gerenciando os processos produtivos...

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UNISALESIANO Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium Curso de Administração Débora Cristina Pavanelli Mazo Elivélton Rubens de Souza Piona Fernando Henrique Florindo Jaqueline Possani Ulian GERENCIANDO OS PROCESSOS PRODUTIVOS AGRÍCOLAS PARA MITIGAR OS IMPACTOS AMBIENTAIS: um estudo de caso na lavoura de tomate Carlos Alberto Florindo e Outro Sabino - SP LINS SP 2014

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UNISALESIANO

Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

Curso de Administração

Débora Cristina Pavanelli Mazo

Elivélton Rubens de Souza Piona

Fernando Henrique Florindo

Jaqueline Possani Ulian

GERENCIANDO OS PROCESSOS PRODUTIVOS

AGRÍCOLAS PARA MITIGAR OS IMPACTOS

AMBIENTAIS: um estudo de caso na lavoura de

tomate

Carlos Alberto Florindo e Outro

Sabino - SP

LINS – SP

2014

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DÉBORA CRISTINA PAVANELLI MAZO

ELIVELTON RUBENS DE SOUZA PIONA

FERNANDO HENRIQUE FLORINDO

JAQUELINE POSSANI ULIAN

GERENCIANDO OS PROCESSOS PRODUTIVOS AGRÍCOLAS PARA MITIGAR

OS IMPACTOS AMBIENTAIS: um estudo de caso na lavoura de tomate.

Trabalho de conclusão de curso apresentado à Banca Examinadora do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso de Administração sob a orientação do Prof. Me. Francisco César Vendrame e orientação técnica da Profª Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva.

LINS – SP

2014

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Mazo, Débora Cristina Pavanelli; Piona, Elivélton Rubens de Souza; Florindo, Fernando Henrique; Ulian, Jaqueline Possani Gerenciando os processos produtivos agrícolas para mitigar os impactos ambientais: um estudo de caso na lavoura de tomate: Carlos Alberto Florindo e Outro / Débora Cristina Pavanelli Mazo; Elivélton Rubens de Souza Piona; Fernando Henrique Florindo; Jaqueline Possani Ulian. – – Lins, 2014.

76p. il. 31cm.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Administração, 2014.

Orientadores: Prof. Me. Francisco César Vendrame; Prof. Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva

1. Avanços Tecnológicos. 2. Gerenciamento dos insumos agrícolas. 3. Mitigação dos Impactos Ambientais. I Título

CDU 658

M428g

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DÉBORA CRISTINA PAVANELLI MAZO

ELIVÉLTON RUBENS DE SOUZA PIONA

FERNANDO HENRIQUE FLORINDO

JAQUELINE POSSANI ULIAN

GERENCIANDO OS PROCESSOS PRODUTIVOS AGRÍCOLAS PARA MITIGAR

OS IMPACTOS AMBIENTAIS: Um estudo de caso na lavoura de tomate.

Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, para

obtenção do título de Bacharel em administração.

Aprovada em: ____/____/____

Banca Examinadora:

Orientador: Prof. Me. Francisco César Vendrame

Titulação: Mestre em Administração

Assinatura: _______________________________

1° Prof. Ma. Maris de Cassia Ribeiro Vendrame

Titulação: Mestre em Administração

Assinatura: _______________________________

2° Prof. Dr. Hemerson Fernandes Calgaro

Titulação: Doutor em Produção Vegetal

Assinatura: _______________________________

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Quero agradecer a cada pessoa que esteve comigo nesta caminhada.

A Deus

Primeiramente a Deus, por toda força que tem me dado em cada

segundo de minha vida, por me conduzir em toda minha caminhada,

agradeço por ter me capacitado para a conclusão deste trabalho, sem ele não

estaria aqui.

A Família

A minha mãe Lucia, que sem ela nada seria possível, uma mulher

guerreira, determinada e o grande amor da minha vida, a ela dedico este

trabalho e muitas vitorias que virão, essa vitória é bem mais sua do que

minha.

Agradeço a meu padrasto Dirceu, e meu irmão José Pedro.

Aos Professores

Ao nosso orientador Professor Me. Francisco César Vendrame, pela

disposição, tempo, energia e paciência despendida a nós nesse período.

A Professora Ma. Heloisa Helena Rovery da Silva, pelas sugestões e

pelo apoio que contribuiu para o desenvolvimento do nosso trabalho.

A todos os professores do curso, que foram tão importantes na minha

vida acadêmica e no desenvolvimento desta monografia.

A Empresa

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro pela confiança em nos

abrir as portas para a elaboração deste trabalho, que confiou em nossa

capacidade de realização, nos fornecendo informações para a conclusão do

nosso sonho.

Aos Amigos

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Jaqueline, Elivelton e Fernando que durante toda a nossa vida

estivemos juntos desde pequenos, somos uma verdadeira família, temos nossos

momentos de crises, mas também os momentos felizes, peço a Deus que

possamos continuar a fazer parte da vida um do outro. Em especial quero

agradecer a Jaqueline, para mim, mais que amiga, uma irmã Deus na sua

infinita sabedoria cruzou nossos caminhos, possibilitando uma amizade

verdadeira e honesta. Sou muita grata em te-lá presente em minha vida.

Amo vocês.

Débora Cristina Pavanelli Mazo

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Quero aproveitar a oportunidade para agradecer a todos que estiveram ao

meu lado todo esse tempo, sendo eles:

Deus

Meus sinceros e profundos agradecimentos ao nosso pai maior, pois sem

ele não sou nada, juntamente com Nossa Senhora, a caminhada é longa e

difícil, porém sou mais forte a cada dia seguindo na fé e confiando nos sinais

que me destes do caminho do bem.

Família

A meus pais Terezinha e Rubens que são peças chaves em minha vida,

pessoas a quem devo tudo que sou e se consegui mais essa conquista é graças

a vocês, agradeço também a minhas irmãs Elizete e Lígia, a meu sobrinho

Ryan Miguel e a minha querida tia Vera Lúcia. Sem vocês tudo seria em

vão, obrigado pelos conselhos e companheirismo. Amo vocês!

Amigos

Aos amigos, onde mesmo que longe sempre me incentivaram a

continuar firme no meu objetivo, principalmente ao Fernando, Débora e

Jaqueline, onde construímos uma história de amizade que supera todos os

obstáculos e desafios, não são apenas 4 anos de convivência, mas sim uma

vida.

Aos professores

Obrigado a todo o corpo docente que dedicou grande parte de seu

tempo aos nossos ensinamentos, sempre prestativos e comprometidos com a

ética. Porém, um agradecimento especial aos professores Francisco

Vendrame, Máris Vendrame e Heloisa Helena por terem tido paciência e

disponibilidade conosco desde o início até a conclusão de nosso TCC.

A Empresa

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Agradeço a empresa Carlos Alberto Florindo e Outro por abrirem suas

portas para que pudéssemos conhecer mais sobre a organização e seus

processos.

A Instituição

Meus agradecimentos ao Unisalesiano, uma instituição respeitada e

muito séria, comprometida com o ensino de seus discentes, oferecendo-nos um

ensino de qualidade e único.

Elivélton Rubens de Souza Piona

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A Deus

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde, sabedoria,

paciência e por ter colocado pessoas tão especiais no meu caminho, que de

uma forma ou outra ajudaram na realização desse trabalho.

A Família

Agradeço a minha família, principalmente meu Pai e minha Mãe, por

todo o amor e o carinho que me dão, e pela força que me passaram para

realização dos meus estudos.

Aos Amigos

Agradeço a todos os meus amigos, principalmente ao Elivelton, Débora

e Jaqueline por todos os momentos vividos, ao longo do curso e na realização

desse trabalho.

Aos Professores

Agradeço a todos professores pelos ensinamentos que cada um me

proporcionou, que vou levar até o fim de minha vida.

Agradeço principalmente aos professores Francisco, Heloisa e a Maris

por nos orientar a cada etapa do nosso trabalho e por estar disponíveis

quando mais precisamos, nos atendendo com muita atenção e sabedoria.

A Empresa

Agradeço a empresa Carlos Alberto e Outro, por ter

aceitadoparticipardo nosso trabalho, e por toda a atenção prestada.

A Instituição

Agradeço ao Unisalesiano pela estrutura de ensino oferecida, que com

todo conforto e segurança, ajudou a realizar meus estudos.

Fernando Henrique Florindo

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A Deus

Obrigado por tudo, obrigado por existir em minha vida, por guiar

meus passos e caminhar sempre ao meu lado.

Aos Pais Sonia e Gilberto

Agradeço por me darem a vida, por apostarem em mim. Obrigada pela

formação que puderam me proporcionar, e por fazerem de mim o que sou

hoje. Espelho-me em vocês, pessoas dignas e trabalhadoras, pois o plantar de

ontem, é o colher do amanhã. Obrigado!

Ao Grupo

Agradeço pela paciência, pelo empenho, e pela dedicação para

conclusão de mais uma etapa de nossas vidas. Obrigada por fazerem parte

da minha história, amigos nos risos, nos choros e nas dores, onde com o

passar do tempo a nossa amizade se tornou cada vez mais forte e sincera.

Agradeço a minha amiga Débora, que junto a mim, obteve uma atenção

maior ao nosso projeto, e dedico-lhe à seguinte frase: “O mundo nos fez

amigas, mais Deus nos tornou irmãs”. Obrigada mais uma vez, obrigada

grupo.

Aos Professores

Aos professores que colaboraram para realização desse trabalho.

Muito obrigada a todos.

Jaqueline Possani Ulian

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RESUMO

O agronegócio em sua definição, nada mais é que o avanço tecnológico ou a sofisticação nos processos agrícolas, onde antes o agricultor produzia para sua subsistência, hoje chega a um âmbito mais global.Atualmente, o comércio encontra-se cada vez mais rigoroso e seus consumidores cada vez mais consumistas, tendo em vista que os alimentos ingeridos nem sempre são de boa qualidade, e os impactos causados nem sempre são mitigados, ingeridos estes pelos seres sem nem se quer saber sua procedência.Com o gerenciamento dos processos produtivos vários tipos de impactos, ambientais também, poderão ser mitigados, como a lavagem, armazenamento e a devolução das embalagens dos agrotóxicos ao seu fornecedor que toma as medidas corretas com a mesma, evitando o descarte das embalagens diretamente no solo, ou até no ar com a queimada. Já com as embalagens dos fertilizantes é necessário ser feita a reciclagem, no solo é preciso ser feito terraços curvas de nível para que a chuva não possa levar quaisquer resíduos tóxicos para rios, ou ate mesmo para não causar erosões no solo.Com o objetivo de verificar a importância do gerenciamento dos insumos agrícolas para mitigar os impactos ambientais, foi realizada uma pesquisa de campo descritiva com abordagem qualitativa na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, no período de fevereiro a outubro de 2014.As ferramentas gerenciais que podem auxiliar na mitigação dos impactos causados ao meio ambiente em uma lavoura de tomate.

Palavras-chave: Avanços tecnológicos. Gerenciamento dos insumos agrícolas. Mitigação dos impactos ambientais.

