governanÇa e sustentabilidade: o programa ufms...
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Maceió - AL, 14 a 17 de agosto de 2016
SOBER - Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural
GOVERNANÇA E SUSTENTABILIDADE: O PROGRAMA UFMS SUSTENTÁVEL
GOVERNANCE AND SUSTAINABILITY: THE UFMS SUSTAINABLE PROGRAM
Autor(es): Carla Werle1; Márcia Elaine de Rezende Amaral1; Vera Luci de Almeida2;
Eduardo Luis Casarotto2
Filiação: 1Mestrandas, Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional
/PROFIAP/UFGD; 2FACE/UFGD.
E-mail: [email protected]; [email protected]; [email protected];
Grupo de Pesquisa: Agropecuária, Meio-Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
Resumo
Este artigo é um estudo de caso da implantação do Programa UFMS Sustentável, no âmbito
da Universidade; destaca as principais escolhas estratégicas adotadas, baseadas na
metodologia PDCA e compara o programa a outro modelo de gestão ambiental para
Instituições de Ensino Superior (IES). Traça uma análise dos resultados obtidos com a
implantação do programa, por meio do relatório do Plano de Gestão de Logística Sustentável
(PLS) e, ao final, apresenta algumas críticas e sugestões de melhorias ao projeto.
Palavras-chave: Universidade. Sustentabilidade. Governança. Sistema de Gestão Ambiental.
Metodologia PDCA.
Abstract
This article presents a case study of the implementation of Sustainable UFMS Program within
the University; highlights the key strategic choices adopted, based on the PDCA methodology
and compares the program to other environmental management model for HEI - Higher
Education Institutions. Provides an analysis of the results obtained with the implementation
of the program, through the report of the Management and Sustainable Logistics Plan (PLS)
and at the end, presents some critical and design suggestions for improvements.
Key words: University. Sustainability. Governance. Environmental management system.
PDCA methodology.
1. Introdução
Os anseios desenfreados do ser humano, ávido por satisfazer seus desejos consumistas,
com a Revolução Industrial e a globalização tecnológica, fez-se urgente uma reação da
sociedade mundial acerca da preservação da natureza.
Com o objetivo de conscientizar os países de todo o mundo a melhorar a sua relação
com o meio ambiente, a fim de garantir o desenvolvimento sustentável, em 1972, foi realizada
a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano, também conhecida como
Conferência de Estocolmo, realizada em Estocolmo na Suécia. Em 1992, ocorreu a
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Conferência das Nações Unidas no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro/RJ, que elaborou
estratégias visando inverter os efeitos da degradação ambiental em todo o mundo e promover
a proteção do meio ambiente. Esse plano de ação foi aceito por 150 países e é conhecido
atualmente como Agenda 21 (COSTA; DAMASCENO; SANTOS, 2012).
Conforme Oliveira a Souza-Lima (2006), a ideia de desenvolvimento sustentável está
focada na necessidade de promover o desenvolvimento econômico satisfazendo os interesses
da geração presente, sem, contudo, comprometer a geração futura. Ou seja, tem que atender as
necessidades do presente, sem comprometer a capacidade de as novas gerações atenderem as
suas próprias necessidades (CMMAD, 1991).
Sob essa perspectiva da sustentabilidade, o engajamento de vários países e a
cooperação internacional na luta pela preservação ambiental, as IES também vêm
promovendo ações a fim de introduzir a preservação do meio ambiente nesses setores
organizacionais, primando por uma educação voltada para o respeito à natureza e para o
atendimento das necessidades das gerações futuras (TAUCHEN; BRANDLI, 2006).
2 AS INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR FRENTE À SUSTENTABILIDADE
As universidades possuem papel de suma importância no tocante ao desenvolvimento
sustentável, pois é inerente aos seus objetivos a formação de tomadores de decisão para o
futuro, e, visando garantir essa geração vindoura, deve haver a inclusão de práticas ambientais
responsáveis no campo universitário (TAUCHEN; BRANDLI, 2006).
