histÓria da bÍblia

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Bíblia 1 Bíblia Bíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro" [1] ) é o texto religioso central do judaísmo e do cristianismo. Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo Testamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, considerados como divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, (além do cristianismo e do judaísmo, o islamismo). São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e "Palavra de Deus". As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados. As igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento como parte do cânone de suas Bíblias. A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel). Estes textos são chamados deuterocanónicos (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica. As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros de Esdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (um nas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradição siríaca). [2] As igrejas cristãs protestantes, dentre outros grupos, consideraram os textos deuterocanónicos como apócrifos. Mas alguns deles os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora, além do valor histórico dos livros dos Macabeus. E algumas importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei James e a Bíblia espanhola Reina-Valera, os contêm ao menos nalgumas das suas edições. Quanto ao Novo Testamento, todos os cristãos são unânimes em aceitar o Novo Testamento com seus 27 escritos. Conceitos sobre a Bíblia Edição da Bíblia. A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosa do povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, em contextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de 1.600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais. Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deus e por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todos os seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram que muitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que faziam sentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentro do contexto da atualidade. Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela é mais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para a humanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostas para os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral. Não-cristãos de um modo geral vêem a Bíblia como um livro comum, com importância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Em regra os não-cristãos recusam qualquer

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Bíblia 1

BíbliaBíblia (do grego βίβλια, plural de βίβλιον, transl. bíblion, "rolo" ou "livro"[1] ) é o texto religioso central dojudaísmo e do cristianismo.Foi São Jerónimo, tradutor da Vulgata latina, que chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do AntigoTestamento e Novo Testamento de "Biblioteca Divina". A Bíblia é uma coleção de livros catalogados, consideradoscomo divinamente inspirados pelas três grandes religiões dos filhos de Abraão, (além do cristianismo e do judaísmo,o islamismo). São, por isso, conhecidas como as "religiões do Livro". É sinónimo de "Escrituras Sagradas" e"Palavra de Deus".As diversas igrejas cristãs possuem algumas divergências quanto aos seus cânones sagrados.As igrejas cristãs protestantes possuem 39 livros no Antigo Testamento como parte do cânone de suas Bíblias.A Igreja Católica possui 46 livros no Antigo Testamento como parte de seu cânone bíblico (os livros de Tobias,Judite, Sabedoria, Eclesiástico (ou Sirácides), Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros deEster e de Daniel). Estes textos são chamados deuterocanónicos (ou "do segundo cânon") pela Igreja Católica.As igrejas cristãs ortodoxas, e as outras igrejas orientais, aceitam, além de todos estes já citados, outros dois livros deEsdras, outros dois dos Macabeus, a Oração de Manassés, e alguns capítulos a mais no final do livro dos Salmos (umnas Bíblias das igrejas de tradição grega, cóptica, eslava e bizantina, e cinco nas Bíblias das igrejas de tradiçãosiríaca).[2]

As igrejas cristãs protestantes, dentre outros grupos, consideraram os textos deuterocanónicos como apócrifos. Masalguns deles os reconhecem como leitura proveitosa e moralizadora, além do valor histórico dos livros dosMacabeus. E algumas importantes Bíblias protestantes, como a Bíblia do Rei James e a Bíblia espanholaReina-Valera, os contêm ao menos nalgumas das suas edições.Quanto ao Novo Testamento, todos os cristãos são unânimes em aceitar o Novo Testamento com seus 27 escritos.

Conceitos sobre a Bíblia

Edição da Bíblia.

A Bíblia é um livro muito antigo. Ela é o resultado de longa experiência religiosado povo de Israel. É o registro de várias pessoas, em diversos lugares, emcontextos diversos. Acredita-se que tenha sido escrita ao longo de um período de1.600 anos por cerca de 40 homens das mais diversas profissões, origensculturais e classes sociais.

Os cristãos acreditam que estes homens escreveram a Bíblia inspirados por Deuse por isso consideram a Bíblia como a Escritura Sagrada. No entanto, nem todosos seguidores da Bíblia a interpretam de forma literal, e muitos consideram quemuitos dos textos da Bíblia são metafóricos ou que são textos datados que faziamsentido no tempo em que foram escritos, mas foram perdendo seu sentido dentrodo contexto da atualidade.

