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Redesign de embalagem e bula de medicamento baseado em design da informação centrado no usuário Redesign of packaging and labeling of drug based on user-centered design information Kelli CAS Smythe, Carla Spinillo e Caio Márcio A. Silva Design centrado no usuário, redesign, medicamentos O propósito deste artigo é apresentar o resultado do workshop “Escrevendo, desenvolvendo e testando informações complexas para ações simples”, ministrado por Karel van der Waarde, na UFPR. Para tanto foi realizado um levantamento bibliográfico e posterior estudo analítico e experimental com a proposição de redesign de embalagem e bula de medicamento a partir da abordagem do design centrado no usuário. Os resultados preliminares explicitam possibilidades de aprofundamento deste e de outros trabalhos para futuros redesign de materiais instrucionais voltados para área médica. User-centered design, redesign, drugs The purpose of this paper is to present the outcome of the workshop "Writing, developing and testing complex information to simple actions," taught by Karel van Waarde in UFPR. To that end, we conducted a literature review and subsequent analytical and experimental with the proposition redesign of packaging and labeling of medication from the approach of user-centered design. Preliminary results further explain the possibilities of this and other jobs for the future redesign of instructional materials aimed at drugs. 1 Introdução As frustrações e problemas gerados pelo mau uso de medicamentos são inúmeros e advêm de diversos fatores. Na tentativa de demonstrar alguns deles este artigo traz, através de levantamento bibliográfico e estudo experimental, aspectos que podem auxiliar o design de embalagens e bulas de medicamentos por meio de uma abordagem centrada no usuário. Tal abordagem deve, segundo Payne (2002), considerar a avaliação das necessidades informacionais do indivíduo, dentro do seu contexto de uso de um medicamento. Waarde (2005) salienta que a única pessoa que pode realmente julgar se as informações disponibilizadas permitem ações no contexto de uso é o usuário real. Para o autor, é essencial envolver as pessoas na realização de testes dos materiais produzidos através da observação de suas ações reais cotidianas. Vale ressaltar que, quando se fala sobre as informações de um medicamento disponibilizadas aos usuários, não se deve limitar ao entendimento da bula em si. O conjunto embalagem externa, embalagem interna (considerando aqui seu rótulo) e bula compreendem o sistema físico disponibilizado ao usuário. Desse modo, para fornecer informações adequadas aos pacientes devem-se considerar quais os passos são tomados por ele quando adquire um medicamento, como o manuseia em seu dia-a-dia e ainda considerar os agentes envolvidos, ou seja, não só pacientes, mas farmacêuticos, médicos e enfermeiros que administram os fármacos (WAARDE, 2008). Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brasil | 2013 Proceedings of the 6 th Information Design International Conference 5 th InfoDesign Brazil 6 th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brazil | 2013 Smythe, Kelli CAS; Spinillo, Carla G.; Silva Caio Márcio A. 2014. Redesign de embalagem e bula de medicamento baseado em design da informação centrado no usuário. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2 DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-27 CIDI 2013 6 TH CIDI 5 TH InfoDesign 6 TH CONGIC 5 th Brazilian Conference of In form ation Design 6 th In form ation Design Student Conference 6 th Inform ation Design International Conference Blucher Design Proceedings May 2014 , Vol. 1, Num. 2 www.proceedings.blucher.com.br/evento/cidi

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Redesign de embalagem e bula de medicamento baseado em design da informação centrado no usuário Redesign of packaging and labeling of drug based on user-centered design information

Kelli CAS Smythe, Carla Spinillo e Caio Márcio A. Silva

Design centrado no usuário, redesign, medicamentos

O propósito deste artigo é apresentar o resultado do workshop “Escrevendo, desenvolvendo e testando informações complexas para ações simples”, ministrado por Karel van der Waarde, na UFPR. Para tanto foi realizado um levantamento bibliográfico e posterior estudo analítico e experimental com a proposição de redesign de embalagem e bula de medicamento a partir da abordagem do design centrado no usuário. Os resultados preliminares explicitam possibilidades de aprofundamento deste e de outros trabalhos para futuros redesign de materiais instrucionais voltados para área médica.

User-centered design, redesign, drugs

The purpose of this paper is to present the outcome of the workshop "Writing, developing and testing complex information to simple actions," taught by Karel van Waarde in UFPR. To that end, we conducted a literature review and subsequent analytical and experimental with the proposition redesign of packaging and labeling of medication from the approach of user-centered design. Preliminary results further explain the possibilities of this and other jobs for the future redesign of instructional materials aimed at drugs.

