guia didático do professor -...
TRANSCRIPT
Química Orgânica
Importantes Grupos de Compostos
Aí tem Química!Programa
2ª Série | Ensino MédioQuímica
CONTEÚDOS DIGITAIS MULTIMÍDIA
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Objetivo geral:
Reconhecer importantes grupos de
compostos orgânicos.
Objetivos específicos:
Identificar a estrutura geral dos aminoáci-
dos, reconhecendo-os como componentes
das proteínas;
Diferenciar aminoácidos essenciais e não-
essenciais;
Associar o processo de síntese com a produ-
ção de substância, superando a percepção
de que tudo que é sintetizado é artificial;
Citar exemplos significativos de proteínas
e suas funções;
Reconhecer o petróleo como uma mistura
de hidrocarbonetos.
Pré-requisitos:
Funções orgânicas, grupamentos funcio-
nais, reação química.
Tempo previsto para a atividade:
Consideramos que duas aulas (45 a 50 minu-
tos cada) serão suficientes para o desenvol-
vimento das atividades propostas.
Vídeo (Audiovisual)
Programa: Aí tem Química!
Episódio: Importantes Grupos de Compostos
Duração: 10 minutos
Área de aprendizagem: Química
Conteúdo: Química Orgânica
Conceitos envolvidos: Aminoácidos, carboidratos, funções orgânicas,
petróleo e proteínas.
Público-alvo: 2ª série do Ensino Médio
Coordenação Didático-Pedagógica
Stella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Redação
Andréa Lins
Tito Tortori
Revisão
Patrícia Jeronimo
Projeto Gráfico
Eduardo Dantas
Diagramação
Lilian Carvalho Soares
Revisão Técnica
Carlos Eduardo Cogo Pinto
Letícia R. Teixeira
Produção
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Realização
Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
Ministério da Ciência e Tecnologia
Ministério da Educação
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osIntroduçãoEste guia foi elaborado para você, professor! Ele é seu,
portanto, utilize-o da maneira que lhe for mais conveniente e
proveitosa para estruturação e desenvolvimento de sua aula.
Este episódio apresenta Importantes Grupos dos Compos-
tos Orgânicos presentes na nossa alimentação diária. É um
tema muito interessante, pois permite expor exemplos liga-
dos ao cotidiano, bem como a importância do conhecimen-
to da Química para o desenvolvimento de uma alimentação
variada e, consequentemente, de uma vida saudável.
Para a exibição do vídeo, não se esqueça de confirmar - para
a data prevista - a utilização de um computador ou um equi-
pamento específico de DVD conectado a uma TV ou a um
projetor multimídia.
Cuide para manter a atenção de seus alunos durante a exibi-
ção e, ao final, peça-lhes que comentem sobre o vídeo que
acabaram de assistir.
Esse vídeo foi pensado para ser usado como uma estratégia
didática. Portanto, a mediação do professor é fundamental
para que ele possa servir como objeto de aprendizagem. O
momento de assistir ao vídeo oferece uma boa oportunida-
de para sociabilização e confraternização. Compartilhe esse
clima com seus alunos!
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or DesenvolvimentoAntes de introduzir um novo conteúdo, pode ser interessante resumir o que foi estudado anteriormente, para verificar o que
realmente foi apreendido por seus alunos. Dessa forma, os conhecimentos prévios dos estudantes, a partir dos quais eles
fazem a “leitura” do mundo, poderão ser mobilizados na construção de novos conhecimentos. A avaliação desses saberes e as
concepções pré-científicas são uma base consistente para orientar a mediação didática e seguir adiante.
Portanto, ao inaugurar o novo tema, faça a sondagem para verificar se seus alunos já trazem informações sobre o que será
apresentado. Indague se eles sabem o que são compostos orgânicos e suas classes principais. Peça exemplos. Se por acaso
nada surgir, estimule os estudantes com perguntas que auxiliem a aproximação e a contextualização do tema. Ao iniciar o
assunto, promova a retomada dos pré-requisitos necessários ao novo conteúdo.
