indicadores para a gestão de resíduos sólidos em aeroportos e sua
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Indicadores para a gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos e sua aplicaccedilatildeo no Aeroporto Internacional
de Viracopos Campinas Satildeo PauloIndicators for solid waste management in airports and their application at
Viracopos International Airport Campinas Satildeo Paulo Brazil
Thales Andreacutes CarraEngenheiro Ambiental pela Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo (UNESP) Mestre em Geologia Regional pelo Instituto de Geociecircncias e
Ciecircncias Exatas (IGCE) da UNESP ndash Rio Claro (SP) Brasil
Fabiano Tomazini da ConceiccedilatildeoGeoacutelogo pela Universidade Estadual Paulista ldquoJuacutelio de Mesquita Filhordquo (UNESP) Mestre em Geociecircncias Doutor em Geologia Regional pelo Instituto de
Geociecircncias e Ciecircncias Exatas (IGCE) da UNESP Professor adjunto I da UNESP ndash Rio Claro (SP) Brasil
Bruno Bernardes TeixeiraEngenheiro Ambiental pela Universidade de Satildeo Paulo (USP) Mestrando em Engenharia Civil Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Estadual de
Campinas (UNICAMP) ndash Campinas (SP) Brasil
ResumoConsiderando o contexto atual de valorizaccedilatildeo da questatildeo ambiental os objetivos deste trabalho foram propor e aplicar indicadores para avaliar o
gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos Para tanto foram elaborados 17 indicadores sobre geraccedilatildeo armazenamento transporte coleta e
destinaccedilatildeo de resiacuteduos soacutelidos Estes foram aplicados no Aeroporto Internacional de Viracopos em Campinas no estado de Satildeo Paulo Os resultados
obtidos no estudo apresentaram desempenho de 29 em uma escala de um a cinco caracterizado como regular Posteriormente foram analisadas as
principais fragilidades no gerenciamento dos resiacuteduos no Aeroporto Internacional de Viracopos bem como a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees
ambientais para o desenvolvimento das atividades do empreendimento Dentre as estrateacutegias de manejo sugeridas destacam-se a adequaccedilatildeo de aacutereas
para armazenamento de resiacuteduos a implantaccedilatildeo de coleta seletiva e a realizaccedilatildeo de compostagem
Palavras-chave resiacuteduos soacutelidos aeroportos gerenciamento ambiental
AbstractTaking into account the current context about environmental concern the main purposes of this research were to develop and apply indicators in order to evaluate
waste residues management in airports As a result 17 indicators related to generation storage transportation collection and solid waste disposal were
created These were applied in Viracopos International Airport in Campinas Satildeo Paulo State Brazil The results obtained in the study had a 29 performance
in a scale from one to five characterized as regular Posteriorly the main weaknesses in waste residues management were analyzed in such Airport as well
as good practices and solutions were identified The highlighted management strategies suggested were the adjustment of areas for waste storage recycling
and residues composting
Keywords waste residues airports environmental management
Endereccedilo para correspondecircncia Professor Dr Fabiano Tomazini da Conceiccedilatildeo Departamento de Planejamento Territorial e Geoprocessamento (DEPLAN) ndash IGCEUNESP ndash Campus de Rio Claro ndash Avenida 24 A 1515 ndash 13506-900 ndash Rio Claro (SP) Brasil ndash E-mail ftomazinircunespbrRecebido 080212 ndash Aceito 150413 ndash Reg ABES 224
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional tambeacutem realiza a regulamenta-
ccedilatildeo e a fiscalizaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos com vistas agrave reduccedilatildeo
dos riscos zoossanitaacuterios e fitossanitaacuterios Como exemplo o Manual de
Procedimentos Operacionais da Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional
anexo da Instruccedilatildeo Normativa 362006 deste Ministeacuterio estabelece a
obrigatoriedade de tratamento em zona primaacuteria (ou seja no interior
do siacutetio aeroportuaacuterio) dos resiacuteduos orgacircnicos a bordo de aeronaves no
tracircnsito internacional (BRASIL 2006)
Dentre as obrigaccedilotildees impostas pelos oacutergatildeos de meio ambiente e
sauacutede aos administradores de aeroportos inclui-se a elaboraccedilatildeo de
um plano de gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos (PGRS) Este tem
como objetivo apontar e descrever accedilotildees relativas ao manejo de resiacute-
duos soacutelidos contemplando os aspectos referentes a todas as etapas
da gestatildeo dos resiacuteduos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final Diante
deste cenaacuterio e considerando o contexto atual de preservaccedilatildeo am-
biental a complexidade no gerenciamento de resiacuteduos em aeroportos
requer que qualquer instacircncia da administraccedilatildeo aeroportuaacuteria natildeo
negligencie essa questatildeo
Dessa maneira surge a necessidade da administraccedilatildeo aeropor-
tuaacuteria e das partes interessadas serem alertadas quanto aos diferentes
aspectos ambientais associados agrave gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos nos ae-
roportos para que possam atuar pronta e objetivamente no controle
e na minimizaccedilatildeo de seus impactos Neste contexto o uso de indi-
cadores torna-se um instrumento que auxilia a administraccedilatildeo aero-
portuaacuteria a identificar os aspectos ambientais significativos e as opor-
tunidades a fim de melhorar a gestatildeo dos resiacuteduos possibilitando a
apresentaccedilatildeo desses resultados de maneira acessiacutevel ao puacuteblico e aos
responsaacuteveis pelas tomadas de decisatildeo
Por meio dos indicadores pode-se entatildeo coletar os dados para
avaliar o status do desempenho da gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos e
identificar onde as melhorias satildeo necessaacuterias Entretanto a grande
dificuldade em se avaliar o desempenho na gestatildeo dos resiacuteduos em
um aeroporto constitui-se na elaboraccedilatildeo dos indicadores na indis-
ponibilidade de dados para comparaccedilatildeo com outras empresas e na
dificuldade em se obter um desempenho global Portanto o pre-
sente estudo teve como objetivo desenvolver indicadores para ava-
liar o desempenho da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos e
aplicaacute-la no Aeroporto Internacional de Viracopos Campinas Satildeo
Paulo bem como propor medidas para a melhora contiacutenua deste
empreendimento
Aspectos gerais do Aeroporto Internacional de Viracopos
Localizado a aproximadamente 18 km do centro de Campinas
e a 95 km do centro de Satildeo Paulo o Aeroporto Internacional de
Viracopos Campinas no estado de Satildeo Paulo foi fundado em 1930
a partir da construccedilatildeo de uma pista de pouso rudimentar utilizada pe-
los paulistas na Revoluccedilatildeo de 1932 (WALM 2008) Segundo o Plano
Introduccedilatildeo
Entende-se por resiacuteduo aeroportuaacuterio que eacute tambeacutem denominado
de resiacuteduo de serviccedilos de transportes (BRASIL 2010) todo aquele soacutelido
ou semissoacutelido que resulta de atividades especiacuteficas de origens diversas
(industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e var-
riccedilatildeo) desenvolvidas dentro das fronteiras dos aeroportos ou a bordo de
aeronaves que a eles se destinam (OACI 1996) De maneira anaacuteloga agrave
Norma Brasileira (NBR) 100042004 ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo
os lodos provenientes dos sistemas de tratamento de esgoto e aqueles
gerados em equipamentos e instalaccedilotildees para controlar poluiccedilatildeo
Por ser um ponto no qual aleacutem da passagem ocorre o armazena-
mento de resiacuteduos oriundos de aacutereas distantes e exoacuteticas os aeroportos
configuram-se como locais estrateacutegicos dos pontos de vista sanitaacuterio
e ambiental (CORDEIRO BARBOSA DUARTE 2000) Assim o ge-
renciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos possui grande com-
plexidade e se natildeo for bem realizado pode gerar diversos impactos
negativos tais como a contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua a veiculaccedilatildeo de
doenccedilas e os elevados custos para reversatildeo dos problemas
Segundo Pitt Brown e Smith (2002) alguns aeroportos produ-
zem volumes de resiacuteduos equivalentes a pequenas cidades causando
significantes impactos nas regiotildees em que estatildeo situados Entretanto
a questatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos tem
tido pouco destaque quando comparada a outros temas como emis-
sotildees atmosfeacutericas e ruiacutedo encontrando-se poucos autores que abor-
dam o assunto dentro e fora do Brasil
No entanto a legislaccedilatildeo brasileira dispotildee de um conjunto de re-
soluccedilotildees e normas que tratam sobre o assunto com destaques para
a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA)
051993 a Resoluccedilatildeo de Diretoria Colegiada da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) 562008 e a NBR 8843 (ABNT 1996)
que fornecem diretrizes sobre as boas praacuteticas no gerenciamento de
resiacuteduos soacutelidos em tais locais Ambas as resoluccedilotildees fornecem diretri-
zes miacutenimas para cada etapa do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos
em aeroportos e incluem as obrigaccedilotildees e os responsaacuteveis pelo cumpri-
mento das disposiccedilotildees previstas nesses regulamentos Desse modo os
resiacuteduos aeroportuaacuterios satildeo classificados em cinco grupos conforme
os riscos gerados e o respectivo tipolocal de geraccedilatildeo a saber
bull GrupoAapresentamriscobioloacutegico(geradoabordodeaerona-
ves ambulatoacuterios e terminais de carga)
bull GrupoBapresentamriscoquiacutemico(geradoemaacutereasindustriais
e de manobras como oacuteleos lacircmpadas de mercuacuterio e baterias)
bull GrupoCmateriaisradioativosoucontaminadoscomradioisoacutetopos
bull GrupoDresiacuteduocomum
bull Grupo E perfurocortante (lacircminas agulhas ampolas de vidro
e escalpes)
Para aeroportos internacionais com tracircnsito de passageiros eou car-
gas o Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento por meio da
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Diretor do Municiacutepio de Campinas o aeroporto localiza-se na chama-
da Macrozona 7 intitulada ldquoAacuterea de Influecircncia Aeroportuaacuteria (AIA)rdquo
ilustrada na Figura 1 Esse local inclui tanto o aeroporto como sua aacuterea
de expansatildeo aleacutem dos bairros do seu entorno e estaacute sujeito aos im-
pactos das operaccedilotildees aeroportuaacuterias Parte dessas aacutereas eacute caracterizada
como rural e apresenta infraestrutura urbana precaacuteria reduzido poten-
cial para expandir o saneamento baacutesico restriccedilotildees ambientais para cap-
taccedilatildeo na Bacia do Rio Capivari-Mirim onde o aeroporto estaacute inserido e
sistema viaacuterio descontiacutenuo (STRUCHEL CAPPA BERNARDO 2008)
Apoacutes diversas obras e instalaccedilotildees de equipamentos o Aeroporto
de Viracopos foi homologado para operaccedilotildees internacionais em 1960
Desde 1995 a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria
(INFRAERO) realiza investimentos para melhorias nos terminais
de cargas e passageiros A primeira fase foi inaugurada no primeiro
semestre de 2004 quando o aeroporto passou a contar com novas
salas de embarques desembarques aacutereas puacuteblicas e concessotildees co-
merciais Em 2005 foi entregue a ampliaccedilatildeo do terminal de passa-
geiros Como resultado dos investimentos e considerando o esgota-
mento da capacidade do Aeroporto de Satildeo PauloCongonhas e do
Aeroporto Internacional de Satildeo PauloGuarulhos em dezembro de
2008 Viracopos passou a operar mais voos de passageiros o que
alavancou o nuacutemero de embarques quintuplicando a quantidade de
passageiros embarcados de 2008 a 2010
Atualmente em termos nacionais o Aeroporto Internacional
de Viracopos eacute o 12ordm em embarque de passageiros o segundo em
movimentaccedilatildeo de cargas e o primeiro em valor agregado o que faz
com que assuma grande importacircncia na cadeia de produccedilatildeo da Regiatildeo
Metropolitana de Campinas (INFRAERO 2011) Aleacutem disso as proje-
ccedilotildees do Plano Diretor do aeroporto colocam Viracopos como o maior
da Ameacuterica Latina com previsatildeo para o atendimento de 50 milhotildees de
passageiros e 23 milhotildees de toneladas de carga ateacute 2025 ou seja apro-
ximadamente dez vezes a mais o movimento de 2010 (WALM 2008)
Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o Aeroporto Internacional
de Viracopos estaacute inserido na bacia do Rio Capivari-Mirim inte-
grante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos nordm 5 ndash
PiracicabaCapivariJundiaiacute (PCJ) reunindo as Bacias Hidrograacuteficas
dos rios Piracicaba Capivari e Jundiaiacute A bacia do Rio Capivari com
aproximadamente 180 km de extensatildeo situa-se na margem direita
do Rio Tietecirc sendo os rios Capivari e Capivari-Mirim seus principais
