q u e su

m i s m o rey, jefe a su vez de u n a iglesia separada de R o m a , n o

tenía evidentemente n i n g ú n p r i v i l e g i o p a t r o n a l sobre l a cris­

t i a n d a d católica norteamer icana . E n estas condiciones, fue

fácil proveer las vacantes de l a jerarquía católica s in confl ic­

tos de n i n g u n a especie con las nuevas autoridades políticas; y

esta i n d e p e n d e n c i a c o m p l e t a entre e l Estado y l a Iglesia, m a n ­

t e n i d a hasta hoy, es s i n d u d a u n o de los factores que más

h a n c o n t r i b u i d o a l i n c r e m e n t o asombroso d e l catol ic ismo en

los Estados U n i d o s .

E n e l B r a s i l sí había patronato , ya q u e P o r t u g a l había

seguido en esto l a m i s m a l ínea q u e España; pero como l a

metrópol i reconoció m u y luego, en 1825, l a i n d e p e n d e n c i a

de su a n t i g u a c o l o n i a (consumada en 1822), p u d o a su vez

hacer otro tanto e l p a p a L e ó n x n , y r e c i b i r en 1826, s in pro­

testas de nadie , a l embajador d e l n u e v o I m p e r i o d e l B r a s i l .

¿Qué i b a a hacerse, en c a m b i o , ante l a i rrevocable secesión

de todo u n m u n d o católico, cuyo a n t i g u o soberano tempo­

r a l , y p o r añadidura p a t r o n o de sus iglesias, se opuso hasta

l a muerte a su reconocimiento?

L a solución, en teoría, n o parecía tan difícil. S i verda­

deramente los papas que r e i n a r o n en a q u e l l a c o y u n t u r a his­

tórica: P í o v i l , y luego L e ó n x n y P ío VIII, h u b i e r a n estado

a l a a l t u r a c o m p l e t a de su misión apostólica, d e b i e r o n ha­

berse aprovechado de l a ocasión que se les b r i n d a b a p a r a

e x i m i r s e de l a s e r v i d u m b r e d e l patronato (si l o habían con­

c e d i d o podían revocarlo, y m á x i m e que era de entera apl ica­

c ión el p r i n c i p i o de rebus sic stantibus), y en c u a l q u i e r hipó­

tesis, p o r ú l t imo, d e b i e r o n haber antepuesto su deber pastoral

p a r a con l a c r i s t i a n d a d americana, a todo otro respeto o com­

p l a c e n c i a de carácter pol í t ico p a r a con F e r n a n d o v n .

Q u e todo esto era posible y debido, l o había i l u s t r a do

magní f icamente el arzobispo de Caracas, d o n N a r c i s o C o l l y

P r a t , e l c u a l , c o n ser i n c l u s o de n a c i o n a l i d a d española, c o m ­

p r e n d i ó que las obl igaciones con su sede estaban p o r e n c i m a

24 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

de las que tenía c o n su rey, y en este e n t e n d i m i e n t o , n o va­

ciló e n j u r a r l a constitución republicana q u e se h a b í a dado l a

J u n t a r e v o l u c i o n a r i a de Caracas, e l 2 de m a r z o de 1811, en p le­

n a guerra de i n d e p e n d e n c i a , p o r l o tanto, c u a n d o a ú n era t a n

inc ier ta l a suerte de las armas. M e r e c e n recordarse, a ú n hoy ,

las palabras que p r o n u n c i ó en descargo de su a c t i u d , a saber:

Sin caer en la herej ía como Montesquieu, no puede decirse que el catolicismo conviene más a una monarquía y el protes­tantismo a una república. E l Hijo de Dios no se presentó en el mundo para levantar imperios, monarquías ni repúblicas, sino para hacer de todos los pueblos uno solo a quien revelar los secretos de la divinidad, y que, a pesar de la diversidad de idiomas, costum­bres y gobiernos, tuviese una misma ley y una misma moral. Por esto su Iglesia se acomoda a todas las formas que se quieran dar a un Estado, con tal que su doctrina sea en él respetada, sus cá­nones guardados y nadie, sin su intervención, altere por sí mismo la disciplina que la tradición, los Padres y los Concilios han man­tenido.9

Desgraciadamente n i n g u n o de los tres papas q u e antes

hemos n o m b r a d o , tuvo n i de lejos e l temple apostólico d e l

g r a n arzobispo de Caracas. T o d a v í a P í o v n , a l e x p e d i r su

Breve l e g i t i m i s t a de 30 de enero de 1816, " r e c o m e n d a n d o c o n

el mayor a h i n c o l a f i d e l i d a d y o b e d i e n c i a " a F e r n a n d o v n ,

p u d o tener c ierta excusa p a r a esta ac t i tud , y a q u e en esa fe­

cha, con l a sola excepción sustancial de las P r o v i n c i a s d e l

R í o de l a P l a t a , en todo el resto de l a A m é r i c a española

parecía estar de f in i t ivamente sofocada l a revolución de inde­

pendencia . Pero las circunstancias eran d e l todo distintas,

como salta a l a vista, a l suscr ibir su sucesor, L e ó n x n , el i n ­

f o r t u n a d o Breve o Encícl ica Etsi iam diu, d e l 24 de septiem­

bre de 1824, de t a n t remendo i m p a c t o en las nuevas repúbli­

cas hispanoamericanas.

C o m o l a p r i m e r a misión diplomática que M é x i c o envió

a R o m a se v i o ostaculizada, desde sus comienzos, p o r e l su­

sodicho Breve , creemos ser éste e l l u g a r p r o p i o p a r a exami­

n a r serenamente su c o n t e n i d o y dar cuenta de las peripecias,

t a n interesantes y dramáticas p o r l o demás, que d e t e r m i n a r o n

su promulgación.

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 2 5

La Encíclica "Etsi iam diu". P o r más que, como q u e d a

d i c h o , n o p u e d a justif icarse l a c o n d u c t a d e l P a p a en este par­

t i c u l a r , sí p u e d e expl icarse (y éste es, después de todo, e l

p r i n c i p a l c o m e t i d o d e l h is tor iador) en función de l a sitúa-

c ión histórica y de l a psicología de los personajes q u e inter­

v i n i e r o n en este negocio.

P o r l o que se refiere a l a p r i m e r a , es v e r d a d que p a r a este

ario de 1824 e r a Y a i n d e p e n d i e n t e en su m a y o r parte l a Amé­

r i c a española, pero en e l v i r r e i n a t o d e l Perú, n a d a menos,

h a b í a tenido l u g a r u n a vigorosa reacción de las armas realis­

tas, y n o fue s ino e l 9 de d i c i e m b r e d e l m i s m o año c u a n d o

se l ibró l a b a t a l l a de A y a c u c h o , a l f i n a l de l a c u a l e l v i r r e y

L a Serna, en u n i ó n de catorce generales, entregó su espada

e n manos de Sucre, y que, p o r tanto, puso d e f i n i t i v a m e n t e

f i n a l poder español en el C o n t i n e n t e . E n l a fecha d e l Breve

l e o n i n o , p o r l o m i s m o , había a ú n cierta esperanza de que el

curso de los acontecimientos p u d i e r a v i r a r en favor de Fer­

n a n d o v n , y p o r l o m i s m o también, u n a apelación a l senti­

m i e n t o de l e a l t a d a l m o n a r c a n o estaba aún d e l todo fuera

de l a r e a l i d a d .

Esto p o r e l l a d o de América . E n E u r o p a , a su vez, l a Santa

A l i a n z a parecía estar en su apogeo, habiéndose anotado su

ú l t i m o t r i u n f o c o n l a restauración d e l absolut ismo de Fer­

n a n d o v n (28 de septiembre de 1823), c o m o resultado de l a

intervención m i l i t a r d e l ejército francés a l m a n d o d e l d u q u e

de A n g u l e m a . E l sistema represivo, p o r tanto, acreditaba su

e f ic iencia , y m u c h o s se i l u s i o n a r o n con l a idea de que l o que

h a b í a sido pos ib le en l a España p e n i n s u l a r l o fuese también

e n l a España trasatlántica, o sea e l r e d u c i r los subditos re­

beldes a l a o b e d i e n c i a d e l rey absoluto. P a r a esto haría fa l ta

s i n d u d a algo más q u e u n paseo m i l i t a r de los hijos de San

L u i s ; haría f a l t a l a contr ibución de todas las fuerzas de l a

S a n t a A l i a n z a , pero esta coalición parecía u n i d a y poderosa,

p o r l o menos e n las potencias continentales, y p o r más q u e

I n g l a t e r r a f r u n c i e r a e l ceño ante estos proyectos de recon­

q u i s t a y a u n l legara a amenazar con el r e c o n o c i m i e n t o de las

repúbl icas de América .

H o y sabemos m u y b i e n , p o r documentos decisivos, q u e to-

20 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

das estas i lusiones n o eran más q u e eso, y que ya para octu­

bre de 1823 C a n n i n g había l o g r a d o q u e F r a n c i a desistiera

f o r m a l m e n t e de mezclarse en esas aventuras; pero n o todos

entonces conocían esos documentos n i estaban completamente

a l tanto de las negociaciones secretas entre las Cancil lerías.

C o m o l o reveló después, con l u j o de detalles, l a h is tor ia i n ­

terna de l a D o c t r i n a M o n r o e , en W a s h i n g t o n esperaban d e

u n m o m e n t o a otro l a invasión u l t r a m a r i n a de los Santos

A l i a d o s , y es m u y p r o b a b l e que u n a impresión análoga pre­

valeciera en l a corte de R o m a . Esta impresión, además, n o

carecía de l todo de f u n d a m e n t o , pues h o y sabemos que ape­

nas p o r l a oposición resuelta de Cast lereagh p r i m e r o , y d e

C a n n i n g después, a b a n d o n ó R u s i a el proyecto de u n a inter­

vención a r m a d a c o n j u n t a en favor de l a reconquista espa­

ñola, y q u e o f ic ia lmente h izo l a propuesta en este sentido e l

conde de Nesselrode, M i n i s t r o de Relac iones , en conversación

que tuvo con L a Ferronnays , M i n i s t r o de F r a n c i a en San

Petersburgo, en mayo de 1824. 1 0

D e n t r o de este ambiente , acababa de ser exal tado a l so l io

p o n t i f i c i o , a l a muerte de P í o v i l , e l cardenal A n n i b a l e d e l l a

G e n g a , q u i e n tomó el n o m b r e de L e ó n x n . A h o r a b i e n , e l

nuevo p a p a descollaba en el p a r t i d o de los " z e l a n t i " , l a fac­

ción ul traconservadora, como si dijéramos, d e n t r o d e l V a ­

t icano, opuestos a l p a r t i d o más l i b e r a l y c o n c i l i a d o r q u e

a c a u d i l l a b a el cardenal C o n s a l v i , q u i e n había s ido el Se­

cretario de Estado de P í o v n . E n t r e ambos personajes, ade­

más: C o n s a l v i y D e l l a G e n g a , había t e n i d o lugar , años atrás,

u n c h o q u e v i o l e n t o , en e l que e l segundo había echado en

cara a l p r i m e r o los miramientos que había tenido con los

gabinetes l iberales de M a d r i d . Parecía i n d u d a b l e , p o r tanto ,

que l a carrera públ ica de C o n s a l v i había c o n c l u i d o y que l a

pol í t ica v a t i c a n a i b a a inc l inarse u n a vez más h a c i a e l abso­

l u t i s m o monárquico .

L e ó n x i i , s i n embargo, en e l acto de aceptar l a o b l i g a d a

r e n u n c i a de C o n s a l v i a l a Secretaría de Estado, t u v o con él

l a cortesía de pedir le que le expusiera los problemas i n t e r n a ­

cionales más apremiantes y su cr i ter io personal sobre su solu­

ción. A c c e d i e n d o a este r e q u e r i m i e n t o , y a l referirse a l pro-

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO

b l e m a h ispanoamer icano, e l cardenal d i m i s i o n a r i o h izo ver

a l pontífice, con todo v a l o r y decisión, l a necesidad urgente

que había de preconizar cuanto antes obispos p a r a las nume­

rosas sedes vacantes en aquel los países, añadiendo que de l o

c o n t r a r i o , los que a lgún día l l e g a r a n al lá encontrarían, en

l u g a r de católicos, metodistas o presbiterianos, c u a n d o n o

nuevos adoradores de l sol. "Santo padre — t e r m i n ó diciéndo-

l e — sois amigo personal d e l G a b i n e t e de M a d r i d . V u e s t r a

S a n t i d a d sabrá c o n c i l i a r l a t e r n u r a de l a g r a t i t u d con los de­

beres d e l pontí f ice" .

" E n estas frases — c o m e n t a L e t u r i a — de u n a transparen­

c i a e intención maravi l losas, estaba retratado el d r a m a inte­

r i o r que atormentó a L e ó n x n en todo su p o n t i f i c a d o : su

mente y concienc ia grav i taban h a c i a Hispanoamérica; su co­

razón hac ia M a d r i d " . 1 1 Y p a r a v i g i l a r que el corazón de l

pontíf ice n o fuera a l a t i r en o t r a dirección, estaba e l emba­

j a d o r de España, d o n A n t o n i o Vargas L a g u n a .

