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festival / Texto: Hugo Israel de distribuição DIF, Guia de Compras Retro Culture Desilluminati Capa Dura Dança: Almada Kukies Roteiro – Guia DIF: 62. Out.2008 — Secção: ÍNDICE — pág.02 pág. 46: pág. 48: pág. 50: pág. 52: pág. 78: pág. 86: pág. 95: pág. 99: pág. 14: pág. 36: pág. 38: pág. 40: pág. 66: pág. 70: pág. 42: pág. 44: pág. 56: pág. 60: pág. 62: pág. 64:TRANSCRIPT
pág. 14: Kukies
pág. 36: Capa Dura
pág. 38: Retro Culture
pág. 40: O que andamos a
ouvir
pág. 42: Música: Regresso
ao Futuro / Texto:
Manu
pág. 44: Música: Buraka Som
Sistema / Texto Pedro
Gonçalves
pág. 46: Música: Pontos
Negros / Texto: Pedro
Figueiredo
pág. 48: Música: Isaac
Hayes Parte II /
Texto: Tiago Santos
pág. 50: Extra-Pessoal:
Legendary Tiger Man /
Texto: Célia F
pág. 52: The Burning Man
Festival / Texto:
Maureen Moore
pág. 56: Design: Tipos
Unicos / Texto:
Joaquim Ramalho
pág. 60: Cinema: A Primeira
Fronteira / Texto:
Filipa Penteado
pág. 62: TV: True Blood /
Texto: Ana Cristina
Valente
pág. 64: Dança: Almada
festival / Texto:
Hugo Israel
pág. 66: Surface: Above /
Texto: Célia F
pág. 70: Moda: ROOM
SERVICE / Fotografia
Anne-Marie Michel
/ Styling Aradia
Crockett
pág. 78: Moda: Riding Boys
/ Fotografia Ferran
Casanova / Styling
Angel Cabezuelo
pág. 86: Agenda: Destaque,
Música, Festivais,
Cinema, Arte, Teatro
& Dança
pág. 95: Roteiro – Guia
de distribuição DIF,
Guia de Compras
pág. 99: Desilluminati
DIF: 62. Out.2008 — Secção: ÍNDICE — pág.02
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Editorial & Ficha Técnica — pág.010
Editor-in-chief
Trevenen Morris-Grantham
Edição
Filipa Penteado (Moda . Cinema)
Célia Fialho (Música . Arte . Cultura)
Colaboradores
A. Ribeiro Cru, Ana Cristina Valente, Ana
Sousa, Carlos Noronha Feio, Emanuel Amorim,
Gonçalo Mira, Hugo Israel, Laura Hamilton,
Miguel Allen Valença, Mónica Lafayette,
Nuno Moreira, Pedro Figueiredo, Pedro
Gonçalves, Ricardo Preto, Rita Fialho, Rita
Sobreiro, Rita Tavares, Tiago Santos, Tiago
Sousa.
Este mês
Miguel Meruge, MANU, Maureen Moore, Joaquim
Ramalho, Raquel Botelho, Anne-Marie Michel
Fotografia
El Maco, Ferran Casanova, Gonçalo Gaioso,
Herberto Smith, Mário Vasa, Paco Peregrin,
Pedro Pacheco, Pedro Mineiro, Ricardo
Brito, Sara Coe, Sara Gomes.
Redacção e Departamento Comercial
Rua Santo António da Glória 81. 1250-216
Lisboa
Telefone: 21 32 25 727
Fax: 21 32 25 729
www.difmag.com
myspace.com/difmagazine
Edição
Publidif, Lda.
Propriedade
Publicards, Publicidade Lda.
Distribuição
Publicards
Impressão
BeProfit
Av. das Robíneas 10,
2635-545 Rio de Mouro – Sogapal
2745-578 Queluz de Baixo
Registo ERC 125233
Número de Depósito Legal 185063/02 ISSN
1645-5444
Copyright Publicards, Publicidade Lda.
Tiragem e Circulação média
24 500 exemplares
Periodicidade Mensal
Assinatura 18 €
Créditos capa
Fotografia – Pedro Ferreira assistido por Ricardo LamegoStyling – Ricardo Preto (com peças Comme des Garçonspara a H&M)
Maquilhagem – Naná Benjamin assistida por Carina Quintiliano para AR atelierCabelos – Paulo VieiraModelos – Talita e Madalena (L’Agence)
Editorial
Todos nós passamos por mudanças que alteram a forma como nos apresentamos ao mundo. São marcas
exteriores que reflectem o nosso crescimento pessoal e podem ser tão “simples” como um corte
de cabelo ou o estilo de roupa que usamos. Olhamos para fotografias antigas, encontramos no
fundo do armário peças que usávamos há dez anos atrás e pensamos “será possível que eu tenha
usado isto?!”. Sim, é possível. E são estes momentos que nos mostram que não somos elementos
estáticos mas sim em permanente evolução.
Ao longo de seis anos, também a DIF assumiu várias formas e feitios. Tivemos várias “caras”
e os nossos gostos cresceram com o passar do tempo. Nesta edição, apresentamos mais uma
“makeover”. Uns ligeiros “nip tucks” para dar sabor à vida. No interior, continuamos
eternamente curiosos sobre o que se passa à nossa volta.
Nesta edição, fomos até terras de Sua Majestade para vos trazer um resumo da London Fashion
Week e do London Design Festival. Para rematar a nossa viagem pela capital londrina, realçamos
as Hilfiger Sessions, levantando o véu ao que podem ver em Lisboa no próximo ano.
De Londres para o deserto americano, fomos ao Burning Man Festival “incendiar” ideias.
Voltamos cobertos de pó e fantasia, como podem ver na nossa capa, concebida por Ricardo Preto
e Pedro Ferreira.
Agora, vamos sacudir a roupa e guardar um pouco da fantasia, na preparação do próximo número.
Aradia Crockett é produtora de moda e
jornalista freelancer. O seu amor pelos
“trapos” nasceu no armário da avó, cheio até
ao tecto com lenços Hermès e malas Chanel.
Este mês foi a nossa correspondente na London
Fashion Week e ajudou-nos a escolher o melhor
da moda londrina. Para saber mais sobre ela vá
até fashionstylist.co.uk
Fernando Alvim
Nascido em Vila Nova de Gaia, em 1974,
Fernando Alvim, teve a sua primeira namorada
aos 5 anos. Aos 24 anos, vem para Lisboa
deixando para trás o Porto, a Faculdade, a
família, os amigos e até a namorada de então,
que também vai com as couves. Chegado aqui, a
sua primeira casa é em Massamá, um quinto andar
manhoso. Top Rock, na TVI, marcou a sua estreia
televisiva. Depois, aparece o cuRTo-ciRcuiTo e
tudo muda de novo na vida deste rapaz que
entra para uma equipa de apresentadores onde o
esperam Rui Unas e Rita Mendes. Lançou os Gato
Fedorento na Sic Radical, no programa o peRfeiTo
AnoRmAl, com Nuno Markl. Escreveu um livro e foi
ele que criou o Festival Termómetro Unplugged
e a revista 365. Entre outras coisas, é neste
momento apresentador da Prova Oral (juntamente
com Raquel Bulha) na Antena 3, e este mês
‘anda a ouvir’ o Foge Foge Bandido.
Joaquim Ramalho
Formação académica em Engenharia Civil e Artes
Gráficas (não concluída). Fundador do atelier
9.9design em Tomar. Designer, artista visual
e biscateiro. Criador do kinleidoscopsyk_
interface com que faz sessões de visuals
(vjing) [aka15].
Actualmente faz também workshops e palestras
sobre “calendários maia”.
Nesta edição fala-nos sobre fontes no artigo –
Tipos únicos.
Maureen Moore
Oriunda da cidade de Los Angeles, quase que
parava nos Anjos, mas antes disso fez muitas
paragens pelo mundo ao longo de um percurso de
vários anos. Maureen faz parte daquela espécie
de bicho apátrida que não pára quieto e a sua
cidadania não conhece fronteiras. Ela é formada
em Relações Internacionais e o seu enfoque tem
sido orientado para projectos essencialmente
artísticos que lhe permitem ligar a sua
escrita com visões e manifestações várias de
culturas distantes. Nesta edição apresenta-nos
um panorama de Festival lá das suas bandas: o
remoto deserto de Nevada. Enjoy the ride...
Um homem é a soma das partes,Miguel Meruje:
‘Quinta das Lameiras . London Hate Town .
Literatura e Livrarias . Organic Anagram .
Filosofia . Surrealismo . Beatdown . Skate .
Pintura . Coleccionismo . Designer Toys . Vinyl
. True Norwegian Black Metal . Fotografia .
Exploração Urbana . 90s Hip Hop . Design .
Arsenal . Niilismo . Montanhas e Cimento .
Supermodernismo . Streetwear . Sumos . Sushi
.’.......E nesta DIF apresenta-nos as novidades
da recente London Design Festival.
Nuno Gonçalves
Nasceu em 1977. Nasceu nas Caldas da Rainha,
mas sempre viveu em Alcobaça. Aos 13 anos
descobriu que o que lhe dava mais prazer era
ensaiar com a sua banda. Quando tinha 15 formou
aquele que seria o seu grande projecto de vida.
The Gift é aquilo que o faz viver, crescer,
respirar. Tem um curso de Jornalismo preso há
10 anos pela tese final. É dono de um clube
em Alcobaça que se chama Clinic. Para além
de músico e produtor gosta de pôr discos em
sítios que façam as pessoas dançar. Programa
mensalmente o Clinic e tenta sempre que pode
ir a Londres visitar a Palmira, ver concertos
e comprar discos. Vê muita televisão. Gosta
de tocar piano para a Nathalie. Tem o sonho
de tocar no Royal Albert Hall, ver a Selecção
ser campeã do Mundo e ser dono de uma rádio.
Gosta de passar os domingos com a família em
Alcobaça. O Nuno tem andado a ouvir o novo
álbum de David Byrne e Brian Eno, pág. 36.
RICARDO PRETO
Ricardo Preto estudou arquitectura na
Universidade Lusíada. Tirou um curso de
corte e costura com a mestre Maria Emília
Sobreira e fez um workshop de “handbags” na
St. Martins School of Arts, em Londres.
Como criador, desenhou uma colecção para a
Amarras, criou malas para a marca espanhola
Perteguaz, bem como chapéus e acessórios
para os designers Dino Alves e Osvaldo
Martins. Apresentou duas colecções nas
Manobras de Maio e integrou a plataforma
LAB da ModaLisboa em Março de 2006.
Desenvolveu trabalhos de costumização
para várias marcas, nomeadamente Levi´s,
Energie, Nike, Miss Sixty e Pepe Jeans. A
par da criação de colecções, tem trabalhado
na área de produção de moda para as
revistas Dif, Máxima, Zoot, Umbigo, entre
outras.
Nesta edição, fotografou a colecção H&M by
Comme des Garçons e analisou o trabalho de
Rei Kawakubo para a marca sueca.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Este Mês — pág.012
London Design Festival
Texto: Miguel Gomes Meruje
O LONDON DESIGN FESTIVAL, nome dado ao con-
junto de mais de 200 manifestações na área
do design que tomam Londres por assalto de
13 a 23 de Setembro, reflecte os retalhos
que compõem esta cidade, com participantes
e visitantes de todas as partes do glo-
bo, do Japão à Itália, do Reino Unido à
América Latina. A ambivalência pode também
ser sentida em como designers recentemente
licenciados partilham paredes com campanhas
de lançamento de telemóveis, como foi o
caso do celebrado Ericson Xperia X1.
Numa celebração da influência do design
na melhoria da vida da sociedade actual,
suscitam-se questões e procuram dar-se res-
postas, com os stands a prontificarem-se a
promover os novos produtos e várias master-
classes e sessões de discussão a decorrerem
em simultâneo em cerca de 120 espaços.
Situada na rejuvenescida Shoreditch, con-
glomerado das manifestações urbanas dos
últimos anos, o Tent London ocupava o an-
tigo espaço da Truman Brewery, recheado de
diferentes vertentes e nacionalidades.
A Talent Zone, fonte de enorme interesse,
era uma plataforma para designers emergen-
tes se apresentarem sem a necessidade de
serem suportados por uma empresa, e com um
nível bastante elevado. Paralelamente, es-
tava o Content, com novas promessas a par-
tilhar o amplo salão com companhias estabe-
lecidas. Em anos anteriores, o evento foi
criticado por uma aparente falha na pré-
selecção, diminuindo os níveis esperados de
um acontecimento que ambiciona rivalizar
com Milão no calendário de lançamentos. No
entanto, isso só se terá agora verificado
no Circa, tido como o mais lucrativo evento
de design vintage, mas cuja oferta era
parca em qualidade, sendo possível encon-
trar peças mais exemplificativas e úteis em
qualquer loja de revenda nas ruas circun-
dantes da próxima Old Street.
Assumindo um espaço de destaque, estava o
salão da Portugal Brands, organização da
Menina Design e da Presskit que alberga
designers, arquitectos, decoradores e hote-
leiros, treze nomes, entre os quais a Boca
do Lobo e a Confiança.
A pedra basilar do evento, e por onde tudo
começou, é o 100% Design London em Earl’s
Court, que conta com Tom Dixon pelo segundo
ano consecutivo. A luz natural que entra
pelo salão de exposições incide sobre as
diferentes cores que demarcam as ramifi-
cações do 100% no salão, como o Futures,
Detail e Sustainable. Na sua 14a edição,
o 100% Design mantém-se como um atelier
onde as companhias mais reputadas disputam
o espaço para mostrar as inovações.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.014
01.
02. 03.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.015
04.
07.06.
08.
10.09.
05.01. MG by Boex
02. Lee Broom Club Chair
03. LeeBroom Cathode Console
04. Undergrowthdesign CakeStandWithTreats
05. Undergrowthdesign Teapot
06. nobody&co BIBLIOCHAISE B-R
07. MeltdownChair Blue rope by Tom Price
08. Meltdown Chair CableTie by Tom Price
09. Reflection by Boex
10. Boca do Lobo D.Manuel
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.016
London Design Festival
Como parte da Talent Zone (Tent London),
o jovem designer Kacper Hamilton estava a
um canto com uma criação sua, The Deadly
Glasses, uma interpretação dos sete pecados
capitais em forma de copos de vinho, uma
edição limitada, feito à mão em Londres, e
apenas por encomenda.
O autor refere que os copos pretendem
exultar a paixão e provocar o pecado de
forma teatral, dado que cada copo revela o
seu nome no ritual de beber. A luxúria, por
exemplo, é travada por uma bola giratória
na base do copo, que impede que o líquido
corra livremente, ao passo que a preguiça
exige a presença de outra pessoa para girar
a válvula que permite que o vinho passe.
A invulgaridade e a tentadora luxúria de
beber por tão invulgares e luxuosos copos
têm no entanto um preço, £6,800 (mais
ou menos €8.400) por todo o conjunto.
Kacper, que se licenciou no Central Saint
Martins, refere que se sente «surpreendido
com a quantidade de pessoas que entraram
em contacto» e manifesta-se interessado
pelas reacções, sendo que «algumas
pessoas gostam, outras odeiam, mas dá-me
uma perspectiva alternativa sobre o meu
trabalho.»
Quanto ao futuro, Kacper aposta na
continuação, pretendendo mudar-se para um
novo estúdio e numa nova colecção, que
espera mostrar no London Design Festival
2009, mas refere também «uma série de
encontros agendados, que se podem traduzir
em trabalhos comissionados.»
Quanto ao seu pecado predilecto? «Cada um
tem o seu, mas o meu terá de ser a fúria.»
Miguel Gomes-Meruje
I’m too cool for my Hilfiger Denim jeans
Texto Filipa Penteado
No Porchester Hall, em Londres, um grupo
restrito de pessoas teve direito a assis-
tir a mais uma jam session patrocinada pela
Hilfiger Denim. The Metros, Steve Appleton
e Zarif aqueceram o público para aquela que
foi a grande estrela da noite, John Legend.
Sound Check
Na sua primeira passagem por Londres, a
Hilfiger Denim preparou um “banquete” com
as melhores iguarias locais e um toque “hot
and spicy” do melhor R&B norte-americano.
Subindo uma escadaria com carpete vermelha,
rodeados de cortinas pesadas e madeiras
escuras, o cenário parecia mais adequado ao
can can do que ao rock’n’roll. No entanto,
a noite era de batidas fortes e ritmadas,
daquelas que sacodem a alma e abanam o
corpo.
O primeiro prato, The Metros, foi servi-
do sem cerimónia. A nova banda sensação da
cena musical londrina tem um som british
pop, com toda a força da juventude e da
rebeldia nos acordes das guitarras. Mesmo
sentados nos puffs que enchiam a sala era
impossível não nos deixarmos contagiar pela
energia destes “putos”.
