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HSBC Bank Brasil S/A - Banco Múltiplo, HSBC Serviços e Participações Ltda. e suas controladas agora são parte da Organização Bradesco.
Governança de Riscos
Junho de 2016
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HSBC Bank Brasil S/A - Banco Múltiplo, HSBC Serviços e Participações Ltda. e suas
controladas agora são parte da Organização Bradesco.
Sumário
Visão Geral ........................................................................................................ 3
Matriz Funcional da Diretoria de Risco .................................................................. 4
Estrutura de Governança Sênior de Comitês, composição e propósitos .................... 5
Gestão de Risco de Crédito ............................................................................... 7
Controle do Risco de Crédito ............................................................................... 7
Concessão de Crédito ......................................................................................... 8
Políticas de Crédito ............................................................................................ 9
Metodologia utilizada para avaliação dos clientes e da Carteira de Crédito .............. 10
Análises de Estresse ........................................................................................ 11
Gestão de Risco de Mercado ........................................................................... 12
Segmentação ................................................................................................... 12
Por tipo de carteira .................................................................................... 12
Por instituições do Grupo HSBC ................................................................ 13
Por unidade geográfica.............................................................................. 14
Atribuições ...................................................................................................... 14
Gestão de Risco Operacional .......................................................................... 16
Objetivo .......................................................................................................... 16
Organização e responsabilidades ....................................................................... 16
Mensuração e monitoramento ............................................................................ 18
Abordagem de avaliação de Risco Operacional .................................................... 19
Registro .......................................................................................................... 20
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HSBC Bank Brasil S/A - Banco Múltiplo, HSBC Serviços e Participações Ltda. e suas
controladas agora são parte da Organização Bradesco.
Visão Geral
O Conglomerado HSBC tem a responsabilidade primária pelo Gerenciamento
de Riscos através da definição de políticas e procedimentos e através do
desenvolvimento de processos para identificação, avaliação e controle de
riscos.
No Conglomerado HSBC, a responsabilidade pela Gestão de Riscos está
confiada à Diretoria Executiva que deve implementar, manter, divulgar e
monitorar uma estrutura de governança em conformidade com os padrões do
grupo e regulamentações locais.
A estrutura estabelecida de governança e responsabilidades para o
gerenciamento dos riscos garante uma gestão efetiva dos riscos do
Conglomerado HSBC. A Diretoria Executiva e o Presidente têm a
responsabilidade primária sobre a gestão de risco no Conglomerado HSBC. A
Diretoria Executiva aprova o nível de apetite por risco, planos e metas de
desempenho para as áreas e departamentos, a nomeação de executivos
seniores, a delegação de autoridade para aprovação de crédito e outros riscos,
bem como o estabelecimento de procedimentos para o seu monitoramento e
controle. De uma maneira geral essas atividades estão alinhadas com
orientações das administrações regional e global do HSBC.
Através de uma série de comitês de governança, em que se destaca o Comitê
de Gerenciamento de Risco (“Risk Management Committee” ou “RMC”), o
Conglomerado HSBC formula as políticas de riscos, exercita a delegação de
autoridade relacionada com risco e supervisiona os controles e apetite de risco.
O RMC monitora todas as categorias de risco, recebe relatórios sobre o
desempenho e problemas emergentes, determina as ações a serem tomadas e
revisa a eficácia da estrutura de gerenciamento de risco do Conglomerado
HSBC.
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controladas agora são parte da Organização Bradesco.
Esses órgãos de governança são suportados por uma Diretoria Executiva de
Risco, que tem responsabilidade funcional sobre os principais tipos de riscos
financeiros, ou seja, crédito de varejo e atacado, mercado, operacional e
outros. O Diretor Executivo de Risco tem subordinação ao Executivo principal
do Conglomerado HSBC e responde funcionalmente ao Diretor responsável
pela Área de Risco na América Latina. O propósito dessa organização matricial
é assegurar independência no gerenciamento do risco em relação às áreas
comerciais.
