folha sindical 253 abril

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FOLHA SINDICAL Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região - CUT Ano 25 - Nº 253 - Florianópolis, 27 de Abril de 2015 8 Abertas as inscrições Futebol Contas secretas 7 HSBC 4 e 5 PL 4330 Manifestações contrárias VOCÊ NA MIRA

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Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz Luiz Henrique Pinto Toniolo Jornalista Responsável: Janice Miranda (MTe-2995 DF/JP) Osíris Duarte (Mte 02538/PB) Fotos: Arquivo Seeb Ilustrações: Mendes Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica Marcio Furtado ([email protected]) Tiragem: 2.500 mil exemplares Redação: Rua Visconde de Ouro Preto, 308, Centro - Florianópolis/SC CEP: 88020-040 Fone: (048) 3224-7113 Fax: (48) 3223-3103 [email protected]

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Page 1: Folha Sindical 253 abril

FOLH

ASINDICALJornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região - CUT

Ano 25 - Nº 253 - Florianópolis, 27 de Abril de 2015

8

Abertas as inscriçõesFutebol

Contas secretas

7

HSBC

4 e 5

PL 4330Manifestações contrárias

VOCÊNA MIRA

Page 2: Folha Sindical 253 abril

Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região

SindicalFolha 2

Diretoria do Sindicato

Secretários de Comunicação e Imprensa: Cleberson Pacheco Eichholz e Luiz Henrique Pinto TonioloJornalista Responsável: Janice Miranda (MTe-2995 DF/JP) Osíris Duarte (Mte 02538/PB)Fotos: Janice Miranda e Francisca Nery (Apcef/SC)Ilustrações: Mendes

Projeto Gráfico, EditoraçãoMarcio Furtado ([email protected])Tiragem: 2.500 mil exemplaresRedação: Rua Visconde de Ouro Preto, 308, Centro - Florianópolis/SCCEP: 88020-040 Fone: (048) 3224-7113 Fax: (48) [email protected]

Expediente

Editorial

A cada dia está mais visível quem

são os principais atores que impulsionam

essa pressão a favor da precarização das

relações de trabalho, com objetivos claros

de aumentar cada vez mais seus lucros.

Um primeiro passo para entendermos

essa situação é olhar para o lucro das

grandes empresas e bancos.

As empresas que têm ações na

Bovespa, as maiores, tiveram aumento de

seu lucro da ordem de 46% em 2014, se

comparado ao lucro de 2013. Enquanto

os bancos, segundo levantamento do

Dieese, tiveram lucro superior a R$ 60

bilhões, o que significa 18,5% a mais que

Por que os banqueiros defendem a terceirização?

em 2013. Isso numa economia em que o

crescimento do PIB de 2014 ficou próxi-

mo de zero. Como se opera esse milagre?

A fórmula do sucesso veio de uma tripla

combinação: os bancos aproveitaram a

alta taxa Selic, incrementaram a cobrança

por taxas e serviços e seguem reduzindo,

a cada ano, o número de trabalhadores.

Enquanto isso as grandes empresas que

operam no mercado também se benefici-

aram com a alta da taxa Selic.

Com a perspectiva da liberação da

terceirização na atividade-fim das em-

presas o grande empresariado e o setor

financeiro se uniram contra os traba-

lhadores com objetivo claro de aumen-

tarem ainda mais seus lucros às custas

da mão de obra, tornando cada vez mais

desigual a relação capital-trabalho.

Porém, isto nos coloca diante

de uma oportunidade interessante para

enfrentar essa desigualdade, promovendo

um trabalho de esclarecimento público

sobre os verdadeiros agentes e interesses

por trás desta suposta “regulamentação”

da terceirização. Pois, se ao lado desses

esclarecimentos surgir um forte movi-

mento de defesa dos direitos sociais e

trabalhistas, também buscando mobilizar

a sociedade, então o jogo pode mudar

e a classe trabalhadora será capaz de

modificar os rumos da atual correlação de

forças no Congresso Nacional.

