histórico do enem
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Enem – Exame Nacional de Ensino Médio HISTÓRICO
Criado em 1998, o Enem - Exame Nacional de Ensino Médio, teve como
objetivo fundamental avaliar o desempenho do aluno ao término da
escolaridade básica, para aferir o desenvolvimento das competências
fundamentais ao exercício da plena cidadania.
Na sua 1ª edição, em 1998, o Enem contou com um número modesto de
157,2 mil inscritos e de 115,6 mil participantes. Na 4ª edição, em 2001, já
alcançava a marca expressiva de 1,6 milhões de inscritos e de 1,2 milhões de
participantes.
Uma medida importante para democratizar o Enem foi a isenção do
pagamento da taxa de inscrição para os alunos do 3° ano do Ensino Médio da
escola pública. O apoio das Secretarias Estaduais de Educação, das escolas
de Ensino Médio e das Instituições de Ensino Superior - IES foi outro fator
decisivo para o sucesso do Exame.
A popularização definitiva do Enem veio em 2004, quando o Ministério
da Educação instituiu o Programa Universidade para Todos - PROUNI e
vinculou a concessão de bolsas em instituições de ensino superior privadas à
nota obtida no Exame. No ano seguinte, o Enem alcançava a marca histórica
de 3 milhões de inscritos e 2,2 milhões de participantes. Em 2006, o Enem
estabeleceu novo recorde, com 3,7 milhões de inscritos e 2,8 milhões de
participantes. Em 2009, o Ministério da Educação apresentou uma
proposta de reformulação do Enem e sua utilização como forma de seleção
unificada nos processos seletivos das universidades públicas federais. Atualmente o Enem é o maior exame do Brasil e conta com mais de 5 milhões de
inscritos divididos em aproximadamente 1.600 municípios do país.
O principal incentivo para que os concluintes do Ensino Médio façam o
Exame é a possibilidade concreta de carimbar o passaporte de ingresso no
ensino superior. A prova também é feita por estudantes que não concluíram
seus estudos em idade apropriada, interessados em utilizá-la para certificação
de conclusão do Ensino Médio, e utilizar a nota obtida no Enem para conquistar
uma bolsa integral ou parcial do PROUNI, ou seja, a conquista de uma vaga
em algumas das mais prestigiadas instituições de ensino superior do País,
entre elas as universidades públicas mais concorridas.
O Exame conta com mais de 600 instituições de ensino superior que
utilizam seus resultados em seus processos seletivos, seja de forma
complementar ou substitutiva. As universidades têm autonomia para organizar
seus processos seletivos. Muitas delas já substituíram ou estudam substituir o
vestibular pelo Enem.
O Enem é um patrimônio da sociedade brasileira e tem o seu valor
reconhecido pela comunidade educacional. Como órgão responsável pelo
desenvolvimento e coordenação do Exame, o INEP se empenhou desde o
início em conquistar o apoio dos sistemas de ensino, das instituições de ensino
superior e da comunidade de especialistas e educadores. Os pressupostos
teórico-metodológicos do Enem, fundamentados na Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - LDB e nas diretrizes e parâmetros curriculares
nacionais, foram explicitados e divulgados junto à comunidade educacional. A
proposta recebeu contribuições de especialistas em avaliação e currículo,
pedagogos e profissionais do ensino com larga experiência em sala de aula. O
desenvolvimento do Enem, nos últimos dez anos, acompanhou as profundas
mudanças legais, organizacionais e curriculares que atingiram todas as etapas
e modalidades de educação, da pré-escola à educação superior. Como
instrumento educativo, o Enem precisa ser flexível para acompanhar as
mudanças. Afinal, a educação é, por natureza, dinâmica e deve ser
continuamente interrogada e reinventada como projeto coletivo e prática social.
O modelo de avaliação adotado pelo Enem foi desenvolvido com ênfase
nas estruturas mentais com as quais construímos continuamente o
conhecimento e não apenas na memória, que, mesmo tendo importância
fundamental, não pode ser o único elemento de compreensão do mundo.
Diferentemente dos modelos e processos avaliativos tradicionais, a
prova do Enem é interdisciplinar e contextualizada. Enquanto os vestibulares
promovem uma excessiva valorização da memória e dos conteúdos em si, o
Enem coloca o estudante diante de situações-problemas e pede que, mais do
que saber conceitos, ele saiba aplicá-los.
O Enem não mede a capacidade do estudante em acumular
informações, e sim o incentiva a aprender a pensar, a refletir e a “saber como
fazer”. Valoriza, portanto, a autonomia do jovem na hora de fazer escolhas e
tomar decisões.
O Exame Nacional do Ensino Médio – Enem é um exame constituído por
quatro provas objetivas que abrangem as várias áreas de conhecimento em
que se organizam as atividades pedagógicas da escolaridade básica do Brasil.
Cada uma das provas do Enem contém 45 questões objetivas de múltipla
escolha.
O quadro abaixo ilustra a estrutura do exame de acordo com as áreas de
conhecimento e componentes curriculares.
Estrutura do Exame Enem de acordo com as áreas de conhecimento e componentes curriculares
Área do Conhecimento Componentes Curriculares
Ciências Humanas e suas Tecnologias. História, Geografia, Filosofia e Sociologia.
Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Química, Física e Biologia.
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Redação.
Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira (Inglês ou Espanhol), Artes, Educação Física e Tecnologias da Informação e Comunicação.
Matemática e suas Tecnologias. Matemática.
As questões objetivas e a redação destinam-se a avaliar as
competências e habilidades desenvolvidas pelos participantes ao longo do
Ensino Básico, tendo como base uma matriz de competências especialmente
desenvolvida para o Enem.