Matriz Funcional da Diretoria de Risco
Grupo HSBCDiretor Executivo de Risco
(Reino Unido)
América LatinaDiretor Executivo de Risco
(México)
HSBC BrasilDiretor Executivo de Risco
(Brasil)
HSBC LAMPresidente(México)
HSBC BrasilPresidente
(Brasil)
Risco
Negócios
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controladas agora são parte da Organização Bradesco.
Estrutura de Governança Sênior de Comitês, composição e
propósitos
O Grupo HSBC possui uma estrutura de Comitês que, por meio de uma visão
holística da organização, gerencia e controla os riscos, incluindo o risco de
crédito.
Executive Committee (EXCO): periodicidade mensal; representado pelo quadro
de diretores responsáveis pelas decisões de planejamento e de estratégias que
têm impacto na missão, visão e resultados gerais do HSBC Brasil;
Assets and Liabilities Committee (ALCO): periodicidade mensal; engloba
Finanças, Tesouraria e executivos de negócios para discutir mensalmente o
balanço, liquidez e posicionamento quanto aos riscos de mercado;
Risk Management Committee (RMC): periodicidade mensal; assegura a
implementação e a manutenção de controles e gestão de riscos conforme
exigências locais e do Grupo HSBC. Esse comitê abrange os riscos de crédito,
mercado, operacional e outros riscos do HSBC Brasil;
Stress Testing and Economic Capital Committee (STECC): periodicidade
trimestral; tem por objetivo monitorar e analisar os resultados de testes de
stress aplicados para os riscos de mercado, crédito, operacional;
Model Oversight Committee (MOC): composto por membros das áreas de
Risco, Businesses, IT, Finanças e Independent Review, tem a responsabilidade
de dirigir, supervisionar e recomendar / aprovar a criação, desenvolvimento,
implementação, validação e monitoramento de modelos de crédito para o
atacado e varejo de risco de crédito. Os comitês estão estruturados para
atender especificamente as áreas de atacado e varejo e reportam-se aos seus
correspondentes no âmbito regional e global;
Comitê de Auditoria: periodicidade trimestral; para atender exigência imposta
pela Resolução CMN nº 3.198/2004, Composto por três executivos do banco,
tem por objetivo revisar, previamente à publicação, as demonstrações
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contábeis semestrais, inclusive notas explicativas, relatórios da administração e
parecer do auditor independente, avaliar a efetividade das auditorias
independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de
dispositivos legais e normativos aplicáveis à instituição, além de regulamentos
e códigos internos; avaliar o cumprimento, pela administração da instituição,
das recomendações feitas pelos auditores independentes ou internos;
estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de
informações acerca do descumprimento de dispositivos legais e normativos
aplicáveis à instituição, além de regulamentos e códigos internos, inclusive com
previsão de procedimentos específicos para proteção do prestador e da
confidencialidade da informação; recomendar, à diretoria da instituição,
correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identificados
no âmbito de suas atribuições;
Retail Credit & Risk Committee (RCRC): periodicidade mensal; tem por objetivo
monitorar e gerenciar a performance e o risco dos portfólios de Varejo com os
padrões do Grupo HSBC.
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Gestão de Risco de Crédito
O Risco de Crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas ao
não cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações
financeiras nos termos pactuados, à desvalorização de contrato de crédito
decorrente da deterioração na classificação de risco do tomador, à redução de
ganhos ou remunerações, às vantagens concedidas na renegociação e aos
custos de recuperação.
Surge principalmente de empréstimos e adiantamentos e de contratos de
arrendamento, mas também está presente em certos produtos registrados em
contas de compensação, tais como garantias, valor de referência (notional) dos
derivativos, e também do posicionamento do HSBC Brasil em instrumentos de
dívida. Entre os riscos em que o HSBC Brasil incorre, o Risco de Crédito gera a
maior exigência de capital regulatório.
