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MatemáticaTRANSCRIPT
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UNIVERSIDADE DE LISBOA
Faculdade de CienciasDEPARTAMENTO DE MATEMATICA
12o ANO
INTRODUCAO AO ESTUDO DAS FUNCOES
REAIS DE VARIAVEL REAL
RESOLUCAO DOS EXERCICIOS
Alessandro Margheri Ana Cristina Barroso
Carlota Rebelo Goncalves Lus Sanchez
2003
REANIMAT
Projecto Gulbenkian de Reanimacao Cientca da Matematica no Ensino Secundario
-
Captulo 1
Complementos sobre tecnicas de derivacao
Resolucao dos exerccios
1.1 A derivada de um produto
1 (x2x) = 2xx + x2
2
x= 2x
x +
x
x
2=
5
2x
x.
((x 1)2x) = 2(x 1)x + (x 1)22
x
= (x 1)(
2
x +x 12
x
)
= (x 1)(
5x 12
x
).
(
(x 1)3x
)=
3(x 1)2x
(x 1)3
x2
=(x 1)2
x
(3 x 1
x
)=
(x 1)2(2x + 1)x2
1
-
1.2 Derivada do inverso aritmetico e do cociente
1 (
1
x 1)
=1
(x 1)2
(
1
2x 1)
=2
(2x 1)2
(
x
1 + x
)=
1 + x x(1 + x)2
=1
(1 + x)2
(
1
1 + x2
)=
2x(1 + x2)2
(
x
1 + x2
)=
1 + x2 2x2(1 + x2)2
=1 x2
(1 + x2)2
(
x2 4x + 1x + 2
)=
(2x 4)(x + 2) 1(x2 4x + 1)(x + 2)2
=2x2 + 4x 4x 8 x2 + 4x 1
(x + 2)2=
x2 + 4x 9(x + 2)2
(
(x 1)2x
)=
2(x 1)x 12
x(x 1)2
x
=(x 1)2x
x(4x x + 1) = (x 1)(3x + 1)
2x
x
2
-
1.3 Observacoes sobre mudanca de variavel no calculo
de limites
1 Fazendo a mudanca de variavel y2 = x, ou seja y = x (para x > 0)
limx0+
x +
x
3x 2x = limy0+y2 + y
3y2 2y = limy0y + 1
3y 2 = 1
2
(ou sem fazer a mudanca de variavel
limx0+
x +
x
3x 2x = limx0+
x(
x + 1)x(3
x 2) = limx0+
x + 1
3
x 2 = 1
2)
limx+
x +
x
3x 2x = limy+y2 + y
3y2 2y =1
3
limx0+
x (x)33x 2x = limy0+
y2 y33y2 2y = limy0+
y y23y 2 = 0.
limx+
x3 x3x 2x = limy+
y6 y3y2 2y = +.
2 limx+
x 12x 1 = limy0+
1y 1
2y 1 = limy0+
1 y2 y =
1
2
3
-
1.4 Derivadas de funcoes compostas
1 A funcao (x2 1)4 resulta de compor u4 com u = x2 1.Logo (
(x2 1)4) = 4u3|u=x21 2x = 8x(x2 1)3. A funcao (3x 1)4 e composicao de u4 com u = 3x 1. Entao[
(3x 1)4] = 4u3|u=3x1 3 = 12(3x 1)3. A funcao 4x + 1 e composicao de u com u = 4x + 1. Entao(
4x + 1)
=1
2
u u=4x+1 4 = 2
4x + 1
A funcao 14x + 1
e composicao de1u
com u = 4x + 1. Entao
(1
4x + 1
)= 1
2
u
u u=4x+1 4 = 2
(4x + 1)
4x + 1
A funcao 1 + x2 e composicao de u com u = 1 + x2. Entao(1 + x2
)=
1
2
u u=x2+1 2x = x
1 + x2
A funcao 4 x2 e composicao de u com u = 4 x2. Logo(4 x2
)=
1
2
u u=4x2 (2x) = x
4 x2
A funcao 1(x2 1) e composicao de
1
ucom u = x2 1. Entao
(1
x2 1)
=1u2 u=x21
2x = 2x(x2 1)2
A funcao(
1 2x
)3e composicao de u3 com u = 1 2
x Logo
[(1 2
x
)3]= 3u2|u=1 2
x 2x2
=6
x2
(1 2
x
)2=
6
x4(x 2)2.
4
-
1.5 Derivada da funcao inversa. Derivada da funcao
raiz
1 A derivada de x + 1 (composicao de u com u = x + 1) e1
2
u u=x+1 1 = 1
2
x + 1
( 3x) = 13
3
x2
A derivada de 32x + 1 (composicao de 3u com u = 2x + 1) e1
33
u2 u=2x+1 2 = 2
3 3
(2x + 1)2
A derivada de 13
x(composicao de
1
ucom u = 3
x) e
1( 3
x)2 13
3
x2=
13x 3
x
2 Notamos que o domnio de f1 e o intervalo [0, b[ onde b = limx+
f(x) pode ser +.Utilizando a mudanca de variavel y = f(x), temos
limy0+
f1(y) f1(0)y 0 = limx0+
f1(f(x)) f1(f(0))f(x) f(0)
= limx0+
1f(x)f(0)
x0= +,
e portanto (f1)(0) = +.
5
-
1.6 Aplicacoes do calculo de derivadas: estudo de
gracos e problemas de maximo e mnimo
1
(a)1
2
x(5x + 4)x + 1
(b)1 + x2 + 2x3
x2
(c) 1 (d) 1 x2
(1 + x2)2
(e) 12
x 1x(x + 1)2
(f) 12
1 + 5x2x
(g) 2000x(1 + x2)999 (h)1
3
1
(x + 1)(2/3)
(i)4
3
1
(4x 5)(2/3) (j) 5(
x +1
x
)4 (1 1
x2
)
(k)5
(3x + 1)2(l) 20x(x2 1)9
(m)2
(x + 1)3(n)
4x(1 + x2)3
2 Denotamos por p(t) e d(t) respectivamente as medidas, no instante t, dos segmentos
AB e 0A. Sendo os triangulos 0AB e 0AB semelhantes, tem-se
p(t) =10
d(t)
Logo,
p(t) =10d2(t)
d(t) = 150d2(t)
unidades/segundo,
(d(t) e uma funcao decrescente, logo d(t) = 15 unidades/segundo.)Conclumos que a perspectiva AB cresce a` velocidade de 150
d2(t)unidades/segundo no
instante t.
3 Denotamos por h(t) a altura, em centmetros, do lquido no vaso conico no instante t
(medida a partir do vertice do cone) e por V (t) cm3 o volume do lquido contido no vaso
no instante t. Tem-se
V (t) =1
3r2(t)h(t) cm3
onde r(t) cm e a medida no instante t do raio da base do cone ocupado pelo lquido.
6
-
Observando a gura nota-se, utilizando a semelhanca de triangulos, que
r(t) =h(t)
3,
r(t)
h(t)
e logo
V (t) =
9h3(t).
Como consequencia
V (t) =
3h2(t)h(t)
e de V (t) = 4 cm3/s, conclumos que
h(t) =12
h2(t)cm/s.
O nvel do lquido no vaso sobe a` velocidade de 12h2(t)
cm/s no instante t.
4 Denotamos por 2x e y respectivamente as medidas (em metros) da base e da altura
do rectangulo. Entao teremos de maximizar a quantidade
2xy + x2
2
2x
y
7
-
tendo em conta a restricao
2y + (2 + )x = 12, x > 0, y > 0,
de onde deduzimos
y = 6 (2 + )2
x x ]0,
12
2 +
[.
Assim, a area em funcao de x sera
A(x) = [12 (2 + )x]x + 2x2
= 12x(2 +
2
)x2, x
]0,
12
2 +
[.
Como A(x) = 12 (4 + )x,
A(x) 0 x ]0,
12
4 +
].
A area sera maxima quando
x =12
4 + metros,
124+
A A + 0
o que implica
y = 6 (2 + )2
124 +
=12
4 + metros.