A n t e l a f i g u r a de este gran diplomático español, con todo

el daño que nos hizo, debe u n o inc l inarse con respeto, como

ante todo h o m b r e q u e t iene e l v a l o r de sus convicciones, y

p o r m u c h o que estemos en contra de ellas. C o n o c i e n d o b i e n

su ideología absolutista, el gobierno l i b e r a l de 1820 n o sólo

decretó su cese como embajador de España ante l a corte ro­

m a n a , puesto que desempeñaba hacía largos años, s ino que

l o segregó " d e l n ú m e r o de los españoles". Pero en l u g a r de

buscar acomodarse con los hombres de l poder, como tantos l o

h i c i e r o n , Vargas L a g u n a aceptó val ientemente e l destierro y

l a privación de su n a c i o n a l i d a d ; p o r t o d o l o cua l , a l a res­

tauración de l absolut ismo en España, fue repuesto a su vez

e n su embajada de R o m a , y n o sólo, s ino que en p r e m i o de

s u lea l tad, F e r n a n d o v n le otorgó, así como a su descenden­

c i a , el t í tulo de Marqués de l a C o n s t a n c i a .

D e esta v i r t u d d i o nuevas y eficaces pruebas Vargas L a ­

g u n a , u n a vez re instalado en su puesto, a l gestionar tenaz­

m e n t e ante el nuevo papa, con q u i e n además l levaba u n a

a n t i g u a y estrecha amistad personal , l a expedición de u n

breve o encíclica d i r i g i d a a l a jerarquía americana, d e l m i s m o

tenor que el o t r o Breve Etsi longissimo de P ío v n , es decir

2 8 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

r e c o m e n d a n d o l a f i d e l i d a d y o b e d i e n c i a a F e r n a n d o v n . T a l

c o m o salió el d o c u m e n t o (y hoy conocemos su h i s t o r i a i n t e r n a

casi p u n t o p o r p u n t o y c o m a p o r coma), representa l a resul­

tante d e l forcejeo entre e l embajador y el p a p a , aquél p u g ­

n a n d o p o r obtener e l m á x i m o p a r a su soberano, y éste p o r

conceder el m í n i m o , pues a l f i n tenía concienc ia de que n o

debía prestar su d i g n i d a d a u n a m a n i o b r a polít ica. N o es

pos ib le entr ar a q u í en todos los pormenores de esta l u c h a t a n

patética en l a h i s t o r i a d e l papado, pero sí p o n e r de rel ieve los

q u e más c o n t r i b u y e n a esclarecer e l d o c u m e n t o m i s m o .

E l p r i m e r proyecto d e l Breve Etsi iam din, q u e c o n extre­

m a d a obsequios idad de su parte, sometió e l p a p a a l a consi­

deración de l embajador, se mantenía , como se l o habían

recomendado u n á n i m e m e n t e los c inco cardenales a quienes

consultó, en e l p l a n o general de encarecer los bienes morales

resultantes de l a paz y d e l o r d e n (sulgenerale del bene della

pace e dell'ordine), y evi taba a t a l p u n t o entrar en l a cues­

tión polít ica, q u e n i s i q u i e r a m e n c i o n a b a a España n i a su

rey. L o s c inco p u r p u r a d o s , en efecto, le habían hecho ver

a l pontíf ice q u e n o debía p o r n i n g ú n m o t i v o decir n a d a que

p u d i e r a h e r i r a gobiernos que " p u e d e n ser en pocos años

potencias reconocidas, y en las cuales, l o m i s m o que en otras,

p u e d a n conservarse y a u n erigirse iglesias florecíentísimas".

C o m o era n a t u r a l , u n texto tan ju ic ioso pero de t a n poca

u t i l i d a d p a r a sus intereses, le pareció a Vargas L a g u n a ser

algo d e l todo insulso, y l levó su irritación hasta e l p u n t o

de c a l i f i c a r l o , con m u y poco respeto p o r cierto, de " c a l d o de

fr i jo les" (brodo di fagioli). Y fue entonces c u a n d o m o v i l i ­

zando a todos sus amigos dentro y fuera de l V a t i c a n o , entre

ellos a los embajadores de A u s t r i a y de R u s i a , y m u y pro­

bablemente amenazando a l P a p a c o n el pe l igro de u n a posi­

b le r u p t u r a con el gobierno de M a d r i d , logró a l f i n l a inser­

ción en e l breve de a q u e l fatídico párrafo que c o n razón

l l a m a b a Vargas, desde su p u n t o de vista n a t u r a l m e n t e , él

"párrafo interesante", y que en su traducción castel lana p u b l i ­

cada en l a Gaceta de M a d r i d , dice como sigue:

Pero ciertamente nos lisonjeamos de que un asunto de entidad

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 29

tan grave tendrá por vuestra influencia, con la ayuda de Dios, el feliz y pronto resultado que Nos prometemos, si os dedicáis a esclarecer ante vuestra grey las augustas y distinguidas cualidades que caracterizan a nuestro muy amado hijo Fernando, rey cató­lico de las Españas, cuya sublime y sólida virtud lo hace antepo­ner al esplendor de su grandeza el lustre de la religión y la fe­licidad de sus subditos; y si con aquel celo que es debido, expo­néis a la consideración de todos, los ilustres e inaccesibles méritos de aquellos españoles residentes en Europa, que han acreditado su lealtad, siempre constante, con el sacrificio de sus intereses y de sus vidas, en obsequio y defensa de la religión y de la potestad legítima.

Se c o m p r e n d e luego p o r qué, en presencia de este exabrup­

to p o n t i f i c i o en panegírico de F e r n a n d o v n , t a n p r o n t o c o m o

l a encíclica p u d o ser leída en M é x i c o y en los demás países

h ispanoamericanos , haya h a b i d o muchos que se i n c l i n a r a n a

tenerla , en esta parte a l menos, p o r apócrifa, y más t e n i e n d o

e n cuenta que c o m o decía entre nosotros el padre M i e r , " n o

se nos h a c o m u n i c a d o l a encíclica p o r a l g u n a v ía auténtica,

s i n o únicamente p o r l a Gaceta de M a d r i d , c o n d u c t o sospe-

chosísimo". E n seguida, y con su gracejo h a b i t u a l , e l m i s m o

fray Servando l a comentaba de este m o d o , s i n dar le m a y o r

i m p o r t a n c i a :

Es una mera carta de cumplimiento escrita en guirigay místico, o más clarito: es una gatada italiana de aquellas con que la corte de Roma se suele descartar de los apuros y compromisos en que la ponen las testas coronadas, y de cuyo juego de manos son los primeros a burlarse aquellos astutos áulicos.12

D e j a n d o p a r a después e l estudio de l a reacción d e l go­

b i e r n o m e x i c a n o , y s i n sa l i r p o r a h o r a d e l d o c u m e n t o mis­

m o , su sola l e c t u r a demuestra l o que p o r v ía más directa sa­

bemos hoy, o sea que e l "párrafo interesante" está all í c o m o

u n parche o r e m i e n d o z u r c i d o después sobre u n texto que n o

g u a r d a con él n i n g u n a armonía. As í l o hace ver, c o n otros,

e l padre Cuevas a l decir l o siguiente:

Aunque tuviésemos todas estas frases por meras cortesías de valor histórico entendido ¿dónde está la lógica de este párrafo? Para que las naciones se corrigieran de tan graves males morales

3 0 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

con una curación feliz y pronta por añadidura ¿tendrían sufi­ciente eficacia las recomendaciones de esas regias, sólidas y subli­mes virtudes? ¿Los tres decrépitos obispos de Nueva España y los escasísimos en el resto de toda la América, podr ían acometer tan ardua y dudosa misión? La respuesta a todas estas preguntas es única: el Papa no pudo firmar este párrafo si no es que se le haya presentado de una manera subrepticia. E l cómo y el cuándo, queda a discusión.13

L a discusión h a t e r m i n a d o , nos parece, después de l a i n ­

vestigación exhaust iva d e l padre L e t u r i a , con las conclusio­

nes antes indicadas. E l p a p a conoció el párrafo y l o aprobó,

pues de l o c o n t r a r i o n o h u b i e r a estampado, de su p u ñ o y

letra , e l Placet consiguiente (sin cuyo r e q u i s i t o n o salen d e l

V a t i c a n o los documentos de este género), pero l o h izo p o r

presión y bajo l a amenaza d e l embajador de España. A h o r a

b i e n , esta c i rcunstancia , si n o descarga su r e s p o n s a b i l i d a d (por

apl icación de l p r i n c i p i o de que voluntas coacta etiam volun­

tas est), sí es de i n a p r e c i a b l e v a l o r en l a h i s t o r i a d iplomática ,

p o r q u e i n d i c a que l a v o l u n t a d antecedente d e l P a p a estaba

más en favor de nosotros, a pesar de todo, que d e l rey de Es­

paña, y q u e había de pasar de v o l u n t a d antecedente a v o l u n ­

tad consecuente y efectiva en cuanto p u d i e r a ex imirse de aque­

l las urgencias que sobre él pesaban. Y esto fue l o que, p o r

más que n o conocieran l a génesis de l documento , s u p i e r o n

ver los políticos y diplomáticos hispanoamericanos , es decir

que R o m a n o había fa l lado d e f i n i t i v a m e n t e contra ellos, s ino

que todavía p o d í a n esperar u n a m u d a n z a favorable. P o r esto

p r o s i g u i e r o n en sus gestiones diplomáticas, s i n arredrarse p o r

aquel las expresiones que con tanta razón, tomadas en sí mis­

mas, cons ideraron lesivas de su h o n o r n a c i o n a l .

E n l o que sí, p o r el contrar io , h u b o alteración dolosa d e l

texto l a t i n o de l a encíclica, en l a traducción castel lana p u ­

b l i c a d a en l a gaceta madri leña, fue en dos expresiones. L a

p r i m e r a , e n cuanto a añadir el geni t ivo "de l a r e b e l i ó n " a l

sustantivo "c izaña", que en el texto l a t i n o tiene e l sentido

general , c o m o en e l E v a n g e l i o , de d iscordia o desavenencia, y

n o d e n o t a n i remotamente u n a subversión polít ica. L a se­

g u n d a , e n el párrafo en que se h a b l a de l a c o n c o r d i a q u e

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO

i n s p i r a D i o s entre los príncipes, en t r a d u c i r " c o n c o r d i a " p o r

" a l i a n z a " , con l o c u a l parecía el p a p a d a r su aprobación a

l a Santa A l i a n z a . Es de creerse que a q u e l l a interpolación y

esta alteración, obedecieron a l propósito de que e l "párrafo

interesante" asumiera c ierta congruencia — y a que los traduc­

tores se percataban b i e n q u e n i n g u n a t e n í a — c o n el resto de

l a encíclica. E r a n dos palabras apenas, pero de ta l ubicación

y naturaleza q u e d a b a n u n sentido d i s t i n t o a todo el contexto.

P o r este lado, pues, n o erró de l todo el i n s t i n t o crítico de los

lectores h ispanoamericanos , a l sentir q u e all í había algo

apócri fo o adul terado; a lgo en contradicción con otras dispo­

siciones del pontíf ice de que p o r otros documentos les cons­

taba.

P o r úl t imo, h u b o también u n a e n m i e n d a notable d e l tex­

to p r i m i t i v o (aunque n o en España, s ino en R o m a ) , en cuanto

q u e éste estaba d i r i g i d o tan sólo a los obispos de l a Amér ica

meridional: Episcopis Americae meridionalis, probablemente

p o r q u e l a i n d e p e n d e n c i a de M é x i c o era u n hecho t a n cla­

moroso , que e l p a p a consideró ofensivo p a r a nosotros, o en

t o d o caso inút i l , recomendarnos l a f i d e l i d a d a F e r n a n d o v n .

C o m o era de esperarse también, Vargas L a g u n a m o v i ó todas

sus inf luencias hasta lograr l a supresión d e l susodicho adje­

t i vo , con el objeto de que los obispos mexicanos q u e d a r a n

i n c l u i d o s entre los destinatarios de l a encíclica.

L a m e n t a b l e como fue esta supresión, y n u e v a p r u e b a de

l a d e b i l i d a d d e l papa, e l inc idente demuestra que es falso

l o asentado p o r d o n E n r i q u e Olavarr ía y F e r r a r i , a l decir que

sólo contra M é x i c o fue enfocada l a encíc l ica . 1 4 A p a r t e de

q u e n o h u b o de parte de l p a p a n i n g u n a enemistad especial

c o n t r a México , antes todo l o c o n t r a r i o , es igua lmente o b v i o

q u e el d o c u m e n t o p o n t i f i c i o n o se habría l l a m a d o encíclica

o c i r c u l a r (términos d e l todo sinónimos, según que se d i g a

e n griego o en latín) si h u b i e r a t e n i d o u n solo dest inatario ,

y no, como fue el caso, u n a vasta p l u r a l i d a d de dignatar ios

eclesiásticos.

