iii jornada de inverno de química -...
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1
Prof. Dr. Angelo H. L. MachadoGrupo Tecnologia
em Síntese Orgânica
Universidade de Brasília – UnBInstituto de Química
DO GRAMA PARA O KILOGRAMA:
Quais os desafios de uma
Ampliação de Escala?
III Jornada de
Inverno de Química
III Jornada de
Inverno de Química
Cristalização
É uma das mais antigas e mais
importantes operações unitárias
(extração de NaCl de água do mar)
Mais de 90% de todos os produtos
farmacêuticos contêm Insumos
Farmacêuticos, ativos ou não, que
contêm em seus processos de
fabricação a cristalização como
operação unitária.
2
Porque essa obsessão em trabalhar com sólidos?
1. Sólidos são mais densos que os líquidos, ocupam menos
espaço;
2. Sólidos, na sua grande maioria, são de fácil fracionamento
quando comparado a líquidos viscosos, realidade da maiorias
dos IFA’s e seus intermediários;
3. Sólidos são de fácil contenção em caso de rompimento da
embalagem (sujeira concentrada);
4. Um Processo de cristalização é também um processo de
purificação, que por sua vez é menos laborioso que a
purificação de líquidos viscosos.
Qual destes é um bom cristal?
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Tipos de Sólido e Arranjos em um Retículo Cristalino
Sólido Amorfo é aquele onde asunidades químicas que o constituem(átomos, íons, moléculas) nãoapresentam um arranjo espacial definido
Sólido cristalino é aquele onde asunidades químicas que o constituem(átomos, íons, moléculas) apresentam umarranjo espacial definido por um retículocristalino que se repete periodicamente.
Sólido cristalino - Qualquer maciçoscom um diagrama dedifração essencialmente discreto – (1992)mais amplo.
Uma dimensão Duas dimensões Três dimensões
Hábito CristalinoUma Característica Importante para um Cristal.
Mas não é a única!!!
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• Nucleação
• Crescimento
• Aglomeração
• Dispersão
• Quebra
• Nucleação Secundária
Etapas de uma Cristalização
Impacto de cada Etapa de uma Cristalização nas Características do Produto Final
Mistura
Líquida
Geração da
SupersaturaçãoNucleação
Crescimento
do Cristal
Forma Cristalina
(Polimorfo, Solvato, Hidrato)
Distribuição do
Tamanho de
Partículas
Hábito Cristalino,
Pureza
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Cristalização não é magia, é uma Ciência
Importância de se conhecer as impurezas de processo e seu impacto na Cristalização
Direção do crescimento do cristal
Direção do crescimento do cristal
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Uréia contaminada com 8% de bisuréia
Uréia < 0,1% Bisuréia
Efeito das impurezas na Cristalização
Composto A contaminado com 5,5 mol% da ImpurezaComposto A
Efeito das impurezas na Cristalização
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A Zona Metaestável de Cristalização
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
x
x
x
x
x
x
S
xx
xx
A Zona Metaestável de Cristalização
Curva de Solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona Metaestável
Partículasmenores
Partículas maiores
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
8
Efeito da Supersaturação no Tamanho de Partículas, Crescimento do Cristal e Nucleação
O que são os Limites da Zona Metaestável de Cristalização (LZMC) ?
É um parâmetro Crítico num processo de cristalização.
Revela o comportamento da nucleação de um sistema.
É um parâmetro cinético-limitado que é muito dependente dascondições do processo.
Vários fatores podem influenciar a LZMC:
- Taxa de Resfriamento;
- Taxa de Dosagem de Solvente ou Reagente;
- Tipo de Equipamento;
- Agitação;
- Presença de Partícula Estranhas ao Processo;
- Impurezas.
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O que é necessário para determinar os limites da Zona Metaestável de Cristalização
1. Um reator que possibilite o controle, e não somente a medição,
de parâmetros de processo como temperatura do meio de
cristalização, velocidade de agitação taxa de dosagem de
insumos ou solventes;
2. Uma tecnologia de análise in process para determinar a
concentração da substância que será cristalizada (NIR, IR, UV,
potenciometria, etc).