Vale à pena reparar que na primeira cena do episódio o assunto das drogas sintéticas é abordado, o que poderá causar grande
interesse aos seus alunos. Esteja preparado e aberto para escutar o que eles têm a dizer, discutindo o assunto sem preconceitos.
Você poderá perguntar-lhes se eles frequentam academias e se já passaram por situações semelhantes, se conhecem pessoas
que fazem uso desse tipo de substância, se conhecem algum caso de pessoas próximas - ou divulgado na imprensa em que
houve consequências indesejáveis. Enfim, entre no universo deles.
Grupos de Compostos Orgânicos
É interessante ressaltar que devido a suas propriedades químicas, o carbono é o protagonista do tema em estudo. Os átomos
de carbono fazem fortes ligações entre si e com outros elementos químicos, formando uma grande diversidade de cadeias car-
bônicas, que dão origem a uma grande variedade de substâncias. A complexidade química - oriunda da capacidade dos átomos
de carbono se ligarem entre si, originando as cadeias carbônicas - é responsável pela existência da vida em nosso planeta. A
vida biológica, como nós a conhecemos, não existiria sem essas longas cadeias de carbono.
Lembre aos alunos que os diferentes grupos de compostos orgânicos, objeto desse episódio, podem ser divididos em um nú-
mero relativamente pequeno de famílias, com base nas suas estruturas. As moléculas de compostos orgânicos de uma família,
classe ou grupo são caracterizadas pela presença de um determinado arranjo de átomos ou grupamento funcional.
O episódio aborda esse tema adotando, dentre os grupos de compostos orgânicos existentes, os aminoácidos como foco.
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professor!
Os conteúdos que estão
ligados à realidade de
seus alunos são ideais
para estimular a par-
ticipação de todos.
Aproveite os ganchos da
realidade para valorizar
os conhecimentos do
grupo, entrelaçando a
ciência e a vida dentro e
fora do espaço escolar.
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osO diálogo inicial do episódio aponta a venda de drogas esteróides e aminoácidos sintéticos como a causa do fechamento de
uma academia de ginástica. Esteja atento, durante as aulas e os debates, para a possível associação que os jovens fazem entre
esses diferentes produtos e suas funções no organismo.
Você viu que fecharam a academia aqui do lado... Caramba... Tudo por causa dos efeitos terríveis dos aminoácidos!
Eduardo | Personagem do Vídeo
É preciso que fique claro para os estudantes que os aminoácidos não são um tipo de droga e que só provocam danos quando
utilizados como suplementos alimentares sem a supervisão de um profissional capacitado. Destaque que eles são compostos
orgânicos bastante comuns e fundamentais às estruturas vivas, estando presente nos alimentos. Os aminoácidos sintéticos
são produzidos pela indústria para diversas aplicações, como por exemplo, na indústria cosmética, farmacêutica e alimentícia.
As diferentes combinações destes aminoácidos resultam nas diversas proteínas que formam as membranas celulares e desem-
penham funções estrutural, hormonal, imunológica, energética e enzimática - necessárias à manutenção da vida.
Olha só... Diz aqui que essas drogas e esses aminoácidos sintéticos fazem um mal terrível. Podem causar problemas sérios ao fígado e rins. Tá sabendo?!!
Eduardo | Personagem do Vídeo
De fato as concentrações elevadas dos aminoácidos sintéticos - presentes em alguns suplementos alimentares, tomados sem
conhecimento ou recomendação médica - são bastante perigosas.
Alerte aos estudantes que esse tipo de suplemento alimentar é indicado especificamente para fisiculturistas e atletas, sendo
desaconselhado para pessoas com níveis normais de atividade física. Esse tipo de produto pode ser uma vantagem para atle-
tas, mas pode trazer problemas renais se usados indiscriminadamente sem a prescrição médica.
