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Fórum FAAP de Discussão Estudantil – 2018GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE
GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE
UNESCOOrganização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura
De 30 de maio a 02 de junho de 2018São Paulo
(11) 3662-7262
GUIA DE ESTUDOS / STUDY GUIDE
CONSELHO DE CURADORES
PresidenteSrª. Celita Procopio de Carvalho
IntegrantesDr. Benjamin Augusto Baracchini Bueno
Dr. Octávio Plínio Botelho do AmaralDr. José Antonio de Seixas Pereira Neto
Srª. Maria Christina Farah Nassif Fioravanti
DIRETORIA EXECUTIVA
Diretor-PresidenteDr. Antonio Bias Bueno Guillon
ASSESSORIA DA DIRETORIA
Assessor Administrativo e FinanceiroSr. Tomio Ogassavara
Assessor de Assuntos AcadêmicosProf. Rogério Massaro Suriani
FACULDADE DE ECONOMIA
DiretoriaProf. Silvio Passarelli
Coordenação Profª. Fernanda Petená Magnotta
Prof. Paulo Dutra Costantin
Fórum FAAP de Discussão Estudantil - Coordenação Prof. Victor Dias Grinberg
CARTA DE APRESENTAÇÃO
Bem-vindos, delegados!
O tema que será abordado pelo comitê da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura, nessa edição do evento, é “O desaparecimento de pequenas ilhas do Pacífico: o risco do
desaparecimento de culturas em decorrência do aumento do nível dos oceanos”.
Nos últimos anos, surgiram vários relatos sobre casos de ilhas que estão desaparecendo e comunidades
tendo de se mudar para manter sua sobrevivência. Em um cenário desse, a UNESCO considera pertinente
a discussão, levando em conta a preservação das culturas de cada uma dessas ilhas e possíveis desenvol-
vimentos científicos que possam ser feitos nessa área do conhecimento.
Um estudo realizado nos 33 territórios das ilhas Salomão, entre os anos de 1947 e 2014, relata o desapa-
recimento de cinco ilhas. Kale, Zollies, Rehana, Kakatina e Rapita eram desabitadas, porém, compunham
um ecossistema e faziam parte da rotina de comunidades próximas como pontos de pesca. A velocidade
com que elas submergiram foi considerada incomum.
Kiribati, no Pacífico, que possui cerca de 100 mil habitantes, está ameaçada de desaparecer em cerca de
60 anos. Isso fez com que o presidente do país pensasse em medidas extremas como a realocação dos
habitantes em novos Estados, o que representa um choque cultural.
Essas são apenas algumas ilhas perdendo territórios para o oceano ou desaparecendo 100%, devido a
uma elevação do nível do mar de 3% para 7% ao ano. Percentual que se mostra presente em apenas
alguns territórios no momento, mas estima-se que até o fim do século seja um fator universal.
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Tal tema abre portas para debates de natureza social, como o conflito de culturas entre povos, a im-
portância da diversidade e da preservação cultural; debates de natureza ambiental, por exemplo, o
aquecimento global como causa do aumento do nível do mar, vegetação e espécies se extinguindo;
e, também, questões de natureza econômica, como o desaparecimento de territórios, que representa
uma falta dos meios de produção que garantem trabalho e sustento para moradores locais.
Também devem ser discutidas as formas que os Estados com influência e melhor condição econômica
vão auxiliar em estudos para a reversão de tal cenário, preservação da cultura das ilhas e, se necessário,
evacuação das mesmas, levando em consideração que diversas delas foram colônias por certo tempo
ou ainda pertencem a determinados Estados, como o Hawaí é parte dos EUA.
Boa sorte e Bons estudos!
Diretores Acadêmicos
• Carlos Chen cursa o sétimo semestre de Relações Internacionais na FAAP. Já participou de algumas
simulações, como delegado da França no United Nations Security Council no MUNFMU. Participou
do Fórum FAAP em quatro ocasiões: como voluntário acadêmico no Conselho Europeu, duas vezes como
diretor acadêmico na UNESCO e uma como diretor acadêmico na UNICEF.
• Matheus Moreira cursa o terceiro semestre de Relações Internacionais na FAAP. Já participou do Fórum
FAAP em duas ocasiões, como voluntário de estrutura e como voluntário acadêmico na UNICEF.
