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UniSALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Administração
Alice Candida Izidoro de Oliveira
Flávia de Souza Monteiro
Maria Fernanda Pereira Moura
GESTÃO DE CUSTOS
LLPET - Promissão
LINS - SP
2017
Alice Candida Izidoro de Oliveira
Flávia de Souza Monteiro
Maria Fernanda Pereira Moura
GESTÃO DE CUSTOS
LLPET - Promissão
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração, sob a orientação do Prof. Me. Francisco César Vendrame e orientação técnica da ProfªMa. Jovira Maria Sarraceni.
LINS – SP
2017
Dedicamos este trabalho primeiramente а Deus, por nos
capacitar com inspirações no decorrer de uma produção
compartilhada entre amigos.
Em segundo lugar aos nossos familiares que cоm muito
carinho, paciência е apoio, nos ajudou para que chegássemos até o
fim dessa etapa em nossas vidas.
Em especial nosso querido orientador Francisco César
Vendrame e Jovira Maria Sarraceni que com tanta ajuda
forneceu que este trabalho fosse concluído com êxito esperado.
Não podemos esquecer, dos professores do UniSalesiano que
são grandes mestres do qual apreendemos muito, compartilhando
sua sabedoria conosco durante esses quatro anos e aos colegas de
sala.
Aos meus pais, João Izidoro e Maria Ines, que me apoiaram
bastante nesta caminhada.
As minhas irmãs Maria Luzia e Luzinara, pelo incentivo e
apoio nos momentos difíceis de minha vida, e alegrias vividas em
nossas infâncias. Aos meus tios e primos que me apoiaram muito e
me incentivaram durante todo o curso.
Alice Candida Izidoro de Oliveira.
Aos meus pais, Euclides e Clarice, pelo amor, incentivo e
apoio incondicional.
Ao meu namorado Erick, que mesmo de longe, nunca deixou
que eu me desanimasse.
Ao meu anjo, ainda em meu ventre, só veio trazer ainda
mais alegria nessa etapa de minha vida.
Flávia de Souza Monteiro.
Dedico esta, bеm como todas аs minhas demais conquistas, а
minha mãe Rosangela de Souza e meu esposo José Danilo da S.
Moura, minhas irmãs Tatiane Souza da Mata e Tainá Souza da
Mata que me apoiaram e me incentivaram de todas as maneiras
possíveis. Em especial ao meu Pastor Marcos Marcheti e a
comunidade de nossa igreja, Ir. Vilma e Ir. Maura que me
direcionou a fazer um curso que eu me sentisse apaixonada pra
ser realizada profissionalmente e assim foi feito.
Maria Fernanda Pereira Moura.
RESUMO
Um dos grandes desafios das empresas é a implantação de uma base de dados confiável capaz de auxiliar o gestor quanto à tomada de decisão de modo rápido e preciso. A gestão de custos tem como objetivo principal fornecer dados em relação a tudo que é produzido na empresa, desde os custos operacionais até os custos administrativos. O objetivo deste trabalho foi levantar os custos envolvidos no processo produtivo do osso nó natural ¾. Para atingir o escopo desejado foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa para aprofundar os conceitos sobre Gestão de Custos e um estudo de caso para validar a análise. O estudo de caso foi realizado na empresa LLPET LTDA localizada na cidade de Promissão (SP), empresa de pequeno porte que atua na área de produtos de alimentos para cães. Com a pesquisa realizada, pode-se notar a dificuldade da empresa no que tange a gestão e controle de custos. Assim, pode-se dizer que a Contabilidade e a Gestão de Custos fornecem informações relevantes no gerenciamento dos custos e otimização dos resultados, tornando a empresa mais competitiva. Palavras chaves: Custos. Gestão de Custos. Contabilidade de Custos.
ABSTRACT
One of the great challenges of the companies is the implementation of a reliable database capable of assisting the manager in the decision making process in a fast and precise way. The main objective of cost management is to provide data on everything that is produced in the company, from operating costs to administrative costs. The objective of this work was to raise the costs involved in the productive process of the natural bone ¾. To reach the desired scope a descriptive field research with a qualitative approach was carried out to deepen the concepts of Cost Management and a case study to validate the analysis. The case study was conducted at the company LLPET LTDA located in the city of Promissão (SP), a small company that operates in the area of dog food products. With the research carried out, it can be noticed the difficulty of the company regarding the management and control of costs. Thus, it can be said that Accounting and Cost Management provide relevant information on cost management and optimization of results, making the company more competitive. Keywords: Costs. Costs management.Cost Accounting.
LISTA DE FIGURAS E GRÁFICOS
Figura 01: Fachada da empresa LLPET em 2015............................................16
Figura 02: Selo S.I.F.........................................................................................18
Figura 03: Produto Palitinho..............................................................................18
Figura 04: Produto Prensado............................................................................19
Figura 05: Produto Prensado Bacon ................................................................19
Figura 06: Produto Coxinha .............................................................................19
Figura 07: Produto Cenoura .............................................................................20
Figura 08: Produto Banana ..............................................................................20
Figura 09: Produto Pastel ................................................................................20
Figura 10: Produto Asinha ...............................................................................20
Figura 11: Produto Batata Chips ......................................................................21
Figura 12: Produto Strips .................................................................................21
Figura 13: Produto Donut .................................................................................21
Figura 14: Produto Retriver ..............................................................................22
Figura 15: Produto RetriverBacon ....................................................................22
Figura 16: Produto Osso nó .............................................................................22
Figura 17: Produto Osso nó Bacon ..................................................................22
Figura 18: Produto Curl ....................................................................................23
Figura 19: Organograma dos colaboradores da LLPET ..................................28
Figura 20: Custos fixos ....................................................................................34
Figura 21: Custos variáveis ..............................................................................35
Figura 22: Custeio por absorção nas empresas de manufatura ......................37
Figura 23: Funcionamento do método integral .................................................38
Figura 24: Ponto de equilíbrio ..........................................................................42
Figura 25: Matéria prima: couro bovino ...........................................................46
Figura 26: Matéria prima: couro bovino sendo cortado....................................46
Figura 27: Matéria prima: couro bovinocortado ...............................................47
Figura 28: Confecção do osso nó natural ........................................................47
Figura 29: Confecção do osso nó natural .firmeza do nó.................................48
Figura 30: Osso nó natural acabado.................................................................48
Figura 31: Estufas ............................................................................................49
Figura 32: Verificação.......................................................................................50
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABC – Activity based costing
ABM - Activity-Based Management
CEP - Código postal
CIP - Conselho Interministerial de Preços
CNPJ - Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica
COFINS – Contribuição Social sobre o Faturamento
CPF – Cadastro de pessoa física
CPV - Custo dos Produtos Vendidos
DIPOA - Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
E – Equilíbrio
EI – Inscrição estadual
EPP - Empresas de Pequeno Porte
IBGE - O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IPI – Imposto sobre produtos industrializados
KG – Quilograma
KM – kilômetro
LLPET - Lima & Leme Indústria e Comércio de alimentos para animais
LTDA – limitada
ME – Micro empresa
MGC - Margem de Contribuição
MIX - Variedade
MKD – Markup divisor
PET - Animal de estimação
PIS - Programa de Integração Social
RG – Registro geral
RKW - ReichskuratoriumfurWirtschaftlichtkeit
RS - Rio Grande do Sul
SIF - Serviço de Inspeção Federal
S/Nº - sem número
SP - São Paulo
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..................................................................................................12
CAPÍTULO I – A EMPRESA.............................................................................14
1A EXPANSÃO DO MERCADO PET NO BRASIL..........................................14
2ORIGEM..........................................................................................................15
2.1 Identificação................................................................................................16
2.2 Missão ........................................................................................................17
2.3 Valores........................................................................................................17
2.4 Visão ..........................................................................................................17
3MIX DE PRODUTOS.......................................................................................18
4CLIENTES.......................................................................................................23
4.1 Guerra&Adati Pet Shop LTDA – ME...........................................................23
4.2 PethyGroup Participação, Comércio e Distribuição de produtos para Pet
Shop LTDA........................................................................................................23
4.3 PetWork Banho e Tosa...............................................................................24
4.4 Cobasi.........................................................................................................24
5CONCORRENTES..........................................................................................24
6FORNECEDORES..........................................................................................25
6.1 Boi Santo.....................................................................................................25
6.2Fuga Couros ................................................................................................26
6.3 Curtume Guararapes...................................................................................26
7PROPAGANDA X PUBLICIDADE..................................................................27
8ORGANOGRAMA...........................................................................................28
9 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL..........................................28
9.1 Responsabilidade social..............................................................................28
9.2 Responsabilidade ambiental.......................................................................29
CAPÍTULO II – CONTABILIDADE DE CUSTOS.............................................30
1ORIGEM..........................................................................................................30
2OBJETIVOS DA GESTÃO DE CUSTOS.......................................................30
3TERMINOLOGIAS DOS CUSTOS.................................................................31
4QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS .............................................32
4.1Custos diretos ..............................................................................................32
4.2Custos indiretos ...........................................................................................32
4.3Custos mistos ..............................................................................................33
4.4Materiais diretos ..........................................................................................33
4.5Materiais indiretos .......................................................................................33
4.6Mão de obra direta.......................................................................................34
4.7 Mão de obra indireta...................................................................................34
5QUANTO À FORMAÇÃO DOS CUSTOS......................................................34
5.1 Custos fixos.................................................................................................34
5.2 Custos variáveis..........................................................................................35
6 MÉTODOS DE CUSTEIO..............................................................................35
6.1 Métodos de alocação de custos indiretos...................................................36
6.1.1 Método de custeamento por absorção.....................................................36
6.1.2 Método de custeamento baseado em atividades.....................................37
6.1.3 Método de custeamento integral..............................................................38
6.1.4 Método de custeamento RKW..................................................................39
6.2 Métodos de custeio direto ou variável.........................................................39
7FORMAÇÃO DO MARK-UP...........................................................................40
8APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO.........................................41
9PONTO DE EQUILÍBRIO................................................................................41
10MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL............................................42
CAPÍTULO III - A PESQUISA / O CASO DA EMPRESA................................43
1 INTRODUÇÃO................................................................................................43
2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO................................................45
2.1 Matéria prima: couro bovino.......................................................................45
2.2Corte............................................................................................................46
2.3 A confecção do osso nó natural..................................................................47
2.4Estufa...........................................................................................................48
2.5Verificação....................................................................................................49
2.6Embalagem..................................................................................................50
3OCUSTO DO OSSO NÓ NATURAL..............................................................51
4DISCUSSÃO FINAL DO CASO......................................................................51
5PARECER FINAL DO CASO.........................................................................51
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.....................................................................53
CONCLUSÃO...................................................................................................54
REFERÊNCIAS.................................................................................................55
APÊNDICES.....................................................................................................59
12
INTRODUÇÃO
Impulsionar o crescimento de uma empresa é uma tarefa árdua e as
empresas por sua vez, precisam continuamente aprimorar suas práticas de
gestão custosna busca da excelência e crescimento da organização.