Olavarr ía se f u n d a también, p a r a su tesis de l a d i s c r i m i ­

n a c i ó n p a p a l c o n t r a México , en que C o l o m b i a tuvo obispos

antes que nosotros, pero esto obedeció s implemente , c o m o l o

3 2 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

veremos después, a l a diferente táctica, más acomodat ic ia , se­

g u i d a p o r su agente diplomático.

La discusión del patronato en México. V e a m o s y a a h o r a

cómo se art iculó en M é x i c o nuestra p r i m e r a misión diplomá­

t ica ante l a Santa Sede; misión t a n l l e n a de peripecias, p o r

las di f icultades sobre todo que h u b o de encontrar en R o m a

después de l a expedic ión de l a m a l h a d a d a encíclica l e o n i n a .

Se recordará cómo desde el 29 de d i c i e m b r e de 1821, l a

C o m i s i ó n de Relac iones Exter iores h a b í a recomendado a

l a J u n t a G u b e r n a t i v a de l I m p e r i o el envío i n m e d i a t o de u n a

legación q u e fuera a R o m a :

A prestar directamente la obediencia en lo espiritual al Sumo Pont í f i ce . . . y también para arreglar los puntos gravísimos de dis­ciplina, que son necesarios para el mejor gobierno de la Iglesia mexicana. Tales son —continuaba diciendo el Dictamen— la presentación de los arzobispos, obispos y demás beneficios ecle­siásticos.^

E n estas palabras está p l a n t e a d o e l p r o b l e m a , s i n d u d a

"grav ís imo" , d e l patronato , con relación a l c u a l se ofrecía

en p r i m e r término, como dice e l h i s t o r i a d o r Ramírez C a ­

banas:

La división entre los regalistas y los defensores de la Iglesia, puesto que mientras los primeros sustentan que se trata de un derecho inherente a la soberanía, los segundos afirman que el pa­tronato no es más que el ejercicio de un derecho obtenido por concesión apostólica.^

N o tenemos n a t u r a l m e n t e p o r q u é entrar aquí en los mé­

ritos intrínsecos de u n a y o t r a interpretación, s ino l i m i t a r n o s

apenas a exponer objet ivamente cómo u n a y o t r a f u e r o n

abrazadas en México , cuál fue l a q u e prevaleció, y los efectos

prácticos q u e tuvo esta decisión.

P o r l a interpretación regalista estuvieron, como era l o más

n a t u r a l , los juristas consejeros de l a J u n t a G u b e r n a t i v a . E n

consecuencia, y a l subrogarse M é x i c o en todos los derechos

de l a C o r o n a española que t u v i e r a n de a lgún m o d o p o r obje-

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 3 3

to e l t e r r i t o r i o n a c i o n a l , e l derecho de p a t r o n a t o pasaba, ipso

iure, a l n u e v o Estado, y toda negociación con l a Santa Sede

e n este p a r t i c u l a r , era apenas u n a deferencia, de parte nues­

t r a , p a r a hacerle reconocer l o que p o r derecho nos pertene­

cía, y r e g l a m e n t a r e l ejercicio de l p a t r o n a t o dentro de u n

espíritu de a m i s t a d y c o n c o r d i a p o r ambas partes. As í se des­

prende, c o n t o d a c l a r i d a d , de l o que a este respecto dice l a

C o m i s i ó n :

E l patronato laical y real que ejercían los reyes de España se ha transferido en la nación mexicana en el hecho de haberse cons­tituido independiente... E l patronato es regalía de la dignidad real y no circunstancia de la persona... Se deduce de estos prin­cipios que sostienen los principales autores indianos, que subsis­tiendo la nación mexicana, le pertenece el patronato, el que ejer­cerá al Emperador a su advenimiento al trono y entretanto la Re­gencia del Imperio... Entre tanto se arregla en Roma este nego­ciado, debe subsistir el patronato sin novedad, por la razón que exponen los autores.i?

P o r l a o t r a interpretación estuvo, como era m u y n a t u r a l

también, l a Iglesia m e x i c a n a , que v i o en l a I n d e p e n d e n c i a

u n a o p o r t u n i d a d i n a p r e c i a b l e de recuperar l a l i b e r t a d de que

l a había p r i v a d o e l p a t r o n a t o español. A decir verdad, fue el

g o b i e r n o m i s m o , c o n encomiable i m p a r c i a l i d a d , e l q u e espon­

táneamente solicitó en esté p u n t o , p a r a contrastarlo c o n el

d e sus p r o p i o s consejeros, e l parecer de las autoridades ecle­

siásticas. E l 1 9 de octubre de 1 8 2 1 , I t u r b i d e , en n o m b r e de

l a Regenc ia , consultó a l arzobispo de México , d o n P e d r o

F o n t e , " a f i n de que le e x p o n g a cuanto crea conveniente a

l l e n a r a q u e l objeto ( la provisión de beneficios eclesiásticos),

sa lvando l a regal ía d e l patronato , Ínterin se arregla este p u n ­

to con l a Santa Sede".

N o q u e r i e n d o resolver p o r sí m i s m o tan grave cuestión,

c o n v o c ó e l arzobispo a u n a J u n t a Interdiocesana, a l a que

c o n c u r r i e r o n , c o n él m i s m o , los obispos de P u e b l a , V a l l a d o -

l i d , G u a d a l a j a r a , Oaxaca , M o n t e r r e y , D u r a n g o y Sonora. P o r

u n a n i m i d a d de sus mie mbro s , y con fecha 11 de marzo d e

1822, l a J u n t a resolvió l o siguiente:

3 4 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

Por la independencia del Imperio cesó el uso del patronato que en sus iglesias se concedió por la Silla Apostólica a los reyes de E s p a ñ a . . . Para que lo haya en el supremo gobierno del Im­perio sin peligro de nulidad en los actos, es necesario esperar igual concesión de la misma Santa Sede.

S i n t o m a r aún p a r t i d o en l a cuestión d o c t r i n a l (a su t i e m ­

p o l o h i z o e l gobierno de V i c t o r i a , s iguiendo l a interpretación

eclesiástica), y como d u r a n t e e l efímero r e i n a d o de I t u r b i d e

n o se h u b i e r a d e c i d i d o n a d a a este respecto, e l t r i u n v i r a t o

r e p u b l i c a n o c o n s t i t u i d o p o r B r a v o , V i c t o r i a y Negrete, c o n

d o n L u c a s A l a m á n en l a Secretaría de Relac iones , acordó p o r

l o p r o n t o e n v i a r a R o m a , en misión e x p l o r a t o r i a , a u n agente

c o n f i d e n c i a l c o n las instrucciones siguientes:

Indagará cómo se piensa en la corte de Roma acerca de nues­tra independencia, y si hay disposición para entrar en concordatos y para arreglar nuestros negocios eclesiásticos.

P a r a esta misión fue elegido e l d o m i n i c o p e r u a n o José

Mar ía M a r c h e n a , f ra i le exclaustrado de n o m u y l i m p i o s ante­

cedentes, y q u i e n recibió l a comisión a d i c i o n a l de v i g i l a r l a

c o n d u c t a de I t u r b i d e en su viaje a l destierro, y si viese q u e

trataba de regresar a l país, p r o c u r a r i m p e d i r l o , r e c u r r i e n d o

en caso necesario a l a pol ic ía l o c a l . Esta segunda comisión

de espionaje l a tomó M a r c h e n a t a n a pechos, o p o r mejor de­

c i r se excedió en e l l a a t a l p u n t o , que p o r dos veces intentó

asesinar a I t u r b i d e c u a n d o éste m a r c h a b a a embarcarse, y l o

h u b i e r a l o g r a d o si d o n Nicolás B r a v o , con l a hidalguía q u e

siempre le caracterizó, n o hubiese t o m a d o enérgicas medidas

p a r a proteger l a v i d a d e l ex-emperador conf iado a su custo­

d i a . A ñ o s más tarde, a l regresar a México , acabó M a r c h e n a

de m a l a muerte , cosido a puñaladas p o r sus colegas en u n a

sociedad de asesinos q u e había formado.

H a y q u e reconocer, n o obstante, que este sujeto t a n poco

recomendable tenía las cual idades de sagacidad y astucia q u e

caracterizan a l espía i n t e r n a c i o n a l , pues logró l legar a R o m a

con pasaporte falso, y más aún, engañar a u n h o m b r e t a n

avisado c o m o e l embajador Vargas L a g u n a , a q u i e n M a r c h e n a

le d i j o q u e había sal ido de M é x i c o p o r q u e sufría persecución

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 35

d e l g o b i e r n o p o r su adhesión a l a causa rea l . F i n a l m e n t e , s i n

saberse b i e n cómo, logró i n t r o d u c i r s e hasta l a presencia d e l

m i s m o papa , a q u i e n descubrió, en a u d i e n c i a p r i v a d a , el ver­

dadero carácter de su comisión. D e esta conversación, y en­

contrándose y a en L o n d r e s , a d o n d e había i d o s iguiendo los

pasos de I t u r b i d e , r indió M a r c h e n a a l g o b i e r n o m e x i c a n o e l

i n f o r m e s iguiente:

E l papa León xn recibirá gustoso en lo privado a cualquier comisionado que el gobierno mexicano mande, y t ratará con él todos los puntos que se le propongan, menos los que pertenezcan al reconocimiento de la independencia, la que dice que no reco­nocerá sino después que todas las naciones, por ser ésta la costum­bre de la corte romana.

E n este p u n t o p o r l o menos parece haberse c o n d u c i d o

M a r c h e n a c o n v e r a c i d a d , p o r q u e t a l fue, en efecto, l a polí­

t i c a seguida p o r L e ó n x n en esta m a t e r i a . H a s t a d o n d e p u ­

d i e r a hacer lo s i n adelantarse a las demás cortes europeas en

l a cuestión d e l r e c o n o c i m i e n t o , y en todo caso s i n disgustar a l

rey de España, estuvo m u y dispuesto a l l e n a r las vacantes en

l a jerarquía h i s p a n o a m e r i c a n a , sólo que n o con obispos t i ­

tulares de las respectivas diócesis, y a que estos n o m b r a m i e n ­

tos i m p l i c a b a n e l desconocimiento d e l patronato español,

s i n o con prelados investidos de los mismos poderes efectivos,

p e r o que n o m i n a l m e n t e serían tan sólo v icarios apostólicos

o a l o más obispos in partibus. P e r o como esta solución hería

a s u vez nuestros justos sentimientos de i n d e p e n d e n c i a y so­

beranía, sobrevino, según era de esperarse, el consiguiente

forcejeo entre los diplomáticos hispanoamericanos y l a corte

p o n t i f i c i a , como vamos a ver lo en el desarrol lo de l a segunda

mis ión m e x i c a n a , o l a p r i m e r a f o r m a l mejor d icho , de que

pasamos en seguida a ocuparnos.

La Misión Vázquez. L a elección de l enviado fue esta vez

m u y feliz, pues recayó en el canónigo de l a catedral angelo-

p o l i t a n a d o n Franc isco P a b l o Vázquez, h o m b r e eminente en

letras y en v i r t u d , y que en l a difícil comisión que le fue

encomendada, supo defender con el m i s m o celo los intereses

de l a rel igión y l a causa de l a i n d e p e n d e n c i a .

3 6 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

C o n fecha 2 1 de m a y o de 1 8 2 5 , Y j u n t a m e n t e c o n el per­

sonal de su misión, embarcó Vázquez en V e r a c r u z , dir igién­

dose en p r i m e r l u g a r a Ing laterra , p a r a escrutar desde allí las

condiciones en q u e podría ser r e c i b i d o en R o m a , ya q u e

no h a b í a m e d i a d o , en aquel las c ircunstancias especialísimas,

agrément de n i n g u n a especie. P o r esto m i s m o n o l l e v a b a p o r

l o p r o n t o otras directivas que las que se desprendían de l de­

creto d e l 19 de a b r i l de 1 8 2 3 , e n c u Y o s términos autorizó e l

Congreso m e x i c a n o " e l envío de u n agente a l a C o r t e d e

R o m a , c o n e l objeto de manifestar a S u S a n t i d a d , que l a

rel igión católica, apostólica, r o m a n a , es l a única d e l Estado,

y t r i b u t a r l e a consecuencia los respetos que le son debidos

como Cabeza de l a Iglesia, ínterin se le p u e d a n r e m i t i r las

instrucciones que deban dársele". C o m o único aviso en cierto

m o d o a n t i c i p a t o r i o de l a gestión d e l enviado, d o n G u a d a l u p e

V i c t o r i a había escrito a L e ó n x n u n a carta personal , que l l e ­

gó a R o m a entre a b r i l y mayo de 1 8 2 5 , e n c l u e * e p a r t i c i p a b a

su elección a l a Pres idenc ia y le t r i b u t a b a sus sentimientos de

respeto y admiración.