Page 3: Folha Sindical 253 abril

SindicalFolha 3

Em meio às paralisações nas agên-cias em Florianópolis contra a aprovação do PL 4330, no dia 15 de abril, o Sindica-to dos Bancários realizou, além da mani-festação, uma reunião com os funcionários da Agência BB Besc Central. Os Diretores Marco Silveira Silvano, Luiz Toniolo e Alcides Minosso, todos representantes li-berados do Sindicato e funcionários do BB tocaram a pauta da reunião e ouviram dos funcionários da agência as suas deman-das. A agência passa por problemas relacionados à reforma da edificação - o SEEB acompanha desde o início das obras - e que, no momento, encontram-se paralisadas, tendo em vista o abandono dos serviços pela empresa contratada. Foram levantados problemas referentes a segurança da unidade, onde foi solicitada a implantação de vigilância 24 horas, o fe-chamento imediato da tesouraria e serviço

Sindicato pressiona Banco do Brasil em reunião na Agência BB Besc Central

Vitória das mobilizações garante Caixa 100% pública

As mobilizações para defesa da Caixa 100% pública surtiram efeito. Após as diversas manifestações em todo o país, o Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que a abertura de capital da Caixa, que pre-tendia ser nos moldes do que houve com o Banco do Brasil, se restringiria a Caixa Seguridade. Joaquim Levy afirmou que não há estimativa de impacto fiscal com a abertura de capital da Caixa Seguradora. Segundo ele, a receita com a venda destes ativos, por parte do governo federal, não geram

CAIXA

BB

dos caixas, a revisão da fiação elétrica, a substituição urgente dos dois TAA que foram arrombados recentemente, o reparo urgente dos banheiros que se encontram em situação precária, dentre outras de-mandas. O Diretor e Presidente do SEEB, Marco Silveira Silvano, informou que já houve cobrança dos setores responsáveis

e que vai intensificar as ações, no sentido de formalizar à Direção do BB a necessi-dade de solução imediata dos problemas levantados ou que pelo menos, reduzam o impacto das obras sobre os funcioná-rios. Neste sentido, no dia 17 de abril, Diretores do Sindicato reuniram-se com a GEPES e entregaram ofício formalizando as demandas dos funcionários.

superávit primário de forma direta, ou seja, não entram na economia para pagar juros da dívida pública e tentar manter sua tra-jetória de queda. Trabalhadores da Caixa Econômica Federal e dirigentes do Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região foram para a rua no dia 27 de fevereiro na luta pela manutenção da Caixa 100% pública, contra a abertura de capital da instituição. No Dia Nacional de Luta em defesa da Caixa, a Diretoria do SEEB Floripa e bancári-os da nossa base se uniram para dialogar

com a população sobre a importância do

banco e o papel social fundamental para o

desenvolvimento do país que ele desem-

penha. Tais ações, somadas às demais

em todo o Brasil, fizeram, por hora, que

houvesse um recuo na posição do governo.

O SEEB Floripa entende que se

não houver pressão e vigilância contínua

do tema, poderemos ter que, novamente,

enfrentar o fantasma da abertura de capital

da Caixa. Ainda assim ficou a prova que a

mobilização dá resultados, quando direcio-

nada de forma correta e organizada.

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Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região

SindicalFolha

TERCEIRIZAÇÃO

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Após a aprovação do texto-base do PL

4330, no dia 08 de abril, onde votaram a

favor do projeto 324 deputados enquanto

137 parlamentares foram contrários e dois

se abstiveram, houveram diversas mani-

festações em todo o país condenando a

posição retrógrada da grande maioria dos

deputados que votaram a favor do projeto

de lei. Estas manifestações fizeram com

que a votação dos destaques do projeto

fosse adiada e a imagem dos deputados

ficasse prejudicada perante a sociedade.

Mesmo com toda pressão na última

quarta-feira, dia 22, a Câmara dos Depu-

tados, sob o comando de seu presidente,

o deputado federal Eduardo Cunha (PM-

DB-RJ), aprovou a emenda que autoriza a

terceirização em atividade-fim nas empre-

sas do país. Ao todo, 230 deputados vo-

taram favoráveis à emenda e 203 contra.

A proposta foi apresentada pelo relator do

projeto, o deputado federal Arthur Maia

(Solidariedade-BA).

