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Matemática

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  • UNIVERSIDADE DE LISBOA

    Faculdade de CienciasDEPARTAMENTO DE MATEMATICA

    12o ANO

    INTRODUCAO AO ESTUDO DAS FUNCOES

    REAIS DE VARIAVEL REAL

    RESOLUCAO DOS EXERCICIOS

    Alessandro Margheri Ana Cristina Barroso

    Carlota Rebelo Goncalves Lus Sanchez

    2003

    REANIMAT

    Projecto Gulbenkian de Reanimacao Cientca da Matematica no Ensino Secundario

  • Captulo 1

    Complementos sobre tecnicas de derivacao

    Resolucao dos exerccios

    1.1 A derivada de um produto

    1 (x2x) = 2xx + x2

    2

    x= 2x

    x +

    x

    x

    2=

    5

    2x

    x.

    ((x 1)2x) = 2(x 1)x + (x 1)22

    x

    = (x 1)(

    2

    x +x 12

    x

    )

    = (x 1)(

    5x 12

    x

    ).

    (

    (x 1)3x

    )=

    3(x 1)2x

    (x 1)3

    x2

    =(x 1)2

    x

    (3 x 1

    x

    )=

    (x 1)2(2x + 1)x2

    1

  • 1.2 Derivada do inverso aritmetico e do cociente

    1 (

    1

    x 1)

    =1

    (x 1)2

    (

    1

    2x 1)

    =2

    (2x 1)2

    (

    x

    1 + x

    )=

    1 + x x(1 + x)2

    =1

    (1 + x)2

    (

    1

    1 + x2

    )=

    2x(1 + x2)2

    (

    x

    1 + x2

    )=

    1 + x2 2x2(1 + x2)2

    =1 x2

    (1 + x2)2

    (

    x2 4x + 1x + 2

    )=

    (2x 4)(x + 2) 1(x2 4x + 1)(x + 2)2

    =2x2 + 4x 4x 8 x2 + 4x 1

    (x + 2)2=

    x2 + 4x 9(x + 2)2

    (

    (x 1)2x

    )=

    2(x 1)x 12

    x(x 1)2

    x

    =(x 1)2x

    x(4x x + 1) = (x 1)(3x + 1)

    2x

    x

    2

  • 1.3 Observacoes sobre mudanca de variavel no calculo

    de limites

    1 Fazendo a mudanca de variavel y2 = x, ou seja y = x (para x > 0)

    limx0+

    x +

    x

    3x 2x = limy0+y2 + y

    3y2 2y = limy0y + 1

    3y 2 = 1

    2

    (ou sem fazer a mudanca de variavel

    limx0+

    x +

    x

    3x 2x = limx0+

    x(

    x + 1)x(3

    x 2) = limx0+

    x + 1

    3

    x 2 = 1

    2)

    limx+

    x +

    x

    3x 2x = limy+y2 + y

    3y2 2y =1

    3

    limx0+

    x (x)33x 2x = limy0+

    y2 y33y2 2y = limy0+

    y y23y 2 = 0.

    limx+

    x3 x3x 2x = limy+

    y6 y3y2 2y = +.

    2 limx+

    x 12x 1 = limy0+

    1y 1

    2y 1 = limy0+

    1 y2 y =

    1

    2

    3

  • 1.4 Derivadas de funcoes compostas

    1 A funcao (x2 1)4 resulta de compor u4 com u = x2 1.Logo (

    (x2 1)4) = 4u3|u=x21 2x = 8x(x2 1)3. A funcao (3x 1)4 e composicao de u4 com u = 3x 1. Entao[

    (3x 1)4] = 4u3|u=3x1 3 = 12(3x 1)3. A funcao 4x + 1 e composicao de u com u = 4x + 1. Entao(

    4x + 1)

    =1

    2

    u u=4x+1 4 = 2

    4x + 1

    A funcao 14x + 1

    e composicao de1u

    com u = 4x + 1. Entao

    (1

    4x + 1

    )= 1

    2

    u

    u u=4x+1 4 = 2

    (4x + 1)

    4x + 1

    A funcao 1 + x2 e composicao de u com u = 1 + x2. Entao(1 + x2

    )=

    1

    2

    u u=x2+1 2x = x

    1 + x2

    A funcao 4 x2 e composicao de u com u = 4 x2. Logo(4 x2

    )=

    1

    2

    u u=4x2 (2x) = x

    4 x2

    A funcao 1(x2 1) e composicao de

    1

    ucom u = x2 1. Entao

    (1

    x2 1)

    =1u2 u=x21

    2x = 2x(x2 1)2

    A funcao(

    1 2x

    )3e composicao de u3 com u = 1 2

    x Logo

    [(1 2

    x

    )3]= 3u2|u=1 2

    x 2x2

    =6

    x2

    (1 2

    x

    )2=

    6

    x4(x 2)2.

    4

  • 1.5 Derivada da funcao inversa. Derivada da funcao

    raiz

    1 A derivada de x + 1 (composicao de u com u = x + 1) e1

    2

    u u=x+1 1 = 1

    2

    x + 1

    ( 3x) = 13

    3

    x2

    A derivada de 32x + 1 (composicao de 3u com u = 2x + 1) e1

    33

    u2 u=2x+1 2 = 2

    3 3

    (2x + 1)2

    A derivada de 13

    x(composicao de

    1

    ucom u = 3

    x) e

    1( 3

    x)2 13

    3

    x2=

    13x 3

    x

    2 Notamos que o domnio de f1 e o intervalo [0, b[ onde b = limx+

    f(x) pode ser +.Utilizando a mudanca de variavel y = f(x), temos

    limy0+

    f1(y) f1(0)y 0 = limx0+

    f1(f(x)) f1(f(0))f(x) f(0)

    = limx0+

    1f(x)f(0)

    x0= +,

    e portanto (f1)(0) = +.

    5

  • 1.6 Aplicacoes do calculo de derivadas: estudo de

    gracos e problemas de maximo e mnimo

    1

    (a)1

    2

    x(5x + 4)x + 1

    (b)1 + x2 + 2x3

    x2

    (c) 1 (d) 1 x2

    (1 + x2)2

    (e) 12

    x 1x(x + 1)2

    (f) 12

    1 + 5x2x

    (g) 2000x(1 + x2)999 (h)1

    3

    1

    (x + 1)(2/3)

    (i)4

    3

    1

    (4x 5)(2/3) (j) 5(

    x +1

    x

    )4 (1 1

    x2

    )

    (k)5

    (3x + 1)2(l) 20x(x2 1)9

    (m)2

    (x + 1)3(n)

    4x(1 + x2)3

    2 Denotamos por p(t) e d(t) respectivamente as medidas, no instante t, dos segmentos

    AB e 0A. Sendo os triangulos 0AB e 0AB semelhantes, tem-se

    p(t) =10

    d(t)

    Logo,

    p(t) =10d2(t)

    d(t) = 150d2(t)

    unidades/segundo,

    (d(t) e uma funcao decrescente, logo d(t) = 15 unidades/segundo.)Conclumos que a perspectiva AB cresce a` velocidade de 150

    d2(t)unidades/segundo no

    instante t.

    3 Denotamos por h(t) a altura, em centmetros, do lquido no vaso conico no instante t

    (medida a partir do vertice do cone) e por V (t) cm3 o volume do lquido contido no vaso

    no instante t. Tem-se

    V (t) =1

    3r2(t)h(t) cm3

    onde r(t) cm e a medida no instante t do raio da base do cone ocupado pelo lquido.

    6

  • Observando a gura nota-se, utilizando a semelhanca de triangulos, que

    r(t) =h(t)

    3,

    r(t)

    h(t)

    e logo

    V (t) =

    9h3(t).

    Como consequencia

    V (t) =

    3h2(t)h(t)

    e de V (t) = 4 cm3/s, conclumos que

    h(t) =12

    h2(t)cm/s.

    O nvel do lquido no vaso sobe a` velocidade de 12h2(t)

    cm/s no instante t.

    4 Denotamos por 2x e y respectivamente as medidas (em metros) da base e da altura

    do rectangulo. Entao teremos de maximizar a quantidade

    2xy + x2

    2

    2x

    y

    7

  • tendo em conta a restricao

    2y + (2 + )x = 12, x > 0, y > 0,

    de onde deduzimos

    y = 6 (2 + )2

    x x ]0,

    12

    2 +

    [.

    Assim, a area em funcao de x sera

    A(x) = [12 (2 + )x]x + 2x2

    = 12x(2 +

    2

    )x2, x

    ]0,

    12

    2 +

    [.

    Como A(x) = 12 (4 + )x,

    A(x) 0 x ]0,

    12

    4 +

    ].

