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HANDEBOL ESCOLAR: uma proposta pedagógica para as aulas
de Educação Física no Ensino Fundamental
Neudi Antonio Zenatti1
Arestides Pereira Da Silva Júnior2
Resumo O objetivo deste artigo é apresentar o relato de experiência de uma proposta pedagógica para o
ensino do handebol nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental. O projeto foi desenvolvido
no Colégio Estadual Padre Pedro Canísio Henz – EFEM, com as turmas do 9º ano, e professores da
rede, tendo como finalidade resgatar o conteúdo de handebol no dia-a-dia da sala de aula. O
desenvolvimento do projeto se deu em três momentos: Primeiro - destinado à realização de pesquisa
com professores por meio de uma entrevista aberta sobre a prática pedagógica do handebol;
Segundo - destinado à elaboração de material didático de handebol, em forma de apostila para ser
desenvolvido com os alunos e professores; Terceiro – realização das atividades práticas relacionadas
ao handebol escolar com os alunos. Diante desta proposta apresentada aos alunos e professores da
rede constatou-se de forma nítida que a modalidade é bem aceita dentro do âmbito escolar, já que os
mesmos apresentaram uma participação expressiva, com grande empenho e desenvoltura. Por meio
da aplicação deste projeto foi possível apresentar para alunos e professores possibilidades
diversificadas de aplicação do ensino do handebol no Ensino Fundamental.
Palavras-chaves: Educação Física. Esporte. Handebol Escolar. Jogos. Fundamentos.
1 INTRODUÇÃO
No meio escolar, o handebol representa um importante conteúdo para o
desenvolvimento das capacidades coordenativas de seus praticantes, o que
contribui para o desenvolvimento das diferentes habilidades do aluno. O projeto
“Handebol escolar: uma proposta pedagógica para as aulas de Educação Física no
Ensino Fundamental” apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional –
PDE é parte integrante às atividades da formação continuada da Rede Estadual de
Educação do Paraná. O projeto foi desenvolvido junto aos alunos do 9º ano do
Ensino Fundamental do Colégio Estadual Padre Pedro Canísio Henz - EFEM,
Município de Cascavel, no período de fevereiro a julho de 2013.
1 Graduado em Educação Física. Professor do Quadro Próprio do Magistério do Estado do Paraná.
[email protected] 2 Mestre em Educação Física. Professor da Universidade Estadual do Oeste do Paraná.
A idealização deste projeto partiu da constatação de que o handebol é pouco
trabalhado na disciplina de Educação Física da Rede Estadual de Ensino, dando-se
mais ênfase as modalidades mais populares, como o futsal e o voleibol. Esta
constatação se apresenta também na realização dos Jogos Escolares do Paraná -
Fase Municipal de Cascavel, onde temos uma participação insignificante das
escolas estaduais nesta modalidade, sendo as equipes participantes são quase
totalmente da rede privada, se contrapondo assim com as demais modalidades.
Desta forma, a que se pensar num maior investimento em outras modalidades
esportivas, para contribuir para uma formação completa do individuo, já que a
disciplina de Educação Física vai além da prática esportiva.
Dentro dessa perspectiva deve-se olhar o handebol como instrumento de
desenvolvimento integral, preparando os alunos para as atividades do cotidiano,
sejam elas recreativas, esportivas e outras. Pretende-se também, com a prática do
handebol, que os alunos possam manifestar o gosto pela modalidade, por meio da
prática, desenvolvendo a cooperação e a sociabilização.
Considerando o exposto, o objetivo deste artigo é apresentar o relato de
experiência de uma proposta pedagógica para o ensino do handebol nas aulas de
Educação Física no Ensino Fundamental.
Para uma melhor compreensão sobre a importância e contribuições que
podem advir com a aplicação deste projeto, faremos na sequência uma
contextualização sobre o handebol e o ensino desta modalidade no contexto escolar.
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A Educação Física na escola ainda valoriza demasiadamente as ações da
prática pedagógica na reprodução de modelos de aulas e na produção de exercícios
que somente se baseiam na repetitividade, não havendo criação de novos
movimentos com a mesma objetividade dos já apresentados. Isto leva à reprodução
de ações e não à sua criação no desenvolvimento do jogo como elemento motivador
e preparatório para o dia a dia dos alunos (PARANÁ, 2008).