cursos drsquoaacutegua Sua aacuterea eacute caracterizada pela intensa ocupaccedilatildeo por
atividades antroacutepicas com predomiacutenio do cultivo da cana-de-accediluacutecar
(40 da aacuterea) seguido pelas pastagens pelo cultivo de milho cafeacute e
feijatildeo aleacutem da ocorrecircncia de reflorestamentos e atividades hortifruti-
granjeiras (STRUCHEL et al 2008) Satildeo significativas as aacutereas urbanas
densamente ocupadas existentes a montante da aacuterea do empreendi-
mento Os principais usos da aacutegua satildeo para os abastecimentos puacuteblico
e industrial e respectivo afastamento de efluentes e irrigaccedilatildeo de plan-
taccedilotildees A aacuterea do aeroporto eacute atravessada em sua porccedilatildeo central pelo
Coacuterrego Ribeiratildeo Viracopos que desaacutegua na margem esquerda do Rio
Capivari-Mirim
Figura 1 ndash Aacuterea de influecircncia aeroportuaacuteria Macrozona 7 (CAMPINAS 2006)
MACROZONA 7
Itupeva
Indaiatuba
Corpos drsquoaacutegua
MZ 2
MZ 3MZ 8MZ 9
MZ 1
MZ 4
MZ 5
MZ 6MZ 7
VegetaccedilatildeoVaacuterzeasMalha UrbanaRodoviasFerroviasLimite do MuniciacutepioPerimetro Urbano 0 1500 3000
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Sobre o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em 2010 foram
geradas aproximadamente 100 toneladas por mecircs no Aeroporto
Internacional de Viracopos das quais aproximadamente 97 da
massa correspondem aos resiacuteduos dos Grupos A e D gerados prin-
cipalmente nos terminais de passageiros e cargas e pelas companhias
aeacutereas a bordo das aeronaves (INFRAERO 2011) Dos resiacuteduos pe-
rigosos gerados no aeroporto destaca-se o grande volume daqueles
infectantes em 2010 ou seja aproximadamente 38 toneladasmecircs-1
Deste total 55 satildeo provenientes da forraccedilatildeo de baia do terminal de
cargas vivas e 44 satildeo resiacuteduos de bordo de aeronaves sendo o res-
tante gerado no ambulatoacuterio meacutedico do terminal de passageiros No
que diz respeito aos resiacuteduos com risco quiacutemico em 2010 destaca-se
a geraccedilatildeo de aproximadamente 540 unidades por mecircs de lacircmpadas
fluorescentes inserviacuteveis e 0830 toneladasmecircs-1 de baterias tracio-
naacuterias utilizadas em empilhadeiras As quantidades de resiacuteduos de
aacutereas verdes e construccedilatildeo civil natildeo foram estimadas neste aeroporto
Materiais e meacutetodos
Para a gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos de um aeroporto este trabalho
propocircs uma metodologia baseada na NBR 140312004 e na meto-
dologia do Carbono SocialTM ndash Social Carbon (REZENDE amp MERLIN
2003 SANTOS 2008) Dessa maneira esta se baseia na elaboraccedilatildeo
e na aplicaccedilatildeo de indicadores que priorizam os criteacuterios ambientais e
tem como avaliaccedilatildeo o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos Sua des-
criccedilatildeo e aplicaccedilatildeo foram desenvolvidas em quatro etapas seguindo o
modelo gerencial PDCA (Plan ndash Planejar Do ndash Fazer Check ndash Checar
e Act ndash Agir) para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental (ADA) como
ilustrado na Figura 2
A primeira etapa (planejar) consistiu em selecionar e elaborar os
indicadores com base no levantamento dos principais aspectos relacio-
nados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos Para isso
realizou-se um levantamento bibliograacutefico sobre o assunto seguido
de consultas a documentos teacutecnicos como manuais normas planos e
programas ambientais em aeroportos brasileiros Com base nos dados
bibliograacuteficos levantados foram criados indicadores para representar
cinco condiccedilotildees que recebem uma pontuaccedilatildeo desde o pior cenaacuterio ateacute
a condiccedilatildeo ideal Assim o desempenho caracterizado como ruim re-
cebe o iacutendice ldquo1rdquo criacutetico ldquo2rdquo regular ldquo3rdquo satisfatoacuterio ldquo4rdquo e bom ldquo5rdquo
Tais indicadores foram elaborados considerando os desempenhos ge-
rencial e operacional da organizaccedilatildeo bem como a condiccedilatildeo ambiental
do aeroporto relacionada ao gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos Dessa
maneira eles abordam diferentes possiacuteveis cenaacuterios sobre geraccedilatildeo ar-
mazenamento transporte coleta tratamento e destinaccedilatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos considerando os diferentes tipos e grupos de resiacuteduos aleacutem do
esforccedilo organizacional para o correto gerenciamento e para a mitigaccedilatildeo
do impacto ambiental associado
Na segunda etapa (fazer) houve a aplicaccedilatildeo da ADA no Aeroporto
Internacional de Viracopos por meio do levantamento das informa-
ccedilotildees para aplicar indicadores pela coleta de dados em entrevistas e vi-
sitas de campo Esta etapa contemplou ainda a conversatildeo dos dados
obtidos comparando-se a caracteriacutestica apresentada pelo empreendi-
mento com os possiacuteveis cinco cenaacuterios para cada indicador O cenaacuterio
que apresentou maior semelhanccedila com a caracteriacutestica do indicador foi
selecionado e seu respectivo iacutendice atribuiacutedo Os indicadores e respec-
tivos cenaacuterios propostos satildeo apresentados na Tabela 1
Na terceira e na quarta etapas (checar e agir) foram analisadas as
principais fragilidades no gerenciamento dos resiacuteduos no Aeroporto
Internacional de Viracopos Para isso adotou-se o modelo de pres-
satildeo-estado-resposta (OECD 2001) que se baseia em trecircs frentes a
pressatildeo do homem o estado do meio e a resposta da sociedade ser-
vindo para identificar os provaacuteveis impactos ambientais e definir as
estrateacutegias de manejo de maneira a estabelecer boas praacuteticas ambien-
tais para o aeroporto analisado
Resultados e discussatildeo
Com base nos resultados do levantamento dos atuais procedimen-
tos para gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos foi possiacutevel atribuir os iacutendices aos indicadores propostos
neste trabalho os quais satildeo apresentados na Tabela 1
Como se pode observar pelos valores dos iacutendices atribuiacutedos apre-
sentados na Tabela 1 o desempenho ambiental do aeroporto em rela-
ccedilatildeo ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos pode ser considerado regu-
lar pois obteve meacutedia aritmeacutetica de 29 Embora o tema em questatildeo
natildeo apresente indicadores com desempenho bom 76 deles mos-
traram iacutendices regular ou satisfatoacuterio As variaacuteveis que apresentaram
melhor desempenho satildeo relacionadas agrave reduccedilatildeo na geraccedilatildeo coleta e
transporte de resiacuteduos soacutelidos Por outro lado aquelas referentes agrave
coleta seletiva solidaacuteria lacircmpadas inserviacuteveis resiacuteduos de aacutereas ver-
des e da construccedilatildeo civil apresentaram os piores desempenhosFigura 2 ndash Etapas para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental ndash ADA (ABNT 2004)
Planejar
Fazer
Elaboraccedilatildeo e seleccedilatildeo dosindicadores para a ADA
Checar e Agir
Coleta de dados
Anaacutelise e conversatildeo de dados
Avaliaccedilatildeo da Informaccedilatildeo
Resultados
Anaacutelise criacutetica e melhoriada ADA
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Tabela 1 ndash Indicadores e resultados para avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional de Viracopos
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Plano de ge-renciamento de resiacuteduos soacutelidos
3O aeroporto natildeo dispotildee de um PGRS
O aeroporto dispotildee de um PGRS sem atualizaccedilatildeo haacute mais de cinco anos
O aeroporto dispotildee de um PGRS atuali-zado por menos de cinco anos no entan-to menos da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e mais da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e todas as accedilotildees propostas foram executadas
Reduccedilatildeo da geraccedilatildeo de resiacute-duos soacutelidos1
4 IRSge15 1ltIRSlt15 IRS=1 05ltIRSlt1 IRSle05
Armazenamento de resiacuteduos dos Grupos A e D
3
O aeroporto natildeo possui contecircineres para armazenamen-to de resiacuteduos que ficam diretamente sobre o solo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res mas a disposiccedilatildeo eacute direta no solo em local descoberto ou sem impermeabilizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armazenados em contecircineres mas a disposiccedilatildeo natildeo eacute direta no solo mas em local descoberto ou sem impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res o local eacute coberto e possui impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armaze-nados em contecircineres o local eacute coberto possui im-permeabilizaccedilatildeo e sistema para limpeza
Contaminaccedilatildeo cruzada
3Os resiacuteduos peri-gosos natildeo satildeo segre-gados dos demais
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais mas haacute evi-decircncias de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigo-sos satildeo segregados dos demais mas haacute risco aparente de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados e arma-zenados em ambientes separados e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Higienizaccedilatildeo dos contecircineres (Grupo A e D)
3
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteodos superiores a um mecircs e natildeo haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteo-dos superiores a um mecircs e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados mensalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados quinzenal-mente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higieni-zados semanalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Coleta (comum e infectante)
4
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada em periacuteodo superior a dois dias
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada a cada dois dias
A coleta dos resiacute-duos eacute realizada uma vez por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada duas vezes por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada mais de duas vezes por dia
Tratamento dos resiacuteduos de bor-do (Grupo A)
3
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos comuns
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos perigosos
Os resiacuteduos rece-bem tratamento mas o tipo de tratamento natildeo eacute previsto pelo MAPA e pela ANVISA
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA mas ocorre em zona secundaacuteria
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA em zona primaacuteria
Transporte de resiacuteduos
4
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo natildeo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela AN-VISA e o transporte externo natildeo eacute reali-zado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais per-mitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos por sistemas automatizados de coleta
Resiacuteduos co-muns
4
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos co-muns satildeo enviados a lixotildees ou dispostos irregularmente
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterro em vala
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos comuns satildeo desti-nados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados aos sistemas de reaproveitamento
Coleta seletiva solidaacuteria
2
Os materiais reci-claacuteveis gerados no aeroporto natildeo satildeo segregados dos demais
Menos de 30 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
De 30 a 50 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Entre 51 a 70 dos ma-teriais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associa-ccedilotildees ou cooperativas
Mais de 70 dos mate-riais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Resiacuteduos contendo oacuteleos tintas e lubrifi-cantes
3
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo sendo destinados de forma inadequada
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo mas satildeo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais cobertos e com contenccedilatildeo por mais de 30 dias sendo destinados a empresas especializa-das no tratamento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais co-bertos e com contenccedilatildeo de 15 a 30 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais cober-tos e com contenccedilatildeo por menos de 15 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional tambeacutem realiza a regulamenta-
ccedilatildeo e a fiscalizaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos com vistas agrave reduccedilatildeo
dos riscos zoossanitaacuterios e fitossanitaacuterios Como exemplo o Manual de
Procedimentos Operacionais da Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional
anexo da Instruccedilatildeo Normativa 362006 deste Ministeacuterio estabelece a
obrigatoriedade de tratamento em zona primaacuteria (ou seja no interior
do siacutetio aeroportuaacuterio) dos resiacuteduos orgacircnicos a bordo de aeronaves no
tracircnsito internacional (BRASIL 2006)
Dentre as obrigaccedilotildees impostas pelos oacutergatildeos de meio ambiente e
sauacutede aos administradores de aeroportos inclui-se a elaboraccedilatildeo de