Reafirme a importância de consultar um médico para a prescrição de qualquer medicamento ou substância de uso contínuo. A
automedicação pode causar efeitos colaterais sérios e até mesmo a morte por intoxicação ou processos alérgicos.
Uma sugestão interessante para ampliar esse aspecto é solicitar, com antecedência, que os alunos façam pesquisas bibliográfi-
cas ou entrevistas com a comunidade escolar sobre a questão da automedicação. O Brasil é um dos países em que essa prática
é bastante comum. Por quê? Quais os dados estatísticos a esse respeito? Que tipo de medicamento é mais consumido no país?
mais detalhes!
Sugerimos as seguintes
leituras:
Automedicação. Editorial.
Revista da Associação
Médica Brasileira. vol.
47, n.4, pp. 269-270. São
Paulo, out/dez 2001.
http://www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_
arttext&pid=S0104-
42302001000400001
ARRAIS, Paulo Sérgio
D. et al. Perfil da auto-
medicação no Brasil.
Revista de Saúde Pública.
v. 31 n. 1, São Paulo, fev.
1997. http:// www.scielo.
br/ scielo.php?script=sci
_arttext&pid= S0034-
891019 97000100010&lng
=pt&nrm=iso
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Quais os riscos da automedicação? Essa prática é comum nas casas dos estudantes? Após a realização das atividades pode-se rea-
lizar uma apresentação dos resultados para que os alunos confrontem os dados coletados e possam tirar conclusões mais gerais.
Aminoácidos
Ainda adotando os aminoácidos como exemplo, o episódio afirma que as diferentes combinações desses compostos resultam
nas diversas proteínas necessárias para a manutenção da vida.
Destaque que os aminoácidos podem ser subdivididos em: essenciais - não são sintetizados pelo nosso organismo, portanto,
devem ser assimilados através da alimentação; e não-essenciais - aqueles que o nosso corpo é capaz de sintetizar a partir dos
essenciais.
Sintetizar? Achei que essa coisa de sintética fosse só em laboratório!
Eduardo | Personagem do Vídeo
O episódio, nessa passagem, deixa transparecer a concepção alternativa - bastante recorrente entre estudantes - de que a sínte-
se é um processo que ocorre apenas em laboratórios.
Lembre aos alunos que o termo síntese, na linguagem da Química, refere-se à realização de uma ou mais reações químicas. Em
nosso corpo as células realizam diversas reações químicas com o objetivo de gerar produtos vitais como proteínas, enzimas, hor-
mônios etc. Muitos medicamentos produzidos em laboratórios farmacêuticos também envolvem sínteses.
Você pode comentar com os estudantes que no século XIX, Friedrich Wöhler (1800-1882), realizou um feito: sintetizou a primei-
ra substância orgânica, a ureia. Esta substância, encontrada na urina e no sangue de alguns animais, foi sintetizada a partir de
uma substância inorgânica, o cianato de amônio. A reação ficou conhecida como Síntese de Wohler. Esse evento fez com que
vários químicos fossem em busca de novas substâncias sintéticas, concluindo que o carbono era o principal constituinte desses
compostos. Foi assim, então, que o químico Friedrich August Kekulé (1829 - 1896) definiu a química orgânica como a química
dedicada ao estudo dos compostos do carbono, definição aceita até hoje.
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osEstrutura Geral dos aminoácidos
Destaque que os aminoácidos pertencem a um grupo de compostos orgânicos cuja estrutura básica é formada por dois dife-
rentes grupamentos funcionais: um grupamento amino e um grupamento carboxila.
Detenha o vídeo na tela seguinte e identifique esses grupamentos.