Toda organização, seja ela pública ou privada, ao desempenhar suas funções, gera
algum impacto ambiental, causando perdas irreparáveis à natureza e à sociedade. As ações de
uma universidade envolvem atividades de ensino, de pesquisa, de extensão e também
atividades relacionadas à infraestrutura como coleta de lixo, redes de abastecimento de água e
energia, transporte de resíduos sólidos, etc. Por isso, deve haver uma conscientização por
parte desses organismos em busca de práticas sustentáveis e compatíveis com a preservação
do meio ambiente, principalmente, porque a instituição educacional não se baseia somente na
produtividade e no lucro, mas na formação de cidadãos conscientes. Neste sentido, as IES
devem observar as normas legais associadas às práticas educativas e incorporar aspectos
ambientais no desenvolvimento humano e na grade curricular, fazendo-se necessário o
estabelecimento de um Sistema de Gestão Ambiental (OLIVEIRA, 2012).
A implantação de sistemas de gestão ambiental, segundo Marco et al. (2010), em
universidades e instituições de ensino é uma prática muito importante e com possibilidade de
se obter resultados positivos, pois as universidades são locais onde funcionam diversos
setores, envolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão, envolvendo um fluxo muito
grande e continuo de pessoas e ações.
A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental pode seguir os requisitos exigidos
pelas normas da ABNT 14001, com certificação, ou simplesmente utilizá-las como
norteadoras no gerenciamento ambiental, sem necessariamente possuir certificação
(OLIVEIRA, 2012).
Esta Norma ISO 14001 orienta quanto aos requisitos inerentes aos sistemas de gestão
ambiental e permite que a organização desenvolva e implemente políticas, levando em conta
os requisitos legais e outros aspectos importantes para que os sistemas sejam implantados. Os
aspectos ambientais que são levados em conta na norma são somente aqueles que a
organização considera como possíveis de serem controlados e que podem ser influenciados. A
norma é baseada no método PDCA (Planejar, Executar, Verificar e Agir), portanto é
altamente recomendada para utilização na implantação dos sistemas de gestão ambiental, pois
define uma metodologia que pode ser usada para implantar o programa e permitir sua
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execução e acompanhamento.
Conforme dispõe a Resolução CONAMA nº 306, de 05 de julho de 2002, do Conselho
Nacional de Meio Ambiente, a Gestão Ambiental pode ser definida como a condução, a
direção e o controle do uso dos recursos naturais, dos riscos ambientais e das emissões para o
meio ambiente, por intermédio da implementação do Sistema de Gestão Ambiental. Dessa
forma, o Sistema de Gestão Ambiental será instrumento de gerenciamento e desempenho
ambiental, envolvendo os diversos sstakeholders (alunos, professores e demais colaboradores)
na execução de tarefas específicas nas IES.
Tauchen e Brandli (2006), ressaltam que o exemplo brasileiro mais importante de
universidade que implementou um Sistema de Gestão Ambiental é a Universidade do Vale do
Rio dos Sinos (UNISINOS). A UNISINOS foi a primeira universidade da América Latina a
ser certificada, segundo a ISO 14001. O projeto visava à preservação, à melhoria e à
recuperação da qualidade ambiental, assegurando condições de desenvolvimento
socioeconômico, segurança do trabalho, proteção da vida e qualidade ambiental. Segundo os
mesmos autores, nos últimos anos, o Reino Unido lidera o movimento universitário para o
desenvolvimento sustentável na Europa e verifica-se uma estrutura de ligação de âmbito
nacional, a Environmental Association for Universities and Colleges (EAUC), interlocutora
das universidades britânicas junto às estruturas nacionais, regionais e internacionais.
Figura 01: Sistema de Gestão Ambiental da UFRGS
Fonte: Site SGA/UFRGS
Outro caso de sucesso na implantação de um Sistema de Gestão Ambiental pode ser
encontrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), onde o sistema é
dividido em 4 (quatro) programas para o levantamento dos problemas ambientais e 16
(dezesseis) projetos que buscam resolver os problemas ambientais. Conforme demonstra a
Figura 1, o Sistema de Gestão Ambiental baseia-se em quatro pilares básicos para realizar o
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levantamento dos problemas ambientais: aspectos e impactos ambientais, educação ambiental,
certificação ambiental, licenciamento ambiental. Realizado esse diagnóstico, faz-se a
implantação de projetos que visam solucionar os problemas, como por exemplo, coleta
seletiva, compras ecoeficientes, gestão de recursos hídricos, etc.
