folha de são paulo,23 de abril de 2013

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DIRETOR DE REDAÇÃO: OTAVIO FRIAS FILHO ANO 93 H TERÇA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 H N O 30.701 EDIÇÃO SP/DF H CONCLUÍDA ÀS 23H54 H R$ 3,00 UM JORNAL A SERVIÇO DO BRASIL folha.com.br Desde 1921 Veja como entrar em contato com o serviço ao assinante, as editorias e a ombudsman fale.folha.com.br FALE COM A FOLHA 315.709 exemplares impressos + digitais EQUILÍBRIO TOC vira ‘mania’ com peça teatral, seriado e novas pesquisas Pág. 4 ESPORTE Barcelona deve ter Messi contra Bayern hoje D1 Bayern x Barcelona 15h45 Globo, Band e ESPN ILUSTRADA Para diretor de ‘Cidade de Deus’, TV está melhor que cinema E3 C ‘JÁ FOI APLAUDIDO HOJE?’ O taxista João Batista Santos, que oferece a clientes salva de palmas, uísque e programa de fidelidade com direito a mudas de pau-brasil Cotidiano C4 Eduardo Knapp/Folhapress EDITORIAIS Opinião A2 Leia “Carandiru+30”, acerca de demora no jul- gamento do massacre, e “Ciência com barreiras”, sobre qualidade da produ- ção acadêmica brasileira. Fusão brasileira de R$ 5 bi faz surgir gigante global de ensino O maior grupo de educa- ção do mundo, o brasileiro Kroton, distanciou-se ainda mais na liderança global ao fundir-se com a Anhangue- ra. O Cade vai analisar a tro- ca de ações avaliada em R$ 5 bilhões entre as empresas. A nova companhia terá 1 milhão de alunos e valor de mercado de R$ 13 bilhões, o dobro da vice-líder, a chi- nesa New Oriental. Mercado B1 Cotidiano C5 Advogado confessa ter estrangulado mulher até a morte em Higienópolis mundo A14 Paraguai só volta ao Mercosul se der aval a Caracas, diz Brasil Canadá prende 2 suspeitos de tramar ataque a trem para NY A polícia do Canadá anunciou ontem a prisão de dois suspeitos de planejar um atentado terrorista no sistema de trens da região metropolitana de Toronto. Segundo a polícia, os sus- peitos, estrangeiros sem ci- dadania canadense, tinham apoio da Al Qaeda e preten- diam atingir a ferrovia que liga Toronto a Nova York. As prisões ocorreram uma semana após o ataque à ma- ratona de Boston. Mundo A12 Adriano Vizoni/Folhapress Grandes empresas poderão ter mais voos em Congonhas O governo quer ampliar em 13% o número de voos de grandes companhias no ae- roporto de Congonhas. Para isso, prevê dar a essas em- presas janelas de pousos e decolagens usadas por jatos executivos e táxis aéreos. Se a medida for implanta- da, Azul e Avianca devem ser beneficiadas, e o total de passageiros no aeroporto pode aumentar. Cotidiano C1 Mercado B8 Projeto determina banco de horas válido por um ano para domésticas Mundo A14 Há graves lacunas na narrativa do que ocorreu após o atentado de Boston CLÓVIS ROSSI STF publica votos da corte no julgamento do mensalão O Supremo Tribunal Fe- deral divulgou o acórdão do julgamento do mensalão, documento de 8.405 pági- nas que oficializa o resulta- do e abre prazo de dez dias para que os advogados dos réus apresentem recursos. O procurador-geral da Re- pública defende que as pri- sões sejam cumpridas de- pois do julgamento dos pri- meiros recursos. Poder A4 ANÁLISE Mudanças no STF podem influir, escreve Joaquim Falcão. A4 C MINUTO DE SILÊNCIO Cerimônia em Boston lembra vítimas do ataque à maratona; indiciado, suspeito disse que ele e o irmão agiram sozinhos Mundo A12 Robert F. Bukaty/Associated Press Diego Hypólito, para quem ‘rituais aliviavam o estresse’ ATMOSFERA Cotidiano C2 Manhã com sol e frio à noite Mínima 12ºC Máxima 23ºC ou Não devem circular carros com placas cujo final seja: RODÍZIO Cotidiano C Governo maquia dados de bolsa de estudo no exterior Ciência sem Fronteiras computa números de outros programas como seus O Ministério da Educação computa entre os alunos do Ciência sem Fronteiras, pro- grama de estudo para brasi- leiros no exterior, bolsistas regulares da Capes, órgão do governo de incentivo à pesquisa, relata Tai Nalon. A maquiagem ocorre há pelo menos um mês e meio, mas, na sexta-feira passada, a Capes informou aos seus bolsistas regulares que eles poderão ser oficialmente transferidos para o progra- ma de estudo fora do país. Ambos os tipos de progra- ma oferecem remuneração semelhante, mas os proces- sos seletivos e a aceitação internacional são diferen- tes. No comunicado, a Ca- pes alega que a migração é para “fins operacionais”. Lançado em 2011, o Ciên- cia sem Fronteiras é caro à presidente Dilma, que quer enviar 101 mil bolsistas ao exterior até 2015. Para envol- vidos na execução, a meta é irrealista; até hoje, foram da- das 22,6 mil bolsas. Ciência C9