Chame a atenção dos estudantes para o fato de que nos aminoácidos existe sempre um carbono central, um grupamento amino,
um grupamento carboxila, um átomo de hidrogênio e um substituinte ligado ao carbono central, representado por R e, que é
exatamente esse grupamento que diferencia os aminoácidos entre si. Destaque cada um dos grupamentos funcionais citados
na fórmula.
Informe aos alunos que existem diferentes tipos de aminoácidos que podem se combinar para formar as proteínas, dentre eles
citam-se: a alanina, arginina, asparagina, ácido aspártico, cisteína, cistina, ácido glutâmico, glutamina, glicina, fenilalanina, além
de muitos outros.
Glicina – O Aminoácido Mais Simples
Utilize a estrutura da glicina, o aminoácido mais simples, para exemplificar esse grupo de compostos orgânicos. Destaque que
na molécula de glicina, o substituinte R é um átomo de hidrogênio (R=H).
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A glicina é um aminoácido não-essencial, fundamental para o metabolismo humano, e que atua como neurotransmissor e
também como percussor de variadas espécies químicas, como por exemplo, o colágeno.
Entendi, então na verdade o aminoácido não é um problema, pelo contrário, ele faz bem para o nosso corpo.
Eduardo | Personagem do Vídeo
Para ajudar os estudantes a identificar a diferença entre os aminoácidos, sugerimos que a estrutura da glicina, na qual o substi-
tuinte R é um átomo de hidrogênio, seja comparada a da fenilalanina, na qual o substituinte R é o grupo metilbenzeno.
Pergunte aos alunos se eles já leram em algum rótulo ou embalagem de alimento ou bebida o alerta:
Atenção Fenilcetonúricos: Este produto contém Fenilalanina.
Comente que o especial interesse nesse aminoácido se deve a sua relação com um distúrbio congênito conhecido como
fenilcetonúria. Essa doença - causada pela mutação no gene que determina a produção da enzima fenilalanina hidroxilase
- impede o portador de metabolizar a fenilalanina, levando ao acúmulo desse aminoácido nos tecidos do corpo. O acúmulo
dessa substância pode causar desde lesões na pele até retardamento mental. Portanto, os fenilcetonúricos devem ficar atentos
aos rótulos, evitando aqueles alimentos que contenham fenilalanina.
Uma boa questão a ser explorada nessa etapa do desenvolvimento do conteúdo é a existência do teste do pezinho. Pergunte
a seus alunos se eles já ouviram falar nesse teste e se sabem para que serve. Explique que uma das doenças pesquisadas no
referido teste é a fenilcetonúria, citada anteriormente.
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osProteínas
Mas assim... O que são as proteínas?
Eduardo | Personagem do Vídeo
Destaque para os estudantes que as proteínas são, portanto, compostos orgânicos complexos formados pelo encadeamento
de vários aminoácidos. Elas são moléculas orgânicas bastante comuns e fundamentais para a estrutura e as funções celulares,
ou seja, para todas as formas de vida.
Lembre que as proteínas ingeridas, em alimentos vegetais e animais, são formadas tanto pelos aminoácidos essenciais quanto
pelos não-essenciais. Essa informação, se aproximada da questão da nutrição, poderá contribuir para revelar a importância de
uma alimentação equilibrada e diversificada. Informe aos estudantes que muitos dos alimentos de origem animal - como carne,
ovos, leite, queijos etc. - são ricos em aminoácidos essenciais (proteínas de alto valor biológico). Contudo, devem ser ingeridos
em quantidades moderadas porque também são ricos em gordura. Os alimentos vegetais são ricos em alguns aminoácidos,
mas podem ser carentes em outros. Algumas combinações de alimentos de origem vegetal podem ser uma alternativa impor-
tante para fornecer ao nosso organismo os aminoácidos essenciais (em torno de 10 tipos) que ele necessita para produzir os
aminoácidos não-essenciais. Um exemplo bastante conhecido é a famosa “parceria“ do feijão com arroz, que faz com que a
nutrição protéica tenha o mesmo valor biológico das fontes de origem animal.