3 AVALIAÇÃO DAS ESCOLHAS ESTRATÉGICAS ADOTADAS PELA UFMS NA
IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMAUFMS SUSTENTÁVEL
Conforme o Documento de Base Final - 2013, adotado pelo Programa UFMS
Sustentável, o Sistema de Governança da Sustentabilidade da UFMS é constituído por eixos
estratégicos, programas, projetos, metodologias, iniciativas e ações para novos paradigmas de
gestão sustentada e execução eficiente, cuja finalidade é atingir a missão: “tornar a UFMS
ecologicamente sustentável, íntegra, socialmente articulada e financeiramente equilibrada na
execução eficiente de suas atividades” (UFMS, 2013). No presente estudo de caso, foi
analisado as ferramentas utilizadas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul ao
instituir o programa UFMS Sustentável.
Neste sentido, primeiramente foi analisado o diagrama de causa e efeito, elaborado
pela UFMS, no qual apresenta o Sistema de Governança da Sustentabilidade da Universidade,
conforme a Figura 2.
A concatenação entre os elementos no Sistema de Governança da Sustentabilidade é
vista pela Universidade sob uma perspectiva sustentável e alinhada à gestão pública eficiente,
cuja visão é “tornar a UFMS uma universidade pública de excelência e líder em
sustentabilidade” (UFMS, 2013).
Figura 02: Sistema de Governança da Sustentabilidade da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Fonte: PROINFA/UFMS (2013).
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Tauchen e Brandli (2006), sugerem uma proposta de modelo de gestão ambiental para
IES, entendendo que as organizações universitárias devem buscar a certificação, segundo a
Norma ISO 14001. Neste modelo, algumas etapas somente podem ser concebidas conforme
um programa que oriente a melhoria do desempenho ambiental da organização, prevendo os
seguintes passos: definição da política ambiental, planejamento, implementação e
operacionalização, verificação e ação corretiva e uma revisão permanente (PDCA).
O Sistema de Gestão Ambiental, segundo Tauchen e Brandli (2006), se baseia no
conceito do Ciclo PDCA, um dos procedimentos mais bem sucedidos na gestão da qualidade
total, capaz de auxiliar na detecção de um diagnóstico, sugerindo uma solução para
determinado problema organizacional. Este ciclo é composto de quatro fases: Planejar,
Executar, Verificar e Agir, palavras advindas do inglês PLAN, DO, CHECK, ACT.
Figura 03. Iniciativas e boas práticas de universidades de acordo com o PDCA.
Fonte: TAUCHEN e BRANDLI (2006).
De acordo com os autores (Figuras 03 e 04), primeiramente, realiza-se um diagnóstico
ambiental inicial, a partir de levantamentos de aspectos e impactos ambientais. Em seguida,
faz-se um planejamento (plan) para implementação e operacionalização da prática da
sustentabilidade e áreas gerenciáveis em escala ambiental (do). Após, realiza-se a verificação
da qualidade ambiental (check) e, por último, implementam-se ações corretivas a fim de
estabelecer melhorias e soluções baseadas no padrão de gerência ambiental de alta
qualidade(act).
O modelo de Tauchen e Brandli (2006), gestão ambiental para IES está representado
na Figura 4:
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Figura 04. Modelo de gestão ambiental para IES.
Fonte: TAUCHEN; BRANDLI (2006).
A metodologia PDCA foi introduzida no Japão e disseminada pelo mundo, sendo
aplicada como um conceito de busca da gestão da qualidade total. As organizações devem
atingir metas cada vez mais desafiadoras em função do meio competitivo que as envolvem,
devendo satisfazer a todos os stakeholders desse ambiente, especialmente os clientes, a fim de
conter a concorrência. A metodologia é antiga e pode ser aplicada tanto em empresas como
em órgãos públicos e até mesmo em um projeto de vida qualquer, com o fim de otimizar os
resultados pretendidos.
