guia tcc darcy ribeiro
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PROGRAMA DARCY RIBEIRO
COORDENAO ACADMICA
SUPERVISO DE TCC
GUIA DE ORIENTAO PARA A CONSTRUO DOS TRABALHOS DE
CONCLUSO DE CURSO (TCC) DO PROGRAMA DARCY RIBEIRO
Prof. Dr. Jackson Ronie S-Silva
SO LUS MA
2014
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Sumrio
Apresentao .............................................................................................................. 3
1 O que a Superviso de TCC?............................................................................... 4
2 Objetivos do Guia.................................................................................................... 4
3 Refletindo com os/as docentes acerca do componente curricular TCC ............... 5
4 Refletindo com os/as discentes acerca do componente curricular TCC............... 9
5 O Trabalho de Concluso de Curso (TCC)............................................................ 10
6 Tipologias de TCC................................................................................................... 12
6.1 Monografia...............................................................................................................12
6.2 Relatrio de estgio...................................................................................................13
6.3 Proposta pedaggica............................................................................................... 14
6.4 Produo de programas de computao de alta resoluo......................................14
6.5 Projeto metodolgico integrado.............................................................................15
6.6 Projeto de inveno................................................................................................. 15
6.7 Produo de novas tecnologias para cultura agrcola...............................................15
6.8 Proposta Tecnolgica................................................................................................15
7 Orientaes gerais sobre o componente curricular TCC......................................16
Referncias......................................................................................................................18
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Apresentao
O Ministrio da Educao (MEC) preconiza como condio sine qua non que ao final
de todo curso de graduao o/a acadmico/a1 desenvolva um trabalho acadmico que
demonstre a capacidade de escrever um texto cuja redao se enquadre nas regras gerais
do mtodo cientfico. Com os/as acadmicos/as do Programa Darcy Ribeiro no ser
diferente. Em 2014, o Programa Darcy inicia o componente curricular Trabalho de
Concluso de Curso (TCC) em seus cursos de licenciatura e com ele a logstica
cientfico-pedaggica de acompanhamento dos mesmos atravs da Superviso de TCC.
Esta Superviso realizar a gesto das atividades relacionadas construo do TCC
desde sua concepo at a apresentao do trabalho. Para direcionar o trabalho docente
e discente neste componente curricular organizamos o Guia de orientao para a
construo dos Trabalhos de Concluso de Curso (TCC) do Programa Darcy Ribeiro
que fornecer informaes importantes para os/as professores/as orientadores pensarem
suas aes de orientao nas fases de elaborao dos projetos de TCC e posteriormente
na construo dos TCC. Nele encontraremos as seguintes informaes: atribuies da
Superviso de TTC; os objetivos do guia de orientaes para a construo do TCC;
orientaes aos/s docentes e aos/s discentes sobre a relao orientador/a-orientando/a;
o conceito de TCC; as tipologias de TCC. Esperamos que as orientaes contidas neste
Guia sejam capazes de sensibilizar, estimular e potencializar docentes e discentes para
que construam TCC de qualidade. Bom trabalho!
Prof. Dr. Jackson Ronie S da Silva2
Supervisor de TCC Programa Darcy Ribeiro 1 Neste texto fao uso do que Andr Sidnei Musskopf (2008) denomina linguagem inclusiva. Segundo ele, a
linguagem corrente assume o masculino como padro hegemnico perpetuando valores sexistas e discriminatrios
(MUSSKOPF, 2008, p.7). Cludia Vianna e Sandra Unbehaum (2004) argumentam que o uso da palavra articulada
ou escrita como meio de expresso e comunicao supe o masculino genrico para que as pessoas expressem
representaes, sentimentos e ideias. Ao analisarem as polticas educacionais colocando em destaque os processos
histricos de invisibilizao do gnero feminino elas so contundentes ao afirmarem que a ausncia da distino entre
os sexos na linguagem subjacente s polticas educacionais pode justificar a permanncia de desigualdades nas
relaes de gnero no debate educacional. Concordo com Musskopf (2008) e Vianna e Unbehaum (2004). Assim,
termos que se referirem tanto ao feminino quanto ao masculino sero grafados utilizando-se os seguintes recursos:
/as ou /os, repetindo-se os termos nos dois gneros ou substituindo-se por termos que expressam ambos os
gneros, mas que sejam precedidos pelo artigo correspondente quando necessrio. Assim, assumo politicamente a
visibilizao do feminino. 2 Professor Adjunto do Departamento de Qumica e Biologia da Universidade Estadual do Maranho (UEMA),
campus So Lus - MA. Doutor em Educao pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), Rio Grande
do Sul. Mestre em Sade e Ambiente (UFMA). Especialista em Metodologia do Ensino Superior (UFMA).
