friedrich engels - nota prévia a «a guerra dos camponeses alemães»

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  • 8/13/2019 Friedrich Engels - Nota Prvia a A Guerra dos Camponeses Alemes

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    Friedrich Engels

    Nota Prvia a

    A Guerra dos Camponeses Alemes1

    Maio de 1!"Nota Prvia:Escrito por Engels no dia 11 de Fevereiro de 1870.Publicado na segunda edio de Der deutsce !auern"rieg# $%eiter &bdruc"# 'eip(ig. )utubro de1870. Publicado segundo o te*to da segunda edio. +radu(ido do ale,o.

    &dita,ento ao Pre-cio:Publicado no livro: F. Engels# Der deutsce !auern"rieg# 'eip(ig# 187/. Publicado segundo o te*to

    do livro.+radu(ido do ale,o.

    Fonte: )bras Escolidas e, trs to,os# Editorial &vante2.

    1 O trabalho de F. EngelsA Guerra dos Camponeses Alemes foi escrito em Londres no Vero de 1850. Comoprincipal fonte para a exposio do material fact!al Engels !tili"o! !m li#ro do historiador alemo $immermann.%o pref&cio ' seg!nda edio do trabalho( Engels analisa as modifica)es *!e se #erificaram na #ida pol+tica eecon,mica da -lemanha a partir de 188 e o papel das diferentes classes e partidos neste per+odo. - tese te,rica domarxismo da necessidade da aliana do proletariado com o campesinato / a*!i concreti"ada e desen#ol#ida. Engelsmostra a necessidade de !ma abordagem diferenciada do campesinato e analisa *!ais as camadas do campesinato( e

    por *!e ca!sas( podero tornarse aliadas do proletariado na s!a l!ta re#ol!cion&ria.!ando prepara#a a p!blicao da terceira edio deA Guerra dos Camponeses AlemesEngels acrescento! ao

    pref&cio de 1820 important+ssimas obser#a)es sobre a import3ncia da teoria no mo#imento oper&rio e socialista. Oaditamento ao pref&cio cont/m indica)es sobre o car&cter( as tarefas e as formas de l!ta da classe oper&ria e do se!

    partido. Engels define tr4s direc)es( indissol!#elmente ligadas entre si( nas *!ais de#e ser tra#ada a l!ta da classeoper&ria nos dom+nios te,rico( pol+tico e econ,micopr&tico.

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    Nota Prvia Segunda Edio de 1870

    - obra *!e se seg!e foi escrita em Londres( no Vero de 1850( ainda sob a impresso directa darec/mcons!mada contrare#ol!o6 #eio a p7blico nos cadernos 5 e daNeue Rheinische Zeitung.

    Politisch-konomische Revue9(dirigida por :arl ;arx( elo contr&rio( todo omaterial referente aos le#antamentos camponeses e a ?homas ;@n"er foi recolhido de $immermannA. O se! li#ro( ainda *!e a*!i e ali com lac!nas( contin!a a ser a melhor compilao do fact!al.E no meio de t!do o #elho $immermann tinha pra"er na s!a mat/ria. O mesmo instinto re#ol!cion&rio *!e a*!i em toda a parte s!rge a fa#or da classe oprimida fe" dele mais tarde !m dos melhoresda es*!erda mais extremaem FranBf!rt. esde ento en#elhece! !m po!co( seg!ndo se di".

    De( pelo contr&rio( falta ' exposio de $immermann a conexo interna6 se ela no conseg!edemonstrar as contro#/rsias religiosas e pol+ticas como a imagem reflectida das l!tas de classes

    desse tempo6 se ela nestas l!tas de classes s, #4 opressores e oprimidos( bons e ma!s( e a #it,riafinal dos ma!s6 se a s!a intelig4ncia da sit!ao social *!e condiciono! tanto a ecloso como odesfecho da l!ta / altamente ins!ficiente( a #erdade / *!e isso foi erro do tempo em *!e o li#ronasce!. >elo contr&rio( para o se! tempo este /( excepo honrosa entre as obras idealistas alemsde hist,ria( ainda considerado m!ito realista.

    - minha exposio tento!( bos*!e=ando o dec!rso hist,rico da l!ta apenas nos se!s contornos(esclarecer a origem da g!erra dos camponeses( a posio dos diferentes partidos *!e nela entram( asteorias pol+ticas e religiosas nas *!ais estes partidos proc!raram tornarse claros sobre a s!a

    posio( e por fim o res!ltado da pr,pria l!ta como necessidade( a partir das condi)es sociais de#ida historicamente presentes destas classes6 por conseg!inte( demonstrar a constit!io pol+tica da-lemanha de ento( as rebeli)es contra ela( as teorias pol+ticas e religiosas do tempo( no comoca!sas mas como res!ltados do est&dio de desen#ol#imento em *!e se encontra#am ento na-lemanha a agric!lt!ra( a ind7stria( as #ias terrestres e fl!#iais( o com/rcio de mercadorias e dedinheiro. Esta #iso da hist,ria( a 7nica materialista( no parte de mim( mas de ;arx( e encontraseig!almente nos se!s trabalhos sobre a re#ol!o francesa de 188185nessa mesmaRevuee no1 de !rum"rio de #ouis !onaparte.