Para Oribe (2009), o desenvolvimento do PDCA remonta há pelo menos 400 anos e
ajuda pessoas e empresas a estruturar o pensamento, a ordenar esforços e a planejar todo o
tipo de projeto ou mudança, dos pequenos aos grandes, dos simples aos complexos, dos
rápidos aos plurianuais. O PDCA tornou-se um verdadeiro legado, um conceito cujo
proprietário é a humanidade, que dele se utiliza e dele pode depender para a resolução de
muitos problemas que afligem a sociedade moderna. Ressalta que o maior valor do PDCA
está na simplicidade. É a simplicidade que ilumina as mentes humanas e mostra o caminho,
sem se preocupar em acertar na primeira, mas acertar, mais cedo ou mais tarde.
Segundo Andrade (2003, p. 12):
A utilização do Ciclo PDCA envolve várias possibilidades, podendo ser
utilizado para o estabelecimento de metas de melhorias provindas da alta
administração, ou também de pessoas ligadas diretamente ao setor
operacional, com o objetivo de coordenar esforços de melhoria contínua,
enfatizando que cada programa de melhoria deve começar com um
planejamento cuidadoso (definir uma meta), resultar em ações efetivas, em
comprovação da eficácia das ações, para enfim obter os resultados da
melhoria, podendo ser reutilizado a cada melhoria vislumbrada.
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Por meio da análise do Sistema de governança adotado pela UFMS, que possibilitou a
implantação do Programa UFMS Sustentável, não foi possível definir com clareza qual
modelo foi utilizado para implantação do programa. No entanto, foram seguidos os mesmos
passos sugeridos no PDCA, e também utilizada a norma ISO14001. Assim, propôs-se uma
sistematização de procedimentos, permitindo à instituição a análise e o controle dos impactos
ambientais. Partiu-se de um planejamento, estabelecendo-se, em um primeiro momento, a
missão pretendida pela Universidade. Após, foram executadas as atividades, como se verá no
Relatório do Plano de Gestão e Logística Sustentável (PLS), implementado pela universidade.
Em seguida, houve, e, ainda há em prática, uma avalição periódica de resultados e, por fim,
um plano de ação avaliado de acordo com o relatório de resultados, com o objetivo de
aprimorar e corrigir eventuais falhas. Verifica-se, dessa forma, que a universidade
acompanhou os conceitos descritos no PDCA.
O Programa UFMS Sustentável baseou-se nas normas estabelecidas na Resolução nº
124, de 09 de outubro de 2014 – Plano de Logística Sustentável (PLS), na Portaria nº 168, de
29 de outubro de 2014, que institui a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística
Sustentável; na Resolução nº 179, de 15 de dezembro de 2014, que aprova o Plano de Ação
para o Plano de Gestão e de Logística Sustentável – 2015, bem como, no Anexo à Resolução
179, de 15 de dezembro de 2014, Planos de Ação e Metas 2015.
Para o desdobramento do planejamento do UFMS Sustentável foram definidos eixos
estratégicos. O conjunto de eixos estratégicos busca traçar os caminhos que devem ser
seguidos para o sucesso da missão. Na definição dos eixos estratégicos foram estabelecidas as
prioridades do Sistema de Governança da Sustentabilidade, buscando alinhar a UFMS com as
estratégias do sistema. Na definição do sistema forma apontadas 9 (nove) escolhas
estratégicas, conforme segue: Gestão de resíduos, Obras sustentáveis, Eficiência energética,
Compras sustentáveis, Educação e formação em sustentabilidade, Eficiência logística,
Qualidade no ambiente do trabalho, Eficiência no consumo de água e no uso da rede de
esgoto e Eficiência no uso de material de consumo.
Os eixos estratégicos se desdobram em iniciativas, projetos, metodologias, planos de
ações e ações que são apontadas no Quadro 1.