A area maxima sera
A
(12
4 +
)=
72
4 + metros quadrados.
5 Representamos na gura a seccao da piramide com um plano que passa pelo vertice
O da piramide, que e perpendicular a` sua base e e paralelo a uma recta que contem um
dos lados da base.
A' B'x
BA
O
8
-
Sendo os triangulos OAB e OAB semelhantes, fazendo OA = x, temos que
AB =x
5
e logo o volume do prisma inscrito sera
V (x) = (AB)2 AA = x2
25(5 x), 0 < x < 5.
Dado que
V (x) 0 125
x(10 3x) 0,conclui-se que
V (x) 0 0 < x 103
e logo o prisma tera volume maximo quando x = 103
a que corresponde V(
103
)= 20
27m3.
6 Tendo em conta a gura,
23
3
3
y
x
300 cm2
teremos de minimizar
p = x + 5 + y + 6 = x + y + 11
(o semipermetro da pagina) com a restricao xy = 300, x > 0, y > 0, equivalente a
y =300
x, x > 0.
Logo,
p(x) = x +300
x+ 11, x > 0
p(x) = 1 300x2
0 x 10
3
e p(x) tera um mnimo para x = 10
3. As correspondentes dimensoes da pagina serao
10
3 + 5 cm e300
10
3+ 6 = 10
3 + 6 cm.
9
-
1.7 Segunda derivada e concavidade
1 (a) f(x) 0 x 12
ou x 1.f (x) = 4x 3 0 x 3
4
f (x) = 4 > 0, x R.
x 34
f (x) 0 +f (x) + + +
f(x)
0 1/2 1x
y
(b) f(x) 0 x(x2 + 1) 0 x 0.f (x) = 3x2 + 1 > 0, x R.f (x) = 6x 0 x 0.
x 0
f (x) + + +
f (x) 0 +f(x)
0x
y
(c) f(x) 0 x(x2 1) 0 1 x 0 ou x 1.f (x) = 3x2 1 0 |x| 1
3
f (x) = 6x 0 x 0.
x 1 13
0 13
1
f (x) + 0 0 +f (x) 0 + +f(x)
0-1 1
x
y
-13
13
10
-
(d) f(x) =
x 1 0 para x 1. (Note-se que o domnio de f e x 1).f (x) = 1
2
x1 > 0 para x > 1 e limx1+f (x) = +.
f (x) = 14(x1)x1 < 0 para x > 1 e limx1+
f (x) = .
x 1
f (x) + +f (x) f(x)
0 1x
y
(e) f(x) > 0 x R.f (x) =
x1 + x2
0 x 0.
f (x) =1
(1 + x2)
1 + x2> 0 x R.
x 0
f (x) 0 +f (x) + + +
f(x)
1
0
x
y
(f) f(x) =1
1 + x2> 0 x R.
f (x) =2x
(1 + x2)2 0 x 0.
f (x) =2(3x2 1)(1 + x2)3
0 x 13
ou x 13
x 13
0 13
f (x) + + + 0 f (x) + 0 0 +f(x)
1
0 x
y
13
-13
(g) Ver Exemplo 1.6.1.
11
-
2y
x
y
x
y=f(x)y=f(x)
y=f (x)1 y=f (x)1
f1 tem a concavidade virada para baixo no primeiro caso, para cima no segundo caso.
Nota: Em alternativa, o resultado pode ser deduzido tendo em conta que
(f1)(x) =[(f1)(x)
]=
[1
f (f1(x))
]=
= f(f1(x))
[f (f1(x))]3
3 g(x) = f (x) f (a) 0 x a.Portanto, a funcao g atinge um mnimo em a. Logo
g(x) = f(x) f(a) f (a)(x a) g(a) = 0 x I.
f(x) f(a) + f (a)(x a) x I.
12
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Captulo 2
O teorema do valor intermedio
Resolucao dos exerccios
2.1 O teorema do valor intermedio e a localizacao dos zeros de
funcoes contnuas
1 x1 = 0.337 x2 = 1.307
2 x = 1.8
3 x = 0.5
4 (a) f(x) =
1 x < 01 x > 0
(b) Pelo Facto 2.1.2, uma funcao contnua em R e que tome os valores 1 e 1 tomatambem todos os valores entre 1 e 1. Logo, nao existe nenhuma funcao nas condicoespretendidas.
(c) Pelo Facto 2.1.2, f([1, 0[) e f(]0, 1]) sao intervalos de R. Se um desses intervalosfor nao degenerado (isto e, do tipo [a, b] com a < b) entao ira conter innitos valores
distintos. Por outro lado, se f([1, 0[) e f(]0, 1]) forem intervalos degenerados, f so tomano maximo dois valores distintos. Logo, nao existe nenhuma funcao que satisfaca as
condicoes pretendidas.
(d) Dado que f e nao constante, tem de tomar dois valores irracionais distintos e, sendo
contnua, tera de tomar todos os valores intermedios. Dado que entre dois irracionais ha
um racional, nao existe nenhuma funcao nas condicoes pretendidas.
13
-
5 Pelo Facto 2.1.2, f(R) e um intervalo de R. Se f tomasse dois valores inteiros distintos,
deveria tambem tomar todos os valores intermedios, entre os quais ha valores nao inteiros.
Logo, f so toma um valor inteiro e e portanto constante.
6 Seja A(r) a area do crculo de raio r. Tem-se que A e uma funcao contnua em ]0, +[e
limr0
A(r) = 0,
A(10) = 100 > 200.
Conclumos entao que existe
r ]0, 10[ : A(r) = 200.
7
B
P
A O
Qa
Dado que a area do sector circularOBP (= area do sector circular
QAO ) e r
22
e a
area do triangulo OPQ e r2sen cos , a area da porcao de semicrculo que ca abaixo
da recta e
A() = r2 + r2sen cos , ]0,
2
[.
A() e uma funcao contnua em]0,
2
[e
lim0+
A(r) = 0, lim r
2
A() =r2
2
Conclumos entao que existe
]0,
2
[: A() =
r2
4= metade da area do semicrculo.
8 A funcao g(x) = f(x) x e contnua em [0, 1] (diferenca de funcoes contnuas em[0, 1]) e satisfaz g(0) = f(0) 0 = f(0) 0 (dado que f(0) [0, 1]) e g(1) = f(1) 1 0(dado que f(1) [0, 1]). Se g(0) = 0 ou g(1) = 0 temos, respectivamente, f(0) = 0 ouf(1) = 1, e a armacao ca provada. Caso contrario, g(0) > 0 e g(1) < 0 e sendo g
contnua em [0, 1], existira c ]0, 1[ : g(c) = f(c) c = 0 f(c) = c.
14
-
2.2 Uma aplicacao do teorema do valor intermedio: contradomnios
1 A funcao x2x e contnua em R, tem um mnimo no ponto x = 12, onde e f(1
2) = 1
4
e
limx+
f(x) = limx
f(x) = +.
Logo o contradomnio de f e[1
4, +[.
A funcao f(x) = xx+1
e contnua e diferenciavel no seu domnio R \ {1} e f (x) =1
(x+1)2> 0 em R \ {1}. Como limx1 f(x) = +,
limx
f(x) = 1
e f e crescente em ],1[,
f (],1[) =]1, +[.
Analogamente, de limx1+ f(x) = ,
limx+
f(x) = 1
e f e crescente em ] 1, +[, conclui-se que
f (] 1, +[) =], 1[.
Portanto o contradomnio de f e R \ {1}.
Procedendo como no exemplo 2.2.2, obtemos que o contradomnio de f e[
6030
, +[.
f e contnua no seu domnio R. Como f(x) 1, x R e f(0) = 1, 1 e valor mnimode f em R. Sendo
limx+
f(x) = limx
f(x) = +
o contradonnio de f e [1, +[.
f(x) = x21+x2
e contnua no seu domnio R. Para alem disso, 0 f(x) < 1, x R.Como f(0) = 0 e
limx+
f(x) = limx
f(x) = 1,
o contradomnio de f e [0, 1[.