A prática pedagógica deve ser constantemente repensada e renovada. Na
disciplina de Educação Física, em especial, o professor deve estar sempre
buscando novos embasamentos teóricos afim de não tornar a disciplina excludente,
visando tão somente a esportivização. Desta forma, o professor pode passar a
trabalhar os diversos aspectos com seus alunos, indo além dos gestos técnicos. A
preocupação é destaca no estudo de Almeida e Bracht, (2003):
Promover a alfabetização esportiva vai muito além da aprendizagem de destrezas; o exercício da plena cidadania no plano da cultura corporal de movimentos e especificamente no plano do esporte exige o desenvolvimento de competências que vão além dessas habilidades e que abranjam também a capacidade de situar histórica e socialmente essa prática humana, de perceber e analisar os valores que a orientam, os benefícios e os prejuízos de uma ou outra forma da prática esportiva (BRACHT e ALMEIDA, 2003, p. 97-98).
Mesmo havendo pensamentos diferentes em relação ao processo de ensino-
aprendizagem, é perceptível a compreensão que os professores têm em relação da
importância da metodologia na transmissão do saber científico. Dessa forma, é
possível corroborar com a ideia de Nóbrega (2005), o qual defende que:
Para ensinar e aprender faz-se necessário o conhecimento técnico-científico da área de conhecimento e o trânsito entre os saberes, com suas diferentes lógicas, modos de fazer e compreender. Esse conhecimento dever propiciar um processo contínuo de leitura e interpretação do mundo e do próprio conhecimento da cultura corporal ou cultura de movimento em suas diferentes expressões sociais, culturais e históricas (p. 89).
A atividade esportiva escolar só terá validade quando estiver contemplada no
Projeto Político Pedagógico da escola. Desta forma haverá um entendimento de que
o esporte, quando inserido na escola, auxilia na formação dos alunos como um todo,
tanto nos aspectos físicos, cognitivos, psicológicos, afetivos, sociais e críticos quanto
para a sua formação de cidadão atuante na sociedade (BRACHT, 2000).
As atividades físicas são importantes no processo de aprendizagem dos
alunos porque oportunizam novas experiências e também podem desenvolver as
potencialidades de cada um por meio da imaginação do jogo. Não se pode negar no
espaço educativo o movimento, por meio do qual se pode refletir, aprender e
extravasar todas as alegrias ou as tristezas. Salienta-se também que um dos
aspectos importantes das atividades físicas refere-se à humanização da atividade
física, pois com esse pressuposto, o professor terá sucesso ao ministrar aulas de
handebol.
2.2 O HANDEBOL COMO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Pelos benefícios que a prática do esporte, neste caso o handebol, propicia
aos alunos, há necessidade de que sejam feitos investimentos por parte do poder
público para a sua implementação nas escolas públicas. O que se nota é que ainda
esta modalidade não recebe a atenção merecida por parte dos órgãos competentes,
haja vista que sua prática no Brasil ainda é bastante tímida, se comparada à prática
do futebol, do voleibol e do basquetebol.
Esta realidade indica a importância da implementação de ações no intuito de
que o handebol seja desenvolvido e que tenha investimentos e valorização como
esporte que auxilia no desenvolvimento integral do indivíduo. Assim como outros
esportes, o handebol contribui para o desenvolvimento de iniciativa, disponibilidade
e vontade do jovem, sendo que essas experiências são levadas para a vida escolar
e pessoal do mesmo (SHIGUNOV e PEREIRA, 1993).
Um dos fatores importantes é que o handebol é uma ferramenta com a qual
os alunos vivenciam as suas experiências e desenvolvem um aprendizado múltiplo.
Porém, a figura do professor deve ser de articulador entre o jogo, a realidade da
escola e a adequação dos objetivos a esta realidade. Por isso façam-se necessários
investimentos relativos a recursos físicos - quadras esportivas adequadas e
materiais esportivos, recursos humanos - capacitação docente.
Considerando a modalidade esportiva em estudo, entende-se, com base na
literatura, que no contexto escolar deve-se explorar este esporte com base nos
jogos. O jogo é a atividade mais indicada para satisfazer essa necessidade de
movimento que o aluno tem em grande potencial. Portanto, joga-se por
entretenimento e, também, porque o jogo representa esforço e conquista.