Iniciativas Projetos Metodologia Planos de ação Ações
●Licitações
Sustentáveis
● Plataformas de
Diálogo
● Agenda
Ambiental na
Administração
Pública A3P na
UFMS
● Pegada
Ecológica
● Pegada
Hidrológica
● Racionalização
do Trabalho
● Eficiência do
Gasto Público
● Adesão à
Protocolos de
Sustentabilidade
● UFMS 2020
● Campus
Inteligente
● Cursos
Sustentáveis
● Gestão Integrada
Sustentável
● Ações de
Extensão
Sustentáveis
● Desenvolvimento
de Pessoas para
Sustentabilidade
● Pesquisas
Sustentáveis
● Logística Limpa
● Edifícios Verdes
● Observatório da
Sustentabilidade
● Comitê
Estratégico
● Estratégias,
princípios, valores,
eixo estratégicos,
iniciativas, projetos
e planos (pré-
requisitos)
● Legislações e
Normas (Marco
normativo)
● Escopo e fatores
críticos
● Planejamento,
execução,
monitoramento e
avaliação
● Metas e Metas
Desafiadoras
● Instrumentos e
● Plano de
Desenvolvimento
de Recursos
Humanos para a
Sustentabilidade
● Plano de Gestão
de Logística
Sustentável
● Plano de
Eficiência
Energética
● Plano de Gestão
de Resíduos
● Plano de Gestão
de Contratos
Sustentáveis
● Plano de Obras
Sustentáveis
● Plano de
Compras
● Dias/semanas
Mundiais
● Nossa Sala Nossa
Vida
● Coleta Solidária
Coletiva
● Transporte
Compartilhado
● Bicicleta Livre
● Reciclar é
Preciso
● UFMS Saudável
● Feiras de
Consumo
Consciente
● Semanas do
Descarte
Inteligente
● Condução
Veicular Eficiente
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● Projetos
Inovadores e
Empreendedores
● Melhores
Práticas de
Sustentabilidade
● Campanhas de
Combate ao
Desperdício
● Manuais de boas
práticas
sustentáveis
● Manual de
Gestão da
Sustentabilidade
Indicadores de
Desempenho
(métricas)
Sustentáveis
● Plano de
Eficiência
Administrativa
● Plano de
Eficiência no uso
de água e esgoto
● Quem vê a água
enxerga seu Valor
● Calendário das
Ações
Socioambientais
● Qualidade de
Vida Acadêmica e
no Trabalho
● Métricas Verdes
Quadro 01: Desdobramento dos Eixos estratégicos do UFMS Sustentável.
Fonte: UFMS Sustentável (2013)
Vale ressaltar que a UFMS compõe-se de uma unidade central em Campo Grande/MS
e mais dez campi universitários em todo o Estado de Mato Grosso do Sul e, ainda, uma base
de pesquisa. Cada unidade possui características e peculiaridades, o que exige diferentes
iniciativas, projetos, metodologia e, consequentemente, planos de ação e ações para cada
localidade.
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
As ações e resultados realizados com a implantação do UFMS Sustentável são
acompanhadas pela UFMS através do relatório do Plano de Gestão de Logística Sustentável
(PLS). O Plano de Gestão de Logística Sustentável foi uma das principais ferramentas
utilizadas pela instituição para o direcionamento das ações práticas, de educação e
conscientização dos usuários dos recursos. As ações implementadas ou executadas são
referentes ao ano de 2014 e foram relacionadas por áreas, de acordo com as escolhas
estratégicas adotadas pela UFMS no Programa UFMS Sustentável. Cabe ressaltar que os
resultados apresentados a seguir referem-se a todas as unidades da UFMS no Estado de Mato
Grosso do Sul.
4.1 Eficientização do consumo de energia elétrica
Na área de energia elétrica foram implantadas ou executadas algumas ações com
objetivo de acompanhar e permitir a eficiência do uso de energia elétrica. Não foi possível
afirmar que as ações surtiram efeito para a redução do consumo, pois nos anos anteriores à
2014 não era feito o acompanhamento do consumo, portanto não existia uma base de dados
para comparação. As ações implantadas ou executadas, no ano de 2014, foram as seguintes:
Implantação de banco de capacitores no Campus de Campo Grande, permitindo a
correção do fator de potência e eliminando a cobrança de excedente de consumo de
energia elétrica.
Início do acompanhamento de consumo no Campus de Campo Grande e demais
campus, possibilitando captação de dados para comparação em períodos futuros.
Implantação de campanha educativa, visando a redução do consumo de energia.
Colocação de material visual com mensagens de conscientização relativas ao
consumo de energia elétrica.
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Melhorias nos sistemas de dimensionamento de energia com o objetivo de reduzir
perdas.
4.2 Coleta Seletiva
Não existiam dados relativos ao descarte de resíduos recicláveis nos anos anteriores a
2014. Na área citada foram implantadas as seguintes ações:
Separação dos resíduos recicláveis e não recicláveis, bem como a destinação de
acordo com a classificação.