C u a n d o Vázquez salió de M é x i c o , con los mejores auspi­

cios a l parecer, n o se tenía a q u í n i n g u n a n o t i c i a d e l B r e v e

Etsi iam álu, pero M i c h e l e n a , m i n i s t r o de M é x i c o en L o n ­

dres, se apresuró a c o m u n i c a r l e t a n desagradables nuevas, a l

desembarcar Vázquez en F a l m o u t h (Inglaterra), e l 2 5 de j u ­

l i o . A c t o seguido, y n o b i e n h u b o l legado a L o n d r e s , se

apresuró a p o n e r en c o n o c i m i e n t o d e l g o b i e r n o e l obstáculo

que, antes a ú n de i n i c i a r l a , surgía p a r a su misión p o r l a p u ­

blicación de a q u e l documento , añadiendo su impresión perso­

n a l en l a f o r m a siguiente:

Todo anuncia que la Corte de Roma se halla en los intereses de la Santa Liga, y que trata de favorecer las intenciones del rey de España en orden a la reconquista de M é x i c o . . . Es por lo tanto muy de temer... que no solamente se niegue a celebrar un concordato, sino también a expedir bulas a los obispos, lo que deberá causar males de mucha trascendencia en nuestra Repúbl ica .

C o n c l u í a mani festando que q u e d a b a en espera de nuevas

instrucciones, con l a serenidad q u e i n d i c a n estas palabras:

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 37

A pesar de que vea tan oscuro el horizonte, tengo cierta con­fianza de que Dios ha de bendecir las buenas intenciones del go­bierno, y que ha de mirar por la conservación y tranquilidad de la Iglesia mexicana.18

Y a desde antes de r e c i b i r esta comunicación, y mientras

e l E n v i a d o i b a e n c a m i n o , e l gobierno, sabedor ya d e l Breve

l e o n i n o , le había ordenado q u e p o r l o p r o n t o n o pasara de

L o n d r e s , y en o f i c i o d e l 23 de j u l i o , d o n M i g u e l R a m o s A r i z -

pe, en su carácter de M i n i s t r o de J u s t i c i a y Negocios Ecle­

siásticos, le instruyó sobre l a f o r m a en q u e debía protestar

ante el p a p a p o r el agravio i n f e r i d o a l a R e p ú b l i c a , expre­

sándole de este m o d o l a p r i m e r a reacción d e l gobierno:

Por el alto concepto que debe tenerse del sucesor de San Pedro, aún le parecía inconcebible al Presidente de la Repúbl ica se hu­biese dado un paso tan contrario a la justicia y tan ajeno del Jefe de la religión católica; pero convencido como lo está la Amé­rica entera de todo lo que es capaz el gobierno español, no tardó en penetrar hasta donde podía éste llevar el abuso que siempre ha hecho de la misma religión paia sostener sus más injustas pretensiones.!^

S i n saber a ú n cómo o p o r dónde, V i c t o r i a veía b i e n c laro

q u e p o r v i t u p e r a b l e que fuese l a a c t i t u d de l p a p a y t a n

" a j e n a " a su carácter, n o había o b r a d o de p r o p i a i n i c i a t i v a

y de acuerdo c o n sus sentimientos íntimos, s ino cediendo a

l a presión de l g o b i e r n o español.

E n el m i s m o of ic io le decía R a m o s a A r i z p e a Vázquez

q u e le a d j u n t a b a , a t í tulo de documentación i lus trat iva , las

o p i n i o n e s que sobre l a encíclica habían externado, con entera

l i b e r t a d , los obispos, cabi ldos y prelados de l a R e p ú b l i c a .

" E l l a s son — c o m e n t a b a el m i n i s t r o — otras tantas pruebas de

las luces d is t inguidas y celo patriótico d e l clero m e x i c a n o " .

T a n católico como m e x i c a n o , en efecto, y p r o b a n d o con

los hechos que n o había l a m e n o r i n c o m p a t i b i l i d a d entre

u n o y otro a t r i b u t o , se mostró en esta ocasión el clero na­

c i o n a l . C o n seguro j u i c i o supo d i s t i n g u i r l o que debía a l

p a p a como Jefe de l a Iglesia, de a q u e l l o en que legítima­

mente podía oponerse a él en tanto que soberano t e m p o r a l y

38 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

cómplice de l a pol í t ica europea, y a l hacerlo así, m a n t e n e r

ellos a su vez, los m i e m b r o s de l a jerarquía m e x i c a n a , l a

lea l tad a l a p a t r i a . C o n base en los documentos pert inentes,

a l agruparlos y pro longar los , e l h i s t o r i a d o r A n t o n i o de l a

Peña y Reyes p u d o escribir l o siguiente: " E l hecho es q u e

los obispos, los cabi ldos eclesiásticos y las comunidades r e l i ­

giosas a l zaron su voz en defensa de M é x i c o " . 2 0

A l a cabeza de todos ellos, el gobernador de l a M i t r a de

l a c a p i t a l , declaró ver l a encíclica, " c u a n d o n o como apócri­

fa, como ganada p o r informes poco exactos", y en c u a l q u i e r

hipótesis, estar " c o n v e n c i d o de l p a t r i o t i s m o de u n o y o t r o

clero, q u e jamás abandonará l a i n d e p e n d e n c i a que h a j u r a d o

tantas veces". 2 1

E l q u e más al to rayó t a l vez en su adhesión i n q u e b r a n ­

table a l a p a t r i a m e x i c a n a — p o r algo se h a b í a n u n i d o a e l l a ,

en esa región, c o n espontáneo y re i terado p l e b i s c i t o — fue e l

C a b i l d o Eclesiástico de C h i a p a s . Dirigiéndose a l p a p a s i n

i n t e r m e d i a r i o a lguno, y apostrofándole con u n a valentía q u e

n o fa l ta , p o r l o demás, en l a h i s t o r i a de l a Iglesia, aquel los

ilustres capitulares le decían l o siguiente:

Por lo demás, Santísimo Padre, es menester que se desengañe el rey Fernando: su nombre es el más odioso en las Americas: sus cualidades son muy conocidas a todo el Orbe; la libertad e independencia de América está muy consolidada sobre los más robustos principios de religión y de la más sana política: está reconocida por la Gran Bretaña, por los Estados Unidos Anglo-Americanos, y por todos los demás gobiernos de América. Los mexicanos, hasta el pueblo de menos ilustración y de más redu­cida extensión, ven ya cumplidos sus más ardientes votos; y tienen asegurada su emancipación y su libertad; han recobrado lo que se les había usurpado; han conocido sus derechos y su fuerza; han comprado su libertad, con tan dolorosos cruentos sacrificios; y si alguno fuere osado de proponerles que doblen de nuevo su cerviz al yugo de fierro de Fernando de España, que ni nosotros ni nuestros padres hemos podido soportar, sería víctima del enojo de los pueblos; y si los ministros del santuario fuéramos tan te­merarios en querernos introducir en las cosas que no son de nuestro ministerio, profanando la cátedra del Espíritu Santo, no sólo nos atraeríamos el odio y enojo de ellos, sino que podr ía peligrar mucho la Santa Religión y acaso introducir un cisma al

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 3 9

que no le faltarían protectores aun en la misma España para desacreditar al Romano Pontífice, que en todas partes tiene ene­migos que lo son de la Religión del Crucificado; lo que no está muy distante si con pretexto de la misma Santa Religión se in­tentare por cualquier modo sujetar de nuevo la América al yugo español.22

N o h a n fa l tado quienes h a y a n visto en estas últ imas pala­

bras, como en otras expresiones similares que el m i s m o se­

ñor Vázquez l legó a usar en a l g u n a de sus notas a l a C a n c i ­

l lería V a t i c a n a , l a amenaza de u n cisma. L a interpretación

es correcta si p o r amenaza se entiende l a s imple representa­

ción objet iva de u n m a l i n m i n e n t e , s in e l deseo o propósito

de cooperar a él, y menos aún de provocar lo , pero n o si inter­

viene este ú l t i m o elemento subjetivo. L o único que represen­

t a r o n a l p a p a los m i e m b r o s de l a jerarquía m e x i c a n a , fue el

p e l i g r o de que n o l l e g a r a n las iglesias americanas, o a lguna

de ellas, a separarse de R o m a , si las cosas seguían p o r el ca­

m i n o que i b a n , es decir si e l p a p a persistía en desatender sus

justas demandas. D e hecho, fue sólo en E l Salvador donde

l legó a producirse u n conato de cisma, y éste era p o r cierto

b u e n argumento p a r a aquel los otros que no querían, pero

q u e si temían q u e en otras partes se real izara.

D e l m i s m o m o d o que p o r parte d e l clero n o l legó a que­

brantarse su adhesión a l a Repúbl ica , tampoco en el gobierno

sufrió menoscabo a l g u n o su f i d e l i d a d a l P a p a en cuanto su­

p r e m o jerarca de l a Iglesia. Es notable a este respecto l a ex­

posición hecha p o r e l Congreso Const i tuyente de l Estado de

M é x i c o , de l a q u e copiamos e l siguiente párrafo:

El congreso har ía un manifiesto agravio a vuestra religiosidad e i lustración, si sospechase siquiera que un documento de esta clase pudiera trastornar en vosotros la adhesión a la religión santa que profesáis, o la libertad e independencia comprada a precio de sangre y de doce años de derrotas, amarguras y sufrimientos. Pasó ya el tiempo en que una bula fraguada en Roma ponía en combustión los Imperios y las Naciones, que parece se veían pre­cisadas a romper la unidad con la iglesia romana, o a ser vil juguete de las arterías de sus curiales. La moderación e ilustra­ción del siglo de la filosofía se ha substituido a la exaltación de pasiones que caracterizaba los siglos de barbarie. En él se sabe lo

40 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

bastante para deslindar con precisión y claridad los derechos de la iglesia y de su cabeza visible y los de las naciones que en ésta reside.

Vuestro congreso —leemos en otra parte de la referida expo­sición— guiado de los principios de moderación que lo animan, no reconoce en ella (la encíclica) sino un momento de la debilidad humana, de que no está exento el sucesor de San Pedro.23

E n otros Estados, los más importantes s i n d u d a , y c o m o

s i se h u b i e r a n puesto prev iamente de acuerdo, l a reacción

fue s i m p l e m e n t e de desdén p o r las tortuosas tácticas a q u e

h a b í a r e c u r r i d o l a d i p l o m a c i a española. As í l o decía el gene­

r a l M i g u e l Barragán, gobernador de Veracruz ; y el goberna­

d o r de Ja l i sco , d o n P r i s c i l i a n o Sánchez, i n f o r m a b a a su vez

q u e los únicos efectos que all í había p r o d u c i d o l a p u b l i c a ­

ción de l a encíclica:

No son otros que los del desprecio y sentimiento con que han visto sus habitantes todos los viles medios de que se vale el go­bierno español para desconceptuar nuestra feliz República, en la que se halla bien establecida y cimentada su religión católica.24

Después de esta t a n auténtica auscultación de l a opinión

públ ica n a c i o n a l , en sus sectores polít ico y rel igioso, y ha­

ciéndose eco de los sentimientos de u n o y otro género q u e

había manifestado, l a Comis ión de Relac iones recomendó a l

E j e c u t i v o l o siguiente:

Que por medio del enviaro de la República en Roma puede representar a Su Santidad sobre la injusticia de la misma encí­clica o bula y de los males que podría producir a la religión ca­tólica, que es la que profesan los Estados Unidos Mexicanos.25

H a b i e n d o r e c i b i d o las instrucciones consiguientes, e l se­

ñor Vázquez , q u i e n mientras tanto había pasado a Bruselas

p o r razones de sa lud y economía, se dirigió desde esta c i u d a d ,

c o n fecha 2 9 de enero de 1 8 2 6 , a l C a r d e n a l Secretario de Es­

tado, p a r a exponerle , en n o m b r e de su gobierno, las obser­

vaciones pert inentes sobre l a encíclica Etsi iam din, en u n a

n o t a verdaderamente magistra l .