Dietrich (1984) defende que para se ensinar os jogos esportivos deve-se
iniciar pelo conhecimento que os alunos possuem e, a partir de então, ir progredindo
para formas mais complexas. No cotidiano escolar por sua vez, a quem diga que as
crianças devem aprender de forma simples a técnica do jogo, outros, que devem ter
a ideia central da competição, já que isto é o essencial.
Salienta-se que, quando se está jogando, aprendem-se as regras do jogo
handebol. Ao aceitá-las, o aluno está trabalhando o sentido da coletividade e o
respeito às normas. Segundo Santos (2003), ao transmitir para o aluno as regras de
um jogo e fazer com que elas sejam respeitadas, está sendo ensinado também
como comportar-se socialmente de forma adequada.
Para pontuar a importância do jogo no processo de ensino-aprendizagem,
Paes (2002) destaca importantes argumentos, sendo os principais deles: esporte
como um facilitador no processo educacional no ambiente escolar; observação dos
diferentes níveis de ensino; conhecimento e entendimento da lógica técnica e tática,
por meio de planejamento e promoção de intervenções com graus crescentes de
dificuldade, busca de equilíbrio entre os referenciais metodológicos e os
socioeducativos. Entende-se que isto tudo tem como objetivo estimular a aquisição
das habilidades motoras fundamentais no processo de socialização do indivíduo.
Além disso, a modalidade estimula a tomada de decisão, o cumprimento de regras,
além das noções espaciais e de espaço de jogo.
O objetivo do esporte escolar será, desta maneira, propor atitudes de respeito
mútuo, solidariedade e dignidade entre os alunos e também servir como alternativa
para os alunos preencherem seu tempo livre fora do âmbito escolar. Assim, além de
praticar a atividade, saberão o que se pode aprender por meio dela (BRASIL, 1998).
Observa-se que ao longo dos anos houve uma mudança metodológica do
ensino dos esportes coletivos na Educação Física escolar que, talvez, seja fruto das
alterações sofridas pela formação do profissional de Educação Física nas últimas
décadas (COSTA e NASCIMENTO, 2004).
2.3 A METODOLOGIA DE ENSINO DOS JOGOS ESPORTIVOS COLETIVOS
Ao pensar na Educação Física de uma forma mais abrangente, é possível
constatar a influência desta disciplina no desenvolvimento intelectual do aluno.
Considerando a reflexão proposta por Nitsch (1986 apud GREGO, 2003), nos
esportes coletivos e particularmente nos Jogos Esportivos Coletivos (JEC’s) o
comportamento do praticante, a ação, será sempre um comportamento tático, isto é,
toda ação esportiva é “um processo intencional, dirigido, e regulado psiquicamente”.
Assim, a inter-relação entre diversos fatores, seja objetivo: temperatura, dados
antropométricos e biomecânicos e/ou fatores subjetivos: emoção, expectativa,
raciocínio e ambiente, são condições que envolvem a ação. Com isso, em toda ação
humana há processos dinâmicos, motivados e realizados através de diferentes
formas de comportamento dentro de um contexto social (SAMULSKI, 2002).
Os JECs destacam-se por sua fonte energética, espaço, disputa pela posse
de bola e sua trajetória, aleatoriedade, imprevisibilidade e variabilidade de
comportamentos. Sua especificidade constata-se pela posse de inúmeros elementos
comuns. Com isso, as ações e respostas se caracterizam pela inteligência, enquanto
capacidade de adaptação a um ambiente em permanente mudança (GARGANTA,
1998).
As exigências impostas aos alunos participantes dos JECs contribuem para
superarem a instabilidade estrutural, junto com a coordenação das ações entre
atacantes e defensores em relação ao objetivo do jogo. Desta forma, faz com que a
capacidade tática se constitua a parte de uma base de conhecimento declarativo e
processual para a resolução dos problemas que o atleta enfrenta no decorrer de
uma partida (GARGANTA, 1998).
Nesta perspectiva, quando um aluno resolve mentalmente uma situação, as
relações estreitas que se desenrolam entre as três fases devem-se às percepções
da situação exterior e da sua própria conduta motora, o que dá suporte para a
dinâmica da situação (GARGANTA, 2006; GRECO, 2006). Na verdade, observa-se
que os erros táticos são cometidos quando há uma mudança repentina da situação;
então o atleta não se encontra preparado para adaptar-se e responder de forma
adequada às situações imprevistas (GARGANTA, 2006).
