influencia-indigena

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  • 5/27/2018 influencia-indigena

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    Influncia Indgena naLngua Portuguesa e naCultura Brasileira

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    Chegada dosPortugueses ao BrasilQuem so os ndiosPopulao em 1500

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    Principais povos indgenas: Tupi-Guarani : Ocupavam o Litoral e algumas reas do interior. J ou Tapuia: ocupavam o Planalto Central. Nu-Aruaque: ocupavam parte da Bacia Amaznica. Caraba: ocupavam o norte da Bacia Amaznica.

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    Descobrindo os ndios

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    Preliminares... Significado da

    palavra ndio; Populao estimada,

    em 1500, segundoDarcy Ribeiro; Principais etnias

    (divididas pordiferenas

    lingsticas eculturais)

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    Etnia Guarani Especulaes sobre o

    surgimento da etnia;

    Um povo dividido pela

    colonizao; Ser Guarani...

    Distribuio dos

    povos.

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    J ou Tapuia O significado do

    nome;

    Localizao;

    Os Ritos Funerrios.

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    Carabas Significado do nome;

    Localizao;

    Antropofagia;

    Primeiros nativos a

    terem contato com os

    espanhis;

    Dizimao da etnia.

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    Nu-Aruaque Significado do nome

    Localizao

    Rivalidade entre

    povos (Carabas)

    A Cultura da

    Mandioca.

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    A primeira impresso a que fica!

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    Humildade Posto que o Capito-mor desta frota

    e os outros capites escrevam avossa Alteza dando notcia do

    achamento desta vossa nova terra,que nesta navegao agora se

    achou, no deixarei tambm de darconta disso a Vossa Alteza da melhormaneira que puder, ainda que para obem contar e falar, o saiba fazer pior

    que todos. Tome Vossa Alteza,porm, minha ignorncia por boa

    vontade, e tenha certeza que noporei aqui, seja para embelezar ouenfear, mais do que aquilo que vi e

    me pareceu."

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    Sobre os ndios "A feio deles parda, um tanto

    avermelhada, com bons rostos ebons narizes, bem-feitos. Andam

    nus, sem nenhuma cobertura.No fazem o menor caso de

    encobrir ou de mostrar suasvergonhas, e nisso tm tantainocncia como em mostrar o

    rosto. Ambos traziam o lbio debaixo furado e metido nele seus

    ossos (...) agudos na ponta comofurador. (...) Os seus cabelos solisos. E andavam tosquiados (...)

    e rapados at por cima dasorelhas (...) "

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    O palhao Diogo Dias "Do outro lado do rio, andavammuitos deles, danando e folgando,

    uns diante dos outros, sem setomarem pelas mos. (...) Dirigiu-se,ento, para l, Diogo Dias, homem

    gracioso e de prazer. Levou consigo

    um gaiteiro e sua gaita. E meteu-se adanar com eles, tomando-os pelasmos; e eles folgavam e riam, e

    andavam com ele muito bem ao somda gaita. Depois de danarem, fez-lhes ali, andando no cho, muitas

    piruetas e salto mortal, de que eles seespantavam e riam muito. Mas comoDiogo Dias tocasse neles e os

    segurasse com essas brincadeiras,logo se tornaram esquivos como

    animais monteses (...)"

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    Gente Inocente "Parecem-me gente de tal inocncia que, se

    ns os entendssemos, e eles a ns,seriam logo cristos, porque parecem noter nenhuma crena. E portanto, se os

    degradados que aqui ho de ficaraprenderem bem sua fala e os entenderem,no duvido que eles (...) ho de se tornar

    cristos em nossa santa f. Portanto, VossaAlteza, que tanto deseja fazer crescer a

    santa f catlica, deve cuidar da salvaodeles . (...) Eles no lavram, nem criam.Nem h aqui boi, vaca, cabra, ovelha,galinha, ou qualquer outro animal que

    esteja acostumado a conviver com ohomem. (...) Nesse dia, enquanto ali

    andavam, danaram e bailaram sempre comos nossos, de maneira que so muito mais

    nossos amigos do que ns seus (...)"