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ABSTRACT

Agribusiness in its definition, is nothing more than technological advances or sophistication in agricultural processes, where before the farmer was producing for their livelihood and today the thought comes to a more global scope. Currently, the trade itself is increasingly strict and its consumers increasingly consumerist, considering that the foods ingested are not always of good quality, and the impacts are not always mitigated, ingested these beings without even knowing their origin. With the management of agricultural inputs various types of environmental impacts, too, can be mitigated, as washing, storage and return of packaging of agrochemicals to your supplier who takes proper measures with the same, avoiding the disposal of packaging directly on the ground or up in the air with the burning. Already with the packaging of fertilizers is necessary be made recycling, soil needs to be done contour terraces so that rain cannot take any toxic waste into rivers, or even not to cause erosions in the soil. In order to verify the importance of the management of farm inputs to mitigate environmental impacts was conducted a descriptive field research with qualitative approach in the company Carlos Alberto Florindo and Another, in the period from February to October 2014. Will be presented just a sketch, managerial tools that can assist in the mitigation of environmental impacts in a tomato crop. Keywords: Technological breakthroughs, Management of agricultural inputs.Mitigation of environmental impacts.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Imagem aérea da empresa Carlos Alberto Florindo e Outro............. 19

Figura 2: Tomateiras carregadas1................................................................ 22

Figura 3: Punverizando a Pantação................................................................. 22

Figura 4: Tomateiras carregadas 2................................................................... 23

Figura 5: Organograma da Empresa.............................................................. 23

Figura 6: Tratores para o preparo do solo........................................................ 25

Figura 7: Trator e Plaina Agrícola.................................................................. 25

Figura 8: Trator e grade niveladoura no preparo de solo................................. 25

Figura 9: Trator e carreta de carga.................................................................. 26

Figura 10: Caminhão e carretas de carga.......................................................... 26

Figura 11: Trator e tanque pulverizador............................................................. 26

Figura 12: Ônibus de Transporte..................................................................... 27

Figura 13: Motor e bomba de Irrigação............................................................... 27

Figura 14: Sulcador Adubador......................................................................... 27

Figura 15: Tanque pulverizador......................................................................... 28

Figura 16: Sistema de filtros de irrigação........................................................... 28

Figura 17: Tanque de água agrícola................................................................... 28

Figura 18: Grade Aradora................................................................................ 29

Figura 19: Plaina Niveladora de Arrasto............................................................. 29

Figura 20: Trator e plaina agrícola, fazendo carreadores na lavoura................. 52

Figura 21: Varas debambu............................................................................ 53

Figura 22: Estaqueamento da lavoura............................................................... 55

Figura 23: Viveiro de mudas de tomate............................................................ 56

Figura 24: Embalagens de agrotóxico.............................................................. 58

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO....................................................................................................... 16

CAPÍTULO I - CARLOS ALBERTO FLORINDO E OUTRO................................. 18

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA........................................................................ 18

1.1 Origem..................................................................................................... 18

1.2 Missão...................................................................................................... 20

1.3 Visão..................................................................................................... 20

1.4 Valores.................................................................................................. 20

1.5 Clientes.................................................................................................... 21

1.6 Concorrentes............................................................................................... 21

1.7 Produtos.................................................................................................. 21

1.7.1 O tomate.................................................................................................. 21

1.8 Organograma.......................................................................................... 23

1.9 Responsabilidade social e ambiental........................................................ 24

1.10 Projeto de expansão............................................................................... 24

1.11 Máquinas e Equipamentos...................................................................... 24

1.12 Impactos Ambientais.............................................................................. 29

1.13 Processo Produtivo................................................................................. 30

CAPÍTULO II - GESTÃO AMBIENTAL................................................................ 31

2 O AGRONEGÓCIO.................................................................................. 31

2.1 Cenário do agronegócio.......................................................................... 31

2.2 Evolução do agronegócio......................................................................... 32

2.3 A contribuição do agronegócio para o desenvolvimento do Brasil............. 33

2.4 Gestão ambiental.................................................................................... 35

2.5 Definição................................................................................................ 36

2.6 Meio Ambiente e os impactos ambientais................................................ 38

2.7 A importância da gestão ambiental.......................................................... 38

2.8 Gestões ambientais nas empresas......................................................... 39

2.9 Legislações ambientais........................................................................... 41

2.9.1 Lei da ação civil pública – número 7.347 de 24/07/1985............................ 42

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2.9.2 Lei dos agrotóxicos – número 7.802 de 10/07/1989.................................. 42

2.9.3 Lei da área de proteção ambiental – número 6.902 de 27/04/1981........... 42

2.9.4 Lei das atividades nucleares – número 6.453 de 17/10/1977.................... 42

2.9.5 Leis de crimes ambientais – número 9.605 de 12/02/1998....................... 43

2.9.6 Lei da engenharia genética – número 8.974 de 05/01/1995...................... 43

2.9.7 Lei da exploração mineral – número 7.805 de 18/07/1989........................ 43

2.9.8 Lei da fauna silvestre – número 5.197 de 03/01/1967............................... 44

2.9.9 Lei das florestas – número 4.771 de 15/09/1965...................................... 44

2.9.10 Lei do gerenciamento costeiro – número 7.661 de 16/05/1988................. 44

2.9.11 Lei da criação do IBAMA – número 7.735 de 22/02/1989......................... 44

2.9.12 Lei do parcelamento do solo urbano – número 6.766 de 19/12/1979........ 45

2.9.13 Lei patrimônio cultural – Decreto-lei número 25 de 30/11/1937................. 45

2.9.14 Lei da política agrícola – número 8.171 de 17/01/1991............................. 45

2.9.15 Lei da política nacional do meio ambiente – número 6.938 de

17/01/1981...................................................................................................

45

2.9.16 Lei de recursos hídricos – número 9.433 de 08/01/1997........................... 45

2.9.17 Lei do zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição – número

6.803 de 02/07/1980..................................................................................

46

2.10 Desenvolvimento e a Sustentabilidade do Meio Ambiente......................... 46

CAPÍTULO III - A PESQUISA................................................................................. 48

3 INTRODUÇÃO............................................................................................ 48

3.1 A lavoura de tomate.................................................................................... 49

3.1.1 A escolha da área....................................................................................... 50

3.1.2 Preparação do solo..................................................................................... 52

3.1.3 O plantio..................................................................................................... 52

3.1.4 A estruturação da lavoura.......................................................................... 54

3.1.5 Os cuidados com a lavoura........................................................................ 54

3.1.6 A manutenção da lavoura........................................................................... 55

3.1.7 A colheita do tomate.................................................................................... 57

3.1.8 O desmanche da lavoura............................................................................... 57

3.2 Os cuidados para a mitigação dos impactos ambientais............................ 58

3.3 Os impactos ambientais mais relevantes.................................................... 59

3.4 Parecer final do caso.................................................................................. 60

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO............................................................................ 62

CONCLUSÃO.......................................................................................................... 63

REFERÊNCIAS....................................................................................................... 64

APÊNDICES............................................................................................................ 66

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INTRODUÇÃO

O agronegócio em sua definição, nada mais é que o avanço tecnológico ou a

sofisticação nos processos agrícolas, onde antes o agricultor produzia para sua

subsistência e hoje chega a um âmbito mais global.

Com a globalização houve a necessidade de uma estrutura mais sólida e

abrangente para um comércio alinhado aos desejos contemporâneos. Os primeiros

registros de estudos agroindustriais foram feitos por franceses e norte-americanos

que denominaram o tema agrobusiness. No período pós-guerra a produção de

alimentos cresceu devido à procura dos mesmos, principalmente pelos países

derrotados.

Todos que trabalham ou possuem alguma ligação com o Agronegócio

Brasileiro sabem das dimensões e importância deste setor para a economia nacional

e para o mundo, quando se trata de capacidade de produção de alimentos.

O agronegócio tem sido um dos setores que vem se desenvolvendo a cada

dia, para garantir a permanência e crescimento sustentável buscando agregar valor

aos seus produtos.

A produção agrícola e a crescente geração de resíduos introduzem poluentes

no solo, esses poluentes podem sofrer reações químicas ou, ainda, ser

transportados para outros meios e locais, tornando o solo impróprio para o uso. O

potencial poluidor das atividades agrícolas depende do tipo de cultura, da área

cultivada, da localização geográfica e da vulnerabilidade natural dos aquíferos ao

risco de combinação.

É dever de todos cuidar para que o meio ambiente não sofra catástofres dos

impactos causados, resultados de erros e imaturidade dos agricultores.

Diante do exposto, somando-se a pesquisa exploratória realizada questionou-

se: Até que ponto o gerenciamento dos procedimentos adotados no processo

produtivo da lavoura do tomate contribuem para a mitigação dos impactos

ambientais?

Surgiu, então, a seguinte hipótese: Os procedimentos em uma lavoura

contribuem para minimizar os impactos não só ambientais como de todos envolvidos

neste processo. Por exemplo, os EPIs, a reciclagem das embalagens, irrigação, os

inseticidas, etc. Em vista aos impactos causados ao ambiente, se comparado com

décadas passadas, a positividade está presente, tanto para o lado ambiental quanto

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para o ser humano. Antigamente os trabalhadores não usavam os EPIs como hoje,

não existia uma preocupação para com o meio ambiente,tudo era pensado como

uma forma de ganhar seu sustento, doa a quer doer.

O trabalho está estruturado em três capítulos:

Capítulo I: descreve a origem, a atuação e a estrutura da empresa Carlos

Alberto Florindo e Outro.

Capítulo II: apresenta as características, objetivo, conceitos, fundamentos e

técnicas do Agronegócio.

Capítulo III: relata a pesquisa realizada, focando nas principais ações da

Empresa para a mitigação dos impactos ambientais.

E por fim, vem a apresentação da proposta de intervenção e a conclusão.

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CAPÍTULO I

CARLOS ALBERTO FLORINDO E OUTRO

1 EVOLUÇÃO HISTÓRICA

1.1 Origem

Tudo começou com uma sociedade entre Laerte Florindo e Carlos Ulian no

ano de 1988. Primeiramente, com o cultivo de tomateiras com cerca de dez mil pés,

dispensando a necessidade de mão de obra de terceiros. A área utilizada para o

plantio era arrendada por períodos pré-estabelecidos.

O capital utilizado pela sociedade era concedido através de financiamentos

bancários com amortizações semestrais. Essa sociedade perdurou-se por anos até

que Carlos Alberto Florindo, filho de Laerte Florindo tornou-se sócio, permanecendo

apenas pai e filho.

Com os planos de crescimento, a empresa passou a se chamar Laerte

Florindo e Outro.

Passado este período a empresa adotou uma nova razão social, Carlos

Alberto Florindo e Outro permanecendo até os dias atuais.

Ao longo do tempo, por volta do ano de 1990, com o aumento da produção,

foi necessária a contratação de funcionários fixos.

De 1991 a 1993, foram plantados 20 mil pés de tomates com uma produção

variada entre 300 a 500 caixas por 1.000 pés, assim, a rentabilidade variou fechando

o ano de 1993.

Em 1994, aumentou-se a quantidade de pés plantados, porém, o valor do

produto fora superior aos anos anteriores fazendo com que o lucro aumentasse

consideravelmente. Já em 1995, foram feitos investimentos na questão de aquisição

de implementos agrícolas para que fosse possível expandir mais a área plantada.

Com isso, preservou-se a mesma quantidade de tomateiras plantadas, porém,

cultivando outros tipos de produtos tais como: o pimentão, pepino e berinjela.

Com os riscos diversos que cada ano oferece bem como as adversidades

climáticas, em 1996 foi um ano difícil, pois em plena época da colheita a lavoura foi

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atingida e danificada por uma forte chuva de granizo trazendo grandes perdas

financeiras para os sócios.

Com o prejuízo do ano anterior, em 1997 os mesmos recorreram a

empréstimos bancários para manter os mesmos níveis de produtividade, onde ao

final deste exercício recuperou-se a perda financeira.

De 1998 a 2000, foram anos em que não foram registrados prejuízos, mas

também não foi possível fazer investimento.

Em 2001, com novos planos para alavancagem da produção, os sócios

buscaram novos financiamentos bancários para tentar aumentar a produtividade.

Felizmente a estratégia adotada rendeu bons resultados, possibilitando a

expansão dos negócios nos ano de 2003 a 2004, finalizando este com dinheiro em

caixa.

Após este período em 2005, a ALC Frutas localizada no estado de Rio

Grande do Sul na cidade de Veranópolis, que é o seu maior cliente, propôs à

empresa Carlos Alberto Florindo e Outro uma parceria para que toda sua produção

fosse fornecida exclusivamente para a empresa gaúcha, haja vista que a mesma

necessitava de uma maior quantidade de produtos.