A complexidade do processo decisório não passa somente pelos
condicionantes supracitados, mas também pelo aspecto cultural, ambiental e pelas
condições subjetivas de análise da situação de jogo; o atleta deve permanentemente
ter a capacidade de receber e processar informações, bem de como armazená-las
para subsídio em outras situações (GRECO, 2003).
Desta forma, Greco (2009) sugere o Modelo Pendular da Tomada de Decisão,
que demonstra o processo de tomada de decisão, sendo constituído de três
estruturas relacionadas entre si: a estrutura do conhecimento, a estrutura da
recepção da informação e a estrutura da elaboração. As três estruturas interagem
com a informação proveniente do ambiente e do próprio aluno. A estrutura do
conhecimento é composta pelo conhecimento técnico-tático declarativo e
processual, armazenado na memória. A estrutura da recepção é formada por três
processos cognitivos: atenção (SAMULSKI, 2009), um estado seletivo, intensivo e
dirigido da percepção, percepção (MARINA apud GRECO, 2009) e antecipação.
Greco (1998) define antecipação como um processo de perceber e avaliar.
A estrutura da elaboração de informações é constituída pelo pensamento
convergente (aplica-se quando o atleta procura resolver um problema com uma
sequência definida e hierárquica de alternativas, quando é evidente a solução mais
adequada) e divergente (empregado em situações que não apresentam uma clara
hierarquia de ações; há várias soluções diferentes e possíveis) (GRECO, 2006).
Estas três estruturas relacionam-se e apoiam-se no conhecimento que o
atleta possui e interagem com a função primária de codificar e dar significado à
informação. Além disso, paralelamente formatam o processo de tomada de decisão,
que é a quarta estrutura do pêndulo.
Com base neste referencial teórico, o projeto “Handebol Escolar: uma
proposta pedagógica para as aulas de Educação Física no Ensino Fundamental” foi
idealizado e concretizado. A metodologia aplicada será exposta na sequência.
3 ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Este projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Padre Pedro Canísio Henz
– EFEM, em cinco turmas do 9º ano, com uma média de 30 alunos por turma,
totalizando aproximadamente 150 alunos. Também participaram deste projeto 15
professores de Educação Física da Rede Estadual de Ensino. A finalidade foi de
retomar o conteúdo de handebol no dia-a-dia da sala de aula, abrangendo aspectos
teóricos e práticos da modalidade.
O projeto foi desenvolvido em três momentos distintos. O Primeiro momento
foi destinado à realização de pesquisa com os professores de Educação Física por
meio de uma entrevista aberta sobre a prática pedagógica do handebol. Neste
momento foi realizada uma análise documental incluindo o Projeto Político
Pedagógico e o Plano de Trabalho Docente. O segundo momento foi destinado à
elaboração de material didático, em forma de apostila para ser desenvolvido com os
alunos e professores sobre o handebol, contendo: histórico da modalidade;
atividades teóricas envolvendo conhecimentos teóricos necessários ao
entendimento do handebol; e atividades práticas com os segmentos propostos neste
trabalho levando os conteúdos da modalidade para desenvolver no seu sentido
prático e aplicado.
A implementação do projeto deu-se no terceiro momento. Os professores da
rede receberam materiais diversificados sobre handebol, com base no referencial
dos JECs, para aplicarem em suas turmas dos 9os anos, podendo aplicar
posteriormente nas demais turmas. Os alunos foram escolhidos por serem alunos
ávidos às práticas esportivas competitivas, além de estarem em uma fase de
desenvolvimento, conhecimento do corpo e suas possibilidades de movimento. Além
disso, nesta faixa etária os alunos já têm conhecimento e melhor domínio do seu
corpo, facilitando o ensino de movimentos mais complexos e atividades elaboradas
durante a execução de exercícios do handebol.
O projeto foi exposto para direção e equipe pedagógica antes mesmo do
início das aulas e elaboração dos horários de turma. A organização do horário foi
essencial, pois é comum duas turmas compartilharem a quadra poliesportiva no
mesmo horário, desta forma as turmas participantes do projeto realizaram as aulas
práticas sem interferência. O momento de apresentação do projeto para as turmas
foi aproveitado para incentivar e motivar a prática do handebol. A divulgação do
projeto junto aos docentes da rede foi realizada por meio de convite distribuído
diretamente aos mesmos via e-mail com parceria do Núcleo Regional de Educação.