Steve Appleton foi o “menino” que se se-
guiu. Com apenas 19 anos, Appleton insere-
se dentro dessa categoria infinita em
pérolas dos “canta-autores”. Faz parte
da geração “M” - Myspace e MTV – e é aí
que mostra o seu talento e busca inspira-
ções. Desde a pop ao funk, passando pelo
drum’n‘bass, “everything goes”. O primeiro
álbum é lançado em 2009 e, pela prestação
na Hilfiger Denim Session, promete.
Luz, som, soul
No Porchester Hall quebraram-se regras de
etiqueta e a sobremesa deste “banquete”
foi servida a meio do jantar. O seu nome?
Zarif. Mistura explosiva de sangue esco-
cês e judeu, esta força da soul faz mexer
qualquer corpo mais empedernido. Até mesmo
os “frios” londrinos. A pele das cantoras
do coro brilhava com suor e os fashionis-
tas da cidade de sua majestade começavam
a perceber que estavam num concerto e não
na Semana da Moda de Londres. Finalmente
movimento!
Ámen
A noite acabou com uma antevisão do novo
álbum de John Legend, EVOLVER. Depois de
uma pausa para seguir a veia de produtor
e empresário, Legend volta aos palcos com a
sua voz de mel. O novo trabalho não deixou
ninguém desiludido no Porchester Hall e
de tanto dançar a maquilhagem já começava
a esborratar. Agora sim, não havia mesmo
dúvidas que se estava ali para prestar ho-
menagem ao efeito estimulante da música,
EVOLVER sai em Outubro e é imperioso com-
prar, ouvir e misturar com outras “lendas”
anteriores de John.
Próxima paragem: Lisboa
Em conjunto com a Sony BMG, as Hilfiger
Denim Sessions têm acontecido um pouco por
todo o mundo. Foram criadas há três anos
atrás em Amesterdão e desde ai já passaram
por Nova York, Berlim e Madrid.
Em 2009,passarão por Lisboa com um cartaz
ainda no segredo dos deuses. Se a Hilfi-
ger Sessions em Londres for exemplo do que
por ai vem, não tenho dúvidas que também
acabaremos a noite esgotados e felizes, a
conversar com desconhecidos, nas escadas de
um qualquer Porchester Hall português.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.018
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.020
London Fashion Week
O mês de Setembro viu chegar à capital
londrina mais uma semana de moda. A
produtora de moda Aradia Crockett e a DIF
fizeram uma selecção do melhor que poderão
ver e usar na próxima Primavera/Verão.
Anne-Marie Michel fotografou. Enjoy!
O desfile de Bora Aksu foi um dos nossos
favoritos. Bailarinas com ar de donzelas
fizeram piruetas pela passerelle,
“embrulhadas” em chiffon bege e cor
de rosa. Laços, fitas e rendas foi a
concretização em forma de roupa do sonho de
infância de qualquer rapariga.
Cool como sempre, a marca Ashish trouxe-
nos uma Primavera/Verão cheia de glam
rock. “Catsuits” com lantejoulas, blusões
de cabedal, casacos militares oversized
e saltos gigantescos foram o forte do
desfile.
Famosa pelos seus prints e pormenores
excêntricos, a Eley Kishimoto apresentou
uma colecção mais comercial do que em
estações passadas, mas mesmo assim mantendo
a sua imagem de marca. O melhor? Lagartos
gigantes que cintilavam em t-shirts
oversized.
A Luella convidou-nos para uma elegante
festa num jardim encantado. Com cores
decadentemente deliciosas, as peças
pareciam doces saídos de chARlie e A fábRicA
de chocolATe. Chapéus equestres e as enormes
pérolas cor de rosa são o “must have” da
Luella Bartley.
Os melhores acessórios da estação vêm da
PPQ. Desfilados por Daisy Lowe e companhia,
brincos dourados com Ps e Qs gigantes deram
à London Fashion Week um sabor “ghetto
fabulous”.
Ashish Ashish
Bora Aksu Bora Aksu
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.022
Luella
Eley Kishimoto Eley Kishimoto Luella
PPQ Victim
Victim
PPQ Victim
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.024
H&M by Comme des Garçons
Texto Filipa Penteado
Em conversa com Ricardo Preto, explorámos
um pouco a colecção Comme des Garçons
para a H&M. Partimos do princípio que uma
colecção e até apenas uma única peça de
roupa podem ser entendidas de várias formas
e a vários níveis. Em 15 minutos e poucas
linhas: de uma análise racional a outra,
mais sensorial.
Enquanto designer de moda, o que significa
para ti a Rei Kawakubo e a Commes des
Garçons? Como defines a sua importância?
Acima de tudo, para mim, a Comme des
Garçons define-se por praticar aquilo
que chamo experimentalismo industrial.
Procura sempre novas silhuetas através da
desconstrução de formas predefinidas mas
sem nunca esquecer que tudo aquilo tem que
ser comercial, tem que ser vestível. Quando
olho para as peças da Rei Kawakubo nunca
me parecem apenas “objectos” de moda. A
comercialização é sempre fundamental nas
suas criações.
Quando viste pela primeira vez as imagens
da colecção para a H&M, o que achaste? Qual
foi a tua primeira reacção?
Achei fantástica. Mais uma vez, a H&M
surpreendeu-me pela abertura de espírito
que tem. Porque não se limita a oferecer
roupa de criadores a preços acessíveis,
permite que as colecções mantenham as
características de cada criador. Não são
colecções simplistas.
Quando tiveste a oportunidade de tocar nas
peças, de as manusear e escolher para esta
produção, o que achaste dos materiais, das
cores, da coerência (ou falta de coerência)
das formas e das silhuetas?
Achei tudo muito coerente. Tanto a colecção
de homem com a de mulher está muito bem
pensada, especialmente na escolha de
materiais. Gostava de realçar a lã cozida
a altas temperaturas, um processo que dá
origem a tecidos que aparentam ter borboto,
parecem “envelhecidos”. Este tipo de
tratamento é típico da Comme des Garçons e
é um pormenor óptimo desta colecção.
Enquanto produtor de moda, o que é que
quiseste trazer para este universo da Comme
des Garçons? Quiseste dar alguns “salpicos”
de cor ao mundo quase sempre monocromático
da Rei Kawakubo?
As roupas dela parecem-me sempre um
pouco circenses e foi essa ideia que
inspirou o conceito do arlequim e dos pós
soltos. A maquilhagem é um espelho do que
habitualmente a Comme des Garçons faz.
Quis que fosse divertido e ao mesmo tempo
identificativo das características
da marca.
Créditos H&M
Fotografia – Pedro Ferreira assistido por
Ricardo Lamego
Styling – Ricardo Preto (com peças Comme
des Garçons para a H&M)
Maquilhagem – Naná Benjamin assistida por
Carina Quintiliano para AR atelier
Cabelos – Paulo Vieira
Modelos – Talita e Madalena (L’Agence)
Diesel Glamrock
A Diesel criou uns ténis unissexo para
os amantes do rock’n’roll. Misturando
influências dos anos 70 e 90, os Glamrock
estão disponíveis em seis cores – branco,
preto, prateado, Deep Purple, castanho
e Green Day. Não, não leu mal o nome de
duas das cores, são mesmo referências a
bandas de rock. Estes ténis/botas são mesmo
para fãs “hard-core” do estilo roqueiro.
Disponíveis em todas as lojas Diesel e em
www.diesel.com .
Nike AF-1 SlamJam
Como comemoração dos 26 anos dos Air Force
1, a Nike desenvolveu uma parceria com a
marca italiana SlamJam. A histórica marca
de streetwear criou uma nova versão em pele
dos AF-1. Disponível em vermelho, amarelo,
preto e cinzento em www.slamjam.com
Onitsuka Tiger - Sunotore
Os Sunotore foram os ténis oficiais da
delegação chinesa nos Jogos Olímpicos
de 1972. Originalmente desenhados para
resistirem à neve, esta reedição de
2008 mantém as mesmas características
tecnológicas que resguardam o espaço entre
a parte superior dos ténis e a “língua”
dos mesmos, evitando que a neve entre em
contacto com os pés. Os Sunotore estarão
disponíveis em regime exclusivo na nova
loja da Onitsuka Tiger no Bairro Alto,
em Lisboa.
Puma Mihara
A Puma juntou-se mais uma vez ao designer
japonês Mihara Yasuhiro para criar uma
colecção com consciência ambiental – o
tema para a próxima Primavera/Verão é o
aquecimento global. Estes novos modelos
têm como característica uma sola que parece
estar a derreter-se no chão, afundando-se
com o calor da terra. Estes ténis, assim
como a colecção de roupa Puma by Mihara,
estarão disponíveis nas lojas e no novo
software de moda dress® para a Playstation®
3. Para mais informaçoes visite
www.puma.com
Sir Jam Midas by Reebok
A Reebok reedita os Sir Jam, um dos
clássicos para basquetebol da marca. Estão
disponíveis nas cores originais –
combinações de branco, azul marinho,
amarelo néon e cinzento - e também em
jogos cromáticos de branco, preto, violeta
e verde. A partir de meados de Outubro
estarão à venda com novas cores.
www.reebok.com
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.026
LEVI.CO
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NOVA COLECÇÃOOUTONO / INVERNO 2008
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.028
«Everybody must have a fantasy»,
Andy Warhol
O que é que Marilyn Monroe, Elvis Presley,
Mao Tse Tung e uma lata de sopa têm em
comum? Todos tiverem direito a mais do que
15 minutos de fama e foram imortalizados
pelo enfant terrible da pop, Andy Warhol.
Eles e todo o universo de Warhol estão
presentes na nova loja da Pepe Jeans, em
pleno Príncipe Real, Lisboa. Depois de ter
adoptado o mentor da Pop Art, criando uma
linha com o seu nome e inspirada pelo seu
trabalho, a famosa marca dá-lhe agora uma
casa em Portugal.
Dividida em quatro espaços diferentes,
a loja Pepe Jeans – Andy Warhol é uma
homenagem à Factory: paredes em cinzento
metalizado ou cobertas por serigrafias e
grandes padrões anos 60 são o pano de fundo
para expor as peças da colecção Outono/
Inverno.
Enquanto Andy Warhol fez arte a partir
de produtos massificados, a sua arte
é agora transformada em “objecto de
colecção”. Um dos conceitos desta linha
da Pepe Jeans (especialmente visível nas
t-shirts) é criar peças ícones e, de certa
forma, intemporais, que funcionem como
“coleccionáveis”. Não estará só a comprar
uma peça de roupa, mas sim algo que vai
querer ter consigo durante muito tempo. E
claro, vai querer também os outros “cromos”
da caderneta.
Para testar este conceito, vá até ao
Príncipe Real e visite a casa de Andy
Warhol. Qual é a sua fantasia? FP
Rua da Escola Politécnica, nº 40, Lisboa.
foto: Thomas Probosch
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.030
T – a nova colecção da Cortefiel
A Cortefiel acaba de lançar uma nova
linha feminina, T. Esta letra simboliza
a expansão da marca para um público mais
jovem, entre os 20 e 30 anos. Criada para
a mulher urbana, T traz um ar descontraído
e moderno à categoria mais clássica onde a
Cortefiel se tem inserido até agora.
Para a primeira colecção, a marca inspirou-
se em dois ícones de estilo que são imagens
de referência para a faixa etária que a
T pretende atingir: Natalie Portman e
Keira Knightley. Os designers da marca
inspiraram-se nas características que
definem o look de Portman e Knightley para
construir duas cápsulas diferentes dentro
da mesma colecção.
A linha Natalie é romântica e dramática,
com uma paleta de cores que vai desde os
rosas e beges até ao preto e cinzento.
As calças são a peça chave desta linha,
aparecendo em vários modelos diferentes. Os
jogos de volumes também assumem lugar de
destaque com plissados e franzidos.
A linha Keira é mais arrojada. Sobressaem
cores fortes como o azul petróleo e o
amora, contrabalançadas por castanhos,
pretos e cinzentos. Os vestidos e casacos
pouco estruturados são o “must have” desta
linha.
A colecção Outono/Inverno de T estará à
venda nas lojas Cortefiel já a partir de
Outubro. Consta que a senhora que se segue
é Angelina Jolie...fique atento. FP www.
cortefiel.pt
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.032
Eastpack by Raf Simmons
A colaboração entre Raf Simmons e a Eas-
tpack continua este Outono/Inverno. Depois
do sucesso da colecção anterior a parceria
continua, juntando o melhor dos universos
Eastpack e Simmons: acabamentos de qualida-
de em materiais escolhidos para resistirem
ao frenesim dos grandes centros urbanos.
O preto, o cinzento e o azul marinho são
as cores chave desta colecção que estará
à venda a partir de Outubro nas melhores
lojas Eastpack e Raf Simmons. FP www.e-
eastpack.com/rafsimmons
Eco-Fly
A Fly London sempre se destacou pela origi-
nalidade das formas e o estilo casual-chic.
E como para a frente é que é o caminho,
a marca de origem portuguesa continua a
inovar. Com a linha EKOCHIC, composta por
5 modelos de sandálias de senhora, a Fly
aposta essencialmente em materiais eco-
friendly. Da borracha bio-natural às peles
vegetais, os sapatos marcham pelo ambiente.
Calce um par e ajude o planeta a manter-se
de pé. ACV
Levi’s x Damien Hirst
Fascínio por caveiras, pontos e borboletas
tropicais é sinónimo de trabalho de artis-
ta. O seu nome é Damien Hirst e o seu apego
a estes elementos só é superado pela sua
paixão por jeans. A Levi’s deu-lhe a opor-
tunidade de conjugar ambos. O resultado são
jeans azuis e pretos estampados, bem como
t-shirts brancas, pretas e roxas, também
com prints. Algumas das imagens de cavei-
ras ilustram o estilo “salpicado” das suas
“spin paintings” e uma das jóias da coroa é
a t-shirt com um retrato a preto e branco
do artista com uma caveira. A linha Levi’s
x Damien Hirst fica completa com um denim
de assinatura e um casaco de cabedal. Para
quem gosta de se “vestir com arte”. ACV
Celebrate Originality em adidas.com/originals
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.034
Replay for her and for him
Está cientificamente provado que o olfac-
to funciona como grande condicionante no
mecanismo da atracção. E que melhor para
o enfeitiçar que dois aromas de suavidade
exótica e sensualidade de fruta? A Replay
tem para este Outono uma proposta irrecu-
sável: atrair corpos femininos e masculinas
com uma delicadeza felina. Duas fragrâncias
fortemente sedutoras, envolvidas em linhas
de design clássico. Como se em frente ao
Tiffany’s Audrey Hepburn adorasse duas
peças de joalharia em forma de frasco. Não
perca tempo. Seja quem pode ser com Replay
for her e for him. ACV
W’eau by Women’s Secret
W’eau é mais que uma fragrância, é um
verdadeiro Uau para a mulher urbana. A
marca Women’s Secret é conhecida pela sua
filosofia de criar peças fáceis de usar,
expressando a personalidade de cada mulher.
Com o aroma W’eau é essa individualidade
prática que fica no ar. Para uma mulher
independente, activa, segura de si mesma e
que desperta muitos Uauuuu. Use e abuse,
sem segredo. ACV
Adidas
A nova colecção de relógios da Adidas une o
digital ao analógico. O mostrador octogonal
dos novos modelos apresenta os dois tipos
de tecnologia, sendo o ideal para quem,
em criança, nunca conseguiu perceber onde
deviam estar os ponteiros.
Disponíveis em branco e castanho, estes
dois modelos têm um design vanguardista e
arrojadamente pormenorizado – a correia
de pele é perfurada e tem detalhes em
silicone, fazendo o upgrade do look
desportivo da Adidas para uma imagem mais
moderna. FP
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Capa Dura — pág.036
The UPSET – Young Contemporary Art
(Ed.) Robert Klaten, Sven Ehmann, Hendrick
Hellige e Pedro Alonzo (textos)
Gestalten, www.gestalten.com, Berlim, 2008
278 pp.
Esperamos ansiosamente a chegada do livro
recentemente publicado pela Gestalten
The UPSET – Young Contemporary Art, uma
edição cuidada, profusa em imagens de
grande qualidade e design discreto, mas
apelativo, que pretende oferecer uma
perspectiva actualizada da criação imagética
contemporânea. Este não é mais um compêndio
da História “oficial” da Arte, mas antes uma
escolha intencional de retomar (apenas) a
sua tradição figurativa através da pintura e
do desenho, reunindo artistas jovens (pelo
menos de espírito como Raymond Pettibon ou
Daniel Richter) que iniciaram o seu percurso
à margem do academismo e do sistema de
mercado, recorrendo à cultura urbana como
plataforma de apresentação. Trata-se aqui,
antes de mais, de legitimar no campo das
artes visuais criadores conotados com a
lógica “do it yourself” da street art, do
graffiti e da ilustração, etiquetados como
underground ou lowbrow (embora não fiquem
de fora alguns entretanto integrados e até
consagrados no “establishment”).