1 Introdução

As frustrações e problemas gerados pelo mau uso de medicamentos são inúmeros e advêm de diversos fatores. Na tentativa de demonstrar alguns deles este artigo traz, através de levantamento bibliográfico e estudo experimental, aspectos que podem auxiliar o design de embalagens e bulas de medicamentos por meio de uma abordagem centrada no usuário. Tal abordagem deve, segundo Payne (2002), considerar a avaliação das necessidades informacionais do indivíduo, dentro do seu contexto de uso de um medicamento. Waarde (2005) salienta que a única pessoa que pode realmente julgar se as informações disponibilizadas permitem ações no contexto de uso é o usuário real. Para o autor, é essencial envolver as pessoas na realização de testes dos materiais produzidos através da observação de suas ações reais cotidianas.

Vale ressaltar que, quando se fala sobre as informações de um medicamento disponibilizadas aos usuários, não se deve limitar ao entendimento da bula em si. O conjunto embalagem externa, embalagem interna (considerando aqui seu rótulo) e bula compreendem o sistema físico disponibilizado ao usuário. Desse modo, para fornecer informações adequadas aos pacientes devem-se considerar quais os passos são tomados por ele quando adquire um medicamento, como o manuseia em seu dia-a-dia e ainda considerar os agentes envolvidos, ou seja, não só pacientes, mas farmacêuticos, médicos e enfermeiros que administram os fármacos (WAARDE, 2008).

Anais do 6º Congresso Internacional de Design da Informação 5º InfoDesign Brasil 6º Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brasil | 2013

Proceedings of the 6th Information Design International Conference 5th InfoDesign Brazil 6th Congic Solange G. Coutinho, Monica Moura (orgs.) Sociedade Brasileira de Design da Informação – SBDI Recife | Brazil | 2013

Smythe, Kelli CAS; Spinillo, Carla G.; Silva Caio Márcio A. 2014. Redesign de embalagem e bula de medicamento baseado em design da informação centrado no usuário. In: Coutinho, Solange G.; Moura, Monica; Campello, Silvio Barreto; Cadena, Renata A.; Almeida, Swanne (orgs.). Proceedings of the 6th Information Design International Conference, 5th InfoDesign, 6th CONGIC [= Blucher Design Proceedings, num.2, vol.1]. São Paulo: Blucher, 2014. ISSN 2318-6968, ISBN 978-85-212-0824-2DOI http://dx.doi.org/10.5151/designpro-CIDI-27

CIDI 2013 6TH CIDI 5TH InfoDesign 6TH CONGIC5 th Brazilian Conferenceof In form ation Design

6 th Inform ation DesignStudent Conference

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A apresentação da informação em embalagens e bulas para esses agentes podem conter vários fatores problemáticos. Eles podem estar ligados tanto ao design de produto e gráfico (design da informação mais especificamente) quanto as áreas farmacológicas. A forma ou a interface da embalagem, por exemplo, traz em si informações, mesmo não sendo textuais, as quais muitas vezes tornam-se um problema para o entendimento do manuseio do medicamento (LÚCIO et al., 2006). Outros fatores, mais diretamente relacionados à disposição da informação textual, têm sido explorados por diferentes áreas. Em farmacologia, por exemplo, estudos têm buscado analisar o conteúdo disponível aos usuários através da identificação de alguns aspectos sobre a leitura da bula como o reconhecimento de tipos e tamanhos de letras além da avaliação de alguns termos utilizados. (SILVA et al., 2000). No design da informação estudos sobre tipografia e representações pictóricas aplicadas em bulas têm recebido maior atenção a partir da identificação de possíveis erros de administração de medicamento. Esses erros têm ocorrências devido a problemas com a legibilidade do texto (inclui-se aqui tamanho da letra, espaço entre linhas, usos de caixa alta, de negrito, alinhamento de texto etc.); leiturabilidade do texto (linguagem muito técnica); apresentação gráfica das informações (hierarquia das informações seja por escolhas tipográficas ou distribuição das informações); apresentação de instruções visuais (SPINILLO et al., 2009; PADOVANI et al., 2008).

A identificação desses aspectos que podem ocasionar erros é bastante relevante, pois afetam diretamente a compreensão da informação e posterior uso do medicamento. Desta forma, outro fator a ser considerado no desenvolvimento de embalagens e bulas de medicamento é como se dá o processo cognitivo das pessoas na situação de uso. Ou seja, como elas dão significado ao conteúdo informacional que recebem naquele momento juntamente como sua experiência prévia. Pode-se afirmar ainda que “a compreensão da língua escrita acontece quando há interação do leitor com um texto sendo que após a leitura é ativado um conhecimento prévio do tema permitindo assim atribuir significado às palavras, frase e parágrafos” (FUJITA e SPINILLO, 2008).