• Natalia Bertaglia cursa o terceiro semestre de Relações Internacionais na FAAP. Já participou do Fórum FAAP
em duas ocasiões, como voluntária acadêmica na UNESCO e como diretora acadêmica na UNICEF.
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HISTÓRICO DO COMITÊ
A assinatura da Carta do Atlântico e da Declara-
ção das Nações Unidas fez com que os governos
dos Estados europeus que estavam em confron-
to com o Eixo se reunissem no Reino Unido para
a Conferência de Ministros Aliados da Educação
(CAME). As reuniões ocorreram em Londres en-
tre 16 de novembro de 1942 e 5 de dezembro de
1945. Após a proposta do CAME, a conferência
das Nações Unidas para o estabelecimento da
educação e da cultura (ECO/CONF) ocorreu em
Londres entre 1 e 16 de novembro de 1945, logo
após o fim da Segunda Guerra Mundial. Quaren-
ta e quatro Estados decidiram criar uma organi-
zação que promovesse a solidariedade moral e
intelectual da humanidade para prevenir guer-
ras mundiais no futuro.
No fim da conferência, trinta e sete esta-
dos fundaram a Organização das Nações Uni-
das para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO - United Nations Educational, Scientific
and Cultural Organization) com a Constituição da
UNESCO, assinada em 16 de novembro de 1945.
A UNESCO entrou em vigor em 4 de novembro
após a ratificação de vinte Estados: África do Sul,
Arábia Saudita, Austrália, Brasil, Canadá, China,
Tchecoslováquia, Dinamarca, Egito, Estados Uni-
dos, França, Grécia, Índia, Líbano, México, Nova
Zelândia, Noruega, Reino Unido, República
Dominicana e Turquia. A primeira sessão da Con-
ferência-geral da UNESCO ocorreu em Paris entre
19 de novembro e 10 de dezembro de 1946 com
a participação de 30 Estados possuidores de voto.
Por conta das divisões políticas da Segunda
Guerra Mundial, o Japão e a República Federati-
va da Alemanha viraram membros em 1951, e a
Espanha foi só aceita em 1953. A URSS entrou em
1954, com sua dissolução em 1991, a Federação
Russa a substituiu em 1992 ao lado de 12 ex-re-
públicas Soviéticas. E dezenove Estados Africanos
viraram membros da UNESCO nos anos 60.
Desde então, a UNESCO tem um crescimento
mundial significativo e seu número de Estados-
-membros cresceu até 195. Porém, alguns esta-
dos saíram da organização por motivos políticos,
mas todos voltaram a fazer parte da organização:
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África do Sul se ausentou em 1957 a 1994, os Es-
tados Unidos da América durante 1985 a 2003,
o Reino Unido de 1986 a 1997 e Singapura entre
1986 e 2007.
HISTÓRICO DO PROBLEMA
Aquecimento
É de senso comum que o Planeta Terra está aque-
cendo a cada dia, embora haja diversos debates
sobre o porquê desse aquecimento, sejam as
pessoas que acreditam que ele está acontecendo
por causa das emissões de dióxido de carbono
(CO2) e metano (CH4) gerando o efeito estufa
(gases que bloqueiam a dissipação do calor terres-
tre ao espaço), causado pelas ações dos seres hu-
manos, sejam as pessoas que acreditam que o pla-
neta está passando por um ciclo de aquecimento,
assim como passou por um período glacial, o au-
mento da temperatura global é uma realidade.
Com o aquecimento da temperatura do planeta,
muitas espécies podem entrar em extinção e a
disponibilidade de água em diversas regiões do
mundo acaba se tornando escassa principalmen-
te em decorrência de um maior período de seca,
o que pode atingir tanto as espécies que vivem
nessas regiões quanto a população que possui
uma cultura baseada em locais mais áridos, como
os aborígenes da Austrália, que por conta da
pouca disponibilidade de água, precisam se des-
locar de seu território, onde constituíram uma
cultura, por conta dos longos períodos de seca.