Para a maior parcela do cristianismo a Bíblia é a Palavra de Deus, portanto ela émais do que apenas um bom livro, é a vontade de Deus escrita para ahumanidade. Para esses cristãos, nela se encontram, acima de tudo, as respostaspara os problemas da humanidade e a base para princípios e normas de moral.

Não-cristãos de um modo geral vêem a Bíblia como um livro comum, comimportância histórica e que reflete a cultura do povo que os escreveu. Em regra os não-cristãos recusam qualquer

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origem divina para a Bíblia e a consideram como de pouca ou de nenhuma importância na vida moderna, ainda quena generalidade se reconheça a sua importância na formação da civilização ocidental (apesar de a Bíblia ter origemno Médio Oriente).A comunidade científica tem defendido a Bíblia como um importante documento histórico, narrado na perspectivade um povo e na sua fé religiosa. Muito da sua narrativa foi de máxima importância para a investigação edescobertas arqueológicas dos últimos séculos. Mas os dados existentes são permanentemente cruzados com outrosdocumentos contemporâneos, uma vez que, a história religiosa do povo de Israel singra em função da soberania deseu povo que se diz o "escolhido" de Deus e, inclusive, manifesta essa atitude nos seus registros.Independente da perspectiva que um determinado grupo tem da Bíblia, o que mais chama a atenção neste livro é asua influência em toda história da sociedade ocidental e mesmo mundial, face ao entendimento dela nações nasceram(Estados Unidos da América etc.), povos foram destruídos (Incas, Maias, etc), o calendário foi alterado (CalendárioGregoriano), entre outros fatos que ainda nos dias de hoje alteram e formatam nosso tempo. Sendo também o livromais lido, mais pesquisado e mais publicado em toda história da humanidade, boa parte das línguas e dialetosexistentes já foram alcançados por suas traduções. Por sua inegável influência no mundo ocidental, cada gruporeligioso oferece a sua interpretação, cada qual com compreensão peculiar.

Os idiomas originaisForam utilizados três idiomas diferentes na escrita dos diversos livros da Bíblia: o hebraico, o grego e o aramaico.Em hebraico consonantal foi escrito todo o Antigo Testamento, com excepção dos livros chamadosdeuterocanónicos, e de alguns capítulos do livro de Daniel, que foram redigidos em aramaico. Em grego comum,além dos já referidos livros deuterocanónicos do Antigo Testamento, foram escritos praticamente todos os livros doNovo Testamento. Segundo a tradição cristã, o Evangelho de Mateus teria sido primeiramente escrito em hebraico,visto que a forma de escrever visava alcançar os judeus.O hebraico utilizado na Bíblia não é todo igual. Encontramos em alguns livros o hebraico clássico (por ex. livros deSamuel e Reis), em outros um hebraico mais rudimentar e em outros ainda, nomeadamente os últimos a seremescritos, um hebraico elaborado, com termos novos e influência de outras línguas circunvizinhas. O grego do NovoTestamento, apesar das diferenças de estilo entre os livros, corresponde ao chamado grego koiné (isto é, o grego"comum" ou "vulgar", por oposição ao grego clássico), o segundo idioma mais falado no Império Romano.A primeira tradução latina da Bíblia foi a Vetus Latina, baseado na Septuaginta, e, portanto, livros não incluídos nobíblia hebraica. O Papa Dâmaso I montaria a primeira lista de livros da Bíblia, no Concílio de Roma em 382 d.C. Elea encomendou de São Jerónimo que produzisse um texto confiável e consistente, traduzindo os textos originais emgrego e hebraico para o latim. Esta tradução ficou conhecida como a Bíblia Vulgata Latina, antes disso havia grandeconfusão e divergência sobre os textos bíblicos a serem aceitos pelos cristãos e, em 1546, o Concílio de Trentodeclara que é a única Bíblia autêntica e oficial no rito latino da Igreja Católica.