3. Uma tecnologia de análise in process para determinar o início
da cristalização (olho humano, turbidimetria, espalhamento de
luz, FBRM, tomografia, microscopia, etc).;
Montagem comum de equipamentos suficiente para determinar os limites da Zona Metaestável de
Cristalização
Sonda para medição de concentração em solução
Sonda para detecção de formação partículas
Controle de Temperatura
Controle de Dosagem
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Eventos nas Redondezas do LZMC
Limite de Supersaturação
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
Curva de Solubilidade
Efeito da formação de óleo durante uma Cristalização
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Efeito da taxa de resfriamento na formação de óleo durante uma Cristalização por Semadura
Diferenças na Qualidade dos Cristais Obtidos no Cristalização quando há Formação de Óleo
Sem formação de óleo durante a cristalização
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Eventos na Etapa de Nucleação
Nucleação
NucleaçãoPrimária
(Sistema livre de Cristais)
NucleaçãoSecundária
(Induzida pela presença de Cristais)
Homogênea(espontânea)
Heterogênea(induzida pela presença de partículas
estranhas ao processo)
Nucleações Primária e Secundária numa Cristalização com Formação de Óleo
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• Resfriamento
• Adição de Anti-solvente
• Semeadura
• Evaporação
• Reação
Procedimentos de cristalização
Cristalização por Resfriamento
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona Metaestável
Sx
O resfriamento e conseqüente acompanhamento da curva de supersaturação podem levar ao máximo de rendimento (concentração tendendo a zero)
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Efeito da Taxa de Resfriamento numa Cristalização
A alteração da taxa de resfriamento pode levar à um deslocamento da Curva de Supersaturação. Se este deslocamento a aproxima da Curva de Solubilidade, espera-se um aumento no rendimento da cristalização. O
mesmo efeito pode ser obtido com aumento da turbulência do meio (maior agitação, uso de quebra-ondas, uso de ultra-som).
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona MetaestávelCo
nce
ntr
ação
Temperatura
x S
Efeito da Taxa de Resfriamento numa Cristalização
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Curva de Solubilidade Solvente
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
x S
Mantida a concentração, o uso de um Anti-solvente reduz a solubilidade de uma substância em solução. Isso faz com que a Curva
de Solubilidade seja aproximada da Curva de Supersaturação.
Cristalizações por adição de Anti-solvente costumam ser cristalizações mais rápidas que as Cristalizações por Resfriamento.
Cristalização por adição de Anti-solvente.
x
Curva de SolubilidadeSolvente + Anti-solvente
Cristalização por Semeadura.
A adição de cristais do produto de interesse desestabiliza o equilíbrio presente na zona metaestável, acelerando a cristalização.
Cristalizações por Semeadura costumam render produtos com distribuição de tamanho de partícula e formato de cristais (“habbits”) mais uniformes.
Seeding the Desired Polymorph: Background, Possibilities, Limitations, and Case StudiesWolfgang BeckmannOrganic Process Research & Development 2000, 4, 372-383
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona MetaestávelCo
nce
ntr
ação
Temperatura
S
X
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona MetaestávelCo
nce
ntr
ação
Temperatura
S
X
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A evaporação do solvente promove a concentração do meio, evento que coloca o sistema dentro da zona metaestável de cristalização.
Neste tipo de cristalização, deve-se ter especial atenção à estabilidade térmica da substância em estudo.
Curva de solubilidade
Limite de Supersaturação
Zona MetaestávelCo
nce
ntr
ação
Temperatura
S
X
Cristalização por Evaporação.
Cristalização por Reação ou Formação de sais
Curva de solubilidade da substância original
Limite de Supersaturaçãoda substância original
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
S
Curva de solubilidade do sal
Limite de Supersaturação
do sal
ROH
O
N RR
R
+
+
NaOH
HCl
RO
-
O
N+
RR
R HCl
-
Na+
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Cristalização por Reação ou Formação de sais
Co
nce
ntr
ação
Temperatura
S
Curva de solubilidade do sal
Limite de Supersaturação
do sal
Zona Metaestável do Sal
ROH
O
N RR
R
+
+
NaOH
HCl
RO
-
O
N+
RR
R HCl
-
Na+
Cristalização por Reação ou Formação de sais
A formação de sais de substâncias orgânicas pode favorecer um processo
de purificação por cristalização.
Aminas são substâncias que podem sofrer oxidação com relativa facilidade.
A formação de seus sais reduz esta capacidade das aminas o que leva a um
aumento da estabilidade dessa classe de substâncias.
A conversão de substâncias orgânicas em seus respectivos sais também
aumentam a solubilidade destas espécies em meios hidrofílicos e podem
favorecer a sua biodisponibilidade.
