inferência estatística – testes de hipóteses · situações comuns em testes de hipóteses a...

48
1 Introdução: hipóteses e erros de conclusão Testes de hipóteses para uma e duas médias Testes de hipóteses para uma e duas variâncias Testes de hipóteses para uma e duas proporções Inferência Estatística – Testes de Hipóteses Profª Lisiane Selau

Upload: others

Post on 17-Oct-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

1

� Introdução: hipóteses e erros de conclusão

� Testes de hipóteses para uma e duas médias

� Testes de hipóteses para uma e duas variâncias

� Testes de hipóteses para uma e duas proporções

Inferência Estatística –

Testes de Hipóteses

Profª Lisiane Selau

Page 2: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

2

Passos para construção de um teste de hipóteses

1. Definir as hipóteses estatísticas.

3. Escolher a estatística para testar a hipótese e

verificar as pressuposições para o seu uso.

2. Fixar a taxa de erro aceitável (α - nível de significância).

5. Decidir sobre a hipótese testada e concluir.

4. Usar as observações da amostra para calcular o valor

da estatística do teste.

Profª Lisiane Selau

Page 3: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

3

Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ

1. Comparação de uma média (µµµµ) com um valor padrão (µµµµ0)

2. Comparação entre duas médias (µµµµ1 e µµµµ2)

�Duas amostras independentes

� σ12 e σ2

2 conhecidas

� σ12 e σ2

2 desconhecidas, mas iguais

� σ12 e σ2

2 desconhecidas, mas diferentes

�Duas amostras dependentes (pareadas)

� σ2 conhecida ou n > 30

� σ2 desconhecida e n ≤ 30

Profª Lisiane Selau

Page 4: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

N(0,1)~

n

XZ

σ

μ0−=

Pressuposição: A variável em estudo tem distribuição normal

e variância σ2 conhecida (ou n > 30)

Hipótese sob verificação:0μμ =:H0

Estatística do teste:

1.Comparação de uma média (µµµµ) com um valor padrão (µµµµ0)

Valor que deve

ser calculado

na amostra

4Profª Lisiane Selau

Page 5: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

5

Pressuposição: A variável em estudo tem distribuição normal

e variância σ2 desconhecida (e n ≤ 30)

Hipótese sob verificação:0μμ =:H0

~ tνEstatística do teste:

onde:

ν = n – 1

nS

μXT 0−

=

1.Comparação de uma média (µµµµ) com um valor padrão (µµµµ0)

Valor que deve

ser calculado

na amostra

Profª Lisiane Selau

Page 6: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

6

αααα/2

tα/2

αααα/2

-tα/2 0

Não rejeição de H0

���� Se o valor t (calculado na amostra) estiver entre -tα/2 e tα/2, não temos

motivos para rejeitar H0

���� Se o valor t (calculado na amostra) for menor que -tα/2 ou maior que tα/2,

rejeitamos H0

Rejeição de H0

Rejeição de H0

Este limite é dado

pelos valores críticos.

≠A 0H :μ μ

=0 0H :μ μ

n

S

μXT 0−

=

Critério de decisão – Teste bilateral

HA bilateral supõe que a diferença

é negativa ou positiva.0X - μ

Mas quão grande

será essa diferença para ser considerada

significativa?

Profª Lisiane Selau

Page 7: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

7

0 tα

αααα

Rejeição de H0

���� Se o valor t (calculado na amostra) for menor que tα, não temos

motivos para rejeitar H0

���� Se o valor t (calculado) for maior que tα, rejeitamos H0

Não rejeição de H0

HA unilateral direitasupõe que a diferença

é um valor positivo.0X - μ

n

S

μXT 0−

=

Critério de decisão – Teste unilateral

Mas quão grande

será essa diferença para ser considerada

significativa?

Este limite é dado

pelo valor crítico.

