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JtNNO IPROPRIEDADE »E; -

GASTON & A.IÍVÊ3SREDACÇÃO:

46, Rua..da Assembléa, 46

PUBLICAÇÃO DIÁRIA DO M AG AZINEf ff'M ÉJfcÇflJ RI OfJ» i «in I »

Rio de Janeiro, Terça-feira 16 de Agosto de 1898.

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ÍNumeroi íâvulsèl-i..\%-- /If.í" * f £Numero "atrazado.-.

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.3rfdípS.U-

EXPEDIENTEToda a correspondência deve ser

dirigida a Redacção do «Mercúrio»»,rua d»Assembléa 46, Capital Fe-déral.

Para attender aos constantespedidos que nos têm sido dirigidos,abrimos assignaturas de trimestree semestre, cujo preço o leitor veri-ficará no cabeçalho da nossa folha.

Esperem um pouco, déixem-me tomarfôlego. Eu vos direu

A prudência obriga-me a demorar a res-posta, a sciencia ensina-me a conter a soffre-guidão. ,J /

f'0i Agora sim, eu vos direi •? ,— O Philó, comprou hontem, na rua do

Ouvidor, esquina da dos Ourive£/um'numerodo (Mercúrio ! ! !

-.:V' MírÓLÈS. V

IVão nos responsabilisaremospor assignaturas angariadas poragentes, cujos nomes não sejam pre-viamente annunciados nesta secção.

BRIOCHESUm caso estupendo aconteceu hontem

nesta capitai e ninguém deu fé delle. Nema imprensa noticiosa se dignou de attendel-o,nem a policia lhe sentio o cheiro, nem a po-pulaç&o, esta formiguenta população amigado boato, da novidade, do "disseste tu," nemmesmo esta soube que numa rua deste cidade,alli, nos parallelipipedos desconjunctados deu-rn becco ironicamente denominado rua, poronde a elegância ostenta os seus tecidos mo-dernos, o capricho das suas costureiras, ocorte dos seus alfaiates ; para onde affuem osditos de espirito, o riso da bohemia, os esgaresaranhentos dos políticos. Ninguém o soube,ninguém o vio, ninguém o attendeu.

No emtanto, ò perambulantes da Ou-vidor! ó gente ociosa e ostensiva ! estas feiascalçadas sujas, este granito miserável e torto,foram o scenario do grande caso.

Desde que a reportagem fluminense, cujafama corre mundos, desde que ella nao lhetomou nota, vamos dar um furo nos Sennas,

porque são dois, um coronel e outro capitão,no Nicossia, repórter internacional, no CastroVianna cem todos esses famigerados narizesolfactivos, homens de sete pernas e sete instru-mentos, machinas a vapor dos noticiários,teiegraphos das novidades.

Este furo, vocês, activos rapazes celebri-sados hão de leval-o.

E preparem-se todos, ponham a mão emconcha nas orelhas, agucem a audição, sus-

pendam, por um momento, a vertiginosidadedos pensamentos que rolam projectos e phan-tasias.

Ouvi, povo, e pasmae.Hontem, ás tres horas da tarde, em

plena rua d'Ouvidor, calçada do lado direito,

quando a haute feminina passava e haute

estrellar sorria á porta do Braço de Ouro,

quando os litteratos cortavam-se mutua e

desesperadamente, o sol tremeu, o céo tor-

nou-se livido, o ar rarefez-se. . . .

Que foi ? Que foi ?Perguntar-me-ão afüictivamente.Eu vos direi.

AS QUE SE QUEIXAM(COMEDIA EM TRES SEGUNDOS)

Helena 20 annos.Branca 40 annos.

(A scena passa-se no Café Paris, ás 10 horasda noite.)

Helena—Esta vida é estúpida!... A moci-dàde de hoje compõe-se de velhos.

Branca (que tem á mesa fronteira, pelascostas de Helena, um bello rapaz de bi-godes atrevidos) — Sim... ás vezes...Mas, se não ha outra melhor !...

Helena — Que estopor de Café !. .. E cha-rnam-lhe Paris !. ..