Devido à complexidade do cenário atual, altamente competitivo, as
empresas têm buscado formas de diminuir seus custos e aumentar
consideravelmente as suas receitas para que seu negócio progrida e se
desenvolva.
Então, cada vez mais têm se estudado sobre a importância da gestão de
custos, bem como, as técnicas de apuração de custos, sendo fundamental uma
boa Gestão no que se refere aos custos dentro de uma empresa, pois
provavelmente, será este controle que definirá a sustentabilidade da mesma no
mercado.
Portanto, o sucesso de uma empresa depende veemente do
aprimoramento nos seus processos incluindo o processo de gestão de custos
que indica como estão sendo alocados os custos aos produtos. Essa gestão
dos métodos de custeio é indispensável na identificação e controle desses
custos como forma de crescimento, melhoria na tomada de decisões sobre
preços e investimentos e na melhoria continua do processo produtivo.
Neste contexto, com o objetivo de verificar a importância da gestão de
custos no processo de produção do produto pet foi realizada uma pesquisa de
campo descritiva com abordagem qualitativa, na empresa LLPET Promissão,
no período de fevereiro a outubro de 2017.
Para realização do trabalho, utilizou-se dos métodos de estudo de caso,
observação sistemática e histórico.
Para se alcançar os objetivos do presente estudo, foi realizado um
levantamento de dados contábeis referente ao produto ¾ osso nó natural.
O presente trabalho está assim estruturado:
Capítulo I: apresenta a evolução histórica da empresa em estudo.
Capítulo II: discorre sobre a fundamentação teórica de Gestão de
Custos.
Capítulo III: apresenta a pesquisa de campo realizada.
Por fim, vem a Proposta de Intervenção e a Conclusão.
13
Com o aumento da competitividade que vem ocorrendo na maioria dos
mercados, seja industrial, comerciais ou de serviços, os custos tornam-se
relevantes em relação à tomada de decisões em uma empresa. Isto ocorre,
pois, as empresas já não podem mais definir seus preços de acordo com os
custos incorridos que são baseados nos preços praticados pelo mercado em
que atuam. É imprescindível o conhecimento dos custos para saber se o preço
do produto é rentável; ou, se não rentável, se é possível reduzi-los. Assim, a
contabilidade vem inovando cada vez mais nos sistemas de informações do
qual permite gerenciamento de custo com eficácia. (MARTINS, 2008)
Leone descreve que (2000, p.21) A Contabilidade de Custos produz informações gerenciais para planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia; e que os objetos da Contabilidade de Custos são a entidade e os produtos e serviços que ela envolve. O produto final consiste em relatórios gerenciais, sistemas de custos, sistemas de apoio, finalidades gerenciais e itens a serem custeados. O autor define que “[...] a Contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais”.
A pergunta problema que norteou o trabalho foi:
A gestão de custos adotada pela empresa LL PET de Promissão no
tocante ao osso nó natural contribui para uma precificação competitiva?
Em resposta a tal questionamento surgiu a seguinte hipótese:
A necessidade de se conhecer sobre a gestão de custos é fundamental
para um gerenciamento eficaz. Pois permite identificar dados sobre a real
situação da empresa, ou seja, se todas atividades realizadas por ela estão
saindo de acordo com seus propósitos e gerando lucro e, ainda, fornece
informações relevantes para a tomada de decisão. Por isso, uma boa gestão
de custos é um diferencial para a empresa manter-se competitiva e, assim, sua
permanência no mercado.
14
CAPÍTULO I
A EMPRESA
1 A EXPANSÃO DO MERCADO PET NO BRASIL
No segundo semestre de 2013 foi feita uma pesquisa pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) junto ao Ministério de Saúde, em
mais de 1.600 municípios em todo o Brasil, dos quais foram visitadas 80 mil
residências com o objetivo de planejar a compra das vacinas pelo Ministério da
Saúde.Após análises da pesquisa foi publicado que no Brasil cerca de 44% das
residências tem cães(KNOPLOCH C, 2015)
Esses números mostram que a relação do cachorro ser o melhor amigo
do homem, ultrapassa as expectativas, pelo pet ser amigo fiel, esbanjar carinho
com seu dono o mesmo só quer retribuir. O tempo dos pet´s ganhar apenas
rações é ultrapassada, hoje continua comprando boas rações, mas esse
mercado está cada vez mais diversificado e entre os gastos inclui-se diversos
itens tais como:
a) Pet food: que são as comidas entre rações, petiços, palitinhos e entre
outros;
b) Pet serv: são os serviços como banho, tosa, adestramento e
hospedagem;
c) Pet care: é o produto que cuida da higiene, beleza dos animaizinhos,
os equipamentos eos diversos tipos de acessórios;
d) Pet vet: são as visitas nos veterinários periodicamente e os
medicamentos.
Tudo isso para garantir os cuidados, diversão e distração dos petlovers,
pois eles são considerados como membro da família.
Diante dessas afirmações, a indústria no segmento de entretenimento
Petcresce cada vez mais e apresenta grande demanda para expandir visto que
esse mercado oferece produtos e serviços diversos para os animais de
estimações. Só no ano de 2015 atingiu 18 bilhões e também respondeu a 5,3%
do faturamento global,(ASSIS L. F., 2016)
15
2 ORIGEM
LLPET - Lima & Leme Indústria e Comércio de alimentos para animais
Ltda, foi inaugurada em 02 de novembro de2011, na cidade de Promissão/SP.
É uma fábrica de produtos de origem animal (raspa de couro 100% natural) da
qual vem conquistando o mercado de ossinhos para cães.
Essa empresa iniciou suas atividades na vizinha cidade de Promissão –
SP. Em 2011, aproveitando o espaço de negócio do qual foi deixado pelo
fechamento da PetBertin na cidade de Guaiçara – SP, o qual deixou uma
grande quantidade de profissionais treinados e muito bem preparados que
foram aproveitados para inicialização deste novo negócio e dentre esses
profissionais um deles é um dos sócios desta empresa. Da qual aproveitou a
fatia de mercado para se instalar nessa região. No começo em 2011 eram
09 (nove) funcionários, em 2013, passou sua linha de produção para 42
(quarenta e dois) empregados; e hoje, em 2017, ao todo são 56 (cinquenta e
seis) colaboradores. Os colaboradores da linha de produção confeccionam a maioria dos
ossinhos utilizando somente as mãos, sendo um trabalho artesanal e bem feito.
Como previsto, a empresa sofre reflexos dosgargalos na produção, em
virtude de operar em local impróprio e mal localizado, uma vez que os
funcionários, na sua maioria, são moradoresdo eixo Lins / Guaiçara.
Dessa forma, a empresa se instalou em um prédio alugado localizado no
Setor 2, Quadra 387, Lote 2 – Av. Edgar Rosa s/nº, no Jardim Primavera, com
6.000 m2 de área total para a Empresa Lima & Leme Indústria e Comércio de
Alimentos para Animais Ltda – EPP, onde encontra-se o seu polo atual em
Promissão/SP do qual é para uso exclusivo da empresa, para instalação de
comércio atacadista e varejista de alimentos para animais de estimação e
fabricação de artefatos de couro.
Além de contar com uma equipe altamente qualificada e instalações
amplas e modernas; a LLPPET possui fornecedores confiáveis; dando a
segurança para oferecer sempre os melhores produtos aos animais de
estimação que fazem parte da família.
A LLPET tem como principal objetivo dedicar-se ao constante vínculo
entre os clientes e seus animais de forma responsável e eficiente.
16
Figura 01: Fachada da empresa LLPET em 2015
Fonte: Google Maps, 2015
2.1 Identificações
Razão Social: Lima & Leme Indústria e Comércio de Alimentos para
Animais Ltda – EPP.
Fantasia: LL PET
CNPJ: 14.752.429/0001-40 - IE nº 564.024.243.116
Regime tributário: Presumido
Constituição: 02 de novembro de 2011
Capital Social: R$ 240.000,00 (Duzentos e quarenta mil reais)
Sócios: Antonio Mauro de Lima - RG 16.026.397-9 - SSP-MG - CPF
711.662.548-87,
R. Alvares de Azevedo, 246 - Jardim Pinheiro - LINS - SP
Paulo Sérgio Leme – RG 15.159.513-4 –SSP-SP - CPF 257.925.928-70,
Rua Miguel Arcangelo Mercaldi, 204 – J. Paineiras – ITÁPOLIS –SP
Endereço: Av. Augusto Vieira nº 710, Jardim Montreal - Promissão -
SP
Telefone:(14) 3541-1390 e (16) 3618-3574
17
www.llpet.com.br ou [email protected]
O horário de funcionamento é das 07:00 horas da manhã às 17:30
horas.