>A 0H :μ μ

=0 0H :μ μ

Profª Lisiane Selau

Page 8: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

8

0-tα

αααα

Não rejeição de H0

Rejeição de H0

���� Se o valor t (calculado na amostra) for maior que -tα, não temos

motivos para rejeitar H0

���� Se o valor t (calculado) for menor que -tα, rejeitamos H0

Mas quão grande

será essa diferença para ser considerada

significativa?

Este limite é dado

pelo valor crítico.

HA unilateral esquerdasupõe que a diferença

é um valor negativo.0X - μ

<A 0H :μ μ

=0 0H :μ μ

n

S

μXT 0−

=

Critério de decisão – Teste unilateral

Profª Lisiane Selau

Page 9: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

9

Exemplo: Um processo deveria produzir bancadas com 0,85 mde altura. O engenheiro desconfia que as bancadas que estãosendo produzidas são diferentes que o especificado. Umaamostra de 8 valores foi coletada e indicou média de 0,87 edesvio padrão de 0,010. Sabendo-se que os dados seguem adistribuição normal, teste a hipótese do engenheiro usando umnível de significância α=0,05.

Solução:

nS

μXT 0−

=

0,85H0: µ =

0,85HA: µ ≠

0,87 - 0,85= 5,66

0,010/ 8tc =

1) 2) α=0,05

3) Pressuposição: A variável em

estudo tem distribuição normal

4)

5)0,025 0,025

Não se rejeita H0Rejeita H0Rejeita H0

Conclusão: Ao nível de 5% de significância, conclui-se que as

bancadas que estão sendo produzidas devem ter alturadiferente do especificado, maiores que 0,85m.

-2,365 +2,3650

ν=n-1=7

Profª Lisiane Selau

Page 10: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exemplo: A associação dos proprietários de indústrias

metalúrgicas está preocupada com o tempo perdido em

acidentes de trabalho, cuja média, nos últimos tempos, tem sido

da ordem de 60 horas/homem por ano com desvio padrão de

20 horas/homem, segundo a distribuição normal. Tentou-se um

programa de prevenção de acidentes e, após o mesmo, tomou-

se uma amostra de 9 indústrias e mediu-se o número de

horas/homem perdidas por acidente, que foi de 50 horas. Você

diria, ao nível de 5%, que há evidência de melhora?

Solução:

As hipóteses a serem testadas são:

H0: µ = 60 hora/homens

HA: µ < 60 hora/homens

10

1)

3)3)

Profª Lisiane Selau

2) α=0,05

Page 11: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Solução:

Isto quer dizer que a diferença apresentada na amostra não é

suficientemente grande para provar que a campanha de

prevenção deu resultado. Então a conclusão é:

“Não é possível, ao nível de 5% de significância, afirmar

que a campanha deu resultado. ”

1,50

920

6050

μXz 0 −=

−=

−=

11

4)

5)

Profª Lisiane Selau

Page 12: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

12

Exemplo: O tempo médio, por operário, para executar uma tarefa,tem sido 100 minutos, segundo a distribuição normal. Introduziu-seuma modificação para diminuir este tempo, e, após certo período,sorteou-se uma amostra de 16 operários, medindo-se o tempo deexecução gasto por cada um. O tempo médio da amostra foi 91minutos com desvio padrão de 12 minutos. Este resultadoevidencia uma melhora no tempo gasto para realizar a tarefa?Apresente as conclusões ao nível de 5% de significância.

Solução:

H0: µ = 100

HA: µ < 100

Rejeita-se H0 ao nível de 5% de significância e pode-se concluir que amodificação deve ter diminuído o tempo de execução da tarefa.

α=0,05ν=n-1=15

T =

ns

μx 0−

-1,753

=

1612

10091− = -3

1)

3)

2)

4)

5)

Profª Lisiane Selau

3)

Page 13: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exercício: Medidos os diâmetros de 31 eixos de um lotealeatório, produzido pela empresa “Sofazredondo S.A.”obteve-se a distribuição abaixo:

Ao nível de significância de 5%, há evidência de que odiâmetro médio dos eixos esteja fora da especificação de57 mm?

