gavazzi, sigrid castro. fichamento de entrevistas

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  • 8/17/2019 GAVAZZI, Sigrid Castro. Fichamento de Entrevistas

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    E

    ta obra é fruto

    de

    uma Tese de Douto

    ramento; defendida

    na UFRJ, em junho de 1995.

    De início, devo ressaltar que o

    tema continua atual e ainda

    não surgiram, no Brasil, traba

    lhos de fôlego sobre a ques

    tão.

    isto

    á

    tomaria a obra

    digna de divulgação. Mas há

    ainda aspectos para serem

    comentados.

    Observo que não é fácil

    dedicar-se a uma área desta

    natureza porque, como a pró

    pria autora observa, os con

    ceitos e a ferramenta teórica

    mostram-se bastante escorre

    gadios. Para dar conta

    de

    fenô

    menos razoavelmente com

    plexos e dinâmicos, como o

    analisado, deve-se recorrer a

    várias alternativas, o que

    quase impele a qµe se seja

    eclético sob o ponto de vista

    teórico. Tal decisão da analis

    ta e a utilização bastante

    ampla de autores brasileiros

    fazem com que o ensaio

    aumente em consistência.

    ·Além disso, os resulta

    dos,

    ao

    apontarem a polariza

    ção, nos fechamentos, em

    tomo de duas grandes estraté

    gias -

    a

    fechos parafrásicos

    em 60% e b) fechos frásticos

    em 40% - trouxeram infor

    mação nova que indica prefe

    rências nítidas quando se trata

    de desenvolver temas suger

    i-

    dos, como no caso

    de

    entre

    vistas.

    Portanto, sou

    de

    opinião

    que o trabalho merece ampla

    divulgação, pela segurança da

    abordagem, re sultados obti

    do s e equilibrada exposição

    teórica. Gostaria ainda de

    frisar o aspecto positivo de se

    ter dedicado a observar um

    corpus muito importante hoj e

    no país, como é o do Projeto

    NUR

    C.

    Tem-se, pois, leitura útil

    a todos aqueles que se dedi

    cam a investigar aspectos da

    interação verbal.

    Luiz ntônio Marcuschi

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    COLEÇÃO ENS IOS

    - Programa de Pós-Graduação

    em

    Letras da UFF

    1 ENTRE VOZ

    E

    LETRA

    Laura Cavalcante Padilha

    2 AS CORES DO

    DISCURSO

    Lucia Teixeira

    3 A

    POÉTICA

    DO FUNDAMENTO

    José Luís Jobim

    4.

    LIÇÕES DE

    CRÍTICA

    Maria Elizabeth Chaves de Mello

    5

    O

    HERÓI

    PROBLEMÁTICO

    EM

    CERROM IOR

    José Carlos Barcellos

    6 NEM MUSA NEM MEDUSA

    Lucia Helena

    7. EDIÇÃO CRÍTICA EM UMA PERSPECTIVA

    GENÉTICA

    DEAS TRÊS MARIAS DE RACHEL

    DE QUEIROZ

    Marlene Gomes Mendes

    8

    PAULICÉIA

    SCUGLIAMBADA

    PAULICÉIA DESVAIRADA

    Maurício Martins do Carmo

    9

    REPETIÇÃO

    EM DIÁLOGOS

    Mariangela Rios de Oliveira

    10 A ESCRITURA DOS SILÊNCIOS

    Vera Lucia Soares

    11 FECHAMENTOS EM ENTREVISTAS

    Sigrid Castro Gavazzi

    12

    CONSTRUÇÃO

    DE IDENTIDADES

    PÓS COLONIAIS NA

    LITERATURA

    ANTILHANA

    Eurídice Figueiredo

    Sigrid

    Castro

    Gavazzi

    FECHAMENTOS

    EM ENTREVISTAS

    o

    dUFF

    EDITORA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

    Niterói RJ - 1998

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    Copyright© 1998 by Sigrid Castro Gavazzi

    Direitos desta edição reservados à EdUFF - Editora da Universidade Federal

    Fluminense - Rua Miguel de Frias, 9 - anexo - sobreloja - Icaraí - Niterói - RJ

    CEP 24220-000 -

    Tui :

    021) 620-8080 - ramais 200, 353 e 356

    Fax: 021) 621-6426

    É proibida a reprodução total ou parcial desta obra sem autorização expressa

    da Editora.

    Edição de texto: Sônia Peçanha

    Projeto gráfico e editoração eletrônica:

    José Luiz Stalleiken Martins

    Capa: Mareio André de Oliveira

    Revisão: Damião Nascimento e Sônia Peçanha

    Supervisão gráfica: Káthia

    M

    Pimenta Macedo

    Coordenação editorial: Damião Nascimento

    Catalogação-na-fonte

    G281

    Gavazzi, Sigrid Castro.