M e z c l a n d o con g r a n h a b i l i d a d l a energía con l a d i p l o m a -

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 41

c i a , empezaba p o r descr ib ir el "acerbo d o l o r " q u e e l d o c u ­

m e n t o p o n t i f i c i o había causado en e l corazón de los m e x i c a ­

nos, pero i n m e d i a t a m e n t e agregaba que le servía "de l e n i t i v o

l a consideración de que e l l a (la encíclica) n o h a p o d i d o ser

u n a emanación v o l u n t a r i a de los sentimientos d e l Santo P a ­

d r e , s ino efecto de siniestros informes de l a c a l u m n i a y de

l a i n t r i g a d e l gabinete español" . E n seguida entraba en d i ­

versas consideraciones tendientes a mostrar l a situación de

paz y e s t a b i l i d a d en que se e n c o n t r a b a n tanto el E s t a d o como

l a Iglesia en M é x i c o , y v o l v i e n d o luego a l tema p r i n c i p a l ,

t r a z a b a esta a d m i r a b l e glosa d e l p r i n c i p i o evangélico y cató­

l i c o de l a separación entre el poder e s p i r i t u a l y el poder

t e m p o r a l :

Los Obispos, los cabildos, las comunidades Religiosas, la gente ilustrada, en una palabra, toda la Repúbl ica, sin apremio y aún sin excitación del Gobierno, ha levantado el grito para proclamar que quiere ser Católica, Apostólica Romana; pero sin dejar de ser libre: que ama su Rel igión pero sin abandonar el sistema de Repúbl ica que ha adoptado, porque sabe que ésta en nada se opone a aquella, y que el admirable establecimiento de la Iglesia de Jesucristo se halla muy bien con todas las formas de Gobierno, y acaso mejor con la Repúbl ica en que las virtudes son el prin­cipal elemento de su existencia y prosperidad. Finalmente, han pronunciado que de ella debe esperar la Corte de Roma toda la obediencia, sumisión y respeto que exige la Rel igión que profesa, y por la que reconoce en el Supremo Pastor de la Iglesia su ele­vado carácter y grandes prerrogativas; pero que jamás cederá de sus derechos naturales, ni permit i rá se confunda la línea que separan las dos Potestades, que unidas con el dulce ósculo de paz y fraternidad producirán la felicidad común que en vano se bus­caría si la una pudiera hacer irrupciones sobre la otra.

E l Presidente espera —terminaba diciendo— que esta nota dic­tada por la verdad y la justicia hará deponer al Santo Padre las equivocadas ideas que le han inspirado la maledicencia y el in­terest

N o r e s u l t a r o n vanas estas esperanzas, E l cardenal d e l l a

S o m a g l i a , en p r i m e r lugar , contestó a monseñor Vázquez s i n

m o s t r a r el m e n o r resquemor p o r sus expresiones c o n t r a l a

Encíc l ica , antes p o r el c o n t r a r i o invitándole, en términos m u y

afectuosos, a pasar a R o m a , " p a r a que s i n más detención pue-

42 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

d a n entablarse y concluirse p r o n t a m e n t e los tratados q u e

p r u d e n t e m e n t e se le h a n c o n f i a d o " . E n esta m i s m a nota, d e

fecha 1 0 de m a y o de 1 8 2 6 , se le d a b a a Vázquez el t í tu lo

de " D i p u t a d o encargado p a r a tratar los negocios espir i tuales

y eclesiásticos de M é x i c o con l a Santa Sede", c o n l o que i m ­

pl íc i tamente se hacía a u n l a d o l a o b l i g a d a mediac ión d e l

rey de España, en los términos d e l patronato .

P o r o t r a parte, y c o n el m i s m o espíritu c o n c i l i a t o r i o , e l

m i s m o p a p a L e ó n x n , con fecha 2 9 de j u n i o de 1 8 2 5 , ^E C O N ~

testó a l " í n c l i t o J e f e " d o n G u a d a l u p e V i c t o r i a l a carta q u e

de éste había r e c i b i d o , según antes d i j imos , en términos i g u a l ­

mente de g r a n cortesía. D e esta carta p o n t i f i c i a merece des­

tacarse el s iguiente párrafo:

Nuestro carácter particular y la dignidad a que sin méri tos fuimos elevados, exigen que no nos mezclemos en lo que de nin­guna manera pertenece al régimen de la Iglesia, y nos contenta­mos por tanto con daros las debidas gracias por la consideración que os habernos merecido, y congratularnos por la paz y concordia de que nos aseguráis disfruta la nación mexicana por el favor de Dios.27

H a s t a donde puede retractarse o arrepentirse u n Jefe de

Estado o u n soberano en c u a l q u i e r sentido, estas palabras

eran de hecho u n a retractación de l o que el m i s m o p a p a ha­

bía asentado en e l funesto párrafo f e r n a n d i n o de su encíclica

de l año anter ior , ya que allí sí se había mezclado i n d e b i d a ­

mente en l o que "de n i n g u n a m a n e r a " pertenecía a l régimen

de l a Iglesia; y señalaban, p o r tanto, las palabras transcri­

tas, su v o l u n t a d de n o r e i n c i d i r en tan errónea a c t i t u d .

Es v e r d a d que el p a p a extremó ahora tanto su n e u t r a l i ­

d a d , que p o r e l u d i r c u a l q u i e r fórmula que sonara a recono­

c i m i e n t o polít ico — a esto n o se a v e n í a — le corrió a V i c t o r i a

e l desaire de n o darle su t í tulo p r o p i o de Presidente de l a

R e p ú b l i c a , l imitándose a l l a m a r l o " í n c l i t o Jefe" , c o m o si aún

estuviéramos en p l e n a guerra de i n d e p e n d e n c i a . Pero c o m o

en M é x i c o se quería entonces e l a v e n i m i e n t o con R o m a y n o

que c o n t i n u a r a l a d iscordia , se pasó p o r al to esta descortesía,

tanto en l a C á m a r a de D i p u t a d o s , donde se rec ibió l a carta

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 43

con g r a n satisfacción, como en e l p r o p i o P o d e r E j e c u t i v o .

D e e l lo d i o tes t imonio fehaciente e l m i s m o d o n G u a d a l u p e

V i c t o r i a , a l expresarse de este m o d o en su mensaje a l C o n ­

greso d e l i ° de enero de 1 8 2 6 :

E l Santo Padre, que reúne la doble investidura de soberano de Roma y de cabeza de la Iglesia católica, excita la veneración y ternura de los mexicanos, que aspiran con ansia a relacionarse con el Padre de los fieles en objetos exclusivamente religiosos y eclesiásticos. La benévola carta que me ha dirigido el señor León X I I , manifiesta sus ideas de justicia, y hace creer que nues­tro Enviado, que llegó a Bruselas en agosto del año pasado, será paternalmente recibido a tributar homenajes al legítimo sucesor de San Pedro.28

N o estará de más, antes de seguir adelante, e l percatarnos

b i e n de que todas estas actitudes, q u e hoy p u e d e n parecemos

extrañas o contradictor ias entre sí, se e x p l i c a n perfectamente

e n razón de l a " d o b l e i n v e s t i d u r a " d e l P a p a , c o m o decía

V i c t o r i a , y q u e era entonces m u c h o más acentuada que hoy

en día. L a soberanía ac tua l d e l p a p a sobre e l E s t a d o de l a

C i u d a d d e l V a t i c a n o , menos de c i n c u e n t a hectáreas, es ape­

nas u n asidero t e r r i t o r i a l m í n i m o p a r a mantener l a indepen­

d e n c i a de l a Santa Sede en o r d e n a su misión e s p i r i t u a l , y

n o tiene i m p o r t a n c i a práctica n i p a r a l a m i s m a I t a l i a , s ino

a l o más p a r a e l m u n i c i p i o de R o m a . C o n l a pérdida de sus

d o m i n i o s , se l iberó e l p a p a venturosamente de toda l i g a o

c o m p r o m i s o de o r d e n pol í t ico con los demás Estados euro­

peos. Pero en a q u e l l a época n o era así, y como todos estaban

acostumbrados a d i s t i n g u i r a q u e l d o b l e carácter, a nadie es­

c a n d a l i z a b a — o n o m u c h o — que u n príncipe t a n católico

c o m o C a r l o s v p u d i e r a i n c l u s o hacerle l a guerra a l P a p a y

q u e entraran sus tropas a l saco de R o m a . E l espíritu de esta

época se p r o l o n g a hasta e l siglo x i x , y p o r esto podía escri­

b i r A l a m á n a Rocafuerte , r e s u m i e n d o l a a c t i t u d d e l gobierno,

q u e el Presidente había visto en el Breve p o n t i f i c i o " n o u n

acto de l a potestad eclesiástica, s ino u n a u x i l i o prestado a

l a España p o r u n príncipe t e m p o r a l " . 2 0

4 4 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

Nuevos incidentes. D i s m i n u i d a así l a tensión p o r los actos

amistosos de u n a y otra parte, y n o obstante q u e el gobierno

m e x i c a n o dejó a su discreción los siguientes pasos que había

de dar, nos encontramos con que Vázquez se está a ú n en B r u ­

selas p o r largo t i e m p o aún, en u n a soledad q u e él m i s m o

e x p l i c a a l descr ibir así l a que p o r entonces n o era aún l a ca­

p i t a l de Bélgica i n d e p e n d i e n t e :

Una ciudad en cuya parte baja se habla el flamenco, de que no entiendo una palabra, y en la alta el francés, en el que no tengo la instrucción necesaria para sostener una conversación. Dos motivos que forman otros tantos obstáculos poderosos para entrar en la gran sociedad.30

Dos razones d i o Vázquez p a r a n o pasar luego adelante en

e l desempeño de su misión. L a p r i m e r a , a su gobierno, l a de

n o haber r e c i b i d o aún "las instrucciones que h a n de ser l a

l u z que d i r i j a mis pasos en senda t a n escabrosa". " S i n ellas

— a ñ a d í a — estoy expuesto a c o m p r o m e t e r a l gobierno, o com­

p r o m e t e r m e yo, escollos que debo evitar a toda costa". L a

segunda, que comunicó en estos términos a l C a r d e n a l Secre­

tar io de Estado, el haberse desentendido de l todo l a C a n c i ­

llería p o n t i f i c i a de l a protesta d e l E n v i a d o m e x i c a n o c o n t r a

el Breve l e o n i n o , en u n a respuesta " e n l a que i g u a l m e n t e n o

se reconoce el alto carácter d e l Presidente de l a R e p ú b l i c a ,

como n i a q u e l con que Su E x c e l e n c i a h a revestido a l infras­

cr i to , y c o n el que se h a d a d o a conocer a V u e s t r a E m i n e n ­

c i a " . " E l q u e suscribe — c o n t i n u a b a d i c i e n d o — n o debe ex­

p o n e r e l decoro y d i g n i d a d de l a nación que representa, n i

fal tar a las prevenciones de su g o b i e r n o " . 3 1

" A b i e r t o el c a m i n o a R o m a , Vázquez n o v a " , comenta el

h i s t o r i a d o r m e x i c a n o L u i s M e d i n a Ascensio, q u i e n considera

b i e n p r o b a d a , p o r esta a c t i t u d de nuestro E n v i a d o su " f a l t a

de a d a p t a b i l i d a d diplomática" , ya que podía haber pasado a

R o m a c o n carácter p r i v a d o , como de allí m i s m o le i n v i t a b a n

a hacerlo, y negociar luego, en el terreno m i s m o y según fue­

r a n presentándose las circunstancias, l o que p u d i e r a mostrar­

se más conducente a los intereses de l a Iglesia m e x i c a n a . 3 2

Esta censura, quizá excesiva, se f u n d a , a l parecer, en u n

dato extrínseco, y que desde luego n o podía Vázquez ant ic i -

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO

par, c o m o fue e l b u e n éxi to que tuvo l a misión p a r a l e l a de

l a G r a n C o l o m b i a ante l a Santa Sede, encabezada p o r d o n

Ignacio T e j a d a . Este personaje, s i n d u d a más l a d i n o q u e su

colega m e x i c a n o , se a l lanó fáci lmente a p r e s c i n d i r d e l n o m ­

bre con t a l de asegurar l a cosa, y s i n n i n g ú n status d iplomá­

tico ante l a corte p o n t i f i c i a , o b t u v o todo l o que quiso , desde

l a introducción, l i b r e de derechos, de sus barricas de v inos

generosos, hasta l a preconización de obispos propietar ios p a r a

su país. Esto ú l t imo, s in embargo, n o l o o b t u v o tanto p o r su

h a b i l i d a d diplomática, c o m o p o r l a c o n c u r r e n c i a de dos su­

cesos d e l todo fuera de su intervención, y que f u e r o n l a me­

diación de F r a n c i a y el c isma de San Salvador.

L a p r i m e r a l a provocó l a Santa Sede p a r a doblegar l a

i n t r a n s i g e n c i a de F e r n a n d o v n , y m e d i a n t e l a act iva gestión

d e l B a r ó n de D a m a s , M i n i s t r o de Negocios Extranjeros de

F r a n c i a , se o b t u v o p o r l o menos q u e e l rey de España n o se

opus iera a que e l p a p a r e c i b i e r a a los enviados hispanoame­

ricanos con carácter p r i v a d o y p a r a tratar exclusivamente de

asuntos espirituales. L a R e a l O r d e n , e x p e d i d a el 3 de mar­

zo de 1 8 2 6 , decía a l efecto l o siguiente:

Su Majestad, enterado de que no puede el Santo Padre ne­garse a o í r a los fieles en materia de religión, no se ofenderá de que Tejada sea escuchado como diputado de su cabildo o de un obispo, pero se opone a que se le reconozca como agente de la re­belde Colombia, que no es sino una provincia rebelde al Rey Católico.

