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FUTEBOL CLUBE DO PORTO - Futebol, SAD
Sociedade Aberta Capital Social: 75.000.000 Euro
Sede: Torre das Antas - Avenida Fernã o de Magalhã es, 1862 14º Piso 4350-158 Porto Matricula na 1ª Conservató ria do Registo Comercial do Porto, n.º 5745
Pessoa Colectiva n.º 504 076 574
RELATÓRIO E CONTAS CONSOLIDADO
1º SEMESTRE 2003/2004
Índice A. Relatório de Gestão
1. Mensagem do Presidente 2. Órgãos Sociais 3. Evolução dos Negócios da Sociedade 4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício 5. Perspectivas Futuras
B. Demonstrações Financeiras e Anexos
1. Balanço 2. Demonstração de Resultados por Naturezas 3. Notas às Demonstrações Financeiras 4. Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na
CMVM sobre a Informação Semestral Consolidada C. Informações sobre o Governo das Sociedades
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
A. Relatório de Gestão
1. Mensagem do Presidente
O balanço a meio de nova viagem permite-nos constatar que a F.C.
Porto – Futebol, SAD continua a trilhar o caminho certo e mantém os
níveis de sucesso que permitiram alcançar as façanhas notáveis da
temporada passada.
A F.C.Porto – Futebol, SAD é, cada vez mais, um exemplo de
estabilidade. As políticas assumidas servem para manter o rigor exigido
pelas novas contingências financeiras e cumprir as expectativas criadas
depois de um ano verdadeiramente inolvidável.
O equilíbrio entre estas duas exigências é, indubitavelmente, uma
preocupação diária. O plantel foi reajustado no arranque de 2003/04,
cederam-se os direitos desportivos de Hélder Postiga, garantiram-se os
de Benny McCarthy e de um conjunto de jovens portugueses com
imenso potencial. A equipa, como se constata pela continuidade em três
frentes e pela liderança inequívoca da SuperLiga, não perdeu as suas
feições mais marcantes e decisivas.
O recente voto de confiança do mercado de capitais, traduzido pela
superação das expectativas no decorrer do processo de subscrição de
obrigações da F.C.Porto – Futebol, SAD veio reforçar as nossas certezas.
O rumo definido é adequado à responsabilidade e à grandeza do
F.C.Porto, ainda recentemente fortalecida pela inauguração de um palco
mágico, o Estádio do Dragão.
Jorge Nuno Pinto da Costa
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2. Órgãos Sociais
Assembleia Geral Presidente - Fernando Arnaldo Sardoeira Pinto Secretário - Miguel Angelo Abreu Bismarck Conselho de Administração Presidente - Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa Adelino Sá e Melo Caldeira Fernando Soares Gomes da Silva Reinaldo da Costa Teles Pinheiro Rui Miguel Duarte Alegre Conselho Fiscal Presidente - Domingos José Vieira de Matos Vogal - Ledo, Morgado & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, representada por Jorge Bento Martins Ledo Vogal - Joaquim Manuel Sousa Ribeiro Secretário da Sociedade Daniel Lorenz Rodrigues Pereira Suplente : Urgel Ricardo Santos Brandão Horta Martins Conselho Consultivo Jorge Nuno Pinto da Costa Alípio Dias Adolfo Roque Álvaro Pinto Álvaro Rola Américo Amorim António Gonçalves António Lobo Xavier Armando Pinho Artur Santos Silva Augusto Paranhos Domingos Matos Fernando Pimenta Ilídio Pinho Ilídio Pinto João Nuno Macedo Silva Jorge Armindo Ludgero Marques Nuno Cardoso Rui Barros
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Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
3. Evolução dos Negócios da Sociedade
F.C.Porto – Futebol, SAD
Futebol
A época 2003/2004 afigura-se como um verdadeiro e exigente desafio,
na procura de manter os altíssimos níveis de qualidade exibidos na
fantástica época de 2002/2003. Desta equipa saíram Hélder Postiga,
Capucho e Clayton, sendo o grupo reforçado com as aquisições dos
jogadores Benny McCarthy, Pedro Mendes, José Bosingwa e Ricardo
Fernandes. Foi ainda adquirido Bruno Moraes, jovem promessa do
futebol brasileiro, que iniciou a temporada integrado nos trabalhos da
equipa B.
O arranque para a época 2003/2004 deu-se em Marienfeld, Alemanha,
onde decorreu o estágio de pré-temporada. O ambiente de grande
tranquilidade revelou-se ideal para preparar um ano que se antevia
exigente e desgastante, bem como a forma ideal para integrar os novos
jogadores no grupo de trabalho. Durante este período a equipa disputou
três jogos de preparação, com níveis de exigência crescentes, com
adversários como o Paderborn, Fortuna e Hannover. Antes do início das
competições oficiais, o F.C.Porto defrontou em Paris o PSG, na Corunha
o Deportivo e finalmente, já em Portugal, o Groningen. Estes encontros
particulares saldaram-se por cinco vitórias e um empate.
A primeira competição oficial em disputa foi a Supertaça Cândido de
Oliveira, num jogo que opôs o F.C.Porto à União de Leiria, no novo e
belo Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães. Viveu-se um ambiente
fantástico, com os 30.000 espectadores que esgotaram os bilhetes para
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o jogo, a testemunhar a conquista de mais uma taça pelo F.C.Porto,
como consequência da vitória por 1-0, golo de Costinha.
A época começava em grandes palcos. A 29 de Agosto, no Mónaco, a
Supertaça Europeia colocou frente a frente o AC Milan e o F.C.Porto,
vencedores respectivamente da UEFA Champions League e da UEFA
Cup. Num jogo extremamente equilibrado, a vitória sorriu aos italianos
por 1-0, que assim enriqueceram o seu já brilhante palmarés.
Na Superliga Galp Energia e após a disputa da 1ª volta, o F.C.Porto
seguia invicto, liderando a classificação com 14 vitórias e 3 empates
tendo marcado 38 golos e sofrido 11. O melhor marcador da Superliga
era Derlei com 13 golos marcados. Os jogadores mais utilizados por
José Mourinho foram Vítor Baía, Paulo Ferreira e Ricardo Carvalho.
Na Taça de Portugal o F.C.Porto já está apurado para a final da prova,
depois de ter ultrapassado o Boavista, Maia, Vilafranquense, Rio Ave e
Braga.
No que respeita às competições europeias, a época 2003/2004 marca o
regresso do F.C.Porto à UEFA Champions League. O sorteio para a 1ª
fase da prova ditou como adversários o Real Madrid, Marselha e
Partizan. A tarefa adivinhava-se difícil, mas as decisivas vitórias com o
Marselha abriram o caminho dos oitavos de final. Foram dois jogos de
grande intensidade, dramáticos até e disputados por duas equipas de
futebol ofensivo e espectacular, que demonstraram em campo tudo
aquilo que faz da UEFA Champions League a mais importante
competição entre clubes do mundo. Destacou-se ainda o empate 1-1
conseguido em Santiago Bernabeu perante o Real Madrid, considerada
por muitos a melhor equipa da prova. A sorte ditou que o adversário nos
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rio e Contas 1S03 6
oitavos de final da competição fosse o Manchester United, lendário e
poderoso clube inglês. Os adeptos de futebol assistiram a 180 minutos
de grande qualidade, muito competitivos e com emoção até ao apito
final. O jogo no Porto ficará na memória daqueles que se deslocaram ao
belo Estádio do Dragão como uma noite de pura magia. Em Manchester
o golo de Costinha na recta final do jogo sentenciou a eliminatória e
colocou o F.C.Porto nos quartos de final da prova. O sorteio ditou que o
próximo adversário seja o campeão francês Lyon.
Actividade Económica
As contas relativas ao primeiro semestre deste exercício revelam um
déficit de exploração no período de 12,6 milhões de euros, o que traduz
uma melhoria da conta de exploração da sociedade face ao mesmo
período do exercício anterior, em que este valor se situava nos 18,8
milhões de euros. Este número deve ser analisado enquadrado na
tradicional sazonalidade das contas da F.C.Porto, SAD, em função das
mais valias com transferências que normalmente ocorrem no último
trimestre do exercício.
O Cash-Flow operacional (EBITDA) demonstra a tendência para uma
redução do desequilibro estrutural das contas, registando uma descida
de 9,1 milhões de euros em 2002/2003 para 2,3 milhões neste período.