2.2 Missão
A LLPET tem como missão, produzir produtos de altíssima qualidade. A
LLPET está preocupada em proporcionar felicidade ao melhor amigo do
homem, o cão. Felicidade esta, através de seus produtos: ossinhos nó,
bifinhos, palitos. A LLPET está sempre atenta ás mudanças do mercado para
inovar e ir ao encontro das preferências de seus consumidores, oferecendo os
melhores representantes de sua marca, obtendo assim, melhor atendimento e
o melhor produto para presentear seu melhor amigo.
Trabalhando com prazer e emoção, visa atender com excelência o
interesse do investidor, a motivação do colaborador e a satisfação do
consumidor.
2.3 Valores
Os valores da LLPET são:
a) Cães em 1º lugar;
b) Estreito Relacionamento de nossa marca com o Consumidor;
c) Liderança de Mercado e de Atitude;
d) Qualidade Superior;
e) Performance;
f) Comprometimento;
g) Respeito;
h) Ética;
i) Transparência.
2.4 Visão
Ser uma empresa competitiva que atue de forma abrangente no
segmento de entretenimento Pet, através de um portfólio de produtos com
18
qualidade, bem representado por uma marca forte, com características e
propostas únicas.
3 MIX DE PRODUTOS
Os produtos da LLPET são de raspa de couro bovino 100% natural, que
limpa e fortalece os dentes; de fácil digestão, combate o mau hálito, controla o
tártaro massageando a gengiva, anti-stress e possui alto valor proteico.
A LLPET possui o selo Serviço de Inspeção Federal (SIF)- uma garantia
que o produto foi fabricado dentro das normas do Departamento de Inspeção
de Produtos de Origem Animal (DIPOA). Produto (s) mastigável seco natural
para cães; feito de raspa bovina. Venda a granel e embalado.
Figura 02: Selo S.I.F.
Fonte: LLPET, 2017.
Dentre os produtos pertencentes ao mix de produtos destacam-se:
Figura 03: Produto Palitinho
Fonte: LLPET, 2017
PALITINHONatural
Tamanhos: 6x5 | 8x5 | 10x5 | 15x5
Embalagens: 1kg. | 500gr
Fracionado
19
Figura 04: Produto Prensado
Fonte: LLPET, 2017
Figura 05: Produto Prensado Bacon
Fonte: LLPET, 2017
Figura 06: Produto Coxinha
Fonte: LLPET, 2017
PRENSADO
Natural
Tamanhos: 2 | 3 | 5
Embalagens: 1kg.| 500gr
Fracionado | Shirink
PRENSADO BACON
Bacon
Tamanhos: 2 | 3 | 5
Embalagens: 1kg.| 500gr.
Fracionado | Shirink
COXINHA
Bacon
Tamanho: Único
Embalagens: 1kg.| 500gr
Fracionado | Shirink
20
Figura 07: Produto Cenoura
Fonte: LLPET, 2017
Figura 08: Produto Banana
Fonte: LLPET, 2017
Figura 09: Produto Pastel
Fonte: LLPET, 2017
Figura 10: Produto Asinha
Fonte: LLPET, 2017
CENOURA
Natural
Tamanho: Único
Embalagens: 1kg.| 500gr
Fracionado | Shirink
BANANA
Natural
Tamanho: Único
Embalagens: 1kg.| 500gr
Fracionado | Shirink
PASTEL
Natural
Tamanho: Único
Embalagens: 1kg. | 500gr
Shrink
ASINHA
Natural
Tamanho: único
Embalagens: 1kg. | 500gr
Shrink
21
Figura 11: Produto Batata Chips
Fonte: LLPET, 2017
Figura 12: Produto Strips
Fonte: LLPET, 2017
Figura 13: Produto Donut
Fonte: LLPET, 2017
STRIPS
Natural
Tamanho: Único
Embalagens: 1kg. | 500gr.
BATATA CHIPS
Natural
Tamanho: Único
Embalagens: 250 gr.| 50gr.
DONUT
Natural
Tamanhos: 3 | 5 | 7
Embalagens: 1kg
Shrink
22
Figura 14: Produto Retriver
Fonte: LLPET 2017
Figura 15: Produto Retriver Bacon
Fonte: LLPET, 2017
Figura 16: Produto Osso nó
Fonte: LLPET, 2017
Figura 17: Produto Osso nó Bacon
Fonte: LLPET, 2017
RETRIVER BACON
Bacon
Tamanhos: 08 |10
Embalagens: 1kg
Shrink
OSSO NÓ
Osso Nó Natural
Tamanhos: 2/3 a 14/15
Embalagens: 1kg.| 500gr
Fracionado | Shirink
OSSO NÓ BACON
Osso Nó Bacon
Tamanhos: 2/3 a 14/15
Embalagens: 1kg
Fracionado | Shirink
RETRIVER
Natural
Tamanhos: 08 | 10
Embalagens: 1kg.
Shrink
23
Figura 18: Produto Curl
Fonte: LLPET 2017
4 CLIENTES
Os clientes são aqueles que mantêm financeiramente a empresa,
adquirindo os produtos e estes determinam se a qualidade dos produtos são
bons. Na empresa LLPET todos os clientes são importantes, os clientes
externos os que adquirem os produtos; e os clientes internos os quais são
diretor, gerente, responsável pela qualidade e os colegas de trabalho. Diante
disso, essa organização valoriza a importância e seriedade de se fabricar
produtos com excelência em qualidade para se destacar e se manter bem no
mercado tão concorrido e inconstante como esse. Segue os clientes da LLPET:
4.1 Guerra & Adati Pet Shop LTDA – ME
A Guerra & Adati Pet Shop Ltda - Me é uma Sociedade Empresaria
Limitada de São Paulo – SP, fundada em 14/03/2013. Sua atividade principal
é comércio varejista de animais vivos e de artigos e alimentos para animais de
estimação.
CNPJ: 17.837.510/0001-10.
Endereço: R: Floresta Azul, 937 Cep: 03.729-010 Jardim Danfer em São
Paulo SP.
Contato:(11) 2621-0564
4.2 Pethy Group Participação, Comércio e Distribuição de produtos para Pet
Shop LTDA.
A Pethy Group é um comércio atacadista de alimentos para diversos
animais, com vendas de rações e demais produtos alimentícios voltados para
CURL
Curl Natural
Tamanho: 4
Embalagens: 1kg.| 500gr.
Fracionado | Shirink
24
animais de estimação e outros animais (como cavalos, cães, gatos, peixes,
hamsters, dentre outros). Atendendo também outros pets shops de escala
menor, propriedades com criação de animais, criadouros, entre outros locais.
CNPJ: 17.699.731/0001-70.
Endereço: Cel. Arthur Whitacker, 1832 JD Paraíso Cep: 13690-000
Descalvado/SP.
Contato: (16) 3101-9021 www.pethygroup.com.br
4.3 Pet Work Banho e Tosa
A PetWork Banho e Tosa é mais voltada para o banho e tosa dos
bichinhos de estimação e também vende produtos para esses animais de
estimação.
Endereço: R: Cembira, 1188 São Miguel Paulista em Curuçá Velha/SP
Contato: (011) 2503 6510 I www.facebook.com/petwork010
4.4 Cobasi
E por último é o Cobasi, que é pioneiro em lojas de animais de
estimação e está presente nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e
Rio Grande do Sul de forma que por causa desse amplo espaço é o cliente de
maior importância econômica da LLPET.
CNPJ: 53.153.938/0016-94.
Endereço: Centro de distribuição – Avenida Onófrio Milano nº 506
Cep:05348-030 - Jaguaré - São Paulo.
Contato: (11) 3831-8999 www.cobasi.com.br
5 CONCORRENTES
Os concorrentes são empresas que atuam no mesmo ramo de
atividades, visando satisfazer os seus clientes com os produtos similares. Os
concorrentes podem ser divididos em dois tipos:
25
a) concorrentes diretos: empresas que vende a mesma linha de
produtos ou comercializam o mesmo serviço. Por exemplo, outra fabricante de
ossinhos de raspa de couro.
b) concorrentes indiretos: são as empresas que comercializam
produtos semelhantes, com público alvo igual. Por exemplo, uma loja de pet
shop que vende ossinho de raspa de couro, só que não da mesma forma que a
LLPET.Abaixo segue os sete (07) maiores concorrentes diretos e indiretos da
LLPET.
Dentre os concorrentes destacam-se: My Pet Brasil; Petitos; Reforsso;
Brupet; Churraspet; Cadet Gourmet Ltda e Doggoods.
6 FORNECEDORES
Fornecedor é aquele que abastece a empresa ou pessoa com produtos
e matéria prima para a produção. Para encontrar bons fornecedores, nesse
vasto mercado deve-se levar em consideração muitos requisitos, tais como:
a) Imagem de mercado:pesquisar e elencar todos os possíveis
fornecedores para a empresa e ir eliminando de acordo com o melhor preço,
qualidade, assiduidade, histórico de atendimento, referências, disponibilidades
de produtos, prazo de pagamento e de entrega eficaz em busca da qualidade
na relação da empresa e força de abastecimento, com planejamento logístico
para não ficar sem estoque, principalmente em casos de emergência como o
período de sazonalidade;
b) poder de barganha: deve ser bem negociado, para que nenhuma das
partes sinta que saiu perdendo e sim que ambas tenham uma relação “ganha
ganha’’ e uma política de lealdade que ajuda a garantir essa parceria do qual é
elo fundamental na cadeia de valor.