    A area sera maxima quando

    x =12

    4 + metros,

    124+

    A A + 0

    o que implica

    y = 6 (2 + )2

    124 +

    =12

    4 + metros.

    A area maxima sera

    A

    (12

    4 +

    )=

    72

    4 + metros quadrados.

    5 Representamos na gura a seccao da piramide com um plano que passa pelo vertice

    O da piramide, que e perpendicular a` sua base e e paralelo a uma recta que contem um

    dos lados da base.

    A' B'x

    BA

    O

    8

  • Sendo os triangulos OAB e OAB semelhantes, fazendo OA = x, temos que

    AB =x

    5

    e logo o volume do prisma inscrito sera

    V (x) = (AB)2 AA = x2

    25(5 x), 0 < x < 5.

    Dado que

    V (x) 0 125

    x(10 3x) 0,conclui-se que

    V (x) 0 0 < x 103

    e logo o prisma tera volume maximo quando x = 103

    a que corresponde V(

    103

    )= 20

    27m3.

    6 Tendo em conta a gura,

    23

    3

    3

    y

    x

    300 cm2

    teremos de minimizar

    p = x + 5 + y + 6 = x + y + 11

    (o semipermetro da pagina) com a restricao xy = 300, x > 0, y > 0, equivalente a

    y =300

    x, x > 0.

    Logo,

    p(x) = x +300

    x+ 11, x > 0

    p(x) = 1 300x2

    0 x 10

    3

    e p(x) tera um mnimo para x = 10

    3. As correspondentes dimensoes da pagina serao

    10

    3 + 5 cm e300

    10

    3+ 6 = 10

    3 + 6 cm.

    9

  • 1.7 Segunda derivada e concavidade

    1 (a) f(x) 0 x 12

    ou x 1.f (x) = 4x 3 0 x 3

    4

    f (x) = 4 > 0, x R.

    x 34

    f (x) 0 +f (x) + + +

    f(x)

    0 1/2 1x

    y

    (b) f(x) 0 x(x2 + 1) 0 x 0.f (x) = 3x2 + 1 > 0, x R.f (x) = 6x 0 x 0.

    x 0

    f (x) + + +

    f (x) 0 +f(x)

    0x

    y

    (c) f(x) 0 x(x2 1) 0 1 x 0 ou x 1.f (x) = 3x2 1 0 |x| 1

    3

    f (x) = 6x 0 x 0.

    x 1 13

    0 13

    1

    f (x) + 0 0 +f (x) 0 + +f(x)

    0-1 1

    x

    y

    -13

    13

    10

  • (d) f(x) =

    x 1 0 para x 1. (Note-se que o domnio de f e x 1).f (x) = 1

    2

    x1 > 0 para x > 1 e limx1+f (x) = +.

    f (x) = 14(x1)x1 < 0 para x > 1 e limx1+

    f (x) = .

    x 1

    f (x) + +f (x) f(x)

    0 1x

    y

    (e) f(x) > 0 x R.f (x) =

    x1 + x2

    0 x 0.

    f (x) =1

    (1 + x2)

    1 + x2> 0 x R.

    x 0

    f (x) 0 +f (x) + + +

    f(x)

    1

    0

    x

    y

    (f) f(x) =1

    1 + x2> 0 x R.

    f (x) =2x

    (1 + x2)2 0 x 0.

    f (x) =2(3x2 1)(1 + x2)3

    0 x 13

    ou x 13

    x 13

    0 13

    f (x) + + + 0 f (x) + 0 0 +f(x)

    1

    0 x

    y

    13

    -13

    (g) Ver Exemplo 1.6.1.

    11

  • 2y

    x

    y

    x

    y=f(x)y=f(x)

    y=f (x)1 y=f (x)1

    f1 tem a concavidade virada para baixo no primeiro caso, para cima no segundo caso.

    Nota: Em alternativa, o resultado pode ser deduzido tendo em conta que

    (f1)(x) =[(f1)(x)

    ]=

    [1

    f (f1(x))

    ]=

    = f(f1(x))

    [f (f1(x))]3

    3 g(x) = f (x) f (a) 0 x a.Portanto, a funcao g atinge um mnimo em a. Logo

    g(x) = f(x) f(a) f (a)(x a) g(a) = 0 x I.

    f(x) f(a) + f (a)(x a) x I.

    12

  • Captulo 2

    O teorema do valor intermedio

    Resolucao dos exerccios

    2.1 O teorema do valor intermedio e a localizacao dos zeros de

    funcoes contnuas

    1 x1 = 0.337 x2 = 1.307

    2 x = 1.8

    3 x = 0.5

    4 (a) f(x) =

    1 x < 01 x > 0

    (b) Pelo Facto 2.1.2, uma funcao contnua em R e que tome os valores 1 e 1 tomatambem todos os valores entre 1 e 1. Logo, nao existe nenhuma funcao nas condicoespretendidas.

    (c) Pelo Facto 2.1.2, f([1, 0[) e f(]0, 1]) sao intervalos de R. Se um desses intervalosfor nao degenerado (isto e, do tipo [a, b] com a < b) entao ira conter innitos valores

    distintos. Por outro lado, se f([1, 0[) e f(]0, 1]) forem intervalos degenerados, f so tomano maximo dois valores distintos. Logo, nao existe nenhuma funcao que satisfaca as

    condicoes pretendidas.

    (d) Dado que f e nao constante, tem de tomar dois valores irracionais distintos e, sendo

    contnua, tera de tomar todos os valores intermedios. Dado que entre dois irracionais ha

    um racional, nao existe nenhuma funcao nas condicoes pretendidas.

    13

  • 5 Pelo Facto 2.1.2, f(R) e um intervalo de R. Se f tomasse dois valores inteiros distintos,

    deveria tambem tomar todos os valores intermedios, entre os quais ha valores nao inteiros.

    Logo, f so toma um valor inteiro e e portanto constante.

    6 Seja A(r) a area do crculo de raio r. Tem-se que A e uma funcao contnua em ]0, +[e

    limr0

    A(r) = 0,

    A(10) = 100 > 200.

    Conclumos entao que existe

    r ]0, 10[ : A(r) = 200.

    7

    B

    P

    A O

    Qa

    Dado que a area do sector circularOBP (= area do sector circular

    QAO ) e r

    22

    e a

    area do triangulo OPQ e r2sen cos , a area da porcao de semicrculo que ca abaixo

    da recta e

    A() = r2 + r2sen cos , ]0,

    2

    [.

    A() e uma funcao contnua em]0,

    2

    [e

    lim0+

    A(r) = 0, lim r

    2

    A() =r2

    2

    Conclumos entao que existe

    ]0,

    2

    [: A() =

    r2

    4= metade da area do semicrculo.

    8 A funcao g(x) = f(x) x e contnua em [0, 1] (diferenca de funcoes contnuas em[0, 1]) e satisfaz g(0) = f(0) 0 = f(0) 0 (dado que f(0) [0, 1]) e g(1) = f(1) 1 0(dado que f(1) [0, 1]). Se g(0) = 0 ou g(1) = 0 temos, respectivamente, f(0) = 0 ouf(1) = 1, e a armacao ca provada. Caso contrario, g(0) > 0 e g(1) < 0 e sendo g

    contnua em [0, 1], existira c ]0, 1[ : g(c) = f(c) c = 0 f(c) = c.

    14

  • 2.2 Uma aplicacao do teorema do valor intermedio: contradomnios

    1 A funcao x2x e contnua em R, tem um mnimo no ponto x = 12, onde e f(1

    2) = 1

    4

    e

    limx+

    f(x) = limx

    f(x) = +.

    Logo o contradomnio de f e[1

    4, +[.

    A funcao f(x) = xx+1

    e contnua e diferenciavel no seu domnio R \ {1} e f (x) =1

    (x+1)2> 0 em R \ {1}. Como limx1 f(x) = +,

    limx

    f(x) = 1

    e f e crescente em ],1[,

    f (],1[) =]1, +[.

    Analogamente, de limx1+ f(x) = ,

    limx+

    f(x) = 1

    e f e crescente em ] 1, +[, conclui-se que

    f (] 1, +[) =], 1[.

    Portanto o contradomnio de f e R \ {1}.

    Procedendo como no exemplo 2.2.2, obtemos que o contradomnio de f e[

    6030

    , +[.

    f e contnua no seu domnio R. Como f(x) 1, x R e f(0) = 1, 1 e valor mnimode f em R. Sendo

    limx+

    f(x) = limx

    f(x) = +

    o contradonnio de f e [1, +[.

    f(x) = x21+x2

    e contnua no seu domnio R. Para alem disso, 0 f(x) < 1, x R.Como f(0) = 0 e

    limx+

    f(x) = limx

    f(x) = 1,

    o contradomnio de f e [0, 1[.