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    Sonho das Origens... Os brancos desenham suas palavras porque seu

    pensamento cheio de esquecimento. Nsguardamos as palavras dos nosso antepassados

    dentro de ns h muito tempo e continuamospassando-as para os nossos filhos. As crianas,que no sabem nada dos espritos, escutam os

    cantos do xams e depois querem ver os espritospor sua vez. assim que, apesar de muito antigas,

    as palavras dos xapirip sempre voltam a sernovas. So elas que aumentam nossos

    pensamentos. So elas que nos fazem ver e

    conhecer as coisas de longe, as coisas dosantigos. o nosso estudo, o que nos ensina asonhar. Deste modo, quem no bebe o sopro dosespritos tem o pensamento curto e enfumaado;quem no olhado pelos xapirip no sonha, s

    dorme como um machado no cho.

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    As Lnguas Indgenas

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    LnguasAtualmente, mais de 180 lnguas e dialetos so

    falados pelos povos indgenas no Brasil. Elasintegram o acervo de quase seis mil lnguasfaladas no mundo contemporneo. Antes dachegada dos portugueses, contudo, s no Brasilesse nmero devia ser prximo de mil.

    As lnguas guardam entre si origens comuns,integrando famlias lingsticas, que, por suavez, podem fazer parte de divises maisenglobantes, os troncos lingsticos (Troncos efamlias).

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    Troncos e famliasDentre as cerca de 180 lnguas indgenas que existem hoje no Brasil, umasso mais semelhantes entre si do que outras, revelando origens comuns eprocessos de diversificao ocorridos ao longo do tempo.

    Os especialistas no conhecimento das lnguas (lingistas) expressam assemelhanas e diferenas entre elas atravs da idia de troncos e famliaslingsticas. Quando se fala em tronco, tm-se em mente lnguas cuja

    origem comum est situada h milhares de anos, as semelhanas entre elassendo muito sutis. As divises so: Tronco Tupi Tronco Macro-J Outras Famlias

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    Tronco Macro-J

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    Tronco Tupi

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    OUTRASFAMLIAS

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    Comparaode palavras de diferentes lnguasLnguas do tronco Tupi

    Fonte: Ayron DallIgna Rodrigues Lnguas brasileiras Para o conhecimento das lnguas indgenas, So

    Paulo, Edies Loyola, 1986, pgina 44.

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    Lnguas da Famlia Tupi-Guarani (Tronco Tupi)

    Fonte: Ayron DallIgna Rodrigues Lnguas brasileiras para o conhecimento das lnguas indgenas, So Paulo,Edies Loyola, 1986, pgina 32.

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    Lnguas da Famlia J (Tronco Macro-J)

    Fonte: Ayron DallIgna Rodrigues Lnguas brasileiras para o conhecimento das lnguas indgenas, SoPaulo, Edies Loyola, 1986, pgina 58.

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    Lnguas da Famlia Karib

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    Lnguas da Famlia Aruak

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    MultilingismoOs povos indgenas sempre conviveram com situaes demultilingismo. Isso quer dizer que o nmero de lnguas usadas por umindivduo pode ser bastante variado. H aqueles que falam e entendemmais de uma lngua ou que apenas entendem muitas lnguas e s falam

    uma ou algumas delas.Assim, no raro encontrar sociedades ou indivduos indgenas emsituao de bilingismo, trilingismo ou mesmo multilingismo.

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    Portuguesesendios

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    Existia um pequeno sistema de feitorias comerciais, nasquais os europeus negociavam, por exemplo, foices,machados, espelhos e facas, em troca de pau-brasil,inhame, pimenta e animais como macacos, papagaios e

    beija-flores.

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    Aps 1532, iniciou-se a efetiva colonizao do Brasil. Osndiospassaram a ser vistos no mais como parceiroscomerciais, mas como mo-de-obra para a colonizao.

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    Os ndios contriburam com suas tcnicas agrcolas

    adaptadas aos trpicos.

    Plantio da mandioca.

    Adoo do processo agrcola indgena chamado coivara,baseado na queimada, no plantio em montculos e no longodescanso da terra de cultura.

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    Caractersticas que fizeram com que uma grande quantidade dendios fosse eliminada:

    Para os ndios, o contato com os portugueses foi devastador, acomear pelos aspectos populacionais.

    Guerras motivadas pela busca de escravos.

    Grandes fomes que surgiam aps as guerras.

    Fuga dos ndios para regies de recursos desconhecidos.

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    Algo que tambm contribuiu com este fato foram as doenas trazidaspelos portugueses, tais como:

    Varola

    Catapora

    Gripe

    CoquelucheSarampo

    Malria

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    A lngua Braslica

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    O idioma inicialmente adotado por toda a populao

    envolvida no processo colonial foi a lngua dos ndiosTupinambs (tronco Tupi), chamada de Braslica.