15
-
21
10
FALSA. Para a funcao representada, f(R) =]0, 10].
VERDADEIRA. Pelo facto 2.1.2, f tem de tomar todos os valores no intervalos ]0, 10](que contem o intervalo [1, 10].)
FALSA. Ver gura acima.
VERDADEIRA. Seja x R : f(x) = 10. Como limx f(x) = 1, f toma todos osvalores do intervalo ]1, 10] quando x varia no intervalo ], x] e logo existe x1 ]+, x[tal que f(x1) = 3. Analogamente, de limx+ f(x) = 0 deduz-se que f toma todos
os valores do intervalo ]0, 10], quando x varia em [x, +[. Logo existe x2 ]x, +[ (eportanto x2 = x1) tal que f(x2) = 3. Em conclusao, a equacao f(x) = 3 admite pelomenos as duas solucoes distintas x1 e x2.
16
-
2.3 Outra aplicacao do teorema do valor intermedio:
resolucao de inequacoes
1 f(x) = 0 x = 5
12
x = 2 ou x = 3. De
x 0 2 52
3 4
f(x) 6 0 14
0 2
e raciocinando como no exemplo 2.3.1, conclui-se que o quadro de sinais de f e
x 2 3
f(x) + +
Logo, x2 5x + 6 < 0 x ]2, 3[ .
x3 4x = x(x2 4) e por isso x3 4x = 0 x = 0 ou x = 2 ou x = 2. De
x 3 2 1 0 1 2 3f(x) 15 0 3 0 3 0 15
(Observacao: f e mpar e, por isso, e suciente calcular f em 1 e 3.)
conclumos que o quadro de sinais de f sera
x 2 0 2f(x) + +
Logo x3 4x > 0 x ] 2, 0[ ]2, +[ .
x5 4x = x(x4 4) = x(x2 2)(x2 + 2) = x(x 2)(x + 2)(x2 + 2) e, por isso,x5 4x = 0 x = 0 ou x = 2.Tambem esta e uma funcao mpar. De
x 2 2 1 0 1 2 2f(x) 24 0 3 0 3 0 24
obtemos o quadro de sinais
x 2 0 2f(x) 0 + 0 +
e, por isso, x5 4x > 0 x ]2, 0[ ]2, +[ .
17
-
Podemos considerar a equacao associada x = x + 2 cujas solucoes sao solucoes dex2 = x + 2. Ora, x2 = x + 2 equivale a x = 1 ou x = 2 e apenas x = 2 e solucao dex =
x + 2.
Sendo f(x) = xx + 2, dex 0 2 7
f(x) 2 0 4obtemos o quadro de sinais
x 2
f(x) 0 +Conclumos que f(x) > 0 x > 2.2 Tendo em conta que f e contnua e a partir da informacao dada obtemos o seguinte
quadro de sinais
x 1 3
f(x) + 0 + 0 Conclumos entao que f(x) < 0 x ]3, +[ .
18
-
Captulo 3
Funcao exponencial e funcao logartmica
Resolucao dos exerccios
3.2 Denicoes e propriedades basicas
1 Em relacao a` primeira tabela de valores: substituindo em x = 2 e x = 4 obtemos,
respectivamente, 4 = Cb2 e 36 = Cb4. Conclui-se imediatamente que tera de ser
C = 0 e C = 49
Obtem-se entao b = 3.
Verica-se, substituindo em x = 6 e x = 8, que y = 49 3x tem a primeira tabela de
valores.
Analogamente, concluimos que y = 100 10 12 x tem a segunda tabela de valores.
2
19
-
34 Fazendo, com a calculadora, calculos de potencias de expoente racional, obtemos
1.4142 2x e ln e estritamente crescente
ln(3x + 1) ln(3x) = 2 ln (3x+13x
)= 2 ln (1 + 1
3x
)= 2
1 + 13x
= e2 13x
= e2 1 3x = 1e21 x = 13(e21)
2 log5 x + log5(5x) = 3 log5 x2 + log5(5x) = 3 log5(x2 5x) = 3 log5(5x3) = 3 log5 5 + log5(x
3) = 3 log5(x3) = 2 x3 = 52 x = 3
25.
3 2x > 0 x R 2x > 1 x > 0 2x < 8 2x < 23 (porque 2x e estritamente crescente) x < 3. 23x 4 < 0 23x < 22 3x < 2 x < 2
3
ex > 2 ex > eln 2 (porque ex e estritamente crescente) x > ln 2 e2x1 < 1 - impossvel porque ex > 0 x R e2x 2x < 0 e2x eln 2x < 0 2x < ln 2 x x(2 ln 2) < 0 x < 0 ln x < ln(1 2x) (porque ln e estritamente crescente) x < 1 2x x < 1
3
4 ln e3 = 3 ln e1 = 1 e4 ln 3 = eln 34 = 34 log10(log10 10) = log10(1) = 0 3
2ln 4 3 ln 2 = 3
2ln 22 ln 23 = ln(22) 32 ln 23 = ln 23 ln 23 = 0
ln 2 ln x + ln 7 = ln 27x
= ln 14x
5 (a) f(x + k) = Cbx+k e 2f(x) = 2Cbx
e por isso f(x + k) = 2f(x) Cbx+k = 2Cbx Cbx(bk 2) = 0 C = 0 ou k = logb 2.
22
-
Se C = 0, tera de ser k = logb 2. Se C = 0, k pode ser qualquer numero.
(b) Analogamente a (a), se C = 0, k pode ser qualquer numero. Se C = 0, k = logb 3.
6 (e2x) = 2e2x (3x) = (eln 3x) = ln 3eln 3x = ln 3 3x (52x) = (e2 ln 5x) = 2 ln 5 52x
(ex
2)
= 2x ex2
(x ex) = ex + x ex = ex(1 + x) (x ex) = ex xex = ex(1 x)
((x + 1)ex
2)
= ex2 2(x + 1)xex2 = ex2(1 2x 2x2)
(x e2x+1) = e2x+1 + 2xe2x+1 = e2x+1(1 + 2x) (1
2(ex + ex)
)= 1
2(ex ex)
(log(2x + 1)) = 2ln(10)(2x+1)
(x ln x) = ln x + 1 (ln(1 + x2)) = 2x
1+x2
) ((log(1 x))2) = 2 log(1 x)
(1
ln(10)(1x)
)= 2 log(1x)
ln(10)(1x)
[(e2x(1 + e3x))10
]= 10 (e2x(1 + e3x))9
(2e2x(1 + e3x) + 3 e2xe3x
ex
)= 10 (e2x(1 + e3x))9 (2e2x + ex)
((2x + 1)
3)
= 2
3(2x + 1)
31
7 ln x+1x
denida em R+(ln x + 1
x
)=
1x x (ln x + 1)
x2= ln x
x2
e por isso a funcao dada e estritamente crescente em ]0, 1[ e estritamente decrescente em
]1, +[. Em x = 1 a funcao atinge o maximo relativo 1.
8 ((1 + x)ex) = ex (1 + x)ex = xex. A funcao dada decresce em ]0, +[ ecresce em ], 0[. Em zero a funcao atinge o maximo absoluto 1.
(
2x 1e3x
)=
2e3x (2x 1)3e3xe6x
=5e3x 6xe3x
e6x=
5 6xe3x
A funcao dada e estritamente crescente em
], 56
[e estritamente decrescente em
]56, +[.
23
-
Em 56
a funcao atinge o maximo absoluto531
e52
= 23e
52
(
(x 1)2e
x4
)=
2(x 1)ex4 (x 1)2 14e
x4
ex2
=e
x4
ex2
[2(x 1) (x 1)
2
4
]
= ex4
[2x 2 x
2
4+
x
2 1
4
]= e
x4
(5
2x x
2
4 9
4
)=
ex4
4
(10x x2 9)
A funcao dada e decrescente em ], 1[ e em ]9, +[ e e crescente em ]1, 9[.