Além da terceirização em atividade-fim, a

Câmara também aprovou a emenda que

reduz de 24 para 12 meses o tempo que

ex-empregados da contratante têm de

cumprir como funcionários contratados

para depois poderem passar a ser terceiri-

zados, caso sejam donos ou sócios de em-

presa de terceirização. O projeto também

autoriza a chamada quarteirização (que

é a possibilidade de uma empresa tercei-

rizada repassar para outra empresa os

serviços para os quais foi contratada), com

a condição de que ocorra somente em

caso de serviços técnicos especializados.

O projeto segue agora para o Senado,

onde há a expectativa de que tramite com

um pouco mais de tempo para a discussão

em plenário do que na Câmara. Ainda

no dia 22, o presidente do Senado Re-

nan Ca-lheiros (PMDB-AL) afirmou que

irá trabalhar para que naquela Casa, a

terceirização não seja aprovada “de forma

ampla, geral e irrestrita” e que trabalhará

para “evitar a supressão de direitos dos

Empresários vencem primeiro round do PL 4330trabalhadores”.

Por conta disso antes do PL ser

apreciado pelo Senado já devemos iniciar

a pressão para que os senadores se posi-

cionem contra a terceirização.

Sendo assim, segue a seguir

o contato dos Senadores catarinenses

para iniciarmos a cobrança para que os

mesmos defendam o interesse dos traba-

lhadores e votem contra o PL 4330.

Vamos mandar e-mail cobrando que os Senadores

Paulo Roberto Bauer Partido - PSDB [email protected]

Page 5: Folha Sindical 253 abril

SindicalFolha 5

Empresários vencem primeiro round do PL 4330

Dário Elias Berger - PMDB [email protected]

Luiz Henrique da Silveira - PMDB [email protected]

Page 6: Folha Sindical 253 abril

Jornal do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Florianópolis e Região

SindicalFolha 6

Privados

No dia 10 de março o Itaú encerrou as

atividades da Agência Arcipreste Paiva.

Motivo? A mencionada agência não tinha

vigilantes nem portas giratórias, quesito

básico das Leis de Segurança Bancária

(Lei Estadual nº 10.501/1997 e a Lei

Federal nº 7.102/1983).

Foi em 2014 que o banco começou

a transformar algumas agências em

agências de negócio, retirando destas

as portas giratórias e os vigilantes. Em

Florianópolis isso ocorreu na agência

Arcipreste Paiva e na Rio Branco.

Desde junho do ano passado o Sindicato

vem realizando ações para que o banco

Itaú descumpre lei de segurança restabeleça nestas unidades os itens de

segurança, pois este tipo de situação

coloca em risco a segurança de traba-

lhadores, clientes e usuários. Além de

atos nestas agências, o SEEB protocolou

documento junto a Polícia Federal soli-

citando vistoria e encaminhou denúncia

para a área de Relações Sindicais do

Itaú, relatando o estresse diário gerado

pela insegurança. A PF por sua vez,

após vistoriar as agências, concluiu pela

inexigibilidade do aparato de segurança

tendo em vista que as mesmas não têm

bateria de caixa.

A Direção do SEEB Florianópolis e Região

não satisfeita com o resultado da aval-

iação da PF, levou esse problema ao

conhecimento do Gerente Regional de

Agências do Itaú, Ricardo Amâncio.

Mesmo com toda esta movimentação,

o Itaú decidiu “simplificar” a solução do

problema e encerrou as atividades de

uma das agências, realocando os fun-

cionários em outras agências. Embora

não tenha criado nenhum problema para

os funcionários, a atitude do Banco não

foi satisfatória, pois reduz os postos de

trabalho e de atendimento ao público,

sobrecarregando o atendimento das de-

mais agências. Esta atitude não é plau-

sível diante da lucratividade alcançada

pela instituição em 2014 e não ajuda em

nada na retomada do desenvolvimento e

crescimento econômico e social do país.

Page 7: Folha Sindical 253 abril

SindicalFolha 7

Contas secretas do HSBC e a credibilidade da mídia

O escandaloso caso HSBC, que envolve contas secretas na Suíça de brasileiros, levantando fortes suspeitas de evasão de divisas, sonegação, entre outros crimes fiscais, não tem espaço na grande mídia. A Polícia Federal (PF) já encontrou indí-cios de crime nas operações dos 8.667 mil brasileiros que mantinham contas secretas no banco inglês. A notícia tem sido tratada com uma descrição ímpar pela grandes corporações da mídia, até porque muitos “barões midiáticos” tem seus nomes envolvidos no caso.