    O paralelo entre a re#ol!o alem de 1595 e a de 18818 esta#a demasiado perto para ento selargar mo dele completamente. - par da !niformidade do dec!rso( no *!al sempre !m mesmoex/rcito principesco esmago! di#ersos le#antamentos locais !ns atr&s dos o!tros( a par da m!itas

    #e"es rid+c!la semelhana da entrada em cena dos habitantes das cidades em ambos os casos( adiferena #eio entretanto clara e nitidamente a l!me

    9 %e!e heinische $eit!ng. >olitischGBonomische e#!e H%o#a Ia"eta enana. e#ista >ol+ticoEcon,micaJre#ista( ,rgo te,rico da Liga dos Com!nistas( f!ndada por ;arx e Engels. >!blico!se entre e"embro de 18 e

    %o#embro de 18506 sa+ram seis n7meros.A O li#ro do historiador alemo $immermann -llgemeine Ieschichte des grossen Ka!ernBrieges H

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    N!em l!cro! com a re#ol!o de 1595 Os prncipes. !em l!cro! com a re#ol!o de 188Os grandes prncipes( a P!stria e a >r7ssia. -tr&s dos pe*!enos pr+ncipes de 1595( prendendoos asi por meio do imposto( esta#am os pe*!enos b!rg!eses filiste!s( atr&s dos grandes pr+ncipes de1850( atr&s da P!stria e da >r7ssia( s!b=!gandoos rapidamente por meio da d+#ida p7blica( esto osgrandes b!rg!eses modernos. E por tr&s dos grandes b!rg!eses esto os prolet&rios.Q2

    ?enho pena de ter de di"er *!e nesta frase se fe" ' b!rg!esia alem !ma honra excessi#a. Elesti#eram a oport!nidade( tanto na P!stria como na >r7ssia( de Npor meio da d+#ida p7blica s!b=!garrapidamenteQ a monar*!ia6 n!nca( e em parte nenh!ma( foi esta oport!nidade apro#eitada.

    - P!stria( pela g!erra de 188( cai! de presente no colo da b!rg!esia. ;as ela no sabe dominar(ela / impotente e incapa" para t!do. D, h& !ma coisa *!e ela sabe / esbra#e=ar contra os oper&riosassim *!e estes se mexem. Ela contin!a ainda ao leme apenas por*!e os Hngarosprecisam dela.

    E na >r7ssia Dim( a d+#ida p7blica / certo *!e se m!ltiplico! #ertiginosamente( o d/fice est&declarado permanente( as despesas do Estado crescem de ano para ano( os b!rg!eses t4m a maioriana c3mara( sem eles no podem nem ser ele#ados os impostos nem contra+dos empr/stimos R mas

    onde est& o se! poder sobre o Estado -inda h& po!cos meses( *!ando de no#o esta#a diante deles!m d/fice( eram eles *!e tinham a melhor posio. -penas com agu!aperse#erana podiam terforado alg!mas bonitas concess)es. !e fa"em eles V4em como !ma concesso s!ficiente *!e ogo#erno "espermita deporlhe aos p/s perto de milh)es( no por u!ano( no( anua!ente e

    para todo o sempre.

    %o *!ero cens!rar os pobres N%acionalLiberaisQna c3mara mais do *!e eles merecem. Dei *!eforam abandonados por a*!eles *!e esto atr&s deles( pela massa da b!rg!esia. Esta massa no #uerdominar. Ela contin!a a ter o 188 atra#essado.

    >or *!e moti#o a b!rg!esia alem desen#ol#e! esta notel cobardia( #eremos mais adiante.

    e resto( a frase acima confirmo!se completamente. esde 1850( !m retrocesso cada #e" maisdecidido dos pe*!enos Estados( *!e apenas ser#em ainda como ala#ancas para as intrigas

    pr!ssianas o! a!str+acas( l!tas cada #e" mais en/rgicas entre a P!stria e a >r7ssia pela dominaoexcl!si#a( por fim o #iolento conflito de 18( ap,s o *!al a P!stria conser#a as s!as pr,prias

    pro#+ncias( a >r7ssia s!bmete directa o! indirectamente todo o %orte10 e os tr4s Estados doD!doeste11so temporariamente deixados como *!e em s!spenso.

    2 F. Engels( er de!tsche Ka!ernBrieg S- I!erra dos Camponeses -lemesT( ;EU( Kd. 2( D. 1A. H%ota da edioport!g!esa.J

    8 epois de derrotadas na g!erra a!stropr!ssiana de 18( e *!ando se intensifica#a a crise do Estado a!str+acom!ltinacional( as classes dirigentes da P!stria estabeleceram con#ersa)es com os latif!ndi&rios da

    %acionaisLiberais partido da b!rg!esia alem( f!ndado no O!tono de 18. O se! principal ob=ecti#o era a!nificao dos Estados alemes sob a hegemonia da >r7ssia6 a s!a pol+tica exprimia a capit!lao da b!rg!esialiberal alem perante KismarcB.

    10 ?ratase da Confederao da -lemanha do %orte( formada em 182 sob a /gide da >r7ssia e *!e incl!+a 1 Estados

    e A cidades li#res da -lemanha do %orte e Central. - formao da Confederao foi !ma das etapas decisi#as dare!nificao da -lemanha sob a hegemonia da >r7ssia. Em aneiro de 1821 a Confederao deixo! de existir(de#ido ' formao do mp/rio -lemo.

    11 Ka#iera( Kaden( U!rttemberg.

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    >ara a classe oper&ria alem( de import3ncia em toda esta aco principal19/ apenas isto

    >rimeiro( *!e os oper&rios pelo s!fr&gio !ni#ersal alcanaram o poder de se fa"er representardirectamente na assembleia legislati#a.

    Deg!ndo( *!e a >r7ssia a#ano! com !m bom exemplo e engoli! tr4s o!tras coroas de direito

    di#ino.1A

    !e depoisdeste procedimento ela ainda poss!a a mesma imac!lada coroa de direitodi#ino *!e anteriormente se atrib!+a R nisso nem mesmo os %acionalLiberais acreditam.

    ?erceiro( *!e na -lemanha h& ainda apenas u!ad#ers&rio s/rio da re#ol!o o go#erno pr!ssiano.

    E *!arto( *!e os Iermano-!str+acos t4m agora finalmente de se pWr a *!esto de saber o *!e*!erem ser alemes o! a!str+acos - *!e / *!e se preferem agarrar R ' -lemanha o! aos se!sap4ndices transleith3nicos extraalemes !e t4m de desistir de !ma coisa o! de o!tra era =& h&m!ito e#idente( mas foi sempre escamoteado pela democracia pe*!enob!rg!esa.

    %o *!e di" respeito 's demais contro#/rsias importantes por ca!sa de 18( *!e desde ento so

    disc!tidas at/ ao enfado entre os N%acionalLiberaisQ de !m lado e o N>artido >op!larQ 1do o!tro(a hist,ria dos pr,ximos anos h&de mostrar *!e esses dois pontos de #ista s, se digladiam com tanta#eem4ncia pelo facto de serem os p,los opostos de !ma mesma tacanhe".