    Os filhos que nasciam da unio entre portugueses e esposasndias recebiam o Tupi como lngua materna e,

    posteriormente, os que fossem meninos aprenderiam oportugus

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    A Companhia de Jesus

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    Chegaram ao Brasil em 1549.

    Implantaram as primeiras instituies de ensino do pas.

    Na viso deles, os ndios eram pagos a serem convertidos.

    Acreditavam que no existia salvao fora da igreja.

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    Pateo do Collegio(Colgio Jesuta) Imagem de 1840

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    Padre Jos de Anchieta

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    Em 1545 publicou: A arte de gramtica dalngua mais usada na costa do Brasil.

    Autor, ainda, de cerca de 30.000 versos em

    tupi, entre poemas, peas dramticas e obrasreligiosas de carter diverso.

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    Padre Antonio de ArajoPublicou, em 1618, o Catecismo na lngua Braslica

    Padre Lus Figueira

    Publicou, em 1621, A arte da lngua braslica

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    Orao do Pai ossoOre angapaba r-esOrbeOre r-er-ek-mem-sara supOre nhyr abOre mo-'ar-ukar umepTENTAO pup

    Ore pysyr-te epMba'e-aba suAMEN esu.

    Retirado de Catecismo na lngua Braslica,de Padre Antonio de Arajo

    Or r-ubYbak-y-pe t-ek-arI mo-et-pyr-amoNde r-era t'-o-kT'-o-ur nde REINOT'-o-nhe-monhang

    Nde r-emi-motara yby-peYbak-y-pe i nhe-monhangaabOr r-emi-'u'Ara abi'-ndaraE--me'eng kori orbe

    Nde nhyr

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    Lnguas Gerais no BrasilColnia

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    Lngua Geral PaulistaOriginada na lngua dos ndios Tupi de So Vicente e do alto rio Tiet.

    Era um pouco diferente da dos Tupinamb.

    Penetrou em reas jamais alcanadas pelos ndios tupi-guarani,influenciando a linguagem corriqueira de brasileiros.

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    Lngua Geral Amaznica Desenvolveu-se inicialmente no Maranho e Par, a partir do Tupinamb.

    Desde o final do sculo XIX, passou a ser conhecida tambm pelo nome deNheengatu (ieengat = lngua boa).Apesar das transformaes, continua sendo falada nos dias de hoje,

    especialmente na bacia do rio Negro (rios Uaups e Iana).

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    Declnio da Lngua Geral

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    Fatores que contriburam ao declnio da lngua geral

    Regies que no apresentaram emprego intenso indgena oumisses jesuticas, ou aquelas em que foi cedido espao aotrabalho escravo africano e menor importncia dos jesutas.

    Portugus em concorrncia com a lngua geral.

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    O ndio na LiteraturaBrasileira

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    Indianismo na LiteraturaO ndio era retratado como valente e nobre, livre das corrupes sociaise dos vcios da civilizao branca.Ele surge como digno representante danao brasileira, smbolo da nossa liberdade.

    M j d

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    Jos Martiniano de Alencarnasceu em Mecejana, estadodo Cear em 1 de maio de 1829.

    considerado o precursor do romantismo no Brasildentrode quatro caractersticas: indianista, psicolgico, regional ehistrico. Jos de Alencar utilizou como tema o ndio e oserto do Brasil. Em suas obras, valorizou a lngua faladano Brasil, a despeito de escritores da poca que usavam alngua de Portugal. Algumas de suas obras destacadas so:

    Indianistas: Ubirajara, Iracema, O Guarani.Psicolgicos: Diva, Lucola, Senhora, A Viuvinha.Regionalistas: O Sertanejo, O Tronco do Ip, O Gacho,Til.Histricos: As Minas de Prata, A guerra dos Mascates.

    IRACEMA

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    A obra conta a histria de amor vivida por Martin, um portugus, eIracema uma ndia tabajara. Eles apaixonaram-se quase que primeiravista. Devido a diferena tnica, por Iracema ser filha do paj da tribo e porIrapu gostar dela, a nica soluo para ficarem juntos, a fuga. Ajudadospor Poti, Iracema e Martim, fogem do campo dos tabajaras, e passam amorar na tribo de Poti (Pitiguara). Isso faz com que Iracema sofra, mas seuamor por Martim to mais forte, que logo ela se acostuma, ou pelo menos,

    no deixa transparecer. A fuga de Iracema faz com que uma nova batalhaseja travada entre os tabajaras e os pituguaras.