    Fechamentos em entrevi stas/ Sigrid Castro Gavazzi. - Niterói :

    EdUFF, 1998.

    107

    p

    ; 21 cm. - Coleção Ensaios ; 11)

    Bibliografia: p 95

    ISBN 85-228-0272-6

    1. Lingüística.

    1

    Título. li. Série.

    coo 41

    UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

    Reitor

    Luiz Pedro Antunes

    Vice Reitor

    Fabiano da Costa Carvalho

    Diretora da EdUFF

    Eliana da Silva e Souza

    Comissão Editorial

    Adonia Antunes Prado

    Anamaria da Costa Cruz

    Gilda Helena Rocha Batista

    Heraldo Silva da Costa Mattos

    Maria Guadalupe C Piragibe da Fonseca

    Roberto Kant de Lima

    Roberto dos Santos Almeida

    Terezinha Pereira dos Santos

    Vera Lucia dos Reis

    Aos mestres

    À

    Dinah Isensee Callou

    Vera Lúcia Paredes da Silva

    Luiz Antônio Marcuschi

    pelos incontáveis ensinamentos

    Maria Emília Barcellos da Silva

    Maria Aparecida Lino Pauliukonis

    pelo companheirismo sem fronteiras

    Para o sempre) menino

    GUNNAR

    Riso claro e límpido

    Raiozinho de sol

    Iluminando toda a eternidade

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    APRESENTAÇÃO

    1 INTRODUÇÃO

    SUMÁRIO

    2

    ORIENTAÇÃO METODOLÓGICA:

    3

    A OPÇAO POR ENTREVISTAS ...........................

    19

    Aspectos gerais .......................................................... 19

    Entrevistas e informantes: o que e quem ................... 21

    Organização textual: tema, tópico e subtópico .......... 22

    Corpus os recortes e sua delimitação ........................ 25

    Fechamentos de subtópicos: revisão da literatura ...... 28

    Da teoria para a prática e vice-versa) ................... .... 31

    3

    PRESSUPOSTOS TEÓRICOS ......................................

    35

    Funcionalismo lingüístico ..........................................

    37

    Análise da conversação ..............................................

    39

    Dois modelos teóricos em relação

    de complementaridade ............................................... 40

    Variacionismo : uma útil) ferramenta de trabalho .... 40

    4 CATEGORIZANDO E DESCREVENDO

    FECHOS: O CENÁRIO Nº 1

    ..................................

    43

    Aparando arestas ........................................................ 43

    Fecho frástico .............................................................

    5

    Fecho parafrástico ......................................................

    52

    A) Explícito ............................................................... 53

    B) Reduplicativo .......................................................

    56

    C) Analítico ...............................................................

    57

    D) Analítico-resumit ivo ............................................ 60

    E os pós-fechamentos? ..............................................

    6

    5

    QUANTIFICANDO MARCAS

    INTERATIVO TEXTUAIS: O CENÁRIO Nº 2 ...

    65

    Grupos de fatores ....................................................... 67

    A seleção .................................................................... 88

    CONCLUSÃO........................

    91

    7

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    95

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    PRESENT Ç O

    O texto que ora se publica, em forma de ensaio, vem a ser uma

    adaptação da ese de Doutorado em Língua Portuguesa, defendi

    da na Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de

    Janeiro, em junho de 1995, sob o títuloFechamento de subtópicos

    em diálogos assimétricos

    A autora propõe-se a estud r os principais procedimentos

    discursivos empregados pelos falantes,

    no

    processo de interação,

    para indicar/marcar o fechamento ou mudança de subtópicos .

    Utiliza, para tal, 12 entrevistas do corpus do Projeto de Estudo da

    Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC), sendo sua uni

    dade de análise o discurso dialogado de falantes cultos, definido

    culto como aquele que completou o curso universitário.

    Os pressupostos teóricos são de um funcionalismo moderado -

    no dizer da própria autora - e da análise da conversação. Ao

    correlacionar as estratégias discursivas, que possibilitam toma

    das e retomadas de turno, aos diferentes contextos e momentos

    de fala, na busca de seus condicionamentos, vale-se também do

    arsenal teórico-metodológico da sociolingüística quantitativa

    laboviana.

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    O trabalho de Sigrid Gavazzi, ensaio exploratório, representa o

    fechamento de uma etapa em sua caminhada acadêmico-profissi

    onal.

    Venho acompanhando de perto sua trajetória, há muitos anos, e

    não tenho dúvidas em afirmar que sua pesquisa merece ser

    divulgada.

