guerras e rebeliões indígenas do século xviii
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Guerras e Rebeliões indígenas do século XVIII
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É possível afirmar que no período colonial da Amazônia, em nenhum momento a região esteve vivendo em plena situação de paz. A história da colonização européia na Amazônia confunde-se com a história das e guerras e seus desdobramentos: rebeliões, fugas e deserções indígenas.
Essas guerras evidenciaram a qualidade da resistência indígenas aos mecanismos da conquista, da ocupação e da dominação colonial no território amazônico.
Todo dia era dia de guerra
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Os índios Muras apareceram aos colonizadores portugueses na Amazônia no início do século XVIII. A sua expansão territorial iniciou-se entre 1723 e 1725, não foi causada pela ação dos homens brancos, mas por próprias características das populações indígenas. Movimentaram-se do Madeira para o Amazonas, Solimões e rio Negro, chocaram – se com os colonizadores.
Os Muras
Índio Mura
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Ao longo do tempo foram sendo massacrados pelas tropas portuguesas , e também foram sendo contaminados pelas epidemias.
Mais tarde as autoridades portuguesas chegaram a pedir ao governo que declarasse guerra aos Muras, pois eles seriam responsáveis pelo não desenvolvimento da Capitania do Rio Negro.
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No rio Madeira, o missionário jesuíta João de Sampaio fundou o aldeamento indígena de Santo Antônio de Araretama. Essa missão foi obrigada a mudar algumas vezes de lugar, essas mudanças de localização não aconteceram por simples motivos climáticos ou em busca de prover a missão indígena, mas a principal razão se deve aos ataques dos índios Muras.
O projeto colonial português para a Amazônia a essa altura, ainda era o de Pombal, elaborado em 1750.
A ofensiva e o Projeto Colonial dos Muras
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A pacificação dos Muras surpreenderam as autoridades portuguesas, quando pediram a “paz e amizade” aos dirigentes dos núcleos coloniais da Capitania do Rio Negro. Este fato atribui-se as seguintes razões:
Os ataques anuais das Tropas Auxiliares;O enfraquecimento da tribo causado pelas
epidemias;Necessidade de consumo de medicamentos e
ferramentas dos brancos;E , a guerra que os Mundurucus faziam
contra eles.
A Pacificação dos Muras
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A cidade de Belém, na segunda metade do século XVIII,
sofria pela falta de mão-de-obra indígena.
A resposta prática para o problema seria expedições
para o lado oeste da Amazônia. Assim as expedições logo
enfrentaram, no rio Negro, a resistência dos Manaus.
Os Manaus
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Devido a resistência dos Manaus, a autoridade paraense instaurou um processo de devassa a fim de apurar os fatos e punir os culpados.
O resultado da devassa não foi diferente: os Manaus foram considerados culpados e acusados de infidelidade para com a Coroa.
As autoridades declaram guerra justa aos Manaus, mesmo sem o consentimento da metrópole, resumida em confrontos sangrentos, na morte e no aprisionamento de muitos índios, entre eles Ajuricaba.
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“Altos, com peito largo, fortíssima musculatura, frequentemente de cor muito clara, de feições largas, e, embora afáveis, rudes, cabelos pretos luzidios, cortados na testa e todo o corpo tatuado com linhas finas.”
Os Mundurucus
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A fonte da fama e o foco dos interesses dos Mundurucus era a própria guerra.
Eles faziam frequentemente guerras a outros índios, com o fim de aprisionar as mulheres moças e crianças, e não de matá-las. Matam apenas os homens, cujas cabeças conservam como troféus.
Guerra e os Troféus Mundurucus
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A presença dos Mundurucus, só começaram a aparecer a partir de meados do século XVIII.
Após os primeiros contatos, os Mundurucus passaram a fazer parte dos relatos que se referiam à região dos rios Madeira e Tapajós.
Desde o início dos relatos, teve-se notícias das atividades guerreiras dos Mundurucus. Essa nação inquietou colonizadores e vizinhos indígenas, durante seus movimentos expansionistas.
Partindo do alto rio Tapajós, dominaram uma vasta região do Estado do Grão Pará e Rio Negro, entrando em choque com a população de brancos e índios.
Primeiros Contatos e a Expansão
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Depois de cerca de 25 anos de confronto com os portugueses, ocorreu a pacificação dos Mundurucus.
Assim, na Capitania do Rio Negro, foi posto em prática o projeto de Lobo D’Almada.
Através deste projeto, a paz entre os índios Mundurucus e os colonizadores portugueses.
Depois de pacificados, os Mundurucus tornaram-se aliados dos portugueses, que os usaram no descimento de grupos tribais que resistiam ao domínio colonial.
Pacificação do Mundurucus
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Rebeliões do Rio BrancoAs rebeliões dos índios do Rio Branco, tiveram
suas origens no próprio cotidiano dos aldeamentos: havia os maus tratos, a exploração do trabalho; a mistura de etnias; a violação de seus códigos culturais, que iam tornando formas de verdadeiros etnocídios.
Índios do Rio Branco