A LLPET não fabrica sua matéria prima principal que é as raspas de
couro 100% natural, mas as compra dos seguintes fornecedores:
6.1 Boi Santo
O Boi Santo foi criado pelo Curtume Tropical em 2009 e está localizado
em Restinga – SP com capacidade de produção de 1.000.000 milhão de peles
26
por ano. Esse curtume tem uma boa visão de consciência de cidadania pelo
motivo de ser o primeiro curtume do Brasil com um sistema total de reciclagem,
do qual as águas que voltam aos rios estão totalmente livres de poluentes,
tornando o Grupo, novamente, pioneiro no bem-estar das futuras gerações.
Atendendo todas as exigências relacionadas aos aspectos ambientais,
essa empresa não compra ou industrializa peles animais cuja procedência seja
de áreas desmatadas. Por essas e outra essa empresa é referencia mundial
em qualidade dando a ela alto valor agregado.
Endereço: Rodovia Nestor Ferreira, Km 6 + 600 metros em Restinga/SP.
Contato: (16) 3713-3245 I www.curtumetropical.com.br
6.2 Fuga Couros
O Fuga Couros foi criado em 1989, através do Curtume Marauense Ltda
que existe desde 1947 em Marau - RS por um grupo de empresários que foi
liderado por José Fuga do qual depois tornou-se o grupo de Fuga Couros AS.
Esse curtume tem um crescimento constante e crescente, impulsionada
pelo processamento de couros. Atualmente, a Fuga Couros AS tem vários
mercados mundiais participando de diversas feiras de couro no Brasil e
internacionais como Miami, Bolonha, Hong Kong e Leon, entre outros.Como
citado acima esse grupo tem um constante crescimento e expandiu-se para
outras atividades como a criação de gado, matadouros, entre outros.
Endereço: R: José Fuga, 1155, CEP 99150-000 Constante Fuga –
Marau/RS.
Contato: (54) 3342-3277 I www.fugacouros.com.br
6.3 Curtume Guararapes
Está localizada no Pólo Industrial e é especializada em máquinas e
equipamentos para Curtumes. Sabe-se que o couro tem que passar por várias
operações até chegar ao ponto de poder ser usado para consumo final. Uma
das atividades dessa organização é preparar o couro, como curtimento,
regeneração, tingimento, entre outras. Com aplicação de produtos químicos
como branqueador, conservantes, pode-se alterar as características do couro e
27
dar vários aspectos diferentes. Por fim, esse material pode ser utilizado na
produção de diversas calças, bolsas, jaquetas, etc.
Mas quando essa empresa vende seus produtos para a LLPET, antes de
mandar essa matéria prima para seu destino em Promissão, ela passa por um
processo de branqueamento, deixando o produto (couro) semi pronto para uso.
Endereço: Estrada Vicinal Ângelo Zancaner S/N Km 1,9 CEP: 16700-000
Guararapes/SP.
Contato: (18) 3406-2900 I [email protected]
7 PROPAGANDA X PUBLICIDADE
Em relação à propaganda e publicidade a empresa LLPET utiliza seu
site com as diversas informações sobre o mix de produtos, bem detalhado
expressando o tamanho, sabor, embalagem com identificação por nome e com
fotos bem coloridas, pela qual chama atenção do público. Através também das
redes sociais como o Facebook, a empresa tem uma Fanpage para divulgar
seus produtos bem como sua marca. Com diversas publicações com datas
comemorativas envolve os bichinhos de estimação com seus produtos. Diante
das informações inseridas, é passada aos visitantes, que são possíveis clientes
confiança, por saber o endereço, contato, descrição dos produtos, qualidade
informada de acordo com o padrão do Serviço de Inspeção Federal (S.I.F) que
garante a qualidade de acordo com o Departamento de Inspeção de Produtos
de Origem Animal (DIPOA).
A empresa LLPET conta com o agenciamento de uma agência de
publicidade a Link Marketing com o objetivo de oferecer aos clientes
diversidade de qualidade e agilidade para desenvolver soluções
personalizadas.
Uns dos trabalhos dessa agência para a LLPET esta no site dessa, do
qual foi todo repaginado, com facilidade de manuseio, clareza dos produtos
oferecidos com catálogo personalizado, possibilita solicitar orçamentos,
localizar a empresa e até mesmo a descrição da fabricação dos produtos.
Site: Em nota de rodapé: Disponível em: www.llpet.com.brAcesso em
fev. 2017.
28
Fanpage no Facebook:
Em nota de rodapé: Disponível em: www.facebook.com/llpetfabrica/
Acesso em fev. 2017.
8 ORGANOGRAMA
Figura 19: Organograma dos colaboradores da LLPET
Fonte: autoras, 2017
9 RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
9.1 Responsabilidade social
A responsabilidade social é quando a empresa, por iniciativa própria,
adota comportamentos, ações e boa postura da qual promove o benefício da
coletividade, bem-estar do público como um todo e principalmente da
comunidade que está inserida. Pensando nisso, a LLPET tem um programa
social com uma ONG na cidade de Lins, a responsável é a senhora Sonia
Lopes, onde os cachorrinhos da Novo Refúgio Pet de Lins beneficiam-se dos
29
produtos da LLPET que seriam descartados por não estar conforme as normas
do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal(DIPOA). Esses
produtos doados foram descartados apenas por entrar em contato com o chão
da fábrica ou ter alguma deformidade de tamanho, sendo assim, não pode ser
comercializado, além de ser um meio de descarte muito valorizado pela
comunidade e claro para os cachorrinhos.
9.2 Responsabilidade ambiental
A responsabilidade ambiental é atitude por iniciativa própria da empresa
voltada para o desenvolvimento sustentável do planeta, protegendo o meio
ambiente, garantindo a sustentabilidade no presente para as próximas
gerações ter um ecossistema conservado.
Na LLPET não é utilizado maquinário para a sua produção e sim é
valorizada a mão de obra qualificada e com anos de experiência. Sendo assim
economiza-se muita energia.
Em relação à iluminação, a LLPET usa um sistema de iluminação
inteligente, que ajuda parcialmente na iluminação e também tem economia. Em
algumas paredes como na sala do almoxarifado tem uma abertura para entrar
luz solar e ar natural, mas é vedada por tela.
E por último, as pias são equipadas com álcool gel na entrada para
higienização das mãos, do qual ajuda a diminuir o consumo de água e logo de
produtos químicos como o sabonete líquido.
30
CAPÍTULO II
GESTÃO DE CUSTOS
1 ORIGEM CONTABILIDADE DE CUSTOS
A Contabilidade sempre esteve presente nos negócios desde os
primórdios da civilização e com o passar do tempo à contabilidade afirmou-se
como ciência na busca de controlar e definir o patrimônio das entidades.
Para Padoveze (2003), a contabilidade de custos originou-se da
contabilidade financeira. Com a Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII,
surgiu uma nova fase para a contabilidade de custos, caracterizada pelo
sistema fabril. O sistema tradicional sofreu mudanças em seu processo
produtivo e as atividades econômicas foram-se tornando mais complexas e o
homem, por sua vez, fora sentindo a necessidade de aperfeiçoar seu
instrumento de avaliação da situação patrimonial.
Para acompanhar este processo, a contabilidade de custos passou por
uma evolução ao longo do tempo, não só a de controlar os estoques como era
na contabilidade comercial, mas que fosse capaz de auxiliá-los no desempenho
dessa nova missão, a gerencial. (MARTINS, 2008)
2 OBJETIVOS DA GESTÃO DE CUSTOS
Atualmente, muitos autores têm falado sobre a gestão de custos como
um diferencial para as empresas, onde a Contabilidade de Custos é relevante,
pois é através dela que o gestor obterá informações pertinentes relacionadas
ao desempenho organizacional.
BARBOSA (apud D’AURIA e FRANCO, 2006, p.32), define a
contabilidade (...)“a ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as
mutações que nele operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no
final de cada exercício social o resultado obtido e a situação econômico-
financeira da entidade”.
31
Na visão de Dubois, Kulpa e Souza (2008), a gestão de custos ocupa na
empresa um lugar de posicionamento estratégico e, auxilia no que tange ao
controle e a redução dos custos bem como, na formação do preço de venda
dos bens e serviços garantindo a sua permanência no mercado.
Assim, a função primordial da Contabilidade de Custos é gerar
informações contábeis fidedignas para fins gerenciais e administrativos que
auxiliam no processo de tomada de decisão, bem como, no planejamento e
controle das atividades da empresa. (LEONE, 2010)
Portanto, “[...] a contabilidade de custos, quando acumula os custos e
organiza em informações relevantes, pretende atingir três objetivos principais: a
determinação do lucro, o controle das operações e a tomada de decisão”.
(LEONE, 1983, p. 14)
3 TERMINOLOGIAS DOS CUSTOS
Faz-se necessário a conceituação para um melhor entendimento de
alguns termos utilizados na Contabilidade de Custos. Wernke (2004, p. 11)
descreve que: “Para uma eficiente gestão de custos, é necessária a
compreensão dos conceitos básicos relacionados ao tema”.
Para Martins (2008), os gastos ocorrem a todo instante dentro da
organização e, de uma forma geral, são considerados saídas de dinheiro para
adquirir qualquer tipo de produto ou serviço. E ddesembolso é todo valor que a
empresa dispõe para obter um bem ou serviço.
As despesas são gastos com a manutenção da atividade da empresa,
que visa a geração de receitas, como é o caso por exemplo, do aluguel do
escritório, salários do setor administrativo e outras. (WERNKE, 2004)
De acordo com Dubois, Kulpa e Souza (2008), os investimentos têm por
objetivo a aplicação de recursos (dinheiro) na infraestrutura de produção com o
intuito de retorno. São exemplos de investimento máquinas, equipamentos,
instalações entre outros.