    15

  • 21

    10

    FALSA. Para a funcao representada, f(R) =]0, 10].

    VERDADEIRA. Pelo facto 2.1.2, f tem de tomar todos os valores no intervalos ]0, 10](que contem o intervalo [1, 10].)

    FALSA. Ver gura acima.

    VERDADEIRA. Seja x R : f(x) = 10. Como limx f(x) = 1, f toma todos osvalores do intervalo ]1, 10] quando x varia no intervalo ], x] e logo existe x1 ]+, x[tal que f(x1) = 3. Analogamente, de limx+ f(x) = 0 deduz-se que f toma todos

    os valores do intervalo ]0, 10], quando x varia em [x, +[. Logo existe x2 ]x, +[ (eportanto x2 = x1) tal que f(x2) = 3. Em conclusao, a equacao f(x) = 3 admite pelomenos as duas solucoes distintas x1 e x2.

    16

  • 2.3 Outra aplicacao do teorema do valor intermedio:

    resolucao de inequacoes

    1 f(x) = 0 x = 5

    12

    x = 2 ou x = 3. De

    x 0 2 52

    3 4

    f(x) 6 0 14

    0 2

    e raciocinando como no exemplo 2.3.1, conclui-se que o quadro de sinais de f e

    x 2 3

    f(x) + +

    Logo, x2 5x + 6 < 0 x ]2, 3[ .

    x3 4x = x(x2 4) e por isso x3 4x = 0 x = 0 ou x = 2 ou x = 2. De

    x 3 2 1 0 1 2 3f(x) 15 0 3 0 3 0 15

    (Observacao: f e mpar e, por isso, e suciente calcular f em 1 e 3.)

    conclumos que o quadro de sinais de f sera

    x 2 0 2f(x) + +

    Logo x3 4x > 0 x ] 2, 0[ ]2, +[ .

    x5 4x = x(x4 4) = x(x2 2)(x2 + 2) = x(x 2)(x + 2)(x2 + 2) e, por isso,x5 4x = 0 x = 0 ou x = 2.Tambem esta e uma funcao mpar. De

    x 2 2 1 0 1 2 2f(x) 24 0 3 0 3 0 24

    obtemos o quadro de sinais

    x 2 0 2f(x) 0 + 0 +

    e, por isso, x5 4x > 0 x ]2, 0[ ]2, +[ .

    17

  • Podemos considerar a equacao associada x = x + 2 cujas solucoes sao solucoes dex2 = x + 2. Ora, x2 = x + 2 equivale a x = 1 ou x = 2 e apenas x = 2 e solucao dex =

    x + 2.

    Sendo f(x) = xx + 2, dex 0 2 7

    f(x) 2 0 4obtemos o quadro de sinais

    x 2

    f(x) 0 +Conclumos que f(x) > 0 x > 2.2 Tendo em conta que f e contnua e a partir da informacao dada obtemos o seguinte

    quadro de sinais

    x 1 3

    f(x) + 0 + 0 Conclumos entao que f(x) < 0 x ]3, +[ .

    18

  • Captulo 3

    Funcao exponencial e funcao logartmica

    Resolucao dos exerccios

    3.2 Denicoes e propriedades basicas

    1 Em relacao a` primeira tabela de valores: substituindo em x = 2 e x = 4 obtemos,

    respectivamente, 4 = Cb2 e 36 = Cb4. Conclui-se imediatamente que tera de ser

    C = 0 e C = 49

    Obtem-se entao b = 3.

    Verica-se, substituindo em x = 6 e x = 8, que y = 49 3x tem a primeira tabela de

    valores.

    Analogamente, concluimos que y = 100 10 12 x tem a segunda tabela de valores.

    2

    19

  • 34 Fazendo, com a calculadora, calculos de potencias de expoente racional, obtemos

    1.4142 2x e ln e estritamente crescente

    ln(3x + 1) ln(3x) = 2 ln (3x+13x

    )= 2 ln (1 + 1

    3x

    )= 2

    1 + 13x

    = e2 13x

    = e2 1 3x = 1e21 x = 13(e21)

    2 log5 x + log5(5x) = 3 log5 x2 + log5(5x) = 3 log5(x2 5x) = 3 log5(5x3) = 3 log5 5 + log5(x

    3) = 3 log5(x3) = 2 x3 = 52 x = 3

    25.

    3 2x > 0 x R 2x > 1 x > 0 2x < 8 2x < 23 (porque 2x e estritamente crescente) x < 3. 23x 4 < 0 23x < 22 3x < 2 x < 2

    3

    ex > 2 ex > eln 2 (porque ex e estritamente crescente) x > ln 2 e2x1 < 1 - impossvel porque ex > 0 x R e2x 2x < 0 e2x eln 2x < 0 2x < ln 2 x x(2 ln 2) < 0 x < 0 ln x < ln(1 2x) (porque ln e estritamente crescente) x < 1 2x x < 1

    3

    4 ln e3 = 3 ln e1 = 1 e4 ln 3 = eln 34 = 34 log10(log10 10) = log10(1) = 0 3

    2ln 4 3 ln 2 = 3

    2ln 22 ln 23 = ln(22) 32 ln 23 = ln 23 ln 23 = 0

    ln 2 ln x + ln 7 = ln 27x

    = ln 14x

    5 (a) f(x + k) = Cbx+k e 2f(x) = 2Cbx

    e por isso f(x + k) = 2f(x) Cbx+k = 2Cbx Cbx(bk 2) = 0 C = 0 ou k = logb 2.

    22

  • Se C = 0, tera de ser k = logb 2. Se C = 0, k pode ser qualquer numero.

    (b) Analogamente a (a), se C = 0, k pode ser qualquer numero. Se C = 0, k = logb 3.

    6 (e2x) = 2e2x (3x) = (eln 3x) = ln 3eln 3x = ln 3 3x (52x) = (e2 ln 5x) = 2 ln 5 52x

    (ex

    2)

    = 2x ex2

    (x ex) = ex + x ex = ex(1 + x) (x ex) = ex xex = ex(1 x)

    ((x + 1)ex

    2)

    = ex2 2(x + 1)xex2 = ex2(1 2x 2x2)

    (x e2x+1) = e2x+1 + 2xe2x+1 = e2x+1(1 + 2x) (1

    2(ex + ex)

    )= 1

    2(ex ex)

    (log(2x + 1)) = 2ln(10)(2x+1)

    (x ln x) = ln x + 1 (ln(1 + x2)) = 2x

    1+x2

    ) ((log(1 x))2) = 2 log(1 x)

    (1

    ln(10)(1x)

    )= 2 log(1x)

    ln(10)(1x)

    [(e2x(1 + e3x))10

    ]= 10 (e2x(1 + e3x))9

    (2e2x(1 + e3x) + 3 e2xe3x

    ex

    )= 10 (e2x(1 + e3x))9 (2e2x + ex)

    ((2x + 1)

    3)

    = 2

    3(2x + 1)

    31

    7 ln x+1x

    denida em R+(ln x + 1

    x

    )=

    1x x (ln x + 1)

    x2= ln x

    x2

    e por isso a funcao dada e estritamente crescente em ]0, 1[ e estritamente decrescente em

    ]1, +[. Em x = 1 a funcao atinge o maximo relativo 1.

    8 ((1 + x)ex) = ex (1 + x)ex = xex. A funcao dada decresce em ]0, +[ ecresce em ], 0[. Em zero a funcao atinge o maximo absoluto 1.

    (

    2x 1e3x

    )=

    2e3x (2x 1)3e3xe6x

    =5e3x 6xe3x

    e6x=

    5 6xe3x

    A funcao dada e estritamente crescente em

    ], 56

    [e estritamente decrescente em

    ]56, +[.

    23

  • Em 56

    a funcao atinge o maximo absoluto531

    e52

    = 23e

    52

    (

    (x 1)2e

    x4

    )=

    2(x 1)ex4 (x 1)2 14e

    x4

    ex2

    =e

    x4

    ex2

    [2(x 1) (x 1)

    2

    4

    ]

    = ex4

    [2x 2 x

    2

    4+

    x

    2 1

    4

    ]= e

    x4

    (5

    2x x

    2

    4 9

    4

    )=

    ex4

    4

    (10x x2 9)

    A funcao dada e decrescente em ], 1[ e em ]9, +[ e e crescente em ]1, 9[.

    1 9 +f 0 64

    e9/4

    limx+

    (x 1)2e

    x4

    = 0 e por isso o mnimo atingido em x = 1 e absoluto. A funcao cresce

    em ]1, 9[ e decresce em ]9, +[ e, por isso, em x = 9 e atingido um maximo que, por seter lim

    x(x 1)2

    ex4

    = +, e relativo.O valor do maximo relativo e 64

    e9/4

    O domnio de x ln x e R+.