Inspirado por DeusO apóstolo Paulo afirma que "toda a Escritura é inspirada por Deus" [literalmente, "soprada por Deus", que é atradução da palavra grega θεοπνευστος, theopneustos] (2 Timóteo 3:16). Na ocasião, os livros que hoje compõem aBíblia não estavam todos escritos e a Bíblia não havia sido compilada, entretanto muitos cristãos crêem que Paulo sereferia à Bíblia que seria posteriormente canonizada. O apóstolo Pedro diz que "nenhuma profecia foi proferida pelavontade dos homens. Inspirados pelo Espírito Santo é que homens falaram em nome de Deus." (2 Pedro 1:21) Vejatambém os artigos Cânon Bíblico e Apócrifos.Os cristãos crêem que a Bíblia foi escrita por homens sob Inspiração Divina, mas essa afirmação é considerada subjetiva na perspectiva de uma pessoa não-cristã ou não-religiosa. A interpretação dos textos bíblicos, ainda que usando o mesmo Texto-Padrão, varia de religião para religião. Verifica-se que a compreensão e entendimento a

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respeito de alguns assuntos pode variar de teólogo para teólogo, e mesmo de um crente para outro dependendo doidealismo e da filosofia religiosa defendida, entretanto, quanto aos fatos e às narrações históricas, existe umaunidade.A fé dos leitores religiosos da Bíblia baseia-se na premissa de que "Deus está na Bíblia e Ele não fica em silêncio",como declara repetidamente o renomeado teólogo presbiteriano e filósofo, o Pastor Francis Schaeffer, dando aentender que a Bíblia constitui uma carta de Deus para os homens. Para os cristãos, o Espírito Santo de Deus atuoude uma forma única e sobrenatural sobre os escritores. Seguindo este raciocínio, Deus é o verdadeiro autor da bíblia,e não os seus escritores, por si mesmos. Segundo este pensamento Deus usou as suas personalidades e talentosindividuais, para registrar por escrito os seus pensamentos e a revelação progressiva dos seus propósitos em suaspalavras. Para os crentes, a sua postura diante da Bíblia determinará o seu destino eterno.

A interpretação bíblicaDiferente das várias mitologias, os assuntos narrados na Bíblia são geralmente ligados a datas, a personagens ou aacontecimentos históricos (de fato, vários cientistas têm reconhecido a existência de personagens e locais narradosna Bíblia, que até há poucos anos eram desconhecidos ou considerados fictícios), apesar de não confirmarem os fatosnela narrados, por outro lado, comprovando que aconteceram de alguma forma.[3]

Os judeus acreditam que todo o Velho Testamento foi inspirado por Deus e, por isso, constitui não apenas parte daPalavra Divina, mas a própria palavra. Os cristãos, por sua vez, incorporam também a tal entendimento os livros doNovo Testamento. Os ateus e agnósticos possuem concepção inteiramente diferente, descrendo por completo dosensinamentos religiosos. Tal descrença ocorre face ao entendimento de que existem personagens cuja real existênciae/ou atos praticados são por eles considerados fantásticos ou exagerados, tais como os relatos de Adão e Eva, danarrativa da sociedade humana ante-diluviana, da Arca de Noé, o Dilúvio, Jonas engolido por um "grande peixe",etc. Os ateus não creem na existência de Deus algum, portanto para eles qualquer ensinamento religioso, venha daBíblia ou do Alcorão é falso, desnecessário e até mesmo prejudicial.A hermenêutica, uma ciência que trata da interpretação dos textos, tem sido utilizada pelos teólogos para seconseguir entender os textos bíblicos. Entre as regras principais desta ciência encontramos:1. O texto deve ser interpretado no seu contexto e nunca isoladamente;2. Deve-se buscar a intenção do escritor, e não interpretar a intenção do autor;3. A análise do idioma original (hebraico, aramaico, grego comum) é importante para se captar o melhor sentido do

termo ou as suas possíveis variantes;4. O intérprete jamais pode esquecer os fatos históricos relacionados com o texto ou contexto, bem como as

contribuições dadas pela geografia, geologia, arqueologia, antropologia, cronologia, biologia, etc.