um plano de gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos (PGRS) Este tem
como objetivo apontar e descrever accedilotildees relativas ao manejo de resiacute-
duos soacutelidos contemplando os aspectos referentes a todas as etapas
da gestatildeo dos resiacuteduos desde a geraccedilatildeo ateacute a disposiccedilatildeo final Diante
deste cenaacuterio e considerando o contexto atual de preservaccedilatildeo am-
biental a complexidade no gerenciamento de resiacuteduos em aeroportos
requer que qualquer instacircncia da administraccedilatildeo aeroportuaacuteria natildeo
negligencie essa questatildeo
Dessa maneira surge a necessidade da administraccedilatildeo aeropor-
tuaacuteria e das partes interessadas serem alertadas quanto aos diferentes
aspectos ambientais associados agrave gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos nos ae-
roportos para que possam atuar pronta e objetivamente no controle
e na minimizaccedilatildeo de seus impactos Neste contexto o uso de indi-
cadores torna-se um instrumento que auxilia a administraccedilatildeo aero-
portuaacuteria a identificar os aspectos ambientais significativos e as opor-
tunidades a fim de melhorar a gestatildeo dos resiacuteduos possibilitando a
apresentaccedilatildeo desses resultados de maneira acessiacutevel ao puacuteblico e aos
responsaacuteveis pelas tomadas de decisatildeo
Por meio dos indicadores pode-se entatildeo coletar os dados para
avaliar o status do desempenho da gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos e
identificar onde as melhorias satildeo necessaacuterias Entretanto a grande
dificuldade em se avaliar o desempenho na gestatildeo dos resiacuteduos em
um aeroporto constitui-se na elaboraccedilatildeo dos indicadores na indis-
ponibilidade de dados para comparaccedilatildeo com outras empresas e na
dificuldade em se obter um desempenho global Portanto o pre-
sente estudo teve como objetivo desenvolver indicadores para ava-
liar o desempenho da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos e
aplicaacute-la no Aeroporto Internacional de Viracopos Campinas Satildeo
Paulo bem como propor medidas para a melhora contiacutenua deste
empreendimento
Aspectos gerais do Aeroporto Internacional de Viracopos
Localizado a aproximadamente 18 km do centro de Campinas
e a 95 km do centro de Satildeo Paulo o Aeroporto Internacional de
Viracopos Campinas no estado de Satildeo Paulo foi fundado em 1930
a partir da construccedilatildeo de uma pista de pouso rudimentar utilizada pe-
los paulistas na Revoluccedilatildeo de 1932 (WALM 2008) Segundo o Plano
Introduccedilatildeo
Entende-se por resiacuteduo aeroportuaacuterio que eacute tambeacutem denominado
de resiacuteduo de serviccedilos de transportes (BRASIL 2010) todo aquele soacutelido
ou semissoacutelido que resulta de atividades especiacuteficas de origens diversas
(industrial domeacutestica hospitalar comercial agriacutecola de serviccedilos e var-
riccedilatildeo) desenvolvidas dentro das fronteiras dos aeroportos ou a bordo de
aeronaves que a eles se destinam (OACI 1996) De maneira anaacuteloga agrave
Norma Brasileira (NBR) 100042004 ficam incluiacutedos nesta definiccedilatildeo
os lodos provenientes dos sistemas de tratamento de esgoto e aqueles
gerados em equipamentos e instalaccedilotildees para controlar poluiccedilatildeo
Por ser um ponto no qual aleacutem da passagem ocorre o armazena-
mento de resiacuteduos oriundos de aacutereas distantes e exoacuteticas os aeroportos
configuram-se como locais estrateacutegicos dos pontos de vista sanitaacuterio
e ambiental (CORDEIRO BARBOSA DUARTE 2000) Assim o ge-
renciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos possui grande com-
plexidade e se natildeo for bem realizado pode gerar diversos impactos
negativos tais como a contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua a veiculaccedilatildeo de
doenccedilas e os elevados custos para reversatildeo dos problemas
Segundo Pitt Brown e Smith (2002) alguns aeroportos produ-
zem volumes de resiacuteduos equivalentes a pequenas cidades causando
significantes impactos nas regiotildees em que estatildeo situados Entretanto
a questatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos tem
tido pouco destaque quando comparada a outros temas como emis-
sotildees atmosfeacutericas e ruiacutedo encontrando-se poucos autores que abor-
dam o assunto dentro e fora do Brasil
No entanto a legislaccedilatildeo brasileira dispotildee de um conjunto de re-
soluccedilotildees e normas que tratam sobre o assunto com destaques para
a Resoluccedilatildeo do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA)
051993 a Resoluccedilatildeo de Diretoria Colegiada da Agecircncia Nacional de
Vigilacircncia Sanitaacuteria (ANVISA) 562008 e a NBR 8843 (ABNT 1996)
que fornecem diretrizes sobre as boas praacuteticas no gerenciamento de
resiacuteduos soacutelidos em tais locais Ambas as resoluccedilotildees fornecem diretri-
zes miacutenimas para cada etapa do gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos
em aeroportos e incluem as obrigaccedilotildees e os responsaacuteveis pelo cumpri-
mento das disposiccedilotildees previstas nesses regulamentos Desse modo os
resiacuteduos aeroportuaacuterios satildeo classificados em cinco grupos conforme
os riscos gerados e o respectivo tipolocal de geraccedilatildeo a saber
bull GrupoAapresentamriscobioloacutegico(geradoabordodeaerona-
ves ambulatoacuterios e terminais de carga)
bull GrupoBapresentamriscoquiacutemico(geradoemaacutereasindustriais
e de manobras como oacuteleos lacircmpadas de mercuacuterio e baterias)
bull GrupoCmateriaisradioativosoucontaminadoscomradioisoacutetopos
bull GrupoDresiacuteduocomum
bull Grupo E perfurocortante (lacircminas agulhas ampolas de vidro
e escalpes)
Para aeroportos internacionais com tracircnsito de passageiros eou car-
gas o Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento por meio da
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Diretor do Municiacutepio de Campinas o aeroporto localiza-se na chama-
da Macrozona 7 intitulada ldquoAacuterea de Influecircncia Aeroportuaacuteria (AIA)rdquo
ilustrada na Figura 1 Esse local inclui tanto o aeroporto como sua aacuterea
de expansatildeo aleacutem dos bairros do seu entorno e estaacute sujeito aos im-
pactos das operaccedilotildees aeroportuaacuterias Parte dessas aacutereas eacute caracterizada
como rural e apresenta infraestrutura urbana precaacuteria reduzido poten-
cial para expandir o saneamento baacutesico restriccedilotildees ambientais para cap-
taccedilatildeo na Bacia do Rio Capivari-Mirim onde o aeroporto estaacute inserido e
sistema viaacuterio descontiacutenuo (STRUCHEL CAPPA BERNARDO 2008)
Apoacutes diversas obras e instalaccedilotildees de equipamentos o Aeroporto
de Viracopos foi homologado para operaccedilotildees internacionais em 1960
Desde 1995 a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria
(INFRAERO) realiza investimentos para melhorias nos terminais
de cargas e passageiros A primeira fase foi inaugurada no primeiro
semestre de 2004 quando o aeroporto passou a contar com novas
salas de embarques desembarques aacutereas puacuteblicas e concessotildees co-
merciais Em 2005 foi entregue a ampliaccedilatildeo do terminal de passa-
geiros Como resultado dos investimentos e considerando o esgota-
mento da capacidade do Aeroporto de Satildeo PauloCongonhas e do
Aeroporto Internacional de Satildeo PauloGuarulhos em dezembro de
2008 Viracopos passou a operar mais voos de passageiros o que
alavancou o nuacutemero de embarques quintuplicando a quantidade de
passageiros embarcados de 2008 a 2010
Atualmente em termos nacionais o Aeroporto Internacional
de Viracopos eacute o 12ordm em embarque de passageiros o segundo em
movimentaccedilatildeo de cargas e o primeiro em valor agregado o que faz
com que assuma grande importacircncia na cadeia de produccedilatildeo da Regiatildeo
Metropolitana de Campinas (INFRAERO 2011) Aleacutem disso as proje-
ccedilotildees do Plano Diretor do aeroporto colocam Viracopos como o maior
da Ameacuterica Latina com previsatildeo para o atendimento de 50 milhotildees de
passageiros e 23 milhotildees de toneladas de carga ateacute 2025 ou seja apro-
ximadamente dez vezes a mais o movimento de 2010 (WALM 2008)
Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o Aeroporto Internacional
de Viracopos estaacute inserido na bacia do Rio Capivari-Mirim inte-
grante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos nordm 5 ndash
PiracicabaCapivariJundiaiacute (PCJ) reunindo as Bacias Hidrograacuteficas
dos rios Piracicaba Capivari e Jundiaiacute A bacia do Rio Capivari com
aproximadamente 180 km de extensatildeo situa-se na margem direita
do Rio Tietecirc sendo os rios Capivari e Capivari-Mirim seus principais
cursos drsquoaacutegua Sua aacuterea eacute caracterizada pela intensa ocupaccedilatildeo por
atividades antroacutepicas com predomiacutenio do cultivo da cana-de-accediluacutecar
(40 da aacuterea) seguido pelas pastagens pelo cultivo de milho cafeacute e
feijatildeo aleacutem da ocorrecircncia de reflorestamentos e atividades hortifruti-
granjeiras (STRUCHEL et al 2008) Satildeo significativas as aacutereas urbanas
densamente ocupadas existentes a montante da aacuterea do empreendi-
mento Os principais usos da aacutegua satildeo para os abastecimentos puacuteblico
e industrial e respectivo afastamento de efluentes e irrigaccedilatildeo de plan-
taccedilotildees A aacuterea do aeroporto eacute atravessada em sua porccedilatildeo central pelo
Coacuterrego Ribeiratildeo Viracopos que desaacutegua na margem esquerda do Rio
Capivari-Mirim
Figura 1 ndash Aacuterea de influecircncia aeroportuaacuteria Macrozona 7 (CAMPINAS 2006)
MACROZONA 7
Itupeva
Indaiatuba
Corpos drsquoaacutegua
MZ 2
MZ 3MZ 8MZ 9
MZ 1
MZ 4
MZ 5
MZ 6MZ 7
VegetaccedilatildeoVaacuterzeasMalha UrbanaRodoviasFerroviasLimite do MuniciacutepioPerimetro Urbano 0 1500 3000
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Sobre o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em 2010 foram
geradas aproximadamente 100 toneladas por mecircs no Aeroporto
Internacional de Viracopos das quais aproximadamente 97 da
massa correspondem aos resiacuteduos dos Grupos A e D gerados prin-
cipalmente nos terminais de passageiros e cargas e pelas companhias
aeacutereas a bordo das aeronaves (INFRAERO 2011) Dos resiacuteduos pe-
rigosos gerados no aeroporto destaca-se o grande volume daqueles
infectantes em 2010 ou seja aproximadamente 38 toneladasmecircs-1
Deste total 55 satildeo provenientes da forraccedilatildeo de baia do terminal de
cargas vivas e 44 satildeo resiacuteduos de bordo de aeronaves sendo o res-
tante gerado no ambulatoacuterio meacutedico do terminal de passageiros No
que diz respeito aos resiacuteduos com risco quiacutemico em 2010 destaca-se
a geraccedilatildeo de aproximadamente 540 unidades por mecircs de lacircmpadas
fluorescentes inserviacuteveis e 0830 toneladasmecircs-1 de baterias tracio-
naacuterias utilizadas em empilhadeiras As quantidades de resiacuteduos de
aacutereas verdes e construccedilatildeo civil natildeo foram estimadas neste aeroporto
Materiais e meacutetodos
Para a gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos de um aeroporto este trabalho
propocircs uma metodologia baseada na NBR 140312004 e na meto-
dologia do Carbono SocialTM ndash Social Carbon (REZENDE amp MERLIN
2003 SANTOS 2008) Dessa maneira esta se baseia na elaboraccedilatildeo
e na aplicaccedilatildeo de indicadores que priorizam os criteacuterios ambientais e
tem como avaliaccedilatildeo o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos Sua des-
criccedilatildeo e aplicaccedilatildeo foram desenvolvidas em quatro etapas seguindo o
modelo gerencial PDCA (Plan ndash Planejar Do ndash Fazer Check ndash Checar
e Act ndash Agir) para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental (ADA) como
ilustrado na Figura 2
A primeira etapa (planejar) consistiu em selecionar e elaborar os
indicadores com base no levantamento dos principais aspectos relacio-
nados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos Para isso
realizou-se um levantamento bibliograacutefico sobre o assunto seguido
de consultas a documentos teacutecnicos como manuais normas planos e
programas ambientais em aeroportos brasileiros Com base nos dados
bibliograacuteficos levantados foram criados indicadores para representar
cinco condiccedilotildees que recebem uma pontuaccedilatildeo desde o pior cenaacuterio ateacute
a condiccedilatildeo ideal Assim o desempenho caracterizado como ruim re-
cebe o iacutendice ldquo1rdquo criacutetico ldquo2rdquo regular ldquo3rdquo satisfatoacuterio ldquo4rdquo e bom ldquo5rdquo
Tais indicadores foram elaborados considerando os desempenhos ge-
rencial e operacional da organizaccedilatildeo bem como a condiccedilatildeo ambiental
do aeroporto relacionada ao gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos Dessa
maneira eles abordam diferentes possiacuteveis cenaacuterios sobre geraccedilatildeo ar-
mazenamento transporte coleta tratamento e destinaccedilatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos considerando os diferentes tipos e grupos de resiacuteduos aleacutem do