Vale a pena ler a introdução de Pedro
Alonzo, onde ficam claros os objectivos e as
escolhas dos editores. Aqui encontramos uma
reflexão válida, ainda que ocasionalmente
questionável, acerca do panomara artístico
contemporâneo e as suas contradições. Apesar
de uma atitude que se quer irreverente –
concomitante com a dos artistas apresentados
– os editores não escaparam à necessidade
de “etiquetar”, dividindo o livro em oito
sub-grupos – Lowbrow, Gothic, Realism,
Illustration, Character, Urban Art, Pattern,
Expressionism – antecedidos por um texto
onde se justificam as escolhas e sublinham
alguns autores. Apenas uma falha notória,
porque não justificada: dos 95 artistas,
mais de metade são naturais ou vivem nos
E.U.A, seguidos dos europeus (com larga
vantagem para os alemães), um par de
brasileiros e de japoneses, um australiano
e um israelita. Nenhum africano, nenhum
indiano, nenhum palestiniano... Talvez seja
reflexo do contexto que os editores se
movem, ou então, uma crença errónea de que
este tipo de manifestações não se geram fora
dos países (ditos) desenvolvidos.
BARCELONAC/Sant Joan de La Salle, 8
PARIS (CITADIUM)50-56 Rue Caumartin
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Fax 213 42 39 [email protected]
Groovie Records / Uma
Lição de História
Surpreenda-se, caro
leitor, nestas
páginas. Assim o
pretendemos. A DIF
foi conversar com
Edgar Raposo e Luís
Futre, responsáveis
da Groovie Records,
uma editora nacional
que tem como premissa
editar somente
registos em vinil com
particular incidência
em reedições de
artistas nacionais,
mas não só. Entre
connosco nesta viagem
no tempo.
Groovie Records / Uma Lição de História /
Texto: Pedro Figueiredo
Surpreenda-se, caro leitor, nestas páginas.
Assim o pretendemos. A DIF foi conversar
com Edgar Raposo e Luís Futre, responsáveis
da Groovie Records, uma editora nacio-
nal que tem como premissa editar somente
registos em vinil com particular incidência
em reedições de artistas nacionais, mas não
só. Entre connosco nesta viagem no tempo.
A Groovie Records nasceu da visão de Edgar
Raposo, melómano inveterado, amante desde
sempre do vinil. «Tudo surgiu em 2005.
Sempre gostei de rock, garage rock, etc..
Havia editoras que coleccionava e das quais
sempre comprei discos, e de um momento para
o outro surgiu a oportunidade de editar um
disco, no caso dos DTs. Foi aí que criei
a Groovie Records», começa por adiantar
Edgar.
Se, a começo, a ideia era a de editar re-
pertório novo de diferente tipo de artis-
tas, a entrada de Luís Futre, ano e pouco
depois, veio mudar as directrizes que
regiam até então a Groovie. «A ideia maior
DIF: 62. Out.2008 — Retro Culture — pág.038
da minha entrada na editora foi a de puxar
um pouco pelas reedições, editar algumas
coisas portuguesas do passado e não só, ir
buscar artistas lá fora», destaca Futre,
outrora fundador da Bee Keeper, editora
marcante no panorama indie nacional dos
anos 90, responsável de edições de gen-
te como Rollana Beat, Pinhead Society ou
Tina & The Top Ten. Edgar Raposo comple-
ta a ideia afirmando que «provavelmente
teria ido lá parar [às reedições], já que
80% da música que oiço tem mais de vin-
te anos. E os restantes 20% são de coisas
mais recentes que soam a coisas de há vinte
anos atrás (risos). Mas, com a presença
do Luís foi tudo mais rápido e natural. O
Luís trouxe um know-how fundamental para a
Groovie, até por ser um pouco mais velho
que eu. A entrada dele foi muito importante
e acabamos por nos completar muito bem na
editora», remata.
Um dos grandes marcos da Groovie Records
foi a reedição de um 7” de Joaquim Costa,
citado como um dos grandes pioneiros do
rock feito em Portugal. «A edição do disco
do Joaquim marca ponto de viragem no seio
da editora. Foi a nossa primeira reedi-
ção, a mais marcante e marca um período de
consciencialização de um caminho de ree-
dições – era este o caminho principal que
queríamos tomar, chegámos a essa conclusão
nesse período», reflecte Edgar Raposo. Luís
Futre sustenta a ideia afirmando que «é tão
importante uma reedição do que uma edição
nova. Damos às pessoas a possibilidade de
ter acesso a algum passado que nós consi-
deramos importante de se conhecer e que de
outro modo dificilmente chegaria às pesso-
as». Mesmo que, de volta a Edgar, o «grande
mercado da Groovie esteja lá fora.»
Em tempos de entusiasmo redobrado pelo for-
mato do vinil, a dupla garante a intempora-
lidade do formato por oposição a diferente
tipo de plataformas de armazenamento de
música. «Sempre gostei de vinil», come-
ça Edgar por afirmar, para logo completar
dizendo, em jeito de curiosidade, que «de
todos os meus amigos fui o último a comprar
um leitor de CDs». A criação da Groovie,
com muita «carolice e determinação» à
mistura, foi o «concretizar de um sonho: a
possibilidade de ter uma própria editora,
ter um disco editado por ti, toda essa di-
nâmica, foi um sonho concretizado».
A Groovie Records foi responsável pela
edição de um catálogo como complemento à
exposição Nova Vaga – O Rock em Portugal
(A História do Rock em Portugal entre 1954
e 1974), sendo um dos desafios próximos da
dupla um levantamento maior de diferentes
artistas. Edgar Raposo adianta que «esta-
mos a trabalhar num livro. Se tudo correr
bem estará na rua em Maio de 2009. Vai ser
a primeira recolha exaustiva feita em Por-
tugal, com discografias, capas de discos e
biografias, e será um pouco como o catálogo
[disponível no site oficial da editora],
mas mais desenvolvido».
Por ora, por entre novos lançamentos dos
barreirenses The Act-Ups e reedições dos
libaneses The Sea-Ders e dos russos Caves-
tompers, a certeza é de uma «série de novos
lançamentos editados de forma o mais regu-
lar possível», finaliza Edgar Raposo.
Site oficial da Groovie Records em www.
groovierecords.com
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Retro Culture — pág.039
NUNO GONçALVES
Músico dos The Gift e responsável pelo bar
Clinic
David Byrne e Brian Eno.
EVERYTHING THAT HAPPENS WILL HAPPEN TODAY
Todos os dias os escritores da pop, enten-
da-se estes por críticos e afins, têm o dom
único de inventar novos génios. O novo gé-
nio da música minimal germânica, os génios
de um subúrbio ao lado de Lisboa, o génio
de Nova Iorque, o génio do quarto ao lado
de minha casa porque me dou bem com o puto.
Depois, existem os grandes senhores que
assinam projectos atrás da mesa de produ-
ção, que criam bandas gigantes e realmente
geniais da pop mundial. Às vezes, juntam-se
para fazer canções à frente da mesa de mis-
tura. Brian Eno e David Byrne não têm nada
a provar ao mundo, mas dentro deles existe
sempre a vontade de dizer de uma forma mais
adulta o que os novos não conseguem sequer
farejar... O novo disco chama-se EVERYTHING
THAT HAPPENS WILL HAPPEN TODAY. É feito de
canções mestras e de sons rigorosamente
escolhidos. Não são exímios vocalistas, mas
são sinceros e possuem uma veia artística
apurada que caso tivessem 18 anos eram os
grandes novos génios. Neste caso especi-
fico, a idade fica-lhes tão bem. Um disco
genial. Um disco que não sabe a velho e
que poderá mostrar às novas gerações que a
originalidade não depende da idade, mas sim
do que se aprende com os anos.
FERNANDO ALVIM
Radialista, apresentador de televisão,
responsável pelo Festival Termómetro,
director da revista 365
Foge Foge Bandido
Turbina 2008
foge foge bAndido é justamente um daqueles
discos que apetece não tirar do plástico
envolvente, só para mostrar aos amigos que
temos e eles possivelmente não. E isso
é o mais certo, porque a primeira edição
esgotou em pouquíssimos dias e a segunda
vai exactamente pelo mesmo caminho. Um
disco duplo que é impossível não ouvir
repetidas vezes até sabermos de cor a letra
de cada uma das suas respirações. Até mesmo
as pausas. Se este não é o melhor disco do
ano vou ali e já venho. E não volto.
PEDRO GONçALVES
Criativo publicitário e crítico de música
Los Campesinos!
We Are BeAutiful, We Are DoomeD
Wichita, 2008
É bom que os corações mais empedernidos
estejam conscientes da dura realidade:
quando falamos do colectivo galês Los
Campesinos!, septeto misto oriundo de
Cardiff, estamos em território twee.
Twee, como nos dizem praticamente todos
os dicionários familiarizados com a
coisa musical, é o mesmo que dizer muito
sensível, muito delicado e vagamente
pastoril. Ainda que a definição o possa
sugerir, estamos muito longe de Antony
Hegarty, valha-nos isso. Estamos, isso sim,
próximos de uma pop descomplexadamente
pueril, mesmo que por vezes servida pela
necessidade de tornar complexas as coisas
simples.
Los Campesinos! (o nome já nos remete
para o território de que falamos) é nome
de baptismo de um projecto que comete a
proeza de editar pelas vias tradicionais
dois álbuns no magro espaço de cinco
meses. O primeiro foi hold on now, YoungsTeR,
o de estreia, a que se segue agora we ARe
beAuTiful, we ARe doomed. E se o primogénito deu
a conhecer preciosidades como ‘My Year in
Lists’ e o glorioso ’You! Me! Dancing!’,
we ARe beAuTiful… persegue o objectivo de não
perder a centelha de há uns meses enquanto
dispara numa ou outra nova direcção. É
o mesmo que dizer que, embora não tão
surpreendente (coisa rara, como se sabe)
como o anterior, o novo disco não deixa de
conquistar lugar no coração de peluche dos
adeptos do twee.
PEDRO FIGUEIREDO
Crítico de música, planeador de comunicação
Secret Machines
World’s Fair 2008
Trabalho homónimo não rima, no léxico dos
Secret Machines, com estreia discográfica.
Com efeito, secReT mAchines, o novo disco,
é já o terceiro passo em longa-duração
na carreira destes norte-americanos
originários do Texas, mas actuais
residentes em Nova Iorque, a cidade que
nunca dorme e, musicalmente, voltou neste
século XXI a posicionar-se como uma das
mais fascinantes cidades criativas da
indústria musical. Mas, afinal que banda
é esta que recolheu elogios de The Edge
e andou em digressão com nomes como Muse
ou Spiritualized? Entre família definem-
se como praticantes de um certo “rock
espacial”, mas as várias camadas sonoras
das canções remetem para lições apreendidas
de géneros como o shoegaze e o krautrock.
Em três minutos os Secret Machines
conseguem ir do lento ao rápido para voltar
ao ponto de partida e, pelo meio, baralhar
e confundir. E é no “nunca sabermos bem
o que esperar a seguir, mas termos quase
a certeza de que vai ser bom” que reside
um dos trunfos maiores de secReT mAchines.
Desconheço, à medida que escrevo estas
linhas, se este trabalho terá distribuição
nacional assegurada. Já vos falei nos
Secret Machines?
DIF: 62. Out.2008 — Secção: O que andamos a ouvir — pág.040
REGRESSO AO FUTURO
Samuel Hall Band
Quando pensamos na Suíça, o
nosso cérebro processa de
imediato imagens tridimensionais
de deliciosos chocolates,
raclettes suculentos, relógios
ultra-precisos, canivetes
multifuncionais e alucinantes
viagens de bicicleta pela
montanha. Vou usar estas linhas
para vos falar de outra pérola
da Suíça - a Samuel Hall Band.
REGRESSO AO FUTURO
Texto: Manu
Samuel Hall Band
Quando pensamos na Suíça, o nosso cérebro
processa de imediato imagens tridimensionais
de deliciosos chocolates, raclettes
suculentos, relógios ultra-precisos,
canivetes multifuncionais e alucinantes
viagens de bicicleta pela montanha. Vou usar
estas linhas para vos falar de outra pérola
da Suíça - a Samuel Hall Band.
Após dez anos a escrever canções e a tocar
guitarra em bandas de metal, Stéphane Pache
sentiu necessidade de abrandar o ritmo e
reduzir o volume ao máximo, formando em 2006
o seu próprio projecto para o qual convidou
alguns dos melhores músicos helvéticos de
blues, jazz e rock: Pierre Alain Bertholet
na guitarra, Moreno Antognini a.k.a. Master
Nargherita no baixo, Gerald Perera no
contrabaixo e Marc Olivier Savoy na bateria.
Juntos produziram blood, bReAd, childRen &
bones e The big nowheRe, o seu segundo álbum,
resultado da imaginação surrealista dos seus
autores, submersos nas maravilhas sónicas
que o trabalho em estúdio potencia. O novo
álbum irá ver a luz do dia neste Outono pela
editora independente Urgence Disk Records,
com sede em Genebra.
Para os apreciadores de música e cinema,
esta é a banda-sonora perfeita para um
encontro num bar de blues soturno numa
qualquer estrada entre uma das heroínas de
David Lynch e o Dead Man de Jim Jarmusch.
Para os amantes de música e contos de fadas,
esta é a sonoridade que resultaria de uma
sessão num estúdio nos Alpes Suíços entre o
western fado dos Dead Combo e a electrónica
experimental de Rafael Toral. Para os que
gostam de música e rótulos, este é um som
denso, arrastado e planante, filho de uma
garrafa de bourbon, que viaja por diversos
estilos musicais - do Louisiana blues ao
dark ambient, passando pelo stoner rock,
drone, post-rock, free jazz e experimental.
O som da Samuel Hall Band revela fortes
influências de músicos de renome como Nick
Cave, JJ Cale, Leonard Cohen, Tom Waits,
John Barry, Johnny Cash, Neil Young, Marc
Ribot, Lalo Shiffrin e Bohren und der Club
of Gore. O titulo deste álbum é inspirado
no conto policial The big nowheRe, do norte-
americano James Ellroy, uma história que nos
transporta para a descoberta do be bop nos
clubes de jazz e em Hollywood na Los Angeles
dos anos 40 e 50.
Be aware of the dark…
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.042
BURAKA SOM SISTEMA
Senhoras e senhores,
o momento por que
todos esperavam: Black
Diamond, primeiro
álbum dos Buraka Som
Sistema, já existe
e já circula. Agora
é só uma questão de
tempo até o mundo ser
todo deles.
BURAKA SOM SISTEMA
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.044
BURAKA SOM SISTEMA
Texto: Pedro Gonçalves
Senhoras e senhores, o momento por que
todos esperavam: Black Diamond, primeiro
álbum dos Buraka Som Sistema, já existe e
já circula. Agora é só uma questão de tempo
até o mundo ser todo deles.
No momento em que estas letras se juntam,
os Buraka Som Sistema têm agendadas
as primeiras datas para actuações em
território norte-americano (em Nova
Iorque, São Francisco e Los Angeles, para
ser mais exacto). Deixando de lado a
atitude provinciana de pensar que sempre
que um projecto português actua fora de
portas está a protagonizar mais uma épica
conquista para a cultura nacional, não
deixa de ser sintomático de algo de novo
que está a passar-se na existência da banda
de Lil’ John, Riot e Conductor. Londres,
onde regressam ainda neste mês de Outubro,
escancarou-lhes as portas graças ao EP
fRom buRAkA To The woRld e a estandartes de
hedonismo como ’Yah!’ e ’Wawaba‘. Mas é com
o primeiro álbum “a sério”, blAck diAmond, que
o colectivo vai tirar realmente as teimas
sobre a sua relevância nos dias presentes.
Tomando apenas o disco, o objecto musical,
como referência, é de desconfiar de alguém
que não veja nele o potencial para fazer
História nos manuais sobre a diáspora
lusitana.
Se até aqui os Buraka Som Sistema viviam o
estado de graça de quem contaminou salões
de baile diversos com um género que teimava
em viver confinado a uma série de bairros
de Luanda, blAck diAmond tem uma missão um
nadinha diferente. Em causa não está já
a demonstração da vitalidade do kuduro
(progressivo, como por graça lhe chamaram),
que essa é fácil de constatar num vídeo
como ‘The Sound of Kuduro‘, mas a própria
importância dos Buraka Som Sistema num
contexto de completa miscigenação cultural
de escala planetária. Ou seja: por que
razão gozarão os Buraka Som Sistema de
uma visibilidade superior à de um qualquer
problecto do Mali ou do Perú? A resposta
está, precisamente, em blAck diAmond.