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DIRETOR DE REDAO: OTAVIO FRIAS FILHO ANO 93 HTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013HNO30.701 EDIO SP/DFH CONCLUDA S 23H54 H R$3,00U M J O R N A L A S E R V I O D O B R A S I L folha.com.br Desde 1921Veja como entrar emcontato comoservio ao assinante, as editorias e aombudsman fale.folha.com.brFALE COM A FOLHA315.709 exemplaresimpressos + digitaisEQUILBRIOTOC vira maniacompea teatral,seriado e novaspesquisasPg. 4ESPORTEBarcelona deveter Messi contraBayern hojeD1Bayern x Barcelona15h45 Globo, Band e ESPNILUSTRADAPara diretor deCidade de Deus,TV est melhorque cinemaE3C JFOI APLAUDIDOHOJE? Otaxista Joo Batista Santos, que oferece a clientes salvade palmas, usque e programa de fidelidade comdireito a mudas de pau-brasilCotidianoC4Eduardo Knapp/FolhapressEDITORIAISOpinio A2Leia Carandiru+30,acerca de demora no jul-gamento do massacre, eCincia combarreiras,sobre qualidade da produ-o acadmica brasileira.FusobrasileiradeR$5bi fazsurgir giganteglobal deensinoO maior grupo de educa-o do mundo, o brasileiroKroton, distanciou-seaindamais na liderana global aofundir-se coma Anhangue-ra. OCade vai analisar atro-ca de aes avaliada em R$5 bilhes entreas empresas.Anovacompanhiater1 milho de alunos e valordemercadodeR$13bilhes,o dobro da vice-lder, a chi-nesaNewOriental. MercadoB1Cotidiano C5Advogado confessater estranguladomulher at a morteemHigienpolismundoA14Paraguai svoltaaoMercosulseder aval aCaracas, diz BrasilCanadprende2suspeitos detramar ataqueatremparaNYA polcia do Canadanunciouontemaprisodedois suspeitos de planejarum atentado terrorista nosistema de trens da regiometropolitana de Toronto.Segundoapolcia, os sus-peitos, estrangeiros sem ci-dadaniacanadense, tinhamapoio da Al Qaeda e preten-diam atingir a ferrovia queliga Toronto a Nova York.Asprisesocorreramumasemanaaps oataquema-ratona de Boston. Mundo A12AdrianoVizoni/FolhapressGrandes empresaspoderoter maisvoos emCongonhasO governo quer ampliarem13%onmerodevoosdegrandes companhias noae-roportodeCongonhas. Paraisso, prev dar a essas em-presas janelas de pousos edecolagens usadas por jatosexecutivos e txis areos.Seamedidafor implanta-da, Azul e Avianca devemser beneficiadas, eototal depassageirosnoaeroportopode aumentar. Cotidiano C1Mercado B8Projeto determinabanco de horasvlido por umanopara domsticasMundo A14H graves lacunasna narrativa doque ocorreuaps oatentadode BostonCLVIS ROSSISTFpublicavotos dacortenojulgamentodomensaloO Supremo Tribunal Fe-deral divulgouoacrdodojulgamentodomensalo,documento de 8.405 pgi-nas que oficializa o resulta-do e abre prazo de dez diaspara que os advogados dosrus apresentemrecursos.Oprocurador-geral daRe-pblica defende que as pri-ses sejam cumpridas de-pois do julgamento dos pri-meiros recursos. Poder A4ANLISEMudanasnoSTFpodeminfluir, escreve JoaquimFalco. A4C MINUTODESILNCIOCerimniaemBostonlembravtimas doataquemaratona; indiciado, suspeitodissequeeleeoirmoagiramsozinhos MundoA12Robert F. Bukaty/Associated PressDiego Hyplito, para quemrituais aliviavamo estresseATMOSFERA Cotidiano C2Manhcomsol efrionoiteMnima12C Mxima23CouNo devemcircular carroscomplacas cujo nal seja:RODZIOCotidiano CGovernomaquiadados debolsadeestudonoexteriorCincia semFronteiras computa nmeros de outros programas como seusOMinistriodaEducaocomputa entre os alunos doCinciasemFronteiras, pro-gramadeestudoparabrasi-leiros no exterior, bolsistasregulares da Capes, rgodo governo de