Para Wright (1999) os processos cognitivos e metacognitivos abrangem a compreensão e interpretação da estrutura visual e do conteúdo escrito, sendo necessárias para tanto competências identificadas durante a leitura de instruções verbais ligadas ao processo metacognitivo (a) pesquisa; (b) compreensão; (c) execução (realização da tarefa).

Outro fator levantado, que também pode vir a influenciar o processo cognitivo, é a instrução visual apresentada através de imagens. Uma possibilidade é a utilização das chamadas sequências pictóricas de procedimentos - SPP, ou seja, conjunto de imagens que descrevem um procedimento (SPINILLO, 2000). Quando aplicadas de modo a demonstrar os passos para execução de uma tarefa, como a de ingerir ou administrar um medicamento, as SPP´s podem auxiliar positivamente os usuários a partir da consulta na bula ou embalagem de um medicamento. Isto porque, a ilustração pode passar informações complexas, que demandariam grande quantidade de texto, em poucos passos e com pouco complemento textual. Em pesquisa sobre utilização de SPP´s em bulas de medicamentos, Spinillo et al. (2008) propuseram, na fase experimental do estudo, alguns princípios e diretrizes que pudessem ser aplicados no desenvolvimento de sequência pictórica de procedimentos relativas a tarefas realizadas na medicina. Tais princípios, são gerais sobre a inclusão do usuário (quadro 01) e diretrizes relativas a apresentação textual (quadro 02) e representação de sequência pictórica de procedimentos (quadro 03), apresentados na sequência, foram gerados a partir de estudo da bula de um medicamento específico para pessoas com asma (similar ao objeto de estudo deste artigo), e pode potencializar a compreensão da informação disponibilizada.

Quadro 01: princípios sobre a inclusão do usuário

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Quadro 02: diretrizes de apresentação visual

Quadro 03: diretrizes para sequências pictóricas de procedimentos

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O levantamento de fatores e aspectos que podem ser problemáticos no uso de fármacos é de fundamental importância como auxílio no desenvolvimento de suas embalagens e bulas. Na busca de uma aplicação prática das informações levantadas até aqui, este trabalho objetivou analisar a embalagem e bula de um medicamento e realizar seu redesign apresentando-os então a potenciais usuários no intuito de mensurar a aceitação e compreensão proposta. Essa aplicação pautou-se na utilização de etapas de trabalho que procuraram sistematizar e facilitar o desenvolvimento do redesign.

2 Redesign de embalagem e da bula centrado no usuário

Após o levantamento bibliográfico foi realizado estudo analítico e experimental, resultante do workshop “Informação sobre medicamentos para as pessoas: Escrevendo, desenvolvendo e testando informações complexas para ações simples”, ministrado por Karel van de Waarde, da University of Avans, Holanda, no programa de pós-graduação da UFPR. Nesse workshop foi proposto o resign de embalagem e bula de medicamento a partir da abordagem do design centrado no usuário. Assim, foi enfatizado o Design de Informação como elemento norteador para o redesenho das embalagens (interna e externa), bem como da bula de um medicamento para portadores de asma. Como um projeto de curta duração (três dias, sendo um dia de seminário e dois de curso prático) este estudo teve limitações quanto ao desenvolvimento do redesign e aplicação da validação com usuários, os quais participaram ativamente apenas na avaliação do protótipo desenvolvido.

Estudo Analítico

A partir do levantamento bibliográfico e das pesquisas apresentadas no seminário, tendo como foco o design centrado no usuário, foi definido como o objeto de estudo, um medicamento utilizado por portadores de asma. Tal medicamento constituiu-se de embalagem externa, embalagem interna contenedora do medicamento (composto por uma bombinha de inalação) e pela bula. A embalagem e bula do medicamento original foram então analisadas qualitativamente seguindo os critérios: (a) forma de apresentação física (embalagem externa, interna e bula); (b) conteúdo informacional (na embalagem externa e bula); (c) disposição das informações (ordem, hierarquia, representação gráfica).

