higienização das mãos

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Higienização das Mãos Apresenta o conjuto das quatro unidades que compõe o curso. Site: Educação a Distância - INCA Curso: Higienização das Mãos 2011 Livro: Higienização das Mãos Impresso por: LUIS CLAUDIO DOS SANTOS MADEIRA Data: sexta, 18 novembro 2011, 01:33 Page 1 of 32 name 18/11/2011 https://ead.inca.gov.br/mod/book/print.php?id=641

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Perspectivas histórica, indicações, a prática, técnica e a importância da adesão regular

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Page 1: Higienização das mãos

Higienização das Mãos Apresenta o conjuto das quatro unidades que compõe o curso.

Site: Educação a Distância - INCACurso: Higienização das Mãos 2011Livro: Higienização das MãosImpresso por: LUIS CLAUDIO DOS SANTOS MADEIRAData: sexta, 18 novembro 2011, 01:33

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Sumário Perspectiva Histórica

Os Precursores e suas contribuições Os Precursores e suas contribuições Os precursores e suas contribuições

A Transmissão de Micro-organismos Um risco sempre presente Os agentes Pele: um reservatório de micro-organismos Pele: um reservatório de micro-organismos As rotas de transmissão As rotas de transmissão As rotas de transmissão

As Indicações para Higienização das Mãos Indicação: uma referência temporal As Cinco Indicações da OMS As Cinco Indicações da OMS As Cinco Indicações da OMS As Cinco Indicações da OMS As Cinco Indicações da OMS As Cinco Indicações da OMS A higienização das mãos e o uso de luvas

A Prática de Higienização das Mãos Os produtos As técnicas e seus respectivos tempos As técnicas e seus respectivos tempos As técnicas e seus respectivos tempos As técnicas e seus respectivos tempos

A importância da adesão regular

Exercícios de Verificação

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Perspectiva Histórica

Desde 1846, a prática de higienização das mãos tem sido recomendada como a medida isolada mais eficaz no controle da disseminação de agentes infecciosos. Nesta Unidade, você percorrerá brevemente a linha histórica das importantes descobertas e pesquisas sobre o tema.

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Os Precursores e suas contribuições

Os Precursores da “Teoria Microbiana”

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No fim do século XVII, Anton van Leeuwenhoek (1632-1723), naturalista holandês, descobriu as bactérias, fungos e protozoários, que foram logo associados à fermentação e à putrefação. Não se acreditava que a origem desses seres estivesse relacionada à reprodução sexuada, por isso, sua origem acabou sendo atribuída à geração espontânea (abiogênese).

No século XIX, o químico francês Louis Pasteur (1822-1895) realizou vários experimentos contra a Teoria da Geração Espontânea, derrotando-a irrefutavelmente com sua Teoria Microbiana da Fermentação, quando ligou a ação fermentadora de micro-organismos ao produto final fermentado. Com seus experimentos com frascos de pescoço de cisne, demonstrou que não existia geração espontânea, mas sim que micro-organismos proviam de outros pré-existentes na poeira do ar (biogênese).

Outro passo para compreensão da importância dos micro-organismos foi dado pelo médico alemão Robert Koch (1843-1910) que, ao estudar o carbúnculo, foi o primeiro a provar que um tipo específico de micróbio causa uma determinada doença, criando a Teoria Microbiana da Doença.

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Os Precursores e suas contribuições

Os Precursores do “Controle de Infecções Hospitalares”

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Ignaz Philip Semmelweis (1818-1865), médico húngaro, foi o primeiro a comprovar a íntima relação da febre puerperal com os cuidados médicos. Em seu trabalho no Hospital de Viena, notou que os médicos que iam diretamente da sala de autópsia para a de obstetrícia tinham odor desagradável nas mãos. Postulou, então, que a febre puerperal que afetava tantas mulheres parturientes fosse causada por “partículas cadavéricas”, transmitidas da sala de autópsia para a ala obstétrica por meio das mãos de estudantes e médicos.