O trabalho com os alunos foi realizado em 20 aulas com cada uma das cinco
turmas. O trabalho efetivo com alunos de todas as turmas totalizou 100 horas.
Para finalizar as ações de implementação do projeto realizamos o Festival de
Handebol, para tanto, sorteamos os alunos na formação das equipes dentro das
próprias salas, evitando a competitividade com outras turmas. Trabalhamos com
equipes mistas e realizamos jogos com tempos de 10 x 10 minutos em forma de
participação, sem importar-se com os vencedores. Foram realizadas também outras
atividades relacionadas ao handebol, tais como: Sempre Dez e Gol Ambulante. Ao
final do evento todos receberam como premiação guloseimas.
4 RESULTADO E DISCUSSÃO
Durante reunião pedagógica realizada no dia 04 de fevereiro de 2013, onde
estava presente o colegiado, direção pedagógica e administrativa, foi concedido um
tempo para apresentação geral do projeto. Na oportunidade foi apresentado como
funcionariam as ações de intervenção e a importância da participação de todos para
a realização do projeto. Ao final apresentamos um vídeo institucional da International
Handball Federation (IHF) sobre o handebol, este mostrava ações técnicas e táticas
de jogo, gols de efeito e outras ações pertinentes ao jogo. A maioria ficou
impressionada com a prática do esporte e comprometeram-se a colaborar na
aplicação do projeto de intervenção. A motivação dos professores em relação à
aplicação do projeto foi de suma importância para que a intervenção fosse possível
e os objetivos fossem alcançados.
Por meio de vídeo, data show e apostila apresentei o projeto pedagógico aos
professores do colegiado e membros do conselho escolar presentes. Na ocasião,
apresentamos também a metodologia diversificada que seria aplicada nas aulas
teóricas e práticas. Para as aulas teóricas foram preparadas atividades em sala com
utilização de projetor multimídia na apresentação das regras e fundamentos em
slides e vídeos. Para as aulas na quadra foram selecionadas atividades
diversificadas, com base no referencial teórico dos JECs, para vivenciar o handebol
com vivências práticas de aquecimento, jogos e brincadeiras voltadas à modalidade,
fundamentos técnicos (passe, recepção, drible, arremesso e finta).
Inicialmente, os alunos mostraram desconhecer a modalidade e
estranhamento em relação à mesma. Após a apresentação da modalidade por meio
de explicação oral e vídeos, os alunos começaram a demonstrar interesse em
participar do projeto e conhecer melhor a “nova modalidade”.
Ao realizar a análise documental foi possível evidenciar que o handebol está
previsto tanto no Projeto Político Pedagógico da escola quanto no Plano de Trabalho
Docente. Infelizmente isto mostra o quanto à prática pedagógica pode estar longe do
que está previsto nos documentos, pois, embora pactuado em documentos, não
percebemos uma vivência de handebol na escola.
Nas entrevistas com professores de Educação Física, foi evidenciado que
eles buscam os esportes mais conhecidos e praticados pelos alunos, sendo que o
ideal seria que os professores entusiasmassem os alunos a conhecer e praticar
outros esportes. Sobre essa questão cabe uma reflexão sobre a formação inicial
desses professores, pois se não se sentem aptos para trabalhar o handebol de
forma envolvente, podemos concluir que há falhas na formação inicial. A formação
continuada pode suprir essa falha dos profissionais atuantes e pode contribuir na
formação inicial levando os anseios e dificuldades desses para as universidades que
os formam.
Durante a realização das atividades ocorridas entre no período de 08 de abril
e 29 de maio, foram realizadas atividades diversificadas. As atividades foram
selecionadas de acordo com o objetivo, bem como suas respectivas contribuições
para o objetivo do projeto. No Quadro 1, estão relacionadas as atividades práticas
aplicadas com os alunos do 9º ano. Essas mesmas atividades foram detalhadas no
material didático entregue aos professores. A aplicação dos conteúdos foi
condizente com os estabelecidos na produção pedagógica para o 9º ano do Ensino
Fundamental, bem como, exercícios pré-elaborados onde visam tomadas de
decisões voltadas à prática do handebol.
Quadro 1. Atividades práticas realizadas com seus respectivos objetivos.