Controle do Risco de Crédito
Visando mitigar o Risco de Crédito, o HSBC Brasil atua continuamente no
acompanhamento dos processos das atividades de crédito, no aprimoramento,
aferição e elaboração de inventários de seus modelos, bem como no
monitoramento de concentrações e na identificação de novos componentes que
ofereçam riscos de crédito.
Adicionalmente, o direcionamento dos esforços, focado na utilização de
modelos avançados de mensuração de riscos e na melhoria contínua dos
processos, reflete no desempenho da carteira de crédito nos diversos cenários,
tanto em resultados, quanto em robustez.
No controle e gestão do Risco de Crédito, dentre as principais atividades,
destacamos:
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Backtesting (teste de aderência) e calibração dos modelos utilizados para
mensuração de riscos da carteira de crédito;
Participação ativa no processo de melhoria de modelos de classificação
de riscos de clientes;
Acompanhamento de grandes riscos por meio do monitoramento
periódico e antecipação dos principais eventos de inadimplência;
Acompanhamento de provisões frente às perdas esperadas e
inesperadas;
Revisão contínua de processos internos, inclusive papéis e
responsabilidades, capacitação e demandas de tecnologia da
informação;
Participação na avaliação de riscos, quando da criação ou revisão de
produtos e serviços.
Concessão de Crédito
Sob responsabilidade da Diretoria Executiva de Risco, o processo de
gerenciamento do Risco de Crédito do HSBC Brasil atende às determinações
dos manuais funcionais do Grupo HSBC, dos Comitês de Governança de Risco
e do Banco Central do Brasil, além de pautar-se nos objetivos de segurança,
qualidade, liquidez e diversificação na aplicação dos ativos de crédito.
Na constante busca por agilidade e rentabilidade nos negócios, são utilizadas
metodologias direcionadas e adequadas em cada segmento em que o Banco
atua, orientando a concessão de operações de crédito e a fixação de limites
operacionais.
As propostas de crédito tramitam por um sistema automatizado e parametrizado
com o propósito de fornecer subsídios imprescindíveis para a análise, a
concessão e o acompanhamento dos créditos concedidos, minimizando, assim,
os riscos inerentes às operações de crédito.
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Para a concessão de créditos massificados, os sistemas especializados de
Credit Scoring e Behavior Scoring possibilitam maior agilidade e confiabilidade,
além da padronização de procedimentos no processo de análise e deferimento
dos créditos.
Os negócios são diversificados, pulverizados e destinados a indivíduos e
instituições que demonstrem capacidade de pagamento e idoneidade,
procurando sempre ampará-los com garantias condizentes com os riscos
assumidos, considerando as finalidades e os prazos dos créditos concedidos.
Políticas de Crédito
As políticas de administração de risco do HSBC Brasil estão em uma hierarquia
de manuais de política para todo o Grupo HSBC para comunicar os padrões,
instruções e orientações para os colaboradores do HSBC Brasil. Elas apoiam o
apetite de risco e estabelecem procedimentos para monitorar e controlar riscos,
com relatórios pontuais e confiáveis à gerência.
O HSBC Brasil regularmente revisa e atualiza suas políticas, sistemas e
metodologias de administração de risco para refletir mudanças na lei,
regulamentos, mercados, produtos e melhores práticas.
A estrutura da gestão de Risco de Crédito contém políticas e estratégias para a
gestão de risco documentadas, que estabelecem limites operacionais,
mecanismos de mitigação de risco e procedimentos destinados a manter a
exposição ao Risco de Crédito em níveis aceitáveis pelos padrões do Grupo
HSBC. As políticas de crédito do HSBC Brasil abrangem, entre outros aspectos:
Filosofia do HSBC Brasil quanto à concessão e avaliação de crédito;
Políticas operacionais;
Políticas de segmentos;
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Políticas de Grupo Econômico;
Políticas relacionadas à cobrança, renegociação e recuperação de
créditos.