A partir daí, o negócio foi expandindo e melhorando em todos os quesitos tais

como: tecnologia, mão de obra especializada, qualidade dos produtos, consciência

ambiental e preocupação com seus colaboradores.

Portanto, hoje, a empresa encontra-se estabilizada no mercado, cultivando

cerca de 300 mil pés de tomate entre outros produtos como: berinjela, abobrinha,

pepino, vagem e pimentão.

Figura 1: Imagem aérea da empresa Carlos Alberto Florindo e Outro

Fonte: Arquivo da empresa, 2007.

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1.2 Missão

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro tem como prioridade a qualidade

dos produtos. Busca desenvolver produtos para uma agricultura em harmonia com a

natureza, gerando produtividade, qualidade e produtos saudáveis que resultem em

benefícios à agricultura, à sociedade e ao meio-ambiente. Promove o

desenvolvimento social e cultural com espiritualidade ecumênica, para que haja

consciência socioambiental, alimentação, segurança, saúde e trabalho para todos.

1.3 Visão

A opção da empresa Carlos Alberto Florindo e Outro de investir no tomate é o

fortalecimento da demanda que cresce a cada dia e por ser um produto de ótima

aceitação no mercado.

Diante da nova realidade nacional, a empresa busca valorização dos seus

módulos, contribuindo para a redução de danos causados ao meio ambiente e

destaca-se pela preocupação com a ética, a cidadania e a saúde dos consumidores,

a menor dependência de insumos e agrotóxicos implementando a produção com

responsabilidade social.

1.4 Valores

a) integridade: nos relacionamentos, valorizando o trabalho em equipe e

buscando sempre a sinergia com as pessoas, nos relacionamentos

dentro e fora da empresa;

b) humildade: nunca curvar-se perante os desafios e buscar com

determinação as soluções, fazendo da excelência do trabalho não um

fim, mas, um meio;

c) responsabilidade: criar um ambiente de trabalho corporativo onde haja

satisfação e harmonia entre os colaboradores, estimulando o

desenvolvimento pessoal e profissional de todos de forma que a

empresa torne-se ambiente perfeito para a máxima expressão de seu

potencial;

d) sinceridade: conceber o lucro como consequência.

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1.5 Clientes

A Empresa Carlos Alberto Florindo e Outro tem como objetivo satisfazer às

necessidades de seu único cliente o Sr. Adelar Luiz Sensi, vulgo Sapuca, através da

concepção, produção e fornecimento de produtos com um nível de qualidade entre

os melhores do mercado na região, promovendo o bem-estartodos os colaboradores

da empresa. Sapuca é proprietário da empresa ALC Frutas localizado no Estado do

Rio Grande do Sul na cidade de Veranópolis.

1.6 Concorrentes

É o candidato, indivíduo que, com outros, pleiteia o mesmo lugar, cargo,

posto; competidor.

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro tem como seus principais

concorrentes: Ivan Pena; Gilberto Ulian; de maior porte, entre outros de menor porte

como: Deivid Wilian Salazar; Aparecido Ulian; Devanir Ulian & Outro; Alcides

Ribeiro, localizados na cidade de Sabino-Sp.

1.7 Produtos

Produto da terra, resultado de uma transação, de um esforço, produto da

venda, do trabalho. Rendimento, lucro, proveito. A empresa Carlos Alberto Florindo

e Outro tem como seu principal produto o tomate, bem comoo pimentão, o pepino, a

berinjela e a abobrinha. Vejam abaixo o descritivo dos produtos.

1.7.1 O tomate

Embora muitos considerem o tomate como sendo um legume, ele é um fruto.

De formato arredondado e cor vermelha, o tomate é um alimento rico em

licopeno (agente anticancerígeno).

Possui também boa quantidade de vitaminas C, A e complexo B e sais

minerais como, por exemplo, ácido fólico, potássio e cálcio.

É um alimento de baixo teor calórico, e os tipos mais consumidos no Brasil

são: italiano, carmem, cereja, caqui e santa cruz.

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É muito consumido na culinária brasileira e mundial, pois é usado em saladas,

lanches, sucos e no preparo de molhos.

O tomate vermelho possui mais nutrientes do que o verde. A planta que

produz o tomate chama-se tomateiro.

Figura 2: Tomateiras carregadas1

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 3: Pulverizando a Pantação

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

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Figura 4: Tomateiras carregadas 2

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

.

1.8 Organograma

Abaixo segue o Organograma da Empresa.

Figura 5: Organograma da Empresa

Fonte: Carlos A. Florindo, 2014.

Proprietários

Gerente Geral Administração

Preparo do

solo

Plantio Irrigação e

Adubação

Colheita e

Seleção

Transporte e

Carga

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Dentre os cargos citados acima, o responsável superior é o proprietário, bem

como o gerente geral, sendo o Sr. Carlos Alberto Florindo,membro que projeta e

impõe as coordenadas. Se tratando da preparação do solo, plantio, irrigação e

adubação, colheita e seleção, transporte e carga, estes trabalhos são manuseados

pelos subordinados, os chamados chão de fábrica. A empresa compõe-se de

excelentes funcionários, onde o organograma acima mostra seu presente estado de

hierarquia.

1.9 Responsabilidade social e ambiental

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro reconhece a importância de zelar

pela origem da matéria-prima com o uso consciente das águas legalizadas através

do sistema de gotejamento e o manejo seguro de agrotóxicos.

Como o processo de licenciamento das áreas produtivas, prioriza a

permanência e solidificação do seu negócio, através da sobrevivência do meio

ambiente, da qualidade de vida das pessoas e da oferta de produtos saudáveis

durante o ano todo, mantendo o cuidado permanente do solo e das águas nos

períodos de safra e entressafra.

1.10 Projeto de expansão

Na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, o projeto de expansão é bem

crítico e objetivo, tem como base expandir a lavoura a cada ano, alavancar os

números de maquinários e funcionários, obtendo um capital de giro acima do

esperado. Para que este plano se solidifique é necessário que todos os integrantes

neste fluxo trabalhem em conjunto, atingindo a mesma meta,com um trabalho em

equipe extraordinário.

1.11 Máquinas e Equipamentos

Algumas máquinas e equipamentos da empresa Carlos Alberto Florindo e

Outro.

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Figura 6: Tratores para o preparo do solo

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 7: Trator e Plaina Agrícola.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 8: Trator e grade niveladoura no preparo de solo.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

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Figura 9: Trator e carreta de carga.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 10: Caminhão e carretas de carga.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura: 11: Trator e tanque pulverizador.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

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Figura 12: Ônibus de Transporte.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 13: Motor e bomba de Irrigação.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014

Figura 14: Sulcador Adubador

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014

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Figura 15: Tanque pulverizador.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 16: Sistema de filtros de irrigação.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 17: Tanque de água agrícola.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

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Figura 18: Grade Aradora.

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

Figura 19: Plaina Niveladora de Arrasto

Fonte: Elaborado pelos autores, 2014.

1.12 Impactos Ambientais

Cerca de 70% do tomate produzido no Brasil é irrigado por um sistema

constituído por sulcos. Ou seja, os agricultores captam a água de um manancial e a

levam até a lavoura por meio de canais estreitos abertos na terra. O método, embora

assegure uma boa produtividade em muitos casos, pode causar sérios impactos

ambientais, como o desperdício de água e a erosão do solo.

Portanto, bastaria que os produtores lançassem mão de anéis de vedação

para controlar a perda de água na tubulação. Outra medida que ajudaria a combater

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o desperdício seria a utilização de uma mangueira no canal secundário. Por último,

seria recomendável o revestimento dos canais principal e secundário com material

plástico, o que reduziria a erosão do solo. São medidas simples, mas que não são

do conhecimento dos agricultores, explica a engenheira agrícola. (ALVES, 2004)

O uso indiscriminado de agrotóxicos, por exemplo, é flagrante em muitas

propriedades. Jogava-se o produto não para combater, mas para evitar possíveis

pragas. Outro problema subjacente é de ordem social. Os trabalhadores

normalmente atuam sem equipamentos de segurança e boa parte deles não são

registrados em carteira.

Portanto, a cada objetivo traçado a prevenção contra o meio ambiente deverá

andar em conformidade, caso contrário as consequências virão, causando

catástrofes e possíveis devastações.

1.13 Processo Produtivo

Em meados de janeiro, aproveitando as temporadas das chuvas, ocorre o

preparo do solo com maquinários (lavrar, gradear, nivelar e adubar) no território

demarcado para o plantio.

Anos atrás, a empresa preparava as próprias mudas num viveiro devidamente

coberto com sombrite e a compra de sementes era feita em lojas especializadas com

certificação garantida.

Recentemente, adaptando-se aos segmentos e reduzindo custos com mão de

obra, a Carlos Alberto Florindo E Outro adquire as mudas já prontas com cerca de

10 cm em bandejas de isopor com aproximadamente 288 células.

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CAPÍTULO II

GESTÃO AMBIENTAL

2 O AGRONEGÓCIO

2.1 Cenário do agronegócio

Todos que trabalham ou possuem alguma ligação com o Agronegócio

brasileiro sabem das dimensões e importância deste setor para a economia nacional

e para o mundo, quando se trata de capacidade de produção de alimentos.

A agricultura brasileira vem evoluindo a passos largos nos últimos anos. Na

década de 2000, o crescimento da produção de grãos foi de 61% passando de 92

milhões de toneladas na safra 2000/01 para 162 milhões na safra 2010/13. O

crescimento é reflexo do aumento de área cultivada e também dos ganhos em

produtividade, que cresceu 34% no período devido aos altos investimentos em

pesquisas para cultivarem produtos mais eficazes. (PRIMEACTION,2012).

Com todo este desenvolvimento, o setor precisa contar com uma estrutura de

canais de distribuição para colocar os insumos às mãos dos usuários finais que,

neste caso, são os produtores rurais. Neste setor, uma revenda agropecuária é o

intermediário que disponibiliza, aos consumidores rurais, os insumos para a

produção agrícola e pecuária.

Num país de ampla extensão como o Brasil, que conta com 5.560 municípios

nos quais estão distribuídos mais de sete milhões de produtores rurais, fica clara a

pulverização do mercado, demandando das empresas fornecedoras a capitalização

de seus canais de distribuição para que os produtos cheguem às mãos dos usuários

finais. (MENDES, 2008)

Atualmente, para atender esse público, estima-se a existência de cerca de

nove mil pontos de venda que movimentam em torno de R$ 30 bilhões na

comercialização dos insumos agropecuários e produtos, que abastecem as

propriedades brasileiras.

A definição correta de agronegócio é muito mais antiga do que se imagina e incorpora qualquer tipo de empresa rural. Em 1957, dois pesquisadores americanos reconheceram que não seria mais adequado analisar a

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economia nos moldes tradicionais, com setores isolados que fabricavam insumos, processavam os produtos e os comercializavam. (PADILHA, 2004, p. 18).

2.2 Evolução do agronegócio

A história econômica brasileira, com suas implicações sociais, políticas e

culturais, têm fortes raízes junto ao agronegócio. Foi a exploração de uma madeira,

o pau Brasil, que deu nome definitivo ao País. A ocupação do território brasileiro

iniciada durante o século XVI e apoiada na doação de terras por intermédio de

sesmarias, monocultura da cana-de-açúcar e no regime escravocrata foi

responsável pela expansão do latifúndio. Antes da expansão deste sistema

monocultor, já havia se instalado no país, como primeira atividade econômica, a

extração do pau-brasil.

A extinção do pau-brasil coincidiu com o início da implantação da lavoura

canavieira, que durante esse período serviu de base e sustentação para a

economia. O processo de colonização e crescimento está ligado a vários ciclos

agroindustriais, como: a cana-de-açúcar, com grande desenvolvimento no Nordeste;

a borracha que dá exuberância à região amazônica, transformando Manaus numa

metrópole mundial, no início do século; logo depois o café, torna-se a mais

importante fonte de poupança interna e o principal financiador do processo de

industrialização; mais recentemente, a soja que ganha destaque como principal

commodity brasileira de exportação.