Sua estrutura internaA Bíblia é um conjunto de pequenos livros ou uma biblioteca. Foi escrita ao longo de um período de cerca de 1600anos por 40 homens das mais diversas profissões, origens culturais e classes sociais, segundo a tradição judaicocristã. No entanto, exegetas cristãos divergem sobre a autoria e a datação das obras.A sua divisão em capítulos e versículos que conhecemos hoje surgiu em momentos diferentes da história. A primeiradivisão (em capítulos) credita-se a autoria ao arcebispo Stephen Langton da Cantuária, no século XIII, que fez asmarcações dos mesmos através de uma seqüência numérica em algarismos romanos nas margens dos manuscritos. Adivisão em versículos foi realizada em 1551 numa edição em grego do Novo Testamento pelo humanista e impressorRobert Stephanus. Pequenas diferenças nas divisões e numerações de capítulos e versículos adotadas podem serobservadas quando se comparam as edições da Bíblia católica, protestante ou judaica (Tanakh).

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Origem do termo "Testamento"Este vocábulo não se encontra na Bíblia como designação de uma de suas partes.A palavra portuguesa "testamento" corresponde à palavra hebraica berith (que significa aliança, pacto, contrato), edesigna a aliança que Deus fez com o povo de Israel no Monte Sinai, tal como descrito no livro de Êxodo (Êxodo24:1-8 e Êxodo 34:10-28). Tendo sido esta aliança quebrada pela infidelidade do povo, Deus prometeu uma novaaliança (Jeremias 31:31-34) que deveria ser ratificada com o sangue de Cristo (Mateus 26:28). Os escritoresneotestamentários denominam a primeira aliança de antiga (Hebreus 8:13), em contraposição à nova (2 Coríntios3:6-14).Os tradutores da Septuaginta traduziram berith para diatheke, embora não haja perfeita correspondência entre aspalavras, já que berith designa "aliança" (compromisso bilateral) e diatheke tem o sentido de "última disposição dospróprios bens", "testamento" (compromisso unilateral).As respectivas expressões "antiga aliança" e "nova aliança" passaram a designar a coleção dos escritos que contémos documentos respectivamente da primeira e da segunda aliança.O termo testamento veio até nós através do latim quando a primeira versão latina do Velho Testamento gregotraduziu diatheke por testamentum. São Jerônimo, revisando esta versão latina, manteve a palavra testamentum,equivalendo ao hebraico berith — aliança, concerto, quando a palavra não tinha essa significação no grego. Afirmamalguns pesquisadores que a palavra grega para "contrato", "aliança" deveria ser suntheke, por traduzir melhor ohebraico berith.As denominações "Antigo Testamento" e "Novo Testamento", para as duas coleções dos livros sagrados, começarama ser usadas no final do século II, quando os evangelhos e outros escritos apostólicos foram considerados como partedo cânon sagrado.

Livros do Antigo Testamento• O Antigo Testamento é composto de 46 livros: 39 conhecidos como protocanônicos e 7 conhecidos como

deuterocanônicos. Os livros deuterocanônicos fazem parte apenas da Bíblia Católica, não sendo incluídos naBíblia Protestante ou na Tanakh judaica.

Livros Protocanônicos

Pentateuco

Gênesis - Êxodo - Levítico - Números - Deuteronômio

Históricos

Josué - Juízes - Rute - I Samuel - II Samuel - I Reis - II Reis - I Crônicas - II Crônicas - Esdras - Neemias -Ester-Amós

Poéticos e Sapienciais

Jó - Salmos - Provérbios - Eclesiastes (ou Coélet) - Cântico dos Cânticos de Salomão

Proféticos

Profetas Maiores

A designação “Maiores” não se trata porém da relevância histórica destes personagens na história de Israel, mas tãosomente ao tamanho de seus livros, maiores se comparados aos livros dos Profetas “Menores”.Isaías - Jeremias - Lamentações de Jeremias - Ezequiel - DanielProfetas Menores

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Como referido acima, a designação “Menores” não se trata da relevância histórica destes personagens na história deIsrael, mas tão somente ao tamanho de seus livros.Oséias - Joel - Amós - Obadias - Jonas - Miquéias - Naum - Habacuque - Sofonias - Ageu - Zacarias - Malaquias

Textos Deuterocanônicos

Históricos

Tobias - Judite - Adições em Ester (Ester 10:4 a 16:24) - I Macabeus - II Macabeus.Poéticos e Sapienciais