Os gerentes de agência têm alçadas diferenciadas para envio de propostas de
crédito para serem avaliadas pela Área de Crédito em função de algumas
regras, como por exemplo, o porte das agências.
Metodologia utilizada para avaliação dos clientes e da Carteira
de Crédito
A metodologia de avaliação de Risco de Crédito, além de fornecer subsídios ao
estabelecimento de parâmetros mínimos para concessão de crédito e gestão de
riscos, possibilita a definição de políticas de crédito diferenciadas em função das
características e do porte do cliente. Com isto, oferece embasamento tanto para
a correta precificação das operações, quanto para a definição de garantias
adequadas a cada situação.
As classificações de risco para grupos econômicos - pessoas jurídicas -
fundamentam-se em procedimentos estatísticos e julgamentais parametrizados,
informações quantitativas e qualitativas. Essas classificações são efetuadas de
modo corporativo e acompanhadas periodicamente, com o objetivo de preservar
a qualidade da carteira de crédito.
Para as pessoas físicas, as classificações de risco tomam por base algumas
variáveis cadastrais, tais como: renda, patrimônio, restrições e endividamento,
além do histórico de relacionamento com o Banco, valendo-se também de
modelos estatísticos de avaliação de crédito.
A constituição de provisões para perdas de crédito fundamentam-se nos
critérios estabelecidos pela Resolução No 2.682, do Conselho Monetário
Nacional.
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Análises de Estresse
Análises de cenário para testes de estresse são mecanismos importantes para
entender a sensibilidade do capital e dos planos de negócio do HSBC Brasil em
situações de eventos extremos, mas plausíveis. Além de considerar o efeito
financeiro potencial sobre os planos de negócio, essa ferramenta fornece à
Diretoria Executiva a possibilidade de estabelecer planos de ação para mitigar
tais eventos.
Exercícios periódicos são realizados para comparar o capital requerido
disponível em relação ao volume demandado em cenários de estresse,
incluindo a deterioração do cenário econômico global de forma mais severa do
que aquela que está sendo experimentada. Técnicas qualitativas e quantitativas
são utilizadas para estimar o impacto potencial sobre a posição de capital do
HSBC Brasil sob tais cenários.
Os exercícios desenvolvidos pelo HSBC Brasil incluem cenários estabelecidos
pelo Grupo HSBC e eventos específicos analisados pela administração local.
Os resultados desses exercícios são discutidos no comitê específico para este
fim (STECC), assim como a formulação de medidas de mitigação.
No âmbito da análise quantitativa, os modelos estatísticos / matemáticos
aplicados passam por revisão independente e avaliação do comitê de
modelagem (MOC).
Apesar das projeções do Banco não poderem cobrir todas as eventualidades e
tampouco identificar com precisão eventos futuros, vários dos cenários
analisados no passado fornecem à Diretoria Executiva uma percepção adicional
das ações necessárias para mitigar o risco de que eventos semelhantes
aconteçam no futuro.
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Gestão de Risco de Mercado
O objetivo da administração de Risco de Mercado do Grupo HSBC é gerenciar
e controlar as exposições oriundas dos fatores de Risco de Mercado, a fim de
manter um perfil de risco adequado com o apetite determinado pela diretoria.
O Risco de Mercado consiste na possibilidade de perda por oscilações de
preços e taxas de juros uma vez que a carteira de ativos e passivos pode
apresentar descasamentos de prazos, moedas e indexadores.
A área de Risco de Mercado do HSBC Brasil está relacionada a uma estrutura
independente das áreas de negócios e auditoria conforme políticas globais da
instituição e atendendo às exigências dos órgãos reguladores.
Segmentação
Por tipo de carteira
O HSBC Brasil possui uma política claramente definida por Product Control,
distinguindo as carteiras de negociação e não negociação de acordo com a
intenção de negociação ou não.