O que os Buraka Som Sistema fizeram em
blAck diAmond foi exactamente o contrário
do que, é fácil imaginar, muitos outros
fariam no seu lugar: deixaram o conforto
das fórmulas já ensaiadas com assinalável
sucesso. Obviamente, continuamos em
terreiro kudurista, mas assistimos à
aproximação a parentes afastados do género,
como o baile funk carioca (no glorioso
’Aqui Para Vocês‘, pontuada pela vernácula
Deise Tigrona, seguramente uma bomba em
qualquer lar e/ou espaço dançante) ou os
londrinos grime e dubstep (que namoram
em temas como ’Africa Pt. 2‘ e ’Black
Diamond‘). Descansem porém os que temem em
demasia a normalização das raízes africanas
– ’General‘, mais um pretendente ao lugar
do tema mais celebrado do disco, tem lá
os trâmites que levaram alguém como Bonga
ao domínio do universo. O conjunto da
obra, esse transpira a rara combinação de
diletantismo com experimentação. Moderada,
é certo, mas ainda assim experimentação.
Seria absurdo, por via de tudo o que
atingiram até aqui, afirmar que a vida dos
Buraka Som Sistema começa verdadeiramente
agora, no momento em que podem ser julgados
à luz de um objecto de longa duração a que
normalmente se atribui acrescida dignidade.
O que agora começa, isso sim, é a fase
em que o trio tudo fará (espera-se) para
confirmar os pergaminhos que blAck diAmond
sugere – que isto já tem muito pouco a ver
com as compilações em tempos adquiridas
na feita da Praça de Espanha e com a mera
curiosidade de experimentar coisas que
quase todos ignoravam. O que agora está
em causa é, simplesmente, a inscrição dos
Buraka Som Sistema no rol dos nomes que,
a partir de um culto que se transforma em
adoração massificada, escrevem a História
das culturas do início deste século. Dêem-
lhes palcos, que eles tratam do resto.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.045
Os Pontos Negros / Os
Quatro
Cavaleiros do Roque
Enrole
São quatro jovens
rapazes de Queluz,
praticantes de Roque
Enrole (como se diz na
gíria desta gente) à
antiga e parte íntima
da família da editora
Flor Caveira. Magnífico
Material inútil não é o
primeiro álbum dos
Pontos Negros mas é,
resultado de uma edição
numa multinacional, o
seu primeiro grande
momento de divulgação
mediática. O vocalista
Jónatas Pires e o
guitarrista Filipe
Sousa desvendaram à DIF
algumas das receitas
do precoce sucesso dos
Pontos Negros.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.046
Os Pontos Negros / Os Quatro Cavaleiros do
Roque Enrole / Texto: Pedro Figueiredo
São quatro jovens rapazes de Queluz,
praticantes de Roque Enrole (como se diz
na gíria desta gente) à antiga e parte
íntima da família da editora Flor Caveira.
mAgnífico mAteriAl inútil não é o primeiro álbum
dos Pontos Negros mas é, resultado de uma
edição numa multinacional, o seu primeiro
grande momento de divulgação mediática. O
vocalista Jónatas Pires e o guitarrista
Filipe Sousa desvendaram à DIF algumas
das receitas do precoce sucesso dos Pontos
Negros.
«Cave. Pó. Muito pó». São estas as
recordações de Filipe Sousa do local onde
foram gravadas as primeiras canções dos
Pontos Negros, em 2005, e é assim que
começa a conversa da banda com a DIF. Os
Pontos Negros têm agora no mercado mAgnífico
mATeRiAl inúTil, disco editado pela Universal
e que sucede a um primeiro álbum e um EP
editados de forma independente pela cada
vez mais importante Flor Caveira, editora
da responsabilidade de Tiago Guillul.
A passagem para uma editora de topo surgiu
de uma forma o mais natural possível. «A
verdade é que nós nunca corremos atrás
de nada, foi tudo ter connosco», avança o
vocalista Jónatas Pires, que partilha a
banda com o irmão David na bateria, Silas
Ferreira nas teclas e o acima referido
Filipe Sousa na guitarra. «A grande
vantagem de estar numa editora como a
Universal», completa este último, «é mesmo
a possibilidade de nos podermos centrar
em exclusivo no essencial: compor e tocar
música». Jónatas remata o tópico com a
certeza de que «é sempre uma mais-valia ter
pessoas a trabalhar para o nosso sucesso».
mAgnífico mATeRiAl inúTil, pois então.
Curiosamente, ao contrário do que seria
suposto prever, a banda relaciona o novo
trabalho de forma mais directa com o
primeiro registo de 2005 do que com o EP
difundido gratuitamente via MySpace no ano
passado. «Todos os nossos discos são muito
diferentes entre si, mas no EP sentiam-se
demasiado as nossas influências», destaca
Filipe, completando com a garantia de que
a novidade é «tal como o primeiro disco
um trabalho onde consegues identificar
uma marca identitária, um som tipicamente
Pontos Negros». Ainda no que concerne ao
MySpace, importa destacar que foi na famosa
plataforma criada por Tom Anderson (O Tom,
como todos o conhecem) que Os Pontos Negros
se mostraram em primeira instância. «Foi lá
que o Henrique Amaro [radialista da Antena
3] nos descobriu, mas creio que foi o Rui
Estêvão o primeiro que passou uma música
nossa na rádio», reflecte Filipe.
A Flor Caveira e Queluz. Os Pontos Negros
são originários de Queluz, cidade de um
«belo palácio, dos pastéis de nata da
[pastelaria] Marianita e de imperial
barata das 19h às 21h numa tasca chamada
“A Paragem”», afiança o duo criador dos
Pontos Negros. Deram que falar através dos
seus primeiros registos na Flor Caveira,
editora ligada assente em projectos ligados
a um certo rock evangélico. «Ainda hoje
continuamos a ensaiar na cave da Igreja
Baptista de Queluz. Não pagamos nada,
podemos estar lá o tempo que quisermos
sem pressão, é óptimo» assegura-nos
Jónatas com notório entusiasmo. O facto
de serem dos mais jovens músicos a sair
da Flor Caveira e, até ver, o seu mais
bem sucedido projecto, resulta «sobretudo
da aprendizagem que tivemos com alguns
dos nossos colegas mais velhos», na visão
de Jónatas. «Saltámos algumas etapas.
Vimos o que o Guillul fez até chegar onde
chegou agora. A nossa essência é a mesma
desde sempre, ser fiéis ao roque, e sempre
tivemos uma ideia clara do caminho a
seguir», remata o vocalista principal do
grupo.
mAgnífico mATeRiAl inúTil está já disponível
nos escaparates e é um dos grandes discos
portugueses do ano (da década?). Vai ser
amado e odiado. Mas, vai ser falado, muito
falado. A primeira grande prova dos Pontos
Negros, editar numa multinacional, foi
ultrapassada com aprazível sucesso. Venham
os próximos passos e a real confirmação
de um talento tão grande quanto ainda em
bruto.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.047
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.048
“EVERYTHING JUST BLEW UP BIG
TIME”
Isaac Hayes R.I.P (1942-2008)
Parte II
“EVERYTHING JUST BLEW UP BIG TIME”
Isaac Hayes R.I.P (1942-2008)
Parte II
Texto: Tiago Santos
Depois de hoT buTTeRed soul de 69, o primeiro
grande passo na carreira de Isaac Hayes
em direcção ao estrelato, a música negra
ganhou uma nova dimensão, quando espaço
e tempo adquiriram uma nova elasticidade
até então desconhecida. As canções
agora estendem-se por longas construções
orquestrais, minuciosamente compostas
onde apesar da extensão e da influência
libertadora do jazz, obedecem à rigorosa
visão do maestro. Aliás, é corrente a
história que conta como Hayes compunha
a sua música compasso a compasso. Isto
significa antes de mais uma incrível
atenção aos pormenores, acentuações e
pontuações narrativas da composição,
que fez de Hayes um dos mais singulares
arranjadores da música popular. Mas,
também explica a razão porque o groove da
sua música é tão irresistível, nos tempos
lentos como nos mais rápidos. Associado
ao funk de uma secção rítmica de peso,
nada menos do que os famosos Bar-Kays,
Isaac Hayes lançou nos anos seguintes
discos igualmente representativos da sua
obra. 1970 recebeu um par de álbuns que
consolidaram essa imagem de arranjador
original de uma sensualidade que se sente
em cada estria do vinil de discos como To
be conTinued... e The isAAc hAYes movemenT. Numa
altura em que o calor da voz e a elegância
das cordas de Hayes, eram presença habitual
das tabelas de vendas (segundo a biografia
oficial, não houve uma semana da década
de 70 que não contasse com um ou mais
álbuns seus nas tabelas Pop e RnB) surge
aquela que é a pedra fundamental de todo
o universo de Isaac Hayes, a banda sonora
do filme de Gordon Park, shAfT. Embora não
sendo o primeiro filme de �Blaxpoitation�,
género de cinema americano da década de 70
protagonizado por actores negros e dirigido
à comunidade negra, shAfT foi o primeiro com
a produção e a marca de Hollywood, o que
leva muitos a esquecerem a obra pioneira
de Melvin Van Peebles , sweeT sweeTbAck bAdAss
song. Com o sucesso do filme e da sua
banda sonora, a imagem de Hayes tornou-se
central na iconografia da década de 70.
Com o tema título a tornar-se num êxito
imediato que ainda hoje preserva a aura de
um verdadeiro clássico, o disco conta com
a excelência dos Bar-Kays, numa série de
títulos instrumentais requintados no groove
e marcados por ambientes cinemáticos de
uma elegância orquestral, urbana e sensual.
Hayes tornou-se com a sua obra-prima o
primeiro negro a conquistar um Óscar para
melhor banda-sonora, um feito inimaginável
para a criança órfã, nascida no meio pobre
do Tennessee e criada na dureza da cidade
de Memphis.
Os 16 meses seguidos nas tabelas de vendas
fizeram de Isaac Hayes uma figura central
da música popular. Novas bandas sonoras,
de onde se destacam ThRee Tough guYs e TRuck
TuRneR, acompanham os seus primeiros passos
de actor no cinema. Quando em 71, chega o
álbum duplo blAck moses ninguém se surpreende
com o sucesso de mais uma excelente versão
de Hayes, desta vez para o original de
Clifton Davis, ‘Never can Say Goodbye‘.
É nestas versões que a arte dos arranjos
de Hayes se revela, ao ponto de se
apropriar dos temas como se de originais se
tratassem.
As suas experiências nos ritmos,
descobrindo os caminhos para o disco
sound e até o hiphop, a forma como as
cordas pontuam as atmosferas ou como a
electricidade das guitarras escorre em
delírios psicadélicos, são marcas da sua
obra que hoje se descobrem nos mais de
200 samples utilizados por artistas como
Massive Attack, Portishead ou Notorious
B.I.G, para referir apenas alguns.
É sem dúvida grande o legado do mestre
Black Moses, que a partir de meados de 70
cria a sua própria editora e inicia a sua
incursão pelos terrenos do disco, o som de
uma nova era. Nove álbuns de originais (9!)
na segunda metade da década não impediram
que Hayes caísse na doença infantil da
alta-roda, a bancarrota. E embora tenha
sempre continuado a gravar pelos anos 80
e 90, a sua produção tornou-se cada vez
mais irregular, interrompida por longos
períodos de silêncio, preenchidos por cada
vez mais frequentes aparições no cinema e
televisão. Aliás, é aí que uma nova geração
descobre a sabedoria intemporal de um velho
mestre da soul transformado em “Chef” de
cantina de uma pequena escola do souTh pARk.
Na sua voz, palavras e canções transportam
para os dias de hoje a figura de uma das
maiores lendas de sempre da música negra e
da cultura popular. Isaac Hayes, o homem
maior do que a vida, do que da música ao
cinema, passando pela rádio e televisão,
deixou a marca definitiva da sua enorme
alma criadora.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Música — pág.049
Paulo Furtado
Legendary Tiger Man
O Sol enfeita a
cidade princesa,
Coimbra. Local:
esplanada do mítico
café do Teatro Gil
Vicente. No meio do
cenário estudantil
alguém pisa a rua
com outro passo.
De casaco lançado
para trás do
ombro, com o ritmo
da descontração,
alguém genuíno e
quiçá legendário se
aproxima. O homem
é Paulo Furtado. A
lenda Tiger Man.
Paulo Furtado - Legendary Tiger Man
Texto Célia F.
O Sol enfeita a cidade princesa, Coimbra.
Local: esplanada do mítico café do Teatro
Gil Vicente. No meio do cenário estudantil
alguém pisa a rua com outro passo. De casa-
co lançado para trás do ombro, com o ritmo
da descontração, alguém genuíno e quiçá
legendário se aproxima. O homem é Paulo
Furtado. A lenda Tiger Man.
Breve resenha histórica até teres vestido a
pele do tigre.
Na música, comecei há muito. Desde os 17
anos numa série de projectos mais ou menos
locais, aliás a partir dos 15, e a par-
tir dos 17 anos numa banda algures entre o
rock´n´roll e o punk rock que se chamavam
Tédio Boys. Entre os 10 anos que existiram
fizemos uma séria de tournées nos Esta-
dos Unidos. Foi francamente a minha escola
de como se fazer música sem qualquer tipo
de estrutura por trás. Foi aí que apren-
di a conseguir de algum modo furar e que a
música chegasse ao maior número de pessoas,
conseguir fazê-la e tocar em locais, con-
seguir tocar fora de Portugal. Foi mais ou
menos aí que eu aprendi tudo. Desde aí não
mudou muito o modo. Depois fiz os Wraygunn
e o Legendary Tiger Man no mesmo Verão. Foi
em 99 e esse projecto foi uma coisa que
surgiu por erro ou por acaso. Não era a mi-
nha idéia fazer o one man band, embora seja
um formato que me agrade, mas surgiu!
A lúxuria, a boémia, ambientes de fumo,
mulheres nuas, veludos... acabado o univer-
so da personagem quem é o homem? É apenas
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Extra Pessoal — pág.050
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Extra Pessoal — pág.051
alguém genuíno com características que,
amplificadas pelo palco, ganha contornos de
personagem?
Não as personagens, mas os alter-egos são
partes pequenas de mim amplificadas, e de
certo modo o palco é o local ideal para
uma série de coisas ou para extravasar uma
série de emoções, uma série de coisas que
neste momento não me é conveniente extra-
vasar na vida normal. É o local onde o meu
lado mais louco anda à solta. Se calhar
há 20 anos eu era eventualmente só esse
bocado e esses bocados de mim se manifes-
tariam na rua assim como em qualquer lado.
De certo modo, acho que podemos estabelecer
algum equilíbrio, emocional podemos dizer.
Fora disso sou uma pessoa que gosta de se
levantar cedo. Gosto de trabalhar de manhã.
Sou um bocado viciado no trabalho, tornei-
me assim para fazer o que faço, que não é
propriamente, não foi e acho que nunca será
algo que chegue ao grande público, e por
isso sempre tive que fazer muitas coisas
diferentes para poder manter a honestidade
naquilo que fazia. Agora estou a fazer o
disco TIGER MAN e ainda estou a ensaiar com
os Wraygunn, estou já a fazer a banda sono-
ra para uma série de filmes mudos, estou a
fazer a banda sonora para uma curta metra-
gem... estou a fazer uma data de coisas.
Onde é que te encontras? Sozinho.
Eu tenho uma cave que é mais ou menos o meu
bunker onde gosto de estar e onde componho
a maior parte das coisas também. Se calhar
é a compor que a maior parte das vezes con-
sigo reflectir numa série de coisas que me
aconteceram ou que vi.
Quem mora na tua cabeça?
Muita gente. Neste momento moram todas as
pessoas com quem eu estou a trabalhar, e
este disco novo está a ser uma coisa... eu
não estou muito habituado a trabalhar com
tantas mulheres. O mundo da música é um
mundo onde há mais homens do que mulheres.
Mas, para este disco cada música é traba-
lhada por uma mulher diferente e estou a
gostar muito de me envolver nesse univer-
so e tentar de algum modo... Ah... ainda
estou um bocado confuso em relação a isso,
porque é muito diferente. Normalmente, eu
sou muito decidido e tenho bastante claro,
pelo menos a nível musical, aquilo que
quero fazer e como quero fazer. Neste caso,
logo desde o início a idéia não era essa.