    (x ln x) = 1 1x

    =x 1

    x

    A funcao dada decresce em ]0, 1[ e cresce em ]1, +[. Em x = 1 e atingido o mnimoabsoluto 1.

    O domnio de x1ln x e R

    + \ {e}.

    (x

    1 ln x)

    =1 ln x x ( 1

    x

    )(1 ln x)2 =

    2 ln x(1 ln x)2

    A funcao dada cresce em ]0, e[ e em ]e, e2[ e decresce em ]e2, +[. Em e2 e atingido ummaximo que, por se ter limxe x1ln x = +, e relativo. O valor deste maximo relativo ee2.9 A recta y = x e tangente a graco de y = ex em x0 se

    y = ex0 + ex0(x x0)

    for a recta y = x. Ou seja, tem de ser = ex0 e ex0 = ex0x0.

    24

  • Concluimos que = ex0 e x0 = 1 ou seja = e e o ponto de tangencia e x0 = 1. Quanto

    ao numero de solucoes da equacao ex = x temos, se < 0:

    Com < 0, ha uma solucao.

    Com = 0, nao ha solucoes uma vez que ex = 0 e impossvel.

    Se > 0:

    25

  • Conclusoes: com ]0, e[, nao ha solucoes;com = e, ha uma solucao (x = 1);

    com ]e, +[, ha duas solucoes.10 (a) f :]0, +[ R

    f(x) =ex

    x

    f (x) =exx ex

    x2=

    ex(x 1)x2

    f (x) =(ex(x 1))x2 ex(x 1)2x

    x4=

    (ex(x 1) + ex)x 2ex(x 1)x3

    =ex(x2 2x + 2)

    x3

    Ora x2 2x + 2 > 0, x. Obtemos1

    f mnimoabsoluto

    f 0 +f + + +

    limx0+

    ex

    x= +, x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .

    limx+

    ex

    x

    x= lim

    x+ex

    x2= +, nao existem assntotas em +.

    Em x = 1, a funcao atinge o seu mnimo absoluto e.

    (b) g : R R.

    g(x) =ex

    1 + ex

    g(x) =ex(1 + ex) exex

    (1 + ex)2=

    ex

    (1 + ex)2

    g(x) =ex(1 + ex)2 ex2(1 + ex)ex

    (1 + ex)4=

    ex + e2x 2e2x(1 + ex)3

    =ex(1 ex)(1 + ex)3

    0

    g ponto deinexao

    g + + +

    g + 0

    26

  • limx+

    ex

    1 + ex= lim

    x+1

    ex + 1= 1.

    y = 1 e uma assntota horizontal em +.

    limx

    ex

    1 + ex= 0

    y = 0 e uma assntota horizontal emg nao admite extremos relativos em R.

    h : R R.

    h(x) =ex 1ex + 1

    h(x) =ex(ex + 1) ex(ex 1)

    (ex + 1)2=

    2ex

    (ex + 1)2

    h(x) = 2 [ex(ex + 1)2 2(ex + 1) ex ex]

    (ex + 1)4=

    2 ex(ex + 1)3

    [ex + 1 2ex] = 2ex(1 ex)

    (ex + 1)3

    0

    h ponto deinexao

    h + + +

    h + 0

    limx+

    ex 1ex + 1

    = 1, y = 1 e assntota horizontal ao graco de h em +.

    limx

    ex 1ex + 1

    = 1, y = 1 e assntota horizontal em ao graco de h.h nao admite extremos relativos em R.

    (c) f :]0, +[ R.

    f(x) =ln x

    x

    f (x) =1 ln x

    x2

    f (x) =3 + 2 ln x

    x3

    27

  • e e3/2

    f maximoabsoluto

    ponto deinfexao

    f + 0 f 0 +

    limx0+

    ln x

    x= , x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .

    limx+

    ln x

    x= 0, y = 0 e uma assntota horizontal em + ao graco de f .

    Em x = e a funcao atinge o seu maximo absoluto 1e

    (d) f :]0, +[ R

    f(x) = x2 ln xf (x) =

    2x2 1x

    f (x) =2x2 + 1

    x2

    12

    f mnimoabsoluto

    f 0 +f + + +

    limx0+

    x2 ln x = +, x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .

    limx+

    x2 ln xx

    = +, nao existem assntotas em +.

    Em x = 12

    a funcao atinge o seu mnimo absoluto 12 ln 1

    2

    11 x

    3 e estritamente crescente.

    (x

    3)

    =

    3 x

    31 > 0

    no domnio da funcao.

    4

    3 < 4 1

    3

    28

  • 12 x1x = e

    ln xx para x > 0.(

    eln xx

    )=

    (ln x

    x

    )x

    1x =

    1x x ln x

    x2x

    1x

    =1 ln x

    x2x

    1x

    x1x e estritamente decrescente em ]e, +[.

    7

    7 >8

    8

    13 0.1x = eln 101x

    (0.1x) = ln 101 eln 101x < 0.

    0.1x e uma funcao decrescente

    0.10.1 > 0.10.2

    3.4 Exemplos de aplicacoes das funcoes exponenciais e logartmicas

    1 (a) No instante inicial, ha aproximadamente 5 000 bacterias e, por isso,

    N(0) = N0 = 5 000.

    Ao m de 4 horas, ha cerca de 100 000 bacterias e, por isso,

    N(4) = 5 000e4k = 100 000.

    Obtemos entao 4k = ln 20 k = ln 204

    A expressao designatoria e N(t) = 5 000 eln 20

    4t com ln 20

    4

    0.75.

    (b) Dizem-nos que a populacao duplica ao m de duas horas, ou seja que N(2) = 2N(0).

    Assim temos N0 e2k = 2N0. Se N0 nao for nulo, isto e se no instante zero existirem

    bacterias, podemos concluir que 2k = ln 2 ou seja k = ln 22

    0.35.

    2 Queremos determinar o instante T tal que Q(T ) = 0.2Q0. Ter-se-a Q0 e0.00012T =

    0, 2Q0 e, supondo Q0 = 0, obtemos entao0.00012T = ln 0.2, T 13412

    3 Se os juros sao compostos continuamente a` taxa de 4 %, temos que o capital gerado

    ao m do tempo t (anos) por um capital inicial C e dado por

    C(t) = C e0.04 t.

    29

  • O instante T em que o capital triplica verica

    Ce0.04 T = 3C.

    Supondo C > 0 tem-se entao 0.04T = ln 3 T = ln 30.04

    27, 5 anos.

    4 O capital gerado ao m do tempo t (anos) pelo capital inicial C em condicoes de

    capitalizacao contnua e taxa de juro anual 0.05 e dado por

    C(t) = C e0.05 t

    Para obtermos 20 000 ao m de 8 anos temos de investir um capital inicial C tal que

    20 000 = C e0.058

    ou seja C = 20 000e0.058 13 406, 4 .

    5 A temperatura da barra no instante t e dada por T (t) = 5 + C ekt em que C verica

    150 = T (0) = 5 + C. Tem-se entao

    T (t) = 5 + 145 ekt

    Como T (2) = 5 + 145 ek2 = 60, obtemos

    e2k =55

    145 k = 1

    2ln

    (55

    145

    ).

    O instante t0 tal que T (t0) = 10 verica

    10 = 5 + 145ekt0 ekt0 = 5145

    .

    t0 = 1k ln(

    5145

    )minutos 6,95 minutos.

    6 Tem-se f (t) = 0.7 250 e0.7t = 175 e0.7t. Assim f (0) = 175. O tempo t0 aom do qual o antibiotico injectado e reduzido a 10% da quantidade inicial verica

    250 e0.7t0 = 0.1 250.

    Tem-se entao

    t0 = 107

    ln(0.1)h 3.29 horas.

    30

  • 7 Ao m de uma hora, a cultura de bacterias triplica, ou seja Q(1) = 3Q(0). Conclui-se

    imediatamente que C ek = 3C o que, dado que Q(0) = C = 106 = 0, implica k = ln 3.Conclui-se entao que a lei de crescimento do numero de bacterias e

    Q(t) = 106 e(ln 3)t.

    O tempo t0 ao m do qual estao presentes 108 bacterias verica 108 = 106 e(ln 3)t0 , ou

    seja

    t0 =ln 102

    ln 3

    4, 19 horas.

    8 O perodo de meia-vida, t0, e o tempo ao m do qual a massa e metade da massa

    inicial, ou seja

    Q(t0) =1

    2Q(0).

