histÓria da cidade e dos monumentos portuenses - a sinagoga do porto - artur filipe dos santos
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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea
Cadeira de
HISTÓRIA DO PORTO
Professor Doutor
Artur Filipe dos Santos
A SINAGOGA DO PORTO Museu Judaico Barros Basto
Artur Filipe dos Santos 2
Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea
AUTOR
Artur Filipe dos Santos [email protected] www.artursantos.no.sapo.pt www.politicsandflags.wordpress.com www.omeucaminhodesantiago.wordpress.com • Artur Filipe dos Santos, Doutorado em Comunicação, Publicidade Relações Públicas e
Protocolo, pela Universidade de Vigo, Galiza, Espanha, Professor Universitário, consultor e investigador em Comunicação Institucional e Património, Protocolista.
• Director Académico e Professor Titular na Universidade Sénior Contemporânea, membro da Sociedad de Estudios Institucionales, Madrid, Espanha, membro da Direção do OIDECOM-Observatório Iberoamericano de Investigação e Desenvolvimento em Comunicação, membro da APEP- Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo. Professor convidado e membro do Grupo de Investigação em Comunicação (ICOM-X1) da Faculdade de Ciências Sociais e da Comunicação da Universidade de Vigo, membro do Grupo de Investigação em Turismo e Comunicação da Universidade de Westminster. Professor convidado das Escola Superior de Saúde do Instituto Piaget (Portugal).
• Orador e palestrante convidado em várias instituições de ensino superior. Formador em Networking e Sales Communication no Network Group +Negócio Portugal.
• Especialista na temática dos Caminhos de Santiago, aborda esta temática em várias instituições de ensino e em várias organizações culturais.
3 Artur Filipe dos Santos - [email protected]
• A Sinagoga Kadoorie, aliás Sinagoga Kadoorie - Mekor Haim ("Fonte de Vida"), é a sinagoga e sede da comunidade judaica do Porto, cujo nome oficial é Comunidade Israelita do Porto.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
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• A sua construção foi iniciada em 1929, tendo sido inaugurada em 1938.
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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Os Judeus no Porto
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Construção da Sinagoga Kadoorie
• É a maior sinagoga da Península Ibérica e situa-se na Rua de Guerra Junqueiro, na cidade do Porto, em Portugal.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
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• Este monumento arquitetónico é uma das mais extraordinárias casas de culto judaico do mundo e é também a sede e o “coração pulsante” da Comunidade Israelita do Porto, fundada em 1923 pelo Capitão Barros Basto, que se tornou conhecido no mundo judaico por tentar resgatar os descendentes dos judeus forçados à conversão ao cristianismo, no século XV, que mantinham a prática em segredo de preceitos da religião judaica.
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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Os Judeus no Porto
História do Porto
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Artur Carlos de Barros Basto
• Artur Carlos de Barros Basto (nome judaico: Abraham Israel Ben-Rosh) (Amarante, 18 de Dezembro de 1887 — Porto, 08 de Março de 1961), foi um militar , mas também um idealista, um reformador e um filósofo, tendo publicado inúmeras obras .
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
• Destacou-se como a personagem histórica essencial na restauração da comunidade judaica na cidade do Porto e como mentor da construção da sinagoga do Porto, a Sinagoga Kadoorie Mekor Haim (fonte de vida).
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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea Os Judeus no Porto
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• O capitão amarantino Artur Carlos de Barros Basto é uma figura singular na História do Judaísmo.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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• Na década de vinte do século passado iniciou um processo de reinserção dos últimos descendentes de cristãos-novos portugueses que desejavam integrar-se ao judaísmo rabínico.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
• Existem três tipos judaísmo:
Judaísmo
Rabínico
Humanista
Não Praticante
Para conhecer mais:
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• Judaísmo Rabínico:
Para conhecer mais:
Judaísmo Rabínico
Ortodoxo
Conservador (Masorti)
Reformista
Reconstrucionista
Artur Carlos de Barros Basto Para isto edificou a Sinagoga Kadoorie Mekor Haim na cidade do Porto, publicou a revista HaLapid, de proselitismo e divulgação histórica e criou também sociedades para a auto-suficiência desta comunidade nascente.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
• A este conjunto de ações deu o nome de «Obra do Resgate», autonomeando-se o «Guia dos Marranos» (Barros Basto preferia esta grafia). Deixou também um opúsculo “Linhagem de Arthur Ben-Rosh “sobre a sua pretensa genealogia.