Branca (a corresponder um sorriso do man-cebo)...—Pois acho-lhe um não sei oque de encanto. Isto aqui é tão recatado!

(O mancebo levanta-se, cumprimenta Brancae vae collocar-se á porta, tendo Brancapelas costas.)

Helena — Tu dizes bem. E' o único Café emque a gente pôde estar.

Branca (mordiscando os lábios, com cuidado,por causa do carmim) — Ora !.. . quemestá a morrer tanto lhe faz palácios comocasebres.

Helena (a corresponder um aceno do man-cebo) ...Morrer? Nesta terra de pri-mavera eterna não se morre. A vidaestá em tudo, na natureza, no ar, no céo,nos horisontes. . .

Branca — Tens graça ! Os horisontes en-ganam.

Helena (levantando-se) Quando são vistos...ao fim da vida. Adeus !

(Cae o panno, descido pela moralidade dosleitores.)

Bergerac.

O «Mercúrio» — como diz o seutitulo—é um diário destinado aoannuncio-reclame, que é o melhordos annuncios.

"Vera Cruz"

Temos em mãos mais um numero destarevista d:arte. Em frontespicio, após capa, acabeça de Cruz e Souza, vigorosamente dese-nhada pela mão firme e hábil de Isaltino Bar-bosa, abaixo um soneto impeccavel dessemesmo e saudoso Cruz, que poucos entende-ram e entendem !.. . Depois, em paginasclaras, n'uma impressão nitida, toda a rutila-ção dos versos e da prosa, desse grupo de de-dicados que forma a elite da Vera Cruz.Uma noticia final. Vae chefiar a revista osympathico nome de Netto Machado.

O PÉ DE DIANA

_0 nome de Guilherme Coustou, se nao ècommúnemente citado nas chronicas, nem porisso perdera"importância que tem na historiada arte franceza.

Esculptor de grande talento e bem co-nhecedor do seu metier, Coustou viveu noáureo tempo de Luiz -XV, em pleno domíniodessa extraordinária espiritual que ficou na-historia da galanteria, com o mesmo brilhoque está na historia da política da França ecom o mesmo relevo com que se desenha nosengrinaldados medalhões da Arte, a bella eradiante Mme. de Pompadour.

Prêmio de Roma, esculptor distinguidopela aristrocracia franceza, portador de umnome laureado nas artes, Guilherme Coustou,filho de um esculptor do mesmo nome, con-seguiu de xMme. de Pompadour a delicadahonra de tel-a por modelo de uma das partesda sua Diana. Esta parte, para a qual posoua celebre cortezã, era o pé, um dos encantosdessa encantadora mulher que pisou mages-tosamente o throno da poderosa França, coma mesma donairosa firmeza com que pisavaos preciosos tapetes de Versailles e os cora-ções dos fidalgos.

A respeito desta/Jos<?, conta-se uma estrel-lejante anedocta, com certeza pouco conhe-cida dos leitores e que, por espiritualmentefina, vamos recordar.

Um dia, quasi ao terminar da sessão,que Coustou demorava o mais que podia, co-meçou o artista a fallar sobre o papel damulher, nos destinos dos homens. Elle sus-tentava que as mulheres tinham-os em mãose tudo faziam.

Mesmo o bem? — Perguntou a mar-queza.

Mesmo o mal. —Disse o esculptor.Segundo elle, as mulheres tinham sempregovernado sob o nome dos reis ; ellas ins-piravam o heroísmo e as grandezas.

Nao fostes vós, senhora marqueza,quem decidiu da sorte da batalha de Fon-tenay ?

Talvez—respondeu Mme. de Pompa-dour — O amor é a alma deste mundo; suasflechas são algumas vezes espadas.

Suas flechas são algumas vezes gladiosde archanjos — proseguiu Coustou. QuandoDeus criou o homem, comprehendeu que aca-bava de dar ao mundo um animal que iriaviver idiotamente. Deus, pôz então a mulherdiante do homem e disseaeste : "Caminha." AEva christâ ou a Eva paga, são portanto anossa vida. Hercules foi vencido por Omphale,Beatriz conduziu Dante aos pomares do Pa-raizo, Eurydice reteve Orpheu aos CamposElyseos, Raphael encontrou a sua inspiração,encontrando o seu amor.

