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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (SUPPLY CHAIN MANAGEMENT) Helder Marcos Freitas Administrador UFJF Residente de Gestão Hospitalar HU/UFJF E-mail: [email protected]

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GESTÃO DA CADEIA DE

SUPRIMENTOS

(SUPPLY CHAIN MANAGEMENT)

Helder Marcos FreitasAdministrador – UFJF

Residente de Gestão Hospitalar – HU/UFJF

E-mail: [email protected]

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Introdução

SCM é a integração dos processos de negócios desde o usuário final até os

fornecedores originais (primários) que providenciam produtos, serviços e

informações, que adicionam valor para os clientes e Stakeholders.

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Introdução

Segundo Ballou (2006) “a logística/cadeia de suprimentos é um conjunto de

atividades funcionais (transportes, controle de estoque, etc.) que se repetem

inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas

em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”

“Logística é a parte dos processos da cadeia de suprimentos (SC) que

planeja, implementa e controla o efetivo fluxo e estocagem de bens,

serviços e informações correlatas desde o ponto de origem até o ponto de

consumo, com o objetivo de atender as necessidades dos clientes.” (Council

of Logistics Management, 2012).

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Logística Hospitalar

Característica da Logística no setor de Saúde: O setor hospitalar é um “ambientes em

que as variabilidades de demanda e tempo de atendimento são frequentes, a

Logística exerce uma função de relevância na agregação de valor para a organização

e seus clientes, vez que a falta de um item de estoque pode ocasionar problemas na

qualidade do serviço prestado ao paciente, assim como a aquisição de urgência,

acarretará custos não previstos para o hospital.

A logística hospitalar deve assegurar de que todos os recursos necessários

para o tratamento dos pacientes estejam disponíveis no lugar certo e na

hora certa. Assim, é necessário “que haja um eficiente esquema de

planejamento das atividades de compras, armazenagem, gerenciamento

de materiais em estoque, bem como na distribuição desses materiais destinados ao

uso em atividades hospitalares. Por consequência, um bom sistema de

gerenciamento dessas atividades deve procurar minimizar os elevados custos com

a manutenção desses estoques”. (MEDEIROS, Saulo Emmanuel Rocha et al,

2009)

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Planejamento de Produção no Hospital

O controle de produção de um hospital possui as seguintes características:

• apresenta uma demanda que é, geralmente, maior que oferta,

• apresenta restrições sobre a oferta definida pelas organizações e

• apresenta altas expectativas dos pacientes sobre a qualidade do serviço prestado.

Os objetivos para o controle de produção em hospitais são, portanto, maximizar a utilização

de recursos, usando padrões aceitáveis de qualidade do serviço. Para maximizar a

utilização de recursos, o hospital direciona seu controle de produção sobre os

recursos mais caros, isto é, sobre os recursos escassos compartilhados. Para controlar o

nível de qualidade do serviço, o hospital direciona seu controle de produção no sentido de

eliminar ou reduzir listas de espera para melhorar a eficiência do uso dos recursos.

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Planejamento de Produção no Hospital

Melhorias no sistema hospitalar podem ser obtidas através da eliminação de admissões

desnecessárias, da monitoração da alta de pacientes, da combinação de ambos os

processos e da modificação na alocação de recursos.

Além disso, uma das tendências mais fortes no setor de saúde é se dedicar somente aos

pacientes que necessitam de cuidados intensivos, isto é, que correm risco de morte,

evitando as internações desnecessárias.

Homecare: A Assistência Domiciliar é um termo genérico para um conjunto de

procedimentos hospitalares que podem ser realizados no domicílio do paciente. O sistema

Homecare aplica-se a todas as etapas do cuidado médico, na prevenção, no diagnóstico e

no tratamento de doenças, bem como nos procedimentos de reabilitação.

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Planejamento de Produção no Hospital

A política de Homecare almeja e consegue atingir os seguintes objetivos: reduzir o risco de

infecção hospitalar, evitar a perda do vínculo familiar, propiciar melhoria na qualidade de

vida do paciente, reduzir o número de readmissões hospitalares, favorecer a dinamização

do leito hospitalar e reduzir os custos hospitalares. (ITA, Mischel Carmen Neyra Belderrain,

and João Murta Alves ITA, 2009)

Hospital-dia (HD) é o regime de assistência intermediário entre a internação e o

atendimento ambulatorial. Para a realização de procedimentos clínicos, cirúrgicos,

diagnósticos e terapêuticos, o Hospital-dia é indicado quando a permanência do paciente

na unidade é requerida por um período máximo de 12 horas (Portaria nº 44/GM/2001).