Em maio de 1847, insistiu que estudantes e médicos lavassem suas mãos com solução clorada após as autópsias e antes de examinar as pacientes da clínica obstétrica. No mês seguinte, a taxa de mortalidade caiu de 12,2% para 1,2%. Desta forma, Semmelweis demonstrou claramente que a higienização apropriada das mãos podia prevenir infecções puerperais e evitar mortes maternas.

Em 1854, Florence Nightingale (1820-1910), chamada a reformular a assistência aos doentes durante a Guerra da Criméia, implantou, com sua equipe, uma série de medidas para melhoria das condições sanitárias dos hospitais militares de campo, tais como: higiene pessoal de cada paciente; utensílios de uso individual; preparo de dieta indicada; lavanderia e desentupimento de esgoto. Com a implantação dessas medidas básicas conseguiu reduzir sensivelmente a taxa de mortalidade das enfermarias.

As pesquisas do cirurgião Joseph Lister (1827-1912) deram origem às técnicas de assepsia. Pesquisando um modo de manter as incisões cirúrgicas livres da contaminação por microorganismos, obteve bons

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resultados utilizando compressas cirúrgicas banhadas em solução de fenol, e borrifando as salas de operação com o ácido carbólico. A mortalidade após amputação caiu de 46% para 15%.

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Os precursores e suas contribuições

Publicações sobre Higienização das Mãos

Entre 1975 e 1985, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) publicaram guias, recomendando lavar as mãos com sabonete não associado a antisséptico antes e após o contato com pacientes e lavá-las com sabonete associado a antisséptico antes e após a realização de procedimentos invasivos ou promoção de cuidados a pacientes de alto risco. O uso de agentes antissépticos não hidratados, como soluções à base de álcool, era recomendado apenas em emergências ou em áreas onde não houvesse pias.

Entre 1988 e 1995, a Associação para Profissionais de Controle de Infecções (APIC) publicou guias com indicações similares às dos CDC.

Em 1995 e 1996, O Comitê Consultivo de Práticas de Controle de Infecções (HIPAC) dos CDC recomendava que um sabonete associado a antisséptico ou um agente não hidratado, fosse usado para higienizar as mãos ao deixar os quartos de pacientes com patógenos multirresistentes.

Em 2002, na publicação “Guia para higiene de mãos em serviços de assistência à saúde”, os CDC substituiram o termo “lavagem das mãos” por “higienização das mãos” devido à maior abrangência desse procedimento. De acordo com esse documento, a fricção antisséptica das mãos com preparações alcoólicas constitui o método preferido de higienização das mãos pelos profissionais que atuam em serviços de saúde.

Atualmente, no Brasil, as ações para controle de infecções em serviços de saúde são coordenadas pela Anvisa/MS, que incentiva medidas voltadas para prevenção de riscos e promoção da segurança do paciente. Nesse contexto, a Anvisa/MS, em consonância com a OPAS/OMS, vem desenvolvendo ações relacionadas à higienização das mãos, com o objetivo de aprimorar a adesão a esta prática, pelos profissionais de saúde. Em seu sítio (www.anvisa.gov.br) ela disponibiliza informações atualizadas sobre o tema da higienização da mãos para profissionais, familiares e visitantes dos Serviços de Saúde.

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A Transmissão de Micro-organismos

Nesta Unidade serão abordadas diferentes formas de transmissão de micro-organismos relacionadas à assistência à saúde, os agentes responsáveis por essa transmissão e os princípios básicos de controle.

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Um risco sempre presente

O risco de transmissão de micro-organismos está sempre presente durante a prestação de assistência à saúde, especialmente em pacientes imunocomprometidos e/ou na presença de dispositivos invasivos (tais como: cateter urinário, cateter intravenoso, tubo endotraqueal, etc.).

Hospitais e outros Serviços de Saúde concentram pacientes que já infectados e portadores assintomáticos de micro-organismos, que são fontes de infecção e podem contaminar tanto o paciente quanto a equipe.