Relembre aos estudantes que os diversos tipos de proteínas podem ser encontrados nos organismos vivos e cada uma é espe-
cializada em uma função biológica diversa, ou seja: estrutural, hormonal, catalítica, transporte ou de proteção.
Outra proteína muito importante - destacada no vídeo, durante a entrevista com a bióloga - é o colágeno. É uma proteína do
tipo estrutural e tem como função conferir firmeza à pele.
Segue aqui mais uma sugestão de atividade. Solicite aos alunos que pesquisem rótulos de cosméticos, especialmente de
cremes para o rosto. Decerto, encontrarão o colágeno e, diferentes composições. O contato com um dermatologista e/ou
nutricionista poderá enriquecer o desenvolvimento do tema. Uma visita guiada por esses especialistas a um estabelecimento
comercial também pode ser uma boa opção para que os estudantes vejam os tipos de alimentos mais saudáveis, analisem os
preços e as possibilidades de consumo, e como eles ficam organizados nos mercados.
dica!
Além disso, lembre-se
de aproveitar o contato
com colegas de outras
áreas para encaminhar
reflexões acerca da
orientação profissional.
Abra espaço para que
os alunos entendam a
trajetória acadêmica e
o cotidiano do trabalho
dessas pessoas. Tais prá-
ticas podem colaborar
para escolhas futuras.
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Questões como a beleza fabricada e a beleza que vem dos alimentos, por exemplo, pode ser interessante. Como tratar ques-
tões como o excesso de oleosidade, tão própria da adolescência, através da composição criteriosa da alimentação? Por que na
medida em que envelhecemos nossa pele perde o viço? Como proteger a pele dos riscos do excesso da exposição ao Sol?
Clorofila
(...) Todas as proteínas são muito importantes para os seres vivos. Algumas fazem parte da estrutura, outras têm a função de captar a energia luminosa como acontece com a clorofila.
Bióloga | Entrevistada
Destaque para os estudantes que outro exemplo importante de proteína nos seres vivos é a clorofila – o pigmento responsável
pela coloração verde das plantas. Ela é encontrada no interior de pequenas organelas das células vegetais denominadas cloro-
plastos.
Fique atento para o fato de que os alunos, em geral, entendem que a função da clorofila é dar a coloração verde aos vegetais.
Essa concepção simplista deve ser ampliada para a ideia de que ela é um pigmento protéico indispensável ao processo de
fotossíntese, além de ela ser uma forma de respiração. É importante destacar que esse processo é responsável pela produção
de nutrientes para as células vegetais, através da captação e transformação da energia luminosa (energia eletromagnética na
forma de comprimentos de onda vermelha e azul) em energia química, armazenada na forma de glicose, fundamental para o
crescimento e sobrevivência do vegetal.
Comente a comparação, apresentada no vídeo, entre a clorofila e a hemoglobina. Lembre aos estudantes que a hemoglobina
também é um pigmento protéico que dá a cor avermelhada ao sangue. Relembre que a função da hemoglobina está relacio-
nada com o transporte de oxigênio pelos glóbulos vermelhos (hemácias) presentes no nosso sangue. Ressalte que ambos os
processos são reações bioquímicas complexas.
As enzimas - um tipo especial de proteínas, citadas no episódio - apresentam diversas funções biológicas, sendo principalmen-
te responsáveis pela ativação de reações bioquímicas de construção e de degradação do metabolismo.
dica!
Há várias atividades indi-
cadas no Guia do Profes-
sor. Aproveite e ponha
em prática aquelas que
estiverem mais relacio-
nadas a sua realidade e
ao interesse dos alunos.
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osCarboidratos
Grupos de compostos. O que você sabe sobre carboidratos?
Luiza | Personagem do Vídeo
O episódio, ainda abordando os diferentes grupos de compostos orgânicos, trata também dos carboidratos.