Especialista em Biologia (Universidade Federal de Lavras UFLA). Especialista em Micologia (UNIFESP SP e
UFMA). Especialista em Sexologia (Universidade Candido Mendes RJ). Licenciado em Biologia (UEMA).
Licenciado em Qumica (UEMA). Farmacutico-Bioqumico (UFMA).
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1 O que a Superviso de TCC?
A Superviso de Trabalho de Concluso de Curso configura-se como um
setor da Coordenao Acadmica do Programa Darcy Ribeiro que promove a gesto das
atividades relacionadas ao Trabalho de Concluso de Curso (TCC). So atribuies
desta Superviso:
Realizar os encaminhamentos acadmicos relacionados ao Trabalho de
Concluso de Curso (TCC);
Orientar sobre a construo do TCC;
Dialogar com a Coordenao Acadmica e os Supervisores de Curso sobre as
especificidades dos objetos de pesquisa dos TCC e a viabilidade para pesquis-
los / estud-los / constru-los;
Dialogar com os/as coordenadores/as de polo sobre os encaminhamentos acerca
dos TCC junto a professores/as e acadmicos/as;
Orientar sobre epistemologias, teorias e metodologias que podem ser utilizadas
na construo dos TCC;
Acompanhar o fluxograma e a logstica das orientaes dos TCC da concepo
do projeto at sua defesa.
2 Objetivos do Guia de Orientao dos Trabalhos de Concluso de Curso (TCC)
O Guia de orientao para a construo dos Trabalhos de Concluso de
Curso (TCC) do Programa Darcy Ribeiro configura-se como um instrumento didtico-
metodolgico a ser utilizado por docentes e discentes do Programa Darcy Ribeiro no
componente curricular denominado Trabalho de Concluso de Curso (TCC). Assim,
o Guia visa orient-los/as na construo dos Trabalhos de Concluso de Curso (TCC).
Alm disso, pretende informar e incentivar os/as discentes dos diferentes cursos de
licenciatura a desenvolverem TCC que se enquadrem na lgica e filosofia do Programa
Darcy Ribeiro que aquela relacionada formao de professores e professoras da
educao bsica especificamente para atuarem no ensino fundamental.
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3 Refletindo com os/as docentes acerca do componente curricular TCC
Prezados/as docentes, estamos iniciando mais uma importante atividade
acadmica no Programa Darcy Ribeiro que a implantao do componente curricular
Trabalho de Concluso de Curso (TCC). Ser o momento em que docentes e discentes
podero interagir ainda mais no processo ensino-aprendizagem assim como na
construo de conhecimentos cientficos didaticamente relevantes para serem utilizados
na educao bsica.
Tudo que novo nos desafia e nos motiva, mas tambm nos causa
sensaes de instabilidade, de medo, de insegurana, etc. Tais sentimentos so
contraditrios e fazem parte do labor da docncia. A disperso dos sentimentos
construdos por ns como negativos s ser possvel se encararmos os desafios com
seriedade, tica, estudo, competncia didtica e criatividade. Vocs que foram
selecionados/as para compor o corpo docente de orientao dos TCC dos/as
acadmicos/as das licenciaturas do Programa Darcy Ribeiro j trazem um diferencial
que no est relacionado necessariamente ao bom currculo e/ou experincia docente
comprovados. O diferencial que entendo como significativo que vocs se desafiaram a
estar numa estrutura acadmica que tem por finalidade primeira a formao de
professores/as para atuarem na educao bsica de nosso Estado. Orientar
professores/as em processo um desafio porque ao realizarmos tal ao estamos
tambm nos reconstruindo e nos colocando numa posio reflexiva e crtica.