    %as rela)es sociais da -lemanha o ano de 18 *!ase nada altero!. - meia d7"ia de reformasb!rg!esas R as mesmas medidas e pesos( liberdade de mo#imentao( liberdade de neg,cios( etc(t!do dentro dos limites ade*!ados ' b!rocracia R nem se*!er atingem o *!e a b!rg!esia de o!tros

    pa+ses oestee!rope!s h& m!ito poss!i e deixam intacta a chicana principal( todo o sistema dasconcess)es b!rocr&ticas15. >ara o proletariado( de *!al*!er modo( todas as leis de liberdade demo#imentao( de cidadania( de abolio de passaporte e o!tras so tornadas completamenteil!s,rias pela pr&tica corrente da pol+cia.

    O *!e / m!ito mais importante do *!e a aco principal de 18 / o ascenso da ind7stria e docom/rcio( dos caminhosdeferro( tel/grafos e da na#egao oce3nica a #apor na -lemanha a partirde 188. Con*!anto este progresso ainda fi*!e atr&s do *!e no mesmo tempo foi feito em nglaterrae at/ na Frana( para a -lemanha ele / ina!dito( e fe" mais em #inte anos do *!e antes fi"era !ms/c!lo inteiro. - -lemanha s, agora entro! a s/rio e irre#oga#elmente no co!rcio !undia. Oscapitais dos ind!striais m!ltiplicaramse rapidamente( a posio social da b!rg!esia ele#o!se emconformidade. - caracter+stica mais seg!ra de florescimento ind!strial( a $acatrua( instalo!se emampla medida e acorrento! condes e d!*!es ao se! carro tri!nfal. Capital alemo constr,i agoracaminhosdeferro r!ssos e romenos R *!e a terra lhe se=a le#eX R em #e" de como h& *!in"e anos

    19 %o original rogress >!blishers( ;oscoZ 128 N>rimeiro( no s/c!lo[V e na primeira metade do s/c!lo [V designa#a peas representadas por companhias alems amb!lantes. -s

    peas eram trag/dias hist,ricas( bastante informes( bomb&sticas e ao mesmo tempo grosseiras e b!rlescas. Deg!ndo(este termo pode designar acontecimentos pol+ticos de primeiro plano. Foi !sado neste sentido por !ma corrente daci4ncia hist,rica alem( conhecida por Mhistoriografia ob=ecti#aM. Leopold anBe foi !m dos se!s principaisrepresentantes. Considera#a r7ssia na -lemanha e defende! o plano da chamada NIrande -lemanhaQ( na*!al de#ia entrar tanto a >r7ssia como a P!stria. >ropagandeando a ideia de !m Estado alemo federati#o( inter#eio

    contra a !nificao da -lemanha sob a forma de !ma rep7blica democr&tica !nit&ria centrali"ada.15 Em meados dos anos 0 do s/c!lo [[ foi estabelecido na >r7ssia( para !ma s/rie de ramos da ind7stria( o sistema

    de licenas Hconcess)esJ especiais( sem as *!ais no era a!tori"ada a acti#idade ind!strial. Esta legislao ind!strialsem+fe!dal restringi! o desen#ol#imento do capitalismo.

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    os caminhosdeferro alemes andarem a mendigar =!nto de empres&rios ingleses. Como / entoposs+#el *!e a b!rg!esia no tenha con*!istado tamb/m para si a dominao pol+tica( *!e secomporte de maneira to cobarde contra o go#erno

    - b!rg!esia alem te#e a po!ca sorte de( ' boa maneira alem( #ir demasiado tarde. O se! tempo deflorescimento calha n!m per+odo em *!e a b!rg!esia dos o!tros pa+ses e!rope!s ocidentais =& est&

    politicamente em decad4ncia. Em nglaterra a b!rg!esia no conseg!i! le#ar ao go#erno o se!#erdadeiro representante( Kright( a no ser por !m alargamento do direito de #oto *!e nas s!asconse*!4ncias tem de pWr fim a toda a dominao b!rg!esa. Em Frana( onde a b!rg!esia como tal(como classe no se! con=!nto( s, domino! dois anos( em 18 e 1850( na rep7blica( ela s, pWde

    prolongar a s!a exist4ncia social cedendo a s!a dominao pol+tica a Lo!is Konaparte e ao ex/rcito.E na aco rec+proca to infinitamente intensificada dos tr4s pa+ses e!rope!s mais a#anados =& no/ ho=e poss+#el *!e na -lemanha a b!rg!esia instit!a conforta#elmente a s!a dominao pol+tica seesta em nglaterra e em Frana =& de! o *!e tinha a dar.

    Esta / precisamente !ma partic!laridade caracter+stica da b!rg!esia face a todas as classesdominantes anteriores h& no se! desen#ol#imento !m ponto de #iragem a partir do *!al toda a

    !lterior intensificao dos se!s meios de poder( e principalmente portanto dos se!s capitais( apenascontrib!i para a tornar cada #e" mais incapa" para a dominao pol+tica. N%tr&s dos grandes'urgueses esto os proet&rios(Q %a mesma medida em *!e a b!rg!esia desen#ol#e a s!aind7stria( o se! com/rcio e os se!s meios de interc3mbio( ela cria proletariado. E n!m certo ponto

    R *!e no precisa de s!rgir em toda a parte ao mesmo tempo o! no mesmo est&dio dedesen#ol#imento R ela comea a notar *!e este se! d!plo prolet&rio se lhe escapa das mos. -

    partir desse momento ela perde a fora para a dominao pol+tica excl!si#a6 olha em se! redor emb!sca de aliados com os *!ais( seg!ndo as circ!nst3ncias( partilha a s!a dominao o! aos *!ais acede completamente.