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    Toponmias e OutrosTermos Originados doTupi-Guarani

    TOPONMIA

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    Atibaia: gua limpa Capivari: rio das capivaras Tiet: Para alguns estudioso, "rio fundo" e para

    outros, "rio verdadeiro". Bauru: cesto de frutas. Ja: comedor, comilo, peixe fluvial. Itabira: pedra empinada, pedra que se ergue. Itu: salto, corredeira, cascata. Itapemirim: laje pequena. Ipanema: Rio imprestvel, impraticvel. Iraj: Ninho das abelhas, colmia.

    ANTROPONMIA

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    Araci: Me do dia, o nome da estrela d'alva Cau: Gavio Ceci: Me superior Guarabira: Nome de peixe Iaciara: Espelho da lua Irani: Abelhinha Jaci: Lua Janaina: Rainha dos lares Juara: Nome de uma palmeira de onde

    se extrai o palmito Jurema: Espcie de planta

    SUBSTANTIVOS PRPRIOSf h i

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    Abacaxi: fruta cheirosa Caboclo: procedente do mato Canga: o osso, caroo, ncleo, seco, enxuto Catapora: o fogo interno, febre eruptiva,

    erupo Pipoca: da pele estalando Caiara: cerca feita pelos indgenas em torno

    da taba Ita: rio das pedras Biboca: de lugar, casa acanhada, casa de barro,

    moradia humilde Caipira: de vergonhoso, roceiro, aldeo Paoca: de bolo esmigalhado mo

    A Cultura Indgena

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    Quando o portugus chegouDebaixo duma bruta chuva

    Vestiu o ndioQue pena!Fosse uma manh de solO ndio teria despidoO portugus.

    Erro de portugus, poesia de Oswald de Andrade- 1925

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    Organizao das EtniasNo h diviso social

    No h acumulao de riqueza

    Regime Pr-SedentrioEducao dos jovens por meio da imitao, tradies e lendas

    Diviso sexual do trabalho

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    Religio Etnia Guarani Acreditavam em vrios outros deuses (foras da natureza).

    Nhanderu (deus) Criou o homem para viver em harmoniacom a natureza.

    Rituais de passagem gestao, nascimento, casamento,

    iniciao a vida adulta etc. Paj Homem mais sbio da tribo, ele a ligao entre o ndio

    e os deuses (natureza).

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    Pajelana contra os maus espritos - Etnia ParesiVIII Festa do ndio - Bertioga

    Msica, Danas eInstrumentos Todas as melodias e letras dos cnticos eram passados em sonho

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    Todas as melodias e letras dos cnticos eram passados, em sonho,aos pajs ou aos grandes guerreiros pelos deuses.

    Trocano: instrumento decomunicao. De acordo com o localque se golpeia e a variao, possvelouvir mensagens que so ouvidas at1k de distncia

    MaracInstrumento mais nobre. Agitadopelo Paj, na hora das invocaes, dossacrifcios e curas, exorcizava do corpo davtima os espritos maus.

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    Dana da Etnia MacuxiVIII Festa do ndio - Bertioga

    FolcloreLendas ligadas natureza:

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    O caipora:ndios e Jesutas o chamavam de Caiara, o protetor da caa e das matas. um ano de Cabelos Vermelhos com Pelo e Dentes verdes. Comoprotetor das rvores e dos Animais, costuma punir os agressores daNatureza e o caador que mata por prazer. muito poderoso e forte.

    Uma carta do Padre Anchieta datada de 1560, dizia: Aqui h certosdemnios, a que os ndios chamam Curupira, que os atacam muitasvezes no mato, dando-lhes aoites e ferindo-os bastante .

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    CulinriaAlimentao baseada em farinha de mandioca, peixe, mariscos e carne.

    Influncias Indgenas Marcantes na Cultura Brasileira

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    O costume de dormir em rede

    Arte da cestaria e da cermica

    Diversos usos da mandioca na culinria

    Banho dirio o brasileiro o povo que mais toma banho no

    mundo As cores alegres e as plumas do carnaval

    Expresses idiomticas:

    Andar na pindaba - pindaba uma madeira utilizada para fazer varas

    de pesca. Quando o ndio voltava apenas com ela, sem sorte na pescaria,dizia: Voltei na pindaba!

