historia pedro (2)
TRANSCRIPT
Era uma vez...
Pedro e o lobo
FICHA TÉCNICA
Pedro é um pastor de carneiros que se sente entediado com o seu trabalho. Para ter emoção, ele inventa que um lobo está atacando o rebanho. O fazendeiro sempre aparece para acudir, que faz o pastor rir muito por tê-lo enganado. Até que um dia, o lobo realmente ataca o rebanho, e o fazendeiro, por não acreditar nele, não vem... .
2 a 10 anos.
Resumo
Faixa etária
Colabora com o Desenvolvimento
Duração aproximada 5 minutos.
Autoria Concepção do recurso e adaptação de Vania Dohme.
Valores trabalhados Verdade, hosnestidade e confiança.
História: senso crítico e atenção.
Recurso: habilidade manual e de expressão, coordenação motora.
Recurso auxiliar utilizado Maquete.
Era uma vez...
Pedro e o lobo
Pedro era um pastorzinho de carneiros. Ele até gostava de ser pastor, mas, às vezes, ele
achava que isso era um pouco monótono. Todo dia era a mesma coisa, nada de novo
acontecia: ele levava os carneiros até o pasto, lá, eles comiam a grama e depois ficavam
tomando sol até que começasse a escurecer, e aí Pedro levava os carneirinhos novamente
para o curral, onde eles iriam dormir.
Ele ficava sentado em baixo de uma árvore, imaginando coisas, e, um dia, ele pensou
como seria se aparecesse um lobo enorme querendo comer os carneirinhos.
A princípio, esta idéia lhe deu medo: o que ele faria se realmente um lobo aparecesse?
Depois, ele ficou pensando que teria oportunidade de mostrar como ele era forte e
corajoso salvando vários carneirinhos. E ele se divertia só de pensar como o fazendeiro
viria correndo ao saber que um perigoso lobo estava atacando.
Foi aí que ele teve a idéia: iria fingir que estava sendo atacado por um lobo só para ver o
que o fazendeiro iria fazer. Então, começou a gritar bem alto:
- Um lobo! Um lobo! Socorro! Um enorme lobo está atacando os carneirinhos.
E ficou esperando. Não demorou muito, apareceu o fazendeiro todo assustado, correndo
para ver o que tinha acontecido.
- Cadê o lobo? - Perguntou o fazendeiro.
- Foi por ali, não atacou nenhum carneiro desta vez - falou Pedro.
O fazendeiro percebeu que era mentira, pois era impossível que um lobo aparecesse e
não a tacasse ninguém. Ele ficou muito decepcionado com Pedro e foi embora.
Quando ele virou as costas, Pedro começou a rolar no chão de tanto rir, só de se lembrar
da cara assustada do fazendeiro.
Durante vários dias, Pedro ainda ria só de se lembrar da cara do fazendeiro. Quando a
graça acabou, Pedro achou que poderia fazer tudo de novo, pois poderia ser que o lobo
aparecesse outra vez, e assim começou a gritar:
- O lobo! Socorro! Olha o lobo!
O fazendeiro ouviu e desconfiou que fosse mentira, mas, pensou: e se for verdade, é
melhor eu ir lá para ver. E saiu correndo.
Desta vez, Pedro nem disfarçou. Quando o fazendeiro chegou, ele já estava rolando no
chão de rir por ter novamente enganado o fazendeiro.
O fazendeiro ficou muito bravo e pensou que Pedro mereceria até uma surra, mas, como
era bondoso, resolveu perdoar.
Mas, vocês acreditam que Pedro fez isso de novo? E ele fez! Na semana seguinte,
enganou mais duas vezes o pobre fazendeiro. Tudo de novo: gritou, o fazendeiro veio
correndo e ele rolou, rolou no chão de tanto rir.
Porém, Pedro não sabia o que estava esperando por ele. Dois ou três dias depois da
última vez que havia mentido, ele estava sentado, quase dormindo debaixo de uma
árvore, quando percebeu que os carneirinhos começaram a se agitar, todos olhando para
umas plantas que estavam se mexendo. De repente, eles começaram a correr e, no meio
das plantas, apareceu um vulto enorme, peludo e preto. O vulto deu um salto, e Pedro
pôde ver que era um lobo, o maior que ele já tinha visto até hoje!