    Assim sera

    C e0.023 t0 =1

    2C,

    o que equivale, supondo C = 0, a

    t0 = 1 00023

    ln1

    2anos 30, 14 anos.

    9 Se T denota a idade (aproximada) da amostra, tem-se

    Q(T ) = Q0 e0.00012T =

    30

    100Q0.

    Logo,

    T = 105

    12ln

    3

    10=

    105

    12ln

    10

    3 10 033.1 anos.

    10 Se N(t) = N0ekt denota o numero de bacterias no instante t medindo o tempo em

    horas, tem-se

    N

    (t +

    1

    4

    )= 2N(t)

    N0ekt+ k4 = 2N0ekt e k4 = 2 k = 4 ln 2

    31

  • Para alem disso, N(0) = N0 = 108. Logo N(t) = 108e4 ln 2t e de

    100

    15N(t0) = 10

    8,

    deduz-se que

    15

    100 108 e4 ln 2 t0 = 108

    e4 ln 2t0 = 10015

    t0 = 14 ln 2

    ln 10015

    0.68 horas 40.8 minutos.

    desde que a infeccao foi detectada.

    11 Dado que t = 0 corresponde ao ano 1990 temos que

    P (0) = P0 = 40 000 e P (9) = P0 e9k = 100 000.

    Logo

    40 000e9k = 100 000 k = 19

    ln5

    2

    Para determinarmos a data em que o preco inicial duplicou, procuramos t0 tal que P (t0) =

    2P0. Ora,

    P (t0) = 2P0 40 000 e 19 ln 52 t0 = 80 000 t0 = 9 ln 2

    ln 52

    6.8 anos 6 anos e 9.6 meses.

    Concluimos que o preco inicial do apartamento duplicou a` volta do dia 18 de Outubro de

    1996.

    12 O capital no instante t (contando o tempo a partir do ano 1990) e dado por

    C(t) = 10 000 ert. Como C(10) = 14 000 = 10 000 e10r, conclui-se que

    r =1

    10ln

    7

    5 0.0336 3.4%.

    13 O capital gerado ao m de 4 anos pelo capital inicial de 5 000 em condicoes decapitalizacao trimestrial e a` taxa de juro anual 0.05 e

    5 000

    (1 +

    0.05

    4

    )16

    6 099.45

    32

  • e em condicoes de capitalizacao contnua e a` taxa de juro anual 0.048 e

    5 000 e0.0484 6 058.35 .

    Nao e portanto favoravel optar pela segunda opcao.

    14 v(t) = 10(1 e0.3t)

    Assntota horizontal: v = 10.

    A velocidade terminal e o limite da funcao velocidade quando o tempo t tende para +

    v(t) > 7 1 e0.3t > 710 e0.3t < 3

    10

    0.3t < ln 310 t > 10

    3ln

    3

    10

    4.01.

    Deve decorrer um tempo superior a 103

    ln 310

    unidades para que a velocidade seja superior

    a 7 unidades.

    15 Tem-se 50 = N(0) = 2 0001+c

    o que implica 50 + 50c = 2 000 e por isso c = 1 95050

    = 39.

    O tempo T necessario para que a populacao atinja o numero 1 500 verica

    1 500 =2 000

    1 + 39e4T

    1 500 + 1 500 39 e4T = 2 000

    e4T =500

    1 500 39e4T =

    1

    117

    T = 14

    ln1

    117semanas 1, 19 semanas.

    16 Tem-se I(t) = 106

    1+c ekt e por isso 100 = I(0) =106

    1+c Conclui-se entao que 100+100c =

    106 donde 100c = 106 102, c = 104 1.

    33

  • Ao m de duas semanas ha 550 casos e por isso

    I(2) =106

    1 + (104 1)e2k = 550

    1 + (104 1)e2k = 105

    55

    e2k = 1104 1

    (105

    55 1

    )

    k = 12

    ln

    [1

    104 1(

    105

    55 1

    )]= 1

    2ln

    (2 221

    12 221

    )

    0.853.

    Ao m de 3 semanas havera

    I(3) =106

    1 + (104 1)e3k 1 289.2 infectados.

    17 De f(t) = 300(e0.4t et) obtemos f (t) = 300(0.4e0.4t + et) e por isso

    f (t) = 0 et = 0.4e0.4t et(0.41) = 0.4 t = 53

    ln(0.4).

    Por outro lado,

    f (t) > 0 se e so se t < 106

    ln(0.4)

    e por isso em

    t = 53

    ln(0.4) 1, 53 horas

    e atingido o valor maximo de medicamento no sangue.

    A quantidade de substancia esta a decrescer com maior rapidez quando a derivada de f

    atingir o seu valor mnimo. Ora

    f (t) = 300(+0.16e0.4t et) = 0 se e so se t = 53

    ln(0.16)

    e

    f (t) < 0 se e so se t < 53

    ln(0.16).

    Assim o valor procurado e

    53

    ln(0.16) 3, 054 horas.

    Quanto ao intervalo de tempo em que a quantidade de medicamento se mantem superior

    a 80 unidades, pode ser determinado atraves do graco seguinte

    34

  • 18 A funcao pN(p) e estritamente decrescente e representa o dinheiro obtido com avenda de automoveis de um dado preco p [10, 20].

    19 De T (t) = + Cekt obtemos

    T (t) = kCekt = k(T (t) ),

    como queriamos demonstrar.

    35

  • 3.5 Comparacao do comportamento das funcoes exponenciais e

    logartmicas com o dos polinomios

    1 limx

    ex(x2 + 5x 1) = limx

    x2 + 5x 1ex

    = 0

    limx+

    e3x

    1 + x2= 0; lim

    xe3x

    1 + x2= +

    limx0+

    x e1x = lim

    x0+e

    1x

    1x

    = +; limx0

    x e1x = 0

    limx+

    (ex 10x2) = limx+

    ex(

    1 10x2

    ex

    )= +; lim

    x(ex 10x2) =

    limx

    ex

    x+1 (1 2x2) =

    limx+

    ln(1 + x2)2

    1 + x= lim

    x+2 ln(1 + x2)

    1 + x= 0

    limx0+

    x ln x = 0

    [por 3.5.5 com = 1

    2

    ]

    limx+

    (x ln x) = limx+

    x

    (1 ln x

    x

    )= +

    36

  • Captulo 4

    As Funcoes Trigonometricas

    Resolucao dos exerccios

    4.1 Revisao

    1 Uma vez que tan x = sen2 xcos2 x

    , tem-se

    sen2 x + tan2 x = sen2 x +sen2 x

    cos2 x= sen2 x

    (1 +

    1

    cos2 x

    )=

    = (1 cos2 x)(

    1 +1

    cos2 x

    )= 1 +

    1

    cos2 x cos2 x 1 = 1

    cos2 x cos2 x.

    Nota: o enunciado deste exerccio esta errado; devia ler-se :

    2 sen2 x 1cos2 x

    = tan2 x 1.

    Usando a igualdade sen2 x + cos2 x = 1, tem-se

    2 sen2 x 1cos2 x

    =2 sen2 x sen2 x cos2 x

    cos2 x=

    sen2 x cos2 xcos2 x

    = tan2 x 1.

    cos4 x sen4 x = (cos2 x sen2 x)(cos2 x + sen2 x)= cos2 x sen2 x = cos(2x).

    sen2 x 1sen2 x

    =(sen2 x)2 1

    sen 2x=

    (1 cos2 x)2 1sen2 x

    =1 2 cos2 x + cos4 x 1

    sen2 x=

    cos2 x(cos2 x 2)sen2 x

    =cos2 x 2

    tan2 x

    37

  • 2 sen x = cos x x = 4

    + k, k Z

    sen2 t

    1 cos t = 1 cos t 1 cos2 t1 cos t = 1 cos t

    (1 cos t)(1 + cos t)1 cos t = 1 cos t 1 + cos t = 1 cos t (cos t = 1)

    cos t = 0 t = 2

    + k, k Z.

    sen 2t = sen 4t sen 2t = 2 sen 2t cos 2t sen 2t(1 2 cos 2t) = 0 2 cos 2t = 1 sen 2t = 0 cos 2t = 1

    2 sen 2t = 0

    2t = 3

    + 2k 2t = 3

    + 2k 2t = k, k Z t =

    6+ k t =

    6+ k t = k

    2, k Z

    Em [0, 2] tem-se

    sen x < cos x x [0,

    4

    [

    ]5

    4,3

    4

    ]

    [3

    4,2

    ]

    x [0,

    4

    [

    ]5

    4, 2

    ].

    sen x < cos 2x sen x < cos2 x sen2x = 1 2 sen2 x 2 sen2x + sen x 1 < 0 (2 sen x 1)(sen x + 1) < 0 2 sen x 1 < 0 sen x = 1 sen x < 1

    2 sen x = 1.