Orientar TCC requer inmeros cuidados. Cuidados acadmicos e cuidados
para alm dos procedimentos que exige o mtodo cientfico. Comecemos pelos
cuidados acadmicos. Orientar TCC exige que estejamos abertos e disponveis para: 1)
compreender as adversidades e complexidades dos olhares de nossos/as discentes; 2)
compreender que eles e elas podem ter dificuldades no acesso a leituras diversas assim
como fragilidades na desenvoltura da escrita; 3) avaliar que o mtodo cientfico
complexo e requer um olhar crtico para alm do visvel e que muitas das vezes nosso
alunado no tem percepo de tal complexidade. Ainda: os objetos de pesquisa so
multifacetados, laboriosos e infinitamente complexos. O que elegemos como objeto de
estudo apenas um recorte do real que se metamorfoseia constantemente. O olhar do/a
pesquisador/a apreende apenas aquilo que naquele momento ele ou ela percebe como
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relevante; 4) perceber que a pesquisa educacional posicionada, intencional, ideolgica
e com forte apelo qualitativo. O que isso? importante que percebamos (e faamos
que os/as orientandos/as percebam!) que os objetos de pesquisa com enfoques
educacionais so complexos, contraditrios e culturais. Quem pesquisa temas
educacionais deve estar disposto/a a interpretar que nesse campo ariscado generalizar
os resultados visto que trata-se de um objeto local com caractersticas socioculturais
muito especficas. O que serve para esta comunidade ou escola pode no servir para
aquela. Assim, o orientador e a orientadora de TCC devem pensar em suas concepes
terico-metodolgicas ao escolher um tema ou objeto investigativo. Nem sempre o dado
quantitativo, a estatstica, o nmero, etc., podem expressar uma situao educacional
especfica. Por isso, mais prudente, numa investigao educacional que lida com
temticas socioculturais, usar as ferramentas qualitativas de pesquisa tendo como
principal objetivo compreender a situao, o contexto, a realidade, o objeto, etc.
Agora, se a investigao tiver enfoque quantitativo a lgica outra: os estudos
quantitativos vislumbram a generalidade, a homogeneidade, a universalizao. Enfim,
o/a orientador/a de TCC (e aqui tambm vestimos a camisa de pesquisador/a!) precisa
compreender esse universo conceitual no labor da pesquisa.
Vejo tambm como essenciais as seguintes problematizaes que o/a
orientador/a de TCC deve sempre trazer consigo e ao mesmo tempo estimular o/a
orientando/a a pensar: o tema que escolhemos relevante cientifica e socialmente?,
que objeto de estudo iremos tratar?, as justificativas que estamos dando so
coerentes?, que metodologia iremos utilizar?, minhas condies materiais, de
espao e de tempo sero suficientes para a investigao que nos propomos?, que
tcnicas investigativas se enquadram no objeto que iremos investigar?, como
realizaremos as anlises?, o que preciso centralizar e dar prioridade quando estiver
com os resultados em mos?, como farei a escrita e discusso dos resultados?,
como anunciarei minhas concluses?, meu orientando / minha orientanda conhece as
normas tcnicas da ABNT relacionadas escrita do texto cientfico?.
At agora explicitei sobre determinados cuidados acadmicos que
precisamos ter enquanto orientadores/as. No entanto, existem outros cuidados que a
meu ver ultrapassam as regras do labor acadmico. Que cuidados so esses? Bem,
todo/a docente sabe que uma sala de aula complexa e uma caixa de surpresa, no ?
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Lidamos com diferentes pessoas, inmeras expectativas, paradoxos, contradies, etc.
Sabemos tambm que as relaes humanas so difceis e aquilo que motiva uma pessoa
pode ser objeto de desmotivao para outra. Nem sempre teremos todos/as os/as
acadmicos/as sendo exmios leitores/as, magnficos estudantes, impecveis
investigadores/as, etc. iluso pensarmos que sempre sero laboriosos/as e argutos/as.
Como uma sala de aula um palco de subjetividades teremos pela frente
nas orientaes de TCC inmeras situaes: das previsveis s inusitadas.