Zc = -2,557

Diâmetros (em mm) 56,5 56,6 56,7 56,8 56,9 57,0 57,1 57,2 57,3

Número de eixos 1 2 2 4 10 5 4 2 1

13Profª Lisiane Selau

Page 14: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

14

Valor p: Probabilidade de que seja obtido um valor de T

mais extremo que o valor observado, dado que H0 é

verdadeira

Outro critério de decisão

c

c

Profª Lisiane Selau

Page 15: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

15

Se p ≥ α

Não rejeitamos a hipótese de nulidade

c

Como tomar a decisão a respeito de H0?

� Se o valor p for maior ou igual a α: não rejeitamos a hipótese

nula, pois tc está em uma região de alta probabilidade

Profª Lisiane Selau

Page 16: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

16

Se p < α

Rejeitamos a hipótese de nulidade

c

Como tomar a decisão a respeito de H0?

� Se o valor p for menor que α: rejeitamos a hipótese nula,

pois tc está em uma região de baixa probabilidade

Profª Lisiane Selau

Page 17: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exemplo: programa de prevenção de acidentes

“Não é possível, ao nível de 5% de significância, afirmar

que a campanha deu resultado. ”

1,50

920

6050

μXz 0 −=

−=

−=

H0: µ = 60 hora/homensHA: µ < 60 hora/homens

-1,645 -1,50

p = 0,0668

α = 0,05

17Profª Lisiane Selau

Page 18: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

18Profª Lisiane Selau

Page 19: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

19

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (6,68%) é maior que a

significância do teste (5%), não é possível rejeitar a hipótese nula.

zc = -1,5 α = 0,05 (unilateral)

Profª Lisiane Selau 19

Page 20: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

20

Exercício: O tempo médio, por operário, para executar uma tarefa, temsido 100 minutos, segundo a distribuição normal. Introduziu-se umamodificação para diminuir este tempo, e, após certo período, sorteou-seuma amostra de 16 operários, medindo-se o tempo de execução gastopor cada um. O tempo médio da amostra foi 91 minutos com desviopadrão de 12 minutos. Este resultado evidencia uma melhora no tempogasto para realizar a tarefa? Apresente as conclusões ao nível de 5% designificância.

Solução:

H0: µ = 100

HA: µ < 100

Rejeita-se H0 ao nível de 5% de significância e pode-se concluir que amodificação deve ter diminuído o tempo de execução da tarefa.

α=0,05 e ν=n-1=15

tc =

ns

μx 0− =

1612

10091− = -3

-1,753

Qual o valor p?p < αααα

p ≅≅≅≅ 0,005 (0,5%)

Profª Lisiane Selau

Page 21: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

21Profª Lisiane Selau

Page 22: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

22

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (0,45%) é menor que

a significância do teste (5%), é possível rejeitar a hipótese nula.

tc = -3 α = 0,05 (unilateral) ν = n-1 = 15

Profª Lisiane Selau 22

Page 23: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

N(0,1)~

n

σ

n

σ

XXZ

2

22

1

21

21

+

−=

Pressuposições:

A variável em estudo tem distribuição normal

As variâncias σ12 e σ2

2 são conhecidasAs amostras retiradas das populações são independentes

Hipótese sob verificação:210 μμ:H =

Estatística do teste:

2. Comparação entre duas médias (µµµµ1 e µµµµ2)

Valor que deve ser

calculado na amostra23Profª Lisiane Selau

Page 24: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

0,02

0

0,020,96

-2,055 +2,055

Exemplo: Um fabricante produz dois tipos de pneus. Para o pneu do

tipo A o desvio padrão da durabilidade é de 2500 km e para o pneu dotipo B é de 3000 km, seguindo a distribuição normal. Uma empresa de

táxis testou 50 pneus do tipo A e 40 do tipo B, obtendo 24000 km demédia para o tipo A e 26000 para o tipo B. Adotando α = 4% testar ahipótese de que a duração média dos dois tipos é a mesma.