EBITDA (Cash-Flow Operacional)
1S01 1S02 1S03
-9,1
-2,3 -3,0
Relató
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
O F.C.Porto participa na edição 2003/2004 da UEFA Champions League.
Esta competição prevê o pagamento de importantes quantias em função
da participação na competição, nos jogos, da respectiva performance
desportiva e da eventual passagem a fases seguintes da prova. O facto
do F.C.Porto ter assegurado primeiro a participação nesta competição
em função da vitória na edição 2002/2003 da Superliga e a posterior
passagem aos 1/8 Final da UEFA Champions League, permitiu assegurar
um encaixe financeiro de cerca de 5 milhões de euros. Saliente-se que a
passagem aos 1/4 Final não está relevada nas contas do semestre, dado
ter ocorrido em Março. A importância desta rubrica está bem
demonstrada no gráfico da estrutura de proveitos.
Estrutura de Proveitos
Vendas PC6% Outros
2%Provas UEFA30%
TV10%
Bilheteira20%
Proveitos Extraordinários
9%
Transferências e Empréstimos
3%Publicidade e Sponsorização
17%
Proveitos Financeiros3%
Merece realce o facto das receitas decorrentes da comercialização de
lugares-anuais ter aumentado de cerca de 1,5 milhões de euros no 1º
semestre de 2002/2003, para 2,8 milhões de euros no período em
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análise. Este crescimento está obviamente relacionado com o início de
utilização do Estádio do Dragão e com o salto quantitativo no número de
lugares vendidos de 24.000 em 2002/2003 para 32.000 na época em
curso, o que equivalerá no final deste exercício a um proveito de cerca
de 5,7 milhões de euros.
Na análise da estrutura de custos registe-se o facto dos custos com
pessoal, maioritariamente compostos pelos contratos celebrados com os
atletas, ter registado um decréscimo neste período de cerca de 0,2
milhões de euros face ao 1º semestre do exercício anterior e de 1,8
milhões de euros face ao 1º semestre de 2001/2002.
Estrutura de Custos
CMVMC2%
Custos Extraordinários
0%
F.S.E' s (inclui Protocolos)
14%
Custos com Pessoal49%
Amortizações 27%
Outros Custos6%
Custos Financeiros2%
As amortizações registadas neste período diminuíram consecutivamente
no primeiro semestre dos últimos 3 anos, o que traduz inequivocamente
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uma diminuição do investimento realizado em imobilizado,
maioritariamente composto pelos passes dos atletas.
9,5
9,0
8,9
1S01 1S02 1S03
Amortizações
As contas ora apresentadas são prejudicadas pela contabilização neste
semestre da rescisão com o atleta Victor Quintana, bem como do
respectivo abate contabilistico decorrente da rescisão do contrato de
trabalho com o jogador.
Se analisarmos o rácio de salários versus proveitos operacionais,
deduzem-se várias conclusões:
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Salários vs Proveitos Operacionais
77%
111%
68%
1S01
1S02
1S03
> o forte impacto da presença na UEFA Champions League nas
contas da sociedade;
> a tendência para a diminuição deste rácio;
> a necessidade de fazer diminuir este rácio para valores
próximos dos 60%.
O balanço da sociedade reflecte os exercícios consecutivos com déficits
de exploração, sendo que a estrutura de capitais está menos sólida em
virtude dos resultados negativos.
Na análise do passivo da sociedade sobressai uma clara diminuição do
passivo de curto prazo e um aumento do passivo de médio e longo
prazo. Um dos motivos que justifica esta tendência assenta no
empréstimo obrigacionista contraído neste semestre no valor de 11,5
milhões de euros. A taxa de juro fixada foi de 5,35% e esta operação
financeira foi montada de forma a financiar despesas correntes, através
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do recurso a uma fonte de financiamento alternativa e só possível em
função da credibilidade da sociedade junto dos investidores.
PortoComercial
A PortoComercial é uma sociedade do universo de empresas que
integram o perímetro de consolidação da F.C.Porto SAD e tem uma
missão inequivocamente comercial, cabendo-lhe explorar a marca
F.C.Porto e desenvolver parcerias com o meio empresarial no sentido de
potenciar o negócio de sponsorização.
4,44,9
3,7
1S01 1S02 1S03
Volume de Negócios
O exercício 2003/2004 agora em análise, distingue-se dos anteriores
pelo facto da gestão do “Corporate Hospitality” ser um activo que está a
garantir directamente o empréstimo obtido para viabilizar a construção
do Estádio do Dragão. Neste exercício estes proveitos são do F.C.Porto
(serão nos próximos anos da EuroAntas) estando a PortoComercial
mandatada para comercializar estes produtos recebendo em
contrapartida uma comissão pela prestação desse serviço. Daí que o
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volume de negócios neste exercício tenha sofrido uma redução de 32%
face ao mesmo período do ano anterior.
O resultado líquido do período ascendeu a 0,32 milhões de euros,
representando uma melhoria significativa em relação aos últimos dois
exercícios.
PortoEstádio
A PortoEstádio é uma sociedade que é detida a 100% pela F.C.Porto
SAD e foi criada para gerir os equipamentos desportivos do F.C.Porto,
nomeadamente para maximizar a exploração diária do novo Estádio do
Dragão. Este é então um exercício de início da actividade operacional de
gestão de uma infra-estrutura com tantas especificidades como é um
estádio de futebol. A estrutura operacional está montada e já existem
algumas áreas de negócio em ritmo acelerado, como sejam as visitas ao
estádio, o aluguer de espaços para a realização de eventos e a
prestação de serviços de organização de jogos de futebol. No entanto, a
sociedade está muito longe de ter atingido velocidade de cruzeiro, já
que outras áreas de negócio estão ainda por se revelar, como sejam o
aluguer de espaços (Health-Club, Clínica, Museu, Bingo e outros espaços
com destino em estudo), bem como os escritórios das sociedade ligadas
ao F.C.Porto. Existe a clara noção de que o movimento de circulação de
pessoas na área circundante ao estádio irá crescer exponencialmente
com a conclusão da obra do Metro do Porto e com a abertura do Centro
Comercial cuja conclusão da respectiva obra se estima ainda para 2003.
Este factor será decisivo para alavancar negócios já concretizados e para
criar uma opinião positiva sobre o interesse comercial de alguns espaços
por alugar.
Relató rio e Contas 1S03 12
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
O resultado da sociedade neste período é negativo em cerca de 0,4
milhões de euros, existindo a expectativa de inverter estes números até
30 de Junho de 2004.
Apesar de já estar contratualizada a cedência do Estádio do Dragão para
receber jogos do Euro 2004, ainda não se incluiu qualquer valor
referente a esta cedência nas contas semestrais.
PortoMultimédia
A actividade da PortoMultimédia consiste na gestão do website do
F.C.Porto na internet (www.fcporto.pt). A sociedade tem procurado
adequar os conteúdos às necessidades comerciais do F.C.Porto e aos
interesses dos adeptos do clube. Desenvolveu-se ainda um projecto que
visou o fecho de determinados conteúdos ao utilizador e a
disponibilização de um serviço de qualidade com acesso a conteúdos de
acesso não generalizado (serviço premium) e que inclui a transmissão
de treinos e entrevistas exclusivas em directo.
Neste período a PortoMultimédia apresentou um volume de negócios de
aproximadamente de 190.000 Euros e um Resultado Líquido do
Exercício de aproximadamente (-43.000 Euros)
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4. Factos Relevantes Ocorridos após o Termo do Exercício
O período de transferências de Dezembro possibilitou o reequilibro do
plantel. De facto, a grave lesão de Derlei criou a necessidade de reforçar
o plantel nesse sector, tendo-se optado pela aquisição de Maciel (ex-
União de Leiria), Sérgio Conceição (ex-Lázio) e Carlos Alberto (ex-
Fluminense). Desta forma, assegurou-se jogadores de qualidade
evidente que se podem revelar importantes para a fase decisiva e
desgastante que se aproxima. Importante também o facto de Sérgio
Conceição e Carlos Alberto serem, quando da respectiva contratação,
jogadores livres, o que na perspectiva financeira possibilitou a
concretização dos negócios.