incentivo pesquisa, relata Tai Nalon.A maquiagem ocorre hpelo menos umms e meio,mas, nasexta-feirapassada,a Capes informou aos seusbolsistas regulares que elespoderoser oficialmentetransferidos para o progra-ma de estudo fora do pas.Ambosostiposdeprogra-ma oferecem remuneraosemelhante, mas os proces-sos seletivos e a aceitaointernacional so diferen-tes. No comunicado, a Ca-pes alega que a migrao para fins operacionais.Lanado em2011, o Cin-cia sem Fronteiras caro presidente Dilma, que querenviar 101 mil bolsistas aoexterior at2015. Paraenvol-vidos na execuo, a meta irrealista; athoje, foramda-das 22,6 mil bolsas. CinciaC9ababPUBLICADO DESDE 1921 - PROPRIEDADE DA EMPRESA FOLHA DA MANH S.A.U MJ O R N A L A S E R V I O D O B R A S I LPresidente: LUIZ FRIASDiretor Editorial: OTAVIO FRIAS FILHOSuperintendentes: ANTONIO MANUEL TEIXEIRA MENDES E JUDITH BRITOEditor-executivo: SRGIO DVILAConselho Editorial: ROGRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, MARCELO COELHO,JANIO DE FREITAS, GILBERTO DIMENSTEIN, CLVIS ROSSI, CARLOS HEITOR CONY, CELSO PINTO,ANTONIO MANUEL TEIXEIRA MENDES, LUIZ FRIAS E OTAVIO FRIAS FILHO (secretrio)Diretoria-executiva: ANTONIO CARLOS DE MOURA (comercial), MURILO BUSSAB(circulao), MARCELO MACHADO GONALVES (nanceiro) E EDUARDO ALCARO(planejamento e novos negcios)EDITORIAIS [email protected] ocorreuo massacre doCarandiru,em2deoutubrode1992, perto de 25% da atual po-pulao do Estado de So Paulono tinha ainda nascido. So 11milhes de paulistas que no tmlembranadaquelasexta-feiraabo-minvel eseusaldode111 mortos.Mesmo entre os pouco mais de30milhesdehabitantesdoEstadoque j estavam vivos, s uma mi-noria se recordar bem da trag-dia. MrcioFriggi, umdos promo-tores docaso, reconhecenoser oseucaso. Eletinha13anospoca.Seapassagemdotempoobscu-rece a memria dos fatos, ela tor-na manifesta a injustia de julgarcomtantoatrasoos policiais mili-tares envolvidos namatana. Noexiste explicao aceitvel para otranscurso de quase 21 anos en-tre a invaso da penitenciria e ojulgamento dos 84 denunciados.Dopontodevistados inocenta-dos, foramduasdcadasemqueti-veramdesuportar opesodas acu-saes. Paraoscondenados, olap-so serviu para que desfrutassemdeliberdadeaquenofaziamjus.Acima desses efeitos individu-ais pairaramduas consequnciascoletivas, ainda mais deletrias:durante dcadas saiu reforada apercepodequeagentes doEsta-doestariamforadoalcancedalei,enquantooJudiciriosemostravaincapaz de dar resposta satisfat-ria quela barbrie inaudita. Tocatica quanto tenha sido a inva-so, por despreparo dos policiaisou imprudncia de seus coman-dantes, oexcessodeviolnciaem-pregado ficou mais do que bvio.Somente agorase chegaaalgu-maconcluso, masnadaquesepa-rea comumdesfecho. Nesta pri-meira etapa do julgamento, esti-veram no banco dos rus 26 PMsacusados de matar 15 pessoas noprimeiro andar do pavilho nove.Trs deles foramabsolvidos.Os 23 condenados podero re-correr em liberdade. Se a previ-so do promotor do caso estivercerta, a pena ser aplicada s da-qui a dez anos. At l, sero trsdcadas de impunidade.Cadaumdos 23condenados foisentenciado a 156 anos de priso.Mas, dadas as particularidades dosistemapenal brasileiro, amaioriadeles nodeve ficar atrs das gra-des por mais de cinco anos.Issose oTribunal de Justia, aoanalisar os recursos dos rus, noabsolv-los. O coronel UbiratanGuimares, comandante da inva-so no Carandiru, foi condenadopelo jri a 632 anos de priso, em2001, mas a pena foi anulada nasegunda instncia, em2006 (anoemque ele foi morto, emcircuns-tncias nodetodoesclarecidas).Hoje, pareceimpensvel repetiruma chacina daquelas. Muito seavanou desde 1992. Falta a Justi-aagir commaior celeridadeparaconsolidartal ganhodecivilizao.Carandiru+30Julgamento pela morte de 111detentos se estende por maisde 20 anos e pode consumiroutros 10 para enfim levar oscondenados prisoOsetor depesquisacientficanoBrasil estnumaencruzilhadase-melhantedaeducao: apscres-cer emritmorazoavelmente satis-fatrio, no sabe ao certo que ru-mo seguir para melhorar a quali-dade do que fornece ao pblico.No