    Etnia Paresi Talk Show da Festa do ndio em Bertioga

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    Informaes e comparaes da cultura da etnia Paresi com a cultura dono-ndio brasileiro:

    CasamentoA mulher ndia no pode casar-se com um branco,mas o ndio pode casar-se com uma mulher branca.

    A mulher aos 20anos considerara velha.HomossexualidadeDe acordo com o chefe da aldeia, no existe nomeio deles, mas eles acreditam todos devem ser respeitados.

    Os ndiosque desejam estudar, seguir profisses, devem passarpor um contnuo processo de conscientizao para no perdersua cultura de origem.

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    O ndio Hoje

    Como so vistos:

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    Populaes indgenas so vistas ora de forma preconceituosa ora de formaidealizada pela populao brasileira.

    As popules rurais, que tm os ndios quase como competidores (em matriade recursos, terras etc.), os vem de forma preconceituosa. Dizem que osndios s querem guerrear, que eles no querem trabalhar. Chamam osindgenas de ladres, preguiosos e traioeiros e tentam assim justificar

    quaisquer aes contra eles.

    A populao urbana, que vive distanciada das terras indgenas, tem uma visoidealizada do ndio. Consideram os ndios donos de todas as terras e achamque, por serem seus primeiros habitantes, sabem cuidar da natureza sem

    depred-la. Tambm acreditam que os ndios so parte do passado, que estodesaparecendo, muito embora este dado j tenha sido comprovadocontraditoriamente.

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    Hoje: No Brasil, vivem cerca de 460 milndios, distribudos entre 225sociedades indgenas. Nmero que constitui aproximadamente 0,25% da populao brasileira.

    Esto contabilizados nesse nmero apenas os indgenas que vivem emaldeias. Estima-se que h entre 100 e 190 mil vivendo fora das terrasindgenas, incluindo em reas urbanas.

    H em torno de 63 referncias de ndios que nunca tiveram contato

    o resto da populao, alm daqueles que tentam obter, junto ao rgofederal indigenista, reconhecimento de sua condio indgena.

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    Como so vistos: A mentalidade das pessoas quanto existncia dos ndios j est mudando. Hoje, a

    populao est se conscientizando de que os indgenas so seus contemporneos.Vivem no mesmo pas, participam da economia, da elaborao de leis e passam porproblemas semelhantes, como as conseqncias da poluio ambiental.

    No momento, h uma preocupao dos brasileiros em buscar informaesatualizadas e confiveis sobre os ndios para entender quem so, como vivem,enfim, inserir ainda mais o ndio em suas vidas.

    Diversidade e identidade:

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    O Brasil possui uma grande diversidade tnica e lingstica.

    Pelo menos 180 lnguasso faladas pelos membros das 225 sociedades indgenasexistentes, as quais pertecem a mais de 30 famlias lingsticas diferentes.Conceitos importantes:- As sociedades indgenas modificam-se constantemente e reelaboram-se com o

    tempo, como qualquer outra cultura no mundo. relevante lembrar que issoaconteceria mesmo que os ndios no tivessem feito contato com outras sociedades,europia e africana, por exemplo.

    - No porque uma determinada sociedade indgena fala portugus ou veste roupasiguais s dos membros da sociedade com que entrou em contato que perdeu sua

    identidade ou que deixou de ser indgena. Ocorreu a o contato entre diversidadesculturais.

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    Lngua: A lngua o meio bsico de organizao dos humanos. atravs dela que podemos

    conhecer todo um universo cultural.

    H diversas maneiras de classificar as lnguas. Hoje, os lingistas preferem adotar aclassificao gentica.

    Consiste na reunio das lnguas que tenham uma mesma lngua, jextinta, como origem. Desta forma, as lnguas so agrupadas em famliaslingsticas, e essas famlias so reunidas em troncos lingsticos.

    H ndios que falam somente sua lngua, desconhecendo o portugus.Outros falam o portugus como sua segunda lngua.

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    Lngua:Troncos em que as famlias de lnguas indgenas so classificadas:

    - Tupi- Macro-J

    As famlias Karib, Pano, Maku, Yanoama, Mura, Tukano, Katukina,Txapakura, Nambikwara e Guaikuru no puderam ser atribudas anenhum tronco.

    Importante: o fato de duas sociedades indgenas diferentes falarem lnguaspertencentes a uma mesma famlia no implica que essas sociedadesconsigam entender-se mutuamente.

