ii 12 resgate em estruturas colapsadas an
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Res
gate
em
Est
rutu
ras
Col
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das
1. FINALIDADE O presente POP tem como finalidade regular os procedimentos relativos ao resgate de vtimas em ESTRUTURAS COLAPSADAS pelas equipes de salvamento do CBMERJ.
2. DISPOSIES GERAIS
2.1. INTRODUO
Um desastre natural uma catstrofe ocorre quando um evento fsico muito perigoso (tal como uma erupo vulcnica, sismo, um desabamento, um furaco, inundao, incndio, etc) provoca direta ou indiretamente danos extensos propriedade, faz um grande nmero de vtimas, ou ambas.
Nos ltimos anos, principalmente com a grande ocorrncia de terremotos pelo mundo, tornou-se imprescindvel para as equipes de resgates, a melhoria e criao de procedimentos de busca e resgate em estruturas colapsadas. Tecnologia, criatividade e abnegao dos tcnicos especialistas foram fatores imprescindveis para o nvel de excelncia atingido pelos socorristas nestes ltimos 20 anos.
2.2. A UN e o INSARAG
Desde a criao do INSARAG em 1991, um progresso significativo tem sido feito na melhoria dos padres de assistncia USAR (equipe de busca e resgate urbano) e a coordenao da resposta internacional s grandes catstrofes sbitas. As realizaes do INSARAG incluem o estabelecimento de uma rede mundial de interessados em resposta a desastres e desenvolvimento das Diretrizes INSARAG. O compromisso das organizaes e pases membros do INSARAG melhor ilustrado por aprovao unnime da Assemblia Geral das Naes Unidas da resoluo 57/150, intitulada "Reforar a eficcia e a coordenao de Assistncia Internacional de Busca e Resgate Urbano" em 16 de dezembro de 2002. Esta Resoluo aprova as Diretrizes INSARAG para serem usadas como referncia para USAR internacional e resposta a desastres. As Diretrizes INSARAG foram preparadas por socorristas USAR em todo o mundo para orientar equipes internacionais USAR e pases sujeitos a desastres, para executar operaes de resposta a desastres durante grandes catstrofes. As Diretrizes so um documento vivo que melhorado quando as lies so aprendidas e melhores prticas identificadas na avaliao das operaes de resposta a desastres internacionais.
3. PROCEDIMENTOS 3.1. A Equipe Uma sugesto para montar uma equipe de primeira resposta para um evento envolvendo busca e resgate em estruturas colapsadas, seria a seguinte:
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- 1 Chefe de resgate (Cmt da Operao/socorro); - 1 Oficial de segurana (segundo militar mais antigo da guarnio, independente de posto ou graduao); - 6 operadores de ferramentas/equipamentos; - 2 militares da rea de sade. 3.2. Sempre que puder trabalhar em lajes e concreto, ter em mente a palavra quecore (quebrar, cortar e retirar). Inicialmente, quebra-se o concreto; em seguida so cortados cabos, fios e armaes metlicas; finalmente, faz-se a retirada de pedras e todo material, deixando sempre limpa a rea de trabalho. Esta sempre ser a sequncia a ser seguida, quando for possvel e vivel, pela equipe de resgate at atingir o objetivo:
3.3. So estes os materiais mais utilizados para a quebra: Britador/rompedor; Malho, marreta e corta-frio.
3.4. So estes os materiais mais utilizados para o corte: Ferramentas hidrulicas como Lukas, Lancier, Holmatro etc.; Ferramenta de corte do tipo DeWalt; Motocortador a disco; Tesouro; Force; Furadeira de concreto; e outros.
3.5. So estes os materiais mais utilizados para a retirada: Pequenos baldes e recipientes para a retirada de material de pequeno
porte (areia, cascalho, pedras); Cintas de elevao, a fim de serem utilizadas para iamento de cargas
pesadas (pilares e lajes), com utilizao de guindastes; Trip; Maquinrio pesado: p carregadeira, retroescavadeira, rastreador
escavadeira do gnero bulldozer (trator de esteira), caminhes de despejo e guindaste.
Fig.1- Esquema QUECORE
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3.6. Muito cuidado deve-se ter quando utilizarmos o maquinrio pesado. O uso destes equipamentos deve seguir uma seqncia lgica, a fim de que o Comandante das Operaes possa melhor organizar o Teatro de Operaes, minimizando desta forma futuros transtornos. Para esta organizao, damos o nome de Processo das Mquinas, conforme mostrado abaixo:
Fig.2- Processo das Mquinas
QUEBRAR Retroescavadeira de ponteira. RETIRAR Retroescavadeira, rastreador escavadeira e guindaste. CARREGAR P carregadeira. TRANSPORTAR Caminhes de despejo (caamba ou basculante).