Atividade Objetivo
Rede humana Aprimorar o passe, marcação, recepção e a proteção defensiva.
Handebol de baliza Trabalhar a técnica individual; passe, arremesso e velocidade de
reação.
Gol ambulante Trabalhar o passe, marcação e noção espaço.
Sempre dez Desenvolver o passe, concentração, deslocamento e
desmarques.
Nunca três Noção de espaço, raciocínio, coordenação, agilidade, trabalho
em grupo, desenvolvimento da coordenação motora, desenvolvimento da técnica do drible.
Fut vazado Estimular o desenvolvimento da atenção, noção espacial,
agilidade e coordenação motora ampla.
Caçador de esportes Trabalhar a atenção, noção espacial, agilidade, coordenação
motora ampla, drible, ataque e defesa.
Boliche gigante Trabalhar noções de direção, noção espacial, coordenação
visomotora e ampla e agilidade.
Guardiões do Castelo Desenvolver a atenção, velocidade, agilidade, coordenação
motora ampla, noção espacial, técnica individual (drible).
Hand – alvo Estimular o desenvolvimento da atenção, força, direção,
coordenação motora ampla, arremesso.
Todos contra um Trabalhar o cooperativismo, atenção, agilidade, direção e noção
espacial, passe, recepção, progressão.
Vivências de drible e passe Trabalhar a técnica individual, coordenação motora fina,
resistência muscular localizada – RML, percepção.
Vivências de passe e orientação Orientação, noção de espaço, lateralidade, concentração,
técnica individual.
Vivencias de passes, recepção, arremessos e empunhadura
Aprimoramento da técnica individual, resistência muscular localizada, desenvolvimento aspecto cognitivo ao jogo.
Vivencias de passes, recepção, arremessos e marcação
Desenvolvimento das técnicas individuais para a modalidade de handebol.
Jogo da Velha Desenvolvimento do trabalho coletivo, sociabilização, raciocino.
Penta hand Trabalhar a técnica individual (passe, arremesso, marcação),
raciocínio, velocidade de reação.
Vivência de orientação e passes Ensinar o sentido de sequência de passe, deslocamento,
treinamento da técnica individual.
Ataque x defesa Trabalhar a cooperação, marcação individual, coordenação de
ataque.
Vivências do treinamento de goleiro
Desenvolvimento da técnica do goleiro, flexibilidade, velocidade, reflexo.
Fonte: Dados adaptados da apostila desenvolvida pelo autor.
Os alunos participaram ativamente de todas as atividades, houve diferença
entre as turmas, mas não foi significativa. Durante o processo de aplicação houve
algumas rejeições na prática principalmente pelas meninas, pois esta aplicação
exige uma coordenação motora mais apurada, um controle dos gestos técnicos com
maior força. Passado os receios das primeiras aulas, a rejeição foi superada, e
tivemos uma superação dos medos e receios. Os alunos passaram a estar sempre
curiosos para saberem qual atividade que seria desenvolvida e como se daria a
organização da turma.
Em todas as atividades os alunos participaram se forma satisfatória, no
entanto superam as expectativas nas seguintes atividades: Handebol de Baliza;
Guardiões do Castelo; Todos contra Um; Vivencias de passes, recepção,
arremessos, empunhadura e Ataque e Defesa. Nessas atividades os alunos ficaram
mais à vontade e divertiram-se, percebeu-se que foi prazeroso para eles.
O Handebol de Baliza consiste em formar dois grupos na área de jogo,
colocar os cones sobre a linha na área de gol e sobre eles uma bola. O jogo tem
início com a troca de passes e arremessos entre os grupos, sendo que o ponto é
marcado a cada bola derrubada dos cones com os arremessos. O arremesso deve
ser realizado em movimento. Vence a equipe que conseguir derrubar todas as bolas
que estão sobre os cones.
Nos Guardiões do Castelo é feito um círculo com giz com cerca de 4 m de
diâmetro e outro, circundando o primeiro, com cerca de 5 m de distância. A escolha
é feita entre os participantes e 5 pessoas para representarem os guardiões do
castelo. Estes ficam posicionados entre os dois círculos e terão como objetivo
defender a torre do castelo (representada por um cone ao centro do primeiro
círculo). Os demais jogadores são os conquistadores do castelo que terão como
objetivo entrar no primeiro círculo sem serem capturados (tocados pelos guardiões).