As preocupações sobre mudança de clima e o
meio ambiente, em geral, começaram a partir
do início da década de 60, devido a uma série
de acidentes ecológicos de grande porte e diver-
sas denúncias de membros da comunidade cien-
tífica e acadêmica. Em 1972, ocorreu a primeira
Conferência Internacional de Meio Ambiente e
Desenvolvimento em Estocolmo, na Suécia. No
momento em que aconteceu a Conferência, a
Europa estava passando por um novo processo
de industrialização advindo da reconstrução do
pós-Segunda Guerra Mundial. Dessa forma, os
impactos das indústrias estavam visíveis ao ponto
de gerarem controvérsia entre os Estados euro-
peus. Foram apontados casos de contaminação
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de rios que acabaram comprometendo diversos
países, como foi o caso do Danúbio. Ocorrência
de chuvas ácidas criadas pelos centros industriais,
altamente poluentes, entre diversos outros pro-
blemas considerados de poluição transfronteiriça,
no qual a poluição gerada por um Estado afeta o
país vizinho. Como consequência desse contexto
europeu, a Conferência incitou a criação por par-
te dos Estados de um órgão nacional para cuidar
das questões ambientais, além de proporcionar
legislações e tecnologias a favor da redução da
poluição por parte das indústrias. Essa interfe-
rência da ONU em razão de conciliar os países
europeus após as divergências nas questões am-
bientais firmou o tema na pauta internacional.
A Organização das Nações Unidas (ONU) publica
um relatório periódico sobre os estudos realiza-
dos sobre o aquecimento global por meio do In-
tergovernmental Panel on Climate Change (IPCC).
A organização objetiva divulgar o conhecimento
sobre as mudanças climáticas que estão afetando o
planeta atualmente, apontando suas causas, riscos
e efeitos para a humanidade e o meio ambiente.
Aumento do nível do mar
Dentre as diversas consequências do aquecimen-
to global estão o aumento e rebaixamento do ní-
vel do mar, que são dois fenômenos físicos e geoló-
gicos que já se sucederam diversas vezes ao longo
da história do Planeta Terra. Há diversos fatores
que podem causar esse aumento e rebaixamento
do nível do mar, dentre eles as alterações no cli-
ma e o deslocamento das placas tectônicas.
Embora o aumento do nível do mar seja um fe-
nômeno físico e geológico, há dois fatores prin-
cipais que estão gerando isso: o aquecimento
global, que provoca uma expansão térmica das
águas, aumentando seu volume; e o derretimen-
to das calotas polares, que ao derreterem aca-
bam adicionando mais água aos mares. Entre
1901 e 2010, o nível médio dos mares ao redor
do planeta subiu, em média, 19 centímetros. O
período de maior elevação é recente, de 1993 a
2010, quando a taxa de crescimento correspon-
deu a mais de 3,2 milímetros por ano.1
1- http://www.brasil.gov.br/meio-ambiente/2017/06/elevacao-do-nivel-do-mar-deve-aumentar-risco-de-desastres-natu-rais-no-brasil
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Porém, qual o impacto do aumento do nível do
mar? Com o derretimento das calotas polares,
todo o ciclo da fauna desses lugares (Antártida,
Ártico e Groelândia, principalmente) acabam se
desequilibrando, fazendo com que as pessoas e
os animais que habitam esses lugares não consi-
gam sobreviver. O aumento do nível do mar im-
pacta também as populações costeiras e insula-
res por conta do aumento dos riscos de desastres
naturais. O risco de ocorrer desastres naturais
como ressacas, enchentes, enxurradas e desliza-
mentos nessas áreas aumentam drasticamente,
o que pode afetar tanto a população que vive
quanto a economia de diversos países que pos-
suem fronteiras para o mar.
O gráfico a seguir mostra a projeção do aumento
do nível do mar desde o fim do século XIX até o
fim do século XX, e as projeções do aumento do
nível para o século XXI:
Deslocamento dos povos
Com o aumento do nível do mar, várias nações
correm o risco de perder significantes partes de
seus territórios, mais especificamente observan-
do as ilhas polinésias no Oceano Pacífico, onde
o problema, entre várias outras consequências,
implicará o deslocamento de suas populações.