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3.7. Marcao de Estruturas Em evento de grande vulto onde h presena de vrias estruturas colapsadas e de um nmero significativo de equipes de resgate, muito importante que se faa a marcao de estruturas a fim de evitar que vrias equipes adentrem, desnecessariamente, no mesmo local. Desta forma, a rea atingida sofrer uma busca de sobreviventes pelas equipes de resgate no menor tempo possvel. Podemos assim dividir as marcaes: 3.7.1. Por rea
Fig.3- Identificao de estruturas ruas e fachadas
- Se a numerao em uma estrutura estiver destruda, refaz-la baseada na numerao das edificaes ao lado; - Se a numerao de todas as edificaes da rua for destruda, refaz-las baseada na numerao das ruas laterais; - Utilizar sempre o spray laranja para a marcao
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Para fcil gerenciamento do local pelo Comandante de Operaes, a rea pode ser dividida/identificada em quadrantes e lados, assim como tambm os andares das edificaes. Desta forma, haver no posto de comando um mapeamento geral da rea atingida, com informaes contendo a identificao das equipes e seus locais de atuao.
Fig.4- Identificao de estruturas quadrantes, lados e andares
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3.7.2. Na estrutura Este um exemplo de marcao, onde as informaes so sempre colocadas na fachada da estrutura atingida, com fcil visualizao:
Fig.6- Sistema de marcao em estruturas-exemplo
Fig.5- Sistema de marcao em estruturas-situao do local
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O Sistema de Marcao em Estruturas extremamente importante, pois visa indicar, para as futuras equipes de salvamento, informaes sobre o local, perigos e riscos existentes, horrio de entrada e sada da ltima equipe e quantitativo/condio das
Fig.7- Sistema de marcao em estruturas-modelo em X
Fig.8- Sistema de marcao em estruturas-modelo em quadrado
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vtimas. Padroniza-se a identificao das equipes com as letras TF (task force fora tarefa), principalmente quando em operaes em nvel internacional (Ex.: TF Brasil); utiliza-se, para este fim, o spray do tipo colorjet na colorao laranja; Quando a equipe USAR completar o seu trabalho na estrutura, um crculo feito em torno de toda a marcao (padro INSARAG). Depois que todo o trabalho for realizado na estrutura colapsada e confirmada a inexistncia de vtimas, uma linha horizontal traada ao redor de toda a marcao
Fig.9- Sistema de marcao em estruturas- trabalho finalizado Outra forma de alertar e orientar as equipes de resgate atravs do som. Buzinas de ar ou de outros dispositivos de comunicao (tais como apitos) devem ser utilizados para sinalizao, como segue abaixo:
Fig.10- Alerta por som
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3.8. Assim como o Sistema de Marcao em estruturas, existe tambm, por padronizao mundial, o Sistema de Marcao de Vtimas, com a finalidade de indicar para as outras equipes a real condio de uma vtima, seja ela ainda no encontrada ou j atendida;
Fig.11- Sistema de marcao de vtimas tipo 1
Fig.12- Sistema de marcao de vtimas tipo 2
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Tanto o Sistema de Marcao de Estruturas como o de vtimas visam agilizao e velocidade das equipes de salvamento colocadas no cenrio, principalmente quando ainda existem vrios locais para serem realizadas as buscas. Essas aes so facilmente visualizadas em casos de terremotos e furaces, em que vrias estruturas so destrudas em uma determinada rea.
TERREMOTO NO HAITI 2010
Fig.13- Sistema de marcao de vtimas realizado no terremoto do Haiti em janeiro de 2010
Fig.14- Marcao realizada por uma equipe de resgate americana no terremoto do Haiti em 2010
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Exemplos
Fig.15- Exerccio de situao exemplo de sistema de marcao em quadrado
Fig.16- Exerccio de situao exemplo de sistema de marcao em X
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3.9. Gerenciamento Sistemizado do Desastre - organizao do teatro de operaes:
Sistema The Face a) Delimitar o local do acidente. Este ser relacionado com a boca de uma
face, pois dela que surgem os gritos e sons das vtimas; b) Indicar e posicionar o Posto de Comando. Este dever estar prximo ao
local do acidente ( frente), sendo correlacionado com o nariz de uma face;
c) Iniciar o isolamento. No caso do Sistema The Face, ser o permetro do rosto;
d) Estabelecer as viaturas no local do socorro e prever a chegada de reforo operacional. Neste caso, correlacionar com a orelha de uma face;
e) Triar e tratar as vtimas, merecendo total ateno e observao da equipe de sade. Correlacionar, portanto, com os olhos de uma face;
f) Estabelecer um local para acomodao das vtimas fatais, tendo o cuidado de no entrar em contato com as vtimas vivas. Essa rea seria relacionada testa da face;
g) Estabelecer o trnsito das viaturas tanto de combate a incndio e salvamento como as da equipe de sade. Por analogia face, as viaturas entram por uma orelha e saem pela outra, permitindo perfeita fluidez no trnsito.