Aqueles que são capturados auxiliam os guardiões na defesa do castelo. São
vencedores os jogadores que conseguirem chegar à torre sem serem capturados.
No Todos contra Um estipula-se um campo para a realização do jogo, a
metade da quadra ou área delimitada pelo professor. O objetivo do jogo é passar a
bola de handebol entre os jogadores que estiverem mais próximos do fugitivo no
intuito de neutralizá-lo tocando com a bola de handebol em seu corpo. Entretanto, a
pessoa que está de posse da bola poderá apenas dar um passo com a bola e não
poderá de forma alguma jogar a bola contra o fugitivo. Os demais jogadores,
enquanto não estiverem com a posse de bola, deverão se movimentar livremente
buscando se posicionar o mais próximo do fugitivo para receber a bola e neutralizá-
lo. O jogador que conseguir tocar a bola de handebol no fugitivo tomará o seu lugar.
Em vivências de passes, recepção, arremessos e empunhadura é preciso
dividir os alunos em grupos, cada grupo com uma bola, organizar em fileiras uma na
frente da outra a aproximadamente 10 metros. Ao sinal, inicia-se a realização do
passe de ombro, com antebraço elevado ao plano do ombro, braço a 90º, mãos
voltadas à frente, empunhadura e realizada com dedo polegar e mínino, os demais
auxiliam com pouca adesão e colaboram na ação de impulsionar a bola para frente.
A recepção é realizada com as duas mãos, ligeiramente côncavas voltadas para
dentro com dedos ligeiramente separado; forma-se um triângulo com os dedos
polegares próximo; indicadores encontrando-se na parte superior, braços
ligeiramente flexionados e relaxados para amortecer a chegada da bola. A bola
permanece ligeiramente afastada da palma da mão, para termos melhor domínio e
não deixarmos de realizar a quebra de munheca ao realizar o passe e,
principalmente, o arremesso.
O ataque e defesa é preciso dividir em equipes, separar 3 equipes de defesa,
2 equipes de ataque, confeccionar 3 círculos (um no meio da quadra, outros dois
próximos da área de 6 metros), posiciona-se a defesa na frente do círculo. O círculo
central tem que marcar dois lados, a cada 5 minutos o professor apita e as defesas
trocam de lugar.
Percebe-se que as atividades supracitadas exigem bastante agilidade,
concentração e coordenação motora, elementos importantes que podem refletir
positivamente em outras disciplinas. Embora a participação dos alunos tenha
aumentado nessas atividades, não houve nenhuma em que eles não tenham
demonstrado interesse.
A principal dificuldade foi envolver os alunos no início do projeto. Esse é um
momento crucial para o professor, já que é criada uma expectativa por parte do
mesmo em relação à aceitação e participação dos alunos no projeto. Percebendo a
rejeição dos alunos, o professor pode ser tentado a desistir do projeto acreditando
ser incapaz de envolver seus alunos com a proposta. No entanto, o professor tem
que estar preparado para a rejeição e utilizá-la como ferramenta para aprimorar sua
prática pedagógica e insistir na busca pelo o envolvimento do maior número de
alunos.
Nem sempre o “novo” atrai, normalmente gera inquietação e expectativa. No
caso da implementação desta proposta, a indisposição inicial foi superada com a
participação massiva dos alunos, o que tornou a aplicação do projeto efetiva. Dentre
os pontos positivos podemos destacar que os alunos sentiram-se desafiados com a
novidade, o que contribuiu para o empenho deles durante as atividades e,
consequentemente, envolveu toda a turma. Houve motivação mútua entre alunos e
professores, já que ao perceberem seus alunos entusiasmados com o handebol,
eles puderam vislumbrar outras atividades diferenciadas para realizar com os
alunos.
Com o decorrer das aulas foi percebido que os alunos estavam mais atentos
e disciplinados, além de estarem mais propensos à competição. Esses fatores
refletiram numa participação mais ativa nas aulas de Educação Física e um maior
envolvimento entre alunos e professores.
Perceber a aceitação e participação de alunos e professores durante a
aplicação desta proposta demonstra o quanto atividades diferenciadas podem
contribuir com o aumento da participação dos alunos. Com a obrigatoriedade de
permanência da escola para menores, a que se pensar em atividades diferenciadas
para que eles percebam que a escola pode fazer diferença no momento de vida
atual e não apenas no futuro. Ao buscar atividades diferenciadas e envolventes, o
professor aprimora sua prática pedagógica e contribui com a qualidade de ensino e
diminuição da evasão escolar.