Sabedoria - Eclesiástico (ou Sirácides).Proféticos

Baruque - Adições em Daniel (Daniel 3:24-90, e Capítulos 13 e 14).Segundo a visão protestante, os textos deuterocanônicos (chamados "apócrifos" pelos protestantes) foram,supostamente, escritos entre Malaquias e Mateus, numa época em que segundo o historiador judeu Flávio Josefo, aRevelação Divina havia cessado porque a sucessão dos profetas era inexistente ou imprecisa. O parecer de Josefonão é aceito pelos cristãos católicos e ortodoxos, porque Jesus afirma que durou até João Batista (cf. Lucas 16:16;Mateus 11:13).No período entre o século III e o século I a.C. ocorre a Diáspora judaica helenística, numa época em que os judeus jáestavam, em partes, dispersos pelo mundo. Uma colônia judaica destaca-se esta se localiza em Alexandria no Egito,onde se falava muito a língua grega. A Bíblia foi então traduzida do hebraico para o grego. Alguns escritos recentesforam-lhe acrescentados sem que os judeus de Jerusalém os reconhecessem como inspirados. Somente no final doséculo I d.C. foi fixado o cânon (=medida) hebraico, portanto numa época em que a diferenciação entre judaísmo ecristianismo já era bem acentuada. E os escritos acrescentados não foram aceitos no cânon hebraico.Quando Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim (a famosa Vulgata), no início do Século V, incluiu osdeuterocanônicos, e a Igreja Católica admitiu-os como inspirados da mesma forma que os outros livros. No séculoXVI, com o surgimento da Reforma Protestante, é novamente colocada em dúvida a canonicidade dosdeuterocanônicos pelo fato de não fazerem parte da Bíblia hebraica primitiva. No Concílio de Trento, em 8 de abrilde 1546, no Decretum de libris sacris et de traditionibus recipiendis (DH 1501), a Igreja Católica novamente osconfirmou como partes integrantes da Bíblia Católica, mas desde então foram considerados apócrifos noProtestantismo e no século XVII deixaram de fazer parte das Bíblias protestantes.

Livros do Novo Testamento• O Novo Testamento é composto de 27 livros.

Livros Protocanônicos

Evangelhos

Mateus - Marcos - Lucas - João.

Livros de Atos

Atos dos Apóstolos (abreviado "Atos").

Cartas Apostólicas

Romanos - I Coríntios - II Coríntios - Gálatas - Efésios - Filipenses - Colossenses - I Tessalonicenses - IITessalonicenses - I Timóteo - II Timóteo - Tito - Filémon - I Pedro.

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Tratados Doutrinais

I João.

Textos Deuterocanônicos

Através dos séculos, desde o começo da era cristã, e inclusive em contextos protestantes durante os surgimento daReforma Protestante do século XVI, os textos deuterocanônicos do Novo Testamento foram tão debatidos como ostextos deuterocanônicos do Antigo Testamento. Finalmente, os reformistas protestantes decidiram rejeitarsistematicamente todos os textos deuterocanônicos do Antigo Testamento, e aceitar sistematicamente todos os textosdeuterocanônicos do Novo Testamento.[carece de fontes?]

Trechos Evangélicos

Marcos 16:9-20 - Lucas 22:43-44 - João 5:3'-4, 7:53 a 8:11, e todo o Capítulo 21.

Cartas Apostólicas

Tiago - II Pedro - II João - III João - Judas.

Tratados Doutrinais

Hebreus.

Apocalipses

Apocalipse de João (abreviado "Apocalipse").

Versões e traduções bíblicas

Livro do Gênesis, Bíblia em Tamil de 1723.

Apesar da antiguidade dos livros bíblicos, os manuscritos maisantigos que possuímos datam a maior parte do III e IV Séculod.C.. Tais manuscritos são o resultado do trabalho de copistas(escribas) que, durante séculos, foram fazendo cópias dos textos,de modo a serem transmitidos às gerações seguintes. Transmitidopor um trabalho desta natureza o texto bíblico, como é óbvio, estásujeito a erros e modificações, involuntários ou voluntários, doscopistas, o que se traduz na coexistência, para um mesmo trechobíblico, de várias versões que, embora não afectem grandemente oconteúdo, suscitam diversas leituras e interpretações dum mesmotexto. O trabalho desenvolvido por especialistas que se dedicam acomparar as diversas versões e a seleccioná-las, denomina-seCrítica Textual. E o resultado de seu trabalho são osTextos-Padrão.