Era eu, eventualmente, direccionar algumas
coisas, mas até um certo modo ir atrás dos
universos que as pessoas trouxessem mais do
que propriamente impor o meu, que estaria
já imposto pelo formato do projecto. Está
a ser muito importante, e por outro lado
chega a ser exasperante, porque (e eu acho
que isto é uma qualidade feminina) há uma
constante e crescente mudança de direcções
e indefinição mais lata. Acho que de certo
modo nós somos mais objectivos. De A a B
por aqui, e as mulheres de certo modo quan-
do vão de A a B correm metade do abecedário
e isso é fantástico, porque é uma experiên-
cia onde tu aprendes muito.
E como pessoa? Como é que esta experiência
te toca?
Isto é uma coisa vagamente pesada. Até do
ponto de vista emocional. Normalmente,
tenho passado muito tempo e tenho trocado
muitos telefonemas por durante muito tempo
com as pessoas, mas depois no momento em
que tenho que gravar e filmar com elas,
chega o momento em que essa pessoa mui-
to depressa tem que dar e que tu tens que
tirar dela muito depressa as coisas que tu
queres sentir de algum modo... ou se ca-
lhar nem és tu que queres é a outra pessoa
que quer, e tu num curto espaço de tempo
tens que conseguir ajudar a que se tenha o
ambiente e a alma próprios, e isso implica
que os olás e os adeus sejam muito inten-
sos. Não é um trabalho mecânico. É sempre
uma coisa muito emocional e até agora todas
as pessoas com quem trabalhei passaram logo
para o grau directo da amizade, e isso tem
sido uma parte muito positiva no caos que é
gravar um disco com 15 pessoas em 10 loca-
lizações diferentes do mundo.
Um universo não óbvio que habites?
Tenho alguma apetência pela jardinagem.
Como aprendiz!
Compras revistinhas para aprender?
Como em tudo na vida, a onda do it your-
self. Faço sozinho. É a parte punk que acho
que fica. Até perceber que preciso mesmo
que alguém me ensine, acredito sempre que
vou conseguir sozinho. Isso tem tanto de
bom como de mau. Mas é assim. As plantas é
que pagam!
Levas-te a sério?
Levo-me muito a sério, mas com muito humor
e leveza.
Levo-me a sério, porque o que tu fazes
afecta as pessoas de quem tu gostas, as que
gostam da tua música ou as que gostam de
ti pela pessoa que és. Temos que nos levar
a sério e ter algum respeito pelas pessoas
que nos rodeiam.
Fazes sempre o que queres?
Não nunca. Quer dizer, sim, algumas vezes.
Com o tempo aprendi que a concessão é
muito importante. Profissionalmente é muito
difícil convencerem-me a fazer alguma coisa
que eu não queira fazer.
Uma história bizarra?
Bem! Vai ter que ser uma história de há
muito tempo... com Tédio Boys numa tournée
nos Estados Unidos. Logo no segundo concer-
to uma das pessoas que estava no público
era o Joey Ramone. Nessa noite, tocávamos
em três sítios diferentes em Nova York. No
fim do último concerto ele convidou-nos
para tocar na festa de anos dele que era
nessa noite, e fomos tocar aos anos do Joey
Ramone. Eu já me tinha esquecido da histó-
ria que está inerente a esse concerto, mas
eu estava a tocar com uns óculos de lentes
vermelhas e houve um momento em que o bai-
xista, inadvertidamente quero eu pensar, me
deu com o baixo na cabeça. Comecei a sentir
alguma coisa a escorrer. Lembrei-me disto,
porque me enviaram anteontem uma foto em
que apareço com um corte bastante violento
na cabeça. As pessoas estavam todas a olhar
para mim com uma cara estranha. Pensava que
devia estar a soar imenso. Só percebi um
quarto de hora depois do concerto quando
tirei os óculos e vi. Depois, decidi ir pôr
um penso e nisto há uma moça, que mora-
va junto ao clube, que se oferece para me
ajudar. Era uma moça que gostava muito de
cogumelos alucinogénios. Eu estava a comer
uma pizza com cogumelos e ela começou a
distribuir cogumelos alucinogénios para
cima da minha pizza. Eu estava um bocado
teso nessa altura, não tinha muito di-
nheiro, tinha muita fome e queria mesmo
comer aquela pizza, mas não queria comer
os cogumelos alucinogénios. Seja como for,
comi a pizza, fiz o curativo e acho que de
certo modo as próximas 10 horas foram algo
confusas.
Se te pusessem um microfone virado para o
mundo querias dizer algo?
Aproveitava para cantar uma musiquinha!
Qual?
‘Life ain´t enough for you’.
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.052
Arte Mortal
Por cada ano que passa, no final do
Verão, caravanas de festivaleiros
carregados com uma semana de
víveres seguem em desfile, com
destino ao deserto de Black Rock
no Nevada: um território vasto
de aridez e desolação. Este leito
de lago pré-histórico constitui
o cenário desta festividade, um
mega-evento de arte que ocorre
sempre na última semana de Agosto.
O seu nome: BURNING MAN.
Arte Mortal
Texto Maureen Moore
Por cada ano que passa, no final do Verão,
caravanas de festivaleiros carregados com
uma semana de víveres seguem em desfile, com
destino ao deserto de Black Rock no Nevada:
um território vasto de aridez e desolação.
Este leito de lago pré-histórico constitui
o cenário desta festividade, um mega-evento
de arte que ocorre sempre na última semana
de Agosto. O seu nome: Burning mAn.
Desde o seu início em 1986, o festival de
buRning mAn (BM) encarnou sempre um espírito
comunitário, de fusão, de auto-dependência
e hedonismo em nome da arte, em nome da
mais completa demência. Durante sete
dias ininterruptos, “burners”, como os
participantes acabariam por ser chamados,
acampam nestas condições extremas para
experimentar, sentir, viver, partilhar,
oferecer, dançar e alucinar. Eles trazem a
arte consigo, mostram-na, brincam com ela e
depois muitos deles queimam-na. O ponto alto
é a queima do “Burning Man”, 12 metros de
altura de um homem de madeira que, depois
de uma semana a pairar sobre os campistas,
é incendiado para ser queimado e destruído.
Até a arte é mortal.
O festival do BM está acima de qualquer
explicação. Constitui a essência da
experimentação extrema e conseguiu obter uma
espécie de denominação ritualista e sublime.
Descrever o evento em palavras talvez o
roube da sua essência: efémero, etéreo.
Os participantes chegam de todo o mundo e
este ano eram mais de 45000. Subjacente à
onda da festa está o seu lema: “Não deixar
marca”. Os burners têm de respeitar um
rigoroso código ambiental para a protecção
da terra. Truques e dicas em como conseguir
tudo isto podem ser encontrados de uma forma
exaustiva numa “bíblia” impressionante em
www.burningman.com, que detalha qualquer
possível consideração e precaução na
preparação da viagem ou com os próprios
objectos de arte.
Mil metros acima do mar, onde o chão do
deserto se apresenta seco e gretado da
sobrevivência a um Verão insuportavelmente
quente e os sinais de vida parecem
invisíveis, podemos encontrar o cenário
para o BM. Imaginem um museu ao ar livre,
mas livre da clausura das paredes, de
luzes fluorescentes, e da gente pretensiosa
vagueando por todo o lado. Em vez disso,
encontrem 14 quilómetros quadrados
de chão de deserto – disponível para
albergar e exibir qualquer tipo de criação
artística concebível. Escultura, veículos
transformados, adornados com sistemas
sonoros, de fogo e de iluminação nocturna,
ou instalações cujo fascínio convida os
burners espectadores a interagir com elas.
O “playa”, como é referido, é o espaço de
exibição do BM onde quer a arte quer os
participantes estão livres da influência dos
critérios do mercado da arte, do nervosismo
dos conservadores de museu e dos longos
textos de exibição a acompanhar as suas
peças.
Por cada ano que passa, é pré-estabelecido
um tema e os artistas são chamados a
produzir simplesmente os seus trabalhos
com esse tema em mente. A preparação que
está na base da criação destas peças é
impressionante. Alguns burners passam
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.052
um ano inteiro envolvidos no trabalho
de criação enquanto simultaneamente
recolhem fundos para financiar e produzir
uma peça de sucesso – uma peça capaz de
suportar tempestades de areia no deserto,
calor seco e exposição solar directa
(elementos obviamente não presentes em
museus tradicionais). O deserto semeia a
devastação na arte, desfazendo-a e testando
os seus limites e perseverança. A arte
interactiva submetida a estas condições
cria oportunidades para descobrir formas
produtivas de resolver desafios.
Os organizadores do festival afirmam que
a colocação dos trabalhos num contexto
público durante breves períodos de
tempo reduz também as despesas gerais e
simplifica o processo de financiamento,
comparando com instalações permanentes
que adornam museus e galerias. Com o BM a
perspectiva convencional altera-se.
Os projectos só são possíveis através
da interacção dos artistas com os
voluntários, membros da comunidade e muitos
outros indivíduos tradicionalmente não
identificados como criadores de arte. O
debate e a divergência que resultam de
um novo trabalho encorajam a discussão,
juntamente com um certo sentido de
responsabilidade nas actividades da
comunidade e no ambiente.
“Fawn”, uma “burner”, gastou mais de
4000€ do seu próprio bolso para suportar
“Alien”, um bar de arte que ela e um amigo
construíram durante o período de 9 meses
que antecederam o evento.
«Pode ser decadente» diz Fawn, «mas o bom
karma e o impacto social positivo que o
BM traz consigo esperemos que compense o
impacto ambiental do festival». E o cenário
do deserto acentua ainda mais este aspecto.
«Eu não gostaria do festival de buRning mAn
sem o pó que levanta», acrescenta.
Nós não somos mais do que pó e as nossas
pegadas são apagadas com o soprar
permanente dos ventos do deserto. O
festival de buRning mAn abraça o efémero,
soprando vida para dentro do deserto
durante uma mera semana, mas no entanto
terminando-a com a mesma velocidade com que
a criou. O festival valoriza aquilo que é
temporário. É precisamente este ambiente
natural desértico e em estado
bruto que permite aos participantes viver
a vida e a arte no seu estado mais puro.
Sete dias fugazes para serem saboreados e
devorados total e completamente. Alguns
artistas chegam mesmo a adoptar isto nos
seus trabalhos artísticos, que resistem
à duração do festival, mas que, tal
como acontece com o próprio Burning Man,
estão destinados a serem queimados e a
desaparecerem no éter.
Esta noção de existência temporária
questiona as razões mais profundas da nossa
noção pessoal de segurança. O que é que nos
protege dos corrosivos 35 graus de calor
e das incessantes tempestades de areia que
se enfiam por cada centímetro do nosso
corpo e nos deixam cegos durante horas?
Não há apólice de seguros que nos valha em
sítios assim, seja para desastres naturais,
acidentes pirotécnicos, overdoses ou dias
de aspecto lastimável. A interdependência
e a participação na comunidade são vitais
para a sobrevivência.
Num país como a América, onde cada um
compra a sua segurança e estabilidade
na forma de um seguro, com apólices
erradamente confundidas com segurança
eterna, o buRning mAn desafia tudo isto,
desfazendo qualquer mecanismo de protecção
convencional e forçando os participantes
a confiarem em algo particular que todos
temos e que nunca teremos de comprar: nós
próprios e cada um de nós.
É nesta comunidade e no espírito pessoal
de auto-dependência que o BM assenta a
sua estrutura socioeconómica, a que os
participantes se referem como a “economia
das ofertas”. É proibida a utilização
de dinheiro em notas e moedas. Enquanto
que a maioria dos festivais e concertos
capitaliza na venda de parafernália
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.053
© Foto: Fawn
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.054DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.054
© Foto: Lynx
© Foto: Dan Adams
© Foto: Lynx
© Foto: Fawn
© Foto: Dan Adams
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Arte — pág.055
diversa, bugigangas e lembranças de forma
a deixar a marca do nome dos seus eventos
numa t-shirt, num porta-chaves ou numa
caneca descartável de plástico, o BM
rejeita o consumismo. Durante sete dias
é necessário partilhar, trocar, dar e
receber.
Desde duches a massagens, leitura de
energias e bebidas gratuitas, tudo é
oferecido de acordo com a vontade e
disponibilidade de cada um. Se é necessário
uma chave-inglesa e o vizinho necessita de
uma bomba de ar ou talvez alguns óculos
cor-de-rosa com lantejoulas que protejam
contra o pó, é necessário chegar a um
compromisso com base num sistema de trocas.
(Mas aparentemente nem o BM é 100% aderente
às suas próprias regras. Vende-se água e
café, para além do custo substancial do
preço de entrada no BM, que é necessário
para poder participar em tudo isto. Uma
parte dos rendimentos beneficia a Black
Rock Arts Foundation que suporta projectos
de desenvolvimento da comunidade local e
faculta fundos para os artistas.)
O buRning mAn ensina-nos que podemos viver
a vida com a natureza, interagir com
ela, habitá-la, mas deixá-la intocada.
Rigorosamente tudo aquilo que é levado para
dentro do festival é depois retirado. A
adesão total ao rigoroso código de ética
ambiental é necessária, porque a protecção
do playa é vital para a vida do festival. O
Deserto de Black Rock é território federal
que é cedido aos organizadores do festival
desde que sejam observadas as condições
rigorosas nas quais o BM fundou muita da
sua própria filosofia. Não deixar marca.
E com isto, as raízes que estão por debaixo
da contracultura do buRning mAn pedem uma
reflexão mais profunda. Olhando para além
dos malabaristas do fogo, consumidores
de ópio e exibições dum expressionismo
excêntrico, deparamo-nos com um conjunto
bem fundado de ideais, mantidos com orgulho
e praticados ao longo de sete dias. E
ficamos com a esperança de que o que é
vivido e experimentado no BM transponha
as fronteiras invisíveis do deserto para
dentro das nossas vidas quotidianas. E, tal
como “O Homem”, também nós desapareceremos
um dia, retornando ao pó no chão do
deserto, um pequeno grão de areia de uma
playa imensamente maior.
© Foto: Lynx
© Foto: Dan Adams
© Foto: Fawn
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.056
Nós, humanos ocidentais “educados”
lemos até mesmo sem querer. Somos
incapazes de passar por uma fila
de letras sem as tentar agrupar e
tirar um significado do conjunto.
Quanto menos palavras mais
difícil é resistir. Mas, para que
uma mensagem escrita passe bem
carregada de informação, a escolha
da font (do “tipo” de letra)
deve ser objecto duma selecção
criteriosa ou de um desenho bem
feito.
TIPOS ÚNICOS
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.056
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.057
TIPOS ÚNICOS
Texto Joaquim Ramalho
Nós, humanos ocidentais “educados” lemos até
mesmo sem querer. Somos incapazes de passar
por uma fila de letras sem as tentar agrupar
e tirar um significado do conjunto. Quanto
menos palavras mais difícil é resistir.
Mas, para que uma mensagem escrita passe
bem carregada de informação, a escolha da
font (do “tipo” de letra) deve ser objecto
duma selecção criteriosa ou de um desenho
bem feito.
A expressão da mancha visual tem muitas
vezes um efeito apenas subliminar, sem que
disso tenhamos uma percepção consciente.
Nos últimos anos, a par da revolução
digital e do trabalho revolucionário de
alguns designers (como David Carson), todo
este mundo do desenho das letras e da
composição dos layouts tem levado uma grande
reviravolta.
Hoje, entramos num “dafont.com” e todos os
dias temos uma infinidade de novas fonts
que designers e estudantes disponibilizam
gratuitamente para download e nos permitem
expressar o mais variado tipo de emoções.
A capacidade de processamento dos
computadores e a evolução de softwares
específicos (como o FontLab) também permite
que se construam letras com formas cada vez
mais complexas e extravagantes, ao mesmo
tempo que é fácil fazer o “remix” a uma font
já existente.
Neste panorama, em que tudo está cada vez
mais acessível, torna-se mais difícil marcar
a diferença.
Chegou-me junto à proposta para este
artigo o livro plAYfulTYpe (edição Gestalten,
www.gestalten.com) onde mais uma vez os
designers tentam puxar e subverter os
limites da percepção e da abordagem da
solução gráfica através de diferentes
utilizações da tecnologia, que vão desde a
recuperação do “lettering escrito à mão”
dos 60’s, passando por letras feitas por
“composição gráfica”, técnicas de “corte e
cola” ou utilização de “materiais efémeros”
registados por fotografia.
Os textos que introduzem as diversas partes
da obra abordam os paradigmas da tipografia
e do trabalho dos agentes de comunicação
visual ao mesmo tempo que ajudam a desmontar
as soluções de alguns autores.
Se muitas destas propostas gráficas já
possam ter sido vistas em circuitos mais
alternativos, onde a falta de recursos
implica sempre soluções mais criativas,
este livro mostra como usando a tecnologia
se podem apresentar também resultados
institucionais de elevada qualidade,
recuperando um trabalho personalizado de
“ilustração tipográfica” típica da era pré-
computador.