    %a -lemanha este ponto de #iragem s!rgi! para a b!rg!esia =& em 188. E a #erdade / *!e ab!rg!esia alem no se ass!sto! ento tanto com o proletariado alemo como com o franc4s. -batalha de >aris de !nho de 1881mostro!lhe o *!e tem a esperar6 o proletariado alemo esta#aprecisamente agitado na medida bastante para lhe pro#ar *!e tamb/m a*!i esta#a =& no solo asementeira para a mesma colheita6 e desde esse dia ' aco pol+tica da b!rg!esia falto! ac!til3ncia.>roc!ro! aliados( #ende!se a eles por *!al*!er preo R e ainda ho=e no de! !m passo em frente.

    Estes aliados so todos de nat!re"a reaccion&ria. L& est& a reale"a com o se! ex/rcito e a s!ab!rocracia( l& est& a grande nobre"a fe!dal( l& esto os pe*!enos$unker das hortas( l& esto mesmoos padres. Com todos estes a b!rg!esia fe" pactos e combina)es apenas para manter a s!a *!erida

    pele( at/ *!e por fim nada mais lhe fico! para traficar. E *!anto mais o proletariado se desen#ol#e!(

    *!anto mais ele comeo! a sentirse como classe( a agir como classe( tanto mais p!sil3nimes setornaram os b!rg!eses. !ando a estrat/gia admira#elmente m& dos >r!ssianos em DadoZa 12tri!nfo! sobre a dos -!str+acos( ainda admira#elmente pior( era dif+cil di"er *!em respiro! maisali#iado R o b!rg!4s pr!ssiano( tamb/m batido em DadoZa( o! o a!str+aco.

    Os nossos grandes b!rg!eses agem em 1820 ainda exactamente da mesma maneira *!e agiram osm/dios b!rg!eses de 1595. %o *!e di" respeito aos pe*!enos b!rg!eses( mestres artesos emerceeiros( esses ficaro sempre ig!ais a si mesmos. ?4m esperana de trepar at/ ' grande b!rg!esia ' c!sta de #igarices( temem ser lanados no proletariado. Entre o temor e esperana( sal#aro as!a #aliosa pele d!rante a l!ta e depois da l!ta =!ntarseo aos #encedores. E esta a s!a nat!re"a.

    1 ns!rreio de !nho ins!rreio her,ica dos oper&rios de >aris em 9A9 de !nho de 188( reprimida com

    excepcional cr!eldade pela b!rg!esia francesa. - ins!rreio foi a primeira grande g!erra ci#il da hist,ria entre oproletariado e a b!rg!esia.

    12 - batalha de DadoZa te#e l!gar a A de !lho de 18( na Ko/mia. Foi a batalha decisi#a da g!erra a!stropr!ssianade 18( *!e termino! com a #it,ria da >r7ssia sobre a P!stria.

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    - aco social e pr&tica do proletariado tem acompanhado o ascenso da ind7stria desde 188. Opapel *!e os oper&rios alemes ho=e desempenham nas s!as associa)es sindicais( cooperati#as(associa)es e assembleias pol+ticas( nas elei)es e no chamadoReichstagdemonstra s, por si *!e

    prof!nda transformao a -lemanha impercepti#elmente sofre! nos 7ltimos #inte anos. e#erte ems!prema honra dos oper&rios alemes terem sido ees os nicos a conseg!ir en#iar para o>arlamento oper&rios e representantes dos oper&rios( ao passo *!e nem os ingleses nem os franceses

    o atingiram at/ agora.

    ;as tamb/m o proletariado ainda no escapa ao paralelo com 1595. - classe dependente(excl!si#amente e por toda a #ida( do sal&rio do trabalho contin!a a no constit!ir ainda( e por ampladiferena( a maioria do po#o alemo. ?amb/m ela est& portanto dependente de aliados. E estes s,

    podem ser proc!rados entre os pe*!enos b!rg!eses( entre o l!mpenproletariado das cidades( entreos pe*!enos camponeses e os =ornaleiros agr+colas.

    os pe#uenos 'urgueses=& fal&mos. %o so nada dignos de confiana( a no ser *!ando setri!nfo!( ento a s!a gritaria nas cer#e=arias / incomens!rel. -pesar de t!do h& entre eleselementos m!ito bons( *!e por si mesmos se =!ntam aos oper&rios.

    O u!penproetariado( essa esc!malha dos s!=eitos sem dignidade de todas as classes *!e monta ose! *!artelgeneral nas grandes cidades( / de todos os aliados poss+#eis o pior. Esta canalha /absol!tamente #enal e absol!tamente imp!dente. De os oper&rios franceses em todas as re#ol!)esescre#eram nas casas%ort au& voleurs'( morte aos ladr)es( e abateram mesmo m!itos( isso noacontece! por ent!siasmo pela propriedade( mas no reconhecimento correcto de *!e acima de t!do/ preciso #erse li#re deste bando. ?odo o dirigente oper&rio *!e !tili"a estes misereis comog!arda o! neles se apoia logo por a+ se re#ela traidor ao mo#imento.

    Os pe#uenos ca!poneses R pois os maiores pertencem ' b!rg!esia R so de esp/cie di#ersa.Eles por !m lado o! so ca!poneses $eudaise t4m de prestar ainda cor#eias ao clemente senhor.epois de a b!rg!esia ter desperdiado o ense=o( o *!e foi da s!a c!lpa( de redimir esta gente daser#ido fe!dal( no ser& m!ito dif+cil con#enc4los de *!e / s, da classe oper&ria *!e eles t4m aesperar a redeno.