esforccedilo organizacional para o correto gerenciamento e para a mitigaccedilatildeo
do impacto ambiental associado
Na segunda etapa (fazer) houve a aplicaccedilatildeo da ADA no Aeroporto
Internacional de Viracopos por meio do levantamento das informa-
ccedilotildees para aplicar indicadores pela coleta de dados em entrevistas e vi-
sitas de campo Esta etapa contemplou ainda a conversatildeo dos dados
obtidos comparando-se a caracteriacutestica apresentada pelo empreendi-
mento com os possiacuteveis cinco cenaacuterios para cada indicador O cenaacuterio
que apresentou maior semelhanccedila com a caracteriacutestica do indicador foi
selecionado e seu respectivo iacutendice atribuiacutedo Os indicadores e respec-
tivos cenaacuterios propostos satildeo apresentados na Tabela 1
Na terceira e na quarta etapas (checar e agir) foram analisadas as
principais fragilidades no gerenciamento dos resiacuteduos no Aeroporto
Internacional de Viracopos Para isso adotou-se o modelo de pres-
satildeo-estado-resposta (OECD 2001) que se baseia em trecircs frentes a
pressatildeo do homem o estado do meio e a resposta da sociedade ser-
vindo para identificar os provaacuteveis impactos ambientais e definir as
estrateacutegias de manejo de maneira a estabelecer boas praacuteticas ambien-
tais para o aeroporto analisado
Resultados e discussatildeo
Com base nos resultados do levantamento dos atuais procedimen-
tos para gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos foi possiacutevel atribuir os iacutendices aos indicadores propostos
neste trabalho os quais satildeo apresentados na Tabela 1
Como se pode observar pelos valores dos iacutendices atribuiacutedos apre-
sentados na Tabela 1 o desempenho ambiental do aeroporto em rela-
ccedilatildeo ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos pode ser considerado regu-
lar pois obteve meacutedia aritmeacutetica de 29 Embora o tema em questatildeo
natildeo apresente indicadores com desempenho bom 76 deles mos-
traram iacutendices regular ou satisfatoacuterio As variaacuteveis que apresentaram
melhor desempenho satildeo relacionadas agrave reduccedilatildeo na geraccedilatildeo coleta e
transporte de resiacuteduos soacutelidos Por outro lado aquelas referentes agrave
coleta seletiva solidaacuteria lacircmpadas inserviacuteveis resiacuteduos de aacutereas ver-
des e da construccedilatildeo civil apresentaram os piores desempenhosFigura 2 ndash Etapas para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental ndash ADA (ABNT 2004)
Planejar
Fazer
Elaboraccedilatildeo e seleccedilatildeo dosindicadores para a ADA
Checar e Agir
Coleta de dados
Anaacutelise e conversatildeo de dados
Avaliaccedilatildeo da Informaccedilatildeo
Resultados
Anaacutelise criacutetica e melhoriada ADA
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Tabela 1 ndash Indicadores e resultados para avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional de Viracopos
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Plano de ge-renciamento de resiacuteduos soacutelidos
3O aeroporto natildeo dispotildee de um PGRS
O aeroporto dispotildee de um PGRS sem atualizaccedilatildeo haacute mais de cinco anos
O aeroporto dispotildee de um PGRS atuali-zado por menos de cinco anos no entan-to menos da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e mais da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e todas as accedilotildees propostas foram executadas
Reduccedilatildeo da geraccedilatildeo de resiacute-duos soacutelidos1
4 IRSge15 1ltIRSlt15 IRS=1 05ltIRSlt1 IRSle05
Armazenamento de resiacuteduos dos Grupos A e D
3
O aeroporto natildeo possui contecircineres para armazenamen-to de resiacuteduos que ficam diretamente sobre o solo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res mas a disposiccedilatildeo eacute direta no solo em local descoberto ou sem impermeabilizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armazenados em contecircineres mas a disposiccedilatildeo natildeo eacute direta no solo mas em local descoberto ou sem impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res o local eacute coberto e possui impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armaze-nados em contecircineres o local eacute coberto possui im-permeabilizaccedilatildeo e sistema para limpeza
Contaminaccedilatildeo cruzada
3Os resiacuteduos peri-gosos natildeo satildeo segre-gados dos demais
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais mas haacute evi-decircncias de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigo-sos satildeo segregados dos demais mas haacute risco aparente de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados e arma-zenados em ambientes separados e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Higienizaccedilatildeo dos contecircineres (Grupo A e D)
3
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteodos superiores a um mecircs e natildeo haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteo-dos superiores a um mecircs e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados mensalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados quinzenal-mente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higieni-zados semanalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Coleta (comum e infectante)
4
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada em periacuteodo superior a dois dias
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada a cada dois dias
A coleta dos resiacute-duos eacute realizada uma vez por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada duas vezes por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada mais de duas vezes por dia
Tratamento dos resiacuteduos de bor-do (Grupo A)
3
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos comuns
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos perigosos
Os resiacuteduos rece-bem tratamento mas o tipo de tratamento natildeo eacute previsto pelo MAPA e pela ANVISA
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA mas ocorre em zona secundaacuteria
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA em zona primaacuteria
Transporte de resiacuteduos
4
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo natildeo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela AN-VISA e o transporte externo natildeo eacute reali-zado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais per-mitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos por sistemas automatizados de coleta
Resiacuteduos co-muns
4
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos co-muns satildeo enviados a lixotildees ou dispostos irregularmente
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterro em vala
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos comuns satildeo desti-nados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados aos sistemas de reaproveitamento
Coleta seletiva solidaacuteria
2
Os materiais reci-claacuteveis gerados no aeroporto natildeo satildeo segregados dos demais
Menos de 30 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
De 30 a 50 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Entre 51 a 70 dos ma-teriais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associa-ccedilotildees ou cooperativas
Mais de 70 dos mate-riais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Resiacuteduos contendo oacuteleos tintas e lubrifi-cantes
3
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo sendo destinados de forma inadequada
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo mas satildeo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais cobertos e com contenccedilatildeo por mais de 30 dias sendo destinados a empresas especializa-das no tratamento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais co-bertos e com contenccedilatildeo de 15 a 30 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais cober-tos e com contenccedilatildeo por menos de 15 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
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monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
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133Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Diretor do Municiacutepio de Campinas o aeroporto localiza-se na chama-
da Macrozona 7 intitulada ldquoAacuterea de Influecircncia Aeroportuaacuteria (AIA)rdquo
ilustrada na Figura 1 Esse local inclui tanto o aeroporto como sua aacuterea
de expansatildeo aleacutem dos bairros do seu entorno e estaacute sujeito aos im-
pactos das operaccedilotildees aeroportuaacuterias Parte dessas aacutereas eacute caracterizada
como rural e apresenta infraestrutura urbana precaacuteria reduzido poten-
cial para expandir o saneamento baacutesico restriccedilotildees ambientais para cap-
taccedilatildeo na Bacia do Rio Capivari-Mirim onde o aeroporto estaacute inserido e
sistema viaacuterio descontiacutenuo (STRUCHEL CAPPA BERNARDO 2008)
Apoacutes diversas obras e instalaccedilotildees de equipamentos o Aeroporto
de Viracopos foi homologado para operaccedilotildees internacionais em 1960
Desde 1995 a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria
(INFRAERO) realiza investimentos para melhorias nos terminais
de cargas e passageiros A primeira fase foi inaugurada no primeiro
semestre de 2004 quando o aeroporto passou a contar com novas
salas de embarques desembarques aacutereas puacuteblicas e concessotildees co-
merciais Em 2005 foi entregue a ampliaccedilatildeo do terminal de passa-
geiros Como resultado dos investimentos e considerando o esgota-
mento da capacidade do Aeroporto de Satildeo PauloCongonhas e do
Aeroporto Internacional de Satildeo PauloGuarulhos em dezembro de
2008 Viracopos passou a operar mais voos de passageiros o que
alavancou o nuacutemero de embarques quintuplicando a quantidade de
passageiros embarcados de 2008 a 2010
Atualmente em termos nacionais o Aeroporto Internacional
de Viracopos eacute o 12ordm em embarque de passageiros o segundo em
movimentaccedilatildeo de cargas e o primeiro em valor agregado o que faz
com que assuma grande importacircncia na cadeia de produccedilatildeo da Regiatildeo
Metropolitana de Campinas (INFRAERO 2011) Aleacutem disso as proje-
ccedilotildees do Plano Diretor do aeroporto colocam Viracopos como o maior
da Ameacuterica Latina com previsatildeo para o atendimento de 50 milhotildees de
passageiros e 23 milhotildees de toneladas de carga ateacute 2025 ou seja apro-
ximadamente dez vezes a mais o movimento de 2010 (WALM 2008)
Com relaccedilatildeo aos recursos hiacutedricos o Aeroporto Internacional
de Viracopos estaacute inserido na bacia do Rio Capivari-Mirim inte-
grante da Unidade de Gerenciamento de Recursos Hiacutedricos nordm 5 ndash
PiracicabaCapivariJundiaiacute (PCJ) reunindo as Bacias Hidrograacuteficas
dos rios Piracicaba Capivari e Jundiaiacute A bacia do Rio Capivari com
aproximadamente 180 km de extensatildeo situa-se na margem direita
do Rio Tietecirc sendo os rios Capivari e Capivari-Mirim seus principais
cursos drsquoaacutegua Sua aacuterea eacute caracterizada pela intensa ocupaccedilatildeo por
atividades antroacutepicas com predomiacutenio do cultivo da cana-de-accediluacutecar
(40 da aacuterea) seguido pelas pastagens pelo cultivo de milho cafeacute e
feijatildeo aleacutem da ocorrecircncia de reflorestamentos e atividades hortifruti-
granjeiras (STRUCHEL et al 2008) Satildeo significativas as aacutereas urbanas
densamente ocupadas existentes a montante da aacuterea do empreendi-
mento Os principais usos da aacutegua satildeo para os abastecimentos puacuteblico
e industrial e respectivo afastamento de efluentes e irrigaccedilatildeo de plan-
taccedilotildees A aacuterea do aeroporto eacute atravessada em sua porccedilatildeo central pelo
Coacuterrego Ribeiratildeo Viracopos que desaacutegua na margem esquerda do Rio
Capivari-Mirim
Figura 1 ndash Aacuterea de influecircncia aeroportuaacuteria Macrozona 7 (CAMPINAS 2006)
MACROZONA 7
Itupeva
Indaiatuba
Corpos drsquoaacutegua
MZ 2
MZ 3MZ 8MZ 9
MZ 1
MZ 4
MZ 5
MZ 6MZ 7
VegetaccedilatildeoVaacuterzeasMalha UrbanaRodoviasFerroviasLimite do MuniciacutepioPerimetro Urbano 0 1500 3000
134 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Sobre o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em 2010 foram
geradas aproximadamente 100 toneladas por mecircs no Aeroporto
Internacional de Viracopos das quais aproximadamente 97 da
massa correspondem aos resiacuteduos dos Grupos A e D gerados prin-
cipalmente nos terminais de passageiros e cargas e pelas companhias
aeacutereas a bordo das aeronaves (INFRAERO 2011) Dos resiacuteduos pe-
rigosos gerados no aeroporto destaca-se o grande volume daqueles
infectantes em 2010 ou seja aproximadamente 38 toneladasmecircs-1
Deste total 55 satildeo provenientes da forraccedilatildeo de baia do terminal de
cargas vivas e 44 satildeo resiacuteduos de bordo de aeronaves sendo o res-
tante gerado no ambulatoacuterio meacutedico do terminal de passageiros No
que diz respeito aos resiacuteduos com risco quiacutemico em 2010 destaca-se