A divulgação pelo portal UOL e pelo jornal O Globo de que proprietários de importantes veículos de comunicação e jornalistas brasileiros mantiveram contas secretas no HSBC na Suíça atende a uma estratégia prévia de defesa dos “barões da mídia”. Na reportagem veiculada pelo UOL e O Globo, surgiram nomes como Otavio Frias, do Grupo Folha, que controla o UOL. E também Lily Marinho, falecida em 2011, ex-mulher do fundador das Organi-zações Globo, Roberto Marinho (também já morto).

Há ainda nomes como o do apresentador Ratinho, do SBT, Jhonny Saad, do Grupo Bandeirantes, e de José Roberto Guzzo,

colunista e membro do conselho editorial da Abril.

Mas a publicação de nomes por tais veículos de comunicação envolvidos até o pescoço no caso tenta lançar uma clara cortina de fumaça, fazendo um filtro para a história, o que não enganou muita gente. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi formada para inves-tigar o caso, mas a comissão no Senado se manifestou, por hora, apenas com relação a 126 nomes da lista de mais de 8 mil. A CPI quer que tais pessoas, apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades financeiras (Coaf), como cor-rentistas do HSPB Private Bank, agência de Genebra (Suíça), informem se, de fato, eram correntistas do banco e se declararam essas contas ao Banco Central e à Receita Federal.

Além dos proeminentes em-presários da comunicação, nomes de em-presários brasileiros de futebol aparece-ram na lista de contas do HSBC na Suíça. Homens conhecidos, que trabalham com jogadores mundialmente famosos e já fizeram negócios com a CBF.

Os nomes que vieram à tona na apuração feita a conta-gotas pelo UOL e O Globo

foram dos agentes Eduardo Uram, Reinal-do Pitta e Richard Alda - listados pela Fifa como aptos a gerenciar carreiras de jogadores no Brasil - e dos empresários Renato Tiraboschi e Octavio Koeler, que já foram sócios do ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Os empresários negam ter conta na Suíça.

Na relação dos brasileiros que em 2006 e 2007 tinham seus nomes relacionados a contas numeradas no HSBC da Suíça aparecem pelo menos cinco auditores fiscais, quatro da Receita Federal e uma da Receita Estadual do Rio de Janeiro.

Lilian Nigri, ex-superintendente de Fiscali-zação da Secretaria de Fazenda flumi-nense, está na lista. Há 12 anos, ela foi uma das personagens do escândalo do propinoduto, como ficou conhecido na época o esquema montado por um grupo de fiscais do Rio para extorquir grandes contribuintes.

Ter uma conta bancária na Suíça ou em qualquer outro país não é ilegal, desde que seja declarada à Receita Federal. São os auditores do órgão que têm a respon-sabilidade de fiscalizar o cumprimento desta obrigação.

Page 8: Folha Sindical 253 abril

Futebol

Inscrições abertas para a 20ª edição do Campeonato dos Bancários

Estão abertas as inscrições para a 20ª edição do

Campeonato dos Bancários até dia 8 de maio. As

equipes poderão solicitar suas inscrições, lembrando

que para disputar o campeonato é necessário que o

bancário pertença à base territorial do SEEB e esteja

filiado. Cada equipe pode inscrever até 16 atletas. A

competição terá início no dia 16 de maio e as parti-

das serão disputadas na Arena Fair Play, em frente

ao estádio da Ressacada.

Para solicitar o formulário de inscrição entre em con-

tato com os dirigentes Marcelo (e-mail m.reclinde@

hotmail.com) no fone 9990-9091 ou com Gijo (e-mail

[email protected]) no 9151-6998.

No dia da grande final teremos a disputa do torneio

feminino, onde as bancárias terão a oportunidade

de mostrar todo o seu talento e habilidade. As ins-

crições para o torneio feminino também se encerram

no dia 8 de maio.

Equipe campeã 2014: Beija FlorEquipe Vice-campeã 2014: Ki-suco

Equipe Terceira colocada 2014: Equipe Itaú

Equipes femininas Itaú e Bradesco