Na breve análise realizada foram identificados problemas:

a. Relativo À forma física: (1) embalagem externa em papelão com baixa resistência para transporte; (2) embalagem interna identificação de problemas relativos a visualização de conteúdo e manuseio do produto porém, não relevantes nessa análise por se tratar de um problema de design de produto; (3) bula impressa: em papel com baixa opacidade.

b. Relativo ao conteúdo informacional: (1) embalagem externa não contém dados farmacológicos relativos ao uso, administração para o paciente, o qual só obterá as informações na bula do medicamento; (2) deficiência no entendimento de alguns termos da bula, mesmo com a maior ênfase dada ao modo de usar houve omissão de passos para uso do medicamento;

c. Relativo à disposição das informações: os problemas mais perceptíveis dizem respeito aos aspectos de tipografia (tipo e tamanho- descrever quais foram utilizadas na bula e embalagem externa); dificuldade na busca de informação devido à falta de hierarquia e disposição das informações, pouca ênfase em conteúdos importantes como as advertências e; forma de apresentação pictórica das instruções visuais confusa, com falta de relação texto-imagem.

Figura 01: embalagem externa do medicamento analisado. http://www.cliquefarma.com.br/preco/site/minasbrasil/AERODINI-100-MCG-SPRAY-200-DOSES-APLICADOR

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Figura 02: bula do medicamento analisado

Figura 03: embalagem interna contenedora do medicamento. Fonte: http://www.medstorerx.com/general-health/ways-to-get-rid-of-breathing-problems.aspx

Com a identificação dos principais problemas foram também analisados o conteúdo e SPP tendo-se como base nos princípios e diretrizes de Spinillo et al, 2008, apresentados anteriormente. Com base na análise realizada na bula e embalagem do medicamento e nos princípios e nas diretrizes propostas no estudo mencionado, foram adotados alguns critérios para realização do redesign da embalagem e bula do medicamento.

Proposta de Redesign

Com base na literatura e discussões durante o curso foi realizada a proposta de redesign da bula e embalagem externa do medicamento através da adoção dos seguintes etapas:

Contexto de uso

Definição dos usuários. Manipulação do medicamento pelo usuário portador de doença respiratória ou outra pessoa em caso de crise aguda, ambiente interno ou externo à residência;

Breve análise conteúdo da bula

Através da bula existente foi realizada a leitura para compreensão das informações, forma de organização do conteúdo e principalmente modo de uso do medicamento através das imagens e conteúdo textual. A partir dessas informações foi simulada a tarefa de administrar o

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medicamento para conferir se os passos descritos na bula condiziam com uma possível realidade de uso (breve análise da tarefa). Nesta etapa contou-se com o auxílio de conteúdos disponibilizados por alguns sites na internet que abordam a temática de doenças respiratória como a asma (boa saúde e tudo sobre asma).

Breve análise de similares

Foi realizado levantamento de medicamentos similares para identificação das aplicações gráficas da embalagem externa, com possibilidades de estojos diferenciados; de formas da embalagem interna contenedora do medicamento; e de conteúdo/tarefa de uso e referências de representações pictóricas utilizadas nas SPP´s, conforme apresentado nas figuras 04, 05 e 06.

Figura 04: exemplos de embalagem externa de similares.

Figura 05: exemplos de embalagem internas (contenedoras) de similares

.

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Figura 06: exemplos de SPP´s e de formas de representação do uso do medicamento.

Estrutura

Definição de conteúdo e formas de apresentação estrutural e pictórica. Com base nas análises e diretrizes de design já mencionados na revisão de literatura foram definidos requisitos de design para o desenvolvimento do protótipo, são eles:

1. conter embalagem de transporte resistente com possibilidade de personalização; 2. conter bula acoplada à embalagem para sempre carregá-la junto; 3. conter na bula informações principais de uso e advertência e considerar o uso do

medicamento como principal item através de representação pictórica;

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4. utilizar cores para facilitar a busca por conteúdo na bula;

Prototipagem:

- Design estrutural e visual

Foi realizado um protótipo tendo como base requisitos levantados optando-se pelo desenvolvimento de uma embalagem rígida (em princípio de PVC) que possibilitasse o transporte diário, visto que pacientes com asma têm orientação médica de sempre portar tal medicamento.

Foi considerado que o uso do medicamento se daria não só por pacientes, mas por amigos e/ou familiares que, em algum momento, necessitassem administrar o medicamento no paciente, seja por se tratar de uma impossibilidade de auto-administração (como em uma crise aguda) ou por ser o paciente uma criança.