Solução:

Portanto, rejeita-se a hipótese de igualdade entre as durações médias

dos dois tipos de pneus. Com base nestas amostras, pode-se afirmar,ao nível de 4% de significância, que os dois tipos de pneus diferemquanto a durabilidade média, sendo o tipo B melhor que o tipo A.

As hipóteses são:

H0: µA = µB

HA: µA ≠ µB

α = 4%

3,38

40

3000+

50

2500

2600024000z

22c −=−

=

24Profª Lisiane Selau

3)

3)

1)

2)

5)

4)

Page 25: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

25

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (0,07%) é menor que

a significância do teste (4%), é possível rejeitar a hipótese nula.

zc = -3,38 α = 0,04 (bilateral)

Profª Lisiane Selau 25

2x

Page 26: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

26

Pressuposições:

A variável em estudo tem distribuição normal

As variâncias σ12 e σ2

2 são desconhecidas mas supostas iguaisAs amostras retiradas das populações são independentes

Hipótese sob verificação:210 :H μμ =

~ tνEstatística do teste:

onde:

ν = (n1 – 1) + (n2 – 1)

2. Comparação entre duas médias (µµµµ1 e µµµµ2)

2

21

21

Sn

1

n

1

XXT

+

−=

Valor que deve ser

calculado na amostra

( ) ( )( ) ( )1n1n

1nS1nSS

21

2221

212

−+−

−+−=

Profª Lisiane Selau

Page 27: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

27

Exemplo:

Dez cobaias adultas criadas em laboratório, foram separadas,

aleatoriamente, em dois grupos: um foi tratado com ração

normalmente usada no laboratório (padrão) e o outro grupo foi

submetido a uma nova ração (experimental). As cobaias foram

pesadas no início e no final do período de duração do experimento.

Os ganhos de peso (em gramas) observados foram os seguintes:

Utilize um teste de hipótese, ao nível α = 0,01, para verificarse as duas rações diferem entre si quanto ao ganho de peso.

Ração experimental 220 200 210 220 210

Ração padrão 200 180 190 190 180

210 μμ :H =α = 0,01

21A μμ :H ≠

2x = 188

= 70

Experimental

2

1s

n1 = 5

= 212

= 70

Padrão

n2 = 5

1x

2

2s

Profª Lisiane Selau

Page 28: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

28

Pressuposições: variável ganho de peso com distribuição

normal, amostras independentes e supõe-se que .

4,54

705

1

5

1

188212tc =

+

−=

2

2

2

1 σ=σ

2

21

21

Sn

1

n

1

XXT

+

−=

( ) ( )( ) ( )1n1n

1nS1nSS

21

2221

212

−+−

−+−=

Conclusão: ao nível de 1%, conclui-se que a ração experimental

deve dar maior ganho de peso que a ração padrão.

⇒ H0 é rejeitada

α=0,01 e ν=(n1-1)+(n2-1)=8

( ) ( )( ) ( )

701515

157015702s =−+−

−×+−×=

0,005 0,005

0,99

3,355-3.355

Profª Lisiane Selau

Page 29: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

29

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (0,19%) é menor que

a significância do teste (1%), é possível rejeitar a hipótese nula.

tc = 4,54 α = 0,01 ν = (n1-1)+(n2-1) = 8

Profª Lisiane Selau 29

Page 30: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exercício: Um engenheiro desconfia que a qualidade de

um material pode depender da matéria-prima utilizada.

Há dois fornecedores de matéria-prima sendo usados.

Testes com 10 observações de cada fornecedor

indicaram:

Use um nível de significância α = 0,05 e teste a hipótese

do engenheiro.

Obs.: Considere que as duas variâncias populacionais iguais.

