horÁcio carta aos pisÕes (poÉtica)
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HORÁCIO CARTA AOS PISÕES (POÉTICA). Objeção à poesia inconsistente. Falta de coesão Falta de coerência Falta de articulação. Falta de unidade. A liberdade poética tem limites. Unidade e Verossimilhança. “A fuga a um defeito, faltando arte, conduz a um vício.”. Virtudes e defeitos. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
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HORÁCIO
CARTA AOS PISÕES
(POÉTICA)
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Objeção à poesia inconsistente
Falta de coesão
Falta de coerência
Falta de articulação
Falta de unidade
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A liberdade poética tem limites
Unidade e Verossimilhança
“A fuga a um defeito, faltando arte, conduz a um vício.”
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Virtudes e defeitos
Quanto à elocução
Clareza
Leveza
Sublimidade
Sobriedade
Obscuridade
Deselegância
Empolamento
Exagero
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Virtudes e defeitos
Quanto ao tema
Fantasia (maravilhoso) Inverossimilhança
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Obra de arte
Composição de um todo uno.
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Escolhas autorais
Dominar o tema escolhido.
Saber ordenar.
O artista deve
Tornar novo o lugar-comum.
Enriquecer a língua (neologismos e arcaísmos).
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Escolhas autorais
Respeitar o domínio e o tom de cada gênero
(“Guarde cada gênero o lugar que lhe coube e lhe assenta.”)
O artista deve
Decoro
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Não basta serem belos os poemas, têm de ser emocionantes (...), se me queres ver chorar, tens de sentir a dor primeiro.
Efetividade da poesia
A linguagem deve ser adequada ao caráter, que deve ser coerente.
As emoções da alma são interpretadas pela linguagem.
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Escolhas autoraisO artista deve
Evitar que o começo prometa demais: “Vai parir a montanha, nascerá um ridículo camundongo.”
Avançar sempre rápido para o desfecho e arrebatar o ouvinte para o centro dos acontecimentos.
Misturar verdade e mentira de tal modo que do começo não destoe o meio, nem, do meio, o fim.
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Ação
Dramática Acontecimentos presentes
Narrativa Acontecimentos passados
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Recomendações ao dramaturgo
Não mostrar em cena ações repugnantes ou irracionais (metamorfoses).
Não exceder a extensão de 5 atos.
Evitar o deus ex machina.
Limitar a três as personagens que falam em cena.
Que o coro desempenhe uma parte na ação e um papel pessoal.
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Que gosto podia ter um campônio sem
instrução, um pé-rapado entre gente distinta?
Foi assim que o artista valeu-se da
movimentação, do luxo, da eloquência
arrebatada e do pensamento obscuro.
Gosto vulgar
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Comporei um poema sobre matéria conhecida,
de modo que um qualquer espere fazer o
mesmo, porém, atrevendo-se a igual empresa,
sue muito e se esforce em vão; tal é a força da
ordem e do arranjo, tal beleza ganham termos
tomados ao trivial.
A arte está na ordem e no arranjo
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Rigor formal: obediência aos modelos gregos de
excelência.
Defesa das regras
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Retenham o poema que não tenha sido apurado
em longos dias por muita rasura, polido dez
vezes até que uma unha bem aparada não sinta
asperezas.
Trabalho formal
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Farei trabalho de pedra de amolar, que não tem
fio para cortar, mas é capaz de dar gume ao
ferro; sem nada escrever eu próprio, ensinarei as
regras do mister, das fontes de recursos, o que
nutre e forma o poeta, o que fica bem, o que
não, aonde leva o acerto, aonde o erro.
O crítico e a educação do gosto
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Rem tene, verba sequentur (domina o assunto, que as palavras virão).
Recomendações ao escritor (bis)
Dar a cada personagem a conveniente caracterização.
Rigor e perfeição (cálculo).
Brevidade e concisão (evitar o supérfluo).
A ficção não deve distanciar-se da realidade.
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O escritor bem-sucedido
Arrebata todos os sufrágios quem mistura o útil
ao agradável, deleitando e ao mesmo tempo
instruindo o leitor; esse livro, sim, rende lucro
aos Sósias; esse transpõe os mares e dilata a
longa permanência do escritor.
Aut prodesse aut delectare
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O arco e a lira
A boa poesia exige tensão e precisão.
Poemas de grande extensão (epopeias)
propiciam momentos de menor tensão poética.
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Ut pictura poesis(Poesia é como pintura)
Variedade de formas e efeitos.
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Aos poetas, nem os homens, nem os deuses, nem as colunas das livrarias perdoam a mediocridade.
O poeta deve conhecer o seu mister: compor versos.
O poeta deve submeter sua produção a um crítico confiável e guardá-la por oito anos antes de publicá-la: “a palavra lançada não sabe voltar atrás.”
O poeta é um civilizador.
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O valor de um poema está na natureza (“gênio”) ou na arte (cultivo)?
Solução: conspiração amistosa entre ambos.
O bom crítico louva o que merecer louvor e aponta os defeitos.
A crítica como critério para edição.