- Concepção do produto

Embalagem externa/estojo rígido, que serve para transporte diário com área para personalização na frente e espaço atrás para colocação da prescrição médica indicada ao paciente. Internamente o estojo possui espaço (berço) para acomodação da bombinha e de post its (etiquetas para anotações) para possíveis advertências/anotações do usuário do usuário (figuras 07 e 08). O estojo possui ainda espaço para acomodação da bula a qual foi desenvolvida em forma de cartões identificados por diferentes cores de acordo com a informação disponibilizada (figura 11). O primeiro cartão apresentado na bula contém instruções de uso através de sequência pictórica de procedimentos-SPP. O desenvolvimento da SPP partiu dos resultados da análise de similares juntamente com a análise da tarefa e teve como base uma ilustração existente (figura 09), a qual teve alguns aspectos visuais melhorados, alguns passos excluídos e outros adicionados em seu redesign (figura 10).

Figura 07: Embalagem externa do medicamento – vista superior e inferior.

Figura 08: vista da embalagem (protótipo) externa aberta com a bula, da bombinha e post it.

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Figura 09: SPP usada como base para redesign fonte: AFSZ http://www.afsz.org/html_minor/asthma_triggers.html

Figura 10: Redesign da SPP existente

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Figura 11: bula em formato de cartões.

3 Validação da proposta em entrevista

Foi então realizada uma consulta com usuários potenciais para verificar a compreensão e aceitabilidade da proposta. A validação foi realizada através de entrevista estruturada a partir da apresentação do protótipo para análise e protocolo escrito.

Participantes

Dez pessoas de diferentes faixas etárias e grau de instrução participaram da entrevista. Essas foram selecionadas por serem utilizadoras do medicamento ou parentes que convivem com pessoas portadoras de doenças respiratórias e que utilizem o medicamento similar.

Material

Para realização da entrevista foi utilizado um protocolo impresso com 09 questões, divididas em 3 partes:

a. Apresentação da embalagem: 1. Qual importância de uma embalagem rígida no uso diário do medicamento; 2. Importância de uma embalagem rígida no transporte diário do medicamento; 3. Qual o grau de utilidade de uma embalagem rígida;

b. Apresentação da bula geral (conjunto de cartões): 1. Referente à informação a “quantidade de remédio que o paciente deve tomar” está clara; 2. O quanto a apresentação da bula facilita a interação com a mesma; 3. O quanto a organização do conteúdo da bula facilita a busca pelas informações;

c. Apresentação do cartão “Como Usar”: 1. O quanto as ilustrações ajudam na compreensão das tarefas; 2. O quanto as informações se encontram bem organizadas; 3. O quanto o texto influencia positivamente na compreensão das tarefas.

Cada questão continha uma escala de 0 (zero) a 10 (dez) onde zero representava a nota

mínima e dez a nota máxima.

Procedimentos

As entrevistas foram realizadas no hall de entrada da Universidade Federal do Paraná (Reitoria). Os pesquisadores apresentaram o protótipo aos participantes, de forma individualizada, contextualizando o objetivo da entrevista, e explicando a proposta de redesign

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do produto. A aceitação em participar da pesquisa se deu a partir da assinatura de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Após a análise da embalagem e bula pelos participantes, deixando claro que se tratava de um protótipo que simularia PVC na embalagem externa, foi realizada a entrevista com preenchimento do protocolo pelos próprios participantes. O procedimento com cada participante teve tempo médio de 12 minutos entre a apresentação da proposta e entrevista.

4 Análise dos dados e resultados

A análise dos dados ocorreu de forma qualitativa visto que o número de participantes neste momento do estudo foi pequeno. As respostas foram compiladas e analisadas a partir da média aritmética (considerando a escala de 0 a 10, fornecida no protocolo).

Os resultados da análise tanto no referente à embalagem externa quanto a bula foram positivos. Nas questões relativas a apresentação da embalagem a questão 01, sobre “a importância da embalagem rígida no uso diário do medicamento” e na questão 03 “grau de utilidade da embalagem rígida” a média dos resultados foi de 9,4; já na questão 02 “importância da embalagem rígida no transporte diário do medicamento” a média foi 9,8;

Nas questões relativas a apresentação geral da bula o quanto a informação “quantidade de remédio que o paciente deve tomar” está clara:” e “quanto a maneira com que a bula foi apresentada (cartões) facilita na interação com a mesma” obtiveram média 10; “o quanto a organização do conteúdo da bula facilita na busca pelas informações:” obteve média 9,8.