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• Depois de cursar na Escola de Guerra, Barros Basto participou na implantação da República em Portugal.
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• Foi ele que hasteou a bandeira da República, na cidade no Porto.
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Proclamação da República na Câmara Municipal do Porto
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• Por essa mesma época, em 1910, foi iniciado na Maçonaria Portuguesa - Grande Oriente Lusitano, na Loja Montanha, de Lisboa, com o nome simbólico de «Giordano Bruno».
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Actualmente em Portugal existem 5 lojas maçónicas: Grande Oriente Lusitano; Grande Loja Legal (Ex. Grande Loja Regular); Grande Loja Feminina de Portugal; Loja do Direito Humano; Ordem Maçónica Mundial do Rito Antigo e Primitivo de Memphis Misraim
• Giordano Bruno (Nola, Reino de Nápoles, 1548 — Roma, Campo de Fiori, 17 de fevereiro de 1600) foi um teólogo, filósofo, escritor e frade dominicano italiano, condenado à morte na fogueira pela Inquisição romana (Congregação da Sacra, Romana e Universal Inquisição do Santo Ofício) com a acusação de heresi ao defender erros teológicos.
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• Posteriormente, Barros Basto comandou um batalhão do Corpo Expedicionário Português, na Primeira Guerra Mundial, como tenente, na Frente da Flandres, pelo que foi condecorado
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História do Porto
• Ainda na juventude, tomou conhecimento, pelo avô, Francisco de Barros Basto, de que tinha ancestrais judeus.
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• Essa descoberta haveria de marcar, para o bem e para o mal, toda a sua vida.
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• Na época em que iniciava a sua vida castrense, o então jovem Barros Basto apresentou-se na sinagoga de Lisboa, Sinagoga Shaaré Tikva, e declarou-se judeu.
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• Apesar do seu empenho, a congregação negou-lhe inicialmente a integração na comunidade.
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• Por forma a ser aceite como membro de pleno direito, Barros Basto aprendeu o hebraico e deslocou-se a Marrocos para receber instrução religiosa.
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• Em Tânger, foi circuncidado e oficialmente aceite dentro da religião judaica, adoptando o nome de Abraham Israel Ben-Rosh.
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• Casou-se com Lea Israel Montero Azancot, nascida em Lisboa, da Comunidade Israelita de Lisboa, de quem teve um filho, Nuno Carlos Azancot de Barros Basto, e uma filha, Miryam Edite de Barros Basto.
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Lea Azancot e Barros Basto
• O padrinho do casamento de Barros Basto com Lea Azancot foi o professor universitário e economista Moses Amzalak, presidente da Comunidade Israelita de Lisboa.
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• “Adonai li velo irá” (Tenho Deus comigo, por isso não temerei”) era a divisa de Barros Basto, que durante anos percorreu o interior de Portugal, por vezes a cavalo, procurando resgatar todos os criptojudeus que, apesar de estarem há séculos afastados do judaísmo oficial, permaneciam judeus no coração.
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• Em 1923, Barros Basto fundou o instituto teológico israelita e a comunidade judaica do Porto, e foi o grande impulsionador da construção da Sinagoga Kadoorie, a sinagoga do Porto, a maior da Península Ibérica e uma das maiores da Europa.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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Construção da Sinagoga Kadoorie
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• Esta sinagoga haveria de ser inaugurada em 1938.
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• Mas a campanha pública de Barros Basto destinada a persuadir os criptojudeus a reabraçarem, sem medo, o judaísmo, foi muito mal encarada pelas autoridades portuguesas da época e acabou por dar lugar ao seu afastamento do exército.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
• Julgado pelo Conselho Superior de Disciplina do exército em 1937, Barros Basto foi separado do exército por alegadamente participar nas cerimónias de circuncisão dos alunos do instituto teológico israelita do Porto, facto que aquele Conselho considerou “imoral”.