Mais do que um livro para designers é uma
peça útil para todos aqueles que fazem
ponte entre designers e clientes, dando a
possibilidade de elevar o discurso e sair de
uma abordagem convencional e aborrecida na
comunicação visual.
Num mundo em que a “tipografia” e os meios
de composição gráfica se democratizaram
e ficaram acessíveis a “qualquer um”;
onde a comunicação perde frequentemente a
escala humana transpirando massificação
e tecnologia, parece que a distinção se
consegue por oposição a estes valores: a
irregularidade própria dum traço à mão já
não é mais um sinal de “imperfeição”, mas
antes a marca da sua unicidade.
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.058
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DIF: 62. Out.2008 — Secção: Design — pág.059
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.060
A Mala de Cartão Reciclado
Já não levam malas de cartão, mas
transportam consigo os clichés
do passado, actualizando-os
no século XXI e redefinindo o
conceito de emigrante. Em comum
com a Linda de Susa têm apenas
o facto de viverem fora do seu
país e procurarem realidades que
lhes permitam voar mais alto. O
contexto sócio-cultural em que o
fazem é completamente diferente.
Rui Ferreira, José Filipe e UIU
são três bons exemplos desta nova
geração de “e-migrantes” que já
conseguiu criar projectos de
sucesso no estrangeiro. São eles
os protagonistas do documentário
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Cinema — pág.060
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Cinema — pág.061
A Mala de Cartão Reciclado
Texto Filipa Penteado
Já não levam malas de cartão, mas
transportam consigo os clichés do passado,
actualizando-os no século XXI e redefinindo
o conceito de emigrante. Em comum com a
Linda de Susa têm apenas o facto de viverem
fora do seu país e procurarem realidades
que lhes permitam voar mais alto. O
contexto sócio-cultural em que o fazem é
completamente diferente.
Rui Ferreira, José Filipe e UIU são
três bons exemplos desta nova geração
de “e-migrantes” que já conseguiu criar
projectos de sucesso no estrangeiro. São
eles os protagonistas do documentário A
PrimeirA FronteirA.
O CasTing
Realizado por Marco Espírito santo e
produzido pela Black Box em parceria
com a Pulse Films e a Filmes do Fundo,
o documentário fala sobre a experiência
destes jovens além-fronteiras. Vêm de
áreas distintas – Rui é bodyboarder, José
é empresário e UiU é artista plástico –
mas têm em comum uma determinação invulgar
para lutar contra as adversidades da vida.
Conhecem o ditado popular “quando a vida
te dá limões, faz limonada”? Estes três
jovens fizeram isso e muito mais. Pegaram
nos limões, fizeram limonada e venderam-
na. Com esse dinheiro, compraram sementes
e plantaram uma laranjeira para finalmente
terem as laranjas para o sumo mais doce que
tanto queriam.
Metáforas à parte, os resultados concretos
deste trio estão à vista: hoje em dia, Rui
Ferreira, que quando era pequeno usava uma
placa de esferovite e um fato-de-treino
para fazer surf, foi vice-campeão do mundo
e tem uma loja de desporto no País Basco
que patrocina atletas de todo o planeta;
José Filipe, que cortou papel numa agência
de publicidade, tem uma empresa de branding
com sedes em seis cidades internacionais;
UiU, que vivia na sala dos pais, é agora um
graffiter de renome que faz projectos para
marcas como a nike e a Pepe Jeans. E claro,
continua a espalhar a sua arte pelas paredes
das cidades por onde passa.
a escolha destes três jovens para
protagonistas de A PrimeirA FronteirA parece
óbvia, mas não foi fácil. Tendo em conta que
mais de cinco milhões de portugueses vivem
fora do país, o que é que diferencia uma
vivência da outra e a torna mais relevante?
segundo Enrico saraiva, produtor da Black
Box, nada. «Todas as histórias são válidas,
porque são histórias de transformações
pessoais», afirma. «a escolha destes três
jovens é um tributo à capacidade que eles
têm de entender como mudaram e narrar a
sua própria transformação em frente a uma
câmara e uma equipa de produção», explica
Enrico saraiva.
a PRé-PROdUçãO
Este documentário foi desde o início um
reflexo da história que conta. Os “pais”
do projecto vivem em condições semelhantes
à dos protagonistas e foi esse o ponto de
partida para esta viagem. «Eu, o meu sócio,
o jornalista Hugo gonçalves (que viria a
escrever o guião) e o Marco Espírito santo,
somos todos estrangeiros nas cidades em que
vivemos», diz o produtor Enrico saraiva.
«Observámos que existe um espírito diferente
entre as pessoas que deixam o seu país.
ao enfrentarem novas realidades, produzem
mudanças de tal forma que afectam a forma de
pensar e estar no mundo», acrescenta.
Para conseguir construir uma história
válida sobre esta forma de viver o mundo, a
equipa de produção seguiu os protagonistas
durante um ano através de cinco cidades:
Lisboa, Porto, Madrid, Bilbau e Barcelona.
só assim seria possível captar de forma
válida os desafios que lhes são colocados
e as escolhas que tiveram que fazer. O
crescimento pessoal de que se fala em A
PrimeirA FronteirA não é feito a custo zero.
O que se ganha é muitas vezes equivalente
ao que se perde mas acaba por ser tudo uma
questão de equilíbrio e de estabelecer
prioridades.
O realizador Marco Espírito santo é prova
viva desta realidade. Londres é a sua
segunda casa e admite que viver lá lhe
abriu horizontes. «Permitiu-me evoluir mais
depressa, porque o mercado é maior e há
mais iniciativas para jovens realizadores»,
afirma. no entanto, existe um outro lado
da moeda que não pode ser ignorado.
Embora as fronteiras físicas sejam cada
vez mais ultrapassáveis, existem outras
mais difíceis de transpor. «sei o que
é ir viver para fora, o esforço que uma
pessoa faz para se integrar minimamente
e o sentimento de solidão que isto às
vezes traz. Estou fora há anos e continuo
a sentir-me um estrangeiro. não no mau
sentido, simplesmente continuo a sentir-
me culturalmente diferente. E como eu há
muitos portugueses pelo mundo fora a sentir
o mesmo», acrescenta Espírito santo.
a Pós-PROdUçãO E O MaRkETing
Um dos elementos fundamentais para este
documentário foi participação do designer
gráfico Mário Belém. Foi ele que criou
toda a linha gráfica para as imagens em
movimento, mas também para os flyers, para
os posters e para o site. O resultado
final é jovem, diferente e inovador, o que
se adequa perfeitamente à temática e ao
público-alvo. Para além disso, complementa
também o plano de marketing para a promoção,
uma vez que esta tem como base as novas
tecnologias de comunicação. «Optámos por
dar a conhecer o projecto através do site
e fizemos um pressing em blogs e revistas
especializadas», explica Enrico saraiva.
«Lançámos notícias do filme dentro dos
nichos que dizem respeito a cada um dos
protagonistas. Com o Rui promovemos em sites
desportivos, com o UiU em sites e blogs que
dizem respeito a arte e street art, e com o
José Filipe em meios dentro do marketing»,
acrescenta.
a fase final da distribuição está em
fase de negociação, mas espera-se que em
breve possamos ver A PrimeirA FronteirA num
ecrã que esteja à altura da ambição desta
equipa. acima de tudo, um ecrã com dimensão
suficiente para fazer jus à sua capacidade
de sonhar.
www.blackbox-online.net/
aprimeirafronteira.net/
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.062
Da cova para o sangue
Texto ana Cristina Valente
Há uns anos atrás, Buffy caçava vampiros
munida de uma estaca, pontapés ao estilo
“karate kid” e humor sarcástico. Mesmo quem
não tinha grande gosto por sangue ou por
vampiros não conseguia desviar a atenção da
menina que despachava vampiros à velocidade
de um “adeus”. Hoje, a Buffy está reformada
e dedica-se ao crochet. Até porque agora os
vampiros vivem entre nós e já não precisam
do nosso sangue.
depois de sete Palmos de Terra, o conhecido
argumentista e criador da série alan Ball
muda de temática, mas não tanto. O mundo dos
vivos e dos mortos volta a cruzar-se, mas
desta vez num género menos dramático e mais
vampiresco. não se preocupem que o senhor
não andou na companhia de Johnnie Walker
e nem enlouqueceu. simplesmente encontrou
nos livros de Charlaine Harris,The sookie
stackhouse aka southern Vampire series, o
seu novo mantra, que é como diz “pipocas para
gente inteligente”. E dos livros à série de
televisão foi um passo. Ball acreditou que
o material que tinha em mãos não podia ser
desperdiçado num único filme e assim deu à luz
True Blood. Uma série que pega no imaginário
do drácula e lhe junta o sotaque do sul
dos EUa, uma dose elevada de sensualidade
perversa e anna Paquin.
O sangue
graças a uma empresa de investigação japonesa,
desenvolveu-se uma bebida sintética que
satisfaz todas as necessidades nutricionais
dos vampiros e podem comprá-la em qualquer
loja de conveniência em packs de 6. TruBlood
é para os vampiros como a Budweiser para os
humanos, uma bebida refrescante. Por isso,
podem ambos conviver em sociedade sem se
“alimentarem” uns dos outros.
a primeira dentada
Bon Temps é uma terreola do Estado do Louisiana
onde sookie stackhouse (anna Paquin) é uma
empregada de mesa que trabalha todas as
noites no bar local, Merlotte’s. Mas, tem
uma capacidade algo invulgar: consegue ler
mentes. Para sookie acaba por se tornar um
fardo pesado ouvir o que os outros pensam a
toda a hora. além de todos os habitantes de
Bon Temps a acharem um “bocado” esquisita.
Mas, um dia apaixona-se por um vampiro e
tudo muda. Bill Compton (stepehn Moyer) tem
173 anos e não tem actividade cerebral.
na sua companhia sookie tem o “silêncio”
que precisa. no entanto, quando aceita um
primeiro encontro com Bill, o irmão acha que
ela tem um “desejo, de morte”. será?
“Bad Things”
O genérico é uma mistura entre o de dr.House
e as graphic novels de Frank Miller, agitado
com sonoridade country a mandar para o bluesy.
na verdade o que nos fica bem cravado no
ouvido é a letra: «i don’t know who you think
you are / But before the night is through /
i wanna do bad things with you». Para ouvir
no bar Fangtasia, onde a fantasia se cruza
com os caninos bem salientes. Wanna grab a
bite?
http://bloodcopy.com
http://americanvampireleague.com
http://fellowshipofthesun.org/
http://www.trubeverage.com
DIF: 62. Out.2008 — Secção: TV — pág.062
Da cova para o sangue
Há uns anos atrás, Buffy caçava
vampiros munida de uma estaca,
pontapés ao estilo “karate kid”
e humor sarcástico. Mesmo quem
não tinha grande gosto por sangue
ou por vampiros não conseguia
desviar a atenção da menina que
despachava vampiros à velocidade
de um “adeus”.Imagens direitos reservados
DIF: 62. Out.2008 — Secção: TV — pág.063
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Kukies — pág.064
Portugal Dança
Enquanto Dorme
Contemporary Dance Festival
16º Edição da Quinzena de Dança
de Almada
«A existência precede e governa a
essência.» Jean-Paul Sartre
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Dança — pág.064
Portugal Dança Enquanto Dorme
Texto Hugo israel
Contemporary Dance Festival
16º Edição da Quinzena de Dança de Almada
«A existência precede e governa a essência.»
Jean-Paul Sartre
Estamos perante o último grande movimento
cultural do ano na dança (inter)nacional.
Confrontado com a programação da QuinzenA
de dAnçA de AlmAdA fiquei [profundamente]
orgulhoso pelo desenvolvimento de âmbito
artístico e cultural apresentado. Com uma
dinâmica política e social muito peculiar,
diria mesmo sui generis, a dinamização e o
impulso na produção artística na autarquia,
foi dar prioridade, no plano nacional,
às actividades culturais e artísticas
trabalhadas/desenvolvidas por associações
e Companhias residentes que, no fundo, são
a matéria-prima do Concelho, e promover a
inovação e a qualidade destes grupos locais
através de apoios sustentados à medida do
público, cada vez mais exigente.
a programação internacional numa estética de
fusão (dança, vídeo, teatro e imagem) vem
agarrar novos públicos-alvo e acrescentar uma
nova plataforma coreográfica, enriquecendo,
nessa medida, a programação e projecção
internacional deste evento. ao invés do
que ocorre/acontece noutros festivais,
a QuinzenA de dAnçA de AlmAdA, e a mais-valia
trazida pela Plataforma internacional, tem
sempre procurado não se limitar a um estilo
ou corrente artística de predilecção da
direcção; é esse o desejo que os move, o peso
da responsabilidade de quem é totalmente
livre nas decisões que assume.
E, frente a essa liberdade de eleição, o
ser humano angustia-se, pois a liberdade
implica escolhas, numa lógica de livre-
arbítrio, as quais só o próprio indivíduo
pode fazer. Muitos de nós ficamos paralisados
e, dessa forma, abstemo-nos de fazer as
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Dança — pág.065
escolhas necessárias. arriscar-se, procurar
a autenticidade, é uma tarefa árdua, uma
jornada pessoal que o ser deve empreender
em busca de si mesmo, sendo que esta procura
nos encaminha para um espaço aberto à
individualidade, terreno fértil à inovação e
à miscigenação, funcionando como uma montra
da qualidade e variedade que compõe a dança
contemporânea actual. a QuinzenA de dAnçA de AlmAdA
lança-nos neste arriscado desafio.
Um verdadeiro banquete de corpos prontos
a serem exibidos e consumidos pelo nosso
olhar (des)atento. a ana, uma personagem
civil que faz parte da minha vida há muitos
anos, ensinou-me um sugestivo provérbio que
desconhecia e que não resisto a referi-lo
aqui: “guardado está o pecado para aquele
que o há-de comer”, e a produção artística
preparou um banquete “pecaminoso” para
nos saciar sem barreiras ou restrições
artísticas.
SURFACE: ABOVE
Lisboa andava quieta.
Era tempo de férias
e os poucos que
passavam aproveitam
para viver a cidade
de outra maneira.
A atmosfera é
totalmente diferente
da do resto do ano.
Parece ter sido
tudo meio deixado ao
abandono... Do topo
do telhado...
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.066
SURFACE: ABOVE
Texto Célia F.
Lisboa andava quieta. Era tempo de férias
e os poucos que passavam aproveitam
para viver a cidade de outra maneira. A
atmosfera é totalmente diferente da do
resto do ano. Parece ter sido tudo meio
deixado ao abandono... Do topo do telhado,
na esquina inadvertida ou simplesmente
do outro lado do passeio há alguém que
observa. Quase em modo sniper Above
capta os movimentos, os horários e todo
o ambiente que envolve o alvo a atacar.
Cada parede é cenário de uma história.
Cada parede pode servir para ilustrar uma
qualquer realidade ali presente. Cada
parede é única.
above vê, capta, comenta e deixa mensagem
em modo de grande pintura. O modus operandi
é sempre o mesmo: a observação. Há que ter
em conta o contexto, o tipo de parede, a
superfície, as histórias que se vivem ou
que são sugeridas pelo local. depois é
furar o esquema da ordem e fazer surgir
um novo mundo de cor, um evidenciar de uma
realidade presumida.
no mês da quietude, above andou por Lisboa.
Que marcas deixou? Onde andou? Que locais
a efemeridade já apagou? Fomos atrás das
marcas do artista e acabamos por descobri-
lo. Quem é above?! above é um rapaz como
outro qualquer e que dá morada a uma mente
de génio.
nasceu na Califórnia e foi criado num
ambiente inundado de arte. Os pais eram
ambos artistas e músicos. Criar obras de
arte para ele sempre foi tão natural como
aprender a ler ou andar de bicicleta. Criar
obras de grande impacto sempre foi para si
uma paixão.
desde muito novo se desenvolveu num
ambiente altamente contaminado pelo
sckateboarding e o tagging. daí para os
graffiti foi um curto passo.
Trabalha sempre com os mais diversos
materiais e coloca sempre um grande quê de
“hand made” nas suas obras.
Tem viajado pelo mundo inteiro a pintar.
Completou recentemente a sua quarta tour
Around the World na qual teve a oportunidade
de espalhar o “aboverismo” por várias
cidades da américa Central e sul como a
Cidade do México, Buenos aires, Rio de
Janeiro, Bogotá. Entre situações arriscadas
e momentos de amizade inesquecíveis, above
espalhou a cor e o génio que o caracterizam
por toda a parte, desde o óbvio ao
completamente inesperado.
das pessoas espera sempre, como reação à
sua obra, uma enorme gargalhada!