1 9 +f 0 64
e9/4
limx+
(x 1)2e
x4
= 0 e por isso o mnimo atingido em x = 1 e absoluto. A funcao cresce
em ]1, 9[ e decresce em ]9, +[ e, por isso, em x = 9 e atingido um maximo que, por seter lim
x(x 1)2
ex4
= +, e relativo.O valor do maximo relativo e 64
e9/4
O domnio de x ln x e R+.
(x ln x) = 1 1x
=x 1
x
A funcao dada decresce em ]0, 1[ e cresce em ]1, +[. Em x = 1 e atingido o mnimoabsoluto 1.
O domnio de x1ln x e R
+ \ {e}.
(x
1 ln x)
=1 ln x x ( 1
x
)(1 ln x)2 =
2 ln x(1 ln x)2
A funcao dada cresce em ]0, e[ e em ]e, e2[ e decresce em ]e2, +[. Em e2 e atingido ummaximo que, por se ter limxe x1ln x = +, e relativo. O valor deste maximo relativo ee2.9 A recta y = x e tangente a graco de y = ex em x0 se
y = ex0 + ex0(x x0)
for a recta y = x. Ou seja, tem de ser = ex0 e ex0 = ex0x0.
24
-
Concluimos que = ex0 e x0 = 1 ou seja = e e o ponto de tangencia e x0 = 1. Quanto
ao numero de solucoes da equacao ex = x temos, se < 0:
Com < 0, ha uma solucao.
Com = 0, nao ha solucoes uma vez que ex = 0 e impossvel.
Se > 0:
25
-
Conclusoes: com ]0, e[, nao ha solucoes;com = e, ha uma solucao (x = 1);
com ]e, +[, ha duas solucoes.10 (a) f :]0, +[ R
f(x) =ex
x
f (x) =exx ex
x2=
ex(x 1)x2
f (x) =(ex(x 1))x2 ex(x 1)2x
x4=
(ex(x 1) + ex)x 2ex(x 1)x3
=ex(x2 2x + 2)
x3
Ora x2 2x + 2 > 0, x. Obtemos1
f mnimoabsoluto
f 0 +f + + +
limx0+
ex
x= +, x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .
limx+
ex
x
x= lim
x+ex
x2= +, nao existem assntotas em +.
Em x = 1, a funcao atinge o seu mnimo absoluto e.
(b) g : R R.
g(x) =ex
1 + ex
g(x) =ex(1 + ex) exex
(1 + ex)2=
ex
(1 + ex)2
g(x) =ex(1 + ex)2 ex2(1 + ex)ex
(1 + ex)4=
ex + e2x 2e2x(1 + ex)3
=ex(1 ex)(1 + ex)3
0
g ponto deinexao
g + + +
g + 0
26
-
limx+
ex
1 + ex= lim
x+1
ex + 1= 1.
y = 1 e uma assntota horizontal em +.
limx
ex
1 + ex= 0
y = 0 e uma assntota horizontal emg nao admite extremos relativos em R.
h : R R.
h(x) =ex 1ex + 1
h(x) =ex(ex + 1) ex(ex 1)
(ex + 1)2=
2ex
(ex + 1)2
h(x) = 2 [ex(ex + 1)2 2(ex + 1) ex ex]
(ex + 1)4=
2 ex(ex + 1)3
[ex + 1 2ex] = 2ex(1 ex)
(ex + 1)3
0
h ponto deinexao
h + + +
h + 0
limx+
ex 1ex + 1
= 1, y = 1 e assntota horizontal ao graco de h em +.
limx
ex 1ex + 1
= 1, y = 1 e assntota horizontal em ao graco de h.h nao admite extremos relativos em R.
(c) f :]0, +[ R.
f(x) =ln x
x
f (x) =1 ln x
x2
f (x) =3 + 2 ln x
x3
27
-
e e3/2
f maximoabsoluto
ponto deinfexao
f + 0 f 0 +
limx0+
ln x
x= , x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .
limx+
ln x
x= 0, y = 0 e uma assntota horizontal em + ao graco de f .
Em x = e a funcao atinge o seu maximo absoluto 1e
(d) f :]0, +[ R
f(x) = x2 ln xf (x) =
2x2 1x
f (x) =2x2 + 1
x2
12
f mnimoabsoluto
f 0 +f + + +
limx0+
x2 ln x = +, x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .
limx+
x2 ln xx
= +, nao existem assntotas em +.
Em x = 12
a funcao atinge o seu mnimo absoluto 12 ln 1
2
11 x
3 e estritamente crescente.
(x
3)
=
3 x
31 > 0
no domnio da funcao.
4
3 < 4 1
3
28
-
12 x1x = e
ln xx para x > 0.(
eln xx
)=
(ln x
x
)x
1x =
1x x ln x
x2x
1x
=1 ln x
x2x
1x
x1x e estritamente decrescente em ]e, +[.
7
7 >8
8
13 0.1x = eln 101x
(0.1x) = ln 101 eln 101x < 0.
0.1x e uma funcao decrescente
0.10.1 > 0.10.2
3.4 Exemplos de aplicacoes das funcoes exponenciais e logartmicas
1 (a) No instante inicial, ha aproximadamente 5 000 bacterias e, por isso,
N(0) = N0 = 5 000.
Ao m de 4 horas, ha cerca de 100 000 bacterias e, por isso,
N(4) = 5 000e4k = 100 000.
Obtemos entao 4k = ln 20 k = ln 204
A expressao designatoria e N(t) = 5 000 eln 20
4t com ln 20
4
0.75.
(b) Dizem-nos que a populacao duplica ao m de duas horas, ou seja que N(2) = 2N(0).
Assim temos N0 e2k = 2N0. Se N0 nao for nulo, isto e se no instante zero existirem
bacterias, podemos concluir que 2k = ln 2 ou seja k = ln 22
0.35.
2 Queremos determinar o instante T tal que Q(T ) = 0.2Q0. Ter-se-a Q0 e0.00012T =
0, 2Q0 e, supondo Q0 = 0, obtemos entao0.00012T = ln 0.2, T 13412
3 Se os juros sao compostos continuamente a` taxa de 4 %, temos que o capital gerado
ao m do tempo t (anos) por um capital inicial C e dado por
C(t) = C e0.04 t.
29
-
O instante T em que o capital triplica verica
Ce0.04 T = 3C.
Supondo C > 0 tem-se entao 0.04T = ln 3 T = ln 30.04
27, 5 anos.
4 O capital gerado ao m do tempo t (anos) pelo capital inicial C em condicoes de
capitalizacao contnua e taxa de juro anual 0.05 e dado por
C(t) = C e0.05 t
Para obtermos 20 000 ao m de 8 anos temos de investir um capital inicial C tal que
20 000 = C e0.058
ou seja C = 20 000e0.058 13 406, 4 .
5 A temperatura da barra no instante t e dada por T (t) = 5 + C ekt em que C verica
150 = T (0) = 5 + C. Tem-se entao
T (t) = 5 + 145 ekt
Como T (2) = 5 + 145 ek2 = 60, obtemos
e2k =55
145 k = 1
2ln
(55
145
).
O instante t0 tal que T (t0) = 10 verica
10 = 5 + 145ekt0 ekt0 = 5145
.
t0 = 1k ln(
5145
)minutos 6,95 minutos.
6 Tem-se f (t) = 0.7 250 e0.7t = 175 e0.7t. Assim f (0) = 175. O tempo t0 aom do qual o antibiotico injectado e reduzido a 10% da quantidade inicial verica
250 e0.7t0 = 0.1 250.
Tem-se entao
t0 = 107
ln(0.1)h 3.29 horas.
30
-
7 Ao m de uma hora, a cultura de bacterias triplica, ou seja Q(1) = 3Q(0). Conclui-se
imediatamente que C ek = 3C o que, dado que Q(0) = C = 106 = 0, implica k = ln 3.Conclui-se entao que a lei de crescimento do numero de bacterias e
Q(t) = 106 e(ln 3)t.