a geraccedilatildeo de aproximadamente 540 unidades por mecircs de lacircmpadas
fluorescentes inserviacuteveis e 0830 toneladasmecircs-1 de baterias tracio-
naacuterias utilizadas em empilhadeiras As quantidades de resiacuteduos de
aacutereas verdes e construccedilatildeo civil natildeo foram estimadas neste aeroporto
Materiais e meacutetodos
Para a gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos de um aeroporto este trabalho
propocircs uma metodologia baseada na NBR 140312004 e na meto-
dologia do Carbono SocialTM ndash Social Carbon (REZENDE amp MERLIN
2003 SANTOS 2008) Dessa maneira esta se baseia na elaboraccedilatildeo
e na aplicaccedilatildeo de indicadores que priorizam os criteacuterios ambientais e
tem como avaliaccedilatildeo o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos Sua des-
criccedilatildeo e aplicaccedilatildeo foram desenvolvidas em quatro etapas seguindo o
modelo gerencial PDCA (Plan ndash Planejar Do ndash Fazer Check ndash Checar
e Act ndash Agir) para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental (ADA) como
ilustrado na Figura 2
A primeira etapa (planejar) consistiu em selecionar e elaborar os
indicadores com base no levantamento dos principais aspectos relacio-
nados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos Para isso
realizou-se um levantamento bibliograacutefico sobre o assunto seguido
de consultas a documentos teacutecnicos como manuais normas planos e
programas ambientais em aeroportos brasileiros Com base nos dados
bibliograacuteficos levantados foram criados indicadores para representar
cinco condiccedilotildees que recebem uma pontuaccedilatildeo desde o pior cenaacuterio ateacute
a condiccedilatildeo ideal Assim o desempenho caracterizado como ruim re-
cebe o iacutendice ldquo1rdquo criacutetico ldquo2rdquo regular ldquo3rdquo satisfatoacuterio ldquo4rdquo e bom ldquo5rdquo
Tais indicadores foram elaborados considerando os desempenhos ge-
rencial e operacional da organizaccedilatildeo bem como a condiccedilatildeo ambiental
do aeroporto relacionada ao gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos Dessa
maneira eles abordam diferentes possiacuteveis cenaacuterios sobre geraccedilatildeo ar-
mazenamento transporte coleta tratamento e destinaccedilatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos considerando os diferentes tipos e grupos de resiacuteduos aleacutem do
esforccedilo organizacional para o correto gerenciamento e para a mitigaccedilatildeo
do impacto ambiental associado
Na segunda etapa (fazer) houve a aplicaccedilatildeo da ADA no Aeroporto
Internacional de Viracopos por meio do levantamento das informa-
ccedilotildees para aplicar indicadores pela coleta de dados em entrevistas e vi-
sitas de campo Esta etapa contemplou ainda a conversatildeo dos dados
obtidos comparando-se a caracteriacutestica apresentada pelo empreendi-
mento com os possiacuteveis cinco cenaacuterios para cada indicador O cenaacuterio
que apresentou maior semelhanccedila com a caracteriacutestica do indicador foi
selecionado e seu respectivo iacutendice atribuiacutedo Os indicadores e respec-
tivos cenaacuterios propostos satildeo apresentados na Tabela 1
Na terceira e na quarta etapas (checar e agir) foram analisadas as
principais fragilidades no gerenciamento dos resiacuteduos no Aeroporto
Internacional de Viracopos Para isso adotou-se o modelo de pres-
satildeo-estado-resposta (OECD 2001) que se baseia em trecircs frentes a
pressatildeo do homem o estado do meio e a resposta da sociedade ser-
vindo para identificar os provaacuteveis impactos ambientais e definir as
estrateacutegias de manejo de maneira a estabelecer boas praacuteticas ambien-
tais para o aeroporto analisado
Resultados e discussatildeo
Com base nos resultados do levantamento dos atuais procedimen-
tos para gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos foi possiacutevel atribuir os iacutendices aos indicadores propostos
neste trabalho os quais satildeo apresentados na Tabela 1
Como se pode observar pelos valores dos iacutendices atribuiacutedos apre-
sentados na Tabela 1 o desempenho ambiental do aeroporto em rela-
ccedilatildeo ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos pode ser considerado regu-
lar pois obteve meacutedia aritmeacutetica de 29 Embora o tema em questatildeo
natildeo apresente indicadores com desempenho bom 76 deles mos-
traram iacutendices regular ou satisfatoacuterio As variaacuteveis que apresentaram
melhor desempenho satildeo relacionadas agrave reduccedilatildeo na geraccedilatildeo coleta e
transporte de resiacuteduos soacutelidos Por outro lado aquelas referentes agrave
coleta seletiva solidaacuteria lacircmpadas inserviacuteveis resiacuteduos de aacutereas ver-
des e da construccedilatildeo civil apresentaram os piores desempenhosFigura 2 ndash Etapas para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental ndash ADA (ABNT 2004)
Planejar
Fazer
Elaboraccedilatildeo e seleccedilatildeo dosindicadores para a ADA
Checar e Agir
Coleta de dados
Anaacutelise e conversatildeo de dados
Avaliaccedilatildeo da Informaccedilatildeo
Resultados
Anaacutelise criacutetica e melhoriada ADA
135Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Tabela 1 ndash Indicadores e resultados para avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional de Viracopos
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Plano de ge-renciamento de resiacuteduos soacutelidos
3O aeroporto natildeo dispotildee de um PGRS
O aeroporto dispotildee de um PGRS sem atualizaccedilatildeo haacute mais de cinco anos
O aeroporto dispotildee de um PGRS atuali-zado por menos de cinco anos no entan-to menos da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e mais da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e todas as accedilotildees propostas foram executadas
Reduccedilatildeo da geraccedilatildeo de resiacute-duos soacutelidos1
4 IRSge15 1ltIRSlt15 IRS=1 05ltIRSlt1 IRSle05
Armazenamento de resiacuteduos dos Grupos A e D
3
O aeroporto natildeo possui contecircineres para armazenamen-to de resiacuteduos que ficam diretamente sobre o solo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res mas a disposiccedilatildeo eacute direta no solo em local descoberto ou sem impermeabilizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armazenados em contecircineres mas a disposiccedilatildeo natildeo eacute direta no solo mas em local descoberto ou sem impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res o local eacute coberto e possui impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armaze-nados em contecircineres o local eacute coberto possui im-permeabilizaccedilatildeo e sistema para limpeza
Contaminaccedilatildeo cruzada
3Os resiacuteduos peri-gosos natildeo satildeo segre-gados dos demais
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais mas haacute evi-decircncias de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigo-sos satildeo segregados dos demais mas haacute risco aparente de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados e arma-zenados em ambientes separados e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Higienizaccedilatildeo dos contecircineres (Grupo A e D)
3
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteodos superiores a um mecircs e natildeo haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteo-dos superiores a um mecircs e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados mensalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados quinzenal-mente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higieni-zados semanalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Coleta (comum e infectante)
4
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada em periacuteodo superior a dois dias
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada a cada dois dias
A coleta dos resiacute-duos eacute realizada uma vez por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada duas vezes por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada mais de duas vezes por dia
Tratamento dos resiacuteduos de bor-do (Grupo A)
3
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos comuns
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos perigosos
Os resiacuteduos rece-bem tratamento mas o tipo de tratamento natildeo eacute previsto pelo MAPA e pela ANVISA
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA mas ocorre em zona secundaacuteria
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA em zona primaacuteria
Transporte de resiacuteduos
4
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo natildeo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela AN-VISA e o transporte externo natildeo eacute reali-zado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais per-mitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos por sistemas automatizados de coleta
Resiacuteduos co-muns
4
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos co-muns satildeo enviados a lixotildees ou dispostos irregularmente
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterro em vala
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos comuns satildeo desti-nados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados aos sistemas de reaproveitamento
Coleta seletiva solidaacuteria
2
Os materiais reci-claacuteveis gerados no aeroporto natildeo satildeo segregados dos demais
Menos de 30 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
De 30 a 50 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Entre 51 a 70 dos ma-teriais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associa-ccedilotildees ou cooperativas
Mais de 70 dos mate-riais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Resiacuteduos contendo oacuteleos tintas e lubrifi-cantes
3
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo sendo destinados de forma inadequada
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo mas satildeo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais cobertos e com contenccedilatildeo por mais de 30 dias sendo destinados a empresas especializa-das no tratamento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais co-bertos e com contenccedilatildeo de 15 a 30 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais cober-tos e com contenccedilatildeo por menos de 15 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
136 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
137Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
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134 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
Sobre o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em 2010 foram
geradas aproximadamente 100 toneladas por mecircs no Aeroporto
Internacional de Viracopos das quais aproximadamente 97 da
massa correspondem aos resiacuteduos dos Grupos A e D gerados prin-
cipalmente nos terminais de passageiros e cargas e pelas companhias
aeacutereas a bordo das aeronaves (INFRAERO 2011) Dos resiacuteduos pe-
rigosos gerados no aeroporto destaca-se o grande volume daqueles
infectantes em 2010 ou seja aproximadamente 38 toneladasmecircs-1
Deste total 55 satildeo provenientes da forraccedilatildeo de baia do terminal de
cargas vivas e 44 satildeo resiacuteduos de bordo de aeronaves sendo o res-
tante gerado no ambulatoacuterio meacutedico do terminal de passageiros No
que diz respeito aos resiacuteduos com risco quiacutemico em 2010 destaca-se
a geraccedilatildeo de aproximadamente 540 unidades por mecircs de lacircmpadas
fluorescentes inserviacuteveis e 0830 toneladasmecircs-1 de baterias tracio-
naacuterias utilizadas em empilhadeiras As quantidades de resiacuteduos de
aacutereas verdes e construccedilatildeo civil natildeo foram estimadas neste aeroporto
Materiais e meacutetodos
Para a gestatildeo dos resiacuteduos soacutelidos de um aeroporto este trabalho
propocircs uma metodologia baseada na NBR 140312004 e na meto-
dologia do Carbono SocialTM ndash Social Carbon (REZENDE amp MERLIN
2003 SANTOS 2008) Dessa maneira esta se baseia na elaboraccedilatildeo
e na aplicaccedilatildeo de indicadores que priorizam os criteacuterios ambientais e
tem como avaliaccedilatildeo o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos Sua des-
criccedilatildeo e aplicaccedilatildeo foram desenvolvidas em quatro etapas seguindo o
modelo gerencial PDCA (Plan ndash Planejar Do ndash Fazer Check ndash Checar
e Act ndash Agir) para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental (ADA) como
ilustrado na Figura 2
A primeira etapa (planejar) consistiu em selecionar e elaborar os
indicadores com base no levantamento dos principais aspectos relacio-
nados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos Para isso
realizou-se um levantamento bibliograacutefico sobre o assunto seguido
de consultas a documentos teacutecnicos como manuais normas planos e
programas ambientais em aeroportos brasileiros Com base nos dados
bibliograacuteficos levantados foram criados indicadores para representar
cinco condiccedilotildees que recebem uma pontuaccedilatildeo desde o pior cenaacuterio ateacute
a condiccedilatildeo ideal Assim o desempenho caracterizado como ruim re-