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Planejamento de Produção no Hospital

Hospital Porta aberta: São hospitais que mantêm prontos-socorros e ambulatórios onde

a população é atendida imediatamente de acordo com a capacidade.

Hospital Porta fechada: São hospitais que mantêm prontos-socorros e ambulatórios

onde só são atendidos pacientes quando encaminhados por outros serviços

previamente autorizados.

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Planejamento de Produção no Hospital – Setores de Serviços

Ver Contratualização pag. 29

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Gestão de Estoque

Estoques referem-se à acumulação de recursos materiais em um sistema de

transformação(Slack, Chambers e Johnston , 2001). São bens físicos conservados de

forma improdutiva por determinado intervalo de tempo, tanto de produtos acabados,

como de matérias-primas ou produtos intermediários.

Tipos de Estoque

a) Estoques de Proteção: visa compensar as incertezas de fornecimento e demanda;

b) Estoque de Antecipação: utilizado comumente quando as flutuações de demanda

são significativas, mas relativamente previsíveis ou também quando as variações de

fornecimento são significantes.

c) Estoques de Distribuição: em casos que não se podem transportar

constantemente os materiais entre o ponto de fornecimento e o ponto de demanda, forma-

se um estoque em trânsito ou estoque de canal de distribuição.

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Gestão de Estoque

Por que existe Estoque?

O estoque existe porque há uma diferença de ritmo ou de taxa entre o fornecimento e a demanda na produção, ou seja, se o fornecimento de qualquer item ocorresse exatamente no momento em que fosse demandado, o item nunca necessitaria ser estocado.

A gestão do Estoque deve considerar dois aspectos: Dimensionamento e o Controle de estoques.

1) Dimensionamento dos estoques: trata das questões relativas à quantidade de estoque que deve ser mantida e à maneira como isso deve ser feito, levando-se em conta os custos envolvidos na manutenção deste estoque e questões referentes à previsão de consumo.

1.1) Custos de Estoque: A estocagem de um item envolve diferentes custos, como de colocação de pedido, de aquisição da mercadoria e de manter os estoques (Gonçalves & Schwember, 1979; Ching, 2007). No caso específico de um hospital, chama atenção a relevância do custo da falta, principalmente no que se refere a medicamentos. No entanto, muitos destes itens possuem alto custo de aquisição e estocá-los significa deixar quantias elevadas de capital imobilizadas (Beier, 1995; Mustaffa & Potter, 2009).

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Gestão de Estoque

Os custos podem ser classificados como:

•Custo de Pedido: custos incorridos nos atos de compra ou abastecimento, incluindo de preparação da produção, emissão e execução de ordens de compra e transporte. Não inclui valores de itens comprados. Ex. Custo da licitação.

•Custo de Armazenagem: referentes à manutenção dos itens em estoque ao longo do tempo e ao capital imobilizado em estoque. Ex. Custo de se manter galpão, almoxarifado.

•Custo de Falta: referem-se aos custos gerados pela falta de itens no instante que são demandados, incluindo custos cessantes ou adiados, custos de produção urgente, entre outros. Ex. Adiar cirurgia. Fechar leito.

•Custo dos Itens Comprados: valor agregado dos materiais comprados ou abastecidos.

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Gestão de Estoque

1.2) Previsão de Consumo:

Em hospitais, alguns fatores dificultam a previsão da utilização dos produtos como, por exemplo, a imprevisibilidade do mix de pacientes e da duração de sua estada no hospital (Van Merode, Groothuis & Hasman, 2004), a dificuldade de diagnóstico e de previsão dos produtos requeridos (Burn, 2001), a falta de dados acurados sobre o consumo dos remédios, a falta de padronização da nomenclatura dos produtos e as preferências dos médicos por certos medicamentos (McKone-Sweet, Hamilton & Willis, 2005). Essa incerteza em relação ao consumo dos produtos dificulta o processo de compras, a racionalização dos recursos e o planejamento do nível de serviço (Dias, 1999; Waller, Johnson & Davis, 1999).

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Gestão de Estoque

1.3) Sazonalidade:

A demanda nos hospitais obedece a certos padrões sazonais e que a observação e o estudo desses padrões podem auxiliar no planejamento dos hospitais, já que alguns tipos de materiais são demandados em maior quantidade em determinadas épocas do ano. O custo total de compra pode aumentar durante a época de pico de demanda por causa de eventuais dificuldades do fabricante em produzir toda a quantidade demandada, ou pela necessidade de lead times mais curtos. Além disso, a sazonalidade pode agravar o problema das perdas por perecibilidade (Gupta, 2003).