Concordam? Mas, gostaria de lhes dizer que entendo a docncia no como um
sacerdcio. A ao docente no deve ser representada apenas como uma atividade
difcil, sacrificante, desestimulante. O professor e a professora no iro resolver todos
os problemas educacionais. Isso tambm se aplica ao/ orientador/a de TCC. O/A
orientador/a no deve assumir todas as responsabilidades do trabalho que ser
desenvolvido. O que possvel fazer para que possamos desenvolver uma orientao de
TCC com qualidade? Vejamos alguns itens para refletirmos:
O TCC COMO PROCESSO. Se voc se disponibilizou a orientar estudantes de
licenciatura assuma essa tarefa entendendo que a orientao de um trabalho
cientfico no PRODUTO e sim PROCESSO. Dificuldades existem e sempre
existiro. No entanto, precisamos gerir essas dificuldades agindo com seriedade,
competncia acadmica, clareza conceitual, tica, rigor intelectual e criatividade,
dentre outros. Alm disso, a referida orientao deve ser dialogada, combinada,
discutida, problematizada e planejada. Ns, orientadores e orientadoras,
devemos deixar evidente que o Trabalho de Concluso de Curso (TCC) no
surge do nada, ou seja, o TCC uma construo que s se materializa porque
existe um planejamento e um trabalho intelectual desenvolvido por orientador/a
e orientando/a (ou orientandos/as, caso seja um trabalho coletivo = proposta
pedaggica). Construir um TCC se configura como uma ao acadmica de
muita responsabilidade e dedicao.
CRIATIVIDADE. Uma palavra nobre na elaborao do TCC. Nem sempre
encontraremos as condies materiais desejadas assim como em muitos casos
no conseguiremos o apoio desejado para aquela investigao que planejamos
com muito cuidado. O que estou entendendo por criatividade? Criatividade em
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pesquisa pode se relacionar a uma atitude no pensada por outros ou pensada de
outra forma. Ser criativo ao executar o mtodo cientfico nos remete a: 1.
Praticar a objetivao do objeto investigativo sem reduzi-lo ao quantificvel
universalizante: por serem complexos os objetos de cunho educacional
importante que tentemos constantemente torn-los o mais inteligvel possvel
tendo o cuidado de no sintetiz-lo demais; 2. Entender o contexto local em que
se estar inserido e operacionalizar com aquilo que possvel e exequvel; 3.
Aproveitar ao mximo as ideias prvias dos/as acadmicos/as e nunca
menosprez-las; 4. Ouvir mais os/as discentes. O que acontece geralmente que
nos colocamos como referenciais de qualidade insupervel. Queremos sempre
que eles e elas nos sigam nos mnimos detalhes. Muitas das vezes nos
colocamos como modelos impecveis sendo que a realidade e as expectativas
dos/as acadmicos/as so outras. Isso se relaciona ao que Pierre Bourdieu
chamou de vigilncia epistemolgica. Precisamos constantemente nos policiar
dos discursos acadmicos excessivos e praticar aes intelectuais orgnicas 3
como nos alertou Gramsci; 5. Trabalhar em parceria; 6. Ser curioso/a,
cauteloso/a e rigoroso/a; 7. Ler ao mximo sobre o objeto de investigao; 8. Se
desafiar constantemente no exerccio da escrita: quanto mais lemos ampliamos a
possibilidade de uma escrita consistente, ponderada, cuidadosa, rigorosa, crtica,
atrativa e saborosa ao olhar do/a leitor/a que a aprecia;
PLANEJAMENTO: discuta todo o processo de orientao com os/as
acadmicos/as. Esclarea tudo o que for possvel. Envolva-os no planejamento.
D-lhes tarefas e faa as cobranas necessrias. Discorra como ser a orientao.
Discuta o cronograma da pesquisa. Planeje as orientaes individuais e coletivas
(se for o caso). Estimule-os a utilizar a ferramenta do e-mail como instrumento
fundamental da orientao visto que nem sempre ser possvel encontros
constantes de orientao;
3 Entendo que o/a intelectual orgnico/a aquele/aquela que realiza sua prtica de pesquisa tendo sempre
como referencial as necessidades sociais e os anseios da populao. Ser orgnico/a ser carne. estar com as pessoas e compreender suas demandas, suas dificuldades, seus limites e suas qualidades. Ser
um/a investigador/a orgnico/a estar atento para as contradies e sempre que possvel enxergar para
alm do visvel. Ser um/a professor/a orgnico/a realizar uma prtica docente recheada de alteridade,
tica e (hiper) crtica.
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FLEXIBILIDADE: A flexibilidade faz parte de nossa vida. Em muitos espaos
sociais frequentimente nos deparamos com situaes que requerem o exerccio
da flexibilidade. Em educao a flexibilidade uma atitude fundamental. Agir
com flexibilidade dar a oportunidade ao outro de rever situaes, reparar
incoerncias, corrigir uma circunstncia especfica ou mesmo fazer com que se
repense uma ao. Ser flexvel no pode ser confundido com ser bonzinho ou
estar sempre disponvel para dar uma chance. A pessoa que orienta TCC
precisa exercer a flexibilidade. No entanto, a ao adiada, o trabalho no
concludo, o no cumprimento dos prazos ou situaes que envolvam
determinadas subjetividades dos/as discentes no podem comprometer a
orientao do TCC assim como a qualidade do trabalho em desenvolvimento.