Contratação de empresa especializada para coleta e destinação de resíduos
classificados como químicos ou perigosos.
Contratação de empresa especializada para coleta e destinação de resíduos
biológicos.
Supervisão e acompanhamento dos serviços que geram resíduos sólidos.
Implantação de campanha de conscientização para separação de resíduos sólidos.
4.3 Eficientização do consumo de água e esgoto
Na área de água e esgoto foram realizadas as seguintes ações:
Campanhas de incentivo de consumo consciente de água.
Orientação dos servidores da UFMS, bem como de funcionários terceirizados, para
redução do consumo de água nas atividades desenvolvidas.
Instalação de equipamentos para medir a quantidade de esgoto gerado.
Acompanhamento do consumo de água nos campi da UFMS, onde o fornecimento
é realizado por concessionária.
Neste campo, os resultados não puderam ser medidos com exatidão, pois no campus
de Campo Grande e, também, em alguns campi do interior, o fornecimento fora realizado
através de poços artesianos e estes não possuíam equipamentos instalados que permitissem
medir o consumo de água.
4.4 Redução da emissão de gases poluentes pela logística de pessoal e material
Nesta área foram desenvolvidas ações relativas à utilização da frota de veículos da
UFMS e utilização de combustíveis. As ações relativas a deslocamento de pessoal e material
foram as seguintes:
Implantação de sistema de controle de entrada e saída de veículos, bem como a
distância percorrida.
Controle do consumo de combustível.
Planejamento para troca da frota por veículos mais eficientes.
Implantação de agenda online para reserva de veículos, permitindo o
aproveitamento em deslocamento para destinos comuns de servidores.
4.5 Serviços de vigilância
Na área de vigilância foram desenvolvidas duas ações no ano de 2014, sendo:
Implantação do Plano de Gestão de Segurança.
Implantação de sistema de videomonitoramento no Campus de Campo Grande.
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4.6 Consumo de material
Na área de consumo de material foram desenvolvidas ações para reduzir o consumo de
papel de impressão, copos descartáveis e cartuchos de impressão. Na utilização desses
materiais foi observada a redução no consumo em comparação com dados relativos à 2013.
Foram apresentados os seguintes dados:
Redução de 8,6% no consumo de resmas de papel.
Redução de 15,14% no consumo de copos descartáveis.
Não foi realizada a compra de cartuchos de tinta para impressão no ano de 2014.
4.7 Critérios sustentáveis em obras
Foram estabelecidos critérios sustentáveis para a realização de novas obras e nas
reformas das edificações da universidade. A implantação desses critérios estava condicionada
à disponibilização de recursos financeiros para a realização dos serviços. Nesta área, foram
realizadas as seguintes ações:
Especificação de instalação de elementos arquitetônicos que permitam a proteção
solar.
Especificação para instalação de coberturas que permitam o isolamento térmico e
acústico.
Especificação para instalação de lajes com preenchimento em isopor, reduzindo o
peso das estruturas e, consequentemente, a diminuição na utilização de cimento na
construção de vigas e pilares.
Especificação para utilização de torneiras pressurizadas, acionadas
automaticamente.
Especificação para utilização de bacias sanitárias com sistema de caixas acopladas.
Especificação e instalação de placas de aquecimento solar em locais que demandem
a utilização de água aquecida.
Especificação para aquisição de equipamentos de condicionamento de ar artificial
classificados na categoria “A” de consumo, de acordo com o Selo do Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL).
Especificação para instalação de luminárias de baixa potência.
Especificação para utilização de madeiras reflorestadas e com certificação de
origem.
Estabelecimento de critérios para destinação de resíduos da construção civil,
provenientes da realização de obras.
4.8 Educação continuada em sustentabilidade e qualidade de vida no trabalho
Foram realizados no ano de 2014 seis cursos de educação continuada com temas que
versaram sobre sustentabilidade, segurança e qualidade de vida no trabalho. Os cursos tiveram
a participação de 121 servidores atuantes nos mais diversos setores da UFMS.
5 CRÍTICAS E SUGESTÕES DE MELHORIAS
A partir do estudo do Programa UFMS Sustentável foram observados alguns pontos
fundamentais para o sucesso do programa, tais como:
Na elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI 2015-2019) não foi
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observado o alinhamento do plano com as estratégias do Programa UFMS
Sustentável.