    2

    Dinah Cal/ou

    Coordenadora do Projeto NURC/RJ

    INTRODUÇÃO

    Este ensaio objetiva detectar os elementos utilizados pelo falante

    para INDICAR ao ouvinte que sua fala está chegando ao fim

    Como o corpus analisado arrola entrevistas, o ouvinte assume a

    função de entrevistador e o falante, gerador do discurso, de entre

    vistado. A elocução, produzida por este último, representa então

    a resposta a uma questão anteriormente formulada. Quando o as

    sunto se esgota, nova questão deve ser proposta, perfazendo o

    jogo pergunta/resposta, peculiar a esse tipo de interação.

    Ora, qualquer conversação assenta-se cm estratégias comunicati

    vas específicas. Compor um relato, descrever um objeto, expor

    uma opinião exigem o conhecimento de técnicas, que vão desde a

    escolha do material lingüístico nos níveis de construção da sen

    tença) à ordenação da mensagem. Assim, a lógica faz crer que

    todos os falantes de um idioma dominem tais artifícios, selecio

    nando os recursos oferecidos, escalonando-os m graus de

    importância.

    As táticas para a abertura e manutenção

    o

    turno e

    o

    tópico)

    vêm sendo alvo de inúmeras pesquisas. No entanto, pouca aten

    ção tem sido dada

    à

    conclusão. Na realidade, o esquecimento é

    3

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    1

    ,: 111

    ORIENTAÇAO

    spectos gerais

    METODOLÓGIA:

    A OPÇÃO POR

    ENTREVISTAS

    Os inquéritos que serviram de base a este trabalho constituem o

    que usualmente se denomina entrevistas'', inquéritos ou di-

    álogos assimétricos .

    Nesses diálogos, cabe ao entrevistador

    manipular as perguntas, tentando recobrir satisfatoriamente um

    tema, construindo uma espinha dorsal exploratória, não permi-

    tindo, de modo geral, que o entrevistado realize grandes digressões.

    Constituem, portanto, um tipo de interação mais planejada que a

    conversação espontânea (inclusive porque o documentador,

    costumeiramente, faz uso de um roteiro). Além disso, os fa-

    lantes não têm, em geral, direitos iguais nesta competição ( . É

    o entrevistador quem faz as perguntas para, em seguida, oferecer

    o turno

    à

    pessoa entrevistada (CORRÊA, MARTINE, 1989,

    p.

    246).

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    do quadro lingüístico limites da sentença) ou requerendo uma

    descrição adicional/alternativa em termos cognitivos

    interacionais e sociais. Seleciona, também, expedientes gramati

    cais que evidenciam o início do episódio e outros que indicam

    pontos de ruptura

    tais como elementos contrastivos, mudança

    na perspectiva da descrição do geral para o particular), dos par

    ticipantes do fato, do lugar, de temas, de opiniões.

    A categorização das marcas específicas neste estudo correspondeu

    apenas a um nível preliminar: não constituiu um fim, mas um

    meio. Entendemos, por conseguinte, que descrever a área a ser

    estudada facilitaria a sua exploração/análise posterior.

    Tais

    marcas, realmente, quando examinadas em seu conjunto, re

    velaram:

    a

    os tipos de fecho característicos; e b) os índices

    textuais-discursivos mais presentes no discurso característico de

    final de subunidade, índices que foram testados e analisados por

    meio de programa computacional.

    Entretanto, o fechamento- e mais especificamente seu início uma

    cláusula? mais de uma cláusula? possível de ser delimitado?) -

    ainda será alvo de especulação mais apurada no Capítulo 4, quan

    do se inicia sua descrição/categorização.

    34

    PRESSUPOSTOS

    TEÓRICOS

    Adotar uma perspectiva teórica constitui mais do que opção de

    caráter instrumental. Indica, certamente, o caminho que se julga

    mais fidedigno.

    · Assumimos, então, neste trabalho, a

    perspectiva

    de que a

    codificação lingüística não pode ser dissociada de um contexto

    situacional e cultural específico. Daí, para se compreender

    o uso

    d

    língua na comunicação

    é preciso estabelecer correlações en

    tre mecanismos formais/gramaticais e os contextos discursivos

    em que aparecem. Em outros termos: proceder-se-á a uma

    análi-

    se descritiva e interpretativa

    do

    fenômeno em voga - o fechamento

    de subunidades em diálogos assimétricos - tendo sempre como

    base o

    texto

    mas, sobretudo, sem perder de vista o

    contexto

    que o

    motivou.

    Partimos, portanto, do pressuposto de que existe uma necessida

    de comunicativa primeira fechar uma subunidade), mas que esse

    fechamento não é aleatório ou arbitrário, isto

    é,

    a finalização de

    subunidade estará correlacionada com determinado conjunto de

    elementos-

    sejam eles de ordem comunicativa, cognitiva, social.

    5

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    pretende detectar/descrever um fenômeno que ocorre em uma ou

    duas entrevistas. Objetivamos, sim, dar conta de um universo re-

    gular.