A grande fonte hebraica para o Antigo Testamento é o chamadoTexto Massorético. Trata-se do texto hebraico fixado ao longo dosséculos por escolas de copistas, chamados Massoretas, que tinhamcomo particularidade um escrúpulo rigoroso na fidelidade da cópia ao original. O trabalho dos massoretas, de cópia etambém de vocalização do texto hebraico (que não tem vogais, e que, por esse motivo, ao tornar-se língua morta,necessitou de as indicar por meio de sinais), prolongou-se até ao Século VIII d.C.. Pela grande seriedade destetrabalho, e por ter sido feito ao longo de séculos, o Texto Massorético (sigla TM) é considerado a fonte maisautorizada para o texto hebraico bíblico original.

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No entanto, outras versões do Antigo Testamento têm importância, e permitem suprir as deficiências do TextoMassorético. É o caso do Pentateuco Samaritano (os samaritanos eram uma comunidade étnica e religiosa separadados judeus, que tinham culto e templo próprios, e que só aceitavam como livros sagrados os do Pentateuco), eprincipalmente a Septuaginta Grega (sigla LXX).A Versão dos Setenta ou Septuaginta Grega, designa a tradução grega do Antigo Testamento, elaborada entre osséculos IV e II a.C., feita em Alexandria, no Egipto. O seu nome deve-se à lenda que referia ter sido essa traduçãoum resultado milagroso do trabalho de 70 eruditos judeus, e que pretende exprimir que não só o texto, mas também atradução, fora inspirada por Deus. A Septuaginta Grega é a mais antiga versão do Antigo Testamento queconhecemos. A sua grande importância provém também do facto de ter sido essa a versão da Bíblia utilizada entre oscristãos, desde o início, e a que é citada na grande parte do Novo Testamento.Da Septuaginta Grega fazem parte, além da Bíblia Hebraica, os Livros Deuterocanónicos (aceites como canónicosapenas pela Igreja Católica), e alguns escritos apócrifos (não aceites como inspirados por Deus por nenhuma dasreligiões cristãs ocidentais).Encontram-se 4 mil manuscritos em grego do Novo Testamento, que apresentam variantes. Diferentemente doAntigo Testamento, não há para o Novo Testamento uma versão a que se possa chamar, por assim dizer, normativa.Há contudo alguns manuscritos mais importantes, pelas sua antiguidade ou credibilidade, e que são o alicerce daCrítica Textual.Uma outra versão com importância é a chamada Vulgata Latina, ou seja, a tradução latim por São Jerónimo, em 404d.C., e que foi utilizada durante muitos séculos pelas Igrejas Cristãs do Ocidente como a versão bíblica autorizada.De acordo com as Sociedades Bíblicas Unidas, a Bíblia já foi traduzida, até 31 de dezembro de 2007, para pelomenos 2.454 línguas e dialectos[4] , sendo o livro mais traduzido do mundo.

Distribuição mundial de traduções da Bíblia

Continente/Região Porções Testamentos Bíblias Total

África 218 322 163 703

Ásia e Oceania 363 495 171 1029

Europa 112 39 61 212

América 153 312 42 507

Línguas artificiais 2 0 1 3

Total 848 1168 438 2454

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Língua portuguesaOs primeiros registros da tradução de trechos da Bíblia para o português remontam ao final do século XIII, por DomDinis. Mas a primeira Bíblia completa em língua portuguesa foi publicada somente em 1753, na tradução de JoãoFerreira de Almeida (1628-1691).

Uma cópia da Bíblia de Gutenberg, de propriedade do Congressonorte-americano

O missionário e tradutor João Ferreira de Almeida foi oprincipal tradutor da Bíblia para a língua portuguesa.Ele já conhecia a Vulgata, já que seu tio era padre.Após converter-se ao protestantismo aos 14 anos,Almeida partiu para a Batávia. Aos 16 anos traduziuum resumo dos evangelhos do espanhol para oportuguês, que nunca chegou a ser publicado. EmMalaca traduziu partes do Novo Testamento tambémdo espanhol.Aos 17, traduziu o Novo Testamento do latim, daversão de Theodore Beza, além de ter se apoiado nasversões italiana, francesa e espanhola.Aos 35 anos, iniciou a tradução diretamente dos