campo do ensino, o pas ca-minha para universalizar o aces-so educao. A meta ter 98%dascrianasejovensde4a17anosna escola at o ano 2022, e a taxadecoberturaseencontraem92%.H deficincias, claro, em es-pecial nas pontas do ensino b-sico pr-escola e ensino mdio.Na faixa de 4 e 5 anos, a taxa deatendimento de 80%; na de 15 a17 anos, fica em83%.Noquetocaqualidade, as me-tasvmsendocumpridas,masso por demais modestas: chegara2022comnotas5,5noensinofun-damental e 5,2 no mdio (segun-do a metodologia Ideb).Noramodapesquisacientfica,opasinvestiunasltimasdcadasno aumento da quantidade de es-tudos. Cientistaseinstituiespas-saram a ser avaliados e financia-dos combase na sua produtivida-de. Colheram-se bons resultados.De acordo com levantamentodesta Folha na base de dados in-ternacional Scimago, pesquisado-res brasileiros publicaram poucomenos de 14mil artigos, em2001,nos peridicos de primeira linha.Isso punha o pas na 17 posioda classificao mundial de cam-pees dacincia, dominadaentopor EUA, Japoepases europeus.Em2011, oavanoeravisvel. Fo-ramquase 50mil trabalhos publi-cados, ou3,6vezes aproduodedez anos antes. Comisso, o Brasilpassou a ocupar o 13 lugar.Bemoutro o quadro da quali-dadedessestrabalhos, tradicional-menteavaliadapelamtricadasci-taes (sobopressupostode que,quanto mais menes um artigopublicadoreceber emoutros estu-dos, maiseletercontribudoparaoconhecimentocientfico). Nestequesito, apesquisabrasileiracaiuda 31 para a 40 posio duranteo perodo considerado.Aconclusoqueseimpequeos cientistas doBrasil produzirambem mais, mas com impacto de-crescente sobre a pesquisa mun-dial. H muitas explicaes e jus-tificativas paraisso, doprovincia-nismodacincianacional (publi-ca-se muito em peridicos regio-nais, debaixarepercusso) sbar-reirasburocrticas(importaodemateriais, por exemplo).Ter mais mestres e doutores nopas assimcomo ter todos os jo-vensnaescolaalgopositivo. Fi-xar-se emgrandes nmeros, con-tudo, comofaz oprogramadebol-sas Cincias sem Fronteiras, estlonge de ser suficiente.Cincia combarreirasNo prximo dia 27, a Isln-diaelegerseuprximogover-no. Smbolo do sucesso de po-lticas heterodoxas no comba-tecrisefinanceiraatual, ailhaescandinavaostentouumcres-cimentode quase 2%em2012,com um desemprego de ape-nas 5,8%. Ela j vinha de umcrescimento de 2,6%em2011.Semdesmontar seusistemade assistncia social mesmonos momentos mais dramti-cosdacrise, aIslndiafoi labo-ratriode polticas inimagin-veisemoutrospaseseuropeus.Por exemplo, famlias cujovalor global de suas dvidasbancriasultrapassavamova-lor de110%deseus imveis ti-veramtais dvidas perdoadas.AlgomuitodiferentedepasescomoaEspanha, generosaemcenas de famlias sendo des-pejadasdesuascasasparapa-gar emprstimos bancrios.Emumplebiscitohistrico,a populao recusou-se atransformar a dvida privadados bancos emdvida sobera-nadoEstado. Comoos bancosislandesesforamgenerososememprstimosparaingleseseholandeses, umadecisodessanaturezaequivaliaaumadeclaraodeguerracon-tra os governos dos dois pa-ses. Mesmoassim, htrs me-ses, a corte da EFTA (The Eu-ropeanFreeTradeAssocia-tion) deu ganho de causa aosislandesesafirmandoqueoEs-tado no tinha obrigao al-gumadepagar acontadeseusbancos. O peso de tal dvidateriaquebradocompletamen-te a capacidade do Estado dereaquecer a economia.Comosenobastasse, os is-landeses compreenderamqueamelhor respostapolticacon-tra a crise no era entregar ogoverno para tecnocratas, co-movimosnaItliaenaGrcia,mas reforar mecanismos dedemocraciadireta,transpa-rncia e controle popular. As-sim, umprocessodefortepar-ticipaodeuensejoaumano-va Constituio, que garantiaaposseestatal dosrecursosdopas e ampliava o controle dapopulaosobre os governos.No entanto, todas as pes-quisasdeopiniodemons-tramqueacoalizoesquerdis-ta no governo provavelmenteperder as eleies. H de seperguntar arazoparatal apa-renteparadoxo. Paradoxoain-da maior se levarmos emcon-ta que boa parte do descon-tentamentocomoatual gover-noestemsuaexcessivacon-teno. Foi por isso, porexemplo, que a mais influen-te central sindical da Islndia(AS) retirou seu apoio.Mas