O início da utilização do Estádio do Dragão para competições oficiais
ocorreu com a União de Leiria a 7 de Fevereiro. Desde então as
assistências aos jogos têm sido impressionantes, o que tem provocado
uma série de efeitos muito positivos, nomeadamente a realização de
espectáculos desportivos cheios de emoção e intensidade, elevada
motivação dos jogadores, excelentes receitas de bilheteira e
alavancagem de outras receitas inerentes à utilização do Estádio do
Dragão.
A Comissão Arbitral Paritária da Liga Portuguesa de Futebol Profissional
decidiu a 23 de Janeiro de 2004 condenar o Sport Lisboa e Benfica –
Futebol, SAD a pagar à F.C.Porto SAD o montante de 600.000 Euros,
como compensação pela formação do atleta Miki Féher, ao qual
acrescerão juros à taxa legal de 4% a contar da data desta decisão. A
F.C.Porto SAD recorreu desta decisão.
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5. Perspectivas Futuras
O Conselho de Administração, observando os termos do Artigo 35º do
Código das Sociedades Comerciais, tem intenção de convocar uma
Assembleia Geral Extraordinária, dentro dos prazos legais, para
discussão e aprovação das propostas que vierem a ser apresentadas, as
quais poderão passar pelas seguintes alternativas:
a. Redução do capital para cobertura dos resultados
negativos acumulados;
b. Entradas dos accionistas que permitam manter, pelo
menos, em dois terços a cobertura do capital;
c. A conjugação das duas alternativas.
Conforme se perspectivou no orçamento da sociedade apresentado em
assembleia geral de accionistas, este exercício será deficitário. Estão, no
entanto em execução medidas que, numa perspectiva de médio prazo,
tendem a diminuir os custos da sociedade, nomeadamente a rescisão de
contratos com atletas que apesar de fazerem parte dos quadros de
pessoal, não fazem parte do plantel da equipa do F.C.Porto e a
renovação de contratos por valores inferiores em relação aos acordos
anteriores.
A excelente prestação do F.C.Porto na Superliga permite antever a
possibilidade da conquista do título. Estes factos pode potenciar vários
negócios das empresas que integram o perímetro de consolidação da
F.C.Porto, SAD, logo abrindo perspectivas de volumes de negócios
interessantes.
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Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Porto, 19 de Março de 2004
O Conselho de Administração,
________________________________
Jorge Nuno Lima Pinto da Costa
________________________________
Adelino Sá e Melo Caldeira
________________________________
Fernando Soares Gomes da Silva
________________________________
Reinaldo da Costa Teles Pinheiro
________________________________
António Bernardo Aranha da Gama Lobo Xavier
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B. Demonstrações Financeiras e Anexos
1. Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2003 e 2002
(montantes expressos em Euros)
2003 Activo Amortizações Activo
Activo Notas bruto e provisões líquido 2002 IMOBILIZADO:
Imobilizações incorpóreas: Despesas de instalação 23,25,27 2.999.401 (1.841.478) 1.157.923 880.214 Propriedade industrial e outros direitos 23,25 2.322.802 (321.013) 2.001.789 2.075.996 Valor do plantel 23,27 76.653.796 (41.179.554) 35.474.242 41.613.780 Imobilizações em curso 23,27 14.963.937 0 14.963.937 0
96.939.936 (43.342.045) 53.597.891 44.569.990 Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 27 91.882 0 91.882 91.882 Edifícios e outras construções 27 527.157 (68.822) 458.335 476.423 Equipamento básico 27 1.766.182 (460.911) 1.305.271 235.774 Equipamento de transporte 27 1.095.307 (626.739) 468.568 392.207 Equipamento administrativo 27 958.471 (709.565) 248.906 346.479 Outras imobilizações corpóreas 27 22.221 (6.944) 15.277 18.054 Imobilizações em curso 27 75.446 0 75.446 0
4.536.666 (1.872.981) 2.663.685 1.560.819 Investimentos financeiros:
Partes de capital em empresas participadas 23,27 12.680 0 12.680 363.513 12.680 0 12.680 363.513
DÍVIDAS DE TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO: Clientes - títulos a receber 48,50 2.250.000 0 2.250.000 0 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 1.125.000 0 1.125.000 0
3.375.000 0 3.375.000 0 CIRCULANTE:
Existências: Mercadorias 23 867.551 0 867.551 679.530
867.551 0 867.551 679.530 DÍVIDAS DE TERCEIROS - CURTO PRAZO:
Clientes - conta corrente 50 12.236.894 0 12.236.894 6.627.179 Clientes - títulos a receber 89 0 89 7.475.656 Clientes de cobrança duvidosa 731.134 (731.134) 0 0 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado 375.000 0 375.000 0 Estado e outros entes públicos 562.217 0 562.217 1.343.641 Outros devedores 560.651 0 560.651 1.513.148
14.465.985 (731.134) 13.734.851 16.959.624 Depósitos bancários e caixa:
Depósitos bancários 2.639.142 0 2.639.142 584.483 Caixa 18.806 0 18.806 43.965
2.657.948 0 2.657.948 628.448 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
Acréscimos de proveitos 51 8.193.213 0 8.193.213 0 Custos diferidos 51 1.228.940 0 1.228.940 16.738.616
9.422.153 0 9.422.153 16.738.616 Total de amortizações (45.215.026) Total de provisões (731.134) Total do activo 132.277.919 (45.946.160) 86.331.759 81.500.540
Relató rio e Contas 1S03 17
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1. Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2003 e 2002
(cont.)
(montantes expressos em Euros)
Capital próprio, interesses minoritários e passivo Notas 2003 2002 CAPITAL PRÓPRIO:
Capital 75.000.000 75.000.000 Prémios de emissão de acções 259.675 259.675 Diferenças de consolidação 1.131 1.131 Reservas:
Reservas legais 15.944 15.944 Outras reservas 239.630 239.630
Resultados transitados (59.425.271) (41.295.340) Resultado consolidado líquido do exercício (12.582.561) (18.831.449)
Total do capital próprio 3.508.548 15.389.591 INTERESSES MINORITÁRIOS 129.314 0 PASSIVO:
DÍVIDAS A TERCEIROS - MÉDIO E LONGO PRAZO: Empréstimos por obrigações 52 11.500.000 0 Dívidas a instituições de crédito 33,52 23.201.305 0 Fornecedores de imobilizado - conta corrente 711.429 2.740.919 Fornecedores de imobilizado -títulos a pagar 357.000 0
35.769.734 2.740.919 DÍVIDAS A TERCEIROS - CURTO PRAZO:
Dívidas a instituições de crédito 52 7.290.179 23.801.268 Fornecedores, conta corrente 3.543.437 228.232 Fornecedores - facturas em recepção e conferência 141.521 105.785 Fornecedores - títulos a pagar 358.274 375.624 Fornecedores de imobilizado -títulos a pagar 7.300.373 8.912.540 Adiantamentos de clientes 0 107069 Fornecedores de imobilizado, conta corrente 9.014.689 9.455.151 Estado e outros entes públicos 1.854.834 1.239.770 Outros credores 5.305.312 8.615.852
34.808.619 52.841.291 ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS:
Acréscimos de custos 51 4.422.590 2.562.885 Proveitos diferidos 51 7.692.955 7.965.853
12.115.545 10.528.738 Total do passivo 82.823.211 66.110.948
Total do capital próprio, interesses minoritários e passivo 86.331.759 81.500.539
Relató rio e Contas 1S03 18
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2. Demonstração Consolidada de Resultados por Naturezas em 31 de Dezembro de 2003 e 2002 (montantes expressos em Euros)
CUSTOS E PERDAS Notas 2003 2002Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:
Mercadorias 1.039.474 895.424 Matérias 0 1.039.474 0 895.42
Fornecimentos e serviços externos 5.575.189 5.299.596 Custos com o pessoal:
Remunerações 15.440.076 15.665.587 Encargos sociais:
PensõesOutros 15.440.076 15.665.587
Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo 8.852.117 9.015.572 Provisões 0 8.852.117 0 9.015.572
Impostos 93.758 101.481 Outros custos e perdas operacionais 2.705.757 2.799.515 1.249.040 1.350.521
(A) 33.706.371 32.226.700
Perdas relativas a empresas associadasAmortizações e provisões de aplicações e investimentos financeirosJuros e custos similares:
Relativos a empresas associadasOutros 44 1.644.341 1.644.341 1.039.870 1.039.870
(C) 35.350.712 33.266.570
Custos e perdas extraordinários 45 469.364 4.761 (E) 35.820.076 33.271.331
Impostos sobre o rendimento do exercício 15.324 16.061 35.835.400 33.287.392
Interesses minoritários (2.222) 0 (G) 35.833.178 33.287.392
Resultado consolidado líquido do exercício (12.582.561) (18.831.449)23.250.617 14.455.943
4
Relató rio e Contas 1S03 19
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
2. Demonstração Consolidada de Resultados por Naturezas em
31 de Dezembro de 2003 e 2002 (cont.)