Fatores que contribuem para o desenvolvimento de infecções incluem a concentração de pessoas, a falta de equipe dedicada ao cuidado de pacientes infectados e colonizados, a transferência frequente de pacientes de uma unidade para outra e o agrupamento de pacientes imunocomprometidos em unidades específicas, como a Unidade de Terapia Intensiva.

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Os agentes

As infecções relacionadas à assistência à saúde podem ser provocadas por bactérias, vírus, fungos e parasitas. Entretanto, a maioria dessas infecções é provocada por bactérias e vírus. Já as infecções por protozoários são raras.

Os micro-organismos são amplamente disseminados no ambiente de Serviços de Saúde. Mais importante ainda, a pele dos pacientes e dos profissionais de saúde é totalmente coberta por micro-organismos que fazem parte de sua microbiota normal.

Portanto, as roupas dos pacientes e de cama, as mobílias adjacentes e outros objetos próximos ao paciente podem se contaminar com a microbiota dele próprio.

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Pele: um reservatório de micro-organismos

A pele pode servir como reservatório de micro-organismos que podem ser transmitidos por contato direto, pele com pele, ou indireto, por meio de objetos e superfície do ambiente.

O conhecimento dos mecanismos de disseminação de germes hospitalares aponta as mãos dos profissionais de saúde como importante modo de transmissão indireta, pelo estabelecimento da colonização da pele do paciente e posterior desencadeamento do processo infeccioso, ou pela manipulação de trato estéril durante os procedimentos invasivos.

Devido à sua localização e extensa superfície, a pele é constantemente exposta a vários tipos de micro-organismos do ambiente. Assim, a pele normal do ser humano é colonizada por bactérias e fungos, sendo que diferentes áreas do corpo têm concentração de bactérias variáveis por centímetro quadrado. O número de bactérias presentes em áreas intactas da pele de alguns pacientes pode variar de 100 a 106 unidades formadoras de colônias (UFC)/cm2.

Para entender os objetivos das diversas abordagens de higienização das mãos, é essencial, portanto, o conhecimento da microbiota normal da pele.

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Pele: um reservatório de micro-organismos

Microbiota Normal da Pele

A microbiota normal da pele pode ser classificada em:

Microbiota transitória: composta de micro-organismos não patogênicos ou potencialmente patogênicos, tais como: bactérias, fungos e vírus, que raramente se multiplicam na pele, mas podem provocar infecções relacionadas à assistência à saúde. É frequentemente adquirida por profissionais de saúde durante contato direto com o paciente (colonizados ou infectados), ambiente, superfícies próximas ao paciente, produtos e equipamentos contaminados. Coloniza a camada superficial da pele, sobrevive por curto período de tempo e é passível de remoção pela higienização simples das mãos com água e sabonete, por meio de fricção mecânica.

Microbiota residente: composta por bactérias menos prováveis de infecções veiculadas por contato (ex.: estafilococos coagulase negativos e bacilos difteroides). Adere às camadas mais profundas da pele e é mais resistente à remoção apenas com água e sabonete.

Além da microbiota normal, há a microbiota infecciosa, composta de micro-organismos de patogenicidade comprovada que causam infecções específicas.

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As rotas de transmissão

As infecções relacionadas à assistência à saúde podem ser provocadas tanto por micro-organismos já presentes na pele e na mucosa do paciente (endógenos), ou por micro-organismos transmitidos por outros pacientes, ou de ambientes próximos (exógenos).

A transmissão de micro-organismos ocorre, geralmente, por meio de uma ou mais dessas três rotas: contato direto e indireto e transmissão aérea por gotículas e por aerossóis.

As rotas são descritas a seguir.

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As rotas de transmissão

Transmissão por contato

Contato direto: consiste no contato físico direto entre a fonte e o paciente. Por exemplo: contato pessoa a pessoa.