O que mais gosta nos graffiti é a sua
condição efêmera e de não estabilidade e
permanência. Há trabalhos que vivem umas
horas. Outros há que crescem e vivem para
contar a mesma história a muita gente.
O seu lema: «Trusting in the unknown and
just going with the flow».
Uma palavra de sabedoria: Viajar!
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.067
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.068
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Surface — pág.069
RIDING BOYSFotografia - FERRAN CASANOVA
styling - ANGEL CABEZUELO
Maquilhagem e Cabelos - M DE MARIA
Modelos - MAX SOKOLOV (iCOn), RAFAEL YAPUR (TRaFFiC)
MAX
Cardigan Preto HEMERaH
Calças LEVi´s
Polainas CaRLOs diEZ
Ténis ViCTORia
RAFA
Camisa naPaPiJRi
sweatshirt com capuz TRiMÄPEE
Calças EBP
Cinto g-sTaR
RAFA
Calças EBP
Botas TOMMY HiLFigER
MAX
Trench Coat PHaRd
Calças TOMMY HiLFigER
Botas LUXOiR
MAX
Máscara da produção
RAFA
gola gUsTaVO adOLFO TaRL
Luvas H&M
sweat de malha e calças LaCOsTE
Botas sEndRa
MAX
Trench Coat anTOniO MiRó
sweatshirt com capuz TRiMãPEE
MAX
Pólo LaCOsTE
Camisa aRMand Basi
Calças JOsEP aBRiL
Chapéu gOORin
RAFA
Boné gOORin
Trench Coat g-sTaR
Calças EBP
Ténis nEW BaLanCE
Polainas da produção
Fotógrafo: ANNE-MARIE MICHEL
stylist: ARADIA CROCKEtt
Cabelos: DAMINIE HUttON at ASH SALON,
Covent garden
Maquilhagem: SANDRA COOKE
Modelos: EGLE and KELLY from Bookings
Models, London
Localização: tHE HOwARD HOtEL in London
ROOM SERVICE
ROOM SERVICE
Vestido- ginger and smart
anéis- Rock and roll rings by Urban Outfitters
Vestido- ginger and smart
óculos- Linda Farrow Vintage
Calças- steve J and Yoni P
Top- steve J and Yoni P
Vestido- Eley kishimoto
Meias- Jonathan aston
sapatos- Terry de Haviland
Tudo- Luella
Model on left- Blue Cardigan by Luella
Vestido- Luella
sapatos- Terry de Haviland
Model on right- shirt- sara Berman
Calças- sara Berman
sapatos- Terry de Haviland
Model on left- Blue Cardigan by Luella
Vestido- Luella
sapatos- Terry de Haviland
Model on right- shirt- sara Berman
Calças- sara Berman
sapatos- Terry de Haviland
Vestido- steve J and Yoni P
Colar- Tatty devine at Urban Outfitters
Colete- avsh alom gur
Calças- Betty Jackson
Meias- Betty Jackson
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda·Destaque Música — pág.086
CANSEI DE SER SEXY
Como pelo menos metade da população
mundial terá já concluído, o estado
de graça que os brasileiros Cansei
de ser sexy têm saboreado até ao
caroço tem actualmente muito pouco
a ver com a música que fazem.
ninguém também colocará em causa
que, para uma banda que começou a
causar burburinho mesmo antes de ser
conhecida a sua eventual capacidade
para escrever e tocar canções, o
álbum homónimo de estreia (2006)
não foi exactamente uma desilusão.
a uma orgia referencial nada alheia
à cidade de são Paulo – espécie de
bastião de culturas esteticamente
mais arty e alternativas do que
as da Cidade Maravilhosa – os
Css juntaram nesse disco um
diletante mas fiel compromisso
com a libertinagem musical. Com
pedaços desavergonhadamente mal
acabados de géneros que vão do punk
ao electro, passando pelo disco e
pela new wave, a banda liderada
por Lovefoxxx alcançou a proeza de
gravar verdadeiras canções pop, como
os muito dançados ’Off the Hook‘,
’Let’s Make Love and Listen death
From above‘, ’Music is My Hot, Hot
sex‘ e ’Off the Hook‘. donkey (2008),
o álbum que lhe sucede e que ocupará
boa parte desta nova passagem por
Portugal, sugere que os Css tomaram
o gosto das canções mais açucaradas,
mas que cometeram o erro de limar
as arestas que davam à banda larga
dose de personalidade – são hoje mais
redondos do que angulares.
donkey foi feito em viagem e a pensar
na viagem, assumiu já o grupo. nada
de muito mau, não fosse o facto
de a banda brasileira ter dado a
esse chavão uma interpretação pouco
abonatória: o disco parece ter sido
feito para tornar mais fácil o acto
de tocar ao vivo. Ora, com tanta
música nova para ouvir todos os dias,
o que faria o melómano perder tempo
com gente preguiçosa? simplesmente,
há dois factores que compensam o
aparente abrandamento das turbinas
de criação: 1) dois anos depois de
se darem a conhecer, continuam a ser
os únicos paulistas a rivalizar com
o carioca baile funk na disseminação
mundial da música em português do
Brasil. E isto mantendo intactas as
marcas do tal caldeirão cultural
onde a moda se junta à música, que
se junta às artes plásticas, mais o
design e a arquitectura. 2) Uma volta
ao mundo como a que estão a dar, com
passagem pelos maiores palcos pouco
tempo depois dos mais pequenos, há-de
ter trazido alguma riqueza à música
dos Cansei de ser sexy. E há coisas
muito piores para serem feitas do
que ir conferir isso mesmo nos dois
concertos este mês em Portugal. Pedro
gonçalves
28 de Outubro // Coliseu de Lisboa
29 de Outubro // teatro Sá da Bandeira
(Porto)
MAFALDA ARNAUtH
deolinda ou a naifa são dois dos
projectos nacionais que, em tempos
recentes, ousaram redesenhar formas
e modelos de criar música em
português, levando o fado a soltar
amarras e a encontrar ligações com
elementos mais próximos do formato
canção, seja em regime acústico
ou, inclusive, electrónico. Mafalda
arnauth parte do oposto: senhora
fadista de carreira mais do que
consolidada, tem agora novo disco,
Flor de FAdo, onde procura, com
sucesso, desafiar algumas convenções
e assume-se, mais do que fadista,
como cantora. Uma grande cantora,
por sinal. Mais subversivo torna-
se ainda este Flor de FAdo com a
indicação de que o registo partiu
primeiro de um conceito de palco
para a posterior edição física que
tem agora…concertos de apresentação.
as músicas de sempre do género,
novas composições, uma banda de
excepção, uma cantora que parte do
fado para nos apresentar o que de
melhor tem a música portuguesa.
Chega e sobra para recomendar
qualquer concerto de Mafalda
arnauth.
Pedro Figueiredo
11 de Outubro // Centro Cultural
de Belém, em Lisboa
24 e 25 de Outubro // Casino
da Póvoa de Varzim
AIMEE MANN
Já não é uma estreia, mas será
com toda a certeza um dos mais
especiais concertos em palcos
nacionais da temporada. depois
de um primeiro espectáculo no
ano passado, aimee Mann regressa
ao local do crime, o Coliseu de
Lisboa, para apresentar com pompa
e circunstância a novidade @#%&*!
SmilerS, nome bizarro, todavia
representativo de uma certa
luz interior que parece agora
vislumbrar-se nas canções da norte-
americana, outrora voltada quase em
exclusivo para um certo cinzentismo
emocional. mAgnoliA, o clássico
intemporal de Paul Thomas anderson,
foi o despertar global para as
canções de aimee Mann, que gravou
oito faixas para a banda-sonora do
filme. antes, todavia, havia já uma
passagem por uma banda punk e dois
discos
em nome próprio bem acolhidos pela
crítica, mas injustamente ignorados
pelo público em geral. mAgnoliA, pois
então, ou como raras vezes som
e imagem se uniram de forma tão
sublime – quem consegue esquecer
a cena onde cada personagem,
cada qual na sua intransmissível
posição, canta um excerto de ‘Wise
Up’? Um par de excelentes discos
depois, 2008 viu então nascer
@#%&*! SmilerS, curiosamente um dos
comercialmente mais bem sucedidos
discos da cantora até hoje. anote:
Lisboa, Coliseu dos Recreios,
18 de Outubro – com risos e/ou
lágrimas (não riscar nenhum, ambos
interessam), poucos serão os que
permanecerão indiferentes após esta
noite. Pedro Figueiredo
18 de Outubro no Coliseu
dos Recreios, em Lisboa
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Música — pág.088
TRAMA - FESTIVAL DE ARTES PERFORMATIVAS
TRAMA - Festival de Artes Performativas
é a terceira edição de um festival de
carácter multidisciplinar, dirigido às
artes performativas, estabelecido na
cidade do Porto, decorrendo no mês de
Outubro e ocupando diversos espaços
culturais da Invicta, da Baixa à Boavista,
passando pelo Castelo do Queijo, revelando
- por vezes devolvendo - novas geografias
aos públicos e criadores.
Ocupando diferentes espaços – do
auditório à sala de estar, do hotel à
loja, da praça ao bar e ao parque de
estacionamento – o Trama transforma a
forma como são percebidos na sua dimensão
pública. Instaura a rua como possível
palco para a experiência e explora as
suas potencialidades performativas e
experimentais. Introspectivo, mas também
festivo, o Trama vive de dia e de noite.
O Trama propõe práticas artísticas onde
a performatividade se entende actual,
actuante e reveladora de imaginários,
perspectivas e pensamentos encarados/
apresentados numa dimensão aberta e
reflexiva. Hugo Israel
23 – 26 Outubro //
reservas (+351) 226 156 500
programação // www.festivaltrama.org
DOCLISBOA
O docliSboA, Festival internacional de Cinema
documental é o único festival de cinema
em Portugal exclusivamente dedicado ao
documentário. a 6ª edição do certame
realiza-se de 16 a 26 de Outubro na
Culturgest, Cinema Londres e pelo primeiro
ano também no Cinema são Jorge. depois
de, em 2007, ter ultrapassado os 30 mil
espectadores, a perspectiva é a de aumentar
o número de presentes na edição deste ano.
Para isso, a organização apresenta uma
programação onde durante 11 dias serão
exibidos cerca de 150 filmes, divididos
entre secções como as competições oficiais,
um destaque a documentários “Made in China”
ou um prolongamento da retrospectiva de
diárioS FilmAdoS e Auto-retrAtoS (comissionada por
augusto M. seabra), iniciada na edição de
2007. Para além disso, o doclisboa orgulha-
se de apresentar Frederick Wiseman como
convidado de honra da edição do presente
ano. Wiseman dedicou a vida a retratar
instituições e a sociedade americana, e
discutirá em Lisboa dez dos seus filmes.
docs 4 kids e o término com o Maratonadoc
(para filmes com mais de três horas) são
outros dos destaques de uma programação que
visa consolidar o certame, cada vez mais,
como um dos maiores festivais de cinema
documental a nível internacional. alguns
dos filmes aguardados com maior expectativa
são mArAdonA by kuSturicA, documentário de
Emir kusturica sobre o genial futebolista
argentino, Jogo de cenA, de Eduardo Coutinho,
um dos maiores documentaristas brasileiros
em actividade ou ainda gonzo: the liFe And Work
oF dr. hunter S. thomPSon, do multi-premiado
alex gibney. Pedro Figueiredo
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Festivais — pág.089
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Cinema — pág.090
w
de Oliver stone
Com Josh Brolin, Elizabeth
Banks, Ellen Burstyn, James
Cromwell, Richard dreyfuss
e Jeffrey Wright
Toda a gente sabe quem é
Bush, quanto mais não seja
por ser o ainda Presidente
dos EUa. Mas e W? saberá o
cidadão comum quem é W? é
que não só é aquela pequena
letra que o distingue do
nome do pai como acaba
também por funcionar como
uma metáfora. Uma metáfora
para o lado desconhecido do
homem que todos conhecem
como Presidente.
durante a rodagem, o filme
teve envolto em grande
secretismo ou não fosse a
personagem principal george
W. Bush. as únicas imagens
que saíram durante a
rodagem foram numa produção
feita para a revista
Entertainment Weekly de
Maio em que Josh Brolin
e Elizabeth Banks surgem
na capa caracterizados
com Bush e Laura Bush
respectivamente. Com um
orçamento reduzido( 30
milhões de dólares para
um filme deste género não
é muito), stone teve de
seguir o plano de rodagem,
não havendo espaço para
imprevistos. ainda assim
a prótese do nariz de
Brolin caiu na piscina onde
filmavam uma das cenas,
uma grua partiu-se e uma
rabanada de vento quase
levou a equipa técnica toda
de volta para o kansas.
O filme acompanha Bush
(Josh Brolin) desde a sua
juventude até chegar a
Presidente da nação mais
rica do mundo, passando
pelo governador e pelo
homem que se converteu ao
Cristianismo depois dos 40
anos. não se pode dizer que
tenha acordado tarde para a
vida. nunca é tarde demais.
Para Oliver stone não é
certamente, pelo menos
esperemos que não. é que
depois da versão “Hedwig”
de alexandre, O grande,
acho que Bush não iria
gostar mesmo nada de ver
sua vida retratada enquanto
versão do Porky’s. ana
Cristina Valente
Estreia Prevista: 23 de
Outubro.
SAVAGE GRACE
de Tom kalin
Com Julianne Moore, stephen dillane e Eddie
Redmayne
Uma mãe sabe. Uma mãe sente quando o filho
não está bem, uma mãe conhece o seu tom
de voz mesmo por entre a estática de um
telefone, uma mãe sabe. Bárbara é mãe
e sabe tudo isso. O que ela desconhece
é que a sua proximidade com o filho é
claustrofóbica. Ele cresceu, tem gostos e
identidade própria. Mas, Bárbara vive da
presença do filho como do ar que respira.
Baseado na história verídica de Barbara
daly Baekeland (Julianne Moore), o filme de
Tom kalin cria uma atmosfera abafada, como
em época de trovoada, prevendo o desenlace
trágico. a vida real consegue, com a sua
incomparável acutilância, ser superior à
ficção na sua qualidade de narradora.
Barbara é uma mulher bonita e carismática,
cujo único erro talvez tenha sido casar
acima da sua classe. não por qualquer
desprestígio, mas pelo simples facto
do marido Brooks (stephen dillane) lhe
relembrar recorrentemente as origens.
Quando o único filho do casal Tony (Eddie
Redmayne) nasce, a delicada relação
entre marido e mulher parte-se que nem
fino cristal. Tony é aos olhos do pai
um fracassado e irá refugiar-se numa
proximidade ambígua com a solitária mãe.
Julianne Moore nasceu para interpretar
personagens complexas, interiormente
histriónicas por vezes, mas de expressão
asséptica e presença cirúrgica. Em savage
grace ela projecta uma tensão cortante
até com um olhar de poucos segundos e
juntamente com a contenção agressiva de
Eddie Redmayne adensam o clima narrativo.
Os saltos no tempo aceleram o ritmo. a
pulsação cardíaca sobe.