Sobre as perdas, Wernke (2004), afirma que são situações que fogem
do padrão das atividades operacionais da empresa. Por ser involuntária, não é
um sacrifício que se faz com a intenção de geração de receitas. Essas
32
situações são causadas por enchentes incêndios, greve que ocasionam perdas
não previstas e envolvem fatores externos.
Como decorrentes de situações anormais os desperdícios são gastos da
má utilização de recursos operacionais, como produtividade menor que a
normal e mão-de-obra ociosa. (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2008)
Já o custo é o gasto que a empresa tem relativos à fabricação de um
produto ou a prestação de um serviço, como por exemplo: matéria-prima,
salários de mão-de-obra direta, depreciação de máquinas, entre outros.
(MARTINS, 2008)
4 QUANTO À CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
“A classificação mais antiga e mais utilizada é em relação ao objeto do
custo, ou seja, a classificação dos custos como diretos e indiretos em relação
ao produto ou serviço que está sendo produzido ou fornecido pela a empresa”.
(PADOVEZE, 2013, p. 38)
4.1 Custos diretos
Os custos diretos podem ser identificados como aqueles que estão
ligados à manufatura de algum produto. De acordo com Dubois, Kulpa e Souza
(2008, p.26), os custos diretos “podem ser apropriados de maneira objetiva aos
produtos elaborados, porque há uma forma de medição clara de seu consumo
durante a fabricação”. São exemplos de custos diretos: a matéria-prima, horas
de mão-de-obra utilizadas na produção, embalagens, entre outros.
4.2 Custos indiretos
Quanto aos custos indiretos, estes deverão ser incorporados aos
produtos através de algum critério de rateio. Segundo Dubois, Kulpa e Souza
(2008, p.27), “são todos os custos que necessitam de alguns cálculos para
serem distribuídos aos diferentes produtos fabricados pela empresa, uma vez
que são de difícil mensuração e apropriação de cada produto elaborado”. São
exemplos de custos indiretos:
33
a) depreciação dos equipamentos utilizados na fabricação de mais de um produto; b) salários dos chefes de supervisão de equipes de produção; c) aluguel da fábrica; d) materiais de pequeno valor. (DUBOIS, KULPA, SOUZA, 2008, p.28)
4.3 Custos mistos
Segundo Dubois; Kulpa e Souza (2008), os custos mistos são também
conhecidos como semi-variáveis ou semi-fixos e podem variar no decorrer do
período com o aumento do volume de produção, mas também tem uma parcela
fixa.
A exemplo de custos mistos pode-se citar: energia elétrica da fábrica: a
concessionária de energia elétrica cobra uma taxa mínima, mesmo que não
haja consumo no período; aluguel da copiadora: existe uma parcela fixa
(referente ao aluguel da copiadora) e outra que varia em função do número de
cópias tiradas; combustível para caldeira: varia de acordo com a produção.
Porém, quando não se usa a caldeira haverá um custo mínimo para mantê-la
aquecida, porque ela não pode esfriar.
4.4 Materiais diretos
Conforme Padoveze (2013), os materiais diretos correspondem à
matéria-prima, insumos secundários e as embalagens, usados na elaboração
dos produtos acabados, e é incluído diretamente no custo do produto.
“O importante para a classificação como material direto é verificar quais
são os materiais necessários para se fazer o produto e ser nele incorporados,
ou seja, eles devem constar no produto final”. (PADOVEZE, 2013, p. 40)
4.5 Materiais indiretos
Padoveze (2013), sobre os materiais indiretos são itens que são
usados no processo produtivo, mas não fazem parte da elaboração do
produto. Os exemplos de materiais indiretos de acordo com o autor podem
citar: os materiais para a conservação dos equipamentos; os materiais para
a conservação dos imóveis; os materiais usados para os funcionamentos
dos equipamentos; o material de escritório; entre outros..
34
4.6 Mão de obra direta
Segundo Padoveze (2013), a mão de obra direta pode ser identificada
com o trabalho diretamente empregado na fabricação de um bem ou serviço. O
fator primordial para saber-se a mão de obra é direta é a possibilidade de medir
o tempo em que cada trabalhador se dedica na elaboração de um produto.
“A mensuração mais utilizada é a quantidade de tempo despendida nos
processos (dias, horas, minutos e segundos)”. (PADOVEZE, 2013, p. 44)
4.7 Mão de obra indireta
Compreende os gastos com os salários dos funcionários de outras
áreas, que não tem ligação direta com a fabricação do produto.
5 QUANTO À FORMAÇÃO DOS CUSTOS
5.1 Custos fixos
Conforme Dubois, Kulpa e Souza (2008), em relação aos custos fixos,
eles podem ser classificados em fixos quando esses valores não sofrem
alteração independente do montante produzido. São exemplos de custos fixos
aluguel da fábrica, depreciação, seguros da fábrica, etc.
Figura 20: Custos fixos
Fonte: Dubois, Kulpa e Souza, 2008.
35
5.2 Custos variáveis
Segundo Dubois, Kulpa e Souza (2008), são custos que variam de
acordo com a produção, ou seja, se o volume de produção cresce, eles
também irão crescer. Como exemplo tem-se: matéria-prima consumida; horas
extras na produção; mão-de-obra direta.
Segundo Dutra (2003), os custos variáveis podem apresentar três
formas diferentes: constante, progressivo e regressivo.
O custo variável constante ocorre quando estes sofrem variações de
acordo com a capacidade produtiva, ou seja, se a produção aumenta os custos
irão aumentar respectivamente.
O custo variável progressivo sofre um aumento relativamente maior em
relação ao aumento da produção. Se diminuir o volume produzido, os custos
irão sofrer diminuição, mas em proporções menores. O custo variável
regressivo representa o aumento da quantidade produzida juntamente com o
aumento total de custos, só que em proporções menores.
Figura 21: Custos variáveis
Fonte: Dubois, Kulpa e Souza, 2008.
6 MÉTODOS DE CUSTEIO
As empresas precisam adotar um método de custeio apropriado para
atender suas necessidades fiscais e gerenciais. Os métodos de custeamento
são muito importantes, pois definem os gastos que devem fazer parte da
apuração do custo unitário do produto. (DIAS; PADOVEZE, 2007).
“Os métodos de custeio apresentam um único objetivo, que é a determinação
36
dos custos, mas a sistemática adotada por eles difere de um para outro
método”. (DUBOIS, KULPA e SOUZA, p. 126, 2008)
Há duas grandes categorias distintas de métodos de custeamento do
produto que são elas: Métodos de Alocação de Custos Indiretos e Métodos de
Custeio Direto e Variável. (DIAS; PADOVEZE, 2007)
6.1 Métodos de alocação de custos indiretos
Este método engloba todos os custos, diretos, ou indiretos, fixos ou variáveis, onde o produto absorve os custos incorridos pela organização. A alocação dos gastos fixos implica na utilização de rateios ou estimativas, o que torna o custo do produto arbitrário, ainda que a empresa tome o cuidado para que os critérios de alocação sejam os mais objetivos, não é possível apurar, precisamente o quanto foi consumido por cada produto ou serviço. (DIAS; PADOVEZE, 2007, p. 07)
Esses métodos são divididos em quatro que são: Método de
Custeamento por Absorção, Método de Custeamento Baseado em Atividades,
Método de Custeamento Integral e Método de Custeamento RKW.(DIAS;
PADOVEZE, 2007)
6.1.1 Método de custeamento por absorção
Segundo Martins (2008, p. 37), o custeio por absorção é o método derivado da aplicação dos princípios de contabilidade geralmente aceitos, nascido da situação histórica mencionada. Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados, e só os de produção; todos os gastos relativos ao esforço de produção são distribuídos para todos os produtos ou serviços feitos.
Este método é aderido pela contabilidade financeira, apesar de ter
aparecido outros métodos de custeio, ele é válido para balanços patrimoniais e
demonstração de resultado, como para balanço e lucros fiscais para maioria
dos países. (MARTINS, 2010)
Custeio por absorção é o gênero de custeio que atribui custos fixos aos produtos; uma de suas espécies (Custeio pleno) atribui também despesas fixas de administração e de vendas. É denominado Custeio por Absorção porque, sob a sua ótica, o custo dos bens e serviços produzidos deve absorver, além dos custos variáveis, também os fixos, e até – no limite – os gastos fixos de administração geral. (MARTINS; ROCHA 2010, p. 85)
37
Figura 22: Custeio por Absorção nas empresas de Manufatura
Fonte: Martins, 2008, p. 37.
6.1.2 Método de custeamento baseado em atividades
O método de custeio baseado em atividades foi inicialmente
desenvolvido para controle dos custos, tendo como foco as atividades que
geram custos e também os recursos. (DIAS; PADOVEZE, 2007)
Segundo Martins (2008, p. 87): “o Custeio Baseado em Atividades,
conhecido como ABC (Activity-Based Costing), é um método de custeio que
procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário
dos custos indiretos”.
