i neurónio sensitivo

28
1º Neurónio Sensitivo Penélope Aguiar de Almeida, turma 6 Neurologia e Neurocirurgia Mestrado Integrado em Medicina 2011/2012

Upload: penelope-almeida

Post on 02-Jun-2015

975 views

Category:

Health & Medicine


4 download

TRANSCRIPT

Page 1: I neurónio sensitivo

1º Neurónio Sensitivo

Penélope Aguiar de Almeida,turma 6

Neurologia e NeurocirurgiaMestrado Integrado em Medicina2011/2012

Page 2: I neurónio sensitivo

Anatomofisiologia

Page 3: I neurónio sensitivo

Receptores Sensoriais Periféricos Gânglio da raiz posterior Raiz posterior

Anatomofisiologia – Aspecto Geral

Nervos periférico

s sensitivos/ mistos

Page 4: I neurónio sensitivo
Page 5: I neurónio sensitivo

Anatomofisiologia – Receptores sensoriais

Page 6: I neurónio sensitivo

Tipo Localização Modalidade Sensorial

Adapta-bilidade

Fibras Nervosas

Não Capsulado

Terminações nervosas livres

Epiderme, córnea, intestino, ligamentos…

Dor, tacto, pressão, calor, frio

Rápida A delta; C

Discos de Merkel

Pele glabra Tacto e pressão Lenta A beta

R. do folículo piloso

Pele com pêlos Tacto Rápida A beta

Capsulados

Corpúsculos de Meissner

Pele da palma da mão e da planta do pé

Tacto (discriminação táctil entre 2 pontos)

Rápida A beta

C. de Pacini Pele, ligamentos, cápsulas articulares, peritoneu…

Vibração e pressão Rápida A beta

C. de Ruffini Pele com pêlos Estiramento Lenta A beta

Fusos neuromusc.

Músculo esquelético

Estiramento - comprimento muscular

Rápida A alfa;A beta

F. neurotend.

Tendões Tensão muscular Rápida A alfa

Anatomofisiologia – Receptores sensoriais

Page 7: I neurónio sensitivo

Anatomofisiologia – Nervos Periféricos

Devido à presença de grandes plexos nervosos, um mesmo nervo espinhal pode enviar fibras, tanto motoras como sensoriais, para diversos nervos periféricos, e, do mesmo modo, um único nervo periférico recebe fibras de diferentes nervos espinhais.

Plexo cervical

Plexo braquial

Plexo lombar e sacral

Page 8: I neurónio sensitivo

Anato

mofisi

olo

gia

– N

erv

os

Peri

féri

cos

Page 9: I neurónio sensitivo

Anatomofisiologia - Dermátomos DERMÁTOMO: área da

pele inervada por um só nervo espinal e, portanto, por um só segmento da espinal medula;

Sobreposição! No tronco, pelo menos 3

nervos espinais contínuos têm de estar seccionados para produzir uma região de anestesia completa;

Grau de sobreposição das sensibilidades álgica e térmica é muito superior ao da sensibilidade táctil.

Page 10: I neurónio sensitivo

Anatomofisiologia – Tratos ascendentes

Espinotalâmico lateral Dor e

temperatura Espinotalâmico

anterior Tacto grosseiro e

pressão Colunas brancas

posteriores – fascículos grácil e cuneato Tacto

discriminativo, sensibilidades vibratória e musculoarticular consciente

Page 11: I neurónio sensitivo
Page 12: I neurónio sensitivo

Exame Físico

Page 13: I neurónio sensitivo

Funções sensitivas Avaliação das sensibilidades:

Àlgica; Térmica; Táctil; Postural/posicional; Vibratória.

Antes de iniciar o exame, deve-se demonstrar o que vai ser feito, para que o doente possa ver, sentir, interpretar e perceber o que se pretende.

Durante os testes, o doente deve manter olhos fechados.