Finalmente, estreia nas nossas salas,
depois de oficialmente ter sido apresentado
em Cannes em 2007. ana Cristina Valente
Estreia Prevista: 9 de Outubro
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Arte — pág.092
BIACS 3
3ª BIENAL DE ARtE CONtEMPORÂNEA DE SEVILHA
Curadoria: Peter weibel
Co-curadoria: wonil Rhee, Marie-Ange Brayer
Centro Andaluz de Arte Contemporáneo –
Sevilha, Espanha
Palácio Carlos V - Alhambra – Granada,
Espanha
02/10/2008 – 11/01/2009
Esta jovem bienal aqui tão próxima, que
se estreou sob os melhores auspícios com
curadorias de Harald szeemann (2004) e Okwi
Enwezor (2006), apresenta agora a sua 3ª
edição tendo como comissário geral outro
nome sonante: Peter Weibel, ex-activista
Vienense, ex-director do aRs Electrónica
(Áustria) e actual director do Centro para
arte e Tecnologia de karlsruhe (alemanha). O
conceito escolhido – YOUniVERsE – pretende
representar a interactividade de cada
indivíduo com o universo, abordando temas como
a mobilidade, a individualização através da
tecnologia, a arquitectura ou o meio ambiente,
através de cerca de 180 obras. Centena e
meia de artistas de diversas nacionalidades,
dividem-se pelos quatro núcleos desta bienal
que terá como espaços físicos o habitual
CaaC de sevilha, o magnífico alhambra de
granada e ainda o espaço público destas duas
cidades. a BiaCs 3 conta com a colaboração
de dois co-curadores: Wonil Rhee, curador
coreano, responsável pelo núcleo 2 – trAnSit
tecnology – centrado nas últimas tendências
da arte multimédia e na interactividade;
e Marie-ange Brayer, directora do FRaC
Orléans (França), responsável pelo núcleo 3
– mediA ArQuitecturA – que reflecte acerca das
transformações na arquitectura a partir do
surgimento das novas tecnologias. O conjunto
principal da bienal, organizado por Weibel,
apresenta uma visão retrospectiva sobre as
“obras-primas” da arte multimédia. Haverá
muito para ver, mas também para ouvir, tocar
e sentir naquela que é a melhor bienal de
arte contemporânea num raio de 1000 km. Mais
info: www.fundacionbiacs.com
ONtEM DE ANDRé CEPEDA
PORtOBELLO DE PAtRíCIA ALMEIDA
Curadoria: natxo Checa
galeria Zé dos Bois – Rua da Barroca, nº 59,
Lisboa (Bairro alto)
11/09 – 08/11/2008 – 4ª a 6ª das 19h às 23h
l sábado das 14h às 23h
a ZdB inicia a temporada com duas exposições
individuais de fotografia de dois artistas
portugueses nascidos nos anos 70. andré Cepeda
(Coimbra, 1976) apresenta ontem, conjunto de
imagens capturadas com a precisão, o rigor e
a lentidão do grande formato, resultado de
um projecto desenvolvido entre 2007 e 2008
que consistiu em perscrutar os “percursos
alternativos do Porto”, esses espaços e
momentos esquecidos, rejeitados ou apenas
conhecidos por quem os usa (neste caso,
toxicodependentes). Portobello, de Patrícia
almeida (Lisboa, 1970), é um projecto de
cariz documental desenvolvido no (e sobre
o) algarve, entre 2005 e 2007. Ele aborda
o fenómeno do turismo veraneante massivo
e a forma como estes fluxos migratórios
influenciam a construção da identidade de um
lugar. Este lugar que se quer “marca”, mas
que parece “ficção” com as suas hordas de
inglesas cambaliantes, travestis que actuam
para famílias, engates de circunstância e
fogachos adolescentes, troncos nús, mini-
saias, tatuagens e bolas de espelhos. ainda
que aparentemente distantes, na geografia dos
objectos representados e no aspecto formal
da sua apresentação, estas duas propostas
revelam-se ao final extremamente coerentes.
ambas retratam momentos da paisagem
contemporânea portuguesa, alvos fáceis de
julgamento ou ironia que os autores evitam
por via do envolvimento do olhar.
Mais info: www.zedosbois.org
tEAtRO CAMõES E A CNB
a Temporada 2008/09 da CnB surpreende-nos pela excelente e
cativante programação que Vasco Wallenkamp nos oferece com
o requinte e qualidade que já nos habituou.Em Outubro e em
estreia absoluta, dois bailados, a nova criação de Rui Horta
e o regresso de Edward Clug. Rui Horta apresenta-nos com o seu
mais recente trabalho, o posicionamento do indivíduo, com o seu
espaço de singularidade e identidade, no seio de sociedades
profundamente organizadas, é um tema que atravessa recorrentemente
o meu trabalho. Vivemos num mundo onde um mainstream avassalador
condiciona cada uma das nossas decisões e reduz os espaços de
liberdade, mas que, no entanto, nos pretende criativos e originais.
a peça musical ‘Four Reasons’, que dá o nome à nova criação
de Edward Clug, é uma composição de quatro sonatas para piano
e violino da autoria do compositor esloveno Milko Lazar,
especialmente encomendada para esta nova criação coreográfica.
a música será interpretada ao vivo pelo próprio compositor, ao
piano, e pela violinista Jelena Zdrale.
Four Reasons desenvolve-se através da interacção dos dois músicos
com oito bailarinos, que moldam o espaço e o ambiente, contemplando
e desafiando o objectivo de uns e outros, em diferentes dimensões.
neste dialogar de movimento e som são explorados espaços comuns,
permitindo aos intervenientes, bailarinos e músicos, reflectir
e criar aí um momento de intimidade, relacionado com as suas
experiências espontâneas em palco. Hugo israel
Teatro Camões grande auditório | 22 – 25 Outubro 21h00 | Reservas:
(+351) 707 234 234 Tarde Familiar - 25 Outubro às 16h00
ELLA DE HERBERt ACHtERNBUSCH
ellA é um espectáculo marcadamente intimista
por força de um curioso dispositivo cénico
que junta em palco actores e público, em
que Fernando Mora Ramos é Joseph, filho de
Ella, mulher a quem a vida negou um resto
de esperança ou humanidade. Construído a
partir de uma memória pessoal da barbárie
nazi, o texto do dramaturgo alemão Herbert
achternbusch procura também o que resta de
nós no quadro do pragmatismo economicista
dos novos tempos. Uma longa fala construída
numa infra-língua, uma língua fruto de maus
tratos, de choques eléctricos e de uma
deficiência que se acentua. Hugo israel
Encenação: Fernando Mora Ramos. interpretação:
Margarida Mauperrin e Fernando Mora Ramos.
Teatro Viriato | 31Outubro – 01 novembro
21h30 | Reservas: (+351) 232 480 110
DIF: 62. Out.2008 — Secção: Agenda Teatro/Dança — pág.094
ROTEIRO LISBOA E ZONA CENTRO LISBOA — BARES , CAFÉS E PUBS 100 CONVERSAS.Parque das nações. Tel: 218 958 248. ÁGUA NO BICO.Rua de são Marçal, 170 - Prínci-pe Real. Tel: 213 472 830. Bar gay. AL XEIQUE.santos. ARROZ DOCE.Rua da atalaia, 117-121 - Bairro alto. Tel: 213 462 601. ART.av. 24 de Julho, 66. Tel: 213 905 105. www.artlisboa.com; [email protected] BALIZA.Rua da Bica de duarte Belo, 51a Elevador da Bica. Tel: 213 478 719. BAIRRIO LATINO.Rua da Pimenta. Parque das nações. Tlm: 917 278 464 / 934 971 585. www.bairrolatinopt.com; [email protected] BAR 106.Rua de são Marçal, 106. Tel: 213 427 373. Fax. 213 950 151. aberto todos os dias das 21h às 02h. Happy Hour até às 23h30. Festa da mensagem todos os domingos. Bar gay. www.bar106.com; [email protected] BAR DAS IMAGENS.Calçada Marquês de Tancos, 1-1B Costa do Castelo. Tel: 218 884 636. das 17h às 02h; dom., das 15h às 20h. Encerra às 2ª e 3ª. BAR DO BAIRRO.Rua da Rosa, 255 - Bairro alto. Tel: 213 460 184. 3ª a dom., das 22h30 às 04h. Rock, Jazz e alternativa. dj’s ao fim de semana.
Com espaço para fumadores BAR L.Calçada da Ribeira dos santos, 31/35 - santos. BLACK COFFEE.Rua ivens, 45 - Chiado. Tel/fax: 213 474 077 BLUE NET CAFÉ.Rua da Rosa, 165. Tel: 213 420 753. BICAENSE CAFÉ.Rua da Bica de duarte Belo 38-42 Elevador da Bica. Tel: 213 257 940. BRIC À BAR.Rua Cecilio de sousa, 84 - Príncipe Real. Tel: 213 428 971. 2ª, 4ª, 5ª, 6ª, sáb., e dom., das 22h30 às 06h. Encerra às 3ª Feiras. Bar gay BY|ME.Rua Fradesso da silveira, Bloco C, Loja 6, alcântara. Tel: 916 304 913. [email protected]. 3ª a sáb., do 12h às 18h, 21h às 02h. CAFÉ ALEGRIA.Praça da alegria. CAFÉ DA PALHA.Parque das nações CAFÉ-GALERIA VER DE PERTO.Rua Costa do Cas-telo, 26-26a. Tel: 218 870 488. Encerra ao domingo e 2ª. 3ª a 5ª das 12h às 24h. 6ª e sáb. 12h às 02h. CAFÉ SUAVE.Rua diário de notícias, 6 - Bairro alto. CATACUMBAS.Travessa Água Flor, 43 - Bairro alto. Tel: 213 463 969. Jazz. CAXIM BAR.Rua Costa do Castelo, 22. Tel: 218 880 263. Tlm: 918 400 809. [email protected] CENA DE COPOS.Rua da Barroca, 103-105 - Bairro alto. Tel: 213 469 019. 2ª a dom., das 22h às 04h. CHAPITÔ.Rua Costa do Castelo, 1/7 - alfama. Tel: 218 855 550. Todos os dias das 21h às 02h. Teatro, restaurante, bar, esplanada com vista; [email protected]; www.chapito.org CHILLY BAR.Rua do século, 162. Todos os dias das 21 às 02h. www.chillybar.blogspot.com CINCO LOUNGE.Rua Rubens Leitão, 17a - Príncipe Real. CLUBE CARIB.Rua da atalaia, 78 - Bairro alto. Tlm: 961 100 942. aberto todos os dias das 18h às 04h. Ritmos Latinos. [email protected] CLUBE DA ESQUINA.Rua da Barroca, 30 - Bairro alto. Tel: 213 427 149. 2ª a dom. das 16h30 às 03h. COOL CAFÉ.Rua da Pimenta, 3 - Parque das nações. Tel: 218 956 276. Fax : 218 956 227. CUBA LIVRE.Parque das nações. CULTURA DO CHÁ.Rua das salgadeiras, 38 - Bairro alto. 10h às 21h30. D’ALMA LOUNGE.Rua da Misericórdia, 74. Tel: 213 433 105. www.dalmalounge.com DOCE CAFÉ.galerias Península. av. 5 de Outubro, 20. Tlm: 962 004 595. 2ª a 6ª das 07h às
19h; av. João Crisóstomo, 23B. ESPAÇO 40 E 1.Rua da Barroca, 41 - Bairro alto. 2ª a dom., das 20h às 02h. ESTADO LÍQUIDO.Largo de santos, 5 a - santos. Tel: 213 955 820. aberto 3ª e 4ª das 20 às 2h; 5ª até às 3h; 6ª e sáb., até às 4h, dom., das 20h às 02h. ETÍLICO BAR.Rua do grémio Lusitano, 8 -
Bairro alto. aberto de 2ª a sáb., das 22h às 04h. dj set todos os dias. [email protected]. FAVELA CHIQUE.Rua diário de notícias, 66. Tlm: 967 076 739. aberto todos os dias das 21h às 03h. FRANCÊS.av. 24 de Julho, 108 - santos. Tel: 213 900 821. 2ª a sáb., das 22h às 06h. Encerra ao dom. GALERIA ZÉ DOS BOIS.Rua da Barroca, 59B - Bairro alto. Tel: 213 430 205. GROOVE BAR.Rua da Rosa, 148-150 - Bairro alto. aberto das 22h até às 04h. dj’s 5ª a sáb. HAVANA DOCAS.doca de santo amaro, 5. Tel: 213 979 893. aberto todos os dias das 12h às 04h. Música latino-americana. HAVANA PARQUE DAS NAÇÕES.Rua da Pimenta 115-117. Tel: 218 957 116. aberto todos os dias das 12h às 04h. Música latino-americana. HAWAII DOCAS.doca de santo amaro, 1. Tlf: 213 900 010. aberto todos os dias das 12h às 04h. HENNESSY’S (IRISH PUB).Rua Cais do sodré, 32-38 - Cais do sodré. Tel: 213 431 064. HERÓIS.Calçado do sacramento, 14 - Chiado. INCÓGNITO.Rua Poiais de s. Bento, 37. Tel: 213 908 755. INCÓMODO BAR.Rua das Janelas Verdes, 18-22 - santos. Tel: 213 955 761. 2ª a sáb., das 18h às 04h. Encerra ao dom., 5ª karaoke. IN LISBOA BAR.Rua da atalaia, 153 r/c. Tel: 213 431 911. [email protected] JANELA D’ATALAIA.Rua da atalaia, 160. Tel: 213 465 988. aberto das 21h às 4h - fecha ao dom., e feriados. KO-ZEE.Calçada Marquês de abrantes, 142-144 - santos. das 21h às 04h. LÁBIOS DE VINHO.Rua do norte, 52 - Bairro alto. Tapas Bar. Tel: 213 420 597. LGARE.Rua da Rosa, 136 - Bairro alto. Tlm: 918 952 245. aberto de 3ª a sáb., entre as 17h e às 02h. domingos música ao vivo a partir das 18h30. alternativa, rock, jazz. LOUNGE.Rua da Moeda, 1 - Cais do sodré. 3ª a dom., das 22h às 04h. MAO-ORIENTAL LOUNGE.av. 24 de Julho 116/118. Tel./fax: 213 960 911. MAR ADENTRO.Rua do alecrim, 35. Tel: 213 469 158 MARIA CAXUXA.Bairro alto. MAX.Rua são Marçal, 15 - Príncipe Real. Bar gay. Espectáculo de stripers às 5ª. MEXE.Rua da Trombeta, 4 - Bairro alto. Tel: 213 474 910. das 22h às 02h. MEZCAL.Travessa Água de Flor, 20 - Bairro alto. Tel: 213 431 863. das 22h às 02h. Música mexicana. MUSIC BOX.Largo de stº antónio, 3. Tel: 213 430 107. [email protected] Nº2 (É PRÁ PONCHA).av. 24 de Julho, 82B NAPRON.Rua da Barroca, 111. NOOBAI CAFÉ.Miradouro do adamastor - stª Catarina. Tel: 213 465 014. das 12h às 24h. www.noobaicafe.com NOVA TERTÚLIA BAR.Rua diário de notícias, 60 - Bairro alto. Tel: 213 462 704. Todos os dias das 20h30 às 04h. O’GILIN’S (IRISH PUB).Rua dos Remolares, 8-10 - Cais do sodré. Tel: 213 421 899. aberto todos os dias das 11h às 02h. Música ao vivo 6ª e sáb. ÓKA BAR.Rua dos Mouros, 21 - Bairro alto. Tlm: 964 570 117 / 962 339 175. ONDA JAZZ.arco de Jesus, 7 - alfama. OP ART.doca de santo amaro. Tel: 213 956 787. a partir das 15h. Encerra à 2ª. POIS CAFÉ.Rua são João da Praça, 93-95 - alfama Tel: 218 862 497. 3ª a dom., das 11h às 20h. PORTAS LARGAS.Rua da atalaia, 103-105 - Bairro alto. Tel: 213 466 379. 2ª a dom., das 19h às 03h30. Bar gay. PRIMAS.Rua da atalaia, 154-156 - Bairro alto. Tel: 213 425 925. das 21h30 às 02h. REAL REPÚBLICA DE COIMBRA.Parque das nações. a partir das 18h. REPÚBLICA DAS BANANAS.Rua da Madalena, 106 - Lisboa. Tel: 218 866 145. 5ª, 6ª e sáb., das 23h as 04h.
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ERRAtA
na última edição esquecemo-nos de creditar a ilustração
da secção desilluminati a Benedita Feijó. Pedimos desculpa
e corrigimos aqui o nosso erro.
Uma clássica conspiração em tempo de Outono. O tempo muda tudo, desenganam-se os cépticos
e encorajam-se os descrentes. Caiem as folhas e surgem os esquecidos pensamentos, afinal
conclusões em tempo de praia nunca sobrevivem ao fim dos dias de calor. Escapa-se-nos a
sensualidade do Verão e deparamo-nos com o pôr-do-sol mais laranja e ainda aquelas dúvidas
inquietantes. Retomam-se as conversas de café e de um local opcional todos nos deparamos
com o que sobrou do Verão, balanço efémero com contrastes de memórias do que foi e do que
deveria ter sido. a mais-valia de estar em alta é ultrapassada pelo momento à lareira do
eu com o frio real sustentado por babes despidas no televisor. é Outono e não quero mais
ter que sair de casa, e não estou deprimida nem me esqueci de como é estar na maior.
as folhas caiem e eu também quero poder apenas ser e que isso não signifique nada para
além disso.
se o frio bater à porta antes do tempo quero responder-lhe com um sorriso, porque hoje me
lembrei do que quer a dizer a palavra liberdade. sem imposições quero rir só porque sim
e não rir só porque não, sair para ficar relaxada ou não ir a lado nenhum para activar
todas as ideias e sensações. Cada um é espelho de si mesmo, assumo o meu reflexo não co-
munitário, ele é apenas meu. E engloba tudo desde sessões de sexo tórrido, a domingos de
cinema em casa com deprimentes meias de lã.
Espero do equinócio a revolução, acordar e adorar segundas-feiras. Crescer no inverno
e descansar no Verão.
Rótulos só nas embalagens dos produtos a consumir, que as nossas cabeças continuem redon-
das apenas para os pensamentos poderem mudar de direcção.
RkL.
Desilluminati