O tempo t0 ao m do qual estao presentes 108 bacterias verica 108 = 106 e(ln 3)t0 , ou
seja
t0 =ln 102
ln 3
4, 19 horas.
8 O perodo de meia-vida, t0, e o tempo ao m do qual a massa e metade da massa
inicial, ou seja
Q(t0) =1
2Q(0).
Assim sera
C e0.023 t0 =1
2C,
o que equivale, supondo C = 0, a
t0 = 1 00023
ln1
2anos 30, 14 anos.
9 Se T denota a idade (aproximada) da amostra, tem-se
Q(T ) = Q0 e0.00012T =
30
100Q0.
Logo,
T = 105
12ln
3
10=
105
12ln
10
3 10 033.1 anos.
10 Se N(t) = N0ekt denota o numero de bacterias no instante t medindo o tempo em
horas, tem-se
N
(t +
1
4
)= 2N(t)
N0ekt+ k4 = 2N0ekt e k4 = 2 k = 4 ln 2
31
-
Para alem disso, N(0) = N0 = 108. Logo N(t) = 108e4 ln 2t e de
100
15N(t0) = 10
8,
deduz-se que
15
100 108 e4 ln 2 t0 = 108
e4 ln 2t0 = 10015
t0 = 14 ln 2
ln 10015
0.68 horas 40.8 minutos.
desde que a infeccao foi detectada.
11 Dado que t = 0 corresponde ao ano 1990 temos que
P (0) = P0 = 40 000 e P (9) = P0 e9k = 100 000.
Logo
40 000e9k = 100 000 k = 19
ln5
2
Para determinarmos a data em que o preco inicial duplicou, procuramos t0 tal que P (t0) =
2P0. Ora,
P (t0) = 2P0 40 000 e 19 ln 52 t0 = 80 000 t0 = 9 ln 2
ln 52
6.8 anos 6 anos e 9.6 meses.
Concluimos que o preco inicial do apartamento duplicou a` volta do dia 18 de Outubro de
1996.
12 O capital no instante t (contando o tempo a partir do ano 1990) e dado por
C(t) = 10 000 ert. Como C(10) = 14 000 = 10 000 e10r, conclui-se que
r =1
10ln
7
5 0.0336 3.4%.
13 O capital gerado ao m de 4 anos pelo capital inicial de 5 000 em condicoes decapitalizacao trimestrial e a` taxa de juro anual 0.05 e
5 000
(1 +
0.05
4
)16
6 099.45
32
-
e em condicoes de capitalizacao contnua e a` taxa de juro anual 0.048 e
5 000 e0.0484 6 058.35 .
Nao e portanto favoravel optar pela segunda opcao.
14 v(t) = 10(1 e0.3t)
Assntota horizontal: v = 10.
A velocidade terminal e o limite da funcao velocidade quando o tempo t tende para +
v(t) > 7 1 e0.3t > 710 e0.3t < 3
10
0.3t < ln 310 t > 10
3ln
3
10
4.01.
Deve decorrer um tempo superior a 103
ln 310
unidades para que a velocidade seja superior
a 7 unidades.
15 Tem-se 50 = N(0) = 2 0001+c
o que implica 50 + 50c = 2 000 e por isso c = 1 95050
= 39.
O tempo T necessario para que a populacao atinja o numero 1 500 verica
1 500 =2 000
1 + 39e4T
1 500 + 1 500 39 e4T = 2 000
e4T =500
1 500 39e4T =
1
117
T = 14
ln1
117semanas 1, 19 semanas.
16 Tem-se I(t) = 106
1+c ekt e por isso 100 = I(0) =106
1+c Conclui-se entao que 100+100c =
106 donde 100c = 106 102, c = 104 1.
33
-
Ao m de duas semanas ha 550 casos e por isso
I(2) =106
1 + (104 1)e2k = 550
1 + (104 1)e2k = 105
55
e2k = 1104 1
(105
55 1
)
k = 12
ln
[1
104 1(
105
55 1
)]= 1
2ln
(2 221
12 221
)
0.853.
Ao m de 3 semanas havera
I(3) =106
1 + (104 1)e3k 1 289.2 infectados.
17 De f(t) = 300(e0.4t et) obtemos f (t) = 300(0.4e0.4t + et) e por isso
f (t) = 0 et = 0.4e0.4t et(0.41) = 0.4 t = 53
ln(0.4).
Por outro lado,
f (t) > 0 se e so se t < 106
ln(0.4)
e por isso em
t = 53
ln(0.4) 1, 53 horas
e atingido o valor maximo de medicamento no sangue.
A quantidade de substancia esta a decrescer com maior rapidez quando a derivada de f
atingir o seu valor mnimo. Ora
f (t) = 300(+0.16e0.4t et) = 0 se e so se t = 53
ln(0.16)
e
f (t) < 0 se e so se t < 53
ln(0.16).
Assim o valor procurado e
53
ln(0.16) 3, 054 horas.
Quanto ao intervalo de tempo em que a quantidade de medicamento se mantem superior
a 80 unidades, pode ser determinado atraves do graco seguinte
34
-
18 A funcao pN(p) e estritamente decrescente e representa o dinheiro obtido com avenda de automoveis de um dado preco p [10, 20].
19 De T (t) = + Cekt obtemos
T (t) = kCekt = k(T (t) ),
como queriamos demonstrar.
35
-
3.5 Comparacao do comportamento das funcoes exponenciais e
logartmicas com o dos polinomios
1 limx
ex(x2 + 5x 1) = limx
x2 + 5x 1ex
= 0
limx+
e3x
1 + x2= 0; lim
xe3x
1 + x2= +
limx0+
x e1x = lim
x0+e
1x
1x
= +; limx0
x e1x = 0
limx+
(ex 10x2) = limx+
ex(
1 10x2
ex
)= +; lim
x(ex 10x2) =
limx
ex
x+1 (1 2x2) =
limx+
ln(1 + x2)2
1 + x= lim
x+2 ln(1 + x2)
1 + x= 0
limx0+
x ln x = 0
[por 3.5.5 com = 1
2
]
limx+
(x ln x) = limx+
x
(1 ln x
x
)= +
36
-
Captulo 4
As Funcoes Trigonometricas
Resolucao dos exerccios
4.1 Revisao
1 Uma vez que tan x = sen2 xcos2 x
, tem-se
sen2 x + tan2 x = sen2 x +sen2 x
cos2 x= sen2 x
(1 +
1
cos2 x
)=
= (1 cos2 x)(
1 +1
cos2 x
)= 1 +
1
cos2 x cos2 x 1 = 1
cos2 x cos2 x.
Nota: o enunciado deste exerccio esta errado; devia ler-se :
2 sen2 x 1cos2 x
= tan2 x 1.
Usando a igualdade sen2 x + cos2 x = 1, tem-se
2 sen2 x 1cos2 x
=2 sen2 x sen2 x cos2 x
cos2 x=
sen2 x cos2 xcos2 x
= tan2 x 1.
cos4 x sen4 x = (cos2 x sen2 x)(cos2 x + sen2 x)= cos2 x sen2 x = cos(2x).
sen2 x 1sen2 x
=(sen2 x)2 1
sen 2x=
(1 cos2 x)2 1sen2 x
=1 2 cos2 x + cos4 x 1
sen2 x=
cos2 x(cos2 x 2)sen2 x
=cos2 x 2
tan2 x
37
-
2 sen x = cos x x = 4
+ k, k Z
sen2 t
1 cos t = 1 cos t 1 cos2 t1 cos t = 1 cos t
(1 cos t)(1 + cos t)1 cos t = 1 cos t 1 + cos t = 1 cos t (cos t = 1)
cos t = 0 t = 2
+ k, k Z.
sen 2t = sen 4t sen 2t = 2 sen 2t cos 2t sen 2t(1 2 cos 2t) = 0 2 cos 2t = 1 sen 2t = 0 cos 2t = 1
2 sen 2t = 0
2t = 3
+ 2k 2t = 3
+ 2k 2t = k, k Z t =
6+ k t =
6+ k t = k
2, k Z
Em [0, 2] tem-se
sen x < cos x x [0,
4
[
]5
4,3
4
]
[3
4,2
]
x [0,
4
[
]5
4, 2
].
sen x < cos 2x sen x < cos2 x sen2x = 1 2 sen2 x 2 sen2x + sen x 1 < 0 (2 sen x 1)(sen x + 1) < 0 2 sen x 1 < 0 sen x = 1 sen x < 1
2 sen x = 1.