Da poupança da agricultura, instalam-se agroindústrias, como a do vinho e

dos móveis, da carne bovina, de suínos e aves.

O progresso do Sul do Brasil também está ligado ao agronegócio. A pecuária

domina os pampas; a exploração da madeira nas serras e a agricultura se

desenvolvem com a participação das várias etnias que compõem o mosaico

populacional da região. Em síntese, fica evidente que, a partir da década de 1930,

com maior intensidade na de 1960 até a de 1980, o produtor rural passou,

gradativamente, a ser um especialista, envolvido quase exclusivamente com as

operações de cultivo e criação de animais; por sua vez, as funções de armazenar,

processar e distribuir produtos agropecuários, bem como as de suprir insumos e

fatores de produção, foram transferidas para organizações produtivas ede serviços

nacionais e/ou internacionais forada fazenda, impulsionando, com isso, ainda mais

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a indústria de base agrícola. (VILARINHO,2006)

O agronegócio brasileiro passou por um grande impulso entre as décadas de

1970 e 1990, com o desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, proporcionando o

domínio de regiões antes consideradas inóspitas para a agropecuária. Isso fez surgir

a oferta de um grande número de produtos. O país passou então a ser considerado

como aquele que dominou a agricultura tropical, chamando a atenção de todos os

parceiros e competidores em nível mundial.

Atualmente, produtos oriundos do complexo de soja, carnes e derivados de

animais, açúcar e álcool, madeira (papel, celulose e outros), café, chá, fumo, tabaco,

algodão e fibras têxteis vegetais, frutas e derivados, hortaliças, cereais e derivados e

a borracha natural são itens importantes da pauta de exportação brasileira.

A evolução da composição do Complexo do Agronegócio confirma que as cadeias do agronegócio adicionam valor às matérias-primas agrícolas onde o setor de armazenamento, processamento e distribuição final constituem o vetor de maior propulsão no valor da produção vendida ao consumidor, consolidado na forte rede de interligação entre a agricultura e a indústria. (VILARINHO, 2006, p.33).

2.3 A contribuição do agronegócio para o desenvolvimento do Brasil

Na década de 1990, ocorreu a abertura da economia brasileira ao mercado

mundial. A partir daí, foram traçadas estratégias que aperfeiçoassem a relação

produto x preço criando e prezando pela qualidade da mercadoria. Concomitante a

isso, operacionalizou-se a padronização dos produtos para acabar com o problema

do risco moral.

O Brasil é composto por 845 milhões de hectares. Destes, apenas 50 milhões

são utilizados para a agricultura. O país possui grande quantidade de recursos

naturais, bem como solo fértil para o cultivo de qualquer produto que se pode

imaginar necessários para qualquer espécie viva existente.

Há como aproveitar bem isso onde a base econômica brasileira gira em torno

do agronegócio. Moderno, eficiente e competitivo, o agronegócio brasileiro é uma

atividade próspera, segura e rentável, aonde desde a década de 1990 vem

demonstrando forte crescimento, beneficiando toda a sociedade brasileira fazendo

com que os preços dos produtos se tornem mais acessíveis ao bolso da camada

menos abastada da sociedade. Passou-se assim de uma agricultura na qual as

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transações ocorriam em mercados para uma agricultura regida por contratos,

característica de empresas privadas.

Nenhum outro país no mundo prosperou tanto neste segmento como o Brasil,

onde nos últimos 24 anos a produção de grãos cresceu 131%. É um dado invejável

e admirada por todos. Líder na produção de cacau, algodão, produtos florestais,

sucos e frutas, soja, carnes e couro, café, açúcar e álcool, pecuária e agricultura

orgânica, é o exemplo de êxito e sucesso. Entretanto, este crescimento contribuiu

significativamente para a economia do país, porém, ao passo que se deu essa

evolução a estrutura para comportar tal expansão não está recebendo suficiente

atenção política necessária, como os modais de transportes (ferrovias, hidrovias,

rodovias, aerovias e dutovias), haja vista que, o agronegócio é a mola propulsora do

Brasil tanto que daqui a alguns anos em qualquer lugar do mundo quando pensarem

em alimento, logo virá o Brasil a mente ocupando o segmente best-value (alimento

de maior valor com melhor relação benefício-custo).

Definitivamente, o agronegócio é o negócio, pois em 2013 o Brasil exportou

US$ 96,4 bilhões (42% advindo do agronegócio) que corresponde 17% do nosso

PIB e a 1% do mercado mundial. (CALLADO, 2009)

Grande parte de tudo isso se deve a agricultura familiar onde 60% da massa

trabalhadora deste segmento, cerca de 14 milhões de pessoas compõem este setor.

O Brasil, conta com diversas ações de apoio ao pequeno agricultor, entre eles o

Programa Mais Alimento oferece linha de crédito do Programa Nacional de

Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), para modernizar as unidades

familiares com novos tratores, caminhões e colheitadeiras com juros baixos e

pagamento desses empréstimos em longo prazo.

Neste sentido, é muito importante subsidiar esse tipo de prática, pois se gera

mais empregos e conseqüentemente mais renda aos lares, possibilita uma melhoria

na qualidade de vida das famílias.Para ajudar esses agricultores a produzirem cada

vez mais se criou a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que

tem papel fundamental no desenvolvimento de pesquisas e na produção de novas

técnicas agrícolas e pecuárias, além de contribuir com a agroindústria.

“Em termos de desenvolvimento social, de distribuição de renda e equilíbrio

de poder nas cadeias produtivas, é fundamental que o pequeno varejo se fortaleça.”

(SAVOIA, 2009)

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O imenso potencial do agronegócio brasileiro, aliado à capacidade instalada

de suas instituições e a reconhecida criatividade de seus pesquisadores, abrem

enormes possibilidades de investimentos externos e privados em pesquisa e

desenvolvimento no país. Portanto, tudo isso contribuiu para que o país continue se

destacando no cenário mundial sendo referência e servindo de modelo em

excelência na gestão dos procedimentos agrícolas bem como na elaboração e

resoluções de situações inerentes ao assunto.

2.4 Gestão ambiental

Um tema contemporâneo e tão importante desperta atenções. Mas afinal, o

que é Gestão Ambiental? Em suma, Gestão Ambiental é um termo que visa ordenar

as atividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o

meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o

cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros.

Em outras palavras, é a consequência natural da evolução do pensamento da

humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio,

onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto, ou caso isto não seja possível,

deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada. (PÉRICLES, 2013)

Considerando-se tal importância, a cultura deve ser trabalhada desde os

primeiros anos de vida, ou seja, logo nos primeiros anos escolares fazendo com que

o indivíduo cresça já consciente e mais disposto a agir a favor do tema. Governos

devem elaborar emendas constitucionais regulamentando e impondo limites a

degradação dos espaços utilizados para o cultivo dos mais diversos produtos

agrícolas.

Apesar de todos estarem cientes e mais conscientes, ainda existem muitos

problemas relacionados ao tema como, por exemplo, áreas degradadas não

recuperadas, descartes de embalagens de produtos nocivos ao meiodireto no solo,

assoreamentos provocados por layouts agrícolas mal feitos e mananciais

contaminados por agrotóxicos.

A preservação do solo evita a erosão e, conseqüentemente, o assoreamento

dos rios. Além disso, impede o desequilíbrio hídrico e faz com que a água da chuva

seja absorvida pelos lençóis freáticos, gerando reserva de água e evitando

enchentes.

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O tomate, especificamente, é um dos vilões que levam o agrotóxico para o

prato dos brasileiros, mas uma experiência na região serrana, do Rio de Janeiro,

vem mostrando que é possível com menos veneno. O projeto de redução do uso de

agrotóxico nasceu em 2012, quando a Olearys, uma empresa de tecnologia agrícola,

procurou a Secretaria de Agricultura do Rio para apresentar sua plataforma de

monitoramento do clima. Do encontro nasceu uma parceria com a Empresa de

Pesquisa Agropecuária (Pesagro-RJ) e a Empresa de Assistência Técnica e

Extensão Rural (Emater-RJ).

Outro grande problema é a falta de informação nas comunidades rurais e o

treinamento adequado quanto ao manuseio de agrotóxicos, fato gerador da maioria

das contaminações que ocorrem nas lavouras. O Brasil, atualmente, é o maior

consumidor de agrotóxicos da América do Sul e um dos principais do mercado

mundial, o que demonstra a tamanha dependência química das plantações

brasileiras quanto ao uso de agrotóxicos em suas lavouras. (ARAUJO, 2002)

Um dos maiores desafios para a sociedade contemporânea é a falta de

gestão de resíduos sólidos. O fato é que a grande quantidade de resíduos sólidos

produzida pela população passou a ser encarada como um problema, o qual deveria

ser reparado pela população. O aproveitamento da matéria orgânica para produção

de compostos orgânicos é fundamental para redução do volume de resíduos

destinado ao lixão ou ao aterro sanitário. Além de ser uma alternativa viável e de

baixo custo, resulta na produção de composto orgânico adequado ao uso agrícola.

Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as futuras gerações. (GABEIRA, 2009, p. 275).

Então, não há dúvidas de que existe uma sociedade de risco, diferentemente

de uma sociedade somente industrial, na qual só havia divisão dos lucros, sendo

que nessa nova sociedade também há divisão de riscos. É fundamental ter

consciência destes riscos e de sua dimensão, saber quais decisões podem causar

outros riscos que comprometerão as futuras gerações, é fundamental.

2.5 Definição

O agronegócio, que atualmente recebe o nome de agrobusiness, tem como

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definição à junção de diversas atividades produtivas que estão diretamente ligadas à

produção e subprodução de produtos derivados da agricultura e pecuária. Ele não

se limita apenas à agricultura e à pecuária, incluindo também as atividades

desenvolvidas pelos fornecedores de insumos e sementes, equipamentos, serviços,

beneficiamento de produtos, industrialização e comercialização da produção

agropecuária.

O agronegócio é o motor da economia nacional, registrando importantes

avanços quantitativos e qualitativos, que se mantém como setor de grande

capacidade empregadora e de geração de renda.

Durante milhares de anos, as atividades agropecuárias sobreviveram de

forma muito extrativa, os avanços tecnológicos eram muitos lentos, até mesmo de

técnicas muito simples, como as adubações com materiais orgânicos e o preparo de

solos. Os trabalhadores eram versáteis, aprendendo empiricamente e executando

múltiplas tarefas, de acordo com suas necessidades.

Atualmente o agronegócio tem sido um dos setores que vem se desenvolvendo a cada dia, para garantir a permanência e crescimento sustentável buscando agregar valor aos seus produtos. (SOUZA; SOARES; MELLO, 2009, p. 14.)

Com o avanço tecnológico, o agricultor passou a produzir bem mais, não

apenas para sua própria existência e sim para um âmbito mais global.

As atividades agrícolas são classificadas como temporárias e permanentes.

As culturas agrícolas temporárias são aquelas que estão sujeitas ao replantio após a

colheita, tendo um período muito curto entre o plantio e a colheita, como exemplo o

tomate. As culturas agrícolas permanentes são as que proporcionam mais de uma

colheita ou produção, sem que haja o replantio após a colheita e que apresenta um

prazo de vida útil superior a um ano, como por exemplo, a plantação de café.

O agronegócio tem sido um dos setores que vem se desenvolvendo a cada

dia, para garantir a permanência e crescimento sustentável buscando agregar valor

aos seus produtos.

Costuma-se dividir o estudo do agronegócio em três partes:

A primeira parte trata dos negócios agropecuários propriamente ditos, ou de

dentro da porteira, que representam os produtores rurais, sejam eles pequenos

médios ou grandes, constituídos na forma de pessoas físicas (fazendeiros ou

camponeses) ou de pessoas jurídicas (empresas).

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Na segunda parte, os negócios à montante da agropecuária, ou da pré-

porteira, representados pela indústria e comércio que fornecem insumos para a

produção rural, como por exemplo, os fabricantes de fertilizantes, defensivos

químicos, equipamentos.