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Gestão de Estoque

1.4) Segmentação de Itens em Estoque:

A segmentação dos itens em estoque de um hospital é necessária pelas características distintas dos itens, como prazo de validade, custo da falta, quantidade de fornecedores, demanda ou consumo sazonal, custos unitários de aquisição e gastos com ressuprimento (Wanke, 2004).

Classificação ABC:

A análise ABC é uma das formas mais usuais de examinar estoques. Essa análise consiste na verificação, em certo espaço de tempo (normalmente 6 meses ou 1 ano), do consumo, em valor monetário ou quantidade, dos itens de estoque, para que eles possam ser classificados em ordem decrescente de importância. Aos itens mais importantes de todos, segundo a ótica do valor ou da quantidade, dá-se a denominação itens classe A, aos intermediários, itens classe B, e aos menos importantes, itens classe C (MARTINS; CAMPOS, 2009, p. 211).

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Gestão de Estoque

Classificação XYZ: Usa o conceito de criticidade dos itens do estoque, os itens podem ser agrupados em três categorias:

1.Material Z em Criticidade, que são aqueles materiais cuja falta causará uma interrupção no processo produtivo da empresa.

2. Materiais Y em Criticidade, do qual fazem parte dessa categoria aqueles itens cuja falta não irá provocar efeitos em curto prazo, sendo que são importantes, mas sua falta não irá impedir um procedimento;

3.Materiais X em Criticidade, onde entram todos os demais itens do estoque, que não entram nem na classe Z nem na classe Y.

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Gestão de Estoque

1.5) Modelos de Dimensionamento de Pedidos

Lote Econômico de Compras(LEC).

No LEC, é possível chegar a uma quantidade ótima de produtos por ressuprimento através da minimização dos custos totais, levando-se em conta a demanda pelo item e os custos de colocação do pedido, de aquisição do item e de oportunidade de manter esse dinheiro empatado em estoques. Porém, para que esse modelo funcione bem, é preciso haver certa previsibilidade da demanda, o que nem sempre ocorre nos hospitais. Assim, alguns hospitais optam por não utilizar este modelo ou o utilizam de forma incorreta.

Q = Quantidade a pedir

D = Demanda

CP = Custo do pedido

Ce = Custo da Estocagem

Problema na sua utilização:

Dificuldade de obtenção do

custo do pedido e do Custo da

Estocagem .

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Gestão de Estoque

Nível de Reposição: O modelo de NR, por sua vez, requer que um nível máximo de estoques seja estabelecido para cada item estocado. Nesse caso, os pedidos costumam ser feitos em períodos pré-estabelecidos e a cada vez que isso é feito, a quantidade pedida deve ser a diferença entre o nível máximo de estoques pré-estabelecido e a quantidade do item em estoque no momento da revisão.

Estoque de Segurança - É utilizado como proteção contra incertezas e possibilidades de rupturas. O custo da falta e a incerteza em relação à demanda são cruciais para a determinação do estoque de segurança a ser mantido, mesmo que essa quantidade não seja obtida através de um cálculo formal. Em um setor tão imprevisível quanto o dos hospitais, e com custos de falta tão elevados, os estoques de segurança muitas vezes são mantidos em níveis superiores aos recomendados. Muitos departamentos armazenam estoques para situações de emergência em localizações especiais, separados do resto, gerando excesso de estoques e perdas com expiração da validade de produtos.

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Gestão de Estoque

2) Controle de Estoque: O controle de estoques está relacionado às decisões de como e quando rever as quantidades estocadas.

2.1) Momento de Colocação do Pedido:

O modelo do Ponto de Pedido (PP) é especialmente útil para casos em que há pouca incerteza em relação à demanda e o tempo de resposta não varie.

Desta forma, pode-se saber com exatidão o momento em que se deve pedir o reabastecimento.

O PP seria simplesmente o momento de pedir convertido em unidades em estoque, através da taxa de consumo média durante o tempo de resposta médio. Assim, ele pode ser utilizado de forma mais confiável em hospitais que possuam boa estrutura de controle de estoques, com sistemas computadorizados, que não exijam que a revisão seja feita manualmente.

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Gestão de Estoque

PP = C * TR + Emn

PP = Ponto de PedidoC = Média de Consumo das Mercadorias por diaTR = Tempo de Reposição por diaEmn = Estoque mínimo.