Destaque para os estudantes que a glicose, citada no episódio, é um exemplo de carboidrato simples bastante comum.
Lembre que a fórmula química da glicose é C6H12O6, e que ela, assim como todos os outros carboidratos, é formada por áto-
mos de carbono, hidrogênio e oxigênio. É devido a essa composição que essas substâncias recebem o nome de carboidratos,
também denominados glicídios ou hidratos de carbono → Carbo (carbono) e hidrato (hidros = água).
Os carboidratos mais simples, como a glicose, são chamados de monossacarídeos. Neles, as funções orgânicas predominantes
são aldeídos e cetonas.
Chame a atenção de que tanto aldeídos quanto cetonas são funções orgânicas caracterizadas por um grupamento carbonila,
que é o resultado de uma dupla ligação entre um átomo de carbono com outro de oxigênio (C = O).
Aponte que a diferença entre aldeídos e cetonas se deve a posição do grupamento carbonila. Detenha o vídeo na tela a seguir
e aponte o grupamento carbonila (C=O) em destaque (vermelho) na extremidade da cadeia de carbono. A seguir o episódio
destaca que o grupamento carbonila, nas cetonas, aparece entre os átomos presentes na cadeia de carbono.
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Glicose e Frutose
A glicose e a frutose servem de base para a formação de carboidratos mais complexos.
Luiza | Personagem do Vídeo
Lembre aos estudantes que a glicose, também chamada de glucose ou dextrose, é um monossacarídeo utilizado pelas células
como fonte de energia. Ela é indispensável para a realização de muitos processos metabólicos em nosso organismo. A frutose é
outro monossacarídeo encontrado nas frutas e no mel de abelha.
Destaque que a glicose e a frutose são exemplos de monossacarídeos que servem de unidades básicas para a formação de
carboidratos maiores, como a sacarose - que é um dissacarídeo.
Comente que a sacarose, que pode ser extraída da cana-de-acúcar, é um carboidrato doce - normalmente usado como açúcar
de mesa. Esse glicídio, presente também na beterraba e nas frutas, é o resultado da combinação de uma molécula de glico-
se com uma molécula de frutose. Destaque que a combinação de dois monossacarídeos forma um dissacarídeo, conforme o
esquema a seguir.
Compostos Orgânicos, Corpo e Alimentação
Ah, tá... Entendi. Os grupos de compostos orgânicos estão muito ligados ao nosso organismo e ao que a gente come, né?
Eduardo | Personagem do Vídeo
Explore a relação entre os compostos orgânicos e os alimentos. Nessa faixa etária, os adolescentes têm grande preocupação
com a aparência e isso pode ser uma porta para a discussão: corpo e alimentação, mantendo o interesse aceso.
dica!
A aprendizagem se
refere aos significados
construídos. Só fixamos
verdadeiramente o que
faz sentido, e aí sim
somos capazes de ousar
em novas conexões.
Nesse percurso, espaços
coletivos e individuais de
aprendizagem devem se
intercalar.
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osA saúde entra pela boca. Como elaborar um cardápio variado e barato? Que tal a proposta de elaborar um guia de alimentação
destinado à comunidade escolar? Pense em quantos profissionais diferentes poderão dialogar com um projeto desse tipo. Re-
veja os sites indicados para a pesquisa sobre alimentação saudável.
Dê uma boa olhada no que diz a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) sobre as fina-
lidades do Ensino Médio. A partir disso, lembre-se de valorizar projetos interdisciplinares, de oferecer oportunidades para a
orientação profissional e de expandir as questões tratadas através dos temas transversais. A mistura ficará boa de verdade ao
considerar tudo isso em conexão com sua realidade e com os saberes da comunidade escolar.
Petróleo
Ué, ta querendo me confundir, né? E petróleo é orgânico?