Ao ser flexvel o/a professor/a orientador/a precisa mostrar para seu/sua
orientando/a que naquele momento se desenvolve um pacto, um compromisso,
uma relao de cumplicidade. Por exemplo, se um/a determinado/a aluno/a
explicita dificuldade para entregar um relatrio de pesquisa no prazo
estabelecido e lhe pede um novo prazo, seja flexvel. Veja uma nova data.
Agora, deixe claro que o segundo prazo deve ser cumprido e informe sobre as
consequncias que podem advir em decorrncia do descumprimento. O dilogo
e a firmeza so fundamentais nessas negociaes.
4 Refletindo com os/as discentes acerca do componente curricular TCC
Prezados/as discentes, o componente curricular TCC fornecer a voc um
turbilho de conhecimentos e aprendizagens. Aqui vocs colocaro em prtica muitos
dos conhecimentos adquiridos desde o incio do curso. o momento onde exercero a
prtica de pesquisa. Durante os dois semestres da disciplina TCC vocs tero a
oportunidade de ler com mais intensidade e profundidade, escrever com mais cuidado e
exercitar diferentes competncias e habilidades que os constituiro ainda mais como
docentes da educao bsica.
Durante a disciplina TCC vocs sero acompanhados por professores/as
orientadores/as que lhes daro diversas orientaes de carter terico e metodolgico
visando exclusivamente capacit-los/las para a construo de projetos cientficos e sua
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posterior execuo assim como a escrita acadmica dos resultados obtidos na
investigao processada.
Durante as atividades acadmicas da disciplina TCC importante que vocs
compreendam a logstica da orientao. Assim, atentem para os seguintes pontos:
A orientao de TCC deve ser encarada com muita seriedade: sigam as
orientaes e sugestes seus/suas orientadores/as; tirem suas dvidas; peam
esclarecimentos daquilo que no ficou claro; atentem para os conceitos
cientficos;
Na construo do projeto de TCC cumpram todas as etapas: da concepo
(criao) do projeto at sua execuo;
Realizem pesquisas bibliogrficas de qualidade explorando diversas fontes como
livros, revistas cientficas, peridicos, sites cientficos, etc.;
Durante o trabalho prtico (de campo, experimental, observacional, etc.) anotem
tudo;
Cumpram todos os prazos estabelecidos pelos seus/suas orientadores/as;
Estudem individualmente e em grupo. Leiam o quanto puderem porque essa
ao contribui bastante para uma boa escrita;
No deixem de dialogar com seus/suas orientadores/as via e-mail. Essa uma
ferramenta importantssima no processo de orientao principalmente quando
estiverem na fase de escrita do texto do TCC.
5 O Trabalho de Concluso de Curso (TCC)
TCC significa Trabalho de Concluso de Curso, um trabalho acadmico de
carter obrigatrio e instrumento de avaliao final de um curso superior. elaborado
em forma de dissertao, visando a iniciao e envolvimento do/a aluno/a de graduao
no campo da pesquisa cientfica. Em geral, a aprovao do TCC um critrio para o/a
aluno/a obter o diploma do curso de graduao. A expresso "Trabalho de Concluso de
Curso" tambm pode ser utilizada para outros cursos que no sejam de graduao,
como, por exemplo, cursos de ps-graduao, MBA, cursos tcnicos, entre outros.
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Vou lhes fornecer um conceito diante de tantos que existem: um texto
elaborado a partir das regras do mtodo cientfico. Trata-se de uma escrita acadmica,
sistematizada e embutida de rigor terico. Todo TCC precisa de teorizao e dilogo
com autores e autoras do campo em que o objeto de pesquisa est inscrito. Assim,
construir um TCC , acima de tudo, se dispor a elaborar um estudo tendo como
elementos centrais: disposio pessoal, organizao acadmica, exercitar leituras da
rea e do campo metodolgico, exercer o dilogo na relao orientador/a-orientando/a e
se dispor a escrever.