    Os valores de x no intervalo [0, ] que satisfazem estas condicoes sao x [0, 6

    [ ]56

    ,].

    38

  • 4.2 Limites trigonometricos. Continuidade e derivadas das

    funcoes trigonometricas

    1 (3 sen x 5 cos x) = 3 cos x + 5 sen x; (x sen x) = x cos x + sen x; (sen (4x) cos(3x)) = 4 cos(4x) + 3 sen (3x); (tan(2x)) = 2(1 + tan2(2x)); (sen 2x x) = 2 sen x cos x 1; (x tan(3x)) = x [3(1 + tan2(3x))] + tan(3x)

    = 3x(1 + tan2(3x)) + tan(3x);

    (x2 tan(3x + 1)) = 3x2(1 + tan2(3x + 1)) + 2x tan(3x + 1).

    2 cos x: Sabemos que | cos x| 1 e cos x = 1 se x = 2k (k Z), cos x = 1se x = + 2k (k Z). Portanto, os valores mnimo e maximo de cos x sao 1 e 1,respectivamente, atingidos nos pontos indicados.

    f(x) = sen x cos x: Temos

    (sen x cos x) = cos x + sen x.

    Ora, cos x + sen x = 0 equivale a

    x =3

    4+ 2k ou x =

    4+ 2k (k Z)

    ou, mais simplesmente:

    x = 4

    + k (k Z).Temos, por isso, o seguinte quadro de variacao

    x 34

    4

    34

    74

    f (x) + 0 0 + 0 0 + f(x)

    (Os sinais de f (x) podem ser calculados atraves de um valor de f (x) em cada intervalo.)

    e conclui-se que f tem o valor mnimo

    f(

    4

    )=

    2

    2

    2

    2=

    2

    39

  • (atingido em todos os pontos da forma 4

    + 2k, k Z) e o valor maximo

    f

    (3

    4

    )=

    2

    2+

    2

    2=

    2

    (atingido em todos os pontos da forma 34

    + 2k, k Z).

    f(x) = sen x3 cos x: agora temos

    f (x) = cos x +

    3 sen x.

    Se cos x = 0 tem-se f (x) = 0 e por isso

    f (x) = 0 sen xcos x

    = 13 tan x =

    3

    3 x =

    6+ k (k Z),

    x 56

    6

    56

    116

    f (x) + 0 0 + 0 0 +f(x)

    Conclui-se que os valores mnimo e maximo de f sao, respectivamente,

    f(

    6

    )= 1

    2

    3

    3

    2= 1

    2 3

    2= 2

    e

    f

    (5

    6

    )=

    1

    2

    3 (

    3

    2

    )=

    1

    2+

    3

    2= 2.

    Estes valores sao tambem atingidos nos pontos que diferem de 6

    ou 56

    por um multiplo

    inteiro de 2.

    f(x) = cos2 x: Como 0 cos2 x 1 e

    cos x = 0 x = 2

    + k (k Z)cos x = 1 x = k (k Z)

    conclumos imediatamente que o mnimo de f e 0 (atingido nos pontos 2

    + k, k Z) eo maximo de f e 1 (atingido nos pontos x = k).

    f(x) = x + 2 sen x: Temos

    f (x) = 1 + 2 cosx

    f (x) = 0 cos x = 12 x = 2

    3+ 2k (k Z)

    ou x =4

    3+ 2k (k Z).

    40

  • x 43

    23

    23

    43

    83

    103

    f (x) + 0 0 + 0 0 + 0 0 +f(x)

    Conclumos que f atinge maximos relativos:

    f

    (4

    3

    )= 4

    3+

    2

    3

    2=4 + 33

    3,

    f

    (2

    3

    )=

    2

    3+

    2

    3

    2=

    2 + 3

    3

    3,

    f

    (8

    3

    )=

    8

    3+

    2

    3

    2=

    8 + 3

    3

    3, etc.

    e mnimos relativos:

    f

    (2

    3

    )= 2

    3 2

    3

    2=2 33

    3,

    f

    (8

    3

    )= 8

    3 2

    3

    2=4 33

    3,

    f

    (14

    3

    )= 14

    3 2

    3

    2=10 33

    3, etc.

    Podemos encontrar valores mnimos (relativos) negativos mas arbitrariamente grandes em

    modulo; e valores maximos (relativos) arbitrariamente grandes. Concretamente:

    f

    (2

    3+ 2k

    )=

    2

    3+ 2k +

    3 +

    quando k + e

    f

    (4

    3+ 2k

    )=

    4

    3+ 2k

    3

    quando k . A funcao nao tem maximo nem mnimo absolutos. E interessanteobter um graco de f(x) e f (x) numa janela de visualizacao conveniente, por exemplo

    uma que contenha o rectangulo

    4

    3 4 x 2

    3+ 4, 8

    3

    3 y 143

    +

    3.

    A funcao f nao e periodica, mas a sua derivada f e obviamente periodica.

    f(x) = tan x 2x: Como

    f (x) = 1 + tan2 x 2 = tan2 x 1

    41

  • ef (x) = 0 tan x = 1 x = 4

    + k (k Z)ou x =

    4+ k (k Z).

    Como os pontos da forma (2k + 1)2

    (k Z) nao fazem parte do domnio, so faz sentidoestudar a funcao nos intervalos que resultam de

    ]2,2

    [por uma translaccao de valor

    igual a um multiplo inteiro de . Para facilitar, vamos estudar a funcao em]3

    2,

    2

    [ ]2,2

    [ ]2,3

    2

    [.

    x 32

    54

    34

    2

    4

    4

    2

    34

    54

    32

    f (x) + 0 0 + + 0 0 + + 0 0 +f(x)

    Vemos que, em cada intervalo considerado, a funcao tem um mnimo relativo e um maximo

    relativo. Por exemplo, em]

    2,2

    [tem o mnimo relativo

    f(

    4

    )= tan

    4 2

    4= 1

    2

    e o maximo relativo

    f(

    4

    )= tan

    (

    4

    ) 2

    (

    4

    )= 1 +

    2

    No entanto, a funcao nao tem maximo nem mnimo absolutos, visto que

    limx

    2+

    f(x) = e limx

    2

    f(x) = +.

    3 f(x) =sen x

    x, 0 < x

    2

    Temos

    f (x) =x cos x sen x

    x2

    No intervalo ]0, 2[, a equacao

    f (x) = 0, isto e, x cos x = sen x

    nao tem solucoes, pois ela e equivalente a (justique)

    tan x = x

    42

  • e os gracos de tan x e x, no intervalo]0,

    2

    [, nao se encontram: o primeiro esta sempre

    acima do segundo (). Entao

    f (x) < 0 x ]0,

    2

    ]pois esta inequacao e equivalente a

    tan x > x, se 0 < x x se 0 < x 0, x ]0,

    2

    [,

    e g(x) e funcao estritamente crescente. Logo,

    g(x) > g(0) x ]0,

    2

    [.

    Mas g(0) = 0 e esta desigualdade e o que se pretendia mostrar.

    4 f(x) = 2 cos x sen x, 0 x f (x) = 2 sen x cos xf (x) = 0 sen x

    cos x= 1

    2 tan x = 1

    2

    No intervalo [0, ], ha um angulo cuja tangente e 12 Recorrendo a uma maquina de

    calcular obtemos o valor do angulo ]2

    ,2

    [cuja tangente e 1

    2; vamos rete-lo com

    aproximacao a`s milesimas:

    0.464.

    43

  • Entao o angulo procurado obtem-se somando a este o valor ; vamos rete-lo com duas

    casas decimais:

    = + 2.68.Obtemos o quadro de variacao

    x 0

    f (x) 0 +f(x)

    e conclumos, uma vez que

    f(0) = 2,

    f() = 2 cos sen 2.23,f() = 2 0 = 2,

    que f tem o valor mnimo absoluto aproximadamente igual a 2.23 e o valor maximoabsoluto 2, sendo f() = 2 um maximo relativo.

    5 Como 1 sen x 1 para todo o x, temos

    2 3 + sen x 41 2 + sen x 3

    e por isso (recorde-se que uma fraccao de termos positivos aumenta quando o numerador

    aumenta ou quando o denominador diminui)

    2

    3 3 + sen x

    2 + sen x 4

    1= 4.