Observação Importante: Também existem processos que lançam mão da
baixa solubilidade em solventes dos produtos formados pela reação de
intermediários solúveis neste solvente.
Asolúvel + Bsolúvel → A-Binsolúvel (precipita o produto)
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Salt Selection and Optimisation Procedures for Pharmaceutical New ChemicalEntitiesRichard J. Bastin, Michael J. Bowker, and Bryan J. SlaterOrganic Process Research & Development 2000, 4, 427-435
Cristalização por Reação ou Formação de sais
Obtenção de substâncias quirais na indústria
55%
10%
35%
Chiral pool e Resoluçãode racematos
Métodos assimétricosquímicos
Métodos assimétricosbiológicos
C&EN 14 Julho 2003 Pg. 37-52
Cristalização por Formação de sais de Misturas Racêmicas:A Resolução Quiral
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Resolução de Misturas Racêmicas é uma Cristalização por Formação de Sais.
Alguns Agentes de Resolução de Misturas Racêmicas Comercialmente Disponíveis.
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Dinâmica de uma Resolução Quiral
Cristalização Não Controlada
Nova PropostaCristalização Controlada
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Tempo de Processo (hs)
Do
sag
em
de
H2
SO
4
Adição não Controlada Adição Linear Adição Cúbica
Tempo de Processo (hs)
Do
sag
em
de
H2
SO
4
Efeito da Taxa de Dosagem numa Cristalização por Reação.
Efeito da Taxa de Dosagem e da Quantidade de Germes Cristalinos na Distribuição do Tamanho de Partículas.
Neste caso, a Dosagem Cúbica
favoreceu o crescimento dos cristais.
A Adição de uma quantidade maior
de germes cristalinos favoreceu a
formação de partículas maiores, pois
este procedimento abrevia a etapa
de germinação.
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Crescimento dos Cristais ao longo do Processo.
Diferença no Mecanismo de Formação de Cristais nos dois Modelos de Dosagem: não controlada e cúbica.
Adição Não Controlada
(BH) HSO4
Adição Cúbica
Adição Cúbica minimiza a presença do sal
dissolvido, tanto na sua forma de par
iônico dissociado como na de par iônico
íntimo e favorece a conversão quase que
imediata do sal dissolvido em cristal.
Par iônico
dissociado
Par iônico
íntimo
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Efeito do Tipo de Secagem no Formado dos Cristais e no Desempenho do Medicamento Acabado.
Secagem Estática “Filter dryer” com agitação elevada
“High Shear Milling”
Estufa com recirculação para secagem estática(Haridas Intruments & Equipaments Co.)
Exemplos de Equipamentos de Secagem TestadosEnsaios de laboratório
Ensaios em Planta
filter dryer (3V-Cogeim Inc.)
conical dryer (Bolz-Summix The MPE Group)
tumble dryer (Gemco Company Inc.)
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Características dos materiais obtidos por diferentes métodos de secagem.
Quanto mais intensa a capacidade de moagem do método de secagem
maior redução no tamanho médio das partículas foi observada.
Da bancada para a Planta: Problemas na Obtenção do IFA.
Apesar de todo o esforço para a otimização do processo de cristalização, a
ampliação de escala rendeu cristais com péssima qualidade quando
comparados com os obtidos em laboratório.
Resultados indicaram que não se tratava de um problema de polimorfismo
associado à ampliação mas sim de fragilidade dos cristais e quebra dos
mesmos na operação de secagem!!!
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Polimorfismo
III Jornada de
Inverno de Química
Tipos de Sólido e Arranjos em um Retículo Cristalino
Sólido Amorfo é aquele onde as unidades químicas que o constituem (átomos, íons, moléculas) não apresentam um arranjo espacial definido
Sólido cristalino é aquele onde as unidades químicas que o constituem (átomos, íons, moléculas) apresentam um arranjo espacial definido por um retículo cristalino que se repete periodicamente.
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Pela Morfologia do cristal que é definida como o aspecto geral de cristais descritos pelos índices de Miller das faces que mostram e dão a um dado cristal a sua forma característica. Pelo Hábito Cristalino que é definido como a forma geral de um cristal dada pelo comprimento relativo dos vários eixos principais.
Como o Formato de um Cristal pode ser Definido.
Essas características dependem das condições de crescimento do cristal e podem variar com a alteração das condições do processo .