    O! ento so rendeiros. %este caso existe sobret!do a mesma relao *!e na rlanda. Dobese tantoa renda *!e o campon4s e a fam+lia( no caso de colheitas m/dias( s, escassamente conseg!e #i#er( eno caso de m&s colheitas *!ase morre de fome( no conseg!e pagar a renda e deste modo tornasecompletamente dependente da merc4 do propriet&rio f!ndi&rio. >or esta gente a b!rg!esia s, fa"alg!ma coisa *!ando / obrigada a isso. e *!em hode esperar sal#ao( a no ser dos oper&rios

    estam os camponeses *!e exploram a s!a pr)pria pe#uena propriedade $undi&ria. Estes( na s!amaioria( esto to carregados de hipotecas *!e dependem tanto do !s!r&rio como o rendeiro dosenhor da terra. ?amb/m a eles fica apenas !m sal&rio de trabalho escasso e ainda por cimaextremamente inseg!ro por ca!sa dos bons e ma!s anos. a b!rg!esia no podem esperar nada(

    pois / precisamente pelos b!rg!eses( os capitalistas !s!r&rios( *!e eles so s!gados. ;as na maioriaso m!ito apegados ' s!a propriedade( embora esta na realidade no lhes pertena( mas ao !s!r&rio.Cont!do ter& de lhes ser explicado *!e eles s, podem ser libertados do !s!r&rio *!ando !m go#ernodependente do po#o transformar todas as d+#idas de hipotecas n!ma d+#ida ao Estado e deste modofi"er baixar a taxa de =!ro. E isto s, a classe oper&ria o pode conseg!ir.

  • 8/13/2019 Friedrich Engels - Nota Prvia a A Guerra dos Camponeses Alemes

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    >or toda a parte onde domina a m/dia o! grande propriedade f!ndi&ria os *ornaeiros agrcoasconstit!em a classe mais n!merosa no campo. \ este o caso em toda a -lemanha do %orte eOriental( e a#uiencontram os oper&rios ind!striais das cidades os seus aiados !ais nu!erosos e!ais naturais. -ssim como o capitalista est& para o oper&rio ind!strial( est& o propriet&riof!ndi&rio o! grande rendeiro face ao =ornaleiro agr+cola. -s mesmas medidas *!e a=!dam !m t4mtamb/m de a=!dar o o!tro. Os oper&rios ind!striais s, se podem libertar *!ando transformarem o

    capital dos b!rg!eses( i.e.( as mat/riasprimas( m&*!inas e ferramentas e meios de #ida re*!eridospara a prod!o( em propriedade da sociedade( i.e.( na s!a pr,pria propriedade( por eles !tili"adaem com!m. o mesmo modo os oper&rios r!rais s, podem ser redimidos da s!a mis/ria atro"*!ando sobret!do o se! principal ob=ecto de trabalho( a pr,pria terra( for arrancada ' posse pri#adados grandes camponeses e dos senhores fe!dais ainda maiores e transformada em propriedadesocial e c!lti#ada por cooperati#as de oper&rios r!rais por s!a conta com!m. E a*!i chegamos 'famosa resol!o do congresso oper&rio internacional de Kasileia a sociedade tem interesse emtransformar a propriedade f!ndi&ria em propriedade com!m( nacional18. Esta resol!o foi tomada

    principalmente para os pa+ses em *!e existe a grande propriedade f!ndi&ria e( em conexo com ela(explorao de grandes *!intas( e nestas grandes *!intas !m senhor e m!itos =ornaleiros. Este estado/ por/m ainda predominante em grande medida na -lemanha( e por isso a resol!o era

    precisa!ente para a %e!an"a( logo a seg!ir ' nglaterra( ata!ente actua. O proletariadoagr+cola( os =ornaleiros R eis a classe de *!e em grande massa se recr!tam os ex/rcitos dos

    pr+ncipes. Eis a classe *!e agora en#ia para o >arlamento( por fora do s!fr&gio !ni#ersal( a grande*!antidade dos senhores fe!dais e $unker6 mas eis tamb/m a classe *!e est& mais perto dosoper&rios ind!striais das cidades( *!e com eles partilha das mesmas condi)es de #ida( *!e est& at/mais af!ndada na mis/ria do *!e eles. ar #ida a esta classe( *!e / impotente por*!e est&fragmentada e dispersa( c!=o poder oc!lto o go#erno e a nobre"a conhecem to bem *!eintencionalmente deixam cair na r!+na as escolas para *!e ela permanea ignorante( dar #ida a estaclasse e arrast&la para o mo#imento( eis a tarefa imediata( mais !rgente( do mo#imento oper&rioalemo. - partir do dia em *!e a massa dos =ornaleiros tenha aprendido a entender os se!s pr,priosinteresses( a partir desse dia / imposs+#el na -lemanha !m go#erno reaccion&rio( fe!dal(

    b!rocr&tico o! b!rg!4s.

    18 ?ratase do Congresso de Kasileia da nternacional( reali"ado em 11 de Detembro de 18( no *!al( a 10 deDetembro( foi apro#ada a seg!inte proposta dos partid&rios de ;arx sobre a propriedade f!ndi&riaN1J - sociedade tem o direito de abolir a propriedade pri#ada da terra e de a transformar em propriedade social.

    N9J \ indispensel abolir a propriedade pri#ada da terra e transform&la em >ropriedade social.Q%o Congresso foram tamb/m adoptadas resol!)es sobre a !nificao dos sindicatos ' escala nacional einternacional e !ma s/rie de resol!)es com #ista ao reforo org3nico da nternacional e ao alargamento dos poderesdo Conselho Ieral.

  • 8/13/2019 Friedrich Engels - Nota Prvia a A Guerra dos Camponeses Alemes

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    %dita!ento ao Pre$&cio de 1870 para a +erceira Edio de 187,

    -s linhas precedentes foram escritas h& mais de *!atro anos. Elas conser#am ainda ho=e a s!a#alidade. O *!e era correcto depois de DadoZa e da di#iso da -lemanha confirmase tamb/mdepois de Dedan1 e da edificao do sacro imp/rio alemo da nao pr!ssiana 90. ;!ito po!coconseg!em m!dar na orientao do mo#imento hist,rico ac)es principais91N*!e abalam o m!ndoQ

    da chamada grande pol+tica.

    O *!e pelo contr&rio estas ac)es principais conseg!em / acelerar a #elocidade deste mo#imento. Ea este respeito os a!tores dos Nacontecimentos *!e abalaram o m!ndoQ atr&s referidos ti#eram4xitos in#ol!nt&rios( *!e para eles pr,prios so certamente altamente indese=ados mas *!e t4m deaceitar de bom o! ma! grado.