(montantes expressos em Euros)
PROVEITOS E GANHOS Notas 2003 2002Vendas:
Mercadorias 1.667.284 1.378.606 Produtos 0 0
Prestações de serviços 53 11.763.744 13.431.028 6.259.872 7.638.478
Variação da produção 0Trabalhos para a própria empresa 0Proveitos suplementares 54 7.142.557 4.736.089Subsídios à exploração 2.008.451 1.768.702Outros proveitos e ganhos operacionais 0 9.151.008 0 6.504.791
(B) 22.582.036 14.143.269
Ganhos de participações de capital:Relativos a empresas associadasRelativos a outras empresas
Rend. títulos negociáveis e o. aplicações financeiras:Relativos a empresas associadasOutros
Outros juros e proveitos similares:Relativos a empresas associadasOutros 44 403.191 403.191 300.597 300.597
(D) 22.985.227 14.443.866
Proveitos e ganhos extraordinários 45 265.390 12.077
(F) 23.250.617 14.455.943
Resultados operacionais: (B) - (A) (11.124.335) (18.083.431)Resultados financeiros: (D-B) - (C-A) (1.241.150) (739.273)Resultados correntes: (D) - (C) (12.365.485) (18.822.704)Resultados antes de impostos: (F) - (E) (12.569.459) (18.815.388)Resultado consolidado com interesses minoritários do exercício: (F) - (G) (12.582.561) (18.831.449)
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3. Anexo às Demonstrações Financeiras Consolidada em 31 de
Dezembro de 2003 e 2002 NOTA INTRODUTÓRIA
A Futebol Clube do Porto - Futebol, S.A.D. , com sede na Av. Fernão Magalhães, 1862, Torre das Antas-14º, 4350-158 Porto, foi constituída em 30 de Julho de 1997. A sua actividade principal consiste na participação na modalidade de futebol em competições desportivas de carácter profissional, promoção e organização de espectáculos desportivos. As notas que se seguem respeitam a numeração definida no Plano Oficial de Contabilidade para a apresentação de demonstrações financeiras consolidadas. As notas cujas numeração é omitida neste anexo não são aplicáveis ao Grupo ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras consolidadas anexas. BASES DA CONSOLIDAÇÃO
As demonstrações financeiras consolidadas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal e, portanto, de acordo com os princípios contabilísticos e normas de consolidação consignados no Plano Oficial de Contabilidade, com as alterações que lhe foram introduzidas pelo Decreto-Lei 238/91, de 2 de Julho, e com as directrizes contabilísticas da CNC. 1. EMPRESAS INCLUÍDAS NA CONSOLIDAÇÃO As empresas incluídas na consolidação, suas sedes sociais e
proporção do capital detido em 31 de Dezembro de 2003, são as seguintes:
Empresa
Sede Social
Percentagem Capital detido
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD Porto Empresa mãe
PortoComercial, SA Porto 93,5%
FCPortoMultimédia, SA Porto 59%
PortoEstádio, SA Porto 100%
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A FCPortoMultimédia, SA e a PortoEstádio, SA foram incluídas no perímetro de consolidação pela primeira vez em 30 de Junho de 2003. Em 31 de Dezembro de 2002, estas participações encontravam-se registadas pelo método da equivalência patrimonial.
Estas empresas subsidiárias foram incluídas na consolidação, pelo
método de integração global, com base no estabelecido na alínea a) do nº 1 do Artigo 1º do Decreto-Lei nº 238/91, de 2 de Julho (maioria dos direitos de voto).
7. NÚMERO MÉDIO DE PESSOAL Durante os semestres findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o
número médio de pessoal ao serviço da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD foi de 118 e 117, respectivamente.
31-Dez-03 31-Dez-02
Órgãos sociais 5 5 Administrativos 31 31 Quadro Técnico 9 9 Quadro Técnico Auxiliar 14 12 Atletas 59 60 118 117
Durante os semestres findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o número médio de pessoal ao serviço da PortoComercial, S.A. foi de 21.
31-Dez-03 31-Dez-02
Órgãos sociais 3 3 Administrativos 18 18 21 21
Durante os semestres findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o número médio de pessoal ao serviço da FCPorto Mlulimédia, S.A. foi de 7.
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Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
31-Dez-03 31-Dez-02 Órgãos sociais 5 5 Administrativos 2 2 7 7
Durante os semestres findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, o número médio de pessoal ao serviço da PortoEstádio, S.A. foi de 26 e 8, respectivamente.
31-Dez-03 31-Dez-02
Órgãos sociais 5 5 Administrativos 21 3 26 8
10. DIFERENÇAS DE CONSOLIDAÇÃO Incluídas no capital próprio
Descrição
Saldo Inicial
Movimentos do Exercício
Saldo final
PortoComercial, SA 1.131 - 1.131 Os saldos apresentados nesta rubrica foram originados na primeira
consolidação de demonstrações financeiras e correspondem à diferença entre o custo de aquisição das partes de capital detidas e a proporção dos capitais próprios que elas representavam, reportadas a 31 de Julho de 1998. Desta forma, esta rubrica compreende os resultados e reservas da empresa subsidiária, acumulados até à data da primeira consolidação.
14. COMPOSIÇÃO DO CONJUNTO DAS EMPRESAS INCLUÍDAS NA
CONSOLIDAÇÃO No semestre findo em 31 de Dezembro de 2003, foram incluídas no
perímetro de consolidação as seguintes entidades, pelo método de consolidação integral:
FCPortoMultimédia, SA PortoEstádio, SA
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De referir que estas entidades foram incluídas pela primeira vez no
perímetro de consolidação na preparação das demonstrações financeiras do exercício findo em 30 de Junho de 2003. Contudo, relativamente às demonstrações financeiras relativas ao semestre findo em 31 de Dezembro de 2002, aquelas entidades não integravam o perímetro de consolidação.
15. CONSISTÊNCIA NA APLICAÇÃO CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS Os principais critérios valorimétricos utilizados pelo Grupo foram
consistentes entre as empresas incluídas na consolidação e são os descritos na Nota 23.
22. GARANTIAS PRESTADAS Em 31 de Dezembro de 2003, o Grupo tinha assumido
responsabilidades por garantias prestadas, como segue: Dos 29.213.484 Euros registados em dívidas bancárias, 23.201.305
Euros têm como garantia prestada a restrição de contas bancárias específicas para movimentação dos montantes referentes a Bilhetes Época, Bilheteira e Quotas FCP; 93.989 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber registados em Clientes; e 1.603.592 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber relativos à presença na Champions League.
23. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS
VALORIMÉTRICOS UTILIZADOS Bases de apresentação As demonstrações financeiras consolidadas anexas foram
preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos das empresas incluídas na consolidação (Nota 1), mantidos de acordo com princípios de contabilidade geralmente aceites em Portugal.
Princípios de consolidação A consolidação das empresas subsidiárias referidas na Nota 1,
efectuou-se pelo método de integração global. As transacções e
Relató rio e Contas 1S03 24
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saldos significativos entre as empresas foram eliminados no processo de consolidação. O valor correspondente à participação de terceiros nas empresas subsidiárias é apresentado no balanço na rubrica de interesses minoritários. As diferenças de consolidação, decorrentes da diferença entre o valor contabilístico das partes de capital e o valor da proporção do capital próprio que elas representam, reportados a 31 de Julho de 1998, foram registados no balanço consolidado no capital próprio.
Os investimentos financeiros representativos de partes de capital
em empresas participadas em menos de 20%, foram valorizados ao custo de aquisição, ou pelo seu valor estimado de realização, quando este é mais baixo.
Principais critérios valorimétricos Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das
demonstrações financeiras consolidadas, foram os seguintes: a) Imobilizações incorpóreas As imobilizações incorpóreas encontram-se registadas ao custo
de aquisição, à excepção do valor do plantel, o qual é acrescido do prémio de assinatura do contrato pago aos atletas, nos termos do nº 4 do artigo 3º do Decreto-Lei 103/97 de 13 de Setembro.