Contato indireto: a transmissão do agente infeccioso da fonte para o paciente, ocorre passivamente, por meio de um objeto intermediário (normalmente inanimado). Por exemplo: transferência de microrganismos entéricos para um hospedeiro suscetível, por meio do endoscópio que tenha sido previamente contaminado por um paciente colonizado/infectado.

Na maioria dos casos, as mãos dos profissionais de saúde são a fonte ou o veículo de transmissão de micro-organismos:

- de outros pacientes; - do ambiente contaminado; - da pele do paciente para a mucosa (como trato respiratório) ou para compartimentos normalmente estéreis do corpo (sangue, fluido cerebroespinhal, etc).

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As rotas de transmissão

Transmissão por meio aéreo

A transmissão por meio aéreo refere-se a micro-organismos suspensos no ar, podendo ser inalados por um hospedeiro suscetível dentro do mesmo ambiente ou a uma longa distância do paciente fonte.

O meio aéreo de transmissão pode conter gotículas, aerossóis, partículas de poeira ou escamas da pele.

Na transmissão disseminada por veículos comuns, um objeto/item inanimado, contaminado (alimento, água ou medicamento), age como um vetor para transmissão do agente patogênico aos pacientes.

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As Indicações para Higienização das Mãos

Reconhecer o momento exato de higienização das mãos é fundamental para a garantia da segurança individual e coletiva e para a ruptura da cadeia de transmissão de micro-organismos. Como esses momentos ocorrem de forma constante e variada, daí a importância das “indicações” formuladas pela OMS, abordadas nesta Unidade.

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Indicação: uma referência temporal

A atividade de assistência à saúde pode ser descrita como uma sucessão de procedimentos, durante os quais as mãos dos profissionais de saúde tocam tipos diferentes de superfícies (paciente, objeto, fluido corporal etc.). Dependendo da ordem em que esses contatos ocorrem, a transmissão de micro-organismos de uma superfície para outra deve ser interrompida, uma vez que cada contato é uma fonte potencial de contaminação das mãos dos profissionais de saúde. É durante esse intervalo – entre dois contatos – que se encontra a indicação para a higienização das mãos.

A indicação é a razão pela qual é necessária a higienização das mãos. Ela é justificada pelo risco de transmissão de micro-organismos de uma superfície para outra.

As cinco indicações formuladas pela OMS constituem pontos de referência temporal fundamentais para o profissionais de saúde, uma vez que os orientam na identificação dos momentos-chave de integração da higienização das mãos, às suas atividades, independentemente do ambiente de assistência em que trabalham e do tipo de cuidado que prestam.

As indicações “antes” estão presentes quando há risco de transmissão de micro-organismos para o paciente. As ações que correspondem a estas indicações protegem o paciente. As indicações “após” estão presentes quando há risco de transmissão de micro-organismos para o profissional de saúde e/ou para o ambiente de assistência (e para qualquer outra pessoa presente). As ações que correspondem a estas indicações protegem os profissionais de saúde e o ambiente de assistência.

Todas as pessoas envolvidas com a prestação de assistência à saúde são responsáveis por impedir a transmissão de micro-organismos quando as indicações para a higienização das mãos estiverem presentes.

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As Cinco Indicações da OMS

São cinco as indicações formuladas pela OMS para a Higienização das Mãos:

- Antes do cuidado com o paciente.

- Antes de realizar procedimentos assépticos.

- Após o risco de exposição a fluidos corporais.

- Após contato com o paciente.

- Após contato com áreas próximas ao paciente.

Veja aqui - Ilustração dos cinco momentos

As indicações são detalhadas a seguir.

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As Cinco Indicações da OMS

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1ª Indicação: Antes de contato com o paciente.

Quando: Aplica-se quando o profissional de saúde entra no ambiente do paciente para fazer algum contato.

Porque: Justifica-se pelo risco de transmissão de microorganismos do ambiente de assistência ao paciente.

Ação: A higienização das mãos deve ser feita antes de entrar em contato com o paciente. O profissional de saúde não deve tocar nenhuma superfície no ambiente de assistência antes de fazer a higienização das mãos.