    & a g!erra de 18 abalo! a #elha >r7ssia nos se!s alicerces. & tinha c!stado trabalho meter deno#o debaixo da #elha disciplina o elemento ind!strial rebelde das pro#+ncias ocidentais R b!rg!4se prolet&rio R depois de 1886 no entanto( isso fora conseg!ido( e o interesse dos $unker das

    pro#+ncias orientais era de no#o( a seg!ir ao do ex/rcito( o dominante no Estado. Em 18 *!ase

    toda a -lemanha do %oroeste se torno! pr!ssiana. -bstraindo do insanel dano moral *!e a coroapr!ssiana de direito di#ino recebe! ao engolir tr4s o!tras coroas de direito di#ino99( o centro degra#idade da monar*!ia desloco!se agora significati#amente para ocidente. Os cinco milh)es deenanos e Vestefalianos foram reforados( primeiro com os milh)es de alemes anexadosdirectamente e depois com os milh)es anexados indirectamente( pela Liga da -lemanha do %orte.E em 1820 =!ntaramselhes ainda os 8 milh)es de alemes do D!doeste9Apelo *!e agora( no Nno#o

    ReichQ( face aos 1 milh)es e meio de #elhos pr!ssianos Hdas seis pro#+ncias a leste do Elba( entreos *!ais al/m disso 9 milh)es de polacosJ esta#am 95 milh)es *!e h& m!ito tinham escapado aofe!dalismo dos $unkerda #elha >r7ssia. -ssim( precisamente as #it,rias do ex/rcito pr!ssianodeslocaram a inteira base do edif+cio do Estado pr!ssiano6 a dominao dos $unker torno!se cada#e" mais ins!portel ao pr,prio go#erno. ;as ao mesmo tempo o desen#ol#imento ind!strialag!damente r&pido tinha s!bstit!+do a l!ta entre $unkere b!rg!eses pela l!ta entre b!rg!eses eoper&rios( pelo *!e tamb/m no interior as bases sociais do #elho Estado experimentaram !macompleta transformao. - monar*!ia em lenta decomposio desde 180 ti#era por condiof!ndamental a l!ta entre nobre"a e b!rg!esia( na *!al alcano! o e*!il+brio6 a partir do momentoem *!e a *!esto passo! a ser( no =& proteger a nobre"a contra a presso da b!rg!esia mas protegertodas as classes possidentes contra a presso da classe oper&ria( a #elha monar*!ia absol!ta te#e de

    passar completamente para a forma de Estado elaborada expressamente para este fim a !onar#uia

    1 - 9 de Detembro o ex/rcito franc4s foi derrotado em Dedan e feito prisioneiro( =!ntamente com o imperador. Entre 5de Detembro de 1820 e 1 de ;aro de 1821 %apoleo e os comandantes do ex/rcito esti#eram presos emUilhelmshGle Hperto de :asselJ( n!m castelo do rei da >r7ssia. - cat&strofe de Dedan acelero! a efiocada do

    Deg!ndo mp/rio e le#o! ' proclamao da rep7blica em Frana a de Detembro de 1820. Foi formado !m no#ogo#erno( o chamado Ngo#erno da defesa nacionalQ.

    90 -o falar do sacro imp/rio alemo da nao pr!ssiana( Engels parafraseia a designao de Dacro mp/rio omano da%ao -lem( medie#al H-t/ -gosto de 180 a -lemanha fe" parte do Dacro mp/rio omano da %ao -lem(f!ndado no s/c!lo [ e *!e constit!+a !ma !nio de principados fe!dais e de cidades li#res *!e reconheciam aa!toridade s!prema do imperador.J s!blinhando *!e a !nificao da -lemanha foi feita sob a hegemonia da >r7ssiae foi acompanhada da pr!ssiani"ao da terra alem.

    91 %o original rogress >!blishers( ;oscoZ 128 N>rimeiro( no s/c!lo[V e na primeira metade do s/c!lo [V designa#a peas representadas por companhias alems amb!lantes. -s

    peas eram trag/dias hist,ricas( bastante informes( bomb&sticas e ao mesmo tempo grosseiras e b!rlescas. Deg!ndo(este termo pode designar acontecimentos pol+ticos de primeiro plano. Foi !sado neste sentido por !ma corrente daci4ncia hist,rica alem( conhecida por Mhistoriografia ob=ecti#aM. Leopold anBe foi !m dos se!s principais

    representantes. Considera#a

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    'onapartista( & explicitei esta passagem da >r7ssia para o bonapartismo no!tro l!garH(ohnungs)rage *+uesto da ,aitao/09.] cad.( p. 9 e segs.J9.O *!e ali no tinha de acent!ar(o *!e a*!i por/m tenho de acent!ar m!ito essencialmente( / *!e esta passagem foi o !aiorprogresso *!e a >r7ssia fe" desde 188( de tal modo a >r7ssia tinha ficado atr&s dodesen#ol#imento moderno. Ela contir!a#a a ser precisamente !m Estado semife!dal( e o

    bonapartismo / em todo o caso !ma forma de Estado moderna *!e tem por press!posto a

    eliminao do fe!dalismo. - >r7ssia tem por conseg!inte de se decidir a #arrer os se!s n!merososres*!+cios fe!dais( a sacrificar os $unkercomo tais. %at!ralmente( isto acontece na forma maiss!a#e e de acordo com a apreciada melodia mmer langsam voran'95 -ssim p. ex. no m!itocelebrado reg!lamento dos concelhos. Ele abole os pri#il/gios fe!dais do !nBer indi#id!al na s!a*!inta( mas apenas para os resta!rar como prerrogati#as da totalidade dos grandes propriet&riosf!ndi&rios para todo o concelho. - coisa permanece( apenas / trad!"ida do dialecto fe!dal para o

    b!rg!4s. O $unkerda #elha >r7ssia / transformado ' fora em *!al*!er coisa como !m s2uire9ingl4s( e ele nem precisa de se irritar m!ito com isso( por*!e !m / to est7pido como o o!tro.

    este modo tem por conseg!inte a >r7ssia o destino c!rioso de completar no fim deste s/c!lo( naforma agradel do bonapartismo( a s!a re#ol!o b!rg!esa( *!e iniciara em 1808181A e le#ara

    !m po!co mais adiante em 188. E se t!do se passar bem( e o m!ndo contin!ar sossegadinho( e n,schegarmos at/ l&( ento tal#e" possamos #er no ano de 100 como o go#erno na >r7ssia elimino!realmente todas as instit!i)es fe!dais( como a >r7ssia chego! finalmente ao ponto em *!e esta#a aFrana em 129.