Não definido um setor específico da UFMS para gerenciar o sistema de gestão
ambiental.
Não foram estabelecidos critérios padronizados para gerenciamento do programa.
A maioria das estratégias estabelecidas pelo programa foram desenvolvidas dentro
de um único plano de ação, denominado Plano de Gestão de Logística Sustentável,
apesar do programa prever diversos planos de ação.
Considerando que o programa UFMS Sustentável é um sistema voltado para a gestão
ambiental no âmbito da instituição, bem como as críticas observadas, sugere-se, para a
melhoria do programa, a implantação de alguns pontos, como:
Desenvolver um plano de ação direcionado para cada campus, observando as
características próprias do local.
Alinhar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) com as estratégias do
programa, mostrando o comprometimento da alta administração com a
sustentabilidade.
Desenvolver uma página na internet específica para o programa, podendo ser usado
como exemplo a página da UFRGS.
Implantar uma coordenadoria ou divisão para tratar exclusivamente do programa.
Estabelecer procedimentos normatizados para as questões ambientais.
Estabelecer as metas e dar ampla divulgação entre todos os stakeholders ligados ao
programa.
Elaboração do manual do UFMS Sustentável.
Elaboração dos procedimentos gerais referentes ao programa.
Elaboração de modelos de procedimentos e controles específicos para cada setor.
Desenvolver um sistema de informação para acompanhar o desenvolvimento do
UFMS Sustentável.
Desenvolver treinamentos voltados exclusivamente para a sustentabilidade
ambiental no âmbito da UFMS.
Desenvolver treinamentos e ações voltadas ao corpo discente da universidade, com
foco nas ações ambientalmente responsáveis.
Criar uma auditoria interna para acompanhar o programa.
A adoção das sugestões apontados são de fundamental importância para o
gerenciamento, execução e controle do sistema de gestão ambiental nos diferentes campus e
setores da universidade, facilitando e unificando a implantação do programa.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O grande desafio para as organizações, na atualidade, é conciliar o crescimento
econômico com as práticas ambientais responsáveis, na tentativa de promover o
desenvolvimento sustentável, visando garantir recursos para as gerações presentes sem, no
entanto, comprometer as necessidades das gerações futuras.
A preocupação das IES, com a conscientização ambiental e a implementação de
práticas sustentáveis, é louvável, primeiro, porque como formadoras dos cidadãos do futuro,
devem incentivar a preservação ambiental e, segundo, porque, cabe a cada integrante da
sociedade, seja, a comunidade, o governo, os professores, os alunos e as instituições, tanto
públicas, quanto privadas, assumir a sua parcela de responsabilidade nesse grande desafio de
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salvar o planeta. A implantação do Programa UFMS Sustentável representa uma atitude
concreta nessa empreitada da sustentabilidade. Um ideal que, infelizmente, para a maioria das
instituições ainda parece um tema abstrato e de pouca importância.
O programa ainda tem que superar vários desafios, o que se justifica até pelo pouco
tempo que está em andamento. Mas o ponto crucial foi superado, a sua própria criação, o que
demonstra o engajamento da universidade com a conscientização ambiental. Como todo
projeto, o aperfeiçoamento se desenvolve com o tempo. No ano de 2015 as instituições de
ensino superior sofreram um drástico corte no orçamento que afetaram vários projetos que
vem sendo desenvolvidos. Na UFMS o corte no orçamento restringiu a execução de obras e
também houve uma redução nas despesas correntes. É necessário que a UFMS se adapte à
está restrição e utilize-se das ideias do programa para que os recursos sejam utilizados de
forma mais eficiente.
7 REFERÊNCIAS
ANDRADE, Fábio Felippe de. O método de melhorias PDCA. São Paulo, 2003. Disponível
em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-04092003-150859/publico/
dissertação_FABIOFA.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14001: Sistemas da gestão
ambiental – Requisitos com orientações para uso. 2 ed. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em:
<http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/nbr-iso-14001-
2004_70357.pdf>. Acesso em: 23 jul. 2015.
CMMAD. COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO.
Nosso Futuro Comum. 2ª ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE. Resolução nº 306, de 5 de julho de 2002.
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