Para Clvis Roberto dos Santos (2013), os currculos dos cursos de
graduao da educao superior registram uma atividade para que o aluno e a aluna,
antes do final do curso, elabore um Trabalho de Concluso de Curso (TCC) como um
dos quesitos para a avaliao do processo de ensino-aprendizagem. Santos (2013, p.8)
nos informa que a monografia um trabalho cientfico desenvolvido levando-se em
conta um tema especfico no contexto de curso (graduao) [...] realizado numa
instituio de educao superior. Tratando-se de um trabalho cientfico, o tema definido
dever ter um tratamento metodolgico de pesquisa na busca da compreenso doas
questes em foco.
Para iniciar o TCC o/a aluno/a deve ter um tema para o trabalho, que dever
ser escolhido com base em determinados critrios que incluem: afinidade com o tema;
relevncia para a comunidade cientfica e para a sociedade; existncia de bibliografia
suficiente; inovao e resposta a uma questo considerada relevante.
A estrutura do TCC deve apresentar detalhes especficos para introduo,
desenvolvimento, metodologia e concluso. Segue ainda rigorosas normas para a
citao das fontes bibliogrficas que foram consultadas para a fundamentao terica do
texto. No Brasil, o/a acadmico/a deve seguir as normas da ABNT (Associao
Brasileira de Normas Tcnicas). O trabalho escrito deve ser entregue pelo/a
acadmico/a em tempo hbil, sob pena de ser reprovado. A avaliao do TCC escrito
feita por uma Banca Examinadora, composta por professores/as que assistem e avaliam
tambm a apresentao oral e os argumentos usados pelo/a aluno/a as questes
colocadas.
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A elaborao do TCC varia de acordo com a instituio e com o curso. Em
geral, escrito individualmente e no ltimo ano do curso. Mas, pode ser escrito em
grupo no caso de Proposta Pedaggica. Em qualquer um dos casos, sempre devero ser
seguidas as orientaes de um/a professor/a responsvel.
6 Tipologias de TCC
O Trabalho de Concluso de Curso (TCC) pode ser apresentado de diversas
formas. De acordo com as Normas Gerais do Ensino de Graduao da Universidade
Estadual do Maranho (Resoluo n 1045/2012 - CEPE/UEMA, 19 de dezembro de
2012), os tipos de TCC preconizados so os seguintes:
Proposta pedaggica
Proposta tecnolgica
Projeto metodolgico integrado
Projeto de inveno no campo da engenharia
Produo de novas tecnologias para cultura agrcola
Produo de programas de computao de alta resoluo
Trabalho monogrfico
Relatrio de estgio
6.1 Monografia
O que dizem ser o termo monografia? No Dicionrio de Metodologia
Cientfica, de Fbio Appolinrio (2009, p.135), temos a seguinte descrio:
Monografia [monography] I. Qualquer trabalho escrito que verse sobre um nico
tema. Normalmente, trata-se de um texto extenso, complexo e em profundidade sobre
determinado assunto. Alguns autores defendem a ideia de que a monografia seja um
gnero de trabalho estritamente cientfico. II. Qualquer publicao no seriada, ou seja,
constituda de uma s parte. Os conceitos de monografia se assemelham em muitos
aspectos, a maioria deles toma por base a etimologia da palavra (origem grega: mono
(um) e grafia (escrita), isto , um trabalho escrito sobre um tema (SANTOS, 2013,
p.8). A Associao Brasileira de Normas e Tcnicas (ABNT) conceitua: Monografia
o documento que apresenta a descrio exaustiva de determinada matria, abordando
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aspectos cientficos, histricos, tcnicos, econmicos, artsticos, etc. (SANTOS, 2013,
p.8).
Monografia um texto que se constri sobre um determinado tema tentando
explic-lo detalhadamente. Maria Lcia de Mesquita Prestes4 (2011, p.32) nos informa
que uma monografia um documento constitudo de uma s parte ou de um nmero
pr-estabelecido de partes que se complementam. Resultante de uma pesquisa cientfica,
uma monografia em sentido mais estrito um texto de primeira mo que traz a
identificao, o posicionamento, o tratamento e o fechamento de um tema (ou
problema), permitindo o aprofundamento de um estudo. Ainda, a monografia: deve
estar fundamentada na organizao e na interpretao analtica de dados, de acordo com
objetivos previamente estabelecidos. Esses dados podem ser constitudos de verdades
aceitas pelas cincias, de argumentos de autores, de ilustraes, de testemunhos e,
inclusive, at da prpria experincia coerente de quem est realizando a pesquisa
(PRESTES, 2011, p.32).