Em lugares como as Ilhas Salomão, um arquipé-
lago formado por mil ilhas, cinco delas já foram
submergidas e outras seis já tiveram cerca de
60% de sua área coberta pelo oceano. Na ilha
de Nuatambu, famílias já tiveram suas casas le-
vadas pelo mar, obrigando-as a migrar para ou-
tras ilhas ou pontos mais altos da ilha. Com isso,
não apenas as famílias perderiam seus lares ao
Fonte: https://www.ipcc.ch/
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serem deslocadas para lugares novos, diferentes
e desconhecidos, como também poderiam ver
desaparecer sua cultura, juntamente com o seu
território, uma vez que este também faz parte
da identidade de um povo.
De acordo com pesquisas realizadas pela Uni-
versidade de Campinas (UNICAMP), os impac-
tos seriam severos com o aumento do nível do
mar, por conta das recorrentes inundações que
afetam milhares de pessoas ao redor do mundo
e de eventos que tendem a se tornar mais co-
muns. Além disso, o desaparecimento de cerca
de 52 ilhas no Oceano Pacífico nos próximos 50
anos é um risco real, e isso também afetaria uma
grande da parte da população de lugares como a
Polinésia, por exemplo, que teria de ser desloca-
da. Isso desencadearia novas crises humanitárias,
pois já é um grande problema por si só quando
se considera a overpopulation que vários países
enfrentam em suas regiões urbanas, mas tam-
bém se ergue a questão de como preservar essas
culturas que estão sob ameaça de desaparecer jun-
tamente com suas terras.
Foi publicado por um grupo de pesquisadores
do CNRS, da França, que cerca de 5% a 12% das
1269 ilhas francesas podem desaparecer, acarre-
tando a extinção de cerca de 300 espécies que as
habitam.
“Se acrescentarmos aos impactos acima descritos
outros efeitos da elevação do nível do mar, como
a salinização dos solos e da água doce (superficial
e subterrânea) próxima ao litoral, a destruição dos
ecossistemas litorâneos (20% dos mangues já se
perderam entre 1980 e 2005 [XVII]), além da cres-
cente vulnerabilidade das usinas nucleares, pode-
mos começar a fazer uma ideia do mundo que a
máquina de acumulação de capital a que chamamos
capitalismo e nossa concepção antropocêntrica do
mundo, que é em última instância seu sustentáculo
ideológico, estão legando aos nossos filhos e à vida
no planeta.”2
Como descrito anteriormente, se sumarizam as
ameaças mais urgentes relacionadas a esse pro-
blema do aquecimento global, assim como vale
a pena apontar a questão do lixo tóxico nuclear
2- https://www.unicamp.br/unicamp/ju/artigos/luiz-marques/consequencias-da-elevacao-do-nivel-do-mar-no-se-culo-xxi
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nas Ilhas Marshall, que vazariam no oceano e,
uma vez submersos, não há um consenso sobre
como lidar com essa situação.
Culturas polinésias
A cultura polinésia é bastante fundamentada em
seu folclore, seus contos possuem diversas descri-
ções de origens humanas e de várias práticas cul-
turais como as tatuagens que têm origem nela,
além de figuras folclóricas serem consideradas
heróis culturais nas ilhas. Um exemplo disso, que
se popularizou mais recentemente, seria Maui
com o filme “Moana”, da Disney, que chegou a
causar certa polêmica na Polinésia pelo jeito com
o qual seu personagem foi retratado no filme.
Estando localizados principalmente nas ilhas do
Pacífico e se estendendo desde a região da Papua-
-Nova Guiné até o Havaí e as Ilhas de Páscoa, no
meio do Oceano Pacífico, as línguas de todos os
povos indígenas da Polinésia são bem diversas e
sofreram muitas mudanças depois da coloniza-
ção europeia, que levou a língua francesa e in-
glesa a se conflitarem com as línguas nativas e
certos dialetos. Até mesmo os indígenas são bi-
língues com o inglês, o que indica uma possível
extinção dessas línguas no futuro.
Segundo pesquisas de análises de DNA e evidên-
cias linguísticas e arqueológicas, é sugerido que
os polinésios são geneticamente ligados aos abo-
rígenes taiwaneses (Tsou, Hla’alua, Kanakanavu,
Paiwan, dentre outros), que se deslocaram ma-
ritimamente da ilha de Taiwan para a região da
Micronésia, Melanésia e, principalmente, para a
Polinésia. O que mostra que o povo polinésio faz
parte da população Austronésia, que são os ori-
ginários do Sudeste Asiático e que colonizaram
grande parte do Oceano Índico (estendendo-se
até Madagascar) e grande parte do Oceano Pacífico.