    -bolio do fe!dalismo( expresso pela afirmati#a( significa estabelecimento de condi)esb!rg!esas. %a mesma medida em *!e tombam os pri#il/gios da nobre"a a legislao ab!rg!esase.E a*!i deparasenos o cerne da relao da b!rg!esia alem com o go#erno. Vimos *!e o go#erno /o'rigadoa introd!"ir estas reformas lentas e mes*!inhas. ;as face ' b!rg!esia ele apresenta cada!ma destas pe*!enas concess)es como !m sacri$cio feito em benef+cio dos b!rg!eses( !maconcesso arrancada ' coroa com esforo e sofrimento( em troca do *!al eles( os b!rg!eses( agora

    por se! t!rno teriam tamb/m de conceder algo ao go#erno. E os b!rg!eses( se bem *!e #endo osfactos com bastante clare"a( aceitam este engano. a*!i nasce! ento a*!ele acordo t&cito *!eforma a base m!da de todos os debates do Reichstag e da C3mara em Kerlim por !m lado ogo#erno reforma as leis a galope de caracol no interesse da b!rg!esia( elimina os entra#es fe!dais enascidos da fragmentao estatal S3leinstaatereiT ' ind7stria( cria !nidade monet&ria( de medidas ede pesos( liberdade de neg,cio( etc( p)e ' disposio ilimitada do capital( por meio da liberdade demo#imentao( a fora de trabalho da -lemanha( fa#orece o com/rcio e as falcatr!as6 por o!tro ladoa b!rg!esia cede ao go#erno todo o poder pol+tico real( #ota impostos( empr/stimos e soldados ea=!da a redigir todas as no#as leis de reforma de maneira tal *!e permanea em #igor pleno a #elha#iol4ncia policial sobre indi#+d!os mal*!istes. - b!rg!esia compra a s!a grad!al emancipao

    social com a ren7ncia imediata ao poder pol+tico pr,prio.%at!ralmente( o m,bil principal *!e torna aceitel ' b!rg!esia !m tal acordo /( no medo ante ogo#erno mas medo ante o proletariado.

    %o entanto( sendo embora lamentel a entrada da nossa b!rg!esia na cena pol+tica( no h& *!enegar *!e no aspecto ind!strial e comercial ela fa" finalmente o *!e lhe compete. O ascenso daind7stria e do com/rcio( a *!e se fe" refer4ncia na introd!o ' seg!nda edio( 92desen#ol#e!sedesde ento com !ma energia de longe ainda maior. O *!e a este respeito acontece! no distritoind!strial da en3niaVestef&lia desde 18 / perfeitamente ina!dito para a -lemanha e lembra o

    9 Ver M>ara a !esto da

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    ascenso nos distritos fabris ingleses no in+cio deste s/c!lo. E o mesmo se passar& na Dax,nia e na-ltaDil/sia( em Kerlim( ara o histori,grafo f!t!ro( o troar dos canh)es de Dpichern( ;arsla?o!r98e Dedan( e o *!e a isso

    se prende( ter& m!ito menor import3ncia na hist,ria da -lemanha de 18 a 182 do *!e odesen#ol#imento despretensioso( em progresso tran*!ilo mas constante( do proletariado alemo.Logo em 1820 pWsse aos oper&rios alemes !ma pro#a dif+cil a pro#ocao de g!erra bonapartistae o se! efeito nat!ral R o ent!siasmo nacional geral na -lemanha. Os oper&rios socialistas alemesno se deixaram ind!"ir em erro !m 7nico instante. %em !m s, imp!lso de cha!#inismo nacional sere#elo! entre eles. %o meio do del+rio mais lo!co da #it,ria( contin!aram frios( exigiram N!ma pa"

    =!sta com a ep7blica Francesa e nenh!ma anexaoQ( e nem mesmo o estado de s+tio os red!"i! aosil4ncio. Entre eles no te#e c!rso *!al*!er gl,ria das batalhas( *!al*!er pala#reado sobre aNmagnific4ncia imperialQ alem6 o se! 7nico ob=ecti#o contin!o! a ser a libertao do proletariadoe!rope! inteiro. >ode bem di"erse a !ma pro#a to dif+cil( e *!e eles passaram com tanto brilho(no foram at/ ho=e s!bmetidos os oper&rios de nenh!m o!tro pa+s.

    -o estado de s+tio da g!erra seg!iramse os processos de alta traio( de lesama=estade e de lesaf!ncionalismo( as chicanas policiais( sempre crescentes( da pa". O 4olksstaat9tinha em regra tr4s a*!atro redactores ao mesmo tempo na priso( as o!tras folhas em proporo. Cada !m dos oradoresdo partido em alg!ma medida conhecidos tinha de ir a trib!nal pelo menos !ma #e" por ano( e a+ era*!ase reg!larmente condenado. Expatria)es( confisca)es( dissol!o de re!ni)es( s!cediamse!mas 's o!tras sem interr!po. ?!do baldado. >ara o l!gar de cada !m dos presos o! expatriadosaparecia imediatamente !m o!tro6 por cada re!nio dissol#ida con#oca#amse o!tras d!as ecansa#ase o arb+trio policial n!m local a seg!ir a o!tro por meio de perse#erana e da obser#3nciarigorosa das leis. ?odas as perseg!i)es ti#eram por efeito o contr&rio do fim pretendido6 m!itolonge de *!ebrarem( o! ao menos #ergarem( o partido oper&rio( apenas cond!"iram a ele sempreno#os recr!tados e consolidaram a organi"ao. %a s!a l!ta com as a!toridades( como com os

    b!rg!eses indi#id!ais( os oper&rios por toda a parte se re#elaram como os intelect!almente emoralmente s!periores( e pro#aram nomeadamente nos se!s conflitos com os chamados Ndadoresde trabalhoQA0*!e agora so eles( os oper&rios( os homens c!ltos( e os capitalistas os boais. E nomeio de t!do isto cond!"em a l!ta predominantemente com !m h!mor *!e / a melhor pro#a decomo esto seg!ros da s!a ca!sa e conscientes da s!a s!perioridade. ^ma l!ta assim cond!"ida(n!m solo historicamente preparado( tem de proporcionar grandes res!ltados. Os 4xitos das elei)esde aneiroA1so at/ a*!i os 7nicos na hist,ria do mo#imento oper&rio moderno( e o espanto *!e

    pro#ocaram em toda a E!ropa foi completamente =!stificado.