oparadoxose dissolvese lembrarmos que os islan-deses perceberam que pode-riamir mais longe. Por exem-plo, adecisode colocar ane-gociao com os bancos emplebiscito foi uma deciso dopresidentecontraoParlamen-to, comandado pelo governo.Apartir deste momento, a ba-talha simblica pela ousadiafoi ganha pelo presidente. OParlamentoapareceucomoexcessivamente contido. Omesmo Parlamento que ago-ra ir embora.VLADIMIR SAFATLE escreve s teras-feirasnesta coluna.Morrer semousarV L A D I MI R S A F AT L ESO PAULO - Por que jovens quecresceram e estudaram aqui [nosEUA] e eram parte de nossa comu-nidade e de nosso pas recorrerama tal violncia?, indagou-se Bara-ckObamaapsaprisodeDzhokharTsarnaev, suspeito de ter plantadoas bombas namaratonade Boston.Emoutras palavra, o que levou umgaroto, descritocomodoceeamigvel por quemoconhecia, apraticar umato de terror?Nas ltimas dcadas, psiclogose socilogos que se dedicarama es-tudar o mal chegaram a conclu-ses interessantes. A mais polmi-ca a de que o puro mal s existeemnossascabeas. Deummodoge-ral, at o mais frio assassino acredi-ta ter razes que justificamseuato.Apersonalidade, claro, importa.Psicopatas e narcisistas, por exem-plo, tmmaior chance de envolver-seemagresses(ascadeiastmpro-porcionalmente mais pessoas comesse perfil do que a populao ge-ral), mas isso s parte da histria.Experimentosconduzidosporpsi-clogossociaismostraramquemes-mo pessoas tidas como normais co-metemverdadeirasbarbaridades, seasituaoaslevar aisso. PhilipZim-bardo, por exemplo, fezcomquees-tudantesdeStanfordrepresentandoopapel deguardasnumapenitenci-riafictcialogopraticassemabusosmuitoreaiscontraseusprisioneiros.Oquealiteraturapsicolgicamos-tra que a maioria dos atos de vio-lnciaecrueldadepodeser reduzidaapoucas causas principais. Naclas-sificaopropostaporJonathanHai-dt, as duas primeiras soambioesadismo, mas elas tm pouca rele-vnciaprtica. raroalgummatars para ter lucro e mais ainda paraextrair prazer. As outras duas soalta autoestima e idealismo moral.Curiosamente, so duas caracters-ticas que tentamos incutir em nos-sos filhos desde pequenos. E, quan-do elas se combinampara produzirum sujeito cheio de si acreditandoagir amandodeumDeusoudeumaideologiainfalveis, opior [email protected] malH L I O S C H WA R T S MA NBRASLIA- AsbombasnosEUAain-danototalmenteexplicadas, aeco-nomia da Europa devagar, as ame-aas da Coreia do Norte, as incerte-zas em relao ao Ir, as intemp-ries na sia e a fome na frica.Nobastasse, temosagoranaAmrica do Sul dois polos que secontrapemferrenhamente. De umlado, a Venezuela chavista est va-zia de Chvez e entupida de pro-blemas. De outro, o Paraguai voltaaos poucos Unasul e ao Mercosulcom um presidente eleito, HoracioCartes, podre de rico numpas mui-to pobre, alm de suspeito de con-trabando,lavagemdedinheiroeotras cositas ms.Temposdifceisviro. OBrasil pre-cisa urgentemente recuperar a for-a e o equilbrio da sua diplomacia,para exercer a liderana que lhe ca-be naturalmente, como pas maior,mais populoso, mais ricoedemaiorinsero internacional na regio.O primeiro passo voltar cabe-ceiradamesa, masoprincipal dei-xar a ideologia de lado e atuar comreal diplomaciaemaispragmatismo.Os problemas internos dos outrosso problemas internos dos outros.Ataqui, oBrasil tratoudemodosdistintosasquestesinternasdoPa-raguai e da Venezuela. O ex-bispoFernando Lugo foi deposto emtem-porecorde, maspeloCongressoepe-laJustiaecomapoiodaIgrejaCat-lica e umcerto conformismo da po-pulao. Apesar disso, o Brasil arti-culou a suspenso do Paraguai doMercosul e da Unasul.J Maduro foi eleito por margemmuitoapertada de votos e numpro-cesso sob suspeio tanto que hrecontagem, mas Dilma correu areconhecer a vitria e cumprimen-t-lojnoprimeirominuto. Doispe-sos, duas medidas.AdemoradeDilmaparatelefonaraoparaguaioCarteseaversodequehpressesparaqueoCongressodopas aprove a Venezuela no Merco-sul somausprenncios. Lideranaumacoisa, arrognciaoutrabas-tante [email protected] ponta cabeaE L I A N E C A N TA N H D ERIO DE JANEIRO - Polmicas h,por a afora, em busca da