Há duas diferentes perspectivas sob as quais o Custeio Baseado em atividades, conhecido como ABC (Activity-Based Costing), pode ser abordado. Bastante divulgada em todo o mundo a partir de meados da década de 1980, conhecida como Primeira Geração do ABC, preocupa-se com o custeio de produtos e é focada, portanto, no processo de mensuração; busca a acurácia(aperfeiçoar) da alocação de custos às entidades objeto de custeio, principalmente aos produtos. Outra, desenvolvida em seguida – denominada por alguns autores, de maneira imprópria. Segunda Geração de ABC – contempla o processo de gestão de custo de overhead, por meio do aprimoramento no desempenho dos processos e atividades. A denominação correta desta última é ABM (Activity-Based Management) porque se trata de gestão, não de custeio. (MARTINS; ROCHA, 2010, p. 139)
A primeira perspectiva tem por principal finalidade verificar o custo dos
produtos e de outras entidades. A segunda tem por principal finalidade agir e
38
entender sobre os custos dos processos e atividades. (MARTINS; ROCHA
2010)
A ênfase do modelo está nas atividades geradoras de custos. Nesse método, os custos e despesas da empresa são apropriados aos produtos de acordo com análises profundas e todos os processos, que determinam quais atividades são executadas na fabricação dos produtos ou serviços e qual o valor de custos de cada uma dessas atividades. (SIMÕES, 2014, p. 52)
De modo geral, o método de custeio ABC é uma técnica representada
pela identificação das atividades indiretas essenciais à fabricação de um
produto. (SIMÕES, 2014)
6.1.3 Método de custeamento integral
Este método considera os gastos fixos de administração e de venda e
também os custos de produção como sendo dos produtos. (MARTINS; ROCHA
2010)
É um prolongamento do conceito de custeio por absorção. Nesse caso nem as despesas com vendas e administração são consideradas como gastos do período. Para o custeio integral, também essas despesas são alocadas aos diversos produtos através de critérios de distribuição. (PADOVEZE, 2010, p. 342)
Figura 23: Funcionamento do método integral:
Fonte: Simões, 2014, p. 51.
39
A figura 23 apresenta como é feita a apuração do custo unitário pelo
método de custeio integral. (SIMÕES, 2014)
6.1.4 Método de custeamento RKW
Segundo Martins e Rocha (2010), o RKW considera os encargos
financeiros e os juros sobre capital próprio no custo dos produtos.
O RKW, abreviatura de ReichskuratoriumfurWirtschaftlichtkeit– técnica de custeamento originária da Alemanha, instituída naquele país por um órgão governamental semelhante ao antigo Conselho Interministerial de Preços – CIP, que rateia, além de todas as despesas operacionais, também as despesas financeiras -, pode ser enquadrado no conceito de custeio integral. (PADOVEZE, 2013, p. 342)
6.2 Métodos de custeio direto ou variável
O método de custeio direto ou variável refere ao produto somente os
gastos variáveis e/ou diretos. (SIMÕES, 2014)
Diferente dos métodos de alocação dos custos indiretos, o custeio variável ou direto leva em consideração, para custeamento dos produtos da empresa, apenas os gastos variáveis e/ou diretos, cuja apropriação não constitui nenhuma dificuldade. Com isso, elimina-se a necessidade de rateios e estimativas e, consequentemente, as distorções geradas por eles. (DIAS; PADOVEZE, 2007, p. 09)
Esse método apresenta sobre o método anterior importante vantagem
no que diz respeito à apuração dos resultados econômicos gerados pelos
diferentes produtos da empresa e suporte às decisões gerencias. (DIAS;
PADOVEZE, 2007)
Esses métodos de alocação de custeio direto e variável podem ser
identificados de maneiras diferentes como: Método do Custeio Direto, Método
de Custeio Variável e Método da Contabilidade de Ganhos. (DIAS;
PADOVEZE, 2007)
O método de custeio variável considera como sendo dos produtos exclusivamente seus custos variáveis somente eles. Todos os custos fixos, inclusive os identificáveis com os produtos (custos fixos diretos), são debitados ao resultado do período em que são incorridos. (MARTINS; ROCHA 2010, p. 65)
40
Os custos variáveis são normalmente conjunto da matéria-prima e a
mão-de-obra direta, consumidos no processo produtivo. (SOUZA; MOREIRA,
2007)
7 FORMAÇÃO DO MARK-UP
Segundo Tófoli (2012, p. 72), “o Mark up é utilizado comumente no
estabelecimento do preço de venda é o valor suficiente para cobrir as despesas
não inclusas no custo do produto mais o lucro estabelecido”.
Mark-up é à margem da receita de vendas (faturamento) sobre os custos
diretos de produção. Essa margem deve ser tal que permita à empresa cobrir
os custos diretos (ou variáveis), os custos fixos e a parcela desejada de lucro
da empresa. (SOUZA; MOREIRA, 2007, p. 05)
O Markup tem por finalidade cobrir os fatores, como tributação sobre vendas (ICMS, IPI, PIS, COFINS ou Simples), percentuais, incidentes sobre o preço de venda, despesas administrativas, fixas, custos indiretos de produção fixos e margem de lucro. (SOUZA; MOREIRA, 2007, p. 5)
O mark-up pode ser aplicado de várias formas que são: sobre o custo
variável, sobre os gastos variáveis e sobre os gastos integrais. (SOUZA;
MOREIRA,2007)
“Ao se estabelecer o Mark up, o gestor deve levar em conta que ele
deve cobrir os impostos e taxas sobre as vendas, as despesas fixas, o custo
indireto do produto e o lucro”. (TÓFOLI, 2012, p. 72)
Exemplo:
Produto comprado por R$10,00 100%
Impostos e taxas 12%
Comissões 5%
60
%
Despesas fixas 23%
Lucro desejado 20%
Mark up divisor = 100% - 60%= 40%
Mark up multiplicador = 100% / 40% = 2,5
41
Assim, o custo do produto comprado dividido pelo Mark up divisor = R$
25,00(10,00/0,40) ou, custo do produto comprado (R$ 10,00) multiplicado pelo
Mark up multiplicador (2,5) é igual a R$ 25,00. (TÓFOLI, 2012)
8 APURAÇÃO DA MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
A Margem de Contribuição é um número mágico. Com ele podemos conhecer quais são os produtos que nos são mais rentáveis, em quais produtos que devemos concentrar nossas estratégias mercadológicas eliminando os que nos dão baixo retorno e, o mais importante, nos permite descobrir qual é o nosso Ponto de Equilíbrio. (DAL-RY, 2013, p.00)
Margem de contribuição por unidade que é a diferença entre o preço de venda e o Custo Variável de cada produto; é o valor que cada unidade efetivamente traz à empresa de sobra entre sua receita e o custo que de fato provocou e que lhe pode ser imputado sem erro. (MARTINS, 2008, p. 179)
Para conseguir a Margem de Contribuição Unitária de cada produto
vendido pela empresa, deverá ser apurado todos os custos variáveis relativos a
cada produto, com absoluta segurança para que possa conseguir sua margem,
permitindo sua comparação com os demais produtos. (DAL-RY, 2013)
A Margem de Contribuição (MgC) é um elemento útil para a decisões. Por exemplo, a empresa pode estar sofrendo prejuízos com determinado produto e, ainda assim, continuar operando, se a MgC for suficientemente elevada. Como alguns custos e despesas fixos não são elimináveis em curto prazo (como depreciação e aluguéis), a contribuição obtida será benéfica. Por outro lado, se a MgC for negativa e não houver expectativa ou possibilidade de reverter esta situação, as receitas são menores do que os gastos variáveis totais. Neste caso, seria melhor abandonar o produto. (DUBOIS; KULPA; SOUZA, 2007, p.182)
9 PONTO DE EQUILÍBRIO
Segundo Martins (2008, p.257), “o ponto de equilíbrio (também
denominado Ponto de Ruptura – Break-even Point) nasce da conjugação dos
Custos e Despesas Totais com as Receitas Totais”.
No Ponto de Equilíbrio (E), a empresa está produzindo somente o suficiente para gerar receita que se iguala ao custo, ou seja, quando está operando em um nível de produção igual
42
a seu ponto de equilíbrio, a empresa não apresenta lucro nem prejuízo, pois está gerando recursos suficientes apenas para remunerar seus fatores de produção. Esse ponto indica o mínimo de receita gerada pela produção para que a empresa não sofra prejuízo. (DUTRA, 2003, p. 336)
No Ponto de Equilíbrio o lucro é zero, pois a empresa não tem ganho e
não tem perda.
Figura 24: Ponto de equilíbrio.
Fonte: Elaborado pelos autores, 2017.
10 MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL
Compreende por margem de segurança operacional a diferença do total
de vendas planejadas e as vendas no ponto de equilíbrio de uma organização.
(SANTOS, 2005)
Em termos operacionais, quanto maior for a margem de segurança operacional maiores serão as possibilidades de negociação de preços envolvidos nas relações custo, volume e lucro, principalmente quando a empresa participa de um mercado altamente competitivo. (SANTOS, 2005, p. 57)
43
CAPÍTULO III
ESTUDO DE CASO
1 INTRODUÇÃO
Conforme foi analisado, existem diversas metodologias e ferramentas
que são imprescindíveis na Contabilidade de Custos, pois fornece informações
relevantes desde a apuração de custos até o mapeamento do processo
produtivo e permite auxiliar o gestor no que tange a uma boa gestão financeira,
bem como, a tomada de decisão, melhorias no processo, formação de preço e
controlar os custos gerados na produção e comercialização de seus produtos.
Com o aumento da competitividade que vem ocorrendo na maioria dos
mercados, seja industrial, comerciais ou de serviços, os custos tornam-se
relevantes em relação à tomada de decisões em uma empresa. Isto ocorre,
pois, as empresas já não podem mais definir seus preços de acordo com os
custos incorridos que são baseados nos preços praticados pelo mercado em
que atuam. É imprescindível o conhecimento dos custos para saber se o preço
do produto é rentável; ou, se não rentável, se é possível reduzi-los. Assim, a
contabilidade vem inovando cada vez mais nos sistemas de informações do
qual permite gerenciamento de custo com eficácia. (MARTINS, 2008)
Leone descreve que (2000, p.21): A Contabilidade de Custos produz informações gerenciais para planejar, controlar e decidir com maior eficiência e eficácia; e que os objetos da Contabilidade de Custos são a entidade e os produtos e serviços que ela envolve. O produto final consiste em relatórios gerenciais, sistemas de custos, sistemas de apoio, finalidades gerenciais e itens a serem custeados. O autor define que “[...] a Contabilidade de custos é uma atividade que se assemelha a um centro processador de informações, que recebe (ou obtém) dados, acumula-os de forma organizada, analisa-os e interpreta-os, produzindo informações de custos para os diversos níveis gerenciais”.