originais, embora seja um mistério como ele aprendeu os idiomas originais. É certo que ele usou como base o TextoMassorético para o Antigo Testamento, o Textus Receptus, editado em 1633 pelos irmãos Elzevir, e alguma traduçãoda época, como a Reina-Valera. A tradução do Novo Testamento ficou pronta em 1676.O texto foi enviado para a Holanda para revisão. O processo de revisão durou 5 anos, sendo publicado em 1681, eteve mais de mil erros. A razão é que os revisores holandeses queriam harmonizar a tradução com a versão holandesapublicada em 1637. A Companhia das Índias Orientais ordenou que se recolhesse e destruísse os exemplaresdefeituosos. Os que foram salvos foram corrigidos e utilizados em igrejas protestantes no Oriente, sendo que umdeles está exposto no Museu Britânico. Após sua morte foram detectados vários erros de tradução, e as sucessivasedições por que passou ao longo dos anos tornou o atual texto das Bíblias de Almeida bastante diferente do texto daprimeira edição, mantendo, contudo, o estilo clássico do vocabulário.

Bibliografia• LIMA, Alessandro. O Cânon Bíblico - A Origem da Lista dos Livros Sagrados. São José dos Campos-SP: Editora

COMDEUS, 2007.• PASQUERO, Fedele. O Mundo da Bíblia, Autores Vários. São Paulo: Paulinas, 1986.• ROST, Leonard. Introdução aos Livros Apócrifos e Pseudo-Epígrafos do Antigo Testamento. São Paulo:

Paulinas, 1980.[1] No latim medieval biblìa passou a ser usado como uma palavra singular — uma colecção de livros, ou "a Bíblia".[2] Estes dados são do domínio público nos países de maioria populaconal aderente à fé cristã ortodoxa, e ham sido retomados e recompilados de

numerosas fontes bibliográficas sérias em grego, russo, alemão, inglês e espanhol.[3] Time (http:/ / www. time. com/ time/ world/ article/ 0,8599,1645738,00. html) "A Boost for the Book of Jeremiah". Descoberta de tablete

confirma episódio bíblico (21 de julho de 2007)[4] Sumário estatístico de idiomas com traduções das Escrituras (http:/ / www. ubs-translations. org/ about_us/ ) (em inglês). Sociedades

Bíblicas Unidas. Página visitada em 27 de março de 2009.

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Bíblia 9

Ver também• Commons• Wikisource• Wikiquote• Wikcionário• Antigo Testamento• Novo Testamento• Apócrifos• Arqueologia bíblica• Cânon Bíblico• Cronologia Bíblica• Versões e traduções bíblicas

• Nova Versão Internacional (NVI)• Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Atualizada• Bíblia Sagrada - Almeida Revista e Corrigida• Bíblia Sagrada - Almeida• Bíblia Sagrada - Ave Maria• Bíblia Sagrada - Edição Pastoral• Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas

• Manuscritos do Mar Morto• Manuscritos do Novo Testamento• Manuscritos do Antigo Testamento• Tradição• Revelação divina• Revelação divina, Tradição e Bíblia na doutrina católica

Ligações externas• Bíblia online comparativa (cerca de 50 versões, entre traduções e linguagens diferentes) (http:/ / www.

bibliaonline. com. br/ )• História da tradução bíblica (http:/ / www. sbb. org. br/ interna. asp?areaID=118)• Bíblia Web (http:/ / www. bibliaweb. com. br)• Origem e Formação da Bíblia Católica (http:/ / www. bibliacatolica. com. br/ historia_biblia/ 3. php)• Constitutio Apostólica Qua Nova Vulgata Bibliorum Sacrorum Editio “Typica” Declaratur Et Promulgatur (http:/ /

www. vatican. va/ archive/ bible/ nova_vulgata/ documents/ nova-vulgata_jp-ii_apost_const_lt. html) (em latim)• Associação Bíblica Internacional (http:/ / www. wordproject. org/ po/ index. htm) - Bíblia Audio em Português -• Bíblia Católica Online (http:/ / www. bibliacatolica. com. br) - Bíblia Católica em 15 versões com 12 idiomas

diferentes.mwl:Bíblia

Page 10: HISTÓRIA DA BÍBLIA

Fontes e editores do artigo 10

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