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    Demarcao e regularizao de terras:A regularizao das terras indgenas, por meio da demarcao, um fatormuito importante para a sobrevivncia fsica e cultural dos diversos povosindgenas que vivem no Brasil.

    Essa questo tem sido muito discutida atualmente. Os ndios reivindicam

    esse direito.

    Assegurar o direito terra para os ndios significa no s assegurar suasubsistncia, mas tambm garantir o espao cultural necessrio atualizaode suas tradies.

    Demarcao e regularizao de terras:

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    O processo de demarcao consiste em 4 fases, que so:

    - Identificao e delimitao- Demarcao fsica- Homologao- Registro

    As linhas-mestre do processo administrativo de demarcao das terras indgenasesto definidas na Lei n 6.001, de 19-12-1973, que conhecida como Estatuto dondio, e no Decreto n 1.775, de 08-01-1996.

    Esta legislao atribui FUNAI o papel de orientar e executar a demarcao dasterras, atividade executada pela Diretoria de Assuntos Fundirios (DAF).

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    Finalizao: Comentrios gerais

    Polmica do direito de patente

    VIII Festa Nacional do ndio

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    Os Ashaninka constituem, sem dvida, um dos povos indgenas mais numerosos da florestatropical da Amrica do Sul. So encontrados em inmeros rios da selva amaznica.

    Ashaninka (AC)

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    Conhecidos como Bororo Oriental, Orarimogodgu, Coroados ou Parrudos, habitam o Estadode Mato Grosso. Praticam os rituais da Furao de Orelha.

    Bororo (MT)

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    Habitam as Terras Indgenas Kanela Buriti Velho, no Maranho, demarcadas, registradase homologadas. Se autodenominam Apniekra ou Ramkkamekra.

    Gavio (PA)

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    Um dos primeiros povos indgenas a ter contato com os portugueses, sendo um dos maispopulosos no Brasil. Na festa, so representados pela comunidade Rio Silveira, localizadaem Berioga.

    Guarani (SP)

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    Os ndios Kalapalo vivem no Parque Indgena do Xingu, no Estado do Mato Grosso. Elesclassificam seus rituais pblicos em dois tipos:egitsu(eventos que envolvem a participao deconvidados de outras aldeias alto-xinguanas) e undufe(rituais incluem apenas os membros deuma aldeia particular).

    Kalapalo (MT)

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    Habitam a Terra Indgena do Paruqe do Araguaia na Ilha do Bananal, no Tocantins. Umacaracterstica entre os Karaj a diferenciao entre a fala das mulheres e crianas e a doshomens.

    Karaj (TO)

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    Os Kuikuro so, hoje, o povo com a maior populao no Alto Xingu. Eles constituem umsub-sistema carib com os outros grupos que falam variantes dialetais da mesma lngua(Kalapalo, Matipu e Nahukw).

    Kuikuro (MT)

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    Os Macuxis vivem no extremo norte de Roraima e na Guiana. Sendo cerca de 19 no Brasile 9,5 mil na Guiana Francesa.

    Macuxi (RR)

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    Vivem na Terra Indgena Paresi, no Mato Grosso. Entre os Paresi, o futebol de cabea praticado durante grandes cerimnias. A bola utilizada nos jogos fabricada com a seiva demangabeira.

    Paresi Haliti (MT)

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    Os Yanomami formam uma sociedade de caadores-agricultores da floresta tropical doNorte da Amaznia cujo contato com a sociedade nacional , na maior parte do seuterritrio, relativamente recente.

    Yanomami (RR)

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    Habitam o Parque Indgena do Xingu, localizado na regio central do Brasil, no Estado doMato Grosso. No local, existem 16 etnias, habitando 36 aldeias.

    Yawalapiti (MT)

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    Habitam a parte sul da TI Rio Gregrio. Essa terra indgena, localizada no municpio deTarauac, foi a primeira a ser demarcada no Acre, e ocupa a cabeceira deste afluente doJuru.

    Yawanawa (AC)

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    Os ndios YeKuana vivem no noroeste do Estado de Roraima e na Venezuela. Eles soagricultores, coletores e praticam a caa e a pesca, possuem ainda pequenos animaisdomsticos, especialmente ces e aves.

    YeKuana (RR)

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    Os ndios Xavantes habitam cerca de 70 aldeias em oito reas que constituem seu territrio,Serra do Roncador e pelos Rios da Morte, Culuene, Couto Magalhes, Boitivi e Garas noleste mato-grossense.

    Xavantes (MT)

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