E n G u a t e m a l a , p o r o t r a parte, decretó el Senado federal

centroamericano, el 1 4 de agosto de 1 8 2 5 , * a erección cismá­

t i c a de u n obispado en l a c i u d a d de San Salvador, con l a con­

siguiente designación de obispo en l a persona d e l doctor M a ­

tías D e l g a d o . Éste fue, como d i j i m o s antes, e l único caso de

esta especie q u e se registró en toda l a A m é r i c a española, pero

suf ic iente p a r a persuadir a l p a p a y a sus consejeros que era

urgente acceder cuanto antes a los justos pedidos de a q u e l l a

d i l a t a d a c r i s t i a n d a d , si n o quer ían v e r l a u n día r o m p e r l a

c o m u n i ó n c o n R o m a . P a r a c o n f i r m a r estos temores, v i n o p o r

ú l t i m o u n a amenazante n o t a d e l gobierno de Bogotá, en l a

q u e después de recordar las h u m i l l a c i o n e s y repulsas sufridas

4 6 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

p o r el agente c o l o m b i a n o ante l a Santa Sede, t e r m i n a b a R e ­

venga d i c i e n d o que:

La Iglesia de Colombia, por su propia conservación y en obe­diencia a la doctrina de los Apóstoles, buscará el remedio en sí, y el gobierno no puede ni debe impedirlo.

A n t e e l p e l i g r o i n m i n e n t e , pues, de l a di latación d e l cis­

m a , n o sólo se tomó en R o m a e l acuerdo salvador de l l e n a r

las vacantes episcopales, s ino que se superó a q u e l l a solución

i n t e r m e d i a , vergonzante, de hacer lo con vicar ios apostólicos

u obispos in partibus, pues se v i o b i e n c laro que con n a d a

menos q u e c o n e l n o m b r a m i e n t o de obispos t i tulares y resi­

denciales quedar ían satisfechas las exigencias de las iglesias

americanas. P a r a guardar le a S u M a j e s t a d Catól ica los m i ­

ramientos q u e a ú n querían tenerse con e l la , bastaría con q u e

los n o m b r a m i e n t o s los h i c i e r a e l p a p a motu proprio y n o p o r

presentación de los nuevos Estados.

E l a u t o r de esta hábi l solución parece haber sido el car­

d e n a l M a u r o C a p e l l a r i , personaje de excepcionales dotes, y

q u i e n desde ese m o m e n t o pasó a ser l a p r i m e r a f i g u r a en e l

t r a t a m i e n t o d e l p r o b l e m a rel ig ioso h ispanoamericano. C o n ­

forme a estos l i n c a m i e n t o s , e l 2 1 de mayo de 1 8 2 7 preconizó

L e ó n x n a seis obispos propietar ios p a r a l a G r a n C o l o m b i a .

D e l j ú b i l o que t a l acontec imiento p r o d u j o en esta nación,

es s i n d u d a e l mejor tes t imonio e l b r i n d i s p r o n u n c i a d o p o r

el L i b e r t a d o r Bolívar, e l 2 8 de octubre d e l m i s m o año, en e l

banquete q u e ofreció en h o n o r de los nuevos jerarcas. D i j o

así:

La causa más grande nos reúne en este día: el bien de la Igle­sia y el bien de Colombia. Una cadena más sólida y más bri­llante que los astros del firmamento nos liga nuevamente con la Iglesia de Roma. . . Estos ilustres príncipes y padres de la grey de Colombia son nuestros vínculos sagrados con el cielo y con la tierra.33

Si c u a n d o todo esto ocurrió, hubiese estado ya en R o m a

el env iado m e x i c a n o , es casi seguro que habría r e c i b i d o p a r a

su país e l m i s m o tratamiento dispensado a C o l o m b i a , p o r

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO

ser las c ircunstancias d e l todo análogas; pero todo esto, u n a

vez más, sólo p u d o saberse a posteriori, y n o es u n a p r u e b a

decisiva, p o r tanto, de l a supuesta fa l ta de a d a p t a b i l i d a d d i ­

p lomát ica de monseñor Vázquez. E n l a peor hipótesis, po­

dremos ver lo c o m o u n exponente d e l j u r i d i c i s m o que, según

d i j i m o s en su lugar , h a s ido frecuentemente u n o de los de­

fectos de nuestra d i p l o m a c i a , pero defecto, p o r l o demás, que

p r o v i e n e de u n a v i r t u d , como es e l celo y l a l u c h a p o r e l

derecho. Y fuera de toda hipótesis, l o que c iertamente cam­

p e a en l a c o n d u c t a de Vázquez es e l más p u r o p a t r i o t i s m o

y l a l e a l t a d a l g o b i e r n o a q u i e n representaba, y que n o ha­

bría sido m a y o r en u n la ico de l o q u e l o fue en este ecle­

siástico t a n poseído de su misión diplomática. Ateniéndose

a l a interpretación q u e en conc ienc ia estimó ser l a más se­

g u r a , consideró q u e mientras n o se le diesen nuevas instruc­

ciones, e l presentarse en R o m a c o m o u n p a r t i c u l a r , sería

tanto como i n c u r r i r en l o único q u e en estos términos se le

h a b í a p r o h i b i d o , q u e era n o d a r n i n g ú n paso q u e fuera en

menoscabo d e l h o n o r y d e l decoro de México .

La peregrinación a Roma, ¿Cómo fue, s i n embargo, que

u n a vez que supo d e l fel iz desenlace de l a Mis ión T e j a d a , n o

e m p r e n d i ó a su vez Vázquez , s in m a y o r di lación, e l c a m i n o

de R o m a , s ino q u e a ú n l o vemos, p o r cerca de tres años, pro­

seguir lentamente su i t i n e r a r i o h a c i a e l sur, f i jando su resi­

d e n c i a p r i m e r o en París y luego en F l o r e n c i a , ú l t ima etapa

antes de su dest ino f i n a l , como si n o le a p r e m i a r a mayor­

m e n t e l a consecución d e l i m p o r t a n t e objet ivo que se le había

encomendado?

L a respuesta l a tenemos esta vez tanto en l a n u e v a a c t i t u d

a d o p t a d a p o r l a Santa Sede, como en las convulsiones políti­

cas que o c u r r i e r o n en M é x i c o entre e l f i n de l a pres idencia

de V i c t o r i a y e l p r i m e r gobierno de Bustamante .

E n cuanto a l o p r i m e r o , e l factor decisivo fue l a explo­

sión de l a i r a m o s t r a d a p o r F e r n a n d o v n ante l a preconiza­

c i ó n de los obispos co lombianos , y q u e l legó a l p u n t o de

d e t e r m i n a r u n a r u p t u r a entre M a d r i d y R o m a , n o p o r tran­

s i t o r i a menos a g r i a , ya q u e a l nuevo n u n c i o n o le permit ie-

4 8 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

r o n s i q u i e r a l a entrada en t e r r i t o r i o español, s i n o que l o

d e t u v i e r o n en los P i r i n e o s . T a n t o como esto n o l o h a b í a n

previsto en R o m a , d o n d e a t e n d i e r o n t a n sólo a l a necesidad

de c o n j u r a r el c isma de las iglesias americanas, q u e se pre­

sentaba c o m o u n a amenaza cierta, dejando de l a d o e l p o s i b l e

rencor español.

A m e d r e n t a d o u n a vez más ante l a v i o l e n t a oposición d e

España, y con l a f a l t a de energía q u e s iempre demostró, v o l ­

v i ó L e ó n x n a su a n t i g u a posición, d a n d o a F e r n a n d o v n

seguridades de que p a r a l o sucesivo n o se procedería, en l o s

otros países h ispanoamericanos fuera de C o l o m b i a , a l n o m ­

b r a m i e n t o de obispos propietar ios , s ino apenas de v i c a r i o s

apostólicos con facultades episcopales.

P o r si esto n o fuera bastante a desalentar u n a vez m á s

l a misión m e x i c a n a , v i n i e r o n todavía a entorpecer la las ins­

trucciones que envió a Vázquez e l gobierno de G u e r r e r o , y

que p o r considerarlas e l p r i m e r o , según l o dice él m i s m o ,

"exorbi tantes" , decidió presentar l a dimisión de su c a r g o . 3 4

N o sabemos a p u n t o f i jo en q u é p u d o consist ir d i c h a exor­

b i t a n c i a , pero todo i n d u c e a creer que p o r e l absoluto pre­

d o m i n i o que en a q u e l g o b i e r n o tuvo el p a r t i d o y o r k i n o , l a

polít ica q u e en m a t e r i a eclesiástica se proponía seguir, se ins­

p i r a b a e n l a concepción de l p a t r o n a t o como a t r i b u t o i n h e ­

rente a l a soberanía, con l a consiguiente supeditación, e n

todos sus aspectos, de l a Iglesia a l Estado. F i e l como siem­

pre a l a voz de su conciencia , l o m i s m o frente a las a u t o r i ­

dades civi les que a las eclesiásticas, optó Vázquez p o r e n v i a r

su r e n u n c i a .

C o m o era esto precisamente l o que deseaban los y o r k i n o s ,

su jefe nato , que l o era el m i n i s t r o norteamer icano J o e l R .

Poinsett , se apresuró a d ir ig i rse o f ic ia lmente a l C ó n s u l de su

país en R o m a , de n o m b r e Fé l ix C i c c o g n a n i , p a r a p e d i r l e q u e

r e c o m e n d a r a con el p a p a l a c a n d i d a t u r a d e l padre A l p u c h e ,

masón de l a cofradía y o r k i n a , p a r a arzobispo de M é x i c o , y

en e l m i s m o sentido escribió directamente a l p a p a d o n L o ­

renzo de Zava la , m i n i s t r o de H a c i e n d a en el gobierno de

G u e r r e r o . A l proceder así, el gobierno m i s m o estaba, p o r su­

puesto, en su derecho, pero que hasta en l a provisión de obis-

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO

pados mexicanos se entromet iera el m i n i s t r o de los Estados

U n i d o s , n o es s ino u n a n u e v a p r u e b a de l o acertado que

a n d u v o el presidente G u e r r e r o a l resolverse a l f i n a p e d i r a l

g o b i e r n o de a q u e l país e l r e t i r o de t a n indeseable agente

diplomático.

E l t r i u n f o d e l P l a n de J a l a p a , c o n l a consiguiente caída

de G u e r r e r o , i m p i d i ó que n a d a de l o anter ior prosperase; y

n o b i e n se h i z o cargo d e l poder ejecutivo el general d o n

Anastas io B u s t a m a n t e , se apresuró a n o m b r a r de nuevo a M o n ­

señor Vázquez p a r a l a m i s m a misión, ordenándole esta vez

q u e pasara a R o m a s in detenerse más. L a s circunstancias, en

efecto, eran más angustiosas que n u n c a , pues p a r a a b r i l de

1829, c o n ^ a m u e r t e de d o n A n t o n i o J o a q u í n Pérez, obispo

de P u e b l a — o t r o s habían fa l lec ido a n t e s — y el regreso a

España de l arzobispo de M é x i c o , d o n P e d r o F o n t e , peninsu­

l a r de o r i g e n y jamás avenido con l a i n d e p e n d e n c i a m e x i ­

cana, q u e d a b a p o r c ompleto e x t i n g u i d a l a jerarquía en todo

e l t e r r i t o r i o n a c i o n a l .

P o r esta causa s in d u d a , actuó esta vez e l gobierno con

p r o n t i t u d y eficacia. D e j a n d o p o r l o p r o n t o en suspenso l a

cuestión d e l p a t r o n a t o p a r a atender a l o más urgente, c o n

fecha 4 de m a r z o de 1830, se le e n v i a r o n a Vázquez, a F l o ­

r e n c i a , los n o m b r e s de los candidatos p a r a las sedes de Mé­

x i c o (por si se declarase vacante), G u a d a l a j a r a , Michoacán,

C h i a p a s y P u e b l a . D e l a m i s m a fecha es l a d o b l e credencia l

q u e se le expid ió : l a p r i m e r a , acreditándolo como E n v i a d o

E x t r a o r d i n a r i o y M i n i s t r o P l e n i p o t e n c i a r i o ante l a Santa

Sede, p a r a el establecimiento de relaciones diplomáticas; y

p o r si esto n o fuere posible , se le n o m b r a b a , en o t r a creden­

c i a l , s implemente "agente d ip lomát ico" , c o n el objeto prec i ­

so d e "so l i c i tar p o r todos los medios que están en sus facul­

tades, el p r o c u r a r a c u d i r a las necesidades espirituales de q u e

adolece l a Iglesia m e x i c a n a " . 3 5

S i n vaci laciones esta vez, ya q u e las instrucciones eran cla­

ras y precisas, V á z q u e z entró en R o m a e l 28 de j u n i o de 1830

s i n carácter o f i c i a l , pero c o n todas las exenciones y f ran­

q u i c i a s de que h a b í a gozado en 1826 el agente c o l o m b i a n o .