As amortizações do imobilizado incorpóreo são calculadas
segundo o método das quotas constantes, utilizando-se para o efeito as taxas máximas definidas no Decreto Regulamentar nº 2/90, de 12 de Janeiro, à excepção do plantel, o qual é amortizado em função da duração do contrato celebrado entre o jogador e a sociedade desportiva, de acordo com o Decreto-Lei nº103/97 de 13 de Setembro.
b) Imobilizações corpóreas As imobilizações corpóreas encontram-se registadas ao custo de
aquisição. As amortizações são calculadas pelo método das quotas
constantes, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:
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Anos Edifícios e outras construções 5 a 10 Equipamento básico 3 a 10 Equipamento de transporte 4 Equipamento administrativo 4 a 10 Outras imobilizações corpóreas 4 a 10 c) Locação financeira Os activos imobilizados adquiridos mediante contratos de
locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do activo é registado no imobilizado corpóreo, a correspondente responsabilidade é registada no passivo e os juros incluídos no valor das rendas e a amortização do activo são registados como custos na demonstração dos resultados do exercício a que respeitam.
d) Investimentos financeiros
Os investimentos financeiros representativos do capital social em empresas participadas com percentagem inferior a 20% encontram-se registados ao custo de aquisição. As perdas estimadas na realização das participações financeiras e empréstimos, encontram-se registadas na rubrica provisão para investimentos financeiros.
e) Existências As mercadorias encontram-se valorizadas ao custo de aquisição,
o qual é inferior ao respectivo valor de mercado, (utilizando-se o custo médio como método de custeio).
f) Provisão para cobranças duvidosas
A provisão para dívidas de cobrança duvidosa foi calculada com base na avaliação das perdas estimadas pela não cobrança das contas a receber de clientes.
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g) Especialização de exercícios A Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o
princípio da especialização de exercícios pelo qual as receitas e despesas são reconhecidas à medida em que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acréscimos e diferimentos.
h) Saldos e transacções expressos em moeda estrangeira Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira
foram convertidos para Euros utilizando-se as taxas de câmbio vigentes nas datas dos balanços.
As operações com terceiros em moeda estrangeira são
registadas ao câmbio da data da factura. As diferenças de câmbio, favoráveis e desfavoráveis, originadas
pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, foram registadas como proveitos e custos na demonstração dos resultados do exercício.
i) Renovações contratuais de jogadores profissionais
Os prémios acordados com os jogadores para a renovação do seu vínculo contratual, são registados em Imobilizado e amortizados ao longo do período de duração do contrato.
j) Reconhecimento de proveitos
Alienação dos direitos sobre os jogadores profissionais
As receitas provenientes da alienação dos direitos sobre os jogadores profissionais são registadas como proveitos suplementares pelo montante da operação deduzido do valor contabilístico do passe e de outras despesas incorridas.
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Empréstimos de jogadores
Os jogadores emprestados pela Sociedade a clubes terceiros, mantêm-se registados na rubrica de imobilizado, amortizados de acordo com o número de anos do contrato.
UEFA Champions League 2003/04
Foram reconhecidos nesta época os proveitos relativos ao prémio de passagem aos oitavos de final da UEFA Champions League 2003/04, garantidos pela disputa da competição sendo estes independentes da performance desportiva.
24. COTAÇÕES UTILIZADAS PARA CONVERSÃO EM EUROS Foram utilizadas as seguintes taxas de câmbio para converter para
Euros os activos e passivos expressos em moeda estrangeira: 31/12/2003 31/12/2002 Dólar 0,7967€ 0,9541€ Libra 1,4166€ - 25. DESPESAS DE INSTALAÇÃO E DE INVESTIGAÇÃO E
DESENVOLVIMENTO E PROPRIEDADE INDUSTRIAL Em 31 de Dezembro de 2003, estas rubricas tinham a seguinte
composição: Despesas de instalação: Desp. Incorridas com const. e aumentos de capital 636.975 Desp. incorridas com emissão empr. obrigacionista 520.947 -------------- 1.157.923 ======== Propriedade industrial e outros direitos: Direitos e licenciamentos 2.001.789 ======== 27. MOVIMENTO DO ACTIVO IMOBILIZADO Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2003, o
movimento ocorrido no valor das imobilizações incorpóreas,
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corpóreas e investimentos financeiros, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e provisões, foi o seguinte:
Saldo Transferências Saldoinicial Aumentos Alienações e abates final
Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 2 478 454 520 947 - - 2 999 401Propriedade industrial e outros direitos 2 322 802 - - - 2 322 802Valor do plantel 72 451 123 11 719 319 (9 169 726) 1 653 080 76 653 796Imobilizações em curso 16 617 017 - - (1 653 080) 14 963 937
93 869 396 12 240 266 (9 169 726) - 96 939 936Imobilizações corpóreas:
Terrenos e recursos naturais 91 882 - - - 91 882Edifícios e outras construções 527 157 - - - 527 157Equipamento básico 607 906 849 276 - 309 000 1 766 182Equipamento de transporte 1 009 493 127 580 (41 766) - 1 095 307Equipamento administrativo 952 449 6 022 - - 958 471Outras imobilizações corpóreas 22 224 - - - 22 224Imobilizações em curso 309 000 75 446 - (309 000) 75 446
3 520 111 1 058 324 (41 766) - 4 536 669Investimentos financeiros:
Partes capital empresas do Grupo - - - - -Partes capital empresas associadas 12 680 - - - 12 680
12 680 - - - 12 68097 402 187 13 298 590 (9 211 492) - 101 489 285
TotalActivo bruto
Rubricas
Saldo Transferências Saldoinicial Reforços Alienações e abates final
Imobilizações incorpóreas:Despesas de instalação 1 714 556 126 922 - - 1 841 478Propriedade industrial e outros direitos 283 909 37 104 - - 321 013Valor do plantel 38 827 040 8 462 441 (6 109 927) - 41 179 554
40 825 505 8 626 467 (6 109 927) - 43 342 045Imobilizações corpóreas:
Edifícios e outras construções 59 779 9 043 - - 68 822Equipamento básico 411 381 49 530 - - 460 911Equipamento de transporte 552 422 116 083 (41 766) - 626 739Equipamento administrativo 659 961 49 604 - - 709 565Outras imobilizações corpóreas 5 555 1 389 - - 6 944
1 689 098 225 649 (41 766) - 1 872 98142 514 603 8 852 116 (6 151 693) - 45 215 026
Amortizações acumuladas e provisões
Rubricas
O valor de 11.719.319 Euros referente à aquisição de atletas, já se
encontra acrescido dos encargos inerentes à operação de compra. Do valor de imobilizações em curso no imobilizado incorpóreo,
14.963.937 Euros referem-se à aquisição dos direitos de utilização do “Estádio do Dragão” por 30 anos.
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33. DÍVIDAS A TERCEIROS HÁ MAIS DE CINCO ANOS
Em 31 de Dezembro de 2003, existiam dívidas a terceiros com vencimento há mais de cinco anos no montante de 23.201.305 Euros.
34. DÍVIDAS A TERCEIROS COBERTAS POR GARANTIAS REAIS Dos 29.213.484 Euros registados em dívidas bancárias, 23.201.305
Euros têm como garantia prestada a restrição de contas bancárias específicas para movimentação dos montantes referentes a Bilhetes Época, Bilheteira e Quotas FCP; 93.989 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber registados em Clientes; e 1.603.592 Euros têm como garantia prestada valores futuros a receber relativos à presença na Champions League.
36. VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO POR ACTIVIDADE E
MERCADOS GEOGRÁFICOS
Os valores líquidos de Vendas e Prestação de serviços dizem respeito a transacções operadas no mercado interno.
39. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS As remunerações atribuídas aos membros dos órgãos sociais nos
semestres findos em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, foram respectivamente:
31-12-2003 31-12-2002 Conselho de Administração 550.836 456.528 43. CONTAS NÃO COMPARÁVEIS COM O EXERCÍCIO ANTERIOR Algumas rubricas dos balanços consolidados em 31 de Dezembro de
2003 e 2002 e da demonstração de resultados para os exercícios findos nessas datas, não são directamente comparáveis entre si, dado que em 31 de Dezembro de 2003 o perímetro de consolidação integra duas sociedades que não constavam das demonstrações financeiras do semestre findo em 31 de Dezembro de 2002.