Esta proposta pode ser aplicada em outras turmas de diferentes faixas
etárias, pois há esta previsão no Projeto Político Pedagógico e Plano de Trabalho
Docente, já que houve grande aceitação entre professores e alunos. No entanto, se
houvesse maior participação de outras instâncias da escola, possivelmente o
resultado seria ainda melhor.
A finalização do projeto na turma foi realizada por meio de um Festival do
Handebol, com jogos e outras atividades relacionadas à modalidade. O momento foi
de descontração e confraternização. O festival objetivou celebrar o handebol com as
turmas participantes sem preocupar-se com vencedores.
O encerramento das atividades do projeto com os alunos foi realizado com
um seminário de discussão sobre o handebol, o aprendizado adquirido por meio do
projeto e os resultados obtidos.
Diante dos questionamentos, observou-se que os alunos participantes têm
grandes dificuldades em práticas esportivas direcionadas e com aprofundamento
técnico e tático. Os alunos perceberam que encontraram dificuldade em algumas
atividades propostas e relataram que conhecer o handebol aguçou o interesse por
praticá-lo e conhecer outras modalidades. Mesmo encontrando essas dificuldades,
aprenderam novas técnicas e táticas de jogo, já que tiveram uma vivência mais
diária com o handebol. Os alunos atribuíram as dificuldades encontradas na falta de
vivência de outras modalidades.
Os professores dão ênfase a essas modalidades a modalidades como o futsal
e voleibol por não demandarem tantos esforços para envolver os alunos, já que são
esportes populares. Durante as discussões com professores no Grupo de Trabalho
em Rede - GTR, relatos nesse sentido foram constatados.
O GTR relacionado a essa proposta contou com a participação de 15
professores que compreenderam a importância de readequar á prática-pedagógica
constantemente para atendimento das necessidades e expectativas dos alunos. No
feedback dos professores foi possível constatar a mesma realidade que
presenciamos na primeira fase do projeto, ou seja, o professor sabe que o handebol
é uma atividade prevista nas Diretrizes Curriculares de Educação Física, mas
acabam optando por esportes que tem maior adesão dos alunos por serem mais
populares.
Quando os professores depararam-se com essa proposta questionaram
bastante a forma de aplicação e como foi a aceitação dos alunos. Os professores
têm interesse em buscar novas formas de trabalhar com alunos de forma a envolvê-
los, mas a falta de conhecimento e o medo são obstáculos a serem superados.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização deste projeto de intervenção pedagógico foi possível
constatar que os alunos se sentiram desafiados com a proposta de ensino do
handebol. Aos poucos se abriram para a novidade e os avanços foram surgindo. As
turmas sentiram-se motivadas com o desafio e a participação nas aulas de
Educação Física teve uma melhora significativa. A participação dos alunos foi
instigante, nos levando a refletir sobre novas intervenções para popularizar o
handebol, já que este é um esporte tão completo e pode contribuir nesta busca
constante da qualidade de ensino.
Quanto aos professores participantes deste estudo, os resultados
apresentados são considerados positivos, uma vez que inicialmente os docentes
tinham consciência de suas limitações em relação ao conteúdo handebol e por essa
deficiência reduziam o tempo de trabalho destinado a este conteúdo. Com a
participação no GTR e a aquisição de conhecimentos que lhes deram embasamento
sobre a modalidade, os professores se sentiram confiantes e motivados a trabalhar
com o handebol na escola. Também foi constatado a angustia do professor na busca
por mais informações e sugestões para sua prática docente, bem como a satisfação
e encontrá-la.
A formação continuada é de suma importância para suprir carências
decorrentes da formação inicial e para manter o professor atualizado. A Secretaria
de Educação do Paraná promove momentos destinados a grupos de estudos,
cursos, treinamentos e momentos para a reflexão da prática pedagógica. O que
comumente se questiona é que nem sempre os temas escolhidos se adéquam as
necessidades do professor. No entanto, o professor que é consciente de suas
limitações e quer fazer diferença na vida do aluno precisa sair de sua zona de
conforto e ir buscar subsídios necessários para melhorar sua prática pedagógica.
REFERÊNCIAS
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