L l e g a b a a su dest ino f i n a l más de c inco años después de ha-

50 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

ber sa l ido de M é x i c o , y dispuesto a l i b r a r , cara a cara, l a ú l ­

t i m a b a t a l l a — q u e i b a a ser acaso l a más d u r a de t o d a s — p o r

el b i e n de su Iglesia y l a soberanía de l a nac ión que repre­

sentaba.

Las negociaciones en el Vaticano. N o i b a a serle, en efec­

to, n a d a fácil alcanzar e l l o g r o de sus pretensiones. E n p r i ­

mer lugar , había nuevo p a p a , pues hacía más de u n año q u e

había m u e r t o L e ó n x n " c o l r a m m a r i c o d i n u l l a avere esegui-

to" , según d i j o poco antes de m o r i r , c o m p r e n d i e n d o dema­

siado tarde q u e u n a polít ica p e n d u l a r como l a q u e él siguió,

a n a d i e deja contento y n a d a resuelve en d e f i n i t i v a .

Desgraciadamente, n o parec ieron esas palabras del d i f u n ­

to pontíf ice haber hecho n i n g u n a m e l l a en su sucesor, el car­

d e n a l Franc isco X a v i e r C a s t i g l i o n i , q u i e n tomó el n o m b r e de

Pío v i n , y que siguió l a m i s m a polít ica de c o m p r o m i s o entre

España y América , es decir , n o más obispos propietar ios c o m o

en 1827 a C o l o m b i a , s ino vicarios apostólicos con carácter

episcopal , como l o h i c i e r o n después en C h i l e , A r g e n t i n a y

a u n en las últ imas provisiones de C o l o m b i a . C o n estos ante­

cedentes, se creía en l a cancil lería p o n t i f i c i a que el env iado

m e x i c a n o aceptaría e l m i s m o tratamiento , pero en esto se

e q u i v o c a r o n r o t u n d a m e n t e . " L a negat iva de V á z q u e z a esta

transacción — c o m e n t a L e t u r i a — fue resuelta e i n f l e x i b l e " . 3 6

Y se e q u i v o c a r o n también Rocafuer te y los de su círculo,

c u a n d o d i j e r o n en todos los tonos a l gobierno (fue su argu­

m e n t o t o r a l contra Vázquez a l p e d i r su destitución) que u n

eclesiástico había de plegarse i n c o n d i c i o n a l m e n t e a las e x i ­

gencias de R o m a ,

E n u n a serie de notas que son m o d e l o de c l a r i d a d , so l i ­

dez y p a t r i o t i s m o , rebat ió Vázquez, u n o p o r u n o , todos los

m o t i v o s de l a Canci l ler ía vat icana, reales o aparentes, con­

fesados o no, para n o d a r a M é x i c o obispos propietar ios ; m o ­

tivos q u e nuestro E n v i a d o cree poder agrupar bajo estos tres

capítulos: l a supuesta i n e s t a b i l i d a d polít ica d e l gobierno me­

x i c a n o , los precedentes en l a m a t e r i a y l a consideración a

España.

C o n referencia a l o p r i m e r o , decía Vázquez l o s iguiente:

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 51

En ninguna época se ha podido alegar con menos razón el expresado motivo que en la presente, en que el gobierno de Mé­xico está reconocido por la Inglaterra, la Prusia, los Países Ba­jos, las Ciudades Anseáticas, los Estados Unidos del Norte, el Brasil, y ú l t imamente por la Francia.37

Y s u p o n i e n d o que h u b i e r a fundamentos para temer en

M é x i c o u n a variación p u r a m e n t e política, a u n en esta hipó­

tesis:

¿Qué tiene que ver la política con la religión? Variaciones ha habido en muchos reinos de Europa ¿y por esto se les han negado acaso obispos propios y nombrado vicarios apostólicos? 38

E n cuanto a l a supuesta a u t o r i d a d de ciertos precedentes,

Vázquez hacía observar que su aplicación a este caso " n o pue­

de menos de ser i g n o m i n i o s a a l a R e p ú b l i c a m e x i c a n a " , cuya

Iglesia se vería " r e d u c i d a a u n estado más infe l iz que el que

t u v o en su c u n a , cuando sólo se componía de neófitos", no

obstante l o c u a l tuvo obispos p r o p i o s desde su n a c i m i e n t o y

los conservó i n i n t e r r u m p i d a m e n t e a l o largo de tres siglos.

E l precedente p r i n c i p a l que s in d u d a tenía Vázquez en

mente , a u n q u e n o a lude a él expresamente, era el de l a Iglesia

C a t ó l i c a de Inglaterra , l a c u a l estuvo efectivamente gober­

n a d a p o r vicarios apostólicos desde que se p r o d u j o el c isma

de E n r i q u e v i n hasta 1850, c u a n d o P ío i x , con el C a r d e n a l

W i s e m a n , erigió e l arzobispado de Westminster . P e r o esto

m i s m o demostraba l a i n a p l i c a b i l i d a d de l precedente a l a si­

tuación m e x i c a n a , ya que aquí n o había u n a c r i s t i a n d a d cis­

mática, s ino que p o r el c o n t r a r i o había siempre manifestado

su i n q u e b r a n t a b l e f i d e l i d a d a l R o m a n o Pontífice, y esto a u n

sintiéndose justamente agraviada p o r él, como en toda esta

época, p o r los actos que hemos visto. P o r l o m i s m o , y contra

el respetable parecer que en este p u n t o parece sustentar e l

h i s t o r i a d o r M e d i n a A s c e n s i o , 3 9 sí era ofensiva p a r a los m e x i ­

canos l a institución v i c a r i a l que quería imponérseles.

Pasando a l postrer m o t i v o de l a consideración a España,

seguramente impl íc i to en l a polít ica de l a corte r o m a n a , l a

n o t a d e l e n v i a d o m e x i c a n o dejaba esta vez desfogarse, s i n

cortapisa a l g u n a , los sentimientos consiguientes, y tan justos

52 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

u n a vez más, de resent imiento y amargura . Si M é x i c o pres­

cindía de l a cuestión d e l patronato y n o buscaba sino el re­

m e d i o de sus necesidades espirituales ¿cómo podía tener a ú n

el p a p a esta i n e x p l i c a b l e complacenc ia con l a a n t i g u a me­

trópoli política?

Entre todos los motivos —decía la nota— que se alegan para desairar al gobierno de México y a toda la nación, ninguno le será más sensible que éste, ni i r r i tará más los ánimos de un pue­blo que justamente considera en el Romano Pontífice un padre tierno y común, el cual no hace distinción alguna entre el j u d í o y el gentil, sino que recibe a todos con entrañas de caridad... Entre el México del año de 1821 y el mismo en el año de 1830 no hay otra diferencia que la de que en el primero estaba sujeto a la España, y ahora es libre. Pues qué, ¿nuestra independencia es a los ojos de Roma un crimen para que trate a los mexicanos como si fuesen espurios?40

P o r todo l o anter ior , y sobre t a n f i rme dialéctica, l a me­

m o r i a a n e x a a l a histórica n o t a m e x i c a n a d e l 11 de octubre

de 1830, re i tera su i n f l e x i b l e d e m a n d a en los siguientes tér­

m i n o s :

No quiere que sus Obispos estén desautorizados, sino por el contrario que tengan todo el brillo, todo el esplendor de que al l í han estado siempre rodeados, y gocen de la extensión de sus fa­cultades inherentes a su dignidad, a fin de que desplegando toda la fuerza de su carácter espiritual puedan conservar la Religión, reparar las quiebras que ha sufrido en la larga horfandad de las Iglesias, y defenderla de los asaltos de la impiedad y del protes­tantismo, de que desgraciadamente está rodeada aquella Repú­blica. Quiere unos prelados que miren como un rebaño propio a los pueblos, y que éstos consideren a aquellos como a sus propios Pastores, y no como unos mercenarios.4i

A esta n o t a contestó e l V a t i c a n o de l a m a n e r a más a n t i d i ­

plomática , pues a l m i s m o t i e m p o que r a t i f i c a b a su posición,

mostró querer dar p o r t e r m i n a d a l a discusión y colocar a

nuestro m i n i s t r o ante u n hecho consumado, p a r a l o c u a l le

e n v i a b a los Breves de designación de los obispos propuestos

p o r e l g o b i e r n o m e x i c a n o , pero como obispos in parübus,

c o n carácter de vicarios apostólicos.

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 53

F u e entonces cuando, según las circunstancias l o exigían,

tomó Vázquez , p o r sí y ante sí, u n a resolución heroica. E n

p r i m e r l u g a r , devolv ió los pliegos de n o m b r a m i e n t o , m a n i ­

festando que n o tomaría sobre sí e l encargo de persuadir a

su gobierno que se c o n f o r m a r a con l o que se le daba, p o r q u e

aparte de tener instrucciones terminantes en otro sentido,

" h a r í a traición a su conc ienc ia e inút i lmente se expondría a

l a animadversión tanto d e l g o b i e r n o q u e le h a h o n r a d o con

su conf ianza c o m o a l a de t o d a l a R e p ú b l i c a " . 4 2 E n seguida,

y jugándose e l todo p o r e l todo, expresó en l a m i s m a n o t a

q u e en caso de que e l p a p a n o v a r i a r a de d i c t a m e n , n o

le quedaría otro recurso q u e regresar a su país, p o r l o que

"desde ahora , a u n q u e c o n el más v i v o d o l o r de su corazón,

p i d e a S u E m i n e n c i a que c o n l a fatal respuesta se s irva expe­

d i r l e sus pasaportes".

L a amenaza surtió tan b u e n efecto, que a los pocos días

(17 de n o v i e m b r e ) le contestó el cardenal A l b a n i ofreciéndole

q u e el p a p a apuraría todos los medios p a r a l legar a u n aveni­

m i e n t o , y que entretanto le pedía posponer en algo su viaje.

Seguro de su estrategia, respondió a su vez Vázquez, e l 20 de

n o v i e m b r e , q u e sólo podía esperar hasta e l 15 d e l p r ó x i m o

mes de d i c i e m b r e , p o r q u e había d e c i d i d o embarcarse en B u r ­

deos el i ° de febrero d e l siguiente año.

Quedaremos s iempre c o n l a c u r i o s i d a d de saber qué ha­

b r í a pasado, q u i é n habría s ido el vencedor y quién el ven­

c i d o en esta v i v a controvers ia en que, de u n a parte a l menos,

se había l legado a u n a posición irreversible (el point of no

return, como d i c e n los diplomáticos), y de haberse re t i rado

efectivamente Vázquez , qué habría sido de l a Iglesia m e x i ­

c a n a , si h u b i e r a p o d i d o superar u n a vez más, en esta p r u e b a

e x t r e m a , el p e l i g r o d e l c isma.

Son estos otros tantos futur ib les o preteribles de i m p o s i ­

b l e di lucidación, p o r l a senci l la razón de que aquí también,

c o m o en los grandes confl ictos trágicos de l a l i t e r a t u r a , se

i n t e r p u s o p a r a su solución el imprevis to deus ex machina, c o n

l a m u e r t e d e l p a p a Pío v i n , acaecida e l i ° de d ic iembre . Váz­

quez decidió entonces, como era n a t u r a l , esperar hasta l a

e lecc ión de l n u e v o pontífice, p o r l o menos p a r a ver si resul-

5 4 ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

taba en provecho de su causa. P o r su mente debió pasar a q u e l

pensamiento que otro diplomático expresaría más tarde en l a

c o n o c i d a frase " M o n oeuvre est á r e c o m m e n c e r . . . "

N o fue necesario a fortunadamente , p o r q u e a p a r t i r de

a q u e l m o m e n t o todo corrió b i e n . " R u e g u e usted a D i o s q u e

nos dé u n pontíf ice amigo de M é x i c o " , cuenta Vázquez q u e

le d i j o e l cardenal C a p e l l a r i antes de entrar a l cónclave, y

en efecto, así fue. E l m i s m o cardenal M a u r o C a p e l l a r i fue

elegido p a p a , tomó e l n o m b r e de G r e g o r i o x v i , y era el g r a n

amigo de M é x i c o : "Estos mexicanos son más católicos q u e

nosotros", d i j o a l g u n a vez. F u e él q u i e n desde 1825 l u c h ó

p o r d a r obispos residenciales a las iglesias h ispanoamerica­

nas, y q u i e n , además, emit ió u n d i c t a m e n secreto (que p o r

entonces n o fue n a t u r a l m e n t e conocido) , p o r c o m p l e t o favo­

rable a l a reclamación m e x i c a n a c o n t r a el Breve Etsi iam

diu, e l c u a l , en concepto de l d i c t a m i n a n t e , había s ido "efecto

de informaciones siniestras, de l a c a l u m n i a y de las i n t r i g a s " .