verdadeousoluo. Comosenobastassemas discusses que chateiam o ho-memdesdeoinciodostempos(Deus existe? De onde viemos? Pa-ra onde vamos?), volta e meia apa-recem polmicas que nunca che-gama umresultado.Umadelas,que,sendocclica,ameaa tornar-se eterna, sobre amarcade cigarros que Noel Rosafu-mava. Osespecialistasnoassuntojsedescompuseram, fizerampesqui-sas, ouviram fontes e no se che-gou a nenhuma certeza. Para uns,Noel fumava Liberty ovais. Para ou-tros, Yolanda (com y mesmo) tam-bmovais. Opontopacficooovais.Nem o Ruy Castro ousou discreparda ovalidade ou ovacidade ou ova-cuidade dos cigarros fumados pelocantor da Vila.Alm da marca do cigarro, cria-ram-se teses e antteses a respeitode Noel. Por exemplo: ahorade suamorte. H tratados sobre o assun-to, mas as discordncias so tantase tais que se pode duvidar da mortedele. DevastadoraangstiasobreainjeoqueNoel tomoupoucoantesdemorrer. Jforamcitadasacnforaeamorfina, havendocorrentedeopi-nioqueoptoupeloTonosfosfan,produto emvoga naquele tempo. OnmerodacasaemqueNoel nasceu to inquietante quanto o nmeroda casa onde ele morreu.Hummritonissotudo: voaca-bar negando-lhe a existncia. E, talcomo Homero e Shakespeare, Noelserconsideradoummixdediver-sos autores.Mas nemsde Noel vive uma po-lmica. Que as h, vrias e compli-cadas, as h. Acontece que no mepagampara fomentar polmicas. Onico fomento que me permitem o fomento da agricultura e j a fo-mentei devidamente mandando osdesafetos plantar batatas.Athojehpolmicasobreoadul-triodeCapitu. Evitandomais uma,Daniela Mercury saiu do armrio.PolmicasC A R L OS H E I T O R C O N YA2opinio HHHTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013ab TERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHopinioA3Hospitais privadosLendo a reportagemLongaespera vira rotina ememergn-cias infantis de SP (Cotidiano,ontem), posso concluir trs coi-sas sema mnima possibilidadede errar. Primeira, que o princ-pio fundamental do comrcio, di-reito sagrado de receber pelo quej pagou, no Brasil uma coisatotalmente irrelevante, nenhumaempresa respeita o consumidor.Segunda, que as agncias nacio-nais e rgos fiscalizadores noesto nema. Terceira, que a ges-to na rea da sade no pas semostra frgil, pois tanto na reaprivada como na pblica as coi-sas esto periclitantes.SERGIOTAKEOMIYABARA (So Carlos, SP)HApropsito da reportagemso-bre emergncias infantis, pre-ciso dizer que a situao no serestringe cidade de So Pau-lo. Os consumidores de serviosde sade esto refmde empre-sas que cobrampreos abusivose oferecemservios de baixa qua-lidade. E no temos a quemre-correr para nos defender dessainjustia. Novamente, cabe im-prensa dar voz aos que esto sen-do lesados emseus direitos. verdade que os mdicos rece-bempouco por seutrabalho e oshospitais cortamcustos comre-duo de funcionrios. Enquantoos burocratas da administraodos planos de sade s pensamemvender e lucrar no caos emque se encontra a sade pblica.MRCIOMARIGUELA (Piracicaba, SP)Massacre do CarandiruOs condenados pelomassa-cre doCarandiruforamsenten-ciados a156anos, nopodemper-manecer mais de 30anos e devemsair emcincoanos dacadeia(PMcondenadopor Carandirudevecumprir s3%dapena, Cotidia-no, ontem). Dparaentender?VICTOR GERMANOPEREIRA (So Paulo, SP)HLeio, atentamente, na co-luna 20 anos depois (Opi-nio), de Vinicius Mota: Deque adianta finalizar o primeirodos quatro julgamentos do mas-sacre do Carandiru mais de 20anos depois do fato?.Fico surpreso coma ideia lan-ada e lembro ao articulista que,quando a lei n 9.299/1996 deter-minoua remessa dos processosque envolviamPMs acusados dehomicdio doloso contra civis pa-ra os Tribunais do Jri, o proces-so do Carandiru j estava ins-trudo e pronto para ser julgadono Tribunal de Justia Militar deSo Paulo.Logo, h 13 anos j poderia es-tar resolvida a situao dos 79PMs acusados naquele processo.Agradeamos, penhoradamente,aos que assumiramo poder de-pois de 1985, tamanha faanha!ANTONIOCNDIDODINAMARCO, advogado(So Paulo, SP)Atentado nos EUAEmtrs dias, a polcia dos Es-tados Unidos consegue identifi-car e capturar os dois