Fig.17- Sistema The Face
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3.10. Durante o colapso, as estruturas podem apresentar diferentes comportamentos durante a sua queda, o que comumente chamamos de tipos de colapso. importante o conhecimento desses tipos/padres, visto que serviro de auxlio para o Comandante de Operaes ao traar a estratgia para iniciar a busca. So estes os tipos de colapso: Inclinado Uma das paredes desaba, colocando a outra em situao
perigosa;
Fig.18- Sistema The Face - Evoluo
Fig.19- Tipo de colapso inclinado
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Formato em V Enfraquecimento do suporte interior. Falncia das colunas;
Empilhamento ou panqueca Maioria das colunas/pilares cai, permitindo o desabamento de um andar sobre o outro;
Fig.20- Tipo de colapso em V
Fig.21- Tipo de colapso empilhamento ou panqueca
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Balano ou suspenso Similar ao empilhamento, porm com solo estendido;
Observando essas imagens, constatamos que existem pequenos locais nos quais so formados bolses de ar, permitindo, dessa forma, a sobrevivncia de uma vtima aps o acidente. Esses locais so chamados de espaos vitais (EV). Por isso, mesmo o cenrio sendo desagradavelmente desanimador e chocante, nunca devemos precisar que as vtimas j se encontram sem vida, visto que at em eventos anteriores algumas j foram retiradas ilesas depois de vrios dias aps o colapso. 3.11. Sinais de Colapso Quando uma estrutura sofre qualquer tipo de abalo ou encontra-se instvel, vrios so os sinais que podem ser verificados pelo Comandante das Operaes. importante tal conhecimento visto que vrias situaes de risco e/ou acidentes, podem ser evitadas. Abaixo, veremos alguns sinais de colapso nas seguintes estruturas: - leves (madeira) - pesadas (concreto)
Fig.22- Tipo de colapso balano ou suspenso
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Fig.23- Sinais/perigos de colapso em uma estrutura leve
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Fig.24- Sinais/perigos de colapso em uma estrutura pesada
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3.12. Buraco de rato A abertura de acessos, na vertical e/ou na horizontal, deve ser feita antes da utilizao do maquinrio pesado. Esses acessos so chamados de buraco de rato e tm como finalidade atingir os espaos vitais onde se encontram as vtimas. Como j foi dito, dividimos a rea em quatro quadrantes, dimensionamos pessoal e material para cada quadrante e cada equipe iniciar o processo de abertura de acesso. O Comandante de Operaes deve ter precauo e cuidado em no abrir muitos acessos (buracos), o que pode colocar em risco a estrutura j danificada e, consequentemente, as vtimas nos espaos vitais.
Fig.25- Diviso da rea atingida em quadrantes e abertura de acessos tipo buraco de rato
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3.13. O acesso na vertical Quando for necessrio o acesso na vertical, alguns detalhes devem ser observados: Delimitar e isolar a rea onde ser feito o acesso, colocando o menor nmero
de pessoas sobre a laje/estrutura;
Realizar com o spray do tipo colorjet laranja um quadrado com 1 metro de lado, local onde ser feita a abertura. Uma tcnica para evitar que esse material (parte da laje) caia sobre a vtima (caso a estrutura esteja intacta) fazer um pequeno quadrado onde ser colocada uma alavanca com um cabo (pgina 15);
O trip deve ser armado tanto para descer o socorrista, como para iar materiais que esto sendo retirados do interior da estrutura. Tambm possui a finalidade de ser a ligao e a segurana entre a superfcie e o socorrista;
Fig.26- Posicionamento da equipe de resgate
Fig.27- Marcao da rea com spray laranja quadrado de 1m de lado
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medida que o trabalho vai evoluindo e avanando, os cortes no conseguiro mais ser executados com o britador, devido ao pequeno espao para trabalho. Deve-se ento utilizar as ferramentas leves, como a DeWalt, furadeiras de concreto, tesoures, motocortador a disco, talhadeiras e outras. O trabalho torna-se mais demorado e o material retirado (concreto, cascalho e pedras) deve ser colocado em baldes/recipientes e iado pelo trip, mantendo, dessa forma, o local sempre limpo;
Localizada a vtima, ela deve ser estabilizada e iada em segurana pelo
trip;
Fig.28- Armao do trip
Fig.29- Ruptura de lajes
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Fig.30- Localizao da vtima
Fig.31- Resgate da vtima utilizando o trip
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3.14. O acesso na horizontal To complexo como o acesso na vertical o acesso na horizontal. Pequenas aberturas devem ser feitas em paredes, e isso ir gerar diminuio da resistncia das mesmas. Entretanto, existe um meio para minimizar e/ou evitar um possvel acidente, como veremos a seguir. O trabalho com o britador na horizontal bastante cansativo e carece do
auxlio de um segundo socorrista para a sustentao dessa ferramenta. O segundo socorrista ir se posicionar na parte acima do local onde ser feita a abertura, sem comprometer a sua segurana.