101,2t11,1t 18;025,0c =<=

39 x1 = 7s1 =43x2 = 9s2 =

30Profª Lisiane Selau

Page 31: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

31

2

22

1

21

21

n

S

n

S

XXT

+

−=

Pressuposições:

A variável em estudo tem distribuição normal

As variâncias σ12 e σ2

2 são desconhecidas e desiguaisAs amostras retiradas das populações são independentes

Hipótese sob verificação: 210 :H μμ =

~ tνEstatística do teste:

onde:

2. Comparação entre duas médias (µµµµ1 e µµµµ2)

Valor que deve ser

calculado na amostra 1n

)nS(

1n

)nS(

)nSnS(

2

22

22

1

21

21

2 2

221

21

−+

+=ν

Profª Lisiane Selau

Page 32: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

32

Exemplo: As resistências de dois tipos de concreto, que segue o modelonormal, foram medidas, mostrando os resultados da tabela. Fixado umnível de significância de 10%, existe evidências de que o concreto do tipoX seja mais resistente do que o concreto do tipo Y?

Com estas amostras, ao nível de 10% de significância, não é possível afirmarque o concreto do tipo X seja mais resistente do que o concreto do tipo Y.

Tipo X 54 55 58 50 61

Tipo Y 51 54 55 52 53

Os dados obtidos da tabela são:

X = 55,6 e Y = 53,0

XS2 = 17,3 e YS2 = 2,5

H0: µX = µY

HA: µX ≠ µY

α = 0,10

2

22

1

21

21

n

S

n

S

XXT

+

−=

0,05 0,05

2,015-2,015

α = 10% e ν = 5

1,31

5

2,5

5

17,3

53,055,6=

+

−=

5,133,0554

15,6816

4

)52,5(

4

)517,3(

)52,5517,3(22

2

==

+

+=

1n

)nS(

1n

)nS(

)nSnS(

2

2

2

2

2

1

2

1

2

1

2 2

221

21

−+

+=ν

Profª Lisiane Selau

Page 33: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

33

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (24,71%) é maior que

a significância do teste (10%), não é possível rejeitar a hipótese nula.

tc = 1,31 α = 0,10 (bilateral) ν = 5

Profª Lisiane Selau 33

Page 34: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

34

α = 0,05No teste unilateral o valor t crítico é

menor porque a área a sua direita

deve corresponder a todo α. Assim, esta área é o dobro da área à direita do valor t crítico do teste bilateral.

Como consequência, um

valor t não rejeitado no teste bilateral pode ser

rejeitado no teste unilateral. Portanto, o teste unilateral

é mais poderoso que o teste bilateral.

Profª Lisiane Selau

Page 35: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

35

���� Os intervalos de confiança e os testes de hipóteses

bilaterais são procedimentos estatísticos relacionados.

���� Se forem utilizados para analisar os mesmos dados, ao

mesmo nível de significância, devem conduzir aos mesmos

resultados.

���� O intervalo de confiança para a diferença entre duas

médias está relacionado com o teste de hipóteses que

compara duas médias.H0 não rejeitada ⇔ zero está coberto pelo intervalo

Considerações

���� O intervalo de confiança para uma média está relacionado

com o teste de hipóteses que compara uma média com um

valor padrão.

H0 não rejeitada ⇔ valor padrão está coberto pelo intervalo

Profª Lisiane Selau

Page 36: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Intervalo de confiança para uma média (µ)

IC (µ; 1−−−−α): ± tαααα/2n

SX

Estatística T para comparação de média (µ) com valor padrão (µ0)

n

S

μXT 0−

=

���� Se no teste de hipóteses, ao nível de 1% de significância,

rejeitamos H0, significa que a diferença entre a média e o valorpadrão não é zero, ou seja, média e valor padrão são diferentes.

Valor crítico: tαααα/2

���� Construindo o intervalo de confiança para µ, ao nível de 99%,devemos esperar que o valor padrão (µ0) esteja fora do intervalo.Caso contrário, os resultados seriam contraditórios.