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44. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS FINANCEIROS Os resultados financeiros têm a seguinte composição:
31-12-2003 31-12-2002Custos e perdasJuros suportados 1.223.363 900.433Perdas em empresas do grupo 0 14.249Diferenças de câmbio desfavoráveis 288.784 68.397Outros custos e perdas financeiras 132.194 56.791
1.644.341 1.039.870Resultados financeiros (1.241.150) (739.273)
Proveitos e ganhosJuros obtidos 1.495 2.882Diferenças de câmbio favoráveis 401.696 297.696Outros proveitos e ganhos financeiros 0 19
403.191 300.597
45. DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DOS RESULTADOS
EXTRAORDINÁRIOS Os resultados extraordinários têm a seguinte composição:
31-12-2003 31-12-2002Custos e perdasMultas e penalidades 2.295 3.875Perdas em existências 0 877Correcções relativas a exercícios anteriores 466.413 0Outros custos e perdas extraordinários 656 9
469.364 4.761Resultados extraordinários (203.974) 7.316
Proveitos e ganhosGanhos em existências 0 65Ganhos em imobiliza
7ções 22.400 0
Correcções relativas a exercícios anteriores 75.427 0Outros proveitos e ganhos extraordinários 167.563 11.420
265.390 12.077
46. MOVIMENTO OCORRIDO NAS PROVISÕES As provisões acumuladas dizem respeito, a clientes de cobrança
duvidosa.
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Durante o semestre findo em 31 de Dezembro de 2003, não ocorreram movimentos nas contas de provisões. O valor das provisões para cobrança duvidosa totaliza 731.134 Euros.
47. LOCAÇÃO FINANCEIRA Em 31 de Dezembro de 2003 o Grupo mantém os seguintes bens
em regime de locação financeira:
Bem
Valor bruto
Amortizações acumuladas
Valor líquido
Contrato nº 103941 Imóvel 144.999 50.750 94.249 Contrato n.º 200043859 Viatura 20.880 18.270 2.610 Contrato n.º 9812284 Viatura 129.687 113.477 16.210 Contrato n.º 98133335 Viatura 69.084 43.177 25.907 Contrato n.º 9815107 Viatura 53.870 33.670 20.200 Contrato n.º 9814781 Viatura 57.362 35.850 21.512 Contrato n.º 9815559 Viatura 30.620 19.137 11.483 Contrato n.º 10200432 Viatura 23.833 14.895 8.938 Contrato n.º 200203459 Viatura 22.518 14.073 8.445 Contrato n.º 83374 Viatura 44.415 16.656 27.759 Contrato n.º 200307016 Viatura 44.415 16.656 27.759 Contrato n.º 32409 Viatura 22.500 8.438 14.062 Contrato n.º 51967 Viatura 32.384 12.144 20.240 Contrato nº 104169 Imóvel 275.645 24.809 250.836 Contrato nº 9816437 Viatura 19.952 12.470 7.482 Contrato nº 9816438 Viatura 19.703 12.394 7.309 Contrato nº 14203 Viatura 39.500 14.802 24.688 Contrato nº 200212850 Viatura 22.598 6.591 16.007 Contrato nº 2003/01 Viatura 55.764 5.809 49.955 Contrato nº 2003/02 Viatura 71.815 7.481 64.334 1.201.544 481.549 719.985
48. DÍVIDAS TITULADAS NÃO EVIDENCIADAS NO BALANÇO O valor total das dívidas tituladas ascende em 31 de Dezembro de
2003 a 4.050.000 Euros.
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49. INFORMAÇÃO POR SEGMENTOS
Em termos operacionais, o Grupo encontra-se organizado em dois segmentos principais: Segmento A: actividade relacionada com a participação na
modalidade de futebol em competições desportivas de carácter profissional, promoção e organização de espectáculos desportivos
Segmento B: actividade relacionada com a comercialização de
direitos de imagem, sponsorização, merchandising e licenciamento de produtos
O segmento de outros serviços engloba as actividades das subsidiárias FCPorto Multimédia e PortoEstádio, SA.
Segm. A Segm. B Eliminaç. Consolid
RéditosVendas Externas 18 727 565 3 701 769 152 702 22 582 036Vendas inter-segmentais 837 202 27 218 181 147 1 045 567 0Réditos totais 19 564 767 3 728 987 333 849 1 045 567 22 582 036
ResultadosResultados segmentais -11 416 952 326 952 -466 586 -432 251 -11 124 335Resultados operacionaisGastos de juros 1 622 193 12 148 10 000 1 644 341Proveitos de juros 401 714 645 832 403 191Parte de lucros líquidos em assoc. 0 0 0 0Impostos sobre os lucros 15 324 0 0 15 324Resultados de actividades ordinárias -12 652 755 315 449 -475 754 -12 380 809Resultados extraordinários -189 818 54 38 14 248 -203 974Interesses minoritários 0 0 0 2 222Resultado líquido -12 842 573 315 503 -475 716 14 248 -12 582 561
Outras informaçõesActivos do segmento 79 971 123 6 145 562 4 352 505 4 150 110 86 319 080Investimento em associadas 401 119 50 110 5 000 443 549 12 680Activos totais consolidados 80 372 242 6 195 672 4 357 505 4 593 660 86 331 759Passivos do segmento 76 852 146 6 029 373 4 394 740 4 582 361 82 693 898Passivos totais consolidados 76 852 146 6 029 373 4 394 740 4 582 361 82 693 898Dispêndios de capital fixo 12 292 512 10 800 995 278 0 13 298 590Amortização imob. corp. e incorp. 8 745 321 70 023 36 773 0 8 852 117
Outros serviços
Relató rio e Contas 1S03 33
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
50. CLIENTES
Em 31 de Dezembro de 2003 esta rubrica apresenta a seguinte composição:
31-12-2003 31-12-2002
Clientes conta corrente: Operações correntes 5.878.417 1.759.889 Vendas jogadores 6.358.477 5.551.412
12.236.894 7.311.301Clientes conta letras: Operações correntes 89 1.625.656 Vendas de jogadores 2.250.000 5.850.000
2.250.089 7.475.656
51. ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002, os saldos destas rubricas
tinham a seguinte composição:
Relató rio e Contas 1S03 34
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
31-12-2003 31-12-2002Acréscimos de proveitosIndemnização Feher 4.000.000 0Champions League 2.531.613 0Sponsorização 1.280.297 0Outros acréscimos de proveitos 381.303 0
8.193.213 0Custos diferidosSeguros 511.058 657.294EuroAntas 0 14.963.937Publicidade 109.212 326.790Outros custos diferidos 608.670 790.595
1.228.940 16.738.616Acréscimos e diferimentos activos 9.422.153 16.738.616
Acréscimos de custosSeguros a liquidar 0 967.461Remunerações a liquidar 774.715 455.033Prémios a liquidar 1.622.022 0Custos aquisição atletas 1.200.972 0Outros acréscimos de custos 824.881 1.140.389
4.422.590 2.562.883Proveitos diferidosTransmissões 1.124.339 3.101.186Publicidade 32.048 671.298Sponsorização 572.500 1.307.290Euro 2004 403.361 0Venda de ingressos 2.645.970 1.825.282Empréstimo jogadores 1.163.664 0Outros proveitos diferidos 1.751.073 1.060.799
7.692.955 7.965.855 O montante registado na rubrica de “custos diferidos” de 14.963.937 Euros em 31 de Dezembro de 2002 foi reclassificado para imobilizado incorpóreo visto se tratar do valor pago pelo direito de utilização do “Estádio do Dragão”, conforme acordado em Julho de 2003.
52. EMPRÉSTIMOS Em 31 de Dezembro de 2003, o detalhe dos empréstimos obtidos
era o seguinte:
Relató rio e Contas 1S03 35
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Curto Médio e
prazo longo prazo Descobertos bancários 3 114 598 - Empréstimos bancários: 4 175.581 23 201 305 Empréstimos por obrigações:
Não convertíveis - 11 500 000
-------------- -------------- 7 290 179 34 701 305 ======== ======== Em 31 de Dezembro de 2003, os empréstimos bancários
encontravam-se expressos nas seguintes moedas:
Valores em
Euros
Euros (EUR) 25 773 294 Francos suíços (CHF) 1 603 592 --------------- 27 373 886
========
A Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD emitiu em Dezembro de 2003 um empréstimo obrigacionista por Oferta Pública de Distribuição destinada ao público em geral, de 11.500.000 Euros, representado por 2.300.000 obrigações de valor nominal de 5 Euros cada. Os juros das obrigações vencer-se-ão semestral e postecipadamente, com pagamento a 9 de Junho e 9 de Dezembro de cada ano. A taxa de juro foi fixada em 5,35% por ano.