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• A história do processo que levou à retirada das suas insígnias, em 1937, nasce com denúncias anónimas contendo acusações de homossexualidade que, em julgamento, não ficaram provadas.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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• Mas, no mesmo caso, foi dado como assente que Barros Basto "afectou a respeitabilidade" e o "decoro militar" ao fazer circuncisão a vários alunos do Instituto Teológico Israelita, segundo um dos preceitos da religião judaica.
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• Foi, por isso, oficialmente "separado do Exército".
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• O que significa que, aos 50 anos, perdeu o emprego e o direito à reforma.
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• Este desfecho foi agravado em 1978, depois do 25 de Abril.
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• O capitão já tinha falecido, na miséria, há 17 anos (1961, com 74 anos).
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• Instaurada a democracia, a viúva Lea Barros Basto, aos 82 anos, escreveu ao então presidente da República, Costa Gomes, a pedir para ser feita "justiça à memória", com a "reabilitação moral e reintegração", argumentando que o marido foi "vítima de perseguição política, com a finalidade de o separarem do serviço militar, por ser praticante da religião judaica".
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Lea Azancot e Barros Basto
• Eis então que um parecer do Estado-Maior-General das Forças Armadas pôs um ponto final na pretensão, dizendo que não goza da "mínima pretensão legal".
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• Só que fê-lo com o falso pressuposto de que Barros Basto fora condenado por actos de homossexualidade com alunos.
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• O instrutor do caso leu a primeira questão colocada pela acusação, mas ignorou a resposta final, após julgamento: "Não, por unanimidade".
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• Com este argumento, o Exército afastou a hipótese de reintegração póstuma e reabilitação moral do capitão Barros Basto, porque actos homossexuais (que não foram provados) "nada têm a ver com as cerimónias prescritas pela religião semita", lê-se em documentos a que o JN teve acesso.
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• No seguimento de uma petição apresentada à Assembleia da República, pela sua neta Isabel Ferreira Lopes, a 31 de Outubro de 2011, o nome de Barros Basto foi reabilitado a 29 de Fevereiro de 2012.
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• A petição, aprovada por unanimidade por todos os partidos políticos veio concluir que Barros Basto, ao ser afastado do exército foi vitima de segregação político-religiosa pelo facto de ser judeu.
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• «Barros Basto foi separado do Exército devido a um clima genérico de animosidade contra si motivado pelo facto de ser judeu» – pode ler-se no documento a que a Agência LUSA teve acesso.
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• Por sua vez, a Resolução da Assembleia da República n.º 119/2012, de 10-08, recomendou ao governo que procedesse a uma reintegração simbólica de Barros Basto no Exército, a título póstumo, «em categoria nunca inferior àquela a que o militar em causa teria direito se sobre o mesmo não tivesse sido instaurado o processo que levou ao seu afastamento.»
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• Em declarações à LUSA, Isabel Ferreira Lopes, neta de Barros Basto e Vice Presidente da Comunidade Israelita do Porto afirmou que, depois da reabilitação do avô, o passo seguinte passava pela reabilitação da sinagoga do Porto: «No ano da reabilitação do fundador da Comunidade Israelita do Porto reabilitar-se-á também a sinagoga»
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Fonte: Wikipedia
Homenagens
• Barros Basto ficou conhecido como o “Apóstolo dos Marranos”, denominação que lhe foi dada pelo historiador Cecil Roth depois de se ter encontrado com Barros Basto em 1930, e que descreveu o empenho com que se dedicou à sua “Obra do Resgate”: uma corajosa actividade consistente em trazer para a “luz” os criptojudeus descendentes dos antigos judeus portugueses forçados à conversão, e que, agora, com a liberdade de culto, poderiam assumir sem receio a religião dos seus ancestrais.
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MARRANO
• B'nei anussim (em português, "filhos dos forçados") que designa os descendentes de judeus convertidos à força (anusim) ou Marrano é uma expressão hebraica genérica e conceito historiográfico que se refere aos judeus convertidos ao cristianismo dos reinos cristãos da Península Ibérica que "judaizavam", ou seja, que continuavam a observar clandestinamente seus antigos costumes e sua religião anterior.