36Profª Lisiane Selau

Page 37: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Intervalo de confiança para a diferença entre duas médias (µ1 − µ2)

Estatística T para a comparação entre duas médias (µ1 e µ2)

���� Se no teste de hipóteses, ao nível de 5% de significância, não

rejeitamos H0, significa que a diferença entre as duas médias é zero,ou seja, as médias devem ser iguais.

Valor crítico: tαααα/2

���� Construindo o intervalo de confiança, ao nível de 95%, para a

diferença entre as médias (µ1−µ2), devemos esperar que o valorzero seja coberto pelo intervalo.

IC ( ; 1−−−−α): ± tαααα/22

21

Sn

1

n

1

+21 XX −21 μμ −

2

21

21

Sn

1

n

1

XXT

+

−=

37Profª Lisiane Selau

Page 38: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

38

Exemplo: Um novo funcionário foi contratado para gerir os

estoques da empresa. Ele recebeu a informação de que a

quantidade semanal vendida de determinado produto é de 9,6kg.

Para testar a veracidade da informação, tomou uma amostra

aleatória de 30 semanas e verificou que a venda média do

produto foi de 9,3kg, com desvio padrão de 3,2kg. Considerando

que a variável em estudo segue a distribuição normal:

a) Verifique, utilizando teste de hipóteses ao nível de 5% de

significância, se a informação recebida pelo funcionário é

verdadeira.

b) Verifique se a informação é verdadeira, utilizando intervalo de

confiança ao nível de 95%.

c) Houve coerência entre os resultados do teste de hipóteses e

do intervalo de confiança?

Profª Lisiane Selau

Page 39: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

39

a) Teste de Hipótese

Variável em estudo: X = venda do produto (kg)

Pressuposição: A variável em estudo tem distribuição normal

1. Hipóteses estatísticas:

2. Taxa de erro aceitável: α = 0,05

9,6:HA ≠μ

9,6:H0 =μ

Profª Lisiane Selau

Page 40: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

40

a) Teste de Hipótese

4. Estatística do teste

5. Decisão e conclusão

Não rejeitamos H0. Concluímos, ao nível de 5% de significância,

que a quantidade média de venda semanal do produto não

difere significativamente do valor informado (9,6kg). Portanto, a

informação recebida pelo funcionário pode ser verdadeira.

ns

μxT 0−

= 0,5135

303,2

9,69,3−=

−=

0,025 0,025

2,045-2,045

α = 5% e ν = 29

Profª Lisiane Selau

Page 41: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

41

b) Intervalo de confiança

Variável em estudo: X = venda do produto (kg)

Pressuposição: A variável em estudo tem distribuição normal.

Estimativas:

=x 9,3

= =s 3,2

0,5842n 30

ν = 30 − 1 = 29

t0,025 (29) = 2,045

/2

SIC( ; 1 ) : X t

nα− ±µ α

Profª Lisiane Selau

Page 42: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

42

b) Intervalo de confiança

IC (µ; 0,95): 9,3 ± 2,045 × 0,5842

Limite inferior = 9,3 – 1,195 = 8,11

Limite superior = 9,3 + 1,195 = 10,50

P(8,11 < µ < 10,50) = 0,95

Concluímos que o intervalo de confiança, ao nível de 95%, para a verdadeira quantidade média semanal vendida do produto é de

8,11 a 10,50 kg.

c) Sim, o resultado do teste de hipóteses esta coerente com o do

intervalo de confiança, pois o valor padrão 9,6, que segundo o

teste de hipótese não difere de µ, está dentro do intervalo de

confiança, ou seja, é um valor possível para µ.

/2

SIC( ; 1 ) : X t

nα− ±µ α

Profª Lisiane Selau

Page 43: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

43

Comparação de Pares de Observações(Comparação de duas médias para amostras pareadas)

Em algumas situações os dados de duas populações são coletados ecomparados em pares. Isso é feito para impedir que fatores nãocontroláveis inflacionem as estimativas das variâncias.