E na terceira parte estão os negócios à jusante dos negócios agropecuários,

ou de pós-porteira, onde está à compra, transporte, beneficiamento e venda dos

produtos agropecuários até o consumidor final.

Por fim a agricultura brasileira desempenha um grande papel na sociedade,

gerando diversos produtos agrícolas, tendo a responsabilidade de o abastecimento

alimentar da população do país.

2.6 Meio Ambiente e os impactos ambientais

O impacto ambiental é encontrado com frequência no dia a dia, na maioria

das vezes está associado a algum dano à natureza. No cenário agrícola é de total

importância que os insumos sejam aplicados de maneira uniforme, pois o uso

exagerado pode contaminar a água e o solo, além de provocar prejuízos financeiros

causados pelo uso excessivo.

É importante enfatizar que nem sempre o solo de uma propriedade agrícola

apresenta uma composição uniforme. O terreno pode apresentar áreas de diferentes

características físicas e necessitar de quantidades diferenciadas de insumos.

“Impacto ambiental é, claramente, o resultado de uma ação humana que é a

sua causa. Não se deve, portanto confundir a causa com a conseqüência.”

(SÁNCHEZ, 2008, p.28)

2.7 A importância da gestão ambiental

A chamada questão ambiental diz respeito aos diferentes modos pelos quais

a sociedade, através dos tempos, se relaciona com o meio físico-natural. O ser

humano sempre dependeu dele para garantir sua sobrevivência. Em nenhum

momento de sua história, a humanidade viveu sem o auxílio do meio físico-natural.

O seu uso, como base material de sustentação da existência humana, bem como as

alterações decorrentes deste uso são tão antigos quanto à própria presença do

homem no planeta Terra.

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Diferente dos mares, dos rios, das florestas, da atmosfera, que não necessitaram da ação humana para existir, o meio ambiente precisa do trabalho dos seres humanos para ser construído e reconstruído e, portanto, para ter existência concreta. Não existe meio ambiente sem o trabalho dos seres humanos. Por tudo isso, afirma-se que o meio natural e o meio social são faces de uma mesma moeda e assim indissociáveis. (QUINTAS, 2006, p.52)

Na medida em que o ser humano é parte integrante da natureza, e ao mesmo

tempo ser social e, por consequência, detentor de conhecimentos e valores

socialmente produzidos ao longo do processo histórico, tem ele o poder de atuar

permanentemente sobre sua base natural de sustentação, alterando suas

propriedades, e sobre o meio social, provocando modificações em sua dinâmica.

No processo de transformação do meio ambiente, de sua construção e

reconstrução pela ação coletiva dos seres humanos são criados e recriados modos

de relacionamento da sociedade com o meio natural (ser humano-natureza) e no

seio da própria sociedade (ser humano-ser humano).

Ao se relacionar com a natureza e com outros homens e mulheres, o ser

humano produz cultura evidenciada por suas manifestações, ou seja, cria bens

materiais, valores, modos de fazer, de pensar, de perceber o mundo, de interagir

com a própria natureza e com os outros seres humanos, que constituem o

patrimônio cultural construído pela humanidade ao longo de sua história.

2.8 Gestões ambientais nas empresas

Há algumas décadas as pessoas perceberam que a preservação do planeta

Terra significa também a preservação da própria vida. Inicialmente, a preocupação

era pela extinção dos animais, mais tarde a questão da derrubada das florestas, a

poluição do ar. Em seguida, a poluição industrial e agrícola e também a

preocupação com a poluição gerada nos países em desenvolvimento, pela falta de

infra-estrutura urbana.

Finalmente, foi identificada a grande conseqüência da poluição mundial e

seus riscos, o efeito estufa.

Se inicialmente existiam alguns idealistas alertando para problemas que

pareciam surreais, mais tarde passou-se a contar com organizações especialistas

na questão ambiental, organizações internacionais e alguns poucos governos

comprometidos com a preservação do Planeta.

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Hoje, milhões de pessoas em todo o mundo lutam por esta nobre causa,

tentando mostrar os perigos iminentes de uma postura agressiva, e os riscos

concretos que todos correm. Esta consciência coletiva vem crescendo dia-a-dia,

transformando culturas, quebrando velhos paradigmas e obrigando todos a darem

sua colaboração por uma justa causa, a saúde do nosso Planeta.

Um dos últimos grupos a integrar esta luta, e talvez o que traga resultados

mais diretos em menos tempo, é o setor empresarial. Movidos pela exigência de

seus consumidores, inicialmente europeus, as empresas começaram a perceber que

seus clientes estavam dispostos a pagar mais por produtos ambientalmente

corretos, e mais, deixar de comprar aqueles que contribuíam para a degradação do

Planeta.

Além disto, esta pressão popular atingiu também os governos, os quais

passaram a estabelecer legislações ambientais cada vez mais rígidas, fazendo com

que as empresas tivessem que adequar seus processos industriais, utilizando-se de

tecnologias mais limpas.

Esta mudança na percepção da questão ambiental obrigou o setor industrial,

a desenvolver e implantar sistemas de gestão de seus processos de maneira que

atendessem a demanda vinda de seus clientes e cumprissem com a legislação

ambiental vigente.

A estes sistemas denominaram Sistema de Gestão Ambiental (SGA). Com

estes sistemas, os empresários começaram a verificar que uma postura

ambientalmente correta na gestão dos seus processos refletia diretamente em

produtividade, qualidade e conseqüentemente melhores resultados econômico-

financeiros.

Além disto, como uma forma de verificar e divulgar quais as empresas que

realmente apresentam uma postura ambientalmente correta estabeleceu-se

sistemas de avaliação de desempenho ambiental, com normas e critérios

padronizados para o mundo todo. O conjunto de normas mais conhecido é o da

série ISO 14000.

A implantação de um sistema de gestão ambiental, por uma empresa, pressupõe e exige um forte comprometimento de sua direção e colaboradores com o meio ambiente. Não basta apenas anunciar que seus processos não causam danos ambientais, é preciso provar. (PERICLÉS, 2013, p.12)

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A implantação de um SGA e a obtenção de um certificado ISO 14001 jamais

pode ser simplesmente uma jogada de marketing ou o cumprimento de uma cláusula

comercial, pois mais cedo ou mais tarde, esta verdade será mostrada, com prejuízos

ainda maiores para a empresa.

Esta decisão deve ser baseada em uma análise criteriosa dos benefícios a

serem obtidos e dos recursos a serem utilizados. É fundamental lembrar que uma

vez obtida a certificação, este compromisso passa a ser permanente, exigindo uma

mudança definitiva da antiga cultura e das velhas práticas.

Contudo, o gerenciamento de um processo, por meio das ferramentas de um

Sistema de Gerenciamento Ambiental (SGA) possibilita inúmeros ganhos de

produtividade e qualidade, além da satisfação das pessoas envolvidas diretamente

naquele processo, pois estes aprendem que sempre é possível fazer melhor e

percebem a evolução da qualidade de seus serviços.

E o mais importante neste processo: o cliente passa a confiar muito mais na

empresa e em seus produtos.

Atuar de maneira ambientalmente responsável é ainda hoje um diferencial

entre as empresas, destacando-as neste competitivo mercado.

Porém, em breve, este diferencial se transformará em um pré-requisito e

quanto antes as empresas perceberem esta nova realidade maior será a chance de

se manterem no mercado.

2.9 Legislações ambientais

A legislação dos novos títulos que foi elaborado pela Febraban em conjunto

com o Mapa e as entidades representativas do setor agrícola, buscou viabilizar

avanços: Nos mecanismos de crédito, financiamento e seguro para aumentar a

oferta e reduzir o custo do capital e o risco da atividade agrícola e pecuária.Na

ampliação da liquidez dos mercados agrícolas, o que facilitou as medidas de

estabilização de preços e a garantia de renda dos produtores.

O intuito dos novos títulos é viabilizar o acesso dos agricultores a recursos financeiros a taxas de mercado que, apesar de superior à taxa subsidiada atual de 6,75%aa do crédito rural, são inferiores às taxas atuais praticadas nas operações de CPR e/ou negociação direta entre agricultor e empresas fornecedoras de insumos. (SAVOIA, 2009, p.101)

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A legislação ambiental brasileira é uma das mais completas do mundo.

Apesar de não serem cumpridas da maneira adequada, as 17 leis ambientais mais

importantes podem garantir a preservação do grande patrimônio ambiental do país,

de acordo com Machado (2013), são elas:

2.9.1 Lei da ação civil pública – número 7.347 de 24/07/1985.

Lei de interesses difusos trata da ação civil pública de responsabilidades por

danos causados ao meio ambiente, ao consumidor e ao patrimônio artístico, turístico

ou paisagístico.

2.9.2 Lei dos agrotóxicos – número 7.802 de 10/07/1989.

A lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos agrotóxicos até sua

comercialização, aplicação, controle, fiscalização e também o destino da

embalagem.

2.9.3 Lei da área de proteção ambiental – número 6.902 de 27/04/1981.

Lei que criou as “Estações Ecológicas”, áreas representativas de

ecossistemas brasileiros, sendo que 90 % delas devem permanecer intocadas e 10

% podem sofrer alterações para fins científicos. Foram criadas também as “Áreas de

Proteção Ambiental” ou APAS, área que podem conter propriedades privadas e

onde o poder público limita as atividades econômicas para fins de proteção

ambiental.

2.9.4 Lei das atividades nucleares – número 6.453 de 17/10/1977.

Dispõe sobre a responsabilidade civil por danos nucleares e a

responsabilidade criminal por atos relacionados com as atividades nucleares.

Determina que se houver um acidente nuclear, a instituição autorizada a operar a

instalação tem a responsabilidade civil pelo dano, independente da existência de

culpa. Em caso de acidente nuclear não relacionado a qualquer operador, os danos

serão assumidos pela União. Esta lei classifica como crime produzir, processar,

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fornecer, usar, importar ou exportar material sem autorização legal, extrair e

comercializar ilegalmente minério nuclear, transmitir informações sigilosas neste

setor, ou deixar de seguir normas de segurança relativas à instalação nuclear.

2.9.5 Leis de crimes ambientais – número 9.605 de 12/02/1998.

Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere às infrações e

punições. A pessoa jurídica, autora ou co-autora da infração ambiental, pode ser

penalizada, chegando à liquidação da empresa, se ela tiver sido criada ou usada

para facilitar ou ocultar um crime ambiental. A punição pode ser extinta caso se

comprove a recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 50

milhões de reais.

2.9.6 Lei da engenharia genética – número 8.974 de 05/01/1995.

Esta lei estabelece normas para aplicação da engenharia genética, desde o

cultivo, manipulação e transporte de organismos modificados (OGM), até sua

comercialização, consumo e liberação no meio ambiente. A autorização e

fiscalização do funcionamento das atividades na área e da entrada de qualquer

produto geneticamente modificado no país, é de responsabilidade dos Ministérios do

Meio Ambiente, da Saúde e da Agricultura. Toda entidade que usar técnicas de

engenharia genética é obrigada a criar sua Comissão Interna de Biossegurança, que

deverá, entre outros, informarem trabalhadores e a comunidade sobre questões

relacionadas à saúde e segurança nesta atividade.

2.9.7 Lei da exploração mineral – número 7.805 de 18/07/1989.

Esta lei regulamenta as atividades garimpeiras. Para estas atividades é

obrigatória a licença ambiental prévia, que deve ser concedida pelo órgão ambiental

competente. Os trabalhos de pesquisa ou lavra, que causarem danos ao meio

ambiente são passíveis de suspensão, sendo o titular da autorização de exploração

dos minérios responsável pelos danos ambientais. A atividade garimpeira executada

sem permissão ou licenciamento é crime.

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2.9.8 Lei da fauna silvestre – número 5.197 de 03/01/1967.

