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10º ANO - GEOLOGIA
Terra, um planeta em mudança
A Terra é um planeta
dinâmico. Por mais
imperceptíveis e
lentas que sejam as
suas transformações,
elas estão registadas
ao longo dos tempos
geológicos.
Nuno Correia - 10/11
No século XVIII, o Homem
começou a preocupar-se
com a determinação da
idade da Terra e dos
fenómenos que nela
ocorrem.
Nuno Correia - 10/11
Georges Cuvier
Catastrofismo
Georges Cuvier foi um dos
principais defensores do
Catastrofismo geológico,
considerando que a Terra
esteve sujeita, com uma certa
regularidade, a rápidas e
violentas alterações que
teriam provocado a extinção
da fauna e da flora existentes.
Nuno Correia - 10/11
A estes períodos de extinção
seguiam-se períodos estáveis
em que uma nova fauna e flora
voltariam a ocupar a superfície
da Terra.
O Catastrofismo reuniu o
consenso da comunidade
científica é religiosa da época.
Nuno Correia - 10/11
No final do século XVIII, a
hipótese do Catastrofismo foi
reexaminada e comparada
com as evidências geológicas.
Nuno Correia - 10/11
Siccar point – Escócia
Nuno Correia - 10/11
O cientista que mais
contestou o Catastrofismo
e propôs uma hipótese
oposta foi James Hutton.
James Hutton considerava que
a espessura das rochas
sedimentares e a elevada
riqueza em fósseis de
organismos extintos indicavam
uma deposição lenta.
Nuno Correia - 10/11
Princípio orientador
Este princípio pressupõe a
uniformidade temporal dos
processos geológicos assim
como das suas causas.
Nuno Correia - 10/11
Pressupostos em que assenta este princípio
as leis físicas e químicas têm uma validade temporalmente
ilimitada;
as forças geológicas mantêm-se qualitativamente iguais no
presente, no passado e futuro; (actualismo)
as forças geológicas mantêm-se, não só qualitativamente,
mas também quantitativamente iguais no presente, no
passado e no futuro. (Gradualismo)
Nuno Correia - 10/11
Charles Lyell (1797 – 1875)
Nuno Correia - 10/11
A coexistência entre o catastrofismo e o Uniformitarismo não foi pacífica.
Seria Charles Lyell, um discípulo de Hutton, na sua obra Princípios de Geologia, quem verdadeiramente lutou contra as ideias catastrofistas baseadas em acontecimentos excepcionais, tais como o dilúvio bíblico.
Nuno Correia - 10/11
O estudo de determinados fenómenos geológicos
(e.g. sismos) demonstraram que a Terra comporta
acontecimentos graduais e catastróficos e que,
para o mesmo fenómeno, podem coexistir
aspectos graduais e a ruptura superficial
quasi-instantânea.
Nuno Correia - 10/11
No sec. XX ressurgem as teorias
catastrofistas – neocatastrofismo.
Aceita os princípios do
Uniformitarismo, mas admite a
existência de catástrofes, como
principais agentes modeladores da vida
e da geodinâmica terrestre.
Nuno Correia - 10/11
Se o catastrofismo não se impõe
ao uniformitarismo no século XVIII
mas renasce, como
neocatastrofismo, no fim do século
XX é porque a nossa visão
cientifica do mundo se alterou
radicalmente entretanto.
Nuno Correia - 10/11
Meteor Crater, Arizona, EUA
Descobriram-se grandezas que não têm
tamanho característico mas podem variar
entre longos limites, por vezes dezenas ou
centenas de ordens de grandeza.
Nuno Correia - 10/11
Alguns exemplos em Ciências da Terra são
a energia dos impactos de meteoritos, dos
sismos, o tamanho das cheias.
Nuno Correia - 10/11Rinjani, Indonésia
Estima-se por exemplo que um
impacto de asteróide com
100m de diâmetro ocorrerá de
1000 em 1000 anos;
O de um asteróide com 10 Km
será da ordem de 100 M.a., mas
todos os dias caem poeiras
meteoríticas com dimensões
milimétricas sobre a Terra.
Nuno Correia - 10/11
Durante uma vida humana pode
ocorrer um sismo tectónico da
máxima magnitude medida; mas
teríamos que esperar cerca de
100 M.a. para poder observar o
megaimpacto com máxima
energia expectável.
Nuno Correia - 10/11
Há causas que podemos observar todos os
dias e outras que só estão preservadas no
registo geológico.
Nuno Correia - 10/11
O catastrofismo e o uniformismo são aplicáveis aos
extremos de uma distribuição contínua entre esses
extremos e não se excluem mutuamente.
Nuno Correia - 10/11
Ao vermos a História da Terra
como uma série de
fenómenos graduais
intercalados com eventos
catastróficos, torna-se
evidente que esses
fenómenos poderão voltar
a acontecer.
Nuno Correia - 10/11