Adicionalmente à política de definição da segregação das carteiras, o HSBC
Brasil possui a definição de controles dessas carteiras que restringem a
reclassificação das posições e estabelecem limites para a revenda de posições
classificadas na carteira de não negociação.
O texto a seguir descreve de forma resumida, a definição de cada uma dessas
carteiras:
Carteiras de negociação: inclui as posições da Tesouraria assumidas
para viabilizar a precificação adequada das demandas de clientes, além
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das operações utilizadas para a gestão dos riscos gerados por estas
posições;
Carteiras de não negociação: incluem posições oriundas da
administração do risco de taxa de juros dos ativos e passivos não
incluídos nas carteiras de negociação, tais como ativos e passivos
originados no banco de varejo, ativos e passivos do banco comercial,
investimentos financeiros designados como disponíveis para venda e
mantidos até o vencimento e exposições oriundas de operações de
outras empresas do HSBC Brasil.
A área de Risco de Mercado mantém limites específicos para cada um dos
tipos de carteira citados, levando em consideração a natureza do negócio e o
risco embutido em cada uma delas.
Por instituições do Grupo HSBC
O processo de transferência do Risco de Mercado, para a carteira da
Tesouraria (ou Global Markets), oriundo das operações do banco comercial,
devem seguir as políticas de transferência (buy-in) e transfer pricing definidos
pela área de Asset, Liability and Capital Management (ALCM). Global Markets,
por meio da estrutura de Balance Sheet Management (BSM), é responsável por
sua gestão e dispõe de recursos tecnológicos e capacidade técnica para a sua
adequada gestão. A única exceção são os ativos de propriedade1 das
empresas do HSBC Brasil regulamentadas pela SUSEP (Seguradora, Vida e
Previdência e Capitalização), para tais empresas é aplicada governança
própria. Por essa razão, existe um acompanhamento específico de tais
empresas pela área de Risco de Mercado.
O controle do risco de taxa de juros relacionados à gestão de ativos e passivos
(ALM), incluindo transfer pricing, e a gestão do Capital, tanto regulatório quanto
econômico, são de responsabilidade da área de Asset, Liability and Capital
1 Posições de terceiros (fundos de previdência – PGBL/VGBL, capitalizações, etc.) não fazem parte do
escopo da área de Risco de Mercado.
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Management (ALCM) que é parte da estrutura de finanças e também
independente da área de negócios.
Por unidade geográfica
O escopo da área de Risco de Mercado abrange do ponto de vista geográfico,
todas as entidades parte do conglomerado econômico financeiro, inclusive a
agência de Cayman.
Atribuições
A estrutura de Risco de Mercado tem a missão de medir e controlar o Risco de
Mercado do HSBC Brasil por meio de métricas e estrutura de limites que estão
alinhadas com a governança global do Grupo HSBC, fornecendo informação
relevante para a tomada de decisão. As principais atribuições da estrutura de
Risco de Mercado são:
Gestão de Risco de Mercado: consiste nas atividades de identificação,
mensuração e acompanhamento (por meio de reportes e propostas de
ações mitigatórias quando aplicável) do risco de mercado. A função de
gestão de risco de mercado também é responsável pela definição dos
limites operacionais para risco de mercado. Engloba o monitoramento
proativo do Risco de Mercado junto às áreas de negócios, o processo de
revisão e monitoração dos limites;
Controle de Risco de Mercado: é responsável pelo processo operacional
relacionado ao processo de mensuração e monitoramento das
exposições versus limites operacionais definidos pela equipe de gestão
de Risco de Mercado. A equipe de controle possui a responsabilidade de
calcular as métricas e produzir os relatórios que são enviados
diariamente para as áreas de risco, negócios e outros stakeholders;
Definição e revisão de metodologias de Risco de Mercado: trata-se da
definição das metodologias e procedimentos adotados para
mensuração, calibração e monitoramento do Risco de Mercado, de
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forma a atender às exigências tanto do Grupo HSBC, quanto dos órgãos
reguladores. A definição e validação das metodologias são efetuadas
por áreas globais e a área de Risco de Mercado local atua na
implantação destes modelos e no processo de revisão quando
identificada a necessidade de adequação às particularidades do
mercado e das regulamentações locais e internacionais;
Especificação e validação de sistemas de risco: consistem na
especificação e validação dos sistemas de riscos existentes para
apuração e controle de Risco de Mercado junto à área de tecnologia da
informação do Grupo HSBC;
Aprovação de novos produtos e subjacentes: atuação na análise dos
fatores de Risco de Mercado de um novo produto e/ou subjacente
aprovando-o ou não e impondo as devidas restrições e limites. Tal
análise leva em conta fatores como liquidez, sensibilidade a risco de
mercado e comportamento das exposições em situações de estresse de
mercado.