    Para obter a outra estimativa, mais precisa, o que ha a fazer e procurar os valores mnimo

    e maximo da funcao 3+sen x2+sen x

    = f(x). (Como ela e periodica, basta estuda-la num intervalo

    de comprimento igual ao perodo: por exemplo [0, 2]). Ora, a derivada da funcao e

    (2 + sen x) cos x (3 + sen x) cos x(2 + sen x)2

    = cos x(2 + sen x)2

    A derivada anula-se em 2

    e 32

    , e obtemos o quadro

    x 0 2

    32

    2

    f (x) 0 + 0 f(x)

    44

  • Como

    f(

    2

    )=

    4

    3, f

    (3

    2

    )= 2, f(0) = f(2) =

    3

    2

    conclumos que os valores mnimo e maximo de f(x) sao, respectivamente, 43

    e 2 e portanto

    4

    3 f(x) 2 x [0, 2],

    e tambem x R.

    6 O denominador da fraccao anula-se em x = 0, , e de um modo geral nos pontosk (k Z). Para atribuir a` funcao f em causa um valor em 0 de modo que ela quecontnua em ] , [, teremos de ter

    f(0) = limx0

    f(x) = limx0

    x

    sen x (2 + x) = 1 2 = 2.

    Por outro lado, como

    limx

    f(x) = +(porque o numerador tende para (2 + ) e o denominador tende para 0 por valores

    positivos) e

    limx+

    f(x) =

    (porque o numerador tende para (2 ) e o denominador tende para 0 por valoresnegativos) nao ha extensao contnua de f ao intervalo [, ].

    7 limx0

    sen 2x

    x= 2. Nao ha assntotas verticais.

    limx0+

    sen 2x

    x2= lim

    x0+sen 2x

    x 1x

    = +, porque limx0+

    sen 2x

    x= 2 e lim

    x0+1

    x= +.

    Analogamente, limx0

    sen 2x

    x2= . Logo, x = 0 e a equacao da assntota vertical desta

    funcao.

    limx0

    sen 2xx

    = limx0

    (x sen 2x

    x

    )= 0 porque lim

    x0

    x = 0 e limx0

    sen 2x

    x= 2. Nao ha

    assntotas verticais.

    limx0

    tan x

    x3= lim

    x0

    (sen x

    x 1x2 1cos x

    )= + porque lim

    x0sen x

    x= 1 , lim

    x01

    x2= + e

    limx0

    1

    cos x= 1. Entao a assntota vertical da funcao

    tan x

    x3e a recta x = 0.

    45

  • 4.3 Aplicacoes a` resolucao de problemas envolvendo questoes de

    geometria

    1 Designemos por x a distancia ao ecra e sejam , os angulos indicados na gura.

    103

    x

    a

    b

    Sabemos que

    tan =13

    x, tan =

    3

    x

    e o angulo de visibilidade a partir do ponto com distancia x e ; ora

    tan( ) = tan tan 1 + tan tan =

    13x 3

    x

    1 + 13x 3

    x

    =

    =10x

    1 + 39x2

    =10x

    x2 + 39

    Como o angulo de visibilidade e, naturalmente, um angulo entre 0 e 2

    e a funcao tangente e

    crescente em[0,

    2

    ], encontrar o angulo maximo e equivalente a encontrar o valor maximo

    da respectiva tangente. Vamos, pois, determinar o valor maximo de

    f(x) =10x

    x2 + 39

    em [0, +[. Ora,f (x) =

    10(x2 + 39) 20x2x2 + 39

    =390 10x2

    x2 + 39

    A derivada anula-se em x =

    39 6.24:

    x 0

    39

    f (x) + 0 f(x)

    O angulo de maxima visibilidade ca, pois, situado a cerca de 6.24 metros do ecra.

    46

  • 2 Seja AB o diametro da semicircunferencia e P o vertice do angulo recto do triangulo

    rectangulo nela inscrito.

    P

    Aa

    B

    Designemos por o angulo PAB. Como

    sen =PB

    AB, cos =

    PA

    AB

    e AB e um comprimento conhecido (chamemos-lhe ), obtemos como expressao para o

    permetro do triangulo f() = + cos + sen , ou

    f() = (1 + cos + sen ).

    Naturalmente, o angulo varia no interalo]0,

    2

    [. Para estudar a funcao indicada, cal-

    culamos

    f () = (cos sen )e obtemos o quadro

    0 4

    2

    f () + 0 f()

    O permetro maximo e

    f(

    4

    )=

    (1 +

    12

    +12

    )=

    2 +

    22

    = (1 +

    2)

    e corresponde ao triangulo rectangulo isosceles.

    3 Consideremos o farol no ponto F a` distancia 1 km da costa rectilnea AO. Quando o

    angulo do raio de luz com FO e , o angulo do mesmo raio com a costa e = 2 .

    A

    a

    b

    F

    Ox

    1 km

    47

  • Sendo x a distancia AO, expressa em km, temos

    tan =1

    x

    Ora, varia com o tempo de modo que

    = 6t

    ( em radianos, t em minutos). Portanto x varia com o tempo de acordo com

    x(t) =1

    tan(

    2 ) = 1tan (

    2 6t)

    A velocidade com que o raio luminoso varre a costa e, pois,

    x(t) =

    (1 + tan2

    (2 6t)) 6

    tan2(

    2 6t)

    e pretendemos calcula-la no instante em que = 30o , o que signica

    (= 6t) = 60o ou

    3radianos.

    Entao o valor pedido e(1 + tan2

    (2

    3

    ))6

    tan2(

    2

    3

    ) = 24 75.398 (km/min)(cerca de 4 524 km/h).

    4 Seja PH a altura relativa ao lado BC e ponhamos BH = h, HC = k.

    a

    B H k30

    h

    P

    C

    O permetro do triangulo e 1 + PB + PC, e

    PB =h

    cos , PC =

    k

    cos 30o=

    2k3

    Para calcular h e k em funcao de atendemos a que

    PH

    h= tan ,

    PH

    k= tan 30o =

    3

    3

    48

  • e da deduzimos:PHh

    PHk

    =tan

    33

    ou sejak

    h=

    3 tan 3

    =

    3 tan .

    Entao

    k =

    3h tan

    e por outro lado

    k + h = 1.

    Substituindo o valor k = 1 h na equacao precedente obtemos

    1 h =

    3h tan ,

    h(1 +

    3 tan ) = 1,

    h =1

    1 +

    3 tan

    Entao

    k = 1 11 +

    3 tan

    =1 +

    3 tan 1

    1 +

    3 tan =

    =

    3 tan

    1 +

    3 tan

    A expressao do permetro em funcao de e entao

    1 +1

    cos +

    3 sen +

    23

    3 tan

    1 +

    3 tan =

    1 +1

    cos +

    3 sen +

    2 tan

    1 +

    3 tan

    Para maximizar o permetro e suciente maximizar a funcao

    g() =1

    cos +

    3 sen +

    2 tan

    1 +

    3 tan

    em[0,

    2

    [. (Note-se que a funcao admite uma extensao contnua ao intervalo

    [0,

    2

    ], com

    o valor 13

    + 23

    =

    3, visto que

    lim

    2

    2 tan

    1 +

    3 tan =

    23 )

    49

  • Para evitar trabalhar com a expressao que envolve tan podemos simplicar

    2 tan

    1 +

    3 tan =

    2 tan

    1 +

    3 sen cos

    =2 tan cos

    cos +

    3 sen =

    =2 sen

    cos +

    3 sen

    de modo que

    g() =1 + 2 sen

    cos +

    3 sen

    Temos

    g() =2 + sen 3 cos (cos +

    3 sen )2

    Ora, se [0, 2

    ], sen 0 e

    2

    3 cos 2

    3 > 0

    pelo que g() > 0, [0, 2

    ]. O valor maximo e atingido em =

    2

    50

  • Apendice

    O calculo de limites e suas aplicacoes:topicos complementaresResolucao dos exerccios

    1. Formas indeterminadas no calculo de limites

    1 Factorizando 1 x3 obtemos

    limx1

    1 x31 x = limx1

    (1 x)(x2 + x + 1)1 x = limx1(x

    2 + x + 1) = 3.

    Uma vez que limx0 sen xx = 1, tem-se

    limx0

    cos x 1x

    = limx0

    (cos x 1)(cos x + 1)x(cos x + 1)

    = limx0

    cos2 x 1x(cos x + 1)

    = limx0

    sen xx

    sen xcos x + 1

    = 1 0 = 0.

    limx+

    (

    9 + x2 x) = limx+

    (

    9 + x2 x)(9 + x2 + x)9 + x2 + x

    = limx+

    9 + x2 x29 + x2 + x

    = 0.

    limx1

    (1

    1 x 1

    1 x2)

    = limx1

    1 + x 11 x2 = +.

    Usando o facto de limx0 sen xx = 1, vem

    limx0

    x3

    sen x= lim

    x0x

    sen x x2 = 1 0 = 0.