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Assim como a questão das línguas polinésias que
podem vir a ser extintas devido à integração da
cultura europeia e a colonização, o mesmo acon-
tece com a religião, porém, por causa da impor-
tância da mitologia e do folclore na formação
cultural local, a escala desse fenômeno tende a
ser menor comparada à língua.
Um dos principais problemas que afetam a cul-
tura polinésia é a autodeterminação dos povos,
como visto na região da Catalunha na Espanha
nos tempos atuais, o que é um fator importante
Rotas migratórias dos Aborígenes Taiwaneses para o Sudeste Asiático, Micronésia, Melanésia e Polinésia. Fonte: http://the.honolulu-
advertiser.com/article/2007/Feb/23/il/FP702230323.html
para os polinésios, devido aos testes nucleares
que lá foram feitos por países com esse potencial
bélico.
DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Deslocamento
O desaparecimento das ilhas do Pacífico é um
problema de natureza social, ambiental e econô-
mica, que afeta não apenas os habitantes des-
ses territórios, mas o planeta em sua totalidade,
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tendo em vista as possíveis consequências de tal
acontecimento, determinadas medidas devem
ser tomadas.
Diversas ilhas e áreas costeiras já estão sofrendo
efeitos do aumento do nível do mar e das mu-
danças climáticas, como inundações, terremo-
tos, tsunamis e ciclones tropicais, que resultam
em vítimas e estragos nas estruturas das regiões,
causando perdas econômicas para os países,
principalmente os que possuem suas economias
baseadas em regiões costeiras. Segundo o Fórum
do Banco Mundial de 2013, os países mais vul-
neráveis física e economicamente em relação a
desastres naturais são as ilhas do Pacífico, den-
tre elas, as Ilhas Marshall, Samoa, Ilhas Salomão,
Tonga e Vanuatu. Esses países já estão se prepa-
rando para uma melhor proteção contra desas-
tres naturais.
Apesar de as ilhas não afundarem nos próximos
anos, elas irão se tornar inabitáveis a curto prazo
por causa da escassez de água doce nessas regiões
e as dificuldades de obter alimentos, levando em
consideração que muitas delas são supridas pela
pesca e plantações. Um aumento em relação às
doenças causadas por clima com altas tempera-
turas e chuvas, como a dengue, e uma queda sig-
nificativa nessas economias que já não se encon-
tram em uma boa posição.
Diversas regiões, principalmente as ilhas no Oce-
ano Pacífico, já estão tomando medidas para ten-
tar retardar o efeito da destruição causada pelas
mudanças climáticas, como construções de muros
cercando as capitais, a exemplo da Indonésia e das
Maldivas. Outra medida tomada foi a criação de or-
ganizações, como a Small Island Developing States
(SIDS), que conta com os 39 países-ilhas com maior
risco de afundar, e a Aliança dos Estados Insulares
(Aosis) com 42 países que tem como objetivo bus-
car o auxílio de grandes potências para a preserva-
ção ou, se necessário, evacuação das ilhas.
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Países que se encontram em grande risco já tra-
çam planos de evacuação. Em Kiribati foi criado
o programa “migração com dignidade”, apre-
sentando a situação para os habitantes das ilhas
e pedindo que considerem se mudar para o ex-
terior. O governo também comprou 2.400 hecta-
res em Fiji, uma ilha que possui terras mais altas
e pode servir como abrigo para os refugiados
climáticos, um novo termo criado para definir
vítimas de desastres naturais. Outras ilhas pen-
sam em tomar a mesma iniciativa.
Diversas ilhas podem ter seu declínio de forma
mais suave ou até mesmo impedir que isso che-
gue a acontecer, pois já existem soluções para
diversos problemas, como a dessalinização da
água, que solucionaria a falta de água salubre,
ou mesmo tornar o país mais alto por meio de
aterros. Essas medidas poderiam salvar as ilhas
do desaparecimento, porém tecnologias custam
mais do que esses Estados possuem em suas re-
servas. São medidas que contam com um alto
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elevação do nível do mar, tendo em vista que
é baseada na exploração das ilhas do Pacífico,
acreditando-se que as ilhas foram povoadas por
grupos de Aborígenes Taiwaneses que cruzaram
o Pacífico a 3.500 a.C. Embora muitas ilhas per-
tençam a outros países (Estados Unidos, França,
Nova Zelândia, Reino Unido) devido ao período
de colonização, as populações terão dificuldades
de se alocar, principalmente porque suas cultu-
ras são diferentes da dos países que fazem parte.