cebe o iacutendice ldquo1rdquo criacutetico ldquo2rdquo regular ldquo3rdquo satisfatoacuterio ldquo4rdquo e bom ldquo5rdquo
Tais indicadores foram elaborados considerando os desempenhos ge-
rencial e operacional da organizaccedilatildeo bem como a condiccedilatildeo ambiental
do aeroporto relacionada ao gerenciamento dos resiacuteduos soacutelidos Dessa
maneira eles abordam diferentes possiacuteveis cenaacuterios sobre geraccedilatildeo ar-
mazenamento transporte coleta tratamento e destinaccedilatildeo dos resiacuteduos
soacutelidos considerando os diferentes tipos e grupos de resiacuteduos aleacutem do
esforccedilo organizacional para o correto gerenciamento e para a mitigaccedilatildeo
do impacto ambiental associado
Na segunda etapa (fazer) houve a aplicaccedilatildeo da ADA no Aeroporto
Internacional de Viracopos por meio do levantamento das informa-
ccedilotildees para aplicar indicadores pela coleta de dados em entrevistas e vi-
sitas de campo Esta etapa contemplou ainda a conversatildeo dos dados
obtidos comparando-se a caracteriacutestica apresentada pelo empreendi-
mento com os possiacuteveis cinco cenaacuterios para cada indicador O cenaacuterio
que apresentou maior semelhanccedila com a caracteriacutestica do indicador foi
selecionado e seu respectivo iacutendice atribuiacutedo Os indicadores e respec-
tivos cenaacuterios propostos satildeo apresentados na Tabela 1
Na terceira e na quarta etapas (checar e agir) foram analisadas as
principais fragilidades no gerenciamento dos resiacuteduos no Aeroporto
Internacional de Viracopos Para isso adotou-se o modelo de pres-
satildeo-estado-resposta (OECD 2001) que se baseia em trecircs frentes a
pressatildeo do homem o estado do meio e a resposta da sociedade ser-
vindo para identificar os provaacuteveis impactos ambientais e definir as
estrateacutegias de manejo de maneira a estabelecer boas praacuteticas ambien-
tais para o aeroporto analisado
Resultados e discussatildeo
Com base nos resultados do levantamento dos atuais procedimen-
tos para gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos foi possiacutevel atribuir os iacutendices aos indicadores propostos
neste trabalho os quais satildeo apresentados na Tabela 1
Como se pode observar pelos valores dos iacutendices atribuiacutedos apre-
sentados na Tabela 1 o desempenho ambiental do aeroporto em rela-
ccedilatildeo ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos pode ser considerado regu-
lar pois obteve meacutedia aritmeacutetica de 29 Embora o tema em questatildeo
natildeo apresente indicadores com desempenho bom 76 deles mos-
traram iacutendices regular ou satisfatoacuterio As variaacuteveis que apresentaram
melhor desempenho satildeo relacionadas agrave reduccedilatildeo na geraccedilatildeo coleta e
transporte de resiacuteduos soacutelidos Por outro lado aquelas referentes agrave
coleta seletiva solidaacuteria lacircmpadas inserviacuteveis resiacuteduos de aacutereas ver-
des e da construccedilatildeo civil apresentaram os piores desempenhosFigura 2 ndash Etapas para avaliaccedilatildeo de desempenho ambiental ndash ADA (ABNT 2004)
Planejar
Fazer
Elaboraccedilatildeo e seleccedilatildeo dosindicadores para a ADA
Checar e Agir
Coleta de dados
Anaacutelise e conversatildeo de dados
Avaliaccedilatildeo da Informaccedilatildeo
Resultados
Anaacutelise criacutetica e melhoriada ADA
135Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Tabela 1 ndash Indicadores e resultados para avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional de Viracopos
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Plano de ge-renciamento de resiacuteduos soacutelidos
3O aeroporto natildeo dispotildee de um PGRS
O aeroporto dispotildee de um PGRS sem atualizaccedilatildeo haacute mais de cinco anos
O aeroporto dispotildee de um PGRS atuali-zado por menos de cinco anos no entan-to menos da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e mais da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e todas as accedilotildees propostas foram executadas
Reduccedilatildeo da geraccedilatildeo de resiacute-duos soacutelidos1
4 IRSge15 1ltIRSlt15 IRS=1 05ltIRSlt1 IRSle05
Armazenamento de resiacuteduos dos Grupos A e D
3
O aeroporto natildeo possui contecircineres para armazenamen-to de resiacuteduos que ficam diretamente sobre o solo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res mas a disposiccedilatildeo eacute direta no solo em local descoberto ou sem impermeabilizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armazenados em contecircineres mas a disposiccedilatildeo natildeo eacute direta no solo mas em local descoberto ou sem impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res o local eacute coberto e possui impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armaze-nados em contecircineres o local eacute coberto possui im-permeabilizaccedilatildeo e sistema para limpeza
Contaminaccedilatildeo cruzada
3Os resiacuteduos peri-gosos natildeo satildeo segre-gados dos demais
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais mas haacute evi-decircncias de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigo-sos satildeo segregados dos demais mas haacute risco aparente de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados e arma-zenados em ambientes separados e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Higienizaccedilatildeo dos contecircineres (Grupo A e D)
3
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteodos superiores a um mecircs e natildeo haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteo-dos superiores a um mecircs e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados mensalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados quinzenal-mente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higieni-zados semanalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Coleta (comum e infectante)
4
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada em periacuteodo superior a dois dias
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada a cada dois dias
A coleta dos resiacute-duos eacute realizada uma vez por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada duas vezes por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada mais de duas vezes por dia
Tratamento dos resiacuteduos de bor-do (Grupo A)
3
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos comuns
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos perigosos
Os resiacuteduos rece-bem tratamento mas o tipo de tratamento natildeo eacute previsto pelo MAPA e pela ANVISA
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA mas ocorre em zona secundaacuteria
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA em zona primaacuteria
Transporte de resiacuteduos
4
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo natildeo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela AN-VISA e o transporte externo natildeo eacute reali-zado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais per-mitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos por sistemas automatizados de coleta
Resiacuteduos co-muns
4
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos co-muns satildeo enviados a lixotildees ou dispostos irregularmente
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterro em vala
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos comuns satildeo desti-nados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados aos sistemas de reaproveitamento
Coleta seletiva solidaacuteria
2
Os materiais reci-claacuteveis gerados no aeroporto natildeo satildeo segregados dos demais
Menos de 30 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
De 30 a 50 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Entre 51 a 70 dos ma-teriais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associa-ccedilotildees ou cooperativas
Mais de 70 dos mate-riais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Resiacuteduos contendo oacuteleos tintas e lubrifi-cantes
3
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo sendo destinados de forma inadequada
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo mas satildeo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais cobertos e com contenccedilatildeo por mais de 30 dias sendo destinados a empresas especializa-das no tratamento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais co-bertos e com contenccedilatildeo de 15 a 30 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais cober-tos e com contenccedilatildeo por menos de 15 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
137Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
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135Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
Tabela 1 ndash Indicadores e resultados para avaliaccedilatildeo do gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional de Viracopos
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Plano de ge-renciamento de resiacuteduos soacutelidos
3O aeroporto natildeo dispotildee de um PGRS
O aeroporto dispotildee de um PGRS sem atualizaccedilatildeo haacute mais de cinco anos
O aeroporto dispotildee de um PGRS atuali-zado por menos de cinco anos no entan-to menos da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e mais da metade das accedilotildees propostas foram executadas
O aeroporto dispotildee de um PGRS atualizado haacute menos de cinco anos e todas as accedilotildees propostas foram executadas
Reduccedilatildeo da geraccedilatildeo de resiacute-duos soacutelidos1
4 IRSge15 1ltIRSlt15 IRS=1 05ltIRSlt1 IRSle05
Armazenamento de resiacuteduos dos Grupos A e D
3
O aeroporto natildeo possui contecircineres para armazenamen-to de resiacuteduos que ficam diretamente sobre o solo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res mas a disposiccedilatildeo eacute direta no solo em local descoberto ou sem impermeabilizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armazenados em contecircineres mas a disposiccedilatildeo natildeo eacute direta no solo mas em local descoberto ou sem impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo arma-zenados em contecircine-res o local eacute coberto e possui impermeabi-lizaccedilatildeo
Os resiacuteduos satildeo armaze-nados em contecircineres o local eacute coberto possui im-permeabilizaccedilatildeo e sistema para limpeza
Contaminaccedilatildeo cruzada
3Os resiacuteduos peri-gosos natildeo satildeo segre-gados dos demais
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais mas haacute evi-decircncias de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigo-sos satildeo segregados dos demais mas haacute risco aparente de contaminaccedilatildeo
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados dos demais e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Os resiacuteduos perigosos satildeo segregados e arma-zenados em ambientes separados e natildeo haacute risco aparente de contamina-ccedilatildeo cruzada
Higienizaccedilatildeo dos contecircineres (Grupo A e D)
3
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteodos superiores a um mecircs e natildeo haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados em periacuteo-dos superiores a um mecircs e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados mensalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higienizados quinzenal-mente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Os recipientes satildeo higieni-zados semanalmente e haacute tratamento para o efluente gerado no processo
Coleta (comum e infectante)
4
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada em periacuteodo superior a dois dias
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada a cada dois dias
A coleta dos resiacute-duos eacute realizada uma vez por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada duas vezes por dia
A coleta dos resiacuteduos eacute realizada mais de duas vezes por dia
Tratamento dos resiacuteduos de bor-do (Grupo A)
3
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos comuns
Os resiacuteduos natildeo recebem tratamento e satildeo dispostos em aterros sanitaacuterios para resiacuteduos perigosos
Os resiacuteduos rece-bem tratamento mas o tipo de tratamento natildeo eacute previsto pelo MAPA e pela ANVISA
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA mas ocorre em zona secundaacuteria
Os resiacuteduos recebem tratamento previsto pelo MAPA e pela ANVISA em zona primaacuteria
Transporte de resiacuteduos
4
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo natildeo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais que natildeo satildeo permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela AN-VISA e o transporte externo natildeo eacute reali-zado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais per-mitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos
O transporte interno atravessa locais permitidos pela ANVISA e o transporte externo eacute realizado com veiacuteculos especiacuteficos por sistemas automatizados de coleta
Resiacuteduos co-muns
4
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos co-muns satildeo enviados a lixotildees ou dispostos irregularmente