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• São considerados B'nei anussim ou marranos os descendentes dos judeus sefarditas portugueses e espanhóis que foram obrigados a abandonar a Lei judaica e a converterem-se ao cristianismo, contra a sua vontade, para escapar às perseguições movidas pela Inquisição
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Segundo a opinião do historiador Cecil Roth, a palavra marrano seria um velho vocábulo espanhol ou português que remontaria ao início da Idade Média e significaria "suíno"(porco) mas essa tese já foi abandonada,
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SINAGOGA KADOORIE MEKOR HAIM
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• A Sinagoga Kadoorie, também chamada Sinagoga Kadoorie - Mekor Haim ("Fonte de Vida") é a actual sinagoga e sede da Comunidade Israelita do Porto.
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• A sua construção foi iniciada em 1929 tendo sido inaugurada em 1938.
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Construção da Sinagoga Kadoorie
• É a maior sinagoga da Península Ibérica.
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A sinagoga e a Comunidade Israelita do Porto
• Quando Barros Basto
tomou conhecimento dessa realidade começou a pensar que a construção de uma sinagoga era necessária e, tomou iniciativa de, em 1923, registar oficialmente no Governo Civil do Porto a Comunidade Israelita do Porto.
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• O actual edifício da sinagoga só começaria a ser construído anos mais tarde mas a comunidade organizou-se e arrendou uma casa na rua Elias Garcia que passou a funcionar como uma sinagoga.
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• Em 1929, Barros Basto reuniu fundos que lhe permitiram comprar o local onde viria a nova sinagoga viria a ser construída, adquirindo assim um terreno na rua Guerra Junqueiro.
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• A 13 de Novembro de 1929 foi entregue na Câmara Municipal do Porto um requerimento para a obtenção do licenciamento necessário para começar a obra e, poucas semanas mais tarde foi colocada a primeira pedra e a construção iniciada.
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• A obra decorreu lentamente até 1933, devido aos elevados custos e aos fundos limitados do seu fundador e da comunidade, apesar de todo o apoio que era prestado pelo Comité dos Judeus Hispano-Portugueses em Londres.
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• Nesse ano, Laura Kadoorie, a esposa do filantropo judeu de origem iraquiana, Sir Elly Kadoorie faleceu, e os filhos viram nessa infeliz situação a necessidade de homenagearem a sua mãe, descendente de judeus portugueses que abandonaram o país devido à inquisição.
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História do Porto
• Essa homenagem foi materializada no apoio monetário da família Kadoorie à construção de grande parte da Sinagoga do Porto, que passou assim a chamar-se “Sinagoga Kadoorie – Mekor Haim".
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Sir Elly Kadoorie (meio) e filhos
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• “Kadoorie*” em homenagem à família que foi tão importante para a sua conclusão e “Mekor Haim" o nome que o seu fundador lhe tinha dado.
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* Sir Elly Kadoorie Lord Lawrence Kadoorie Sir Horace Kadoorie
Lawrence e Horace Kadoorie
Arquitectura
• O edifício revela uma fisionomia resistente e uma modernidade arquitectónica visível através da sua volumetria simples e despojada como muito revela sobre os seus arquitectos
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• O interior do edifício é belamente decorado com letras hebraicas com passagens da Torá complementadas por decorações de estilo marroquino-sefardita.
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• Segundo os documentos entregues na Câmara Municipal, a quando do pedido de licenciamento da obra, esta ficou entregue ao tenente Augusto dos Santos Malta, um arquitecto formado na Escola de Belas Artes do Porto.
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• Sabe-se também que alguns desses documentos estão assinados pelo arquitecto Arthur de Almeida Jr. o que sugere que ambos possam ter sido co-autores do projecto.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
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• Actualmente, a comunidade é orientada pela filosofia da Chabad Lubavitch (sabedoria, Entendimento e Conhecimento) e conta, entre os seus membros, com judeus de origens diversas como da Polónia, do Egipto, dos Estados Unidos da América, da Índia, da Rússia, de Israel, de Espanha, de Portugal e de Inglaterra.