Sensibilidades superficiais

Sensibilidades profundas

Page 14: I neurónio sensitivo

Funções sensitivas superficiaisDor

• Testar através de picadas com espátula ou alfinete na face, nos membros e no tronco;

• Comparar a sensibilidade:• relativamente ao

ponto contralateral

• entre distal e proximal nos membros.

Temperatura

• Podem ser usados tubos de ensaio cheios de água quente ou fria;

• Acima dos 52ºC e abaixo dos 4ºC podemos estimular sensações dolorosas!

Definir um limiar para a dor/temperatura e em seguida mapear as áreas de sensibilidade diminuída ou ausente.

Definir um limiar para a dor/temperatura e em seguida mapear as áreas de sensibilidade diminuída ou ausente.

Page 15: I neurónio sensitivo

Funções sensitivas superficiais

Tacto Leve

•Testar com algodão, pelo mesmo processo utilizado para a sensibilidade álgica;

•Diferentes áreas da pele apresentam , normalmente, diferentes limiares!•Costas e nádegas são menos sensíveis do que a face ou a polpa dos dedos, p.ex.

Localização táctil

•Paciente é chamado a colocar a ponta de um dedo no local exacto onde foi previamente tocado.

Discriminação táctil entre dois

pontos

•As pontas rombas de dois alfinetes, p.ex., são aplicadas na pele do paciente e, gradualmente vão sendo aproximadas até que o paciente seja incapaz de distinguir 2 pontos distintos.•Normalmente:•3mm na ponta do dedo indicador;•3-4cm nas costas.

Page 16: I neurónio sensitivo

Funções sensitivas profundas

Aplicar firmemente o diapasão sobre uma proeminência óssea Interfalângica

distal do dedo grande do pé.

Sensibilidade

Profunda

Vibração

Movimentação passiva das articulações

Segurar levemente com os dedos indicador e polegar a falange distal do dedo grande, pelas suas faces laterais.

Flexionar/ estender e perguntar ao paciente em que posição está.

Page 17: I neurónio sensitivo

Funções sensitivas – sensibilidade discriminativaEstereognosia

Grafestesia

Capacidade de reconhecer

objectos pelo tacto

Capacidade de reconhecer a escrita sobre a pele, apenas

pelo tacto http://www.medicalvideos.eu/video/2fc0ded148ec28c/Neurology-Se

nsation http://www.medicalvideos.eu/video/df91901bda420fa/Neurology-Se

nsory-Assessment-Discriminatory-Sensations

Discriminação táctil entre dois

pontos

Função cortical cerebral

preservada

Page 18: I neurónio sensitivo

Lesões do 1º neurónio sensitivo

Page 19: I neurónio sensitivo

Sintomatologia Diminuição da

sensibilidade: HIPOSTESIA.

Abolição da sensibilidade: ANESTESIA.

Exagero da sensibilidade: HIPERESTESIA.

No caso específico da sensibilidade

dolorosa: hipoalgesia e

analgesia

Sensações anormais: PARESTESIAS Formigueiros Arrepios Sensação de

encortiçamento Picadas …

Page 20: I neurónio sensitivo

Síndromes sensitivos

Radicular

•Topografia radicular – dermátomos;•Dores radiculares:•Dor à pressão do nervo;•Parestesias;•Diminuição/ abolição de todas as sensibilidades;•Diminuição/ abolição dos reflexos osteotendinosos respectivos e hipotonia, em consequência da interrupção do ramo aferente do arco reflexo.

Periférico

•Topografia do tipo periférico;•Dores espontâneas no território correspondente;•As restantes características são partilhadas por ambos os tipos.

Page 21: I neurónio sensitivo

Síndromes sensitivos radiculares Dor radicular:

Transversais no tronco e longitudinais nos membros;

Exacerbadas por: Pressão dos troncos nervosos; Movimentos; Tosse; Espirro; Defecação.

Muito agudas, fugazes, lancinantes, em facada;

Por vezes acompanhadas de hiperestesia no território comprometido;

Sinal de Lasègue.