Mesma morfologia, porém os Hábitos Cristalinos são diferentes.
Mesmo Hábitos Cristalinos, porém as morfologia são diferentes.
Distribuição de Tamanho de Partículas
Um sólido cristalino apresenta partículas de diversos tamanhos em função
das características do processo de cristalização e secagem. Desta forma,
um gráfico de Distribuição de Tamanho de Partículas é a melhor maneira
de verificar que faixa de tamanho que o seu sólido de interesse apresenta.
Curvas de distribuição de frequência correspondendo a:
(a) distribuição normal,
(b) distribuição deslocada e
(c) distribuição bimodal.
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Técnicas Corriqueiras para a Determinação do Tamanho de Partículas
Técnica
Peneiração
Microscopia
Difração de Laser
FBRM (também in line)
Espectroscopia Ultrassônica (também in line)
Faixa de Tamanho (µµµµm)
5 - 125000
0,5 - 150
0,1 - 1000
1 - 1000
0,01 - 1000
III Jornada de
Inverno de Química
Polimorfismo
Polimorfos são substâncias cristalinas que apresentam mesma composição química mas diferem na estrutura interna do cristal.
Desta forma, solvatos e hidratos não podem ser classificados como polimorfos de uma forma anidra de uma substância.
As diferenças na estrutura interna do cristal entre polimorfos levam a diferenças nas propriedades fisico-químicas (ponto de fusão, solubilidade, dureza, formato
de cristal (hábito cristalino), densidade, índice de refração, cor, etc)
Essas alterações nas propriedades fisico-químicas tem impacto direto nas características no processo de formulação, bem como no produto
formulado.
O impacto em formulações sólidas pode ser muito grande, levando até a queda na biodisponibilidade do IFA. Já em formulações líquidas o impacto
é mínimo, se limitando à problemas de dissolução nos excipientes.
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Alotropia: o Polimorfismo de Substâncias Simples
DiamanteGrafite
Lonsdaleíta
Fulerenos Nanotubos
Todas são formas Alotrópicas do Carbono.
Polimorfos são substâncias cristalinas que
apresentam mesma composição química
mas diferem na estrutura interna do cristal.
Cloridrato de RanitidinaForma 1
Cloridrato de RanitidinaForma 2
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Cloridrato de RanitidinaForma 1
Cloridrato de RanitidinaForma 2
As diferenças na estrutura interna do cristal entre polimorfos levam a
diferenças nas propriedades fisico-químicas (ponto de fusão, solubilidade,
dureza, formato de cristal (habit), densidade, índice de refração, cor, etc)
Conseqüências da Diferença entre Arranjos Espaciais Diferentes de uma Mesma Molécula num Cristal
Essas alterações nas propriedades fisico-químicas tem impacto direto nas
características no processo de formulação, bem como no produto formulado.
O impacto do polimorfismo em formulações sólidas pode ser muito grande,
levando até a queda na biodisponibilidade do IFA. Já em formulações líquidas
o impacto é mínimo, se limitando à problemas de dissolução nos excipientes.
Conseqüências do Polimorfismo na Fabricação de Medicamentos
Atenção: Como a definição de Polimorfismo fala de substâncias cristalinas
com a mesma composição química, solvatos e hidratos não podem ser
classificados como polimorfos de uma forma anidra de uma substância. A
relação de hidratos e solvatos com a forma anidra é conhecida como
Pseudopolomorfismo
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O caso do Ritonavir
Substância inibidora da HIV1 Protease
Comercializado desde 1996 com o nome comercial Norvir® pela Abbott na forma de capsulas gelatinosas contendo solução alcoólica da Forma I
Em 1998, foi observada precipitado dentro das capsulas gelatinosas.A análise do sólido comprovou que este se tratava de um novo polimorfo de Ritonavir, a Forma II.
A Forma II é cerca de 50% menos solúvel que a Forma I em solução alcoólica
O produto foi retirado do mercado até solução do problema. Em 1998, a projeção de vendas do Norvir era de U$ 250 milhões.
High-throughput Crystallization do Ritonavir
Forma I Forma II
Forma III Forma IV
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Caracterização por RAMAN dos Polimorfos Ritonavir
Guia do FDA sobre como tratar Polimorfismo em um IFA.
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Árvore de decisões 1 sugerida pelo FDA para atribuir o Polimorfismo como critério de Especificação de um IFA.