Observação: Contatos do mesmo tipo após um contato “inicial” com o paciente não constituem indicações para a higienização das mãos, a menos que o profissional de saúde deixe o ambiente do paciente.

Exemplos de contatos: . Gestos de cortesia e conforto: aperto de mãos, toque de braço. . Contato direto: ajuda na deambulação, realização de higienização corporal e aplicação de massagem no paciente. . Exame clínico: determinação do pulso e da pressão arterial, ausculta cardíaca e pulmonar, palpação do abdome.

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As Cinco Indicações da OMS

2ª Indicação : Antes de realizar procedimentos assépticos.

Quando: Aplica-se antes de qualquer tarefa que envolva contato direto ou indireto com a mucosa, pele ferida, dispositivos invasivos (cateter, sonda), ou equipamentos e produtos médicos, estando ou não com luvas.

Porque: Justifica-se pelo risco de transmissão de micro-organismos provenientes do ambiente de assistência ou do próprio paciente por meio de inoculação.

Ação: A higienização das mãos pode ser feita imediatamente antes do procedimento. Após ter sido feita a higienização das mãos, o profissional de saúde deve tocar apenas a superfície necessária para a tarefa. Esse é o pré-requisito para o procedimento asséptico.

Observação: Qualquer profissional de saúde que trabalhe no cuidado direto ou envolvido na preparação dos equipamentos (um profissional da Central de Material e Esterilização), medicamentos (um farmacêutico) e alimentos (cozinheiro) deve estar envolvido com essa indicação.

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Exemplos de procedimentos assépticos: . Contato com membrana mucosa: tratamento oral/dentário, aplicação de colírio nos olhos, aspiração de secreção. . Contato com pele não intacta: tratamento de lesão na pele, curativo, aplicação de injeções. . Contato com dispositivos invasivos: inserção de cateter intravascular e urinário, abertura de um sistema de acesso vascular ou um sistema de drenagem. . Outros: preparo de medicamento, kits de curativo.

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As Cinco Indicações da OMS

3ª Indicação: Após o risco de exposição a fluidos corporais.

Quando: Aplica-se após qualquer cuidado que envolva exposição real ou potencial das mãos a fluidos corporais.

Porque: Justifica-se pelo risco de transmissão de micro-organismos de um paciente para o profissional de saúde e de sua disseminação para o ambiente de assistência.

Ação: A higienização das mãos deve ser feita imediatamente após a tarefa. O profissional de saúde não deve tocar qualquer superfície até que tenha feito a higienização das mãos.

Observações:

- Se o profissional tiver que remover e processar o equipamento nos locais adequados, a ação pode ser adiada até que o profissional de saúde tenha deixado o ambiente de assistência. Nesse caso, ele deve restringir-se exclusivamente ao contato com o equipamento a ser removido ou processado.

- Se o profissional de saúde estiver usando luvas para realizar o procedimento que envolva risco, essas devem ser removidas após o término da tarefa, para depois proceder à higienização das mãos, no momento adequado.

- Qualquer profissional de saúde que esteja envolvido no manuseio de fluidos corporais (técnico do laboratório, patologista), equipamento contaminado e sujo (profissional da Central de Material de Esterilização), lixo contaminado e sujo (profissional de higienização e limpeza) deve estar envolvido nesta indicação.

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Exemplos de risco de exposição a fluidos corporais: . Contato com membranas mucosas: tratamento oral/dentário, aplicação de colírio nos olhos, aspiração de secreção. . Contato com pele não intacta: tratamento de lesão na pele, curativo, aplicação de injeções. . Contato com dispositivos invasivos ou amostras clínicas. . Procedimentos de limpeza: limpeza de urina, fezes e vômito, descarte de resíduos, limpeza de material ou áreas contaminadas.

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As Cinco Indicações da OMS

4ª Indicação: Após o contato com o paciente.

Quando: Aplica-se quando o profissional de saúde deixa as proximidades do paciente após ter tido algum contato com o mesmo.