    Dado que limx0 sen xx = 1 e que limx0 ex1x

    = 1, tem-se

    limx0

    ex 1sen x

    = limx0

    ex 1x

    xsen x

    = 1 1 = 1.

    51

  • Como limx/2 x/2sen (x/2) = 1 e sen(x

    2

    )= cos x, obtemos

    limx

    2

    (x

    2

    ) tan x = lim

    x2

    [x

    2

    sen(x

    2

    ) tan x sen (x 2

    )]

    = limx

    2

    sen (x 2) lim

    x2

    ( tan x cos x) = 1 limx

    2

    (sen x) = 1.

    limx1

    (1

    1 x 2x

    1 x2)

    = limx1

    1 + x 2x(1 x)(1 + x) = limx1

    1 x(1 x)(1 + x)

    = limx1

    1

    1 + x=

    1

    2

    2. Limites laterais, continuidade

    1 Uma vez que

    limx0

    f(x) = limx0

    e2x 1ex 1 = limx0

    e2x 12x

    2xex 1 = 2,

    para prolongarmos f a R como funcao contnua devemos atribuir ao ponto 0 o valor 2.

    2 Comolimx

    f(x) = limx

    3x 11 + x2

    =3 11 + 2

    ,

    devemos atribuir ao ponto o valor 311+2

    de modo a obtermos um prolongamento da

    funcao f a R.

    limx1

    f(x) = limx1

    1 x31 x + x2 x3 = limx1

    (1 x)(x2 + x + 1)(1 x)(x2 + 1) =

    = limx1

    x2 + x + 1

    x2 + 1=

    3

    2

    Assim, o prolongamento de f a R sera contnuo se atribuirmos ao ponto 1 o valor 32

    Tem-selim

    x0+f(x) = lim

    x0+(x2 2x 2) = 2

    e

    limx0

    f(x) = limx0

    1 x3x x2 = .

    Neste caso nao e possvel prolongar f por continuidade a` origem uma vez que nao existe

    limx0 f(x).

    52

  • limx0+

    f(x) = limx0+

    (x2 2x 2) = 2.

    f(x) = limx0

    (x2 2xx x2

    )= lim

    x0x 21 x = 2.

    Uma vez que limx0 f(x) = 2, para prolongarmos f a R como funcao contnua devemosatribuir ao ponto 0 o valor 2.

    3. Assntotas

    1 f(x) = 3x + 1 4x

    Uma vez que

    limx

    (f(x) (3x + 1)) = limx

    4x

    = 0

    a recta y = 3x + 1 e uma assntota ao graco de f . Por outro lado, como

    limx0+

    f(x) = e limx0

    f(x) = +

    a recta x = 0 e uma assntota vertical ao graco de f .

    f(x) = x 12x + 1

    Dado que

    limx 1

    2

    f(x) = ,

    a recta x = 12

    e uma assntota vertical ao graco de f . Por outro lado,

    n = limx

    f(x)

    x= lim

    x1 1

    x

    2x + 1= 0

    p = limx

    (f(x) nx) = limx

    x 12x + 1

    = limx

    1 1x

    2 + 1x

    =1

    2,

    pelo que a recta y = 12

    e uma assntota horizontal ao graco de f .

    53

  • f(x) = x2

    2x + 1

    Como no caso anterior, a recta x = 12

    e uma assntota vertical ao graco de f .

    n = limx

    f(x)

    x= lim

    xx

    2x + 1= lim

    x1

    2 + 1x

    =1

    2

    p = limx

    (f(x) nx) = limx

    (x2

    2x + 1 1

    2x

    )= lim

    x2x2 x(2x + 1)

    4x + 2=

    = limx

    x4x + 2

    = limx

    14 + 2

    x

    = 14

    ,

    portanto a recta y = 12x 1

    4e uma assntota ao graco de f .

    f(x) = x3

    2x + 1

    A recta x = 12

    e novamente assntota vertical ao graco de f . Como

    limx

    f(x)

    x= lim

    xx2

    2x + 1=

    o graco de f nao tem outras assntotas.

    f(x) = x 1

    Nao existem assntotas verticais. Note-se que o domnio de f e [1, +[ pelo que so fazsentido calcular os valores de n e p quando x +. Tem-se

    n = limx+

    f(x)

    x= lim

    x+

    x 1x

    = limx+

    x 1x2

    = limx+

    1/x 1/x2

    1= 0

    p = limx+

    (f(x) nx) = limx+

    x 1 = +.

    pelo que o graco de f nao tem assntotas.

    f(x) =

    x

    1 +

    x

    Nao existem assntotas verticais. Como o domnio de f e [0, +[ vamos apenas calcularn e p quando x +.

    n = limx+

    f(x)

    x= lim

    x+

    x

    x + x

    x= lim

    x+1

    x + x= 0

    p = limx+

    (f(x) nx) = limx+

    x

    1 +

    x= lim

    x+1

    1/

    x + 1= 1

    portanto a recta y = 1 e uma assntota horizontal ao graco de f .

    54

  • f(x) = x1 +

    x

    Fazemos os calculos apenas quando x + uma vez que o domnio de f e [0, +[.

    n = limx+

    f(x)

    x= lim

    x+1

    1 +

    x= 0

    p = limx+

    (f(x) nx) = limx+

    x

    1 +

    x= lim

    x+

    x

    1/

    x + 1= +.

    Uma vez que nao existem assntotas verticais, concluimos que o graco de f nao tem

    quaisquer assntotas.

    f(x) = x2 ex

    O graco de f nao tem assntotas verticais.

    n1 = limx+

    f(x)

    x= lim

    x+x ex = +

    pelo que nao existe assntota ao graco de f quando x +.Vejamos o que se passa quando x :

    n2 = limx

    f(x)

    x= lim

    xx ex = lim

    xx

    ex= 0

    p = lim(f(x) n2x) = limx

    x2 ex = limx

    x2

    ex= 0

    portanto quando x a recta y = 0 e uma assntota horizontal ao graco de f .

    f(x) = x e 1x

    O domnio de f e R \ {0}.

    limx0+

    x e1x = lim

    x0+e

    1x

    1x

    = +

    limx0

    x e1x = 0.

    Logo, a recta x = 0 e assntota vertical ao graco de f . Por outro lado,

    n = limx

    f(x)

    x= lim

    xe

    1x = 1

    p = limx

    (f(x) nx) = limx

    x(e1x 1) = lim

    xe

    1x 1

    1x

    = 1

    donde y = x + 1 e assntota ao graco de f .

    55

  • 4. Derivadas laterais

    1 f(x) =

    x + a se x 0x2 + bx se x > 0

    Comecemos por estudar a continuidade de f . Para x > 0 a funcao f e uma funcao

    polinomial logo e contnua, qualquer que seja o valor de b. Se x < 0, f(x) = x + a

    tambem e contnua, independentemente do valor de a. Por outro lado,

    limx0

    f(x) = limx0

    (x + a) = a = f(0)

    limx0+

    f(x) = limx0+

    (x2 + bx) = 0

    portanto f e contnua em x = 0 se e so se a = 0.

    Para este valor de a estudemos a diferenciabilidade de f em x = 0 (note-se que se a = 0,f e descontnua em x = 0 pelo que nao tem derivada em x = 0):

    f d(0) = limx0+

    f(x) f(0)x 0 = limx0+

    x2 + bx 0x

    = b

    f e(0) = limx0

    f(x) f(0)x 0 = limx0

    x 0x 0 = 1

    portanto f tem derivada em x = 0 se e so se b = 1.

    Para a = 0 e b = 1 tem-se entao

    f (x) =

    1, x < 0

    1, x = 0

    2x + 1, x < 0

    =

    1, x 02x + 1, x > 0.

    Uma vez que f (x) > 0 para todo o x R a funcao f e crescente em R.

    2 f(x) =

    x

    2 se x 0x x2 se x 0

    Ponhamos g(x) = x2 e h(x) = x x2. Note-se que f e contnua em R. Tem-se

    f d(0) = limx0+

    f(x) f(0)x 0 = limx0+

    h(x)

    x= lim

    x0+(1 x) = 1

    f e(0) = limx0

    f(x) f(0)x 0 = limx0

    g(x)

    x= lim

    x0x = 0.

    A funcao f nao tem derivada em x = 0 e

    f (x) =

    2x se x < 01 2x se x > 0.

    56

  • Uma vez que g(x) 0, x 0 e h(x) 0, x [0, 12

    ]concluimos que a funcao f tem

    um mnimo relativo no ponto x = 0.

    Por outro lado, como h(x) 0, x [0, 12

    ]e h(x) 0, x 1

    2, em x = 1

    2f tem um

    maximo relativo. A funcao f e decrescente em ], 0] e em [12, +[ e e crescente em]

    0, 12

    [.

    57