A lei classifica como crime o uso, perseguição, apanha de animais silvestres,

caça profissional, comércio de espécies da fauna silvestre e produtos derivados de

sua caça, além de proibir a introdução de espécie exótica (importada) e a caça

amadorística sem autorização do IBAMA. Criminaliza também a exportação de peles

e couros de anfíbios e répteis em bruto.

2.9.9 Lei das florestas – número 4.771 de 15/09/1965.

Determina a proteção de florestas nativas e define como áreas de

preservação permanente (onde a conservação da vegetação é obrigatória) uma

faixa de 30 a 500 metros nas margens dos rios, de lagos e de reservatórios, além de

topos de morro, encostas com declividade superior a 45 graus e locais acima de

1.800 metros de altitude. Também exige que propriedades rurais da região Sudeste

do país preservem 20 % da cobertura arbórea, devendo tal reserva ser averbada em

cartório de registro de imóveis.

2.9.10 Lei do gerenciamento costeiro – número 7.661 de 16/05/1988.

Define as diretrizes para criar o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro,

ou seja, define o que é zona costeira como espaço geográfico da interação do ar, do

mar e da terra, incluindo os recursos naturais e abrangendo uma faixa marítima e

outra terrestre. Permite aos estados e municípios costeiros instituírem seus próprios

planos de gerenciamento costeiro, desde que prevaleçam as normas mais

restritivas. Este gerenciamento costeiro deve obedecer às normas do Conselho

Nacional do Meio Ambiente (CONAMA).

2.9.11 Lei da criação do IBAMA – número 7.735 de 22/02/1989.

Criou o IBAMA, incorporando a Secretaria Especial do Meio Ambiente e as

agências federais na área de pesca, desenvolvimento florestal e borracha. Ao Ibama

compete executar a política nacional do meio ambiente, atuando para conservar,

fiscalizar, controlar e fomentar o uso racional dos recursos naturais.

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2.9.12 Lei do parcelamento do solo urbano – número 6.766 de 19/12/1979.

Estabelece as regras para loteamentos urbanos, proibidos em áreas de

preservação ecológicas, naquelas onde a poluição representa perigo à saúde e em

terrenos alagadiços.

2.9.13 Lei patrimônio cultural – Decreto-lei número 25 de 30/11/1937.

Lei que organiza a Proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional,

incluindo como patrimônio nacional os bens de valor etnográfico, arqueológico, os

monumentos naturais, além dos sítios e paisagens de valor notável pela natureza ou

a partir de uma intervenção humana. A partir do tombamento de um destes bens,

ficam proibidas sua demolição, destruição ou mutilação sem prévia autorização do

Serviço de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, SPHAN.

2.9.14 Lei da política agrícola – número 8.171 de 17/01/1991.

Coloca a proteção do meio ambiente entre seus objetivos e como um de seus

instrumentos. Define que o poder público deve disciplinar e fiscalizar o uso racional

do solo, da água, da fauna e da flora; realizar zoneamento agro ecológicos para

ordenar a ocupação de diversas atividades produtivas, desenvolverem programas de

educação ambiental, fomentar a produção de mudas de espécies nativas, entre

outros.

2.9.15 Lei da política nacional do meio ambiente – número 6.938 de 17/01/1981.

É a lei ambiental mais importante e define que o poluidor é obrigado a

indenizar danos ambientais que causar, independentemente da culpa. O Ministério

Público pode propor ações de responsabilidade civil por danos ao meio ambiente,

impondo ao poluidor a obrigação de recuperar e/ou indenizar prejuízos causados.

Esta lei criou a obrigatoriedade dos estudos e respectivos relatórios de Impacto

Ambiental (EIA-RIMA).

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2.9.16 Lei de recursos hídricos – número 9.433 de 08/01/1997.

Institui a Política Nacional de Recursos Hídricos e cria o Sistema Nacional de

Recursos Hídricos. Define a água como recurso natural limitado, dotado de valor

econômico, que pode ter usos múltiplos (consumo humano, produção de energia,

transporte, lançamento de esgotos). A lei prevê também a criação do Sistema

Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos para a coleta, tratamento,

armazenamento e recuperação de informações sobre recursos hídricos e fatores

intervenientes em sua gestão.

2.9.17 Lei do zoneamento industrial nas áreas críticas de poluição – número 6.803

de 02/07/1980.

Atribui aos estados e municípios o poder de estabelecer limites e padrões

ambientais para a instalação e licenciamento das indústrias, exigindo o estudo de

Impacto Ambiental. (MACHADO, 2013)

2.10 Desenvolvimento e a Sustentabilidade do Meio Ambiente

Em todo e qualquer lugar existe a importância do fato de que o

desenvolvimento tecnológico e de práticas de plantio e criação animal para as zonas

rurais ao redor do mundo devem, antes de tudo, terem a preocupação primordial

com a sustentabilidade do meio ambiente. Estabelecer parâmetros, normas e

procedimentos para que os agricultores e qualquer outra empresa que se dedique a

esse tipo de atividade tenha a consciência de que o uso sustentável dos recursos

naturais disponíveis no ambiente em que atuam, tem de ser encarado como a única

forma de progresso possível. E por razões muito simples. Os problemas advindos da

exploração indiscriminada dos recursos naturais e das práticas predatórias em

determinadas culturas pode em muito pouco tempo, inviabilizar o uso de terras e a

extração desses recursos naturais.

As consequências disso para o planeta seriam previsíveis e dramáticas: fome,

guerras, devastações e o genocídio de populações inteiras.

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A sustentabilidade do meio ambiente deve sempre ser a meta buscada por

qualquer indivíduo ou grupo que necessite de recursos naturais para sobreviver. E

isso é um fato que não admite contestação.

Incorporara premissa de respeito à natureza e do uso sustentável dos

recursos naturais, deve ser um trabalho constante e doutrinário frente às populações

que habitam ou que trabalham nos campos e áreas rurais. Trabalhar para manter a

biodiversidade local e evitar a erosão que destrói as áreas cultiváveis, além de ser

economicamente viável, representa manter, por muito mais tempo, a terra em

condições de gerar riquezas e de prover o sustento das populações que dela

dependem.

Portanto, reciclar os dejetos oriundos das criações animais e dos refugos das

plantações, deve ser encarado não como custo ou gasto a mais; mas sim como uma

excelente oportunidade de gerar toda ou parte da energia necessária para executar

as atividades econômicas a que se propõem e também como fonte de fertilizantes

baratos e totalmente gratuitos o que sem dúvida alguma, representará um salto na

lucratividade de qualquer propriedade rural.

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CAPÍTULO III

A PESQUISA

3 INTRODUÇÃO

Na gestão ambiental são utilizadas técnicas para garantir o uso racional dos

recursos naturais e a preservação da biodiversidade. Além de planejar, desenvolver

e executar projetos que visam à preservação do meio ambiente, como programas de

reciclagem e de educação ambiental, são feitas análises da poluição industrial do

solo, da água e do ar e a exploração de recursos naturais, com base nos dados

coletados, podendo assim, elaborar estratégias para minimizar o impacto causado

pelas atividades humanas.

Com o gerenciamento dos insumos agrícolas, vários tipos de impactos no

meio ambiente poderão ser mitigados, tais como: a lavagem, armazenamento e a

devolução das embalagens dos agrotóxicos ao seu fornecedor que toma medidas

corretas com a mesma, evitando o descarregamento das embalagens no solo, ou

até no ar com a queimada. Já com as embalagens dos fertilizantes é necessário ser

feita a reciclagem. E no solo, é preciso ser feito terraços curvas de nível para que a

chuva não possa levar quaisquer resíduos tóxicos para os rios ou ate mesmo para

não causar erosões no solo.

Com o objetivo de verificar a importância do gerenciamento dos insumos

agrícolas para mitigar os impactos ambientais, foi realizada uma pesquisa de campo

descritiva com abordagem qualitativa na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro,

no período de fevereiro a outubro de 2014.

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro a tua no ramo Agrícola, localizada

na cidade de Sabino – SP no Sítio Regina II, bairro Córrego Seco.A empresa atua

no ramo de cultivo de Alimentos, tais como: Pimentão, Pepino, Berinjela, Vagem e

Abobrinha, com um investimento maior no Tomate. A cada ano, o local da lavoura é

alterado, pois se plantado duas vezes no mesmo local, o segundo plantio pode ser

afetado com as pragas do primeiro.

Para a realização da pesquisa utilizou-se dos seguintes métodos:

a) Método de estudo de caso: foi realizado um estudo de caso, na empresa

Carlos Alberto Florindo e Outro, de Sabino, analisando a importância do

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gerenciamento dos processos produtivos dos insumos agrícolas para a

mitigação dos impactos ambientais.

b) Método de observação sistemática:foram observados, analisados e

acompanhados os procedimentos aplicados ao gerenciamento de

produtos agrícolas para a mitigação dos impactos ambientais como

suporte para o desenvolvimento do estudo de caso.

c) Método histórico: foi observada a evolução histórica da empresa Carlos

Alberto Florindo e Outro da cidade de Sabino – SP.

Técnicas:

a) Roteiro de estudo de caso (Apêndice A)

b) Roteiro de observação sistemática. (Apêndice B)

c) Roteiro do histórico da empresa Carlos Alberto Florindo e Outro.(Apêndice

C)

d) Roteiro de entrevista para o proprietário da empresa. (Apêndice D)

e) Roteiro de entrevista para o supervisor de produção. (Apêndice E)

3.1 A lavoura de tomate

Na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, os tomates são cultivados, e não

suportam extremos de temperatura, ou seja, não crescem bem nem em baixas

temperaturas (< 16°C), que prejudicam o crescimento da planta e diminuem a taxa

de germinação das sementes; nem em altas temperaturas (> 27°C), que prejudicam

a formação dos frutos. Geralmente, o tomateiro cresce melhor entre 20°C e 24°C,

embora exista cultivares adaptados à temperaturas um pouco mais altas ou um

pouco mais baixas. Em outras regiões sujeitas a geadas e a baixas temperaturas, os

tomateiros costumam ser cultivados dentro de estufas.

Quanto à umidade do ar, são sujeitos a menos doenças quando cultivados

sob uma condição de baixa umidade. Alta umidade poderá favorecer o surgimento

de doenças e pragas nas plantações de tomate, como já veio acontecer em anos

anteriores na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro.

Em regiões de clima quente e intensa uz solar, um local mais fresco e bem

iluminado, sem sol direto nas horas mais quentes do dia, pode ser melhor

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para o cultivo dos tomateiros do que um local com sol direto e altas temperaturas.

Melhores resultados são, contudo, obtidos em solo bem drenado, fértil e rico

em matéria orgânica, necessitando de uma boa disponibilidade de água, mas o solo

não deve ficar encharcado, pois o excesso de água prejudica suas raízes.

Na empresa Carlos Alberto florindo e Outro as sementes de tomate são

plantadas em sementeiras, copos ou saquinhos de plástico, em outras lavouras são

semeadas em copos feitos com papel jornal ou são plantadas diretamente no local

definitivo da horta.Na hora de semear, é colocada de duas a cinco sementes em

cada recipiente, a no máximo 1 cm de profundidade, deixando posteriormente

apenas uma ou duas plantas por contêiner, mantendo as mudas mais vigorosas. O

transplante das mudas de tomate é realizado quando as mudas atingem de 15 cm a

25 cm de altura.

Geralmente a colheita dos tomates inicia-se em 7-8 semanas depois do

plantio para cultivares de crescimento determinado, e de 10 a 16 semanas para

cultivares de grande porte.

Tomateiros são plantas perenes de vida curta e se bem cuidados podem

produzir frutos por alguns anos, embora não seja essa a prática em plantações

comerciais e em regiões onde o inverno é rigoroso, onde os tomateiros são

cultivados apenas por alguns meses como na empresa em questão.