*We recommend that you consider only those polymorphs that arelikely to form during manufacture of the drug substance,manufacture of the drug product, or while the drug substance ordrug product is in storage. See footnote 7 in this guidancedocument.
Árvore de decisões 2 sugerida pelo FDA para atribuir o Polimorfismo como critério de Especificação de um IFA.
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Árvore de decisões 3 sugerida pelo FDA para atribuir o Polimorfismo como critério de Especificação de um IFA.
*In general, there may not be a concern if the most thermodynamicallystable polymorphic form is used or the same form is used in a previouslyapproved product of the same dosage form.
**Drug product performance testing (e.g., dissolution testing) can generallyprovide adequate control of polymorph ratio changes for poorly solubledrugs, which may influence drug product BA/BE. Only in rare cases wouldpolymorphic form characterization in the drug product be recommended.
Polymorphisms and Patent, Market, and Legal Battles: Cefdinir Case Study
Walter Cabri,*,† Paolo Ghetti, Giovanni Pozzi, and Marco Alpegiani
Organic Process Research & Development 2007, 11, 64-72
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1. The crystalline form cannot be characterised by a single technique.
2. When a pharmaceutical application or advantage is claimed to justify
the usefulness of the patent application, volatile impurities must
comply with ICH guidelines and the new crystalline form must be
sufficiently stable to be used as a medicine.
3. A new polymorph must have an advantage over the one previously
described.”
Conclusões dos autores sobre o caso do Cefdinir.
“We think that for these specific types of patent applications, the following
basic rules should be applied:
Em especial, as duas primeiras conclusões são válidas não apenas
para um pedido de patente mas também para o conhecimento
científico que irá compor a documentação do IFA.
• Técnicas Morfológicas:
Microscopias de alta resolução.
Forma I Forma III
Técnicas Comuns na Caracterização de Polimorfos.
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Difração de Raio-X de pó.
Técnicas Cristalográficas na Caracterização de Polimorfos.
Forma I Forma III
Difração de Raio-X de monocristal.
Técnicas Cristalográficas na Caracterização de Polimorfos.
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Forma I Forma III
Análise Termogravimetria (TGA).Calorimetria Diferencial de Varredura (DSC)
Técnicas de Análise Térmica na Caracterização de Polimorfos.
Espectroscopia Raman e Infravermelho
Técnicas Espectroscópicas na Caracterização de Polimorfos.
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Técnicas Espectroscópicas na Caracterização de Polimorfos.
Ressonância Magnética Nuclear de Sólidos.
Polimorfismo
Uma dada forma cristalina é gerada preferencialmente em função:
a. da composição química do meio de cristalização;
b. da presença de impurezas;
c. da diferença entre a supersaturação dos poliformos;
d. temperatura de cristalização;
e. da taxa de resfriamento no processo de cristalização;
f. da taxa de dosagem do anti-solvente;
g. da temperatura na qual o anti-solvente é dosado;
h. da agitação do meio de cristalização;
i. do processo de secagem do produto úmido.
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Polimorfos são classificados em dois tipos em Função da Estabilidade Relativa entre eles.
Polimorfos Enantiotrópicos Polimorfos Monotrópicos
No Polimorfismo Monotrópico o polimorfo metaestável sempre será a
mesma forma cristalina, independente da condição de temperatura adotada.
No Polimorfismo Enantiotrópico o papeis de polimorfo metaestável e
polimorfo estável são intercambiáveis em função da temperatura.
Forma A apenas Forma J aparece
Forma A é a metaestável
Dissolução
Dissolução Crescimento da forma J
Forma J é a estável
Equilíbrio de Fases entre Polimorfos
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Relação entre os Procedimentos de Cristalização e Tratamento de uma Substância Sólida e a Forma Cristalina.
Tipos de Polimorfismo e Estratégias Obtenção da Forma Desejada
Classificação dos solventes para uma investigação de polimorfismo
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Condição de Cristalização e a Forma Polimórfica
Efavirenz (Merck)
(US6673372B1)
5 polimorfos e um
amorfo descritos
NH
O
F3C
O
Cl
NH
NH
F3C
O
Cl
Composto A
(Bristol Myers Squibb)
Controlando o Polimorfismo em um Processo Industrial
Forma A Termodinamicamente estável
Forma B Cineticamente estável
(Metaestável)
Forma B é mais solúvel que a Forma A à medida que aumenta a temperatura
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A solubilidade relativa entre
as formas I e II é
exponencialmente
dependente da temperatura
do meio
Algumas referências
DoE
Solubilidade vs
Formulação
Zona metaestável
Otimização de Processo
Polimorfismo
42
Referências sobre o Caso do Ritonavir
Elucidation of crystal form diversity of the HIV protease inhibitor ritonavir by high-
throughput crystallization.