Eduardo | Personagem do Vídeo
O episódio cita diferentes exemplos de carboidratos presentes nos alimentos, como o amido encontrado em massas. Em segui-
da há uma associação dos grupos de compostos orgânicos com as substâncias presentes no nosso organismo e nos alimentos
que ingerimos. Contudo, ressalte para os estudantes que nem todos os compostos orgânicos são encontrados no interior dos
organismos vivos.
Destaque o exemplo do petróleo que é uma mistura de compostos orgânicos formados principalmente por hidrocarbonetos,
encontrado em camadas de rocha porosas. Acredita-se que o petróleo tem sua origem nos vestígios de fósseis de animais e
vegetais que foram se acumulando durante milhares de anos, fazendo parte do chamado ciclo do carbono.
Alerte aos estudantes que existem outros compostos orgânicos presentes na vida cotidiana. Eles estão nos polímeros (ami-
do, borracha natural, celulose), nas tintas, no nailon, no teflon das panelas, nos PVCs, resinas, solventes, essências (naturais e
sintéticas), medicamentos farmacêuticos e outros.
Aproveite a oportunidade para trabalhar com temas relacionados à preservação do meio ambiente, mais um tema transversal.
Um dos caminhos interessantes e atuais pode ser falar sobre os “Créditos de carbono”.
dica!
Uma boa pedida é visitar
o site do Espaço Conhecer
da Petrobras. Lá é pos-
sível encontrar informa-
ções interessantes sobre
a formação do petróleo
e ainda aprender um
pouco sobre a trajetória
da Empresa.
http://www2.petrobras.
com.br/espacoconhecer/
MapadoSite/mapadosite.asp
estante do professor!
SHAH, Sonia. A história
do petróleo. Porto Ale-
gre: L&PM, 2007.
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Os créditos de carbono são uma espécie de moeda, concedida a empresas reconhecidas como poluentes. Estabelece-se metas
de redução de emissão dos gases poluentes e à medida que essas metas vão sendo atingidas, a empresa recebe os créditos de
carbono, na forma de bônus (em dólar) que podem ser negociados. As empresas que deixam de cumprir as metas compram os
certificados de outras empresas bem sucedidas. Um dos aspectos apontados como positivo nesse mercado é que cada empre-
sa pode estabelecer seu ritmo de adequação às leis ambientais. Entretanto, se não cumpri-las, terá de compensar de alguma
forma e isso gera um cenário mais equilibrado, a nível local e mundial.
AtividadesLembre-se de que será mais eficiente pensar em estratégias sintonizadas com a realidade e em atividades que possam ser
desenvolvidas com autonomia. Claro que em muitos momentos devemos ousar, sobretudo se a proposta partir dos alunos. As
atividades devem ser capazes de mobilizar o tema abordado e permitir que a construção do conhecimento, iniciada com a
projeção do vídeo, continue ampliando as concepções dos alunos.
Peça que os estudantes se organizem em equipes e pesquisem sobre os grupos de compostos que foram abordados, em quais
alimentos são encontrados e como eles atuam no organismo humano. A partir dessa pesquisa inicial, proponha que eles prepa-
rem fichas para compor um jogo do tipo “perguntas e respostas”. Estimule-os a jogar, em algum momento de intervalo, como
uma forma de memorizar informações fundamentais.
Divida a turma em grupos e peça que os estudantes construam mapas conceituais que envolvam os conceitos abordados nesse
episódio, encontrando as inter-relações entre aminoácidos essenciais, aminoácidos não-essenciais, carboidratos, proteínas,
lipídios, clorofila, hemoglobina, glicose, frutose, sacarose e petróleo.
A fenilcetonúria, o valor biológico das proteínas, os diferentes tipos de carboidratos, o ciclo do carbono e a origem do petróleo
são alguns temas que podem ser pesquisados na internet e posteriormente apresentados em forma de seminários.