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterro em vala
Natildeo haacute segregaccedilatildeo de materiais reciclaacute-veis e os resiacuteduos comuns satildeo desti-nados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados para aterros sanitaacuterios
Haacute segregaccedilatildeo dos materiais reciclaacuteveis e os resiacuteduos comuns satildeo destinados aos sistemas de reaproveitamento
Coleta seletiva solidaacuteria
2
Os materiais reci-claacuteveis gerados no aeroporto natildeo satildeo segregados dos demais
Menos de 30 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
De 30 a 50 dos materiais reciclaacuteveis segregados no aero-porto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Entre 51 a 70 dos ma-teriais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associa-ccedilotildees ou cooperativas
Mais de 70 dos mate-riais reciclaacuteveis segre-gados no aeroporto satildeo destinados a associaccedilotildees ou cooperativas
Resiacuteduos contendo oacuteleos tintas e lubrifi-cantes
3
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo sendo destinados de forma inadequada
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais sem cobertura e contenccedilatildeo mas satildeo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam armazenados em locais cobertos e com contenccedilatildeo por mais de 30 dias sendo destinados a empresas especializa-das no tratamento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais co-bertos e com contenccedilatildeo de 15 a 30 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
Os resiacuteduos ficam arma-zenados em locais cober-tos e com contenccedilatildeo por menos de 15 dias sendo destinados a empresas especializadas no trata-mento ou destinaccedilatildeo
136 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (1996) Aeroportos ndash gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos NBR 8843 Rio de Janeiro 4 p
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (2004) Gestatildeo Ambiental ndash avaliaccedilatildeo de desempenho ndash diretrizes NBR 14031 Rio de Janeiro 38 p
BRASIL (2010) Congresso Nacional Lei nordm 12305 de 2 de agosto de 2010 Institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
BRASIL (2006) Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa nordm 36 de 10 de novembro de 2006 Aprova o Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
CAMPINAS (2006) Lei Complementar nordm 15 de 27 de Dezembro de 2006 Dispotildee sobre o Plano Diretor do Municiacutepio de Campinas Diaacuterio Oficial do Municiacutepio de Campinas Campinas
CORDEIRO E BARBOSA CBDUARTE VL (2000) Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos em Estaccedilotildees Aeroportuaacuterias Brasileiras Diagnoacutestico Situacional In XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Anais ABES - Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Campinas
INFRAERO ndash Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria (2011) Estatiacutestica dos Aeroportos Brasiacutelia Disponiacutevel em lthttp
wwwinfraerogovbrindexphpbrestatistica-dos-aeroportoshtmlgt Acesso em 21 jan 2011
OACI ndash Organizaccedilatildeo Internacional da Aviaccedilatildeo Civil (1996) Manual ndash Guia de Proteccedilatildeo Ambiental para Aeroportos Projeto PNUD OACI RLA92031 Versatildeo preliminar
OECD ndash Organization for Economic Co-Operation and Development (2001) Environmental Indicators OECD Publications Paris 155p
PITT M BROWN A SMITH A (2002) Waste Management at Airports Facilities v 20 p 198-207
REZENDE D amp MERLIN S (2003) Carbono social ndash agregando valores ao desenvolvimento sustentaacutevel Editora Peiroacutepolis Disponiacutevel em lthttpwwwsocialcarbonorguploadDocsDocumentsSocial_Carbon_book_ptpdfgt Acesso em 24 jan 2011
SANTOS CKN (2008) Metodologia do Carbono Social ndash Manual do Multiplicador Palmas Instituto Ecoloacutegica
STRUCHEL A CAPPA J BERNARDO R (2008) O Aeroporto Internacional de Viracopos na Revisatildeo do Plano Diretor de Campinas ndash SP em 2006 In VII Simpoacutesio de Transporte Aeacutereo Sitraer v 7 p 346-357
WALM ndash Engenharia e Tecnologia Ambiental (2008) EIA ndash Estudo de Impacto Ambiental Ampliaccedilatildeo do Aeroporto Internacional de ViracoposCampinas ndash SP v 1 p 11-7128 Satildeo Paulo
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Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
1 IRS geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo analisado geraccedilatildeo meacutedia de resiacuteduosnuacutemero de movimentos de aeronaves do periacuteodo anterior
Indicador Iacutendice atribuiacutedo
Iacutendice
1 2 3 4 5
Pneus inserviacuteveis
3
Os pneus natildeo satildeo enviados para reutilizaccedilatildeo ou reci-clagem mas ficam armazenados por periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo tritura-dos e enviados para aterros sanitaacuterios mas ficam armazenados em periacuteodos superiores a 12 meses
Os pneus satildeo envia-dos para reutilizaccedilatildeo ou reciclagem mas ficam armazenados por periacuteodos superio-res a 12 meses
Os pneus satildeo enviados para reciclagem e ficam armazenados por periacuteodos inferiores a 12 meses
Os pneus satildeo devolvidos aos fabricantes e ficam ar-mazenados em periacuteodos inferiores a seis meses
Lacircmpadas usadas
2
As lacircmpadas natildeo satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos superiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo enviadas para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a 12 meses
As lacircmpadas satildeo envia-das para reciclagem e ficam armazenadas por periacuteodos inferiores a seis meses
As lacircmpadas satildeo devol-vidas aos fabricantes e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a seis meses
Baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis
3
As baterias satildeo dispostas em lixotildees ou natildeo haacute controle sobre o destino
As baterias satildeo dis-postas em aterros de resiacuteduos comuns
As baterias satildeo desti-nadas a aterros de Classe I
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos superiores a dois meses
As baterias satildeo desti-nadas a reciclagem e ficam armazenadas em periacuteodos inferiores a dois meses
Resiacuteduos de aacutereas verdes
1
A administraccedilatildeo aeroportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em bota--foras no interior do siacutetio aeroportuaacuterio
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em valas
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria dispotildee os resiacuteduos em aterros sanitaacuterios
A administraccedilatildeo ae-roportuaacuteria destina os resiacuteduos em usinas de compostagem
A administraccedilatildeo aeropor-tuaacuteria realiza composta-gem dos resiacuteduos em aacuterea interna ao aeroporto
Resiacuteduos da Construccedilatildeo Civil
2
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular proacuteximas a corpos drsquoaacuteguas
O aeroporto possui aacutereas com disposiccedilatildeo irregular mas natildeo haacute indiacutecios de degrada-ccedilatildeo do solo ou aacutegua
O aeroporto possui aacutereas com armaze-namento temporaacuterio adequado mas natildeo haacute segregaccedilatildeo dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazena-mento temporaacuterio ade-quado haacute segregaccedilatildeo e reciclagem mas natildeo haacute reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
O aeroporto possui aacutereas com armazenamento temporaacuterio adequado haacute segregaccedilatildeo reciclagem e reutilizaccedilatildeo interna dos resiacuteduos
Disposiccedilatildeo em bota-fora
2
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio e o passivo encontra-se no local
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e natildeo recebeu tratamento
Ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no inte-rior do siacutetio aeropor-tuaacuterio mas o passivo foi retirado do local e recebeu tratamento
Natildeo ocorreu disposiccedilatildeo de resiacuteduos em aacutereas de bota-fora no interior do siacutetio aeroportuaacuterio mas passivos anteriores encontram-se no local
O aeroporto natildeo dispotildee de aacutereas de bota-fora em toda aacuterea patrimonial
Iacutendice meacutedio 29
Tabela 1 ndash Continuaccedilatildeo
Com o objetivo de avaliar qualitativamente e quantitativamente
os resiacuteduos gerados o Aeroporto Internacional de Viracopos atua-
lizou no iniacutecio de 2011 seu PGRS Os resultados quantitativos da
geraccedilatildeo de resiacuteduos apontaram um aumento de 57 da massa total
gerada em 2010 em relaccedilatildeo a 2009 Entretanto quando relacionada
com o movimento de aeronaves a quantidade de resiacuteduos decresceu
96 em relaccedilatildeo ao mesmo periacuteodo
Quanto ao armazenamento intermediaacuterio dos resiacuteduos dos
Grupos A e D (infectante e comum respectivamente) evidenciou-se
a presenccedila de contecircineres especiacuteficos para cada um dos dois grupos
(branco e verde para os Grupos A e D respectivamente) e natildeo foi
observada disposiccedilatildeo direta sobre o solo Entretanto no local onde
ocorre a segregaccedilatildeo dos resiacuteduos de bordo de aeronave foi possiacutevel
identificar falta de cobertura e impermeabilizaccedilatildeo do piso No mes-
mo ponto os contecircineres para resiacuteduos infectantes e comuns satildeo alo-
cados sem separaccedilatildeo fiacutesica por paredes ou distacircncias suficientes para
que o risco de contaminaccedilatildeo cruzada seja minimizado
A higienizaccedilatildeo de tais recipientes eacute realizada a cada 30 dias A la-
vagem eacute feita por meio de um lavador de contentores moacutevel instalado
sobre um caminhatildeo Essa operaccedilatildeo acontece no interior de uma cacircmara
fechada do lavador de contentor por meio de aacutegua e alta pressatildeo aditiva-
da com produtos desengordurantes e bactericidas Nesse procedimento
os resiacuteduos soacutelidos ficam em uma cacircmara fechada no proacuteprio caminhatildeo
e posteriormente satildeo retirados e encaminhados ao aterro sanitaacuterio
O efluente eacute despejado na estaccedilatildeo de tratamento de esgoto do aeroporto
A coleta dos resiacuteduos apoacutes o armazenamento intermediaacuterio eacute rea-
lizada trecircs vezes ao dia Apoacutes tal processo os infectantes satildeo enviados
para tratamento teacutermico pela teacutecnica de micro-ondas em zona secun-
daacuteria (aacuterea externa ao aeroporto) Segundo o Ministeacuterio da Agricultura
Pecuaacuteria e Abastecimento satildeo admitidos trecircs tipos de tratamento para os
resiacuteduos de bordo de aeronaves incineraccedilatildeo autoclavagem (133ordmC com
3 bar por 20 minutos) e hidroacutelise alcalina (BRASIL 2006) Atualmente
o Aeroporto Internacional de Viracopos dispotildee de uma autoclave mas
o equipamento ainda natildeo foi licenciado e o local de instalaccedilatildeo necessita
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Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (1996) Aeroportos ndash gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos NBR 8843 Rio de Janeiro 4 p
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (2004) Gestatildeo Ambiental ndash avaliaccedilatildeo de desempenho ndash diretrizes NBR 14031 Rio de Janeiro 38 p
BRASIL (2010) Congresso Nacional Lei nordm 12305 de 2 de agosto de 2010 Institui a Poliacutetica Nacional de Resiacuteduos Soacutelidos Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
BRASIL (2006) Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa nordm 36 de 10 de novembro de 2006 Aprova o Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
CAMPINAS (2006) Lei Complementar nordm 15 de 27 de Dezembro de 2006 Dispotildee sobre o Plano Diretor do Municiacutepio de Campinas Diaacuterio Oficial do Municiacutepio de Campinas Campinas
CORDEIRO E BARBOSA CBDUARTE VL (2000) Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos em Estaccedilotildees Aeroportuaacuterias Brasileiras Diagnoacutestico Situacional In XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Anais ABES - Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Campinas
INFRAERO ndash Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria (2011) Estatiacutestica dos Aeroportos Brasiacutelia Disponiacutevel em lthttp
wwwinfraerogovbrindexphpbrestatistica-dos-aeroportoshtmlgt Acesso em 21 jan 2011
OACI ndash Organizaccedilatildeo Internacional da Aviaccedilatildeo Civil (1996) Manual ndash Guia de Proteccedilatildeo Ambiental para Aeroportos Projeto PNUD OACI RLA92031 Versatildeo preliminar
OECD ndash Organization for Economic Co-Operation and Development (2001) Environmental Indicators OECD Publications Paris 155p
PITT M BROWN A SMITH A (2002) Waste Management at Airports Facilities v 20 p 198-207
REZENDE D amp MERLIN S (2003) Carbono social ndash agregando valores ao desenvolvimento sustentaacutevel Editora Peiroacutepolis Disponiacutevel em lthttpwwwsocialcarbonorguploadDocsDocumentsSocial_Carbon_book_ptpdfgt Acesso em 24 jan 2011
SANTOS CKN (2008) Metodologia do Carbono Social ndash Manual do Multiplicador Palmas Instituto Ecoloacutegica