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Gestão de Risco Operacional
Risco Operacional é a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de
falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas,
ou de eventos externos, incluindo perdas legais.
O Risco Operacional é relevante a cada aspecto do negócio do HSBC Brasil e
cobre uma ampla gama de destes. Perdas que surgem a partir de fraudes,
atividades não autorizadas, erros, omissões, ineficácia e falhas encaixam-se na
definição de Risco Operacional.
O HSBC Brasil tem ciência de que perdas operacionais podem acontecer
devido a uma grande variedade de motivos, inclusive eventos raros, porém
extremos.
Objetivo
O objetivo da gestão de Risco Operacional do HSBC Brasil é administrar e
controlar o Risco Operacional de maneira eficiente dentro de níveis aceitáveis,
consistentes com seu apetite de risco.
Organização e responsabilidades
A gestão de Risco Operacional no HSBC Brasil segue uma estrutura de três
linhas de defesa. Para um gerenciamento de risco robusto, deve existir uma
separação clara entre as responsabilidades da Primeira, Segunda e Terceira
Linha de Defesa. A Primeira Linha tem a propriedade final dos riscos e
controles, com uma Segunda Linha independente oferecendo supervisão,
contestação e aconselhamento para a Primeira Linha de Defesa.
A primeira e principal linha de defesa encontra-se nas próprias unidades de
negócio e suporte, contemplando todos os funcionários da estrutura, visto
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estarem envolvidos na rotina dos processos e serem os responsáveis pela
implementação e execução das ações e controles correspondentes aos riscos
existentes. O HSBC Brasil possui uma estrutura de validação de controles –
BRCMs (Business Risk and Control Managers), cuja função é garantir a
implementação e efetividade dos controles em cada processo.
A segunda linha de defesa é composta pela área de Risco Operacional e pelas
áreas especialistas em um determinado Risco Operacional, que atuam de
forma independente da Primeira Linha de Defesa. Essas áreas especialistas
são responsáveis por definir a política além de prover direcionamento e desafio
com relação a Risco Operacional. A Segunda Linha de Defesa define o limite
geral de apetite de risco para a área de risco sob sua responsabilidade e
suporta a definição de apetite de risco para cada área de business.
A área de Risco Operacional é responsável pela política de Risco Operacional
e pela estrutura de gerenciamento de risco operacional do HSBC Brasil. A sua
principal responsabilidade é fornecer consultoria e direcionamento para
assegurar um desafio independente em situações em que os riscos não estão
sendo adequadamente identificados e/ou gerenciados dentro do apetite de
risco aprovado. A área de Risco Operacional é responsável por definir o apetite
de risco operacional gerenciando os requerimentos de capital operacional
associados.
Terceira linha de defesa: A Auditoria Interna fornece garantia independente
para a administração e para o Comitê de Auditoria de que o gerenciamento de
risco operacional, governança e processos de controles internos estão
operando efetivamente.