Para a prova de redação existe uma proposta de elaboração de um
documento estruturado na forma de texto do tipo dissertativo-argumentativo, a
partir de um tema de ordem social, científica, cultural ou política.
O Enem encontra-se consolidado no panorama educacional brasileiro ao
colocar-se como instrumento de avaliação individual de desempenho por
competências ao término da escolaridade básica, servindo como referência de
autoavaliação a milhares de jovens com vistas às suas escolhas futuras, em
relação ao mundo do trabalho e à continuidade de seus estudos.
A utilização dos resultados do Enem vem crescendo a cada aplicação,
portanto os seus objetivos foram ampliados para que os órgãos
governamentais e a sociedade civil possam incorporar sua metodologia na
implementação das políticas e diretrizes da educação básica brasileira. A partir
de 2009 o Enem ganhou mais relevância, pois passou a ser utilizado como
critério de seleção para o ingresso em muitas instituições de ensino superior,
tanto públicas quanto privadas. Podendo, até mesmo num futuro não muito
distante, vir a ser um substituto dos vestibulares.
Os objetivos do Enem consistem em:
a) oferecer uma referência para que cada cidadão possa proceder à sua
autoavaliação com vistas às suas escolhas futuras, tanto em relação ao
mundo do trabalho quanto em relação à continuidade de estudos;
b) estruturar uma avaliação ao final da Educação Básica que sirva como
modalidade alternativa ou complementar aos processos de seleção nos
diferentes setores do mundo do trabalho;
c) estruturar uma avaliação ao final da Educação Básica que sirva como
modalidade alternativa ou complementar aos exames de acesso aos
cursos profissionalizantes, pós-médios e à Educação Superior;
d) possibilitar a participação e criar condições de acesso a programas
governamentais;
e) promover a certificação de jovens e adultos no nível de conclusão do
Ensino Médio nos termos do artigo 38, §§ 1º e 2º da Lei nº 9.394/96 –
Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB);
f) promover avaliação do desempenho acadêmico das escolas de
Ensino Médio, de forma que cada unidade escolar receba o resultado
global; e
g) promover avaliação do desempenho acadêmico dos estudantes
ingressantes nas Instituições de Educação Superior.
A participação no Exame é de caráter voluntário, a ele podendo
submeter-se, mediante inscrição, os concluintes do Ensino Médio no ano, os
egressos deste nível de ensino em qualquer de suas modalidades e todos os
cidadãos que não concluíram a educação básica em idade própria e que na
data de realização da primeira prova, tenham, no mínimo, 18 (dezoito) anos
completos.
No Enem 2011 foram inscritos cerca de 5.367.077 (cinco milhões,
trezentos e sessenta e sete mil e setenta e sete) participantes, entre
concluintes e egressos do Ensino Médio, inclusive os alunos de Educação de
Jovens e Adultos.
A realização do exame é feito da seguinte forma: no primeiro dia são
aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências
Humanas e suas Tecnologias, no segundo dia são aplicadas as provas de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, e Redação, bem como a de
Matemática e suas Tecnologias. Além disso, o Exame é aplicado em Unidades
Prisionais socioeducativas, em data posterior à aplicação aos demais
participantes.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira – INEP, autarquia vinculada ao Ministério da Educação – MEC, é
responsável pela avaliação da educação no Brasil. Por isso, coleta, trata e
dissemina informações estatísticas de cunho avaliativo sobre a educação
brasileira, subsídios essenciais para formulação e implementação de políticas
educacionais. Os processos de avaliação do INEP visam a fornecer dados,
análises e informações capazes de melhorar a identificação de desafios da
realidade educacional brasileira. Detectam diferenças regionais de um país de
extensão continental, possibilitando um tratamento eficaz dos problemas e a
definição de ações coerentes com a política traçada para a Educação.
O Enem difere de outras avaliações já propostas pelo MEC. Centra-se
na avaliação de desempenho por competências e vincula-se a um conceito
mais abrangente e estrutural da inteligência humana. Tem como eixos
estruturantes a interdisciplinaridade e a contextualização dos conhecimentos
expressos na forma de situações-problema.
O Enem é uma avaliação interdisciplinar. Além de ser um instrumento de
aferição das competências e habilidades do indivíduo, também oferece, a cada
participante, parâmetros para autoavaliação e orientação de seu processo de
formação continuada. Por estar voltada para o indivíduo, permite que este
analise aquilo que considera ter aprendido durante sua escolarização básica,
as perspectivas de continuar seus estudos e suas possibilidades de inserção
no mercado de trabalho.
DIMENSIONAMENTO
O ENEM é aplicado simultaneamente em todo território nacional, sendo
sua previsão de atendimento para cinco milhões de inscritos e a aplicação
atende aproximadamente a 1.600 municípios brasileiros.
A aplicação também prevê atendimento a todos os inscritos com
deficiência, condições especiais (gestante, lactante, classe hospitalar) e
sabatistas mediante solicitação. No sistema prisional esta operação será
programada para atendimento aos inscritos numa segunda edição.
O ENEM tem todo o seu projeto básico regulado e aprovado por Edital,
publicado anualmente, dispondo sobre as diretrizes, procedimentos e prazos,
podendo ocorrer duas ou mais aplicações a cada 12 meses, nos próximos
cinco anos entre 2011 e 2015, e Portarias publicadas pelo Ministério da
Educação juntamente com o INEP. Atualmente é regido pela Portaria nº 807 de
18 de junho de 2010.