Os valores de x no intervalo [0, ] que satisfazem estas condicoes sao x [0, 6
[ ]56
,].
38
-
4.2 Limites trigonometricos. Continuidade e derivadas das
funcoes trigonometricas
1 (3 sen x 5 cos x) = 3 cos x + 5 sen x; (x sen x) = x cos x + sen x; (sen (4x) cos(3x)) = 4 cos(4x) + 3 sen (3x); (tan(2x)) = 2(1 + tan2(2x)); (sen 2x x) = 2 sen x cos x 1; (x tan(3x)) = x [3(1 + tan2(3x))] + tan(3x)
= 3x(1 + tan2(3x)) + tan(3x);
(x2 tan(3x + 1)) = 3x2(1 + tan2(3x + 1)) + 2x tan(3x + 1).
2 cos x: Sabemos que | cos x| 1 e cos x = 1 se x = 2k (k Z), cos x = 1se x = + 2k (k Z). Portanto, os valores mnimo e maximo de cos x sao 1 e 1,respectivamente, atingidos nos pontos indicados.
f(x) = sen x cos x: Temos
(sen x cos x) = cos x + sen x.
Ora, cos x + sen x = 0 equivale a
x =3
4+ 2k ou x =
4+ 2k (k Z)
ou, mais simplesmente:
x = 4
+ k (k Z).Temos, por isso, o seguinte quadro de variacao
x 34
4
34
74
f (x) + 0 0 + 0 0 + f(x)
(Os sinais de f (x) podem ser calculados atraves de um valor de f (x) em cada intervalo.)
e conclui-se que f tem o valor mnimo
f(
4
)=
2
2
2
2=
2
39
-
(atingido em todos os pontos da forma 4
+ 2k, k Z) e o valor maximo
f
(3
4
)=
2
2+
2
2=
2
(atingido em todos os pontos da forma 34
+ 2k, k Z).
f(x) = sen x3 cos x: agora temos
f (x) = cos x +
3 sen x.
Se cos x = 0 tem-se f (x) = 0 e por isso
f (x) = 0 sen xcos x
= 13 tan x =
3
3 x =
6+ k (k Z),
x 56
6
56
116
f (x) + 0 0 + 0 0 +f(x)
Conclui-se que os valores mnimo e maximo de f sao, respectivamente,
f(
6
)= 1
2
3
3
2= 1
2 3
2= 2
e
f
(5
6
)=
1
2
3 (
3
2
)=
1
2+
3
2= 2.
Estes valores sao tambem atingidos nos pontos que diferem de 6
ou 56
por um multiplo
inteiro de 2.
f(x) = cos2 x: Como 0 cos2 x 1 e
cos x = 0 x = 2
+ k (k Z)cos x = 1 x = k (k Z)
conclumos imediatamente que o mnimo de f e 0 (atingido nos pontos 2
+ k, k Z) eo maximo de f e 1 (atingido nos pontos x = k).
f(x) = x + 2 sen x: Temos
f (x) = 1 + 2 cosx
f (x) = 0 cos x = 12 x = 2
3+ 2k (k Z)
ou x =4
3+ 2k (k Z).
40
-
x 43
23
23
43
83
103
f (x) + 0 0 + 0 0 + 0 0 +f(x)
Conclumos que f atinge maximos relativos:
f
(4
3
)= 4
3+
2
3
2=4 + 33
3,
f
(2
3
)=
2
3+
2
3
2=
2 + 3
3
3,
f
(8
3
)=
8
3+
2
3
2=
8 + 3
3
3, etc.
e mnimos relativos:
f
(2
3
)= 2
3 2
3
2=2 33
3,
f
(8
3
)= 8
3 2
3
2=4 33
3,
f
(14
3
)= 14
3 2
3
2=10 33
3, etc.
Podemos encontrar valores mnimos (relativos) negativos mas arbitrariamente grandes em
modulo; e valores maximos (relativos) arbitrariamente grandes. Concretamente:
f
(2
3+ 2k
)=
2
3+ 2k +
3 +
quando k + e
f
(4
3+ 2k
)=
4
3+ 2k
3
quando k . A funcao nao tem maximo nem mnimo absolutos. E interessanteobter um graco de f(x) e f (x) numa janela de visualizacao conveniente, por exemplo
uma que contenha o rectangulo
4
3 4 x 2
3+ 4, 8
3
3 y 143
+
3.
A funcao f nao e periodica, mas a sua derivada f e obviamente periodica.
f(x) = tan x 2x: Como
f (x) = 1 + tan2 x 2 = tan2 x 1
41
-
ef (x) = 0 tan x = 1 x = 4
+ k (k Z)ou x =
4+ k (k Z).
Como os pontos da forma (2k + 1)2
(k Z) nao fazem parte do domnio, so faz sentidoestudar a funcao nos intervalos que resultam de
]2,2
[por uma translaccao de valor
igual a um multiplo inteiro de . Para facilitar, vamos estudar a funcao em]3
2,
2
[ ]2,2
[ ]2,3
2
[.
x 32
54
34
2
4
4
2
34
54
32
f (x) + 0 0 + + 0 0 + + 0 0 +f(x)
Vemos que, em cada intervalo considerado, a funcao tem um mnimo relativo e um maximo
relativo. Por exemplo, em]
2,2
[tem o mnimo relativo
f(
4
)= tan
4 2
4= 1
2
e o maximo relativo
f(
4
)= tan
(
4
) 2
(
4
)= 1 +
2
No entanto, a funcao nao tem maximo nem mnimo absolutos, visto que
limx
2+
f(x) = e limx
2
f(x) = +.
3 f(x) =sen x
x, 0 < x
2
Temos
f (x) =x cos x sen x
x2
No intervalo ]0, 2[, a equacao
f (x) = 0, isto e, x cos x = sen x
nao tem solucoes, pois ela e equivalente a (justique)
tan x = x
42
-
e os gracos de tan x e x, no intervalo]0,
2
[, nao se encontram: o primeiro esta sempre
acima do segundo (). Entao
f (x) < 0 x ]0,
2
]pois esta inequacao e equivalente a
tan x > x, se 0 < x x se 0 < x 0, x ]0,
2
[,
e g(x) e funcao estritamente crescente. Logo,
g(x) > g(0) x ]0,
2
[.
Mas g(0) = 0 e esta desigualdade e o que se pretendia mostrar.
4 f(x) = 2 cos x sen x, 0 x f (x) = 2 sen x cos xf (x) = 0 sen x
cos x= 1
2 tan x = 1
2
No intervalo [0, ], ha um angulo cuja tangente e 12 Recorrendo a uma maquina de
calcular obtemos o valor do angulo ]2
,2
[cuja tangente e 1
2; vamos rete-lo com
aproximacao a`s milesimas:
0.464.
43
-
Entao o angulo procurado obtem-se somando a este o valor ; vamos rete-lo com duas
casas decimais:
= + 2.68.Obtemos o quadro de variacao
x 0
f (x) 0 +f(x)
e conclumos, uma vez que
f(0) = 2,
f() = 2 cos sen 2.23,f() = 2 0 = 2,
que f tem o valor mnimo absoluto aproximadamente igual a 2.23 e o valor maximoabsoluto 2, sendo f() = 2 um maximo relativo.
5 Como 1 sen x 1 para todo o x, temos
2 3 + sen x 41 2 + sen x 3
e por isso (recorde-se que uma fraccao de termos positivos aumenta quando o numerador
aumenta ou quando o denominador diminui)
2
3 3 + sen x
2 + sen x 4
1= 4.