Fig.32- Vtima presa na estrutura colapsada
Fig.33- Posicionamento da equipe
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Com spray do tipo colorjet laranja, feita uma marcao na estrutura de um tringulo equiltero com 1 metro de lado. Dessa forma, a estrutura ainda permanece segura aps a abertura, permitindo o acesso em segurana das equipes de resgate. Deve-se observar que tanto a base do tringulo como a parte superior, devem estar afastadas das extremidades da estrutura no mnimo 10 cm, a fim de evitar diminuio da resistncia;
Com o auxlio de uma fita tubular ou cabo, o socorrista que est acima do tringulo ir sustentar o peso do britador, facilitando o manuseio da ferramenta pelos socorristas do solo;
Fig.34- Tringulo equiltero 1 m de lado
Fig.35- Utilizao da fita tubular
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Localizada a vtima, ela deve ser estabilizada e retirada com total segurana;
Abaixo, seguem as imagens de um exerccio de campo, com a utilizao de vrios materiais utilizados em resgate em estrutura colapsada, tais como alavancas, britadores, detector acstico e outros.
Cabo
Alavanca
Fig.36- Retirada da vtima
Fig.37- Exerccio de campo utilizao do detector acstico
Fig.38- Exerccio de campo abertura de acesso na vertical
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Fig.39- Exerccio de campo utilizao do trip
Fig.40- Exerccio de campo acesso na horizontal
Fig.41- Exerccio de campo sistema de marcao
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4. DEFINIES E ABREVIATURAS
4.1. UN United Nation - Organizao das Naes Unidas (ONU), ou simplesmente Naes Unidas (UN), uma organizao internacional cujo objetivo declarado facilitar a cooperao em matria de direito internacional, segurana internacional, desenvolvimento econmico, progresso social, direitos humanos e a realizao da paz mundial. A ONU foi fundada em 1945 aps a Segunda Guerra Mundial para substituir a Liga das Naes, com o objetivo de deter guerra entre pases e para fornecer uma plataforma para o dilogo. Ela contm vrias organizaes subsidirias para realizar suas misses.
4.2. INSARAG - International Search and Rescue Advisory Group
O INSARAG uma rede de pases e organizaes sujeitas resposta a desastres e catstrofes, dedicados coordenao no campo operacional de busca e salvamento urbano (USAR - urban search and rescue).
O INSARAG foi criado em 1991 seguindo as iniciativas das equipes internacionais de SAR (Search and Rescue) que responderam ao Terremoto da Armnia em 1988. As Naes Unidas foram escolhidas como o secretariado do INSARAG para facilitar a participao e coordenao internacional. A Seo de Suporte de Coordenao de Campo (FCSS- Field Coordination Support Section), localizado no Ramo de servios e Emergncia (ESB - Emergency Services Branch) da OCHA (Office for the Coordination of Humanitarian Affairs) em Genebra, funciona como secretariado da INSARAG.
4.3 OCHA - OFFICE FOR THE COORDINATION OF HUMANITARIAN AFFAIRS
O Escritrio das Naes Unidas para a Coordenao de Assuntos Humanitrios (sigla em ingls: UNOCHA ou OCHA) um rgo das Naes Unidas formado em dezembro de 1991, atravs da Resoluo 46/182 da Assemblia Geral. A resoluo teve como propsito aumentar a capacidade de resposta da ONU a emergncias e desastres naturais.
5. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
- Shoring Techniques Rescue Training Associates USA
- National Urban Search and Rescue (US&R) Response System Rescue Field Operations Guide
- FEMA National US&R Response System Structural Collapse Technician