Um extrato de clorofila - produzido a partir de brotos germinados de trigo, comercializado com a denominação de “suco de
clorofila” ou “suco de luz” - tem sido alvo de um debate polêmico que envolve suas pretensas propriedades “milagrosas” para
a saúde. Peça que os alunos leiam textos diversos, favoráveis e contrários às propriedades do suco de clorofila, divulgados pela
internet. Depois proponha a formação de um júri simulado com advogados de defesa e acusação, testemunhas e juízes.
2.
a)
b)
c)
d)
mais detalhes!
Petróleo
http://www2.petrob ras.
com.br/EspacoConhecer/
index.asp
http://www.anp.gov.br
Meio Ambiente
http://www2.petrobras.
com.br/portugues/ads/
ads_MeioAmbiente.html
http://www.ambiente-
brasil.com.br/composer.
php3?base=./noticias/
index.php3&conteudo=./
noticias/amyra/creditos.
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osAvaliaçãoPense na avaliação integrada ao cotidiano das atividades docentes e como forma de reflexão para futuras ações. Assim, ela se
transforma em mais um instrumento a ser explorado, visando à melhoria dos processos de ensino - aprendizagem.
Observação, reflexão, sensibilidade, diálogo, iniciativa e bom senso devem permear não apenas os momentos de aferição do
rendimento escolar dos alunos, mas também o conjunto das práticas educacionais realizadas no dia a dia em sala de aula. Des-
sa maneira, a avaliação ocorrerá de forma natural, contribuindo ativamente para o aprimoramento das estratégias pedagógi-
cas e da visão sistêmica sobre as questões educacionais.
Peça que os estudantes façam uma autoavaliação envolvendo os objetivos planejados para esse episódio (transcritos a seguir),
verificando se eles foram atingidos totalmente, parcialmente ou minimamente.
Identificar a estrutura geral dos aminoácidos, reconhecendo-os como componentes das proteínas;•
Diferenciar aminoácidos essenciais e não-essenciais;•
Associar o processo de síntese com a produção de substância, superando a percepção de que tudo que é sintetizado é •
artificial;
Citar exemplos significativos de proteínas e suas funções;•
Reconhecer o petróleo como uma mistura de hidrocarbonetos.•
Uma estratégia interessante para a avaliação de caráter formal pode ser a elaboração (em duplas) de resumos, quadros sinóti-
cos, esquemas, histórias em quadrinhos ou seminários sobre o tema e subtemas tratados.
dica!
Abra um espaço para que
seus alunos possam fazer
perguntas e esclarecer
suas dúvidas, assim o pro-
cesso de aprendizagem
será dinamizado e fluirá
com maior facilidade.
3.
VÍDEO - AUDIOVISUALEQUIPE PUC-RIO
Coordenação Geral do ProjetoPércio Augusto Mardini Farias
Departamento de Química Coordenação de Conteúdos Roberta Lourenço ZiolliJosé Guerchon
Coordenação de Conteúdos do Guia do ProfessoLetícia Regina Teixeira
Assistência Camila Welikson
Produção de Conteúdos Carlos Eduardo Cogo PintoRachel Ouvinha de Oliveira
CCEAD - Coordenação Central de Educação a Distância Coordenação GeralGilda Helena Bernardino de Campos
Coordenação Pedagógica Leila Medeiros
Coordenação de Audiovisual Sergio Botelho do Amaral
Assistência de Coordenação de Audiovisual Eduardo Quental Moraes
Coordenação de Avaliação e Acompanhamento Gianna Oliveira Bogossian Roque
Coordenação de Produção dos Guias do ProfessorStella M. Peixoto de Azevedo Pedrosa
Assistência de Produção dos Guias do ProfessorSimone de Paula Silva
RedaçãoAndréa LinsGleilcelene Neri de BritoRosa Seleta de Souza Ferreira XavierTito Tortori
DesignEduardo DantasRomulo Freitas
RevisãoPatrícia JerônimoAlessandra Muylaert Archer