Com o objetivo de verificar a importância da gestão de custos no
processo de produção de produto pet, foi realizada uma pesquisa de campo
descritiva com abordagem qualitativa, na empresa LL PET Promissão, no
período de fevereiro a outubro de 2017.
44
A empresa LLPET - Lima &Leme Indústria e Comércio de alimentos para
animais Ltda, iniciou suas atividades no ano de 2011. Conta com uma estrutura
física de 700m² que são distribuídos entre administração, produção e
armazenamento da matéria prima e produtos acabados. A equipe conta com a
colaboração de aproximadamente cinquenta e oito funcionários e sua demanda
mensal é de vinte oito mil quilos de ossos para cães. É uma fábrica que atua no
segmento PET, seus produtos são de origem animal (raspa de couro 100%
natural), possuem o selo Serviço de Inspeção Federal (S.I.F) uma garantia que
o produto foi fabricado dentro das normas do Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal (DIPOA).
A aplicação prática deste estudo consiste na apuração de custos e
resultados de uma atividade comercial, sendo uma empresa de alimentos para
cães. A empresa em estudo atua na área de comércio Pet, enquadrada pelo
regime tributário Presumido.
A gestão da empresa está a cargo dos sócios proprietários, que fazem
os controles manuais, tanto de vendas e manutenções como de compras, não
possuindo nenhum sistema de custeio dos produtos por eles comercializado. A
Contabilidade da mesma é terceirizada, sendo realizada por um escritório.
Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos e
técnicas:
Método de Estudo de Caso: foi realizado um estudo de caso na empresa
LLPET Promissão, analisando a importância da gestão de custos no processo
de produção do produto pet – osso nó natural.
Métodos de Observação Sistemática: foram observados, analisados e
acompanhados os procedimentos aplicados à gestão de custos no processo de
produção do produto pet - osso nó natural.
Método histórico: foi observada a evolução histórica da empresa LL PET
Promissão - SP.
Técnicas
Roteiro de Estudo de Caso (Apêndice A)
Roteiro de Observação Sistemática (Apêndice B)
Roteiro do Histórico da Empresa LL PET Promissão (Apêndice C)
Roteiro de entrevista para o gestor de custos de produção da empresa
(Apêndice D)
45
Outros registros: dados ilustrativos.
2 DESCRIÇÃO DO PROCESSO PRODUTIVO
O mapeamento do processo produtivo na empresa LL PET, tem como
objetivo descrever como é fabricado o produto osso nó natural que dentro de
seu portfólio é o mais vendido pela empresa, a fim de apresentar todos os
custos incorridos no processo produtivo, e com isso estabelecer melhorias.
Para SAIDELLES (apud HAMMER e CHAMPY, 1994) “Um processo é
um grupo de atividades realizadas numa sequência lógica com o objetivo de
produzir um bem ou um serviço que tem valor para um grupo especifico de
cliente”.
E de acordo com SAIDELLES (apud CHARLENE e MURRAY, 1994).
“Todo o processo é uma série de etapas que transformam resultados ou o
produto à medida que este percorre a sequência de tarefas ou funções”.
2.1 Matéria prima: couro bovino
Para a confecção do osso nó natural 3/4 a empresa utiliza-se
basicamente do couro bovino. Conforme a ordem de produção o setor
administrativo entre em contato com seus fornecedores principais o curtume
Boi Santo (no qual fornece raspa in natura, onde a mesma é transferida ao
Curtume de Guararapes para o processo de branqueamento, e também do
Fuga Couros (onde já fornece a raspa branqueada pronta para uso). O curtume
de Guararapes além de fazer o processo de branqueamento, também é um 3°
fornecedor de matéria-prima, para a produção. Após o processo de
branqueamento, o mesmo é encaminhado a LLPET em caminhão próprio da
empresa, e antes de ser descarregado na empresa, este juntamente com o
caminhão são vistoriados e liberados pelo inspetor da Qualidade da
empresa.Sendo liberados de imediato a raspa é descarregada e encaminhada
para dentro da fábrica, onde fica armazenada ao lado da mesa de corte.As
caixas excedentes de raspas ficam acondicionadas na sala de
recebimento/armazenamento de raspa até sua utilização.
46
Para melhor compreensão, tomar-se-á como exemplo a aquisição de
2.782,00 kg de matéria prima para a produção de 92.766 peças de ossos
natural. Tal matéria prima, hoje, teria um custo de R$ 8,20.
Figura 25: Matéria prima: couro bovino
Fonte: LL Pet, 2017.
2.2 Corte
Cerca de três a quatro funcionários, retiram a raspa das caixas combo,
fazendo a seleção pela espessura, sendo separadas em uma mesa próxima
antes da mesa de corte. Seguindo a isso, os dois funcionários específicos da
mesa específica de corte, conferem a espessura do couro fazendo o corte
conforme a medida do osso ¾. O couro já cortado no tamanho especificado (¾)
é armazenado em caixas de plástico, em cima do paletes, até sua confecção.
Nesta etapa, o custo envolvido é o da mão de obra, a qual será
contabilizada juntamente com os demais insumos da produção para a
precificação do produto.
Figura 26 Matéria prima: couro bovino sendo cortado
Fonte: LL Pet, 2017
47
Figura 27: Matéria prima: couro bovino cortado
Fonte: LL pet, 2017
2.3 A confecção do osso nó natural
O couro é encaminhado para as mesas onde são confeccionados
manualmente o osso natural ¾ por duas funcionárias (dependendo da ordem
de produção). É estendida uma tira do couro sobre a mesa onde são colocados
pequenos retalhos de couro no meio para dar firmeza. É feito o nó nas duas
pontas, dando a forma ao osso, onde com a faca é cortado as sobras.Os ossos
são colocados em bandejas e apoiados sobre os carrinhos, aonde vão para as
estufas, para o processo de secagem.
Verifica-se mais uma vez que o custo significativo dessa etapa é a mão
de obra, a qual deve ser qualificada para que não tenha desperdício. Tal custo
será contabilizado juntamente com os demais insumos no final do processo
para a precificação do produto.
Figura 28: confecção do osso nó natural
Fonte: LL pet, 2017.
48
Figura 29: confecção do osso nó natural- firmeza do nó
Fonte: LL pet, 2017.
Figura 30: osso nó natural acabado
Fonte: LL pet, 2017.
2.4 Estufa
São colocados os carrinhos com as bandejas para a secagem,numa
temperatura dentre 75°C á 80°C, ficando de dois a três dias.Sendo os carrinhos
49
virados dentro das estufas e trocados de lugar durante o processo, para melhor
secagem e secagem por completo.
Nesta etapa, destaca-se o custo da permanência do osso nó natural na
estufa. Esse custo é contabilizado também no final do processo produtivo para
a precificação do produto.
Figura 31: Estufas
Fonte: LL pet, 2017.
2.5 Verificação
Depois da secagem, os carrinhos são retirados das estufas e levados ao
setor de embalagem, onde são colocados em uma mesa, onde as funcionárias
verificam e classificam se estão de acordo com as especificações
estabelecidas em fichas técnicas elaboradas pela empresa. Caso estejam fora
do padrão (ficha técnica), são colocados em caixas vermelhas, (não servindo
assim para comercialização). Os ossos da caixa vermelha são levados pelos
próprios funcionários ou são doados quando solicitados.
As especificações exigidas pela empresa de acordo com o Serviço de
Inspeção Federal (S.I.F) são: tamanho, peso, cor, odor, quantidade nos
pacotes, umidade, acabamento embalagem, estocagem e expedição.
50
Nesta etapa, o custo é o da mão de obra que checa as especificações e
a qualidade do produto para ser embalado. Tal custo será contabilizado no final
do processo produtivo.
Figura32: Verificação
Fonte: LL pet, 2017.
2.6 Embalagem
Após o processo de verificação e classificação, as funcionárias colocam
os ossos em sacos de Ráfia e os armazenam no estoque.
Mediante aos pedidos dos clientes, as funcionárias vão ao estoque,
buscam o saco de ráfia com o produto (osso) solicitado no pedido, embalando
este em pacotes timbrados com logotipo da empresa (LLPET). Tais pacotes
são acondicionados em caixas (papelão) e colocados em paletes e
estrechados.
Seguindo a isso, são encaminhados ao setor de Expedição para serem
encaminhados até aos clientes por caminhão da empresa (LLPET), ou por
transportadoras ou por transportes particulares dos próprios clientes.
Nesta etapa, os custos envolvidos são o da mão de obra e o da
embalagem, os quais são contabilizados no final do processo produtivo para
precificação do produto.
51
3 O CUSTO DO OSSO NÓ NATURAL
Após toda a explanação do processo produtivo, verificou-se que para
confeccionar 92.766 unidades de osso nó natural teve-se um custo total de R$
61.086,00 os quais divididos por 2.782 quilograma teve-se um custo de R$
21,96 por kg. Contendo em cada 1 quilograma 33 unidades.
A margem de contribuição praticada pela empresa é de 27%, logo o
osso natural é comercializado por R$ 27,88 o kg.
Logo percebe-se que a compreensão dos custos no processo produtivo
é fundamental para a saúde financeira da empresa, pois conhecendo os custos
consegue-se comercializá-lo de forma competitiva e lucrativa.
4 DISCUSSÃO FINAL DO CASO
O objetivo desta pesquisa foi investigar qual o efetivo uso das práticas
de gestão de custos adotada pela a empresa LL PET, e a partir desse ponto
identificar se a realidade da mesma está condizente com os procedimentos
recomendados pelo referencial teórico exposto neste trabalho que enfatiza as
práticas de gestão. Ao decorrer da pesquisa de campo percebe-se que a
empresa LLPET, não usa na prática um planejamento teórico de acordo com
os livros e especialistas na área de gestão de custos, por não ter um sistema
com exatidão para identificar com clareza todos os custos. O erro de muitos
empresários é se basear em análises superficiais, ou no preço praticado pelo
mercado. Isso implica na elaboração do preço de venda, comprometendo a
margem de lucratividade da empresa e atrapalha nas negociações dos
fornecedores e clientes, não identificando se está fazendo um bom negócio ou
não. É necessário também na hora de calcular o custo, uma visão voltada para
o valor agregado pelos clientes.