Exemplo: desempenho dos alunos com método 1 e 2

X

hidratação da pele com creme 1 e 2

A hipótese testada é se existe diferenças significativas entre os pares

de observações, tendo como suposição que os dados seguem adistribuição normal.

O teste baseia-se na estatística:

1n

d

t~n/s

dT −=

)

)

)

)

21d

21d

21dA

21d0

( 0

( 0

( 0:H

( 0 :H

μμμ

μμμ

μμμ

μμμ

<<

>>

≠≠

==

Profª Lisiane Selau

Page 44: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

44

Exemplo: Cinco operadores de máquinas foram treinados emduas máquinas de diferentes fabricantes, para verificar qualdelas apresentava maior facilidade de aprendizagem. Mediu-seo tempo que cada um dos operadores gastou na realização deuma mesma tarefa com cada um dos dois tipos de máquinas.Os resultados estão na tabela. Ao nível de 5%, é possívelafirmar que a tarefa realizada na máquina X demora mais doque na máquina Y?

Solução:

H0: µX = µY (µd = 0)

HA: µX ≠ µY (µd ≠ 0)

Operador Maq. X Maq. Y

1 80 75

2 72 70

3 65 60

4 78 72

5 85 78

n/s

dT

d

=

di

5

2

5

6

7

α = 5%

Profª Lisiane Selau

Page 45: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

45

� = 5 e sd = 1,8708

Com 5% de significância, rejeita-se H0, e conclui-se que realizar atarefa com a máquina X deve demorar mais do que com amáquina Y.

Operador Maq. X Maq. Y

1 80 75

2 72 70

3 65 60

4 78 72

5 85 78

d

5,9851,8708/

5

n/s

dt

d

===

di

5

2

5

6

7

2,776-2,776

1-n

)d(dS

2i

d

∑ −=

n

dd

i∑=

� α = 5% e ν = n - 1 = 4

Profª Lisiane Selau

Page 46: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

46

Utilizando o Excel para obter o valor p:

Conclusão: Como a significância do resultado (0,39%) é menor que

a significância do teste (5%), é possível rejeitar a hipótese nula.

tc = 5,98 α = 0,05 (bilateral) ν = 4

Profª Lisiane Selau 46

Page 47: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exercício: Uma empresa quer verificar se o conhecimento de

seus funcionários a respeito de um determinado assunto

melhorou após 30 horas de treinamento. Para isso foi realizado

com os quinze alunos do treinamento um teste antes e após o

treinamento. Os dados a seguir representam as notas obtidas.

Conclua a respeito da eficiência do treinamento, utilizando 5%

de significância.

47

Func. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15

Antes 6,5 6,7 7,0 7,0 6,5 7,3 7,8 6,9 6,7 7,2 7,5 7,5 7,2 7,0 6,8

Depois 7,5 7,7 7,9 8,0 7,4 8,3 8,8 8,9 7,7 8,2 8,5 8,5 8,2 8,0 8,8

Difer. 1,0 1,0 0,9 1,0 0,9 1,0 1,0 2,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 2,0

360S

121d

d ,

,

=

=

Profª Lisiane Selau

Page 48: Inferência Estatística – Testes de Hipóteses · Situações comuns em testes de hipóteses a respeito de µµµµ ... σ2 conhecida ou n > 30 ... minutos com desvio padrão de

Exercício: Duas espécies de um certo tipo de cereal estão

sendo testadas quanto ao seu crescimento. O experimento foi

feito escolhendo 10 blocos de terreno e plantando em cada

bloco mudas de ambas as espécies. Os resultados a seguir são

as alturas medidas ao final do primeiro mês. Utilizar α = 0,05

Os dados deste experimento foram coletados aos pares para

impedir que as diferenças de fertilidade entre os blocos de

terreno (que podem ser grandes) mascarem os resultados.

Terreno 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Espécie 1 22 27 18 33 25 21 15 33 21 24

Espécie 2 21 31 24 32 29 23 19 37 22 27

262,2t54,3t 9;025,0c =>=

48Profª Lisiane Selau