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História do Porto
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• Neste momento a comunidade é orientada pelo rabino Daniel Litvak, natural da Argentina.
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História do Porto
• A actual vice-presidente da Comunidade Israelita do Porto é a neta do capitão Barros Basto, Isabel Ferreira Lopes.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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Museu Judaico do Porto
• O Museu Judaico do Porto abriu ao público no dia 21 de maio de 2015.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
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MUSEU JUDAICO DO PORTO. Imagem: Comunidade Israelita do Porto
• No espaço, os visitantes poderão conhecer a cultura, a história e a religião judaicas, bem como a história da Comunidade Judaica Portuense – também conhecida por Comunidade Israelita do Porto – desde a idade média até à atualidade.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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O museu está aberto todos os dias, das 09h30 às 17h30, com exceção dos sábados e feriados judaicos.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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Museu está repleto de história do universo judaico
• O novo museu, instalado no primeiro piso do templo, exibe um património inédito de documentos e objetos históricos da maior relevância.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
www.cmjornal.xl.pt
Destacam-se uma réplica da epígrafe granítica do século XIV que esteve encrostada na parede da sinagoga da Judiaria de Monchique e um painel com o nome dos 842 “cristãos-novos” portuenses processados, entre 1541 e 1737, pela prática de “heresias judaizantes”.
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• A vítima mais idosa contava com a idade de 110 anos. A vítima mais nova tinha apenas 10 anos de idade.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
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Estão também expostos vários documentos originais e objetos relacionados com a “Obra do Resgate” dos cripto-judeus que existiram até há poucas décadas no Porto e com o acolhimento prestado pela Comunidade a centenas de refugiados judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
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Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
www.pletz.com
• A forma como os judeus portuenses viveram a fundação do Estado de Israel, em 1948, é também uma área de destaque do Museu Judaico do Porto”.
Fonte: Jornalismo Porto Net
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História do Porto
Fontes Bibliogáficas
https://jpn.up.pt/2015/05/25/porto-museu-judaico-esta-portas-abertas-comunidade/ https://www.visitportugal.com/pt-pt/content/sinagoga-kadoorie-mekor-haim https://pt.wikipedia.org/wiki/Sinagoga_Kadoorie Valadares, Paulo (2005). As Genealogias do Capitão Barros Basto, o «Guia dos Maranos». Trabalho de Cátedra http://www.catedra-alberto-benveniste.org/_fich/15/Pagina_299-312.pdf Maia, Nuno Miguel (2011). Judeus pedem reabilitação de militar "imoral“. Sítio web do Jornal de Notícias: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2008124 Sítio Web “Rua da Judiaria”: http://ruadajudiaria.com/?p=663 Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Artur_Carlos_de_Barros_Basto
Historia da Cidade e dos Monumentos Portuenses
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Coleção de Manuais da Universidade Sénior Contemporânea
Sinagoga do Porto – Museu Judaico Barros Basto
História do Porto
Fontes Bibliogáficas
Página da Comunidade Israelita do Porto: http://comunidade-israelita-porto.org haaretz, Jornal Judaico Norte-Americano - http://www.haaretz.com/weekend/week-s-end/justice-for-the-founder-of-portugal-s-jewish-community-1.413712 Vaz, Hugo Miguel Sacramento (2012). Museu judaico barros basto. A Concepção de uma Coleção Visitável da Comunidade Israelita do Porto. Dissertação de Mestrado. Facultade de Letras da Universidade do Porto.disponível em https://sigarra.up.pt/flup/pt//pub_geral.show_file?pi_gdoc_id=471325 http://pt.slideshare.net/sandcost/comunidade-israelita-portoatual https://www.youtube.com/watch?v=HtVbpGv_UZE www.bneianussimbrasil.com
Historia da Cidade e dos Monumentos Portuenses
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História do Porto
Créditos Fotográficos
• http://pt.slideshare.net/sandcost/capitao-barros-bastofinal
• giracomletras.blogspot.com
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