6.2 Relatrio de Estgio
um documento pedaggico que relata a vivncia do/a acadmico/a na
escola onde est aprendendo a ministrar contedos/conceitos de seu campo professoral.
No caso de um TCC em formato de Relatrio de Estgio TCC o/a acadmico/a ter
que embutir cientificidade ao relatrio, ou seja, ter que teoriz-lo e discutir a vivncia
da experincia de estgio a partir de uma linha terica de pensamento. Como? Haver
um item do relatrio chamado de Teorizao da prtica pedaggica no estgio
onde o/a aluno dialogar com a teoria pedaggica que fundamenta sua prtica (Ex: a
discusso de perspectiva terica piagetiana?; baseada em Paulo Freire?; Usa
elementos tericos de Pierre Bourdieu? Trabalha com a perspectiva culturalista?; Tem
como perspectiva o construtivismo?, etc.).
4 PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construo do conhecimento cientfico: do
planejamento aos textos, da escola Academia. So Paulo: Editora Respel, 2011.
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6.3 Proposta Pedaggica
um texto que relata um trabalho pedaggico ou experincia didtica a ser
realizado numa escola (ou numa sala de aula) e que deve ser teorizado e argumentado.
Uma proposta pedaggica um texto que remete para a possibilidade de execuo de
um fazer pedaggico que tenta inovar sobre o que j existe ou est posto. Podemos
considerar tambm uma proposta pedaggica como uma possibilidade didtica para ser
executada objetivando que outros faam, reproduzam ou repiquem, ou seja, se os
estudantes pretendem fazer uma pesquisa didtica em que enfoquem um tema na escola,
na comunidade, numa empresa ou em outro espao social com o propsito de
desenvolver uma aprendizagem, a ideia da proposta pedaggica que esse trabalho seja
referncia para ser aplicado em outros contextos e outras situaes. Assim, recomendo
que as propostas pedaggicas sejam direcionadas para qualquer ambiente onde o foco
desenvolver a aprendizagem seja em ambiente formal (escola) ou ambiente informal ou
no formal (comunidade, empresa, igreja, clubes, sindicatos, espaos virtuais, etc...).
6.4 Produo de Programas de Computao de alta resoluo
um tipo de trabalho acadmico em que orientador/a e orientando/a
constroem um modelo terico-prtico baseados na epistemologia computacional.
Espera-se que tais programas tenham utilidade social / econmica / poltica. Quem
inventa/produz um programa de computador deve patente-lo porque o mesmo pode ter
utilidade em diversos setores da produo: comrcio, indstria, robtica, ciberntica,
biomedicina, nas redes sociais, etc.
6.5 Projeto Metodolgico Integrado
Os Projetos metodolgicos integrados tambm podem ser chamados de
Guarda-Chuva. So projetos que se articulam e/ou se desdobram em outros
subprojetos que so desenvolvidos em parceria: (1) com profissionais de outras
instituies e/ou Centros de Pesquisa ou (2) com estudantes em formao nos cursos
lato e stricto sensu. O coordenador/ proponente necessariamente um docente ou
tcnico habilitado que possua vnculo funcional com uma Universidade (no nosso caso
deve ser vinculado Universidade Estadual do Maranho). Os subprojetos ou projetos
pontuais/desdobrados devem esclarecer a relao direta que possuem com o projeto
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metodolgico integrado/Guarda-chuva, ou seja, precisam indicar como sero articulados
com o projeto maior do ponto de vista terico, metodolgico e/ou de campo.
6.6 Projeto de inveno
Como o prprio nome diz esse tipo de projeto estimula a inveno de algum
produto ou artefato que poder ser til para a sociedade. As invenes movem a Cincia
e a tecnologia. Os inventores devem estar atentos para as seguintes questes: a) a
inveno deve ser til e que seja socializada para todas as pessoas; b) invenes caras
no so interessantes quando pensamos na sociedade como um todo; c) o inventor / a
inventora deve ter sempre em mente as dimenses ticas de sua inveno.
6.7 Produo de novas tecnologias para cultura agrcola
Um projeto de produo de novas tecnologias para a cultura agrcola tem
como principal caracterstica o desenvolvimento de saberes agronmicos que sejam
utilizados no agronegcio e em tecnologias agrcolas sustentveis. So projetos que
viso a pesquisa para a obteno de resultados novos e criativos a serem aplicveis em
setores que apresentam dificuldades na produo agrcola e similares. Os produtos de
tais tecnologias agrcolas so muito bem-vindos nas organizaes governamentais e no
governamentais. Empresas como a EMBRAPA desenvolvem muitos projetos que viso
o melhoramento da agricultura de nosso pas.