O lobo tinha a boca meio aberta, onde se podiam ver os seus caninos pontudos; seus
olhos eram arregalados e vermelhos, e ele estava até babando, acho que de vontade de
comer os carneirinhos.
E Pedro começou a gritar mais alto do que nunca:
- SOOOOOOCOOOOOOROOOOOOOO!!!!!!! É um lobo! Acudam! É um lobo! Ele vai
devorar os carneirinhos.
Lá, no alto na fazenda, o fazendeiro cuidava de suas plantações e, quando ouviu os gritos
de Pedro, pensou: - é o pastorzinho brincando de novo, mas, desta vez, eu não vou, não
quero ser feito de bobo mais uma vez!
Pedro, sem ter muita saída, resolveu enfrentar o lobo. Batendo fortemente o seu cajado
no chão, gritou com voz grossa e brava: - Lobo, saia daqui! Saia! Estou ordenando! Saia ou
farei de você o tapete da minha sala!
Nem Pedro acreditou, mas o lobo ficou com medo e saiu fugindo assustado. É, desta vez,
Pedro teve sorte. Mas, o susto foi grande que lhe deu uma lição: não se pode brincar com
coisas sérias e, também, não se deve enganar as pessoas.
Depois disso, Pedro nunca mais mentiu. O fazendeiro voltou a confiar nele; e o lobo, com
medo, nunca mais apareceu. Assim, todos viveram felizes, principalmente os
carneirinhos, que, em paz, tiveram muitos filhotinhos.
Técnica de Contar esta História
Como Fazer: As figuras deverão ser destacadas pelas crianças, e
os carneirinhos deverão ser colados em uma caixa de fósforos,
como mostra o desenho.
O cenário deverá ser montado em uma mesa que possibilite que
todos se sentem confortavelmente à sua volta. As crianças
movimentarão cada qual o seu carneirinho, e o narrador
movimentará Pedro, o fazendeiro e o lobo.
Para iniciar, os carneirinhos “pastam” livremente pelo “campo” acompanhados de Pedro, o
pastor. O fazendeiro e o lobo deverão ficar escondidos. O narrador combina com as crianças
que, cada vez que ele levantar o dedo indicador, os carneirinhos deverão sair correndo falando
bé-é-é-é. E cada vez que levantar o polegar os carneirinhos deverão voltar a ficar em volta do
pastor.
O narrador lê com voz alta normal os primeiros parágrafos. No momento em que entra a fala de
Pedro, ele deverá fazer uma voz diferente e movimentar a figura do pastor para dar mais
ênfase. Neste momento, o narrador levanta o indicador e todos os “carneirinhos” deverão se
movimentar pelo cenário como se estivessem fugindo e falando bé-é-é-é. Passado algum
momento, o narrador levanta o polegar, os “carneirinhos” voltam e a história continua.
O narrador deverá dar colorido à narração, fazendo uma voz diferenciada para o fazendeiro e
movimentando as figuras de acordo com as ações que vão se desenvolvendo. Os “carneirinhos”
colaboram com isso “correndo” e falando bé-é-é-é a cada suposta aparição do lobo.
Finalmente a história termina dando uma lição a Pedro de que é preciso ter sempre atitudes
verdadeiras, pois isso torna as pessoas confiáveis, e perder esta confiança pode ter
conseqüências danosas.
Os pais poderão, após a narração, entabular um diálogo com as crianças sobre o conteúdo da
história, incentivando-as a mencionarem fatos do cotidiano que se assemelham às questões nela
levantadas, como enganar outras pessoas ou a perda da confiabilidade.
O que fazer mais: o cenário poderá ser enriquecido com árvores feitas de papel de bala
franjado verde (tipo para bala de coco) envolto em um palito de churrasco, por sua vez
espetado em uma caixa de fósforos. Com o mesmo papel, podem-se cortar as franjas para
fazer a grama, poderá haver pedras feitas de papel pedra amassado.
O que fazer depois: as crianças poderão fazer um desenho demonstrando como o fazendeiro
ficava irritado por estar sendo enganado. Poderão aumentar o “rebanho” fazendo outros
carneirinhos copiados do modelo.