bandidos(terroristas) emmeio a milharesde pessoas na maratona de Bos-tone aqui, mesmo comcmerasque filmam, no conseguemse-quer identificar e muito menosprender umcriminoso que agesozinho durante umassalto emumsemforo. Valha-me Deus!LUCILIA COSTA (So Paulo, SP)HPerfeito o comentrio de RuyCastro na Folha de ontem(Ex-ploses reais, Opinio). Sem-pre pensei que muito fcil paraos americanos fazeremguerra noquintal dos outros.Briga-se no Iraque, no Afega-nisto e onde mais for, e o nme-ro de civis americanos mortos praticamente nenhum, enquan-to que iraquianos e afegos mor-remaos milhares. Semdvida, seas guerras comearema ser tra-vadas tambmnos EUA, os resul-tados sero bemdiferentes.MARCELA VERGNA BARCELLOS SILVEIRA(So Paulo, SP)Paulo MalufComrespeito reportagem(Prefeitura agora busca patri-mnio de Maluf no exterior,Poder, 21/4) o patrimnio dePaulo Maluf no pode ser motivode ao da Prefeitura de So Pau-lo. Na sentena da Corte da Ilhade Jersey, o nome de Paulo Malufno mencionado, portanto, eleno ruda ao.Paulo Maluf tambmno temdinheiro na Frana, Luxembur-go, Sua ououtros lugares comoinsinua o texto.ADILSON LARANJEIRA, assessor de imprensa dodeputado Paulo Maluf (So Paulo, SP)FutebolParabns ao caderno Ilustrs-sima deste domingo pela publi-cao do excelente texto Infn-cia destino, do escritor e jorna-lista mexicano JuanVilloro, so-bre o mais importante jogadorde futebol da atualidade, LionelMessi, artilheiro do Barcelona.ELVIS GOMES (Divinpolis, MG)HEmentrevista Folha (Cris-tiano Ronaldo mais fantsticodo que Messi, Entrevista da 2,ontem), Felipo afirmou queRonaldinho e Kak no devemjogar juntos.Pois euacho que os dois deve-riamsim, jogar juntos. Prova dis-so, que a melhor apresentaoda seleo brasileira nos ltimosdez anos foi comos dois emcam-po: Brasil 4 x Argentina 1, no fi-nal da Copa das Confederaesde 2005, na Alemanha.Aquela final foi uma verdadei-ra aula para os argentinos. Ro-naldinho gnio, Kak, perfec-cionista. Eles me lembrammuitouma dupla que, na seleo, en-cantouo mundo: Zico e Scrates.LUIS GUSTAVOR. ANTUNES (Belo Horizonte, MG)IlustradaPssima ideia de no publicarmais a coluna Vanessa v TV.Gostava muito da coluna e dasilustraes de gueda Horn.LVAROWOLMER (So Paulo, SP)MUNDO (28.MAR, PG. A12) Diferen-temente do publicado na reporta-gem Papamania, desde 1980 opercentual de catlicos no Brasil inferior a 90%, segundo dadosdo Censo.COTIDIANO (22.ABR, PG. C8) Dife-rentemente do publicado, a fotoqueacompanhouareportagemUnidade que abriga Champinhapode ser fechada no mostra aunidade experimental de sadeonde est Roberto Aparecido Al-ves Cardoso. O local um centrosocioeducativo da Fundao Ca-sa. O mesmo texto informa erro-neamente que o interno foi con-denado por duplo homicdio. Naverdade, eleculpadopeloassas-sinatode LianaFriedenbach, masno pelo de Felipe Caff.COTIDIANO(22.ABR, PG. C7) O no-me da advogada Ieda Ribeiro deSouza foi grafado erroneamenteno texto No a vontade da so-ciedade, diz defesa.FOLHA CORRIDA (14.ABR, PG. C12)NaseoOque eles disseram, osobrenome de Mucki Skowronskifoi grafado incorretamente comoSkowronksi.Os artigos publicados com assinatura no traduzem a opinio do jornal. Sua publicao obedece ao propsito de estimularo debate dos problemas brasileiros e mundiais e de reetir as diversas tendncias do pensamento contemporneoTENDNCIAS /[email protected] twitter.com/FolhadebateA seo recebe mensagens por e-mail ([email protected]), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Baro de Limeira, 425, So Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.PAINEL DO LEITORERRAMOS [email protected] e manter um qudruplopadrosanitrionacarnealmdeser bizarrodopontode vista legal ecientficorevelaumcinismoeumpreconceito social difceis de con-ceber empleno sculo 21.Aosetornar, recentemente, gran-deexportadordecarne,oBrasiladotou para o segmento cuidadosque visam proteger o consumidorde fora e respondem a critrios in-ternacionais.So cuidados ainda mais rigoro-sos doqueaqueles usados pelains-peofederal (SIF), que, por suavez,se aplica a menos de dois teros dacarne