E Coustou já não modelava, a pouco apouco as palavras foram soluçando, esvain-dorse nos seus lábios, os seus olhos entorde-cidos por uma vaga melancolia, pararam do-cemente sobre os olhos da marqueza.

E seria o amor, Sr. Coustou, quemvos fez esculptor ? — Perguntou-lhe ella.

Eu, senhora, começo agora a ser umesculptor.

Bem o comprehendi, retorquio a mar-queza.—Eis o motivo purque eu vos disse,ha pouco, que nüo podia continuar essassessões. Não me julgo offendida com os

galanteios que me dirigem, mas eu vos conhe-ço como artista e nao vos quero conhecercomo homem.

São eguaes:—Murmurou Coustou.—Não, retorquio Mme. de' Pompadour,

o homem é o animal, o artista é o espirito.—E' a subtileza dos que não amam.

Talvez. .. . Mas, quereis que eu vosconte um segredo ? Eu nunca amei. Emquestões de amor nao tenho senão o amorpróprio. Em mim nao ha mais que a cabeçaque vive, do mais, pouco me importo. Istovos explica o meu decidido gosto por todasas artes. Sinto que apenas possuo a volu-ptuosidade dos olhos, de que falia São Paulo.Com semelhante theoria comprehendeis que,entre um homem e uma estatua, eu prefirasempre a estatua. Assim, meu caro Sr. Cous-tou, se o amor que me tendes è pela mulher,podeis vestir-vos de lucto, porque a mulher jánão existe. Diante de vós só está um espirito.

E como Coustou abafava um suspiro, ellaconcluiu:

Está tudo terminado meu caro escul-ptor, beijae a mão da vossa Diana.

A marqueza estendeu-lhe a mão que oartista recebeu apaixonadamente e, como seestivesse alheio da realidade, guiado pelossonhos do seu amor, levou os lábios á nucada Pompadour.

Sabeis aproveitar a occasião— disseella, emocionada.— Vamos. Que tudo fiquenisto ! Se a minha lembrança vos atormen-tar, recorclae-vos que eu sou como a pallidaPhebéa, brilho mas não queimo. Será pre-ciso que a mim própria eu me repita estaphrase; ! Adeus Coustou.»

Estas ultimas palavras, foram ditas comuma expressão que pretendia ser alegre, masque a tristeza ensombrava. E, rapidamente,arranjando a sua mantilha, apressou-se emsahir; mais um momento parou o olhar sobreo esculptor, e, com uma entonação que éter-namente deveria ser lembrada, disse-lhe;

zE* üm coro dos Punhaes,_a.secco, igualao id&sHugiienottes, este alarido dós seisentes que formam a população do meu lar...

;Nao ha água!Que hei de eu fazer, se nSo ha aguaí.JJggô

E cruzo os braços theátralmenté.E o coro, em berrèiro-—"Não ha agüa !

Que direitos . invocar ? A que auctori-dade podia dirigir-me Br.-r,•'!":..

— Não ha água l-.grita o coro.Minha sogra diz-qüe ha uma semana não

sente o cheiro de um banho, o que acho su-perfluo dizer-me, mormente quanto ao cheiro...Minha mulher diz que.... o melhor é ca-lar-me. As. creadas, os pequenos e até oPinote, o cachorrinho catitá, reúnem suasvozes ás vozes auctorisadas . dos maiores :Não ha água !

Que não ha água bem o sei, pois aquiestou, ao contrario de minha sogra, a sentiro cheiro de... que nao ha água.

Mas que posso fazer ?Penso, medito, mergulho-me nos racio-

cinios, investigo, peso e julgo dos motivos,sem encontrar um simples pavio acceso queme elucide na razão de nao termos água.

Temos rios, riachos, ribeiros, ribeirinhos,córregos e valles em abundância. As nossascascatas foram e são celebrísadas em poemase prosa, desde o Santa Rita Durão até o Pe-reira da Silva. A nossa riqueza hydogra-

phica é uma pompa oriental na descriptiva das

geographias, desde o monarchismo pátrio-tico do Lacerda até o republicanismo archi-

patriota do Moreira Pinto. E porque naotemos água?...