O empréstimo tem uma duração de 3 anos, sendo o reembolso efectuado ao valor nominal, de uma só vez, em 9 de Dezembro de 2006.
Relató rio e Contas 1S03 36
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
53. PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002 esta rubrica apresentava a seguinte composição:
31-12-2003 31-12-2002
Bilhetes 1.591.533 1.265.928Bilhete anual 2.753.429 1.536.217Liga dos Campeões 4.917.923 0Sponsorização 2.044.641 3.452.512Outras receitas desportivas 140.109 5.215Outras prestações de serviços 316.109 0
11.763.744 6.259.872
54. PROVEITOS SUPLEMENTARES
Em 31 de Dezembro de 2003 e 2002 esta rubrica apresentava a seguinte composição:
31-12-2003 31-12-2002
Actividades comerciaisPublicidade 1.409.412 1.853.653Transmissões televisivas 2.841.249 2.531.850
4.250.661 4.385.503
Outros proveitos suplementaresTransferências 624.975 0Empréstimos 1.014.636 328.437Outros proveitos suplementares 1.252.285 22.149
2.891.896 350.5867.142.557 4.736.089
A conta de Proveitos suplementares inclui as receitas efectivas provenientes da publicidade, transmissões televisivas e venda de direitos sobre os jogadores profissionais. O valor referente às transmissões inclui o valor negociado para a época 2003/2004 com a Olivedesportos.
Relató rio e Contas 1S03 37
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
4. Relatório de Revisão Limitada Elaborado por Auditor Registado na CMVM sobre Informação Semestral Consolidada
Introdução 1. Para os efeitos do artigo 246.º do Código dos Valores Mobiliários,
apresentamos o nosso Relatório de Revisão Limitada sobre a informação financeira consolidada do período de seis meses findo em 31 de Dezembro de 2003, da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD (Grupo), incluída: no Relatório de Gestão, no Balanço consolidado (que evidencia um total de 86.331.759 Euros e capitais próprios de 3.508.549 Euros, incluindo um resultado líquido negativo de 12.582.561 Euros), na Demonstração consolidada dos resultados do período de seis meses findo naquela data e no correspondente Anexo.
2. As quantias das demonstrações financeiras, bem como as da
informação financeira adicional, são as que constam dos registos contabilísticos do Grupo.
Responsabilidades 3. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Sociedade:
(i) a preparação de informação financeira consolidada que apresente de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação e o resultado consolidado das suas operações; (ii) que a informação financeira histórica, seja preparada de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites e que seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita, conforme exigido pelo Código dos Valores Mobiliários;(iii) a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados; (iv) a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado; e (v) a informação de qualquer facto relevante que tenha influenciado a sua actividade, posição financeira ou resultados.
4. A nossa responsabilidade consiste em verificar a informação
financeira contida nos documentos acima referidos, designadamente sobre se, para os aspectos materialmente relevantes, é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva, lícita e em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários, competindo-nos emitir um relatório de segurança moderada, profissional e independente, sobre essa informação financeira, baseado no nosso trabalho.
Relató rio e Contas 1S03 38
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Âmbito 5. O trabalho a que procedemos teve como objectivo obter uma
segurança moderada quanto a se a informação financeira anteriormente referida está isenta de distorções materialmente relevantes. Excepto quanto à limitação descrita no parágrafo 8 abaixo, o nosso trabalho foi efectuado com base nas Normas Técnicas e Directrizes de Revisão/Auditoria emitidas pela Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, foi planeado de acordo com aquele objectivo, e consistiu principalmente, em indagações e procedimentos analíticos destinados a rever: (i) a fiabilidade das asserções constantes da informação financeira; (ii) a adequação das políticas contabilísticas adoptadas, tendo em conta as circunstâncias e a consistência da sua aplicação; (iii) a aplicabilidade, ou não, do princípio da continuidade; (iv) a apresentação da informação financeira; e (v) se, para os aspectos materialmente relevantes, a informação financeira consolidada é completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita em conformidade com o exigido pelo Código dos Valores Mobiliários.
6. O nosso trabalho abrangeu ainda a verificação da concordância da
informação financeira consolidada constante do relatório de gestão com os restantes documentos anteriormente referidos.
7. Entendemos que o trabalho efectuado proporciona uma base
aceitável para a emissão do presente relatório de revisão limitada sobre a informação semestral.
Reservas 8. Da análise efectuada ao valor líquido do plantel relevado no
Imobilizado incorpóreo em 31 de Dezembro de 2003, verificámos a existência de um “passe” no montante líquido de 2.330.000 Euros referente a um atleta que se encontra emprestado, não obtendo a Sociedade o rendimento que lhe permita amortizar o investimento efectuado. De acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, nestas circunstâncias, o valor registado para aquele jogador deveria ser ajustado pelo correspondente valor de mercado caso este seja inferior. Uma vez que não possuímos dados suficientes para apurar o referido valor com um grau de segurança aceitável, não nos é possível assegurar que o valor em balanço referente ao “passe” daquele jogador seja realizado pelo menos por aquele montante.
Relató rio e Contas 1S03 39
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
9. A Sociedade registou no exercício anterior, na rubrica de “Acréscimos de proveitos”, o montante de 4.000.000 Euros referente a um pedido de indemnização relativo ao jogador “Feher”. Em Janeiro de 2004, a Comissão Arbitral emitiu uma decisão em que o valor a ser pago pelo Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD será de 600.000 Euros, tendo ambas as sociedades recorrido da decisão. De acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal, os proveitos devem ser reconhecidos apenas quando for provável que os benefícios económicos associados à transacção fluam para a entidade. Face ao exposto, o activo líquido em 31 de Dezembro de 2003 e os capitais próprios naquela data estão sobreavaliados em 4.000.000 Euros.
Relató rio e Contas 1S03 40
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Parecer 10. Com base no trabalho efectuado, o qual foi executado tendo em
vista a obtenção de uma segurança moderada, excepto quanto aos efeitos dos ajustamentos que poderiam revelar-se necessários, caso não existisse a limitação descrita no parágrafo 8 acima e excepto quanto aos efeito do assunto descrito no parágrafo 9 acima, nada chegou ao nosso conhecimento que nos leve a concluir que a informação financeira consolidada do período de seis meses findo em 31 de Dezembro de 2003 não esteja isenta de distorções materialmente relevantes que afectem a sua conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal e que, nos termos das definições incluídas nas directrizes mencionadas no parágrafo 5 acima, que não seja completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita.
Ênfase 11. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima
foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações do Grupo, embora, em 31 de Dezembro de 2003, se verifique estar perdida a metade do seu capital social relativamente a 3 das sociedade que integram o perímetro de consolidação, situação que determina a aplicação do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais. Caso se mantenha a situação de perda de metade do Capital Social no final do exercício de 2004, considera-se a Sociedade imediatamente dissolvida a partir da data de aprovação das contas desse exercício. Face ao exposto, a continuidade das operações da Sociedade, a realização dos seus activos e a liquidação dos seus passivos dependem da concretização pelos seus accionistas de suporte financeiro adequado e/ou do sucesso das suas operações nos próximos exercícios.
Porto, 22 de Março de 2004 LEDO, MORGADO E ASSOCIADOS, SROC Representada por Jorge Bento Martins Ledo
Relató rio e Contas 1S03 41
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
C. Informações sobre o Governo das Sociedades
Evolução da cotação das acções da F.C.Porto - Futebol, SAD
Os mercados bolsistas mundiais iniciaram em 2003 um movimento de
recuperação das perdas verificadas em anos anteriores. Esta tendência
foi uma realidade nos mercados bolsistas americanos mas também na
Europa e particularmente em Portugal, estes efeitos foram notórios,
como aliás podemos verificar pela análise do comportamento do PSI-20,
principal índice de referência do mercado nacional. Nesta análise
comparamos a evolução da cotação dos títulos da F.C.Porto-SAD com o
PSI-20 e com o Dow Jones EuroStoxx Football Index, a maior referência
nos índices bolsistas relativos ao mercado do futebol.