Em conformidade com a Resolução No 3.380, Risco Operacional é organizado
como uma disciplina de risco independente dentro da divisão de Risco do
HSBC Brasil. A função de Risco Operacional no Brasil reporta diretamente para
o Diretor Executivo de Risco (CRO – Chief Risk Officer), tendo como
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atribuições o estabelecimento das políticas de Risco Operacional, capacitação
dos colaboradores da instituição, controles de perdas operacionais, planos de
ação para reduzir o impacto das mesmas, levantamento e validação de mapas
de risco e desenvolvimento do modelo avançado de mensuração de capital
para Risco Operacional (AMA) e gerenciamento do método SMA de cálculo de
capital.
Mensuração e monitoramento
Atualmente, atendendo aos requerimentos do Banco Central, o capital alocado
para Risco Operacional é calculado dentro da abordagem padronizada
alternativa simplificada, que não leva em consideração fatores de risco da
instituição.
Com o objetivo de ter um processo da gestão de risco nos melhores padrões
internacionais, e em linha com a visão do regulador brasileiro, está em
desenvolvimento o Modelo Avançado de Mensuração de Capital para Risco
Operacional (AMA). A abordagem avançada consiste em um modelo interno
baseado na exposição ao risco de cada instituição. Este modelo deve
considerar todos os quatro elementos definidos em Basileia II:
Base de dados interna de perdas;
Base de dados externa de perdas;
Análise de cenários;
Fatores de controle interno e ambiente de negócios.
Como se trata de um modelo interno, o mesmo deve ser submetido para
análise e aprovação pelo Banco Central do Brasil para então ser utilizado
oficialmente.
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Abordagem de avaliação de Risco Operacional
Avaliações de Risco Operacional são desempenhadas por unidades e funções
individuais de negócio, com suporte e coordenação de especialistas da
estrutura de Risco Operacional da Instituição. Cada negócio e/ou função deve
executar um processo contínuo de identificação e avaliação de riscos. Quando
o risco for avaliado como “alto” (quanto à severidade, probabilidade e perda
esperada de acordo com critérios internos do HSBC Brasil) a gestão do
negócio propõe um plano de ação para mitigar o risco, devendo ser levado em
consideração o custo-benefício desta solução.
Para isto, novos processos foram implementados e são executados em
conjunto entre a unidade de Risco Operacional, as áreas de negócio envolvidas
e as áreas de suporte, tais como:
Risk & Control Assessment (RCA): Processo de identificação preventiva
dos principais riscos operacionais, capazes de impactar
significativamente a área de negócio e/ou o HSBC Brasil, do ponto de
vista financeiro, regulatório ou de reputação do banco. Também
identifica e avalia os controles associados, propondo ações mitigadoras
quando necessário. O processo RCA também contém o
desenvolvimento dos planos de Monitoramento de Controle Interno dos
Negócios e das Funções, permitindo que os recursos sejam priorizados
para as áreas de maior risco.
Scenario Analysis (SA): Elaboração de cenários extremos para os
principais riscos identificados na instituição, onde são avaliados os
impactos potenciais e levantados os controles-chave que mitigam estes
riscos. As informações destes cenários são base para o cálculo de
capital dentro do Modelo Avançado de Mensuração de Capital para
Risco Operacional (AMA).
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Registro
O Grupo HSBC utiliza um sistema global (ORION), com uma base de dados
centralizada para registrar suas avaliações de risco, eventos de perda, planos
de ação e respectivas datas propostas de implementação. Além disso, o
ORION também concentra os processos e informações necessárias para a
utilização da abordagem avançada de mensuração de capital. Estas
informações são mantidas segregadas por unidade de negócio. A
responsabilidade pela atualização e qualidade dos dados do sistema é
compartilhada entre as áreas de negócio e suporte e a área de Risco
Operacional.
Paralelamente ao ORION, o sistema GWIS é utilizado localmente para o fluxo
de cadastro, análise e contabilização automática de eventos de perda.