Sherry L. Morissette, Stephen Soukasene, Douglas Levinson, Michael J. Cima, and Örn
Almarsson
Proc. Nat. Acad. Sci. USA 2003, 100, 2180 – 2184.
Ritonavir: An Extraordinary Example of Conformational Polymorphism
John Bauer, Stephen Spanton, Rodger Henry, John Quick, Walter Dziki, William Porter,
and John Morris
Pharmaceutical Research 2001, 18, 859 – 866.
Dealing with the Impact of Ritonavir Polymorphs on the Late Stages of Bulk Drug
Process Development
Sanjay R. Chemburkar,* John Bauer, Kris Deming, Harry Spiwek, Ketan Patel, John
Morris, Rodger Henry, Stephen Spanton, Walter Dziki, William Porter, John Quick, Phil
Bauer, John Donaubauer, B. A. Narayanan, Mauro Soldani, Dave Riley, and Kathyrn
McFarland
Organic Process Research & Development 2000, 4, 413−417.
Referências Gerais
• Organic Process Research and Development
• Chemical Reviews (2006), 106, todo o número 7
• Chimia (2006), 60, todo o número 9
III Jornada de
Inverno de Química
43
Fatos políticos atuais relacionados à produção de Ingredientes Farmaceuticamente Ativos (IFA’s) no Brasil
Março de 2006 – Chamada pública do FINEP/MCT para subvençãoeconômica objetivando a capacitação das empresas nacionais nadescoberta de novas drogas para tratamento de HIV e o HCV.
Maio de 2007 – o decreto 6.108 da Presidência da República concedeu alicença compulsória para comercialização do medicamento Efavirenz, cujapatente pertence à Merck Sharp & Dome.
Abril de 2007 – portaria 886 do MS declaração de “interesse público” desteministério no Efavirenz para manutenção do programa DST/AIDS .
Novembro de 2008 – O MCT lança os Institutos Nacionais de C&T, dentreeles o de Fármacos e Medicamentos (INCT-INOFAR), cujo objetivo principal éarticular, organizadamente, as competências nacionais existentes no País esituadas nos diferentes estágios desta intrincada cadeia de inovação
Fatos políticos atuais relacionados à produção de Ingredientes Farmaceuticamente Ativos (IFA’s) no Brasil
Dezembro de 2008 – a portaria 3.031 do MS resolve:“Art. 1º Estabelecer que os Laboratórios Oficiais de produção de medicamentos, em suas licitações, devam dar preferência à aquisição dos ingredientes farmacêuticos ativos necessários à sua linha de produção de empresas que produzam essas matérias-primas no País.Art. 2º Quando houver mais de um fornecedor que atenda às condições estabelecidas pelo artigo 1º desta Portaria, os laboratórios, oficiais de produção de medicamentos deverão levar em conta, no processo licitatório, o grau de verticalização da produção no País, apresentado pelos fornecedores.”
Abril de 2009 – Com base na portaria 978/08, o MS anuncia as ParceriasPúblico Privadas (PPP’s) que se propõem ao desenvolvimento de 24 IFA’sestratégicos livres do domínio de patentes por parte de empresas privadaspara suprir os laboratórios oficiais responsáveis pela preparação dosmedicamentos.
44
A capacidade criativa humana ....
... as vezes pode nos surpreender !!!
III Jornada de
Inverno de Química
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Para que complicar se podemos simplificar?
III Jornada de
Inverno de Química
Agradecimentos
• III Jornada de Inverno de Química - UFMG
• Instituto de Química – UnB
• Divisão de Química Orgânica – IQ/UnB
• Dr. Edson Lima – Diretor da Divisão Farmoquímica do Cristália.
• Toda a equipe da Divisão Farmoquímica do Cristália.
• Dr. Carlos Abella – Buckman Latin America
• Alessandro Leal Nogueira - DVA
• Rodrigo Maciel, Julian Luescher, Des O’Grady e Jaime Rodriguez –
Mettler-Toledo
• Dra. Andréa Leal de Sousa, Ana Beatriz e Marco Antonio
III Jornada de
Inverno de Química