— Parece-me que deixo alguma cousaaqui

E partio.

Está magnifico, pela variedade da leituraepelo apuro das illustrações, o ultimo numeroda Revista Americana, que nos foi offerecido.

Recebemos o n. 5 (20 anno) da Revista daEscola Polytechnica, importante publicaçãode sciencias.

A' Tribuna do Povo e ao Diário de San-tos, do Estado de S. Paulo, agradecemospenhoradissimos as encomiasticas referenciasfeitas ao (Mercúrio.

Nao nos falta direcção. A administraçãode obras publicas é o que de mais completose poderá desejar n'um paiz ; quando esta nosfaltasse teríamos a administração municipal,que é exemplarissima e só procura pôr estacapital no primeiro logar da escala da impor-tancia civilisada. . . a começar pela ponta daretaguarda. O serviço do abastecimentod'agua é, portanto, mais que perfeito.

E porque não temos água?

CAMBALHOTAS

Eu encolhi os hombros quando minhasogra me disse, mettendo a cara pelo meioda porta, (porque è de saber-se — que aindaestava eu deitado e, pois, em trajes menores)—Não ha água !

Ha mais de um mez que estou habituadoa ouvir esta phrase. Desde que chego á casaaté a hora que de lá saio, que outra cousa naoouço, repetido por D. Engracia (minha es-posa), por D. Estephania (minha sogra) pelaMaria, cozinheira, pela Paula, a creada, eainda mais pelo Nhônhò e Quitutes, meusdois filhos.

Ah! descobrimos. Emfim ! O Sr. Dr.Floresta de Miranda é positivista, e a DivinaProvidencia cortou relações com elle.

E' só por isso. E todos nós sabemosque o Sr. Dr. Floresta de Miranda merece...digo mal, merecia a veneração de todos os flu-minenses, mas como se metteu com a profun-da sciencia do Conte, a Divina Providenciaentendeu pregar-lhe esta peça—fechar a tor-neira da água.

Ora, como o Sr. Dr. Floresta de Mirandaé um cidadão digníssimo, um funccionarioexemplar, cujo único mal é o de ser positivis-ta: e, ainda mais, homem de convicções inaba-laveis porque sempre esteve com a verdade ea justiça, achamos que, para corresponder ápicardia da Providencia deveria pregar-lheoutra peça, e esta de escacha pecegueiro —

pedir a sua exoneração.Veriam como logo a água chegava.

Diabo Vesgo.

Diversões de ^Serâo;^^

Um osculo furtado já é de mais-r-a — 2.

Um numero que se come serve para goso

City.»

í-.. Em Nápoles este animal foi imperador —2—2.

*Duas vezes parente é- parente — 1 — 2.

Enigma por syllabas:

Qnq slnlvap

1 1 1 1 2 1 1 2 ^1 2^

Charada a eonipletar.

Ma. ImmensoMa.. De couroMa. . MulherMa MulherMa FructaMa. .. MulherMa... MulherMa.. FructaMa. Mulher

*

Correspondência.

City—Obrigado. Por hoje, duas. Estasecção está ao seu dispor, que com isto muitonos honrará.

Álvaro — Entendidos.- - >-*Manoel Bobeche.

O AZARCorreio da Fortuna

Para amanhã:

Antigo — Depois da festa da Gloria, épreciso a gloria de acertar e assim considera adata que se passou.

Moderno — Homem, olha que tu o ésmuitas vezes.

Rio — Vive n'agua, mas não é peixe.Royal—Tu corres tanto mas não voas !Salteado — Commigo è nove, disse o

outro. -*Visconde da Batota.

THEATROSPARA HOJE

LyricoAndréa Chènier

ApolloA Borboleta de Ouro

Eden-Lavradio

El Molinero de Subiza

Recreio Dramático

Holderts Fantoches

Saber annunciar é tudo, e só o"Mercúrio" o sabe fazer»

SCENAS DA VIDA CARIOCA

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