Porque: Justifica-se pelos riscos de transmissão de micro-organismos ao profissional de saúde e da sua disseminação para o ambiente de assistência.

Ação: A higienização das mãos deve ser feita após ter tocado tanto o paciente quanto o seu ambiente. O profissional de saúde não deve tocar a superfície do ambiente de assistência até que tenha feito a higienização das mãos.

Observação: Se o profissional tiver que remover e processar o equipamento nos locais adequados, a ação pode ser adiada até que o profissional de saúde tenha deixado o ambiente do paciente. Nesse caso, o profissional deve restringir-se exclusivamente ao contato com o equipamento a ser removido ou processado.

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Exemplos: . Gestos de cortesia e conforto. . Contato direto. . Exame clínico.

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As Cinco Indicações da OMS

5ª Indicação: Após contato com áreas próximas ao paciente.

Quando: Aplica-se quando o profissional de saúde deixa o ambiente próximo ao paciente após ter tocado equipamento, móvel, produto médico, pertences pessoais ou outras superfícies inanimadas, sem ter tido contato com o paciente.

Porque: Justifica-se pelo risco de transmissão de micro-organismos para o profissional de saúde e de sua disseminação para o ambiente de assistência.

Ação: A higienização das mãos deve ser feita após o contato com o ambiente próximo ao paciente. Até que a higienização seja feita, as mãos do profissional não devem tocar superfícies no ambiente de assistência.

Observação: Se o profissional tiver que remover e processar o equipamento nos locais adequados, a ação pode ser adiada até que o profissional de saúde tenha deixado o ambiente do paciente. Nesse caso, o profissional deve restringir-se exclusivamente ao contato com o equipamento a ser removido ou processado.

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Exemplos: . Troca de roupa de cama. . Ajuste de bomba de infusão. . Monitoramento de alarme. . Contato com a grade de proteção da cama. . Limpeza e arrumação da mesa de cabeceira.

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Page 24: Higienização das mãos

A higienização das mãos e o uso de luvas

As indicações para a higienização das mãos são independentes daquelas que justificam o uso de luvas, sejam as usadas para os cuidados rotineiros de saúde, sejam as luvas cirúrgicas.

O uso de luvas inibe a adesão da higienização das mãos no momento certo, representando maior fator de risco na transmissão e disseminação de micro-organismos para o ambiente de assistência. A higienização das mãos é, portanto, indispensável para o uso de luvas.

Isso significa que: - o uso de luvas não modifica de forma alguma as indicações de higienização das

mãos e, acima de tudo, não substitui a higienização das mãos;

- a indicação para higienização das mãos pode exigir, se adequada, a remoção das luvas;

- sempre que uma ação de higienização das mãos for justificada por uma indicação que coincida com o uso de luvas, a higienização deve ser feita imediatamente antes de calçar as luvas ou imediatamente após a remoção delas. Se necessário, as luvas devem ser removidas e trocadas para fazer a higienização das mãos;

- se não for possível aderir completamente a essas exigências dentro da estrutura de aplicação de Precauções de Contato, é preferível não usar as luvas, dando prioridade a uma excelente higienização das mãos e à proteção do paciente e do ambiente de assistência.

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Page 25: Higienização das mãos

A Prática de Higienização das Mãos

Nesta Unidade, você estudará as recomendações relativas às práticas de higienização das mãos, visando à prevenção e à redução das infecções e promovendo a sua segurança, a dos pacientes, profissionais e demais usuários dos Serviços de Saúde.

Para que essa prática seja eficaz, você verá que três elementos são essenciais: o emprego do produto com eficácia antimicrobiana, a técnica adequada e o tempo preconizado.

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Page 26: Higienização das mãos

Os produtos

A higienização das mãos pode ser praticada com água e sabonete comum ou friccionando as mãos com uma preparação alcoólica (gel ou solução).

Os sabonetes para uso em serviços de saúde – barras, preparações líquidas e em espuma - favorecem a remoção de sujeira, substâncias orgânicas e da microbiota transitória das mãos pela ação mecânica.