STRUCHEL A CAPPA J BERNARDO R (2008) O Aeroporto Internacional de Viracopos na Revisatildeo do Plano Diretor de Campinas ndash SP em 2006 In VII Simpoacutesio de Transporte Aeacutereo Sitraer v 7 p 346-357
WALM ndash Engenharia e Tecnologia Ambiental (2008) EIA ndash Estudo de Impacto Ambiental Ampliaccedilatildeo do Aeroporto Internacional de ViracoposCampinas ndash SP v 1 p 11-7128 Satildeo Paulo
137Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Indicadores e gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em aeroportos
de adequaccedilotildees como instalaccedilotildees eleacutetricas e reforma do piso e das pare-
des Dessa maneira embora os resiacuteduos de bordo de aeronave e outros
infectantes recebam tratamento o procedimento natildeo eacute realizado no local
e por meio de teacutecnicas previstas por este Ministeacuterio
Para a efetivaccedilatildeo da coleta os transportes interno e externo dos re-
siacuteduos soacutelidos satildeo feitos por veiacuteculos especiacuteficos passando apenas por
locais autorizados pela ANVISA Os resiacuteduos soacutelidos de bordo satildeo trans-
portados das aeronaves ateacute os pontos de armazenamento intermediaacuterio
por meio de veiacuteculo de apoio agrave aeronave Aos resiacuteduos infectantes a
coleta do ponto de armazenamento intermediaacuterio ateacute o tratamento eacute rea-
lizada por um veiacuteculo adaptado com carroceria fechada devidamente
identificada com a simbologia de infectante Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos
comuns o transporte eacute feito em um caminhatildeo coletor de lixo comum
equipado com sistema de compactaccedilatildeo e levantador de contecirciner O des-
tino tanto dos resiacuteduos infectantes apoacutes tratamento como dos comuns
eacute um aterro sanitaacuterio localizado em Pauliacutenia licenciado pela Companhia
Ambiental do Estado de Satildeo Paulo (CETESB)
Os materiais reciclaacuteveis satildeo segregados no entanto devido ao
pouco tempo de implementaccedilatildeo da coleta seletiva poucos satildeo os
pontos de segregaccedilatildeo e a quantidade gerada Os principais geradores
de materiais reciclaacuteveis satildeo os escritoacuterios e os terminais de carga sen-
do atualmente os uacutenicos destinados a uma associaccedilatildeo de cooperativas
de Campinas habilitada conforme o Decreto 59402006
Quanto aos resiacuteduos classificados como Grupo B ou seja que re-
presentam risco quiacutemico os mais representativos em aeroportos satildeo
oacuteleos e materiais contaminados com tintas e oacuteleos lacircmpadas de mercuacute-
rio e baterias chumbo-aacutecido inserviacuteveis Os oacuteleos e materiais contami-
nados com os mesmos satildeo gerados em caixas separadoras e nas ofici-
nas de manutenccedilatildeo de veiacuteculos e empilhadeiras respectivamente Em
ambos os casos os serviccedilos de remoccedilatildeo e destinaccedilatildeo satildeo realizados por
empresas terceirizadas O destino dos oacuteleos eacute o reaproveitamento en-
quanto que os demais resiacuteduos contaminados como estopas e embala-
gens satildeo destinados pela mesma empresa que recicla o oacuteleo Embora
fiquem armazenadas em local fechado e de forma adequada as lacircmpa-
das de mercuacuterio bem como as baterias chumbo-aacutecido e os pneus in-
serviacuteveis satildeo enviados para reciclagem em empresas especializadas em
cada tipo de material Entretanto o tempo meacutedio de armazenamento
destes resiacuteduos eacute superior a seis meses aumentando a vulnerabilidade
do local quanto aos riscos de contaminaccedilatildeo do solo e da aacutegua
Com relaccedilatildeo aos resiacuteduos de aacutereas verdes o aeroporto realiza a
disposiccedilatildeo em aacuterea interna ao siacutetio aeroportuaacuterio sem manejo preacutevio
adequado como trituraccedilatildeo ou ateacute mesmo compostagem De maneira
anaacuteloga o aeroporto possui um antigo canteiro de obras com armaze-
namento de resiacuteduos da construccedilatildeo civil Contudo em ambos os locais
de bota-fora natildeo haacute evidecircncias de contaminaccedilatildeo do solo Vale ressaltar
que atualmente os resiacuteduos da construccedilatildeo civil gerados no aeroporto
satildeo destinados a usinas de reciclagem ou a outro destino conforme a
Resoluccedilatildeo do CONAMA 3072002 e os que se encontram na aacuterea de
bota-fora foram gerados antes da implementaccedilatildeo do atual PGRS
Estrateacutegias de manejo e monitoramento
Os resultados gerados pela aplicaccedilatildeo dos indicadores demons-
tram que 34 deles apresentam avaliaccedilatildeo ruim ou criacutetica Com base
no diagnoacutestico realizado no Aeroporto Internacional de Viracopos e
utilizando-se o modelo de pressatildeo-estado-resposta (OECD 2001) foi
possiacutevel identificar algumas estrateacutegias de manejo e melhoria contiacutenua
para as natildeo conformidades observadas nos indicadores com baixos iacuten-
dices A pressatildeo existente eacute relativa agrave geraccedilatildeo ao armazenamento ao
tratamento e agrave disposiccedilatildeo dos resiacuteduos soacutelidos no aeroporto Assim
o estado relacionado agraves principais natildeo conformidades corresponde agraves
condiccedilotildees inadequadas de infraestrutura em aacutereas de armazenamento
de resiacuteduos ao tempo de armazenamento de resiacuteduos perigosos agrave au-
secircncia de tratamento em zona primaacuteria e ao baixo percentual de mate-
riais encaminhados para a reciclagem Dessa forma algumas estrateacutegias
de manejo ou respostas podem ser propostas
bull aumentodospontosdesegregaccedilatildeoecoletademateriaisreciclaacuteveis
bull separaccedilatildeodosresiacuteduossoacutelidosnafontegeradora
bull destinodosmateriaisreciclaacuteveisparaassociaccedilotildeesoucooperativas
sem fins lucrativos
bull disposiccedilatildeoemperiacuteodosinferioresaseismesesdebateriaslacircmpa-
das e pneus inserviacuteveis
bull armazenamentodosresiacuteduoscomunseinfectantesemambien-
tes diferentes
bull impermeabilizaccedilatildeoeconstruccedilatildeodecoberturasnoslocaisparaar-
mazenamento de resiacuteduos
bull instalaccedilatildeoelicenciamentodeequipamentodetratamentodere-
siacuteduos soacutelidos como a autoclave
bull construccedilatildeodeumaestaccedilatildeodetratamentoderesiacuteduossoacutelidos
bull realizaccedilatildeodecompostagemdosresiacuteduosdeaacutereasverdes
bull impedimentodadisposiccedilatildeoderesiacuteduosemaacutereasdebota-fora
Embora algumas das medidas propostas estejam relacionadas agraves
caracteriacutesticas estruturais do aeroporto necessitando da realizaccedilatildeo de
obras fiacutesicas as mesmas natildeo representam accedilotildees de grandes investimen-
tos Aleacutem disso as accedilotildees propostas natildeo requerem longos periacuteodos de
execuccedilatildeo podendo ser feitas em prazos inferiores haacute um ano exceto
as atividades contiacutenuas como a realizaccedilatildeo de tratamento de resiacuteduos
Assim impactos associados ao gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos po-
dem ser corrigidos por uma administraccedilatildeo aeroportuaacuteria mais eficiente
em relaccedilatildeo agrave gestatildeo ambiental do Aeroporto Internacional de Viracopos
Apoacutes a conclusatildeo das medidas propostas recomenda-se que os indi-
cadores sejam aplicados novamente contemplando um monitoramento
ambiental perioacutedico e proporcionando o controle eficaz da gestatildeo dos
resiacuteduos gerados neste aeroporto O monitoramento ambiental deve en-
volver essencialmente a coleta a anaacutelise e a avaliaccedilatildeo de dados ambien-
tais para a orientaccedilatildeo da melhor maneira de manejo ambiental ao local
estudado As teacutecnicas a serem utilizadas devem estar embasadas em con-
sultas agrave literatura e em debates com profissionais da aacuterea ambiental Esse
138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
tado as ADAs podem ser divulgadas periodicamente possibilitando
agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
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138 Eng Sanit Ambient | v18 n2 | abrjun 2013 | 131-138
Carra TA Conceiccedilatildeo FT Teixeira BB
monitoramento poderaacute fornecer uma base de dados para o uso futuro
aleacutem de determinar se os objetivos das accedilotildees de manejo estatildeo produzin-
do os resultados esperados sem alterar as caracteriacutesticas do ambiente
Programas de educaccedilatildeo ambiental tambeacutem devem fazer parte
da proposta de minimizaccedilatildeo dos impactos descritos neste estudo
Esses programas de educaccedilatildeo ambiental podem despertar nas pes-
soas a conscientizaccedilatildeo dos valores dos ecossistemas encontrados re-
lacionando o gerenciamento de resiacuteduos com o cotidiano Para uma
eficiecircncia ainda maior devem ser promovidas atividades educativas
para funcionaacuterios e passageiros sempre com o objetivo de demons-
trar que se bem aproveitados conservados ou preservados os recur-
sos do meio ambiente trazem apenas benefiacutecios para a comunidade
Conclusotildees
Diversos aspectos e impactos negativos originados das atividades
aeroportuaacuterias estatildeo relacionados ao mau gerenciamento de resiacuteduos
soacutelidos Assim por meio deste trabalho foi possiacutevel desenvolver e apli-
car uma metodologia para avaliaccedilatildeo da gestatildeo de resiacuteduos soacutelidos em
aeroportos de maneira a auxiliar a administraccedilatildeo aeroportuaacuteria a iden-
tificar os aspectos ambientais significativos A aplicaccedilatildeo dos indicado-
res no Aeroporto Internacional de Viracopos obteve um desempenho
de 29 em uma escala de um a cinco caracterizando-o como regular
O uso dos indicadores associados ao modelo pressatildeo-estado-resposta
permitiu ainda a identificaccedilatildeo de boas praacuteticas e soluccedilotildees ambientais
para o gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos no Aeroporto Internacional
de Viracopos Portanto foram propostas dez accedilotildees de resposta agraves pres-
sotildees impostas ao meio ambiente em decorrecircncia dos resiacuteduos gera-
dos neste aeroporto Complementarmente por meio da metodologia
proposta eacute possiacutevel realizar anaacutelises comparativas entre aeroportos e
acompanhar sistematicamente a evoluccedilatildeo do desempenho no tema
abordado Esse monitoramento do desempenho por indicadores po-
deraacute fornecer ao longo do tempo uma base de dados para acompa-
nhamento das accedilotildees realizadas aleacutem de determinar se os objetivos das
accedilotildees de manejo estatildeo produzindo os resultados esperados
Aleacutem disso os indicadores e suas aplicaccedilotildees servem para auxi-
liar no planejamento e direcionamento de accedilotildees pela identificaccedilatildeo
de prioridades sejam elas unidades aeroportuaacuterias ou aspectos am-
bientais mais criacuteticos Com isso podem-se definir as preferecircncias
em alocaccedilatildeo de recursos reduzir gastos e contribuir para a melhoria
contiacutenua do sistema de gestatildeo ambiental de aeroportos Como resul-
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agraves partes interessadas uma anaacutelise detalhada dos procedimentos e das
medidas de controle ambiental adotados
Referecircncias
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (1996) Aeroportos ndash gerenciamento de resiacuteduos soacutelidos NBR 8843 Rio de Janeiro 4 p
Associaccedilatildeo Brasileira de Normas Teacutecnicas ndash ABNT (2004) Gestatildeo Ambiental ndash avaliaccedilatildeo de desempenho ndash diretrizes NBR 14031 Rio de Janeiro 38 p
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BRASIL (2006) Ministeacuterio da Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento Instruccedilatildeo Normativa nordm 36 de 10 de novembro de 2006 Aprova o Manual de Procedimentos Operacionais da Vigilacircncia Agropecuaacuteria Internacional Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Brasiacutelia
CAMPINAS (2006) Lei Complementar nordm 15 de 27 de Dezembro de 2006 Dispotildee sobre o Plano Diretor do Municiacutepio de Campinas Diaacuterio Oficial do Municiacutepio de Campinas Campinas
CORDEIRO E BARBOSA CBDUARTE VL (2000) Gerenciamento de Resiacuteduos Soacutelidos em Estaccedilotildees Aeroportuaacuterias Brasileiras Diagnoacutestico Situacional In XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Anais ABES - Associaccedilatildeo Brasileira de Engenharia Sanitaacuteria e Ambiental Campinas
INFRAERO ndash Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuaacuteria (2011) Estatiacutestica dos Aeroportos Brasiacutelia Disponiacutevel em lthttp
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PITT M BROWN A SMITH A (2002) Waste Management at Airports Facilities v 20 p 198-207
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SANTOS CKN (2008) Metodologia do Carbono Social ndash Manual do Multiplicador Palmas Instituto Ecoloacutegica
STRUCHEL A CAPPA J BERNARDO R (2008) O Aeroporto Internacional de Viracopos na Revisatildeo do Plano Diretor de Campinas ndash SP em 2006 In VII Simpoacutesio de Transporte Aeacutereo Sitraer v 7 p 346-357
WALM ndash Engenharia e Tecnologia Ambiental (2008) EIA ndash Estudo de Impacto Ambiental Ampliaccedilatildeo do Aeroporto Internacional de ViracoposCampinas ndash SP v 1 p 11-7128 Satildeo Paulo