Além disso, a cultura e a economia dessas ilhas são baseadas em pesca e navegação, algo dife-
rente dos países dos quais fazem parte como ter-
ritórios externos.
PANORAMAS DAS REGIÕES
África
A África possui uma grande e crescente população
costeira, sendo que a maioria das cidades impor-
tantes do continente localizam-se na costa, como
Maputo, Accra, Cape Town, Tunis, Luanda e Rabat.
Países insulares na África também correm diversos
riscos com o aumento do nível do mar, principal-
mente Madagascar e Seychelles, sendo que a popu-
lação desses dois países mora nas regiões costeiras.
investimento e as ilhas não têm condições para
fazer, por isso precisam do auxílio de grandes
economias.
Deve ser levado em consideração que as ilhas
são vítimas dos efeitos do aquecimento global e
não emitem uma quantidade suficiente de gases
para causar tal calamidade. Então, o investimen-
to e o engajamento das grandes potências são
necessário e esperado. Também se presume a
hospitalidade com os refugiados climáticos que
a cada dia aumentam.
Riscos Culturais
O desaparecimento das ilhas representaria uma
extensa perda de cultura, levando em considera-
ção que elas possuem tradições e crenças. O risco
cultural também se estende às tribos que vivem
nas ilhas e possuem toda uma cultura e educa-
ção voltadas para o local onde se encontram. Tais
grupos teriam dificuldade de se inserir em outras
realidades, o que pode causar uma perda de seus
costumes.
A cultura polinésia é a que mais sofre com a
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O aumento do nível do mar gera muitos problemas
para os países africanos, principalmente em ques-
tões econômicas, pois as zonas úmidas da África
vão ficando cada vez mais escassas, o que gera um
prejuízo enorme para a população e a economia
desses países.
Américas
Na região das Américas, os países que possuem
grandes ameaças de serem submergidos pelo mar
nos próximos 100 anos são os da América Central,
principalmente Granada, Barbados, Cuba, Repúbli-
ca Dominicana, Jamaica e Haiti. Porém, há diversas
cidades na América do Sul e na América do Norte
que também estão em risco, como Rio de Janeiro,
no Brasil, e o estado da Flórida, nos Estados Uni-
dos, ambos importantes tanto econômica quanto
culturalmente para seus países.
Ásia
As áreas de maior risco na Ásia são o Leste e o Su-
deste Asiático, principalmente porque há países
insulares importantes como Indonésia, Singapura,
Malásia, Filipinas, Brunei Darussalam, Japão e par-
te do território da China (Ilha de Taiwan). Sendo
uma região de diversos desastres naturais como
terremotos, tsunamis e erupções de vulcões, a Ásia
corre grande perigo em relação ao aumento do
mar, o que pode causar danos tanto em cidades
importantes economicamente como Shanghai e
Hong Kong, na China, e Busan na Coreia do Sul,
quanto em regiões culturalmente ricas como a Ilha
de Taiwan, Japão e Filipinas.
Esses desastres naturais fazem com que as pessoas
que moram nas regiões costeiras se desloquem
para outro país ou para dentro de seu próprio ter-
ritório pelo medo de morar em regiões costeiras.
Os Patrimônios Mundiais da Ilha de Java e da Ilha
de Bali, na Indonésia, que possuem diversas re-
giões importantes tanto para a religião islâmica
quanto para a budista, correm grande risco por
serem insulares.
Europa
Há diversas cidades importantes da Europa que
correm risco por causa do aumento do nível do
mar, principalmente porque muitas já estão abaixo
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desse nível, como Amsterdã (capital e a cidade mais
populosa dos Países Baixos), que já está a 4 metros
abaixo, e Veneza na Itália que está a 1 metro abai-
xo do nível do mar. Parte da cidade de Veneza é
considerada Patrimônio Mundial reconhecido pela
UNESCO e com o aumento do nível do mar, a cida-
de pode desaparecer em 100 anos. De acordo com
estudos de cientistas da Itália, o Mar Mediterrâneo
aumentara até 1,40cm antes de 2100.