6.8 Proposta Tecnolgica
um tipo de texto cientfico muito apreciado pelas Universidades
principalmente pelos cursos e departamentos ligados s pesquisas nas engenharias e nas
cincias naturais de um modo geral. No entanto, precisamos ampliar o olhar ao nos
referimos tecnologia. Tecnologia conecta-se muito bem com as palavras
criatividade e inovao. Sendo assim, todas as reas podem desenvolver propostas
tecnolgicas seja nas cincias naturais ou nas cincias sociais. Assim, ao nos
referirmos s propostas tecnolgicas como TCC importante destacarmos que so
textos que visam: produzir conhecimentos aplicveis; construir novos tipos de artefatos
/ objetos / produtos nos mais diferentes campos da Cincia; introduzir novas formas de
pensar produtos e servios que sejam sustentveis e que agridam em escala cada vez
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menor o meio ambiente; criar formas inovadoras e alternativas para minimizar diversos
problemas em nossa sociedade.
7 Orientaes gerais sobre o componente curricular TCC
O componente curricular TCC (Trabalho de Concluso de Curso) ser
ministrado em 2 semestre: primeiro semestre orientao e construo do projeto de
TCC; segundo semestre orientao e construo do TCC.
Orientao do Projeto: o/a professor/a orientador/a ir 1 (uma) vez ao polo a cada
ms. Sero 3 visitas ao polo durante esse semestre. A cada visita o/a docente far suas
orientaes e preencher uma ficha onde fornecer informaes sobre seu trabalho de
orientao do projeto de TCC que ser encaminhada Superviso de TCC.
A construo do TCC: o/a professor/a orientador/a ir 2 (duas) vezes ao polo a cada
ms. Sero 6 visitas ao polo durante o semestre; O docente preencher uma ficha onde
fornecer informaes sobre seu trabalho de orientao do TCC que ser encaminhada
Superviso de TCC.
Acompanhamento das atividades dos docentes: Como a Superviso de TCC far a
avaliao das aes dos docentes? Com relao ao/ docente: o/a professor/a orientador
preencher uma ficha mensal em que constaro as atividades de orientao de TCC
desenvolvidas com os/as alunos/as. O referido documento ser entregue aos/s
Coordenadores/as de polo que encaminharo Superviso de TCC. Alm disso, o/a
Coordenador/a de polo acompanhar o trabalho docente por meio de uma ficha a ser
preenchida e enviada mensalmente Superviso de TCC.
Como o CAF (Coordenao Administrativo-Financeiro) se certificar de que os/as
docentes realizaram suas atividades estando aptos/as a receberem seus
pagamentos? As fichas preenchidas pelos/as professores/as orientadores/as de TCC
sero encaminhadas Superviso de TCC onde ser feito o contrato para efetivao do
pagamento do trabalho docente de orientao de TCC; as fichas de acompanhamento
das orientaes dos/as discentes e as fichas de acompanhamento do trabalho docente
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pelo/a Coordenador/a de polo sero encaminhadas pela Superviso de TCC ao CAF.
Assim, a Superviso de TCC emitir parecer informando se houve o cumprimento das
atividades mensais de orientao. Tendo essa informao o CAF realizar o pagamento
dos/as professores/as orientadores/as.
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Referncias
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do conhecimento cientfico. So Paulo: Atlas, 2009.
MUSSKOPF, A.S. Via(da)gens teolgicas: itinerrios para uma teologia queer no
Brasil. Tese de Doutorado. So Leopoldo: EST, 2008.
PRESTES, Maria Luci de Mesquita. A pesquisa e a construo do conhecimento
cientfico: do planejamento aos textos, da escola Academia. So Paulo: Editora
Respel, 2011.
SANTOS, Clvis Roberto dos. Trabalho de concluso de curso: guia de elaborao
passo a passo. So Paulo: Cengage Learning, 2013.
VIANNA, C.; UNBEHAUM, S. O gnero nas polticas pblicas de educao.
Cadernos de Pesquisa. Fundao Carlos Chagas: Autores Associados, So Paulo, v.34,
n.121, 2004.