    E os números, se bem categorizados e codificados e

    interpretados, devem levar

    à

    constatação

    de

    fatos. E é a interpre-

    tação dos resultados que valida (ou não) as hipóteses.

    Em outras palavras, utilizamos índices numéricos como um ins-

    trumental intermediário entre uma análise preliminar (baseada

    na intuição/conhecimento lingüístico) e os resultados finais, quan-

    do se comparam tipos de fechos/hipóteses em face da quantificação

    obtida.

    4 CATEGORIZANDO

    E DESCREVENDO

    FECHOS:

    O CENÁRIO

    NÚMERO

    parando arestas

    A Início do fechamento: há

    um

    fecho processo e um

    fecho produto?

    Uma das grandes especulações que permeou este estudo recaiu

    exatamente na localização do início do fechamento.

    Ao

    se referir à mudança de turno em conversas telefônicas,

    Marcuschi (1986,

    p

    19) já notava que, em qualquer conversação,

    ( ) a tarefa mais árdua não é definir quando há ou não uma

    mudança de turno, e sim saber o que determina aquela mudança

    e qual seria o momento propício para ela ocorrer.

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    5 QUANTIFICANDO

    MARCAS

    INTERATIVO-

    TEXTUAIS:

    O CENÁRIO

    NUMERO

    O Programa computacional VARBRUL atua binariamente: opõe

    se x (chamado aplicação da regra ) a y Em nosso

    caso,

    verificamos a alternância entre o fecho frástico e o parafrástico

    examinando as condições favoráveis para a ocorrência deste últi

    mo (e, em contrapartida, desfavoráveis para o primeiro).

    Os elementos detectados como

    possív is

    influenciadores do

    fe-

    cho parafrástico denominam-se grupos de fatores . Cada um

    recebeu tratamento individual, sendo caracterizado. A seguir,

    expomos a tabela correspondente ao grupo: aplicação (número

    de ocorrências), percentagens e peso relativo. Veja-se, por exem

    plo, a Tabela :

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    A seleção

    A seleção calcula os pesos relativos de cada grupo de fatores, em

    sua atuação

    conjunta. Alguns grupos são

    descartados

    hierarquizam-se os

    pesos

    e, ao final obtém-se uma rodada mais

    consolidada em que são selecionados os grupos mais relevantes

    para a realização do fenômeno em voga.

    Todavia, já na codificação dos grupos, percebemos que havia,

    especificamente em relação a dois dentre eles, a possibilidade de

    superposição: retomada de pauta principal e retomada de tipologia.

    Já comentamos que isso se deveu, sobretudo, ao fato de reconhe

    cermos haver certa dificuldade para opor, com toda confiabilidade,

    um grupo ao outro em determinados fragmentos. Especulávamos,

    por exemplo, se um comentário (amoldado evidentemente a ou

    tro tipo de discurso) teria a mesma funcionalidade que uma outra

    inserção, parentética (mantenedora da tipologia inicial). Afinal,

    em ambos os casos, o discurso que se lhes seguia retomava a

    linha discursiva anterior e ambos os enunciados inseridos, na ver

    dade, funcionam como um pano de fundo para a seqüência

    principal do discurso. Amalgamamos então os grupos (PP= reto

    mada de pauta principal + TD= retomada de tipo discursivo).

    Isto posto, o Programa selecionou, por conseguinte, em ordem de

    importância, sete grupos de fatores. O resultado foi o seguinte :

    Conhecimento de

    mundo

    + esperado .16

    +/-esperado .67

    - esperado .92

    Tipologia discursiva

    + argumentação .62

    - argumentação .21

    88

    +PP/+TD

    -PP/+TD

    PPJ-TD

    -PP/-TD

    Retomadas

    .75

    .62

    .57

    .39

    Grau

    de subjetividade do enunciado

    Subjetivo .62

    - Subjetivo .40

    Composição do período

    superoracional .42

    oracional .62

    Grau de subjetividade do enunciado

    + subjetivo .62

    - subjetivo .40

    masculino

    feminino

    Sexo

    .40

    .58

    A seleção revela alguns fatos Assim, aponta para

    um

    ambiente

    favorável ao uso de fechos parafrásticos quanto mais presentes

    estiverem os seguintes aspectos:

    • O conhecimento de mundo é mínimo, acarretando a neces

    sidade de reformulações parafrásticas, um dos mecanismos

    asseguradores do entedimento mútuo sobre o teor em que

    se pauta a conversação.

    • O discurso se consubstancia por meio da modalidade

    argumentativa. Ora, ao ser entrevistado instrucionalmente,

    o falante tem de expor suas opiniões, porém, igualmente,

    deve persuadir seu entrevistador acerca do teor de verda

    de sobre os pontos de vista expostos.

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