Para obter a outra estimativa, mais precisa, o que ha a fazer e procurar os valores mnimo
e maximo da funcao 3+sen x2+sen x
= f(x). (Como ela e periodica, basta estuda-la num intervalo
de comprimento igual ao perodo: por exemplo [0, 2]). Ora, a derivada da funcao e
(2 + sen x) cos x (3 + sen x) cos x(2 + sen x)2
= cos x(2 + sen x)2
A derivada anula-se em 2
e 32
, e obtemos o quadro
x 0 2
32
2
f (x) 0 + 0 f(x)
44
-
Como
f(
2
)=
4
3, f
(3
2
)= 2, f(0) = f(2) =
3
2
conclumos que os valores mnimo e maximo de f(x) sao, respectivamente, 43
e 2 e portanto
4
3 f(x) 2 x [0, 2],
e tambem x R.
6 O denominador da fraccao anula-se em x = 0, , e de um modo geral nos pontosk (k Z). Para atribuir a` funcao f em causa um valor em 0 de modo que ela quecontnua em ] , [, teremos de ter
f(0) = limx0
f(x) = limx0
x
sen x (2 + x) = 1 2 = 2.
Por outro lado, como
limx
f(x) = +(porque o numerador tende para (2 + ) e o denominador tende para 0 por valores
positivos) e
limx+
f(x) =
(porque o numerador tende para (2 ) e o denominador tende para 0 por valoresnegativos) nao ha extensao contnua de f ao intervalo [, ].
7 limx0
sen 2x
x= 2. Nao ha assntotas verticais.
limx0+
sen 2x
x2= lim
x0+sen 2x
x 1x
= +, porque limx0+
sen 2x
x= 2 e lim
x0+1
x= +.
Analogamente, limx0
sen 2x
x2= . Logo, x = 0 e a equacao da assntota vertical desta
funcao.
limx0
sen 2xx
= limx0
(x sen 2x
x
)= 0 porque lim
x0
x = 0 e limx0
sen 2x
x= 2. Nao ha
assntotas verticais.
limx0
tan x
x3= lim
x0
(sen x
x 1x2 1cos x
)= + porque lim
x0sen x
x= 1 , lim
x01
x2= + e
limx0
1
cos x= 1. Entao a assntota vertical da funcao
tan x
x3e a recta x = 0.
45
-
4.3 Aplicacoes a` resolucao de problemas envolvendo questoes de
geometria
1 Designemos por x a distancia ao ecra e sejam , os angulos indicados na gura.
103
x
a
b
Sabemos que
tan =13
x, tan =
3
x
e o angulo de visibilidade a partir do ponto com distancia x e ; ora
tan( ) = tan tan 1 + tan tan =
13x 3
x
1 + 13x 3
x
=
=10x
1 + 39x2
=10x
x2 + 39
Como o angulo de visibilidade e, naturalmente, um angulo entre 0 e 2
e a funcao tangente e
crescente em[0,
2
], encontrar o angulo maximo e equivalente a encontrar o valor maximo
da respectiva tangente. Vamos, pois, determinar o valor maximo de
f(x) =10x
x2 + 39
em [0, +[. Ora,f (x) =
10(x2 + 39) 20x2x2 + 39
=390 10x2
x2 + 39
A derivada anula-se em x =
39 6.24:
x 0
39
f (x) + 0 f(x)
O angulo de maxima visibilidade ca, pois, situado a cerca de 6.24 metros do ecra.
46
-
2 Seja AB o diametro da semicircunferencia e P o vertice do angulo recto do triangulo
rectangulo nela inscrito.
P
Aa
B
Designemos por o angulo PAB. Como
sen =PB
AB, cos =
PA
AB
e AB e um comprimento conhecido (chamemos-lhe ), obtemos como expressao para o
permetro do triangulo f() = + cos + sen , ou
f() = (1 + cos + sen ).
Naturalmente, o angulo varia no interalo]0,
2
[. Para estudar a funcao indicada, cal-
culamos
f () = (cos sen )e obtemos o quadro
0 4
2
f () + 0 f()
O permetro maximo e
f(
4
)=
(1 +
12
+12
)=
2 +
22
= (1 +
2)
e corresponde ao triangulo rectangulo isosceles.
3 Consideremos o farol no ponto F a` distancia 1 km da costa rectilnea AO. Quando o
angulo do raio de luz com FO e , o angulo do mesmo raio com a costa e = 2 .
A
a
b
F
Ox
1 km
47
-
Sendo x a distancia AO, expressa em km, temos
tan =1
x
Ora, varia com o tempo de modo que
= 6t
( em radianos, t em minutos). Portanto x varia com o tempo de acordo com
x(t) =1
tan(
2 ) = 1tan (
2 6t)
A velocidade com que o raio luminoso varre a costa e, pois,
x(t) =
(1 + tan2
(2 6t)) 6
tan2(
2 6t)
e pretendemos calcula-la no instante em que = 30o , o que signica
(= 6t) = 60o ou
3radianos.
Entao o valor pedido e(1 + tan2
(2
3
))6
tan2(
2
3
) = 24 75.398 (km/min)(cerca de 4 524 km/h).
4 Seja PH a altura relativa ao lado BC e ponhamos BH = h, HC = k.
a
B H k30
h
P
C
O permetro do triangulo e 1 + PB + PC, e
PB =h
cos , PC =
k
cos 30o=
2k3
Para calcular h e k em funcao de atendemos a que
PH
h= tan ,
PH
k= tan 30o =
3
3
48
-
e da deduzimos:PHh
PHk
=tan
33
ou sejak
h=
3 tan 3
=
3 tan .
Entao
k =
3h tan
e por outro lado
k + h = 1.
Substituindo o valor k = 1 h na equacao precedente obtemos
1 h =
3h tan ,
h(1 +
3 tan ) = 1,
h =1
1 +
3 tan
Entao
k = 1 11 +
3 tan
=1 +
3 tan 1
1 +
3 tan =
=
3 tan
1 +
3 tan
A expressao do permetro em funcao de e entao
1 +1
cos +
3 sen +
23
3 tan
1 +
3 tan =
1 +1
cos +
3 sen +
2 tan
1 +
3 tan
Para maximizar o permetro e suciente maximizar a funcao
g() =1
cos +
3 sen +
2 tan
1 +
3 tan
em[0,
2
[. (Note-se que a funcao admite uma extensao contnua ao intervalo
[0,
2
], com
o valor 13
+ 23
=
3, visto que
lim
2
2 tan
1 +
3 tan =
23 )
49
-
Para evitar trabalhar com a expressao que envolve tan podemos simplicar
2 tan
1 +
3 tan =
2 tan
1 +
3 sen cos
=2 tan cos
cos +
3 sen =
=2 sen
cos +
3 sen
de modo que
g() =1 + 2 sen
cos +
3 sen
Temos
g() =2 + sen 3 cos (cos +
3 sen )2
Ora, se [0, 2
], sen 0 e
2
3 cos 2
3 > 0
pelo que g() > 0, [0, 2
]. O valor maximo e atingido em =
2
50
-
Apendice
O calculo de limites e suas aplicacoes:topicos complementaresResolucao dos exerccios
1. Formas indeterminadas no calculo de limites
1 Factorizando 1 x3 obtemos
limx1
1 x31 x = limx1
(1 x)(x2 + x + 1)1 x = limx1(x
2 + x + 1) = 3.
Uma vez que limx0 sen xx = 1, tem-se
limx0
cos x 1x
= limx0
(cos x 1)(cos x + 1)x(cos x + 1)
= limx0
cos2 x 1x(cos x + 1)
= limx0
sen xx
sen xcos x + 1
= 1 0 = 0.
limx+
(
9 + x2 x) = limx+
(
9 + x2 x)(9 + x2 + x)9 + x2 + x
= limx+
9 + x2 x29 + x2 + x
= 0.
limx1
(1
1 x 1
1 x2)
= limx1
1 + x 11 x2 = +.
Usando o facto de limx0 sen xx = 1, vem
limx0
x3
sen x= lim
x0x
sen x x2 = 1 0 = 0.