3.1.1 A escolha da área

Ao implantar um sistema de cultivo de tomates na empresa Carlos Alberto

Florindo e Outro, a empresa explica que se devem observar algumas características

do local, tais como:

a) clima: o tomateiro floresce e frutifica em condições climáticas bastante

variáveis. A planta pode desenvolver-se em climas do tipo tropical de

altitude, subtropical e Temperado;

b) temperatura: 29ºC. Já no período de cultivo, a temperatura média pode

variar entre 10 e 34 ºC. A temperatura ideal para a germinação da

semente do tomateiro situa-se na faixa entre 16 e ser programadas a fim

de evitar a maturação acumulada dos frutos em um mesmo período.

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Quando submetida a temperaturas inferiores a 12 ºC, a planta de

tomateiro tem seu crescimento reduzido, sendo sensível a geadas. Em

temperaturas superiores a 26 ºC formam-se frutos amarelados, pois a

síntese de licopeno (pigmento responsável pela cor vermelha) diminui e a

de caroteno (pigmento que confere cor amarela à polpa) aumenta. Além

disso, acima de 26ºC ocorre à redução no ciclo da cultura, então, as

colheitas devem abortamento de flores, mau desenvolvimento dos frutos e

formação de frutos ocos. A produção de pólen é afetada tanto por

temperaturas altas (> 40 ºC) quanto por temperaturas baixas (< 10 ºC).

c) umidade: aumento de fungus na polpa, limitação de crescimento radicular.

O tomateiro é uma planta exigente em relação à água. Entretanto, o

excesso de umidade pode prejudicar o cultivo através da ocorrência de

doenças, redução de sólidos solúveis e em regiões de alta umidade

relativa ocorre a formação de orvalho e as folhas se mantêm úmidas por

longo período do dia, principalmente aquelas localizadas na parte inferior

das plantas. Isso favorece o desenvolvimento de doenças, principalmente

as causadas por fungos e bactérias. Por ocasião da escolha da área,

devem-se evitar locais de baixadas e vales, onde geralmente é menor a

circulação do ar e, portanto, maior o período de permanência do orvalho

nas plantas, especialmente nas partes mais sombreadas.

d) luz: pouca luminosidade provoca um aumento da fase vegetativa,

retardando o início do florescimento.

e) solo: antes de implantar um plantio de tomates, deve-se escolher uma

área apropriada para a atividade, a qual não pode ter probabilidade de

encharcamento, topografia muito irregular, manchas ou bancos de areia,

cascalho ou pedras. Além disso, as propriedades químicas, físicas e

biológicasdos solos devem ser levadas em consideração. Evitar também o

plantio em áreas próximas às ocupadas com outros cultivos, onde possa

ocorrer a reprodução de insetos, tais como mosca-branca, tripés e

pulgões, prevenindo-se contra seus danos diretos ou indiretos (vetores de

viroses). Caso o terreno, no qual a cultura de tomate será implantada,

esteja tomado por plantas e/ou lixo, deve-se passar uma grade aradura e

aguardar um período de pelo menos quinze dias para que ocorra a

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decomposição parcial do material. Outra opção é roçar e retirar os restos

vegetais.

3.1.2 Preparação do solo

A empresa Carlos Alberto Florindo e Outro obedece a um rigoroso sistema na

preparação do solo para o plantio da lavoura, é de total importância o

aproveitamento dos nutrientes que o solo tem a oferecer.

A preparação do solo depende da disponibilidade dos equipamentos para

arações e gradagens, da textura e do grau da compactação do solo. O solo deve

apresentar condições para nutrir as necessidades nutricionais da planta, por isso é

necessário uma adubação adequada para o crescimento da planta. Lembrando que

plantas bem nutridas são mais resistentes às pragas e doenças.

A empresa busca os melhores produtos do mercado para a preparação do

solo e para atender às necessidades do produto e satisfazer seu cliente com a fruta

de melhor qualidade.

Figura 20: Trator e plaina agrícola, fazendo carreadores na lavoura

Fonte: Elaborado pelos autores,2014

3.1.3 O plantio

A Empresa Carlos Alberto Florindo e Outro atualmente, em todas as áreas

cultivadas com tomateiro são plantadas com mudas produzidas em bandejas e

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transplantadas com auxílio de máquinas ou até mesmo manualmente, dispensando-

se o uso de canteiros.

As mudas são produzidas a partir de sementes colocadas em células de

bandejas de plástico. Os materiais e produtos utilizados nessa etapa inicial podem

ser comprados em lojas especializadas. Diariamente; são necessárias várias

irrigações nas mudas, sem excesso de água.

É de total importância manter as bandejas em ambiente protegido, para

impedir ataque de pragas e insetos transmissores de doenças, tais como: ácaros,

mosca branca, tripés e pulgões.

As mudas transportadas para o local de plantio devem ser protegidas com

sombrite e irrigadas frequentemente para evitar o dessecamento.

Na empresa, o transplante é dividido em quatro talhões plantados em

períodos alternados, para a disponibilidade do produto durante toda a safra.

No plantio a empresa Carlos Alberto Florindo e Outro utiliza varas de bambu

ou de madeira na medida de dois metros de altura para amarrar os suportes em

cada planta.

A tomateira é composta por 14 a 16 pencas de tomates em cada planta.

Figura 21: Varas de bambu

Fonte: Elaborado pelos autores,2014

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3.1.4 A estruturação da lavoura

Na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro a estrutura de estaqueamento é

montada e desmontada a cada safra, havendo necessidade de reposição de alguns

itens. Para o estaqueamento do tomate, utiliza-se um mourão, dois tipos de bambu,

dois tipos de arame e o fitilho. A vida útil do mourão é em torno de 14 safras. Já as

demais estruturas tem vida curta, de 4 a 6 safras, e o fitilho deve ser trocado a cada

temporada. Além dessa estrutura também são utilizados barracões, banheiros, um

tanque de 5.000 litros e uma caixa de 1.000 litros que auxiliam na irrigação e

pulverização.

3.1.5 Os cuidados com a lavoura

Na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, os cuidados com a plantação

são de extrema importância, tais como:

a) vento sul, terra roxa ou terra arenosa, devem ser evitados;

b) corrigir o ph com aplicação de calcário;

c) fazer estruturalmente com varas de bambu aos 25 centímetros de altura,

em X, esticando o arame 16 em linha para fixar os tutores;

d) antes do plantio definitivo, a adubação é reforçada com 3 a 5 litros de

esterco ou composto orgânico em cada cova, além de fosfato de rocha e

cinzas;

e) após o plantio são feitas quatro adubações de cobertura com esterco

liquido a cada 20 dias;

f) são eliminados todos os brotos que nascerão nas axilas das folhas;

g) o calcário em contato com o solo todos os anos, na base de 3 toneladas

por hectare, num prazo de 10 anos, o ph que era 5,5 passa a ser 6.

Continuamente nessa mesma dosagem, de mais de 10 anos essa terra

será neutra, isto é ph=7;

h) nunca usar um terreno em rotação, onde já foi plantado pimentão,

berinjela, batatinha, que são da mesma família do tomateiro. Nesse solo

há uma abundancia de pragas e moléstias que atacarão o tomateiro;

i) há também os cuidados com o tomate plantado, onde em um hectare

cabem 20 mil mudas. Com 15 ou 20 dias são feitas as primeiras

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adubações em cobertura, com uma mistura de adubo numa proporção de

20 ou 30 gramas por pé. Entre duas plantas é feito um pequeno buraco

onde é colocado o adubo, depois, coberta com terra. Com 35 dias de

idade, faz-se o estaqueamento.

Entretanto, além dos cuidados contra pragas e moléstias, há também os

cuidados com o tempo, umidade, entre outros como pulverização inadequada.

Figura 22: Estaqueamento da lavoura

Fonte: Elaborado pelos autores,2014.

3.1.6 A manutenção da lavoura

Durante todo o tempo de cultivo da agricultura, a empresa Carlos Alberto

Florindo e Outro está sempre atenta aos possíveis problemas advindos de diversos

motivos como pragas e clima. Partindo do princípio de processos para que se possa

diminuir problemas decorrentes por diversos motivos, adota alguns cuidados, tais

como:

a) isolamento físico - a produção de mudas deve ser efetuada em viveiros

com pedilúvio (caixa com cal virgem), antecâmaras e telados com malha

máxima de 0,239 mm;

b) os viveiros devem ser instalados longe dos plantios comerciais de tomate,

independente da presença ou da ausência de geminivírus ou da mosca-

branca;

c) só utilizar mudas sadias e vigorosas,retardando ao máximo o transplante

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a campo. Quanto mais cedo ocorrer a infecção das plantas pelo vírus,

mais danos serão observados com a conseqüente redução da produção.

Nos viveiros, utilizar inseticidas registrados para a cultura. Aplicar

inseticida nas mudas, antes do transplante. Evitar transplantar antes dos

21 dias, deste modo, as mudas devem ser, sempre que possível,

protegidas ainda na sementeira e nos primeiros 30 dias após o

transplante;

d) as sobras das mudas que foram a campo não devem, de forma alguma,

retornar aos viveiros;

Figura 23: Viveiro de mudas de tomate

Fonte: Elaborado pelos autores,2014

e) evitar em uma mesma área, o escalonamento de plantio. Quando não for

possível o plantio em uma só etapa, recomenda-se fazer o segundo

plantio com menos de 60 dias;

f) é importante a manutenção da lavoura no limpo, eliminando as plantas

daninhas potenciais hospedeiras de viroses antes do plantio e nos

primeiros dias do estabelecimento da lavoura. Viroses similares as

encontradas no tomateiro têm sido detectadas em vassourinha (Sida spp),

trevinho, Nicandra (joá-de-capote), Datura, Joá-bravo, Physalis e Maria-

pretinha;

g) outra medida preventiva é o uso de barreiras vivas que visam impedir ou

retardar a entrada de adultos de mosca-branca na lavoura. As barreiras

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devem ser perpendiculares à direção predominante do vento e, quando

possível, rodear a lavoura. Podem ser utilizadas plantas como sorgo

forrageiro, milho e cana-de-açúcar. Por ocasião do transplante, as plantas

usadas como barreiras devem estar com 1,0 m de altura;

h) armadilhas amarelas atraem adultos de mosca-branca e são úteis para o

monitoramento do inseto. Podem ser usadas cartolinas, lonas, plásticos

ou etiquetas, de coloração amarela, e untadas com óleo. Devem ser

localizadas na mesma altura das plantas de tomate; e

i) inicialmente, deve ser estabelecido um calendário de plantio anual,

definindo um período mínimo entre 60 a 120 dias consecutivos livres de

cultivo de tomate, conforme as peculiaridades de cada microrregião.

Portanto, a correta manutenção da lavoura evita problemas graves que

podem destruir uma plantação inteira acarretando prejuízos entre outros tipos de

perdas.

3.1.7 A colheita do tomate

A colheita do tomate na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro é feita de

maneira manual. Os frutos retirados das plantas com uma cor avermelhada são

colocados em baldes plásticos e logo após, os frutos são transportados para bancas

onde são classificados em três tipos: frutos graúdos, miúdos e estragados, e são

colocados em caixas plásticas apenas os frutos graúdos e miúdos para que seja

feito a logística do mesmo. Já os frutos estragados, são descartados. Todo esse

processo deve ser feito com todo cuidado possível, para evitar danos ao fruto.

3.1.8 O desmanche da lavoura

O desmanche da lavoura na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro é

iniciado quando a tomateira já não produz mais frutos. Nesse processo, são

retiradas as mangueiras do sistema de irrigação e logo após os barbantes que

amarram a tomateira ao bambu são cortados, para que seja feita a retirada dos

bambus e dos arames de aço, que sustentam o mesmo. Em seguida, são

transportado são local onde será plantada a lavoura do ano seqüente.