L o s actos de l n u e v o pontíf ice estuvieron t a n de acuerdo

con estos antecedentes, que en e l p r i m e r consistorio que ce­

lebró, e l mes m i s m o de su elección, c o n fecha 28 de febrero

de 1831, publ icó solemnemente l a preconización de seis obis­

pos residenciales p a r a M é x i c o , según habían sido propues­

tos p o r nuestro gobierno ( u n patronato de hecho, si n o de

derecho), y entre los cuales e l dest inado a P u e b l a era prec i ­

samente e l agente diplomático d o n Francisco P a b l o Vázquez,

y n u n c a h u b o p o r cierto m i t r a t a n b i e n ganada. H a b í a de

ser él también q u i e n , consagrado luego en R o m a , haría a su

vez otro tanto, a l regresar a su p a t r i a , c o n los otros c i n c o

electos de l a Iglesia m e x i c a n a .

A l recibirse l a n o t i c i a en M é x i c o , según c o m u n i c a b a a su

gobierno e l agente francés Cochelet , h u b o r e p i q u e de campa­

nas p o r tres días, y p o r tres noches i luminación general . C o n

m a y o r sobriedad, e l general Bustamante , a l c lausurar las se­

siones o r d i n a r i a s d e l Congreso e l 21 de m a y o de 1831, ex­

presaba e n l a siguiente f o r m a l a satisfacción de su g o b i e r n o :

La Iglesia mexicana, por tanto tiempo privada de pastores, ad­quir i rá pronto un nuevo esplendor por la provisión de las mitras

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 55

vacantes, que ha sido el resultado de las negociaciones que se han seguido con la Santa Sede.43

Q u e d a b a a ú n pendiente l a cuestión d e l r e c o n o c i m i e n t o

polít ico, pero se había o b t e n i d o l o q u e más angustiosamente

i m p o r t a b a n o sólo a l a Iglesia, s ino a l Estado m i s m o , como

era l a superv ivencia de l a c r i s t i a n d a d m e x i c a n a c o n el resta­

b l e c i m i e n t o de l a jerarquía. Y se había alcanzado a l o largo

de u n a b a t a l l a d ip lomát ica ejemplar, en l a c u a l h u b o con­

j u n t a m e n t e p r u d e n c i a y coraje, y q u e fue, además, u n caso

t a l vez único e n l a h i s t o r i a m e x i c a n a , de l a u n i d a d p r o f u n ­

d a entre e l g o b i e r n o y e l clero, de l a luc idez con q u e e l u n o

y el otro s u p i e r o n d i s t i n g u i r l o e s p i r i t u a l de l o t e m p o r a l , y

m a n t e n e r c o n l a m i s m a energía su fe re l ig iosa y su amor a

l a p a t r i a .

El reconocimiento de la Independencia. C o m o según aca­

bamos de ver, Monseñor Vázquez h u b o de regresar luego a

M é x i c o p a r a proveer a l a i n m e d i a t a restauración de l episco­

p a d o n a c i o n a l , q u e d ó nuestra L e g a c i ó n en R o m a a cargo de l

m i n i s t r o c o l o m b i a n o d o n Ignacio T e j a d a , hasta fines de 1833.

D e n o v i e m b r e de este año a m a r z o de 1835 ̂ a representación

m e x i c a n a ante l a Santa Sede recayó en d o n L o r e n z o de Za-

v a l a , q u i e n a l m i s m o t i e m p o era m i n i s t r o p l e n i p o t e n c i a r i o

e n F r a n c i a , c o n res idencia efectiva en París, y n o l legó ja­

más a trasladarse a R o m a . A l t e r m i n a r su comisión, p o r v i r ­

t u d de los cambios políticos habidos en México , nuevamente

v o l v i e r o n a q u e d a r nuestros archivos en R o m a , a cargo d e l

c o l o m b i a n o T e j a d a , a q u i e n se le d i e r o n las gracias p o r los

servicios q u e había prestado a nuestro gobierno " c o n el ca­

rácter de su encargado p r i v a d o e i n a c t i v o " . 4 4

U n a vez q u e c o n el restablecimiento de l a paz p u d o pres­

tarse a este negocio l a d e b i d a atención, el gobierno i n t e r i n o

d e l general d o n M i g u e l Barragán, con fecha 2 de septiem­

b r e de 1835, e x p i d i ó en favor de d o n M a n u e l D i e z de B o n i l l a

las cartas credenciales de E n v i a d o E x t r a o r d i n a r i o y M i n i s t r o

P l e n i p o t e n c i a r i o ante l a Santa Sede, y en n o v i e m b r e de l año

siguiente (no sabemos p o r qué tanta dilación) se e n c o n t r a b a

y a en R o m a e l nuevo agente m e x i c a n o .

ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

E n t r e l a Mis ión Vázquez y l a Misión D i e z de B o n i l l a h a ­

bía t e n i d o l u g a r u n acto i m p o r t a n t e de l a Canci l ler ía p o n t i ­

f ic ia , q u e en m u c h o contr ibuyó a fac i l i tar más a ú n los con­

tactos c o n las repúblicas hispanoamericanas. D a n d o de n u e v o

muestras de su f i n o sentido polít ico, G r e g o r i o x v i promulgó ,

e l 5 de agosto de 1831, su célebre constitución Sollicitudo

Ecclesiarum, en l a q u e se decía q u e las v ic is i tudes políticas

de los Estados n o debían i m p e d i r a l a Santa Sede el reme­

d i o de las necesidades espirituales, y en especial l a creación de

nuevos obispos, a u n q u e p a r a e l lo t u v i e r a q u e tratar con auto­

ridades " d e hecho" .

E r a u n a especie de traslación a l campo eclesiástico, como

luego se ve, de las doctr inas americanas (de Jefferson a Es­

trada) sobre r e c o n o c i m i e n t o de gobiernos, pero u n a n o v e d a d

r e v o l u c i o n a r i a en l a E u r o p a l e g i t i m i s t a de a q u e l l a época. P o r

o t r a parte , y a u n q u e el m o t i v o i n m e d i a t o de l a b u l a haya

sido el conf l i c to dinástico de P o r t u g a l entre d o n M i g u e l y

doña M a r í a de l a G l o r i a , es también i n d u d a b l e que se a p l i ­

caba directamente a l caso de Hispanoamérica, y todo i n d u c e

a creer q u e e l pontífice l a h a y a tenido i g u a l m e n t e en cuenta.

" P u e d e pensarse o b v i a m e n t e — d i c e L e t u r i a — • que Grego­

r i o x v i p u b l i c ó u n t a l d o c u m e n t o como f ruto de sus expe­

riencias e n el ocaso de l p a t r o n a t o regio en A m é r i c a y como

preparación d e l r e c o n o c i m i e n t o de aquellas r e p ú b l i c a s " . 4 5

C o m o q u i e r a que sea, D i e z de B o n i l l a supo hábi lmente,

desde su p r i m e r a entrevista con el Secretario de Estado, ape­

l a r a los términos de a q u e l l a Const i tuc ión p a r a apoyar su

pretensión de tratar c o n e l p a p a " t o d o l o que se d i r i g i e r a

p u r a m e n t e a los negocios eclesiásticos, único objeto de su

m i s i ó n " — l o c u a l era verdad, pues entre sus intrucc iones n o

estaba e l r e c o n o c i m i e n t o de l a independencia . 4 ^

C o m o poco antes, s i n embargo, había t e n i d o l u g a r el re­

c o n o c i m i e n t o o f i c i a l , p o r parte d e l V a t i c a n o , de ta N u e v a

G r a n a d a , e l p a p a juzgó acertadamente q u e n o podía hacer

menos c o n M é x i c o (por más que su gobierno n o l o sol ic i tara

formalmente) , y a l efecto, p o r n o t a d e l 5 de d i c i e m b r e de

1836, el c a r d e n a l L a m b r u s c h i n i comunicó a D i e z de B o n i l l a

<que q u e d a b a reconocido " e n l a c a l i d a d de E n v i a d o E x t r a o r -

RELACIONES DE MÉXICO CON EL VATICANO 5 7

d i n a r i o y M i n i s t r o P l e n i p o t e n c i a r i o de l a R e p ú b l i c a M e x i ­

c a n a " . 4 7 A los cuatro días, e l 9 de d i c i e m b r e , e l M i n i s t r o

m e x i c a n o fue solemnemente r e c i b i d o p o r el P a p a , a q u i e n

h izo entrega de sus cartas credenciales, q u e d a n d o así con­

sumado a l r e c o n o c i m i e n t o de nuestra i n d e p e n d e n c i a y esta­

blecidas o f i c ia lmente las relaciones entre l a R e p ú b l i c a y l a

Santa Sede.

A u n q u e t a n tardío en dar este paso, n o deja de ser inte­

resante e l observar que el V a t i c a n o se adelantó a España, en

unos días p o r l o menos, ya q u e e l T r a t a d o de Paz y A m i s t a d

entre M é x i c o y España, en e l que l a segunda reconocía igual ­

mente nuestra i n d e p e n d e n c i a , n o se f irmó en M a d r i d sino el

28 de d i c i e m b r e d e l m i s m o año de 1836.

E l general Bustamante , a l a b r i r las sesiones d e l Congreso,

e l i ° de j u n i o de 1837, d a b a cuenta d e l acontec imiento con

las siguientes palabras:

Su Santidad el Sumo Pontífice ha reconocido también la inde­pendencia de la nación, de la manera más satisfactoria, y en consecuencia, no se presenta ya embarazo para cultivar las rela­ciones con la Silla Apostólica.48

N O T A S

1 Pedro de LETURIA, Relaciones entre la Santa Sede e Hispanoamé­rica, Roma, 1 9 5 9 , 1, 1 7 0 .

2 LETURIA, op. cit., 1, 1 8 5 .

3 Ibid., 1, 1 2 .

4 Mariano CUEVAS, Historia de la Iglesia, en México, Tlalpan, 1 9 2 2 ,

11, 4 8 .

5 Jesús GARCÍA GUTIÉRREZ, Apuntes para la historia del origen y desenvolvimiento del regio patronato indiano hasta 18'57, México, 1 9 4 1 ,

P- 59-6 CUEVAS, op. cit., loe. cit. 7 Joaquín G A R C Í A ICAZBALCETA, Don Fray Juan de Zumárraga, Méxi­

co, 1 8 8 1 , p. 1 2 8 .

8 Recopilación de Indias, Leyes 1, 2 y 3 , Lib. 1, Tit . 9 .

» Cf. LETURIA, op. cit., 11, 7 8 .

1 0 Cf. William Spence ROBERTSON , "Russia and the emancipation of Spanish America", en The Hispanic American Historical Review, Vol. 2 1 ,

1 9 4 1 , pp. 197SS.

1 1 LETURIA, op. cit., 11, 2 3 5 .

ANTONIO GÓMEZ ROBLEDO

12 León XII y los países hispanoamericanos, México, 1924, Archivo Histórico Diplomático Mexicano, Núm. 9, p. 73.

13 CUEVAS, op. cit., E l Paso, Texas, 1928, v, 167.

14 México a través de los siglos, México, 1888, iv, 151.

15 Juan Francisco AZCÁRATE Y LEZAMA, Un programa de política in­ternacional, México, 1932, p. 43.

l « Las relaciones entre México y el Vaticano, México, 1928, Archivo Histórico Diplomático Mexicano, Núm. 27, p. xix.

17 AZCÁRATE Y LEZAMA, op. cit., pp. 43-44.

18 León XII y los países hispanoamericanos, pp. 49-50.

19 Ibid., pp. 15-16.

20 Ibid., p. vi. 21 Ibid., p. 37.

22 Ibid., pp. 45-46.

23 Ibid., pp. 28 y 30.

24 Ibid., pp. 26-27.

25 Ibid., p. 4.

26 Ibid., pp. 56-57.

27 CUEVAS, op. cit., v, 168.

28 Un siglo de relaciones internacionales de México a través de los mensajes presidenciales, México, 1932, Archivo Histórico Diplomático Mexicano, Núm. 39, p. 8.

29 León XII y los países hispanoamericanos, p. 12.

30 Las relaciones entre México y el Vaticano^ p. 38.

31 León XII y los países hispanoamericanos, p. 62.

32 Luis MEDINA ASCENCIO, La Santa Sede y la emancipación mexicana, Guadalajara, 1946, p. 94.

33 LETURIA, op. cit., 11, 314.

34 Vázquez al Cardenal Albani, en Las relaciones entre México y el Vaticano, p. 112.

35 Ibid., p. 36.

36 LETURÍA, op. cit., 11, 370.

37 Vázquez al Cardenal Albani, octubre 11, 1830, en Las relaciones entre México y el Vaticano, p. 83.

3 « Ibid. 39 MEDINA ASCENCIO, op. cit., p. 139.

40 Ibid., pp. 85-88.

41 Las relaciones entre México y el Vaticano, p. 87.

42 Ibid., p. 96.

43 Un siglo de relaciones internacionales de México, p. 34.

44 Las relaciones entre México y el Vaticano, p. 145.

45 LETURIA, op. cit., 11, p. 397.

4<> Las relaciones entre México y el Vaticano, p. 159.

47 Ibid., p. 165.

48 Un siglo de relaciones internacionales de México, p. 37.