Evolução da Cotação FCP-SAD
2,00
2,50
3,00
3,50
4,00
4,50
01.07
.2003
08.07
.2003
15.07
.2003
22.07
.2003
29.07
.2003
05.08
.2003
12.08
.2003
19.08
.2003
26.08
.2003
02.09
.2003
09.09
.2003
16.09
.2003
23.09
.2003
30.09
.2003
07.10
.2003
14.10
.2003
21.10
.2003
28.10
.2003
04.11
.2003
11.11
.2003
18.11
.2003
25.11
.2003
02.12
.2003
09.12
.2003
16.12
.2003
23.12
.2003
(Eur)
FCP-SAD PSI-20 DJ Stoxx Football
Podemos constatar que a tendência para a recuperação dos títulos que
compõe o PSI-20 foi gradual e sustentada ao longo dos seis meses em
Relató rio e Contas 1S03 42
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
apreciação. Os títulos da F.C.Porto-SAD tiveram subidas na cotação com
a conquista dos títulos na época anterior, mostraram uma certa
tendência para a subida na época de transferências, mas têm a partir
daí estabilizado a sua cotação à volta dos 3,20 Eur. Parece admissível
que no segundo semestre deste exercício, com a aproximação de fases
mais decisivas em relação às várias competições em disputa, possa
existir maior liquidez e volatilidade na respectiva cotação.
Serviços aos accionistas e investidores
A informação económica e financeira relativa à actividade da sociedade,
nomeadamente os estatutos, relatórios e contas dos últimos exercícios,
factos relevantes e participações qualificadas, estão disponíveis no sítio
do F.C.Porto na internet - www.fcporto.pt - na secção “Investor
Relations”.
Informações sobre as acções da FCP-SAD
Actualmente o Capital Social da FCP-SAD é representado por
15.000.000 de acções ordinárias, nominativas e escriturais, com o valor
nominal de 5 Euros cada.
Lista dos titulares de participações qualificadas
Conforme estipula o artigo 16º do Código dos Valores Mobiliários, as
sociedades que atinjam, ultrapassem ou reduzam a sua participação de
2%, 5%, 10%, 20%, um terço, dois terços, e 90% dos direitos de voto
correspondentes ao capital social de uma sociedade aberta devem
informar a CMVM, a sociedade participada e as entidades gestoras de
mercados regulamentados. Apresentamos a lista de participações
Relató rio e Contas 1S03 43
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
qualificadas, com indicação do número de acções detidas e a
percentagem de direitos de voto correspondentes, calculada nos termos
do artigo 20º do mesmo Código, que são do conhecimento da F.C.Porto
– Futebol, SAD.
Futebol Clube do Porto N.º de Acções % Direitos de voto
Directamente 6.000.000 40%
Sportinveste – SGPS, SA N.º de Acções % Direitos de voto
Directamente 3.242.871 22%
Amorim – Investimentos e Participações, SGPS, SA N.º de Acções % Direitos de voto
Através da sociedade Aplicação Urbana II –
Investimento Imobiliário, SA
2.996.400 20%
Nota: A sociedade APICAÇÃO URBANA II - INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO, S.A. é detida a
50% pela AMORIM IMOBILIÁRIA, S.G.P.S., S.A. A sociedade AMORIM IMOBILIÁRIA,
S.G.P.S., S.A., é detida indirectamente pela AMORIM INVESTIMENTOS E PARTICIPAÇÕES,
S.G.P.S., S.A.
Participações detidas pelos membros do Conselho de Administração e
Conselho Fiscal
Conselho de Administração
Jorge Nuno de Lima Pinto da Costa
Detinha, a 30 de Junho de 2003, 68.994 acções. Neste período, não
adquiriu acções e alienou 3.700 acções, detendo, em 31 de Dezembro
de 2003, 65.294 acções. De acordo com o Art. 6.º do Regulamento
24/2000 da CMVM informamos das operações realizadas entre 1 de
Julho e 31 de Dezembro:
Data Operação Qtd. Cotação Preço Montante (EURO01-08-2003 Venda 77 3,95 3,36 25921-08-2003 Venda 23 4,00 3,42 7922-08-2003 Venda 3600 3,93 3,45 12420
Relató rio e Contas 1S03 44
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
O Futebol Clube do Porto, do qual é Presidente da Direcção, detinha, em
31 de Dezembro de 2003, 6.000.000 acções.
Fernando Soares Gomes da Silva
Detinha, a 30 de Junho de 2003, 960 acções. Não adquiriu nem alienou
no decorrer deste período quaisquer acções detendo, em 31 de
Dezembro de 2003, 960 acções. O Futebol Clube do Porto, do qual é
Vice-Presidente da Direcção, detinha, em 31 de Dezembro, 6.000.000
acções.
Adelino Sá e Melo Caldeira
Não tem acções. O Futebol Clube do Porto, do qual é Vice-Presidente da
Direcção, detinha, em 31 de Dezembro, 6.000.000 acções.
Reinaldo da Costa Teles Pinheiro
Detinha, a 30 de Junho de 2003, 9.850 acções. Não adquiriu nem
alienou no decorrer deste período quaisquer acções, detendo, em 31 de
Dezembro de 2003, 9.850 acções. O Futebol Clube do Porto, do qual é
Vice-Presidente da Direcção, detinha, em 31 de Dezembro, 6.000.000
acções.
Rui Miguel Duarte Alegre
Não tem acções
Conselho Fiscal
Domingos José Vieira Matos
Detinha, a 30 de Junho de 2003, 14.500 acções. Não adquiriu nem
alienou no decorrer deste período quaisquer acções, detendo, em 31 de
Dezembro, 14.500 acções.
Relató rio e Contas 1S03 45
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Joaquim Manuel Sousa Ribeiro
Detinha, a 30 de Junho de 2003, 100 acções. Não adquiriu nem alienou
no decorrer deste período quaisquer acções, detendo, em 31 de
Dezembro, 100 acções.
José Carlos de Carvalho Velez
Não tem acções.
Jorge Bento Martins Ledo
Não tem acções.
Transição para as normas internacionais de contabilidade
Conforme estipulado no Regulamento do Parlamento Europeu, as
sociedades com valores mobiliários admitidos em mercados
regulamentados sediados na União Europeia devem utilizar nas suas
demonstrações financeiras consolidadas, as normas internacionais de
contabilidade (IAS/IFRS) adoptadas no seio da União, para todos os
exercícios financeiros com início em ou após 1 de Janeiro de 2005.
No caso da F.C.Porto, SAD, estas normas entram em vigor no exercício
2005/2006. No entanto, os números serão apresentados tendo como
comparação o exercício de 2004/2005. Assim sendo, a F.C.Porto, SAD
está a preparar a transição de forma atempada e cuidadosa, tendo
constituído uma equipa de trabalho que acompanha esta temática e
implementa as alterações que se impõem.
Relató rio e Contas 1S03 46
Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD
Informação complementar relativa às demonstrações financeiras
consolidadas do semestre findo em 31 de Dezembro de 2003
O relatório de auditoria às demonstrações financeiras consolidadas
relativas ao semestre findo em 31 de Dezembro de 2003, incluiu a
referência à existência de reservas. Por forma a contribuir para um juízo
adequado por parte dos investidores relativamente às contas
apresentadas e nos termos do nº4 do artigo 245º do Código dos Valores
Mobiliários, divulgamos informação complementar relativamente aos
efeitos que as situações apontadas proporcionariam nas diversas
rubricas da sociedade:
Relatório e Contas Impacto das
Reservas Contas após os
efeitos das reservas
Activo 86.331.759€ -4.000.000€ 82.331.759€
Capital Próprio 3.508.548€ -4.000.000€ -491.452€
Passivo 82.823.211€ - 82.823.211€
Resultados transitados -59.425.271€ -4.000.000€ -63.425.271€
Saliente-se, no entanto, que estas variações não têm natureza
financeira, traduzindo-se apenas em movimentos contabilísticos.
Nota: A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, ao abrigo do
disposto no nº3 do art.250 do Código dos Valores Mobiliários, dispensou
a publicação das contas individuais.
Os documentos de prestação de contas alvo desta dispensa encontram-
se disponíveis para consulta juntamente com os restantes, na sede da
Sociedade
Relató rio e Contas 1S03 47