Calcular o ponto de pedido de um

item considerando:

Consumo Médio Diário = 3

Tempo de Reposição = 10

Estoque Mínimo = 30

PP = 3*10 + 30

PP= 60

Análise – Quando o Estoque chegar

a 60 unidades, deve- emitir outro

pedido de compra.

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Gestão de Estoque

Outro modelo bastante utilizado é Intervalo de Revisão (IR), em que a revisão dos estoques é feita de forma periódica, em intervalos predeterminados. Este método pode ser especialmente útil em hospitais que não possuam grandes investimentos em tecnologia de informação, já que o controle em intervalos predeterminados é mais simples que o contínuo e pode ser feito manualmente por algum funcionário. O funcionário, baseado nos seus conhecimentos e experiência, decidirá o quanto pedir.

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Gestão de Estoque

2.2) Controle de Estoques de Itens Perecíveis:

Um item é dito perecível se possui vida útil fixa (data de validade), de maneira que não poderá ser usado depois deste tempo. Uma política de controle de estoque para esse tipo de produto deve assegurar que nenhum item pereça. Algumas formas de gerenciar estoques de produtos perecíveis são:

•Utilizar sempre a unidade que está há mais tempo em estoque, metodologia conhecida como FIFO (First in first out)

•FIRST EXPIRE, FIRST OUT: Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai

Danas, Roudsari e Ketikidis (2002) sugerem que seja criada uma “farmácia virtual” entre os hospitais que não concorram entre si. Além de diminuir a quantidade de itens estocados em cada hospital, poderia haver também intercâmbio de medicamentos com prazo de validade próximo à data crítica. Para isso, os funcionários do hospital devem checar se há excesso de estoque prestes a expirar de um determinado produto em outros hospitais da rede antes de pedir esse produto a um fornecedor.

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Indicadores

Pontualidade – mede a capacidade da organização, ou de um de seus segmentos, de honrar os compromissos com seus clientes em termos dos prazos prometidos para a realização de alguma atividade. No caso hospitalar, é a capacidade de qualquer área de estocagem de atender os clientes internos nos prazos combinados. (BARBIERI, 2006)

Cálculo: Pontualidade =

(Entregas dentro dos prazos combinados x Total de entregas) x 100

Tempo Médio de Atendimento – Corresponde à média dos tempos de atendimento.

− Cálculo: Tempo Médio de Atendimento =

∑tempos de Atendimento/ Número de atendimentos.

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Indicadores

Acurácia de Estoque – Porcentagem dos itens em estoque com o quantitativo físico de acordo com o sistema de controle. Este talvez seja um dos maiores desafios, sendo a meta a ser alcançada 100%. Para isso o treinamento e o comprometimento dos envolvidos no processo é fundamental.

Cálculo: Acurácia de Estoque =

(Número de itens conformes/Número de itens contados) x 100

Cobertura de Estoque: Este indicador é utilizado para medir o tempo que o estoque, em determinado período, consegue cobrir as demandas futuras, sem haver a necessidade de suprimento, ou seja, o tempo que o produto leva para sair do estoque.

A fórmula utilizada é: Quantidade de Item em Estoque / Demanda total mensal

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ANDRADE, Rafael Quintao. Gestão de estoques: uma revisão teórica dos conceitos e características.

< http://www.abepro.org.br/biblioteca/enegep2011_TN_STP_135_857_19270.pdf>. 2011. Acessado

em: 18 de Junho de 2016.

RIOS, Fernanda Polonia Rios; FIGUEIREDO, Kleber Fossati; ARAÚJO, Claudia Affonso Silva.

Práticas de Gestão de Estoques em Hospitais: Um Estudo de Casos em Unidades do Rio de Janeiro e

de São Paulo. http://www.anpad.org.br/admin/pdf/2012_GOL1309.pdf 2012. Acessado em: 18 de

junho de 2016.

BALLOU, Ronald H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: logística empresarial.

5ªed. Porto Alegre: Bookman, 2006.

MEDEIROS, Saulo Emmanuel Rocha et al. Logística hospitalar: um estudo sobre as atividades do

setor de almoxarifado em hospital púbico. Revista de Administração da UFSM, v. 2, n. 1, p. 59-79,

2009.

ITA, Mischel Carmen Neyra Belderrain, and João Murta Alves ITA. "Um modelo estruturado de

planejamento e controle de produção em um sistema hospitalar.“

MARTINS, P. G.; CAMPOS, P. R. Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo:

Saraiva, 2009.

Bibliografia