Outros países que apresentam grandes riscos com
o aumento do nível do mar são os insulares locali-
zados no Mar Mediterrâneo, como Malta e Chipre,
e países que possuem territórios insulares como
Grécia, Espanha, Portugal, Itália e Reino Unido, o
que pode gerar grandes riscos tanto naturais quan-
to culturais para eles.
Oceania
Os países da Oceania são os que mais estão em ris-
co, principalmente porque o continente é basea-
do em ilhas, tendo a maior delas, a Austrália. Suas
principais cidades, Sydney, Melbourne, Brisbane,
Perth e Adelaide, são baseadas no litoral do país,
o que pode lhe afetar tanto culturalmente, quanto
economicamente. Porém, os lugares mais prejudi-
cados são os da região da Polinésia e Micronésia,
sendo que com o aumento do nível do mar, o risco
de acontecimentos naturais aumenta drasticamen-
te, tendo desastres em maior escala nessas regiões
do que em outros lugares do mundo.
A cultura polinésia está, atualmente, em grande
risco por causa do aumento do nível do mar, pois
é inevitável que as ilhas sejam “engolidas” pelas
águas daqui a 100 anos (de acordo com pesquisas)
se ele continuar aumentando seu nível em 59cm a
cada ano.
DOCUMENTO DE POSIÇÃO
OFICIAL (DPO)
Considerando a apresentação em tal guia de estu-
dos, o Documento de Posição Oficial (DPO) de cada
delegado deverá:
• Conter a posição do delegado frente às ques-
tões da reforma do sistema educacional de
sua região, ou de outras regiões, e a impor-
tância relativa que o mesmo deposita na pre-
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servação de patrimônios histórico-culturais.
• Respeitar a política externa e interna de seu
país, deixando de lado preferências ou qual-
quer opinião pessoal.
• Seguir o padrão de formatação:
• Fonte Times New Roman, tamanho 12.
• Margens de 2cm.
• Parágrafo justificado.
• Espaçamento entre linhas simples.
• O documento total deve estar limitado a
uma página, contendo no canto superior
esquerdo o brasão da UNESCO e, no canto
superior direito, o brasão de armas do país.
No centro superior, o delegado deve identifi-
car sua delegação com o nome oficial do país.
• O DPO deve ser assinado no fim da folha, no
canto inferior direito.
• O DPO deve ser entregue antes do início da
primeira sessão do comitê.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como dito ao longo do guia, a UNESCO possui
diversos desafios frente ao desaparecimento das
culturas de países insulares por causa do aumen-
to do nível dos oceanos e seu impacto frente à
humanidade. Embora o tema não seja muito
abordado, é extremamente relevante como as-
suntos atual e futuro, principalmente porque en-
volve diversos escopos como cultura, natureza e
as populações que vivem nas regiões de risco. A
decisão dos senhores se refletirá para a atual con-
juntura do sistema internacional, uma vez que tal
tema, como explicado anteriormente, apresenta
importância para diversas civilizações e não tem
nenhuma resolução até o momento. Com tudo,
a comunidade internacional não dá a devida im-
portância para tais problemáticas, sem perceber
que podem originar uma solução concreta e, a
longo prazo, o deslocamento das populações,
principalmente, as insulares. Cabe aos senhores,
portanto, dar a devida importância ao tema.
Recomenda-se que os delegados tragam uma
agenda de discussão pronta para o primeiro dia
de debates, tendo em vista que os assuntos são
diversos, é fácil sair do tema e o tempo é curto.
Portanto, elaborem e votem no que se apresenta
capaz de enumerar melhor os temas a serem discu-
tidos em cada dia. É de extrema importância que
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os senhores compreendam que, por se tratar de
dois temas distintos, coalizões que ocorreram em
um tema não devem necessariamente continuar
em outro tema. Tal fato se explica pelo simples
motivo de que cada Estado, dotado de seu inte-
resse nacional (que pode sobrepor, por muitas
vezes, o interesse coletivo) deverá realizar, de
acordo com o tema do momento, um contrapeso
entre ganhos relativos e absolutos. Encerramos o
guia nos disponibilizando para esclarecer futuras
dúvidas e desejando-lhes boa sorte!
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