5 PARECER FINAL DO CASO
Com a elaboração da pesquisa foi possível perceber que a empresa está
tendo lucro do referido produto, porém não serve de parâmetro para mostrar
que está obtendo lucros precisos, pois a mesma não possui um sistema de
52
custos adequado para informar com exatidão todos os custos incorridos nas
suas operações. Sabendo que é necessário o gestor ter um conjunto de
informações para a formulação do preço final do produto.
É possível observar que hoje as empresas de pequeno porte, apresenta
grandes dificuldades para implementar sistemas de custeio em suas unidades,
pelo fato do custo desse investimento ser alto e também por não ter um
profissional capacitado dentro da empresa.
De tal forma recomenda-se que a empresa reveja seus custos e a
possibilidade de investir em um sistema de custos para que assim possa
formar seu preço de venda de maneira correta, alcançar o lucro almejado e
manter-se competitiva no mercado.
53
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
No decorrer da pesquisa na empresa LL PET LTDA, foi analisado o
processo de produção, os custos e as despesas referente a confecção do
produto osso nó natural ¾.
Com os resultados da pesquisa, ficou evidente oportunidades
inexploradas por parte da empresa por não possuir um sistema de custeio
eficiente que poderiam contribuir para a continuidade do sucesso, tendo a
redução de custos e despesas e a otimização dos custos.
Sugere-se à empresa mensurar seus custos pelo método de custeio por
absorção, separando custos das despesas, apurando o custo unitário com
exatidão, para que a empresa negocie com mais autonomia o preço de seus
produtos, de forma que seja bom para ambas as partes, empresa e clientes, e
garantindo uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes.
Sugere-se também o investimento em divulgação da marca a fim de que
a empresa possa ser reconhecida no mercado.
54
CONCLUSÃO
A contabilidade de custos deve ser vista como um instrumento de
informações para o processo gerencial, pois de forma detalhada permite
calcular e separar custos e despesas auxiliando na formação de um preço de
venda competitivo. E ao produzir essas informações, consegue nortear de
forma precisa a tomada de decisão.
A gestão de custos é um dos pontos principais para a definição do
sucesso ou não de uma entidade. Por meio dela é que o gestor terá resultados
concretos relacionados ao desempenho financeiro da organização.
A empresa LL Pet Ltda, está no mercado há seis anos e preza pela
qualidade de seus produtos, tão quanto a satisfação de seus clientes.
Apresentando de forma simplória seu método de apuração de custos e
formação do preço de vendas, como diversas empresas de pequeno porte
estão habituadas a fazer.
Após a análise do resultado obtido por essa pesquisa exploratória,
constatou que a formação do preço através do cálculo da margem de
contribuição, ela consegue alcançar um lucro considerável sobre o preço do
produto.
Apesar disso é necessário que o gestor use o método de custeio
adequado para cada ramo de atuação, onde foi sugerido a mesma o método de
custeio por absorção por ser mais completo.
Portanto, a implantação de um sistema de custos e as informações
geradas por ele, irá contribuir e muito para que a empresa possa perpetuar sua
permanência no mercado e planejar estrategicamente suas ações.
55
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59
APÊNDICES
60
APÊNDICE A – Roteiro de Estudo de Caso
1 INTRODUÇÃO
Será realizado um levantamento de dados da gestão de custos no
processo de produção do produto pet – osso nó natural com o objetivo de
verificar a sua importância para a precificação do produto.
1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado
As informações serão coletadas através de entrevista para o gestor de
custos de produção da Empresa em visita ao local da empresa.
1.2 Discussão
Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática,
através de referencial teórico estudado.
1.3 Parecer Final
Parecer final sobre o caso e sugestões sobre melhorias.
61
APÊNDICE B – Roteiro de Observação Sistemática
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade:
Atividade:
II ASPECTO A SEREM OBSERVADOS
1 Gestão de custos.
2 Custos diretos e indiretos.
3 Métodos de custeamento.
4 O processo de produção do produto pet – osso nó natural.
5 O preço do produto pet – osso nó natural.
6 A importância da gestão de custos no processo produtivo do produto pet
– osso nó natural.
62
APÊNDICE C – Roteiro do Histórico da Empresa
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade:
Atividade:
Data da Fundação:
II ASPECTOS HISTÓRICO DA EMPRESA
1 Surgimento
Inaugurada em 2011, na cidade de Promissão - SP, a LLPET é uma fábrica de
produtos de origem animal (raspa de couro 100% natural), que vem
conquistando o mercado de ossinhos para cães.
2 Missão
Produzir produtos de altíssima qualidade.
2.1 Visão
Ser uma empresa competitiva que atue de forma abrangente no
segmento de entretenimento Pet, através de um portfólio de produtos com
qualidade, bem representado por uma marca forte, com características e
propostas únicas.
2.2 Valores
a) Cães em 1º lugar;
b) Estreito Relacionamento de nossa marca com o Consumidor;
c) Liderança de Mercado e de Atitude;
d) Qualidade Superior;
e) Performance;
f) Comprometimento;
g) Respeito;
h) Ética;
i) Transparência.
63
3 Produtos
PALITINHO Natural, Produto Prensado, Produto Prensado Bacon,
Produto Coxinha, COXINHA Bacon, Produto Cenoura, Produto Banana,
Produto Pastel, Produto Asinha, Produto Batata Chips, Produto Strips, Produto
Donut, Produto Retriver, Produto Retriver Bacon, Produto Osso nó, Produto
Osso nó Bacon E Produto Curl.
4 Concorrentes
My Pet Brasil; Petitos; Reforsso; Brupet; Churraspet; Cadet Gourmet
Ltda e Doggoods.
5 Clientes
Guerra & Adati Pet Shop LTDA – ME; PethyGroup Participação,
Comércio e Distribuição de produtos para Pet; Pet Work Banho e Tosa e
Cobasi.
6 Fornecedores
Boi Santo; Fuga Couros e Curtume Guararapes.
7 Organograma
64
8 Responsabilidade Social
A LLPET tem um programa social com uma ONG na cidade de Lins, a
responsável é a senhora Sonia Lopes, onde os cachorrinhos da Novo Refúgio
Pet de Lins beneficiam-se dos produtos da LLPET que seriam descartados por
não estar conforme as normas do DIPOA (Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal). Esses produtos doados foram descartados
apenas por entrar em contato com o chão da fábrica ou ter alguma
deformidade de tamanho, sendo assim, não pode ser comercializado, além de
ser um meio de descarte muito valorizado pela comunidade e claro para os
cachorrinhos.
9 Ambiental
Na LLPET não é utilizado maquinário para a sua produção e sim é
valorizada a mão de obra qualificada e com anos de experiência. Sendo assim
economiza-se muita energia.
Em relação à iluminação, a LLPET usa um sistema de iluminação
inteligente, que ajuda parcialmente na iluminação e também tem economia. Em
algumas paredes como na sala do almoxarifado tem uma abertura para entrar
luz solar e ar natural, mas é vedada por tela.
E por último, as pias são equipadas com álcool gel na entrada para
higienização das mãos, do qual ajuda a diminuir o consumo de água e logo de
produtos químicos como o sabonete líquido.
10 Propagandas e Promoções
Em relação a propaganda e publicidade a empresa LLPET utiliza seu
site com as diversas informações sobre o mix de produtos,bem detalhado
expressando o tamanho, sabor, embalagem com identificação por nome e com
fotos bem coloridas, pela qual chama atenção do público. Através também das
redes sociais como o Facebook, a empresa tem uma Fanpage para divulgar
seus produtos bem como sua marca. Com diversas publicações com datas
comemorativas envolve os bichinhos de estimação com seus produtos. Diante
65
das informações inseridas, é passada aos visitantes, que são possíveis clientes
confiança, por saber o endereço, contato, descrição dos produtos, qualidade
informada de acordo com o padrão da S.I.F. (Serviço de Inspeção Federal) que
garante a qualidade de acordo com a DIPOA (Departamento de Inspeção de
Produtos de Origem Animal).
66
APÊNDICE D – Roteiro de Entrevista para o Gestor de Custos de
Produção da Empresa
I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Empresa:
Localização:
Cidade:
Atividade:
Data da Fundação:
II PERGUNTAS ESPECÍFICAS
1. Qual o regime tributário que a empresa está enquadrada? ____________________________________________________________________________________________________________________
2. Quem cuida da parte contábil é a própria empresa ou escritório? A
empresa possui DRE e balanço? ____________________________________________________________________________________________________________________
3. O seu sistema de custo permite fazer o que? De forma simples e
resumida?
____________________________________________________________________________________________________________________
4. Qual o produto mais vendido pela empresa? E qual seu preço de venda? ____________________________________________________________________________________________________________________
5. Quais são os custos do processo de fabricação? Quais recursos utiliza?
Água, energia? ____________________________________________________________________________________________________________________
6. Qual o tempo de produção de um osso?
____________________________________________________________________________________________________________________
7. Quanto são os funcionários envolvidos e qual o valor da mão de obra? ____________________________________________________________________________________________________________________
8. Quais os impostos incidentes? Paga-se quanto? ____________________________________________________________________________________________________________________
67
9. O lugar de fabricação é próprio ou alugado? ____________________________________________________________________________________________________________________
10. Qual é a margem de contribuição praticada pela empresa? ____________________________________________________________________________________________________________________