Já nas três questões relativas a como usar a bula, “o quanto as ilustrações ajudam na compreensão das tarefas”, “o quanto as informações se encontram bem organizados” e, “ o quanto texto influência positivamente na compreensão das tarefas” obtiveram média 10. Todos os participantes consideraram a abordagem dada ao redesign bastante interessante.

Alguns comentários além das questões da entrevistas contribuíram para melhorar a avaliação do protótipo como: “... a distribuição do conteúdo da bula em cartões facilita encontrar as informações além de despertar o interesse na consulta”; “O vermelho mostra que é algo que precisa de mais atenção, o uso das cores e desses títulos na lateral tornam a bula mais agradável e fácil de localizar os itens.”; “um estojo resistente e com a indicação de como usar o medicamento deveria existir para todos os medicamentos que necessitam uso contínuo”; “para mim os desenhos na bula e a possibilidade de personalizar a caixa para carregar na bolsa são os itens mais importantes, pois já seriam o suficiente para saber como usar ou ajudar alguém a usar a bombinha”.

A partir dos comentários foram realizadas perguntas complementares sobre as respostas dadas pelos participantes. Entre elas o porquê seria importante e útil uma embalagem rígida, 4 participantes acreditavam que poderia proteger o produto quando carregado na bolsa. Quando questionados sobre o porquê a apresentação do conteúdo foi considerada clara, todos participantes relacionaram os títulos dos cartões e depois a diferenciação das fontes (regular e negrito). Sobre a forma de apresentação e conteúdo do cartão “Como usar” os participantes foram unânimes na escolha do item como o melhor do protótipo, por considerarem as ilustrações, orientações dos passos com números e texto auxiliar bastante claros e de rápida assimilação.

Pode se afirmar que os resultados das entrevistas mostram a potencialidade inicial da proposta de redesign. Percebe-se que o conteúdo textual, principalmente os títulos dos cartões, apresentados com uma linguagem mais coloquial aproximaram a informação do repertório dos entrevistados. A utilização de cores diferenciadas nos cartões, além de dividir o conteúdo, facilitou a busca de informação. Mesmo pouco explorada graficamente, a hierarquia tipográfica auxiliou o entendimento dos conteúdos da bula. Os aspectos considerados na proposta proporcionaram a facilitação do entendimento do conteúdo, considerando as respostas e comentários dos usuários, os quais conseguiram procurar, entender e se sentirem capazes de executar a tarefa de administrar o medicamento.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Dentro de todas as limitações desse trabalho cabe ressaltar a experiência positiva adquirida a partir da identificação dos diferentes fatores envolvidos no desenvolvimento de materiais informacionais na área médica como embalagens e bulas através da revisão de literatura e estudo experimental.

A integração da expertise do design gráfico, que trabalha com instruções visuais, juntamente com as pesquisas e dados divulgados na literatura é de grande importância. Mas, além disso, a utilização de um processo que inclua a participação do usuário torna-se fundamental quando se pretende aumentar a eficiência dos projetos de embalagens e de bulas de medicamentos.

O curto tempo para execução da etapa de prototipagem e validação não possibilitou um aprofundamento em várias questões que precisariam ser consideradas como: análise detalhada do conteúdo textual junto com especialistas da área de saúde (como farmacêuticos e médicos), estudo de correspondência cromática com os itens dos cartões, teste de usabilidade da bula com o medicamento.

No entanto, com os resultados iniciais deste trabalho, pode-se realizar um estudo aprofundando tanto sobre os itens aqui avaliados bem como identificar as questões relativas à legislação para medicamentos de modo propiciar o desenvolvimento de um novo protótipo, passível de aplicação no mercado brasileiro. Também é pertinente que esse novo protótipo considere uma amostra numericamente mais significativa de participantes brasileiros para que os resultados possam ter maior confiabilidade e possam traduzir como os usuários percebem e utilizam as informações nos medicamentos (embalagens e bulas).

O que se tem no presente estudo é um indício de que os testes com usuários, mesmo com uma amostra pequena, juntamente com vários aspectos que têm sido apresentados pela literatura podem contribuir significativamente no desenvolvimento de materiais informacionais para bulas e embalagens de medicamentos. Os resultados preliminares explicitam possibilidades de aprofundamento deste e de outros trabalhos para futuros redesign de materiais instrucionais voltados para área médica.

Referências

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Sobre os autores

Kelli CAS Smythe, BA em design, UFPR, Brasil <[email protected]>

Carla G. Spinillo, PhD, UFPR, Brasil <[email protected]>

Caio Márcio Almeida e Silva, ME, UFPR, Brasil <[email protected]>

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