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3.2 Os cuidados para a mitigação dos impactos ambientais

Atualmente, a empresa Carlos Alberto Florindo e Outro adota alguns

procedimentos para mitigar os impactos ambientais, pois a agressão ao meio

ambiente por parte do cultivo da mesma é intenso caso não seja cuidado para que

amenize-se tais agressões. Dentre esses cuidados pode-se citar:

a) utilizar apenas produtos registrados para a cultura;

b) utilizar, primeiramente, um inseticida do grupo químico dos

neonicotinóides, que agem sobre os adultos do inseto, inibindo a

alimentação, vôo e movimento, reduzindo a oviposição;

c) realizer uma aplicação semanal;

d) utilizar um mesmo produto (princípio ativo) por três primeiras semanas

seguidas. Na 4ª, 5ª e 6ª semanas, usar outro produto, de outro grupo

químico, procedendo desta maneira até a colheita. Como a espécie B.

argentifolii desenvolve rapidamente resistência aos diversos princípios

ativos, deve-se adotar a rotação entre grupos químicos para aumentar a

vida útil dos produtos;

e) não utilizar mistura de inseticidas;

f) respeitar o período de carência que está no rótulo do produto. O período

de carência é o intervalo entre a última pulverização e a colheita.

Figura 24: Embalagens de agrotóxico

Fonte: Elaborado pelos autores,2014

g) utilizar óleos e detergentes neutros em baixa concentração (0,5%). Esses

produtos interferem no metabolismo e na respiração do inseto, além de

provocar mudanças na estrutura da folha e ter efeito repelente. Os efeitos

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diretos sobre a mosca-branca são a redução na oviposição e transtornos

no desenvolvimento larval, especialmente no primeiro estádio, em que as

ninfas não se alimentam na superfície tratada com óleo e morrem

desidratadas;

h) direcionar o jato de aplicação de baixo para cima. Como a maioria dos

produtos químicos (inclusive detergentes e óleos) atua por contato com o

vetor, é importante que a calda cubra de maneira homogênea a parte

inferior da folhagem, para atingir as colônias;

i) realizar as pulverizações entre 6:00 e 10:00 horas ou a partir das 16:00 h,

para evitar a rápida evaporação da água e a degradação dos produtos; e

j) usar a dosagem indicada pelo fabricante (no rótulo do produto) e a

quantidade de água adequada, em geral 400-600 L/ha, com pH 5,0. Não

utilizar sub-dosagens. Manter em bom estado os equipamentos, com boa

pressão de aspersão, usando bicos adequados para distribuição uniforme

de gotas finas (menos de 0,05 mm de diâmetro) e bombas de alta

pressão, quando necessárias. Quando possível, empregar um

atomizador, para diminuir o tamanho das gotas e provocar uma melhor

distribuição das mesmas. Finalmente, tomadas essas devidas

precauções, a empresa Carlos Alberto Florindo e Outro está ajudando a

preservar os recursos naturais que em tempos modernos já estão

bastante comprometidos.

3.3 Os impactos ambientais mais relevantes

Na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, a agricultura é uma atividade

produtiva realizada há muito tempo. No Brasil, a agricultura tem grande importância

não só econômica como também social e cultural, devido a origem agrícola do país.

Dentre os impactos ambientais causados nesta lavoura, tem-se como

principal referência a erosão do solo que consiste no arrastamento das partículas

sólidase o seu transporte para outros locais. Na empresa Carlos Aberto Florindo e

Outro as principais conseqüências da erosão são a perda das camadas mais

superficiais e mais férteis do solo e a degradação do mesmo e de outros

componentes do meio ambiente. Normalmente, a erosão hídrica ocorre em solos

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descobertos, ou seja, sem vegetação, por fenômenos naturais como chuvas

intensas ou ainda por irrigações mal manejadas.

Neste contexto, a irrigação por sulcos é a que tem maiores chances de

causar erosão por ser feita através de canais abertos no próprio solo, tais perdas

ficam evidentes em regiões produtoras na época de chuvas. Em irrigações por

aspersão, as chances são menores, mas podem ocorrer erosões caso a irrigação

seja mal conduzida aplicando-se altas lâminas de água fazendo com que ocorra

escoamento superficial com conseqüente arraste de partículas. Na irrigação por

sulcos, o risco de erosão aumenta quando se utilizam altas vazões de água, quando

se reduz o comprimento das parcelas e quando a declividade é excessiva.

Da mesma forma que os fertilizantes são levados à água superficial e

subterrânea por conseqüência de irrigações mal manejadas e de baixa eficiência, os

produtos usados no controle fitossanitário também representam uma ameaça à

qualidade das águas. A produção de tomate de mesa no Brasil é uma das atividades

agrícolas que mais intensivamente utiliza defensivos agrícolas ou agrotóxicos.

Os defensivos químicos são geralmente aplicados à lavoura de tomate em

caráter preventivo e curativo, sendo utilizados em grandes quantidades e durante

todo o período de cultivo. Isso se deve a falta de conhecimentos técnicos, a carência

de agrônomos nas lavouras e a atual situação dos produtores que tem que

sobreviver da atividade, e por isso aplicam doses excessivas de produtos com receio

de perder a plantação e imaginando que desta maneira solucionará os problemas

das pragas e doenças na lavoura.

Desta forma, essa atividade agrícola tem sido considerada um potencial

poluidor, pelo uso excessivo de defensivos químicos associado a tratos culturais

ineficientes, e, unindo-se a isso, uma área de plantio expressiva em todo o país.

3.4 Discussão e parecer final do caso

Em visita a empresa Carlos Alberto Florindo e Outro, nota-se que para a

mesma é de suma importância o gerenciamento dos impactos ambientais na

lavoura, preocupa-se com a destinação correta das embalagens dos agrotóxicos,

com a poluição do ar, dentre outras preocupações como a vida humana e o solo.

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A organização designa as embalagens usadas para fornecedores que

repassam as mesmas para a reciclagem, um ato de solidariedade e obrigação com o

meio ambiente.

Alguns implementos agrícolas precisam ser ajustados para a utilização devida

na lavoura, como os pulverizadores que possuem bicos para expelir os agrotóxicos

necessários para combater as pragas no plantio. Estes bicos devem ser substituídos

por outros que reduzem o desperdício de água e a contaminação no ar.

Os colaboradores que ali desempenham suas funções recebem os

equipamentos de proteção individual, porém não há uma fiscalização para exigir que

utilizem. Um ponto a ser analisado e corrigido.

A empresa reativa o solo a cada lavoura, pois após o término do plantio é feito

outro plantio, este de milho, trazendo todas as vitaminas e vitalidade para a terra.

Contudo, a empresa está bem próxima da inexistência dos impactos

ambientais que são causados em outras lavouras e com um esforço a mais poderá

alcançar uma lavoura de excelente qualidade e ambiente puro.

A questão ambiental é levada a sério pela empresa, a mesma possui medidas de prevenção do meio ambiente e manancial, mantém cuidado necessário com a destinação das embalagens vazias de agrotóxicos, conservando-as em local adequado até contemplar um carregamento e serem transportadas à empresa especializada e localizada no corpo da nota fiscal. (SOUZA; SOARES; MELLO, 2009, p. 20.)

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PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Após estudos realizados na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro,

conclui-se que o ponto a ser melhorado na empresa está relacionado à mitigação

dos impactos ambientais, pois não existe uma lavoura totalmente anti degradável,

com procedimentos seguidos totalmente eficientes quanto à preservação da

natureza.

Por ser uma empresa que atua há 10 anos no mercado de agronegócio, que

cultiva hortaliças temporárias, devido à sazonalidade da produção, acabam

ocorrendo falhas quanto ao ambiente.

Propomos a implantação de melhorias como à utilização de agrotóxicos na

medida certa, a utilização de recursos hídricos de forma adequada, a ausência de

queimadas e a utilização dos EPI’s para preservar a vida humana, através do qual o

empresário poderá planejar e mitigar os impactos causados ao meio ambiente,

proporcionando um planejamento estruturado e eficaz, para o desenvolvimento da

mesma perante o mercado atual.

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CONCLUSÃO

Após a pesquisa realizada na empresa Carlos Alberto Florindo e Outro,

concluímos que o gerenciamento dos impactos ambientais é uma ferramenta muito

importante no processo decisório, atendendo às necessidades do planeta e

minimizando os impactos nele causados.

Com o atual mundo do agronegócio, o comércio em si encontra-se cada vez

mais rigoroso e seus consumidores cada vez mais exigentes, tendo em vista que os

alimentos ingeridos nem sempre são de boa qualidade, e os impactos causados

nem sempre são mitigados, ingeridos estes por seres humanos sem nem se quer

saber sua procedência.

Quando falamos em questões ambientais, a proteção contra o solo, ar e

demais meios devem ser repensadas e analisadas cautelosamente, sem causar

qualquer tipo de dano ao meio em que vivemos. Em uma lavoura de tomate há

controvérsias, um ato antiprejudicial como a pulverização na lavoura poderá ser

prejudicial ao mundo desde que não seja realizada com agrotóxicos corretos e de

modo correto. Concomitante a isso e não menos importante, podemos comentar

também a questão dos EPI’s (equipamento de proteção individual) que são

extremamente necessários aos colaboradores para diminuir os riscos oferecidos

pelos serviços que prestam, zelando pela sua integridade física.

Os cuidados são muitos, se todos os fizessem o ar seria mais puro, os

animais agradeceriam, e as pessoas que no mundo residem também.

O que apresentamos neste trabalho pode auxiliar na mitigação dos impactos

causados ao meio ambiente em uma lavoura de tomate.

No desenvolvimento desta pesquisa, constatamos que, a empresa Carlos

Alberto Florindo e Outro se preocupa com a qualidade de seus serviços aliada a sua

competitividade no mercado.

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APÊNDICES

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APÊNDICE A – ROTEIRO DE ESTUDO DE CASO

1 INTRODUÇÃO

Será realizado um levantamento de dados do processo produtivo da lavoura

do tomate para verificar os cuidados com os insumos para mitigar os impactos

ambientais.

1.1 Relato do trabalho realizado referente ao assunto estudado

As informações serão coletadas através de entrevista para o proprietário e

para o supervisor de produção em visita ao local da empresa.

1.2 Discussão

Através da pesquisa será realizado confronto entre teoria e prática, através de

referencial teórico estudado.

1.3 Parecer Final

Parecer final sobre o caso e sugestões de melhoria.

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APÊNDICE B – ROTEIRO DE OBSERVAÇÃO SISTEMÁTICA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

II ASPECTOS A SEREM OBSERVADOS

1 O processo produtivo da lavoura do tomate.

2 A escolha do local adequado para o cultivo.

3 A preparação do solo.

4 O plantio.

5 O acompanhamento.

6 Os cuidados.

7 A colheita.

8 A distribuição.

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APÊNDICE C – ROTEIRO DO HISTÓRICO DA EMPRESA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Empresa:

Localização:

Cidade: Estado:

Atividade:

Data da Fundação:

II ASPECTOS HISTÓRICOS DA EMPRESA CARLOS ALBERTO FLORINDO E

OUTRO.

1 Surgimento

2 Missão, Visão, Valores, Crenças

3 Evolução

4 Processos produtivos

5 Produtos

6 Concorrentes

7 Clientes

8 Fornecedores

9 Projeto de Expansão

10 Organograma

11 Responsabilidade Social e Ambiental

12 Propagandas e Promoções

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APÊNDICE D – ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA O PROPRIETARIO DA

EMPRESA

I DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Nome:

Cargo:

Escolaridade:

Experiências Profissionais:

Outras Experiências:

Residência / Local:

II PERGUNTAS ESPECÍFICAS

1. Primeiramente, o que deve ser feito com a preparação do solo?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

2. Como cuidar de uma lavoura desde o plantio até a colheita?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

3. Como reestruturar o solo após o término do plantio?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

4. O que de pior poderia vir a acontecer em uma plantação?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

5. Quais os equipamentos de segurança mais utilizados?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

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6. Quais os impactos negativos que os agrotóxicos podem causar?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

6.1. E os positivos?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

7. Quais os custos de uma plantação?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

8. Quanto é o tempo de uma colheita?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

9. O que é feito para mitigar os impactos ambientais?

________________________________________________________________

________________________________________________________________

10. Quais os impactos ambientais desencadeados por uma lavoura de tomate?

________________________________________________________________

________________________________________________________________