    Os oper&rios alemes t4m sobre os do resto da E!ropa d!as #antagens essenciais. Em primeirol!gar( a de pertencerem ao po#o mais te,rico da E!ropa e terem conser#ado o sentido te,rico *!e a

    98 Em Dpichern HLorenaJ as tropas pr!ssianas infligiram !ma derrota 's tropas francesas( em de -gosto de 1820. %ahistoriografia a batalha de Dpichern / tamb/m conhecida com a designao de batalha de Forbach. Em ;arsla?o!rHtamb/m designada como batalha de Vion#illeJ( a 1 de -gosto de 1820( as tropas alems conseg!iram deter aretirada de ;et" do ex/rcito franc4s do eno( e( depois( cortarlhe a retirada. Dobre Dedan #er a nota 1.

    9 VolBsstaat HO Estado >op!larJ ,rgo central do >artido Oper&rio Docialemocrata alemo HeisenachianosJ(p!blicado em Leip"ig de 9 de O!t!bro de 18 a 9 de Detembro de 182. - direco geral do =ornal era asseg!radapor U. LiebBnecht6 -!g!st Kebel administra#a a editora. ;arx e Engels colaboraram no =ornal( a!xiliandoconstantemente a s!a redaco. -t/ 18 o =ornal p!blico!se com o nome de emoBratisches UochenblattHDeman&rio emocr&ticoJ.

    A0 -rbeitgeber( no original alemo designao mistificadora do capitalista nos pa+ses capitalistas de l+ng!a alem. e

    facto NdadorQ de trabalho / o oper&rio( embora a contragosto( nas horas de trabalho no pago( em *!e prod!" mais#alia para o capitalista. H%ota da edio port!g!esa.J

    A1 %as elei)es para o eichstag reali"adas a 10 de aneiro de 182 os sociaisdemocratas alemes conseg!iram eleger dep!tados6 entre os eleitos conta#amse Kebel e LiebBnecht( *!e nessa alt!ra c!mpriam !ma pena de priso.

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    chamada Ngente c!ltaQ da -lemanha to completamente perde!. Dem a preced4ncia da filosofiaalem( nomeadamente de ela primeira #e" desde *!e existe !m mo#imento oper&rio a l!ta / cond!"ida emharmonia e conexo e de modo planificado nas s!as tr4s facetas R na te,rica( na pol+tica e na

    pr&ticoecon,mica Hresist4ncia contra os capitalistasJ. E precisamente neste ata*!e por assim di"erconc4ntrico *!e reside a fora e in#encibilidade do mo#imento alemo.

    >or !m lado por esta s!a posio #anta=osa( por o!tro lado pelas pec!liaridades ins!lares domo#imento ingl4s e a represso #iolenta do franc4s( os oper&rios alemes foram colocados demomento na #ang!arda da l!ta prolet&ria. %o / poss+#el predi"er *!anto tempo os acontecimentoslhes consentiro este l!gar de honra. ;as en*!anto o oc!parem( temos esperana de *!e o

    preenchero tal como / se! de#er. >ara tanto so necess&rios esforos redobrados em todos osterrenos da l!ta e da agitao. Der& nomeadamente o de#er dos dirigentes esclarecerse cada #e"mais sobre todas as *!est)es te,ricas( libertarse cada #e" mais da infl!4ncia de frases tradicionais(

    pertencentes ' #elha #iso do m!ndo( e ter sempre presente *!e o socialismo( desde *!e se torno!!ma ci4ncia( tamb/m *!er ser exercido como !ma ci4ncia( isto /( est!dado. - *!esto h&de serdif!ndir com "elo crescente entre as massas oper&rias a intelig4ncia assim ganha( cada #e" maisclarificada( tornar cada #e" mais firmemente coesa a organi"ao do partido e bem assim das

    associa)es sindicais. De bem *!e os #otos socialistas de aneiro representem =& !m bonito ex/rcito(a #erdade / *!e ainda lhes falta m!ito para constit!+rem a maioria da classe oper&ria alem6 e sebem *!e se=am animadores os 4xitos da propaganda entre a pop!lao r!ral( / precisamente a*!i*!e h& ainda infinitamente m!ito *!e fa"er. \ preciso( portanto( no nos desleixarmos na l!ta( /

    preciso arrancar ao inimigo !ma cidade( !m c+rc!lo eleitoral ap,s o!tro6 mas acima de t!do /preciso conser#ar o sentido a!tenticamente internacional( *!e no deixa s!rgir nenh!m cha!#inismopatri,tico e *!e sa7da com alegria cada no#o passo no mo#imento prolet&rio( #enha ele de *!enao #ier. De os oper&rios alemes assim procederem( no marcharo precisamente ' cabea destemo#imento R no / de modo nenh!m do interesse deste mo#imento *!e os oper&rios de !ma*!al*!er nao sing!lar marchem ' s!a cabea R( mas oc!paro certamente !m l!gar honroso nalinha de batalha6 e a+ ficaro preparados( se pro#as inesperadamente dif+ceis o! acontecimentos

    poderosos deles exigirem ele#ada coragem( determinao e energia ele#adas.-ondres. 1 de /u"o de 187( riedric" Enges

    A9 Em ingl4s no texto sindicatos. H%ota da edio port!g!esa.J