As mãos precisam ser lavadas com água e sabonete quando estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com matéria orgânica (fluidos corporais, material proteico), quando houver suspeita ou confirmação de exposição a micro-organismos potencialmente formadores de esporos ou após o uso do banheiro. Esse nível de descontaminação é suficiente para os contatos sociais em geral e para a maioria das atividades práticas nos serviços de saúde, porém, a eficácia da higienização simples das mãos, com água e sabonete, depende da técnica e do tempo gasto durante o procedimento.

As preparações alcoólicas têm sido indicadas como produto de escolha para a higienização das mãos se não houver sujeira visível nestas, pois promove a redução microbiana, requer menos tempo para aplicação e causa menos irritação. Portanto, de acordo com as recomendações da OMS, quando há disponibilidade de preparação alcoólica para higienização das mãos, essa deve ser usada.

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Page 27: Higienização das mãos

As técnicas e seus respectivos tempos

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada. As técnicas podem variar dependendo do objetivo ao qual se destinam e se dividem em:

1) Higienização simples das mãos. 2) Higienização antisséptica das mãos. 3) Fricção de antisséptico nas mãos. 4) Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.

As quatro técnicas são descritas a seguir. Após a leitura do texto, acesse o vídeo e observe atentamente todos os procedimentos.

Observação: Antes de iniciar qualquer uma das técnicas, é necessário retirar joias (anéis, pulseiras, relógio), pois micro-organismos podem se acumular sob esses objetos.

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Page 28: Higienização das mãos

As técnicas e seus respectivos tempos

1) Higienização simples das mãos

Finalidade: Remover os micro-organismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de micro-organismos.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

2) Higienização antisséptica das mãos

Finalidade: Promover a remoção de sujidades e de micro-organismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com auxílio de um antisséptico.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

OBS: A técnica de higienização antisséptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos, substituindo-se o sabão por um antisséptico.

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Page 29: Higienização das mãos

As técnicas e seus respectivos tempos

3) Fricção de antisséptico nas mãos

Finalidade: Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a 70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.

4) Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos

Finalidade: Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com antisséptico e de uso exclusivo em leito ungueal e subungueal. Para esse procedimento, recomenda-se: antissepsia cirúrgica das mãos e antebraços com antisséptico degermante.

Duração do Procedimento: De 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias subsequentes.

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As técnicas e seus respectivos tempos

Acesse o vídeo "Passo a Passo da Higienização das Mãos" e observe atentamente os procedimentos das quatro técnicas.

Clique aqui

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Page 31: Higienização das mãos

A importância da adesão regular

A higienização das mãos não é apenas uma “tarefa” adicional a ser desenvolvida, mas uma atividade essencial dos profissionais de saúde.

Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantêm contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e material estéril ou contaminado. Recomenda-se também que familiares, acompanhantes e visitantes higienizem as mãos antes e após contato com o paciente.

Lembre-se, o principal problema da higienização das mãos não é a falta de bons produtos, mas, sim a negligência dessa prática. Estudos indicam que se um produto é 100% eficaz, mas, somente 20% das pessoas aderem ao seu uso, o impacto é de 20%. Por outro lado, se o produto tem eficácia de 50%, mas possui melhor aceitação (50% de adesão), o impacto é um pouco melhor, isto é, 25%. Portanto, caso o profissional de saúde não realize a higienização das mãos por qualquer razão (falta de tempo, indisponibilidade de pia ou produto), o resultado deixará a desejar, não importando quão eficaz seja o produto utilizado para a redução microbiana das mãos contaminadas.

COMPROMETA-SE!

De acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde, quando estes colocam em risco a saúde dos pacientes,

podem ser responsabilizados por imperícia, negligência ou imprudência.

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Exercícios de Verificação Prezado discente,

Voce agora deverá fazer o exercício de fixação dos conteúdos apresentados no curso.

Acesse aqui o questionário.

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