Dado que limx0 sen xx = 1 e que limx0 ex1x
= 1, tem-se
limx0
ex 1sen x
= limx0
ex 1x
xsen x
= 1 1 = 1.
51
-
Como limx/2 x/2sen (x/2) = 1 e sen(x
2
)= cos x, obtemos
limx
2
(x
2
) tan x = lim
x2
[x
2
sen(x
2
) tan x sen (x 2
)]
= limx
2
sen (x 2) lim
x2
( tan x cos x) = 1 limx
2
(sen x) = 1.
limx1
(1
1 x 2x
1 x2)
= limx1
1 + x 2x(1 x)(1 + x) = limx1
1 x(1 x)(1 + x)
= limx1
1
1 + x=
1
2
2. Limites laterais, continuidade
1 Uma vez que
limx0
f(x) = limx0
e2x 1ex 1 = limx0
e2x 12x
2xex 1 = 2,
para prolongarmos f a R como funcao contnua devemos atribuir ao ponto 0 o valor 2.
2 Comolimx
f(x) = limx
3x 11 + x2
=3 11 + 2
,
devemos atribuir ao ponto o valor 311+2
de modo a obtermos um prolongamento da
funcao f a R.
limx1
f(x) = limx1
1 x31 x + x2 x3 = limx1
(1 x)(x2 + x + 1)(1 x)(x2 + 1) =
= limx1
x2 + x + 1
x2 + 1=
3
2
Assim, o prolongamento de f a R sera contnuo se atribuirmos ao ponto 1 o valor 32
Tem-selim
x0+f(x) = lim
x0+(x2 2x 2) = 2
e
limx0
f(x) = limx0
1 x3x x2 = .
Neste caso nao e possvel prolongar f por continuidade a` origem uma vez que nao existe
limx0 f(x).
52
-
limx0+
f(x) = limx0+
(x2 2x 2) = 2.
f(x) = limx0
(x2 2xx x2
)= lim
x0x 21 x = 2.
Uma vez que limx0 f(x) = 2, para prolongarmos f a R como funcao contnua devemosatribuir ao ponto 0 o valor 2.
3. Assntotas
1 f(x) = 3x + 1 4x
Uma vez que
limx
(f(x) (3x + 1)) = limx
4x
= 0
a recta y = 3x + 1 e uma assntota ao graco de f . Por outro lado, como
limx0+
f(x) = e limx0
f(x) = +
a recta x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .
f(x) = x 12x + 1
Dado que
limx 1
2
f(x) = ,
a recta x = 12
e uma assntota vertical ao graco de f . Por outro lado,
n = limx
f(x)
x= lim
x1 1
x
2x + 1= 0
p = limx
(f(x) nx) = limx
x 12x + 1
= limx
1 1x
2 + 1x
=1
2,
pelo que a recta y = 12
e uma assntota horizontal ao graco de f .
53
-
f(x) = x2
2x + 1
Como no caso anterior, a recta x = 12
e uma assntota vertical ao graco de f .
n = limx
f(x)
x= lim
xx
2x + 1= lim
x1
2 + 1x
=1
2
p = limx
(f(x) nx) = limx
(x2
2x + 1 1
2x
)= lim
x2x2 x(2x + 1)
4x + 2=
= limx
x4x + 2
= limx
14 + 2
x
= 14
,
portanto a recta y = 12x 1
4e uma assntota ao graco de f .
f(x) = x3
2x + 1
A recta x = 12
e novamente assntota vertical ao graco de f . Como
limx
f(x)
x= lim
xx2
2x + 1=
o graco de f nao tem outras assntotas.
f(x) = x 1
Nao existem assntotas verticais. Note-se que o domnio de f e [1, +[ pelo que so fazsentido calcular os valores de n e p quando x +. Tem-se
n = limx+
f(x)
x= lim
x+
x 1x
= limx+
x 1x2
= limx+
1/x 1/x2
1= 0
p = limx+
(f(x) nx) = limx+
x 1 = +.
pelo que o graco de f nao tem assntotas.
f(x) =
x
1 +
x
Nao existem assntotas verticais. Como o domnio de f e [0, +[ vamos apenas calcularn e p quando x +.
n = limx+
f(x)
x= lim
x+
x
x + x
x= lim
x+1
x + x= 0
p = limx+
(f(x) nx) = limx+
x
1 +
x= lim
x+1
1/
x + 1= 1
portanto a recta y = 1 e uma assntota horizontal ao graco de f .
54
-
f(x) = x1 +
x
Fazemos os calculos apenas quando x + uma vez que o domnio de f e [0, +[.
n = limx+
f(x)
x= lim
x+1
1 +
x= 0
p = limx+
(f(x) nx) = limx+
x
1 +
x= lim
x+
x
1/
x + 1= +.
Uma vez que nao existem assntotas verticais, concluimos que o graco de f nao tem
quaisquer assntotas.
f(x) = x2 ex
O graco de f nao tem assntotas verticais.
n1 = limx+
f(x)
x= lim
x+x ex = +
pelo que nao existe assntota ao graco de f quando x +.Vejamos o que se passa quando x :
n2 = limx
f(x)
x= lim
xx ex = lim
xx
ex= 0
p = lim(f(x) n2x) = limx
x2 ex = limx
x2
ex= 0
portanto quando x a recta y = 0 e uma assntota horizontal ao graco de f .
f(x) = x e 1x
O domnio de f e R \ {0}.
limx0+
x e1x = lim
x0+e
1x
1x
= +
limx0
x e1x = 0.
Logo, a recta x = 0 e assntota vertical ao graco de f . Por outro lado,
n = limx
f(x)
x= lim
xe
1x = 1
p = limx
(f(x) nx) = limx
x(e1x 1) = lim
xe
1x 1
1x
= 1
donde y = x + 1 e assntota ao graco de f .
55
-
4. Derivadas laterais
1 f(x) =
x + a se x 0x2 + bx se x > 0
Comecemos por estudar a continuidade de f . Para x > 0 a funcao f e uma funcao
polinomial logo e contnua, qualquer que seja o valor de b. Se x < 0, f(x) = x + a
tambem e contnua, independentemente do valor de a. Por outro lado,
limx0
f(x) = limx0
(x + a) = a = f(0)
limx0+
f(x) = limx0+
(x2 + bx) = 0
portanto f e contnua em x = 0 se e so se a = 0.
Para este valor de a estudemos a diferenciabilidade de f em x = 0 (note-se que se a = 0,f e descontnua em x = 0 pelo que nao tem derivada em x = 0):
f d(0) = limx0+
f(x) f(0)x 0 = limx0+
x2 + bx 0x
= b
f e(0) = limx0
f(x) f(0)x 0 = limx0
x 0x 0 = 1
portanto f tem derivada em x = 0 se e so se b = 1.
Para a = 0 e b = 1 tem-se entao
f (x) =
1, x < 0
1, x = 0
2x + 1, x < 0
=
1, x 02x + 1, x > 0.
Uma vez que f (x) > 0 para todo o x R a funcao f e crescente em R.
2 f(x) =
x
2 se x 0x x2 se x 0
Ponhamos g(x) = x2 e h(x) = x x2. Note-se que f e contnua em R. Tem-se
f d(0) = limx0+
f(x) f(0)x 0 = limx0+
h(x)
x= lim
x0+(1 x) = 1
f e(0) = limx0
f(x) f(0)x 0 = limx0
g(x)
x= lim
x0x = 0.
A funcao f nao tem derivada em x = 0 e
f (x) =
2x se x < 01 2x se x > 0.
56
-
Uma vez que g(x) 0, x 0 e h(x) 0, x [0, 12
]concluimos que a funcao f tem
um mnimo relativo no ponto x = 0.
Por outro lado, como h(x) 0, x [0, 12
]e h(x) 0, x 1
2, em x = 1
2f tem um
maximo relativo. A funcao f e decrescente em ], 0] e em [12, +[ e e crescente em]
0, 12
[.
57