Page 22: I neurónio sensitivo

Herpes Zóster (Zona) Reactivação do vírus

varicela zóster; Latência no gânglio da raiz

posterior; Inflamação e degeneração

do neurónio sensitivo;1. Dor;2. Erupção cutânea.

No dermátomo correspondente

Síndromes sensitivos radiculares Tabes Dorsal

Sífilis; Destruição das fibras

nervosas no ponto de entrada da raiz posterior na espinal medula;

Regiões torácica inferior e lombossacra;

Às características do síndrome radicular soma-se a perda de sensibilidade álgica cutânea em certas zonas do corpo, como o lado do nariz, o bordo medial do antebraço/ perna, …

Page 23: I neurónio sensitivo

Síndromes sensitivos periféricos Atenção:

Sintomas de disautonomia (neuropatia diabética e PAF);

Hx familiar; Contacto com tóxicos; Hábitos alcoólicos e

medicamentosos; Infecção por EB, HIV e

Hepatite C. Classificação:

Agudas (<4semanas), sub-agudas e crónicas (>3meses);

Predominantemente sensitivas ou motoras.

Neuropatias periféricas Comum, 2-8% da

população; Lesão pode afectar

predominantemente a mielina ou o axónio;

Recuperação rápida, em algumas semanas, após remielinização

Recuperação mais lenta (se ocorrer!) pois depende do crescimento axonal

Page 24: I neurónio sensitivo

Síndromes sensitivos periféricosParésia/ paralisiaAtrofia muscular

Diminuição/ abolição dos ROTHipostesia/ anestesia

Um nervoperiférico

Mononeuropatia

Vários nervos periféricos

Mononeuropatia

múltipla

Forma difusa e simétrica

Polineuropatia

(PNP)

Page 25: I neurónio sensitivo

Mononeuropatias

Diversas causas: Compressão;

Disjunção das lamelas de mielina,

Se severa pode originar fenómenos de isquemia e perda axonal.

Inflamação; Quando autolimitada, tem um

curso espontâneo para a cura. Infecção; Trauma; Isquemia; Tumores.

Afecta mais uns nervos do que outros!

Síndrome do túnel cárpico;Compressão do nervo cubital no cotovelo.

Page 26: I neurónio sensitivo

Neuropatia Diabética A diabetes é a causa mais

frequente de PNP no mundo ocidental;

Forma mais frequente é Distal; Sobretudo sensitiva; Crónica; Curso disto-proximal; Parestesias e encortiçamento dos

pés; C/ ou s/ disautonomia.

Pensa-se que na origem desta PNP estejam mecanismos bioquímicos relacionados com a hiperglicemia, embora fenómenos vasculares também possam estar envolvidos – formas assimétricas.

Page 27: I neurónio sensitivo

Polineuropatia Amiloidótica Familiar - tipo I PNP hereditária, autossómica

dominante; Deposição endoneural e

polivisceral, extracelular, de substância amilóide;

PNP sensitivo-motora e autonómica.

Envolvimento sistémico – com lesão renal, ocular e cardíaca numa fase mais tardia.

Início entre os 25 e os 35 anos mas têm sido reconhecidos

muitos doentes de início tardio.

Quadro principia-se com: alterações das sensibilidades

térmica e álgica de início distal e nos membros inferiores (simétricas)

associadas a alterações autonómicas.

Progressivamente surgem: Atrofias musculares de

predomínio distal Marcada diminuição da força

muscular Com evolução para limitação

da marcha e acamamento.

Page 28: I neurónio sensitivo

Bibliografia Guyton and Hall Textbook of Medical

Physiology, 11th Edition, by Arthur C. Guyton and John Edward Hall;

Clinical Neuroanatomy, 5th Edition, by Richard S. Snell;

Neurologia – Princípios, Diagnóstico e Tratamento, por José Ferro e José Pimentel;

Semiologia do Sistema Nervoso, por Miller Guerra.