consumida pelo brasileiro egarantecertasegurana, emborain-ferior do produto exportado.Depois vem o resto, meramentecarimbado com selos estaduais emunicipaisque, deacordocompes-quisa recente, nem sequer garan-tem, em cerca de 80% dos casos,queoanimal tenhapassadopor umveterinrio, de forma semelhanteaoqueocorrenoabateclandestino.Nasltimassemanas, oconsumi-dor brasileiroficouchocadoaodes-cobrir que ele nomerece omesmorespeitodoconsumidor global eain-da vtima de uma paradoxal dis-criminaopraticada por suas pr-priasautoridades, asqueelegeepa-ra as quais paga impostos.Cabemencionarumagravantecruel. Oexpressivoaumentonocon-sumo de carne bovina nos ltimosanosveiodedoissegmentos: oprin-cipal o dos novos includos, quesaemda pobreza, e o segundo dofoodservice, querepresentaocon-junto do que se come fora de casa.Noprimeirocaso, trata-sedocon-sumidor maisvulnervel, menosin-formado e que mais se pauta ape-nas por preo: esse o principalconsumidor dacarnenoinspecio-nada. Orgulhoso de proporcionarparasuafamliaumavano, nosa-be que est colocando em risco asade dos seus.No segundo caso, onde a carnejvemcozinhadaenosetemchan-ce alguma, portanto, de checar atmesmo se ela traz umselo do SIF.Dessaforma, oconsumoaumen-ta exatamente nos dois segmentoscom menor transparncia e possi-bilidade de discernimento. Porquestes de preo, so tambm ossegmentos queabsorvemamaioriada carne de risco.O que vem com a carne no ins-pecionadanoapenas apotencialtransmissodedoenasdifusas,mas s quais difcil atribui umaorigemprecisa.Tambmchegamcommais faci-lidade substncias proibidas usa-das nos animais, assim como car-nesoriundasdeoutroscrimesepr-ticas danosas para a sociedade co-mo umtodo, tais como descarte dedejetos, poluio da gua, desma-tamento, emisso de gases estufa,trabalhodegradante, evasofiscal.Isso porque a presso do Minis-trio Pblico e da sociedade orga-nizadacomeouater impactorazo-vel nas empresas principais, masnochegaat agrande maioriadosmais de 1.500matadouros e frigor-ficos que existem no pas fora osclandestinos.Orepdiodasociedadeatual si-tuaoumaoportunidade: aoexi-girmosofimimediatodoqudruplopadro e da omisso por parte deuma expressiva minoria de veteri-nrios coniventes, teremos criadoascondiesparaorganizar acadeiaemcimados trs atributos-chavedaboa carne: qualidade, sanidade eimpacto socioambiental positivo.Foi oque ocorreucomocaf bra-sileiro na dcada passada, quandoofimdas fraudes aoconsumidor foiacompanhado pela articulao dacadeia, pelabuscapor excelnciaepeloinvestimentoemtodaacadeiade valor.Chamoaqui os setores mais aber-tos daindstria, dovarejo, dos pro-dutores e da sociedade civil paraconstruirmos parcerias ousadas einovadoras, dispensando precon-ceitos, hipocrisia e demagogia.OBrasil merece. Obrasileiro,mais ainda.ROBERTOSMERALDI, 53, jornalista, diretor daOscip Amigos da Terra - Amaznia Brasileira e autordo Novo Manual de Negcios Sustentveis(Publifolha, 2009)Somam-se, nopontificadodeFrancisco, os sinais de uma radicalalteraodoregimedopontificado,tanto no desbarato da Cria quan-tonaemergnciade umavisoglo-bal dos novos rumos aseremtrilha-dos pela igreja.Deles, semdvida, odemaior al-cance a criao do colegiado decardeais, detodas as regies doglo-bo, para pensar a renovao de umcatolicismo, de fato, abertoaos si-nais dos tempos, na esteira, cadavez mais ntida, da mensagem doVaticano 2.O papa insistiu, ao mesmo tem-po, emcomoquer sobrelevar oman-dato do bispo de Roma em relaoaodopontificadoclssico. E, nessamesmalinha, edelogo, retornar aoscolegiados dos primeiros sculos e,sobretudo, romper comatendnciacentralizadora da associao entreo papa e seu secretrio de Estado,no duo do poder no Vaticano.Paulo6, inclusive, reforariaes-testatus quo, nocaminhodos l-timos pontificados e, em especial,nobinmioRatzinger-Bertone, queatendiavocaoespiritual dopon-tfice, aspirante, at, a uma quasevidamonstica, talvez determinan-te na sua renncia.AdeterminaodopapaFrancis-co comprometia-se com um novoanncio, atravs dos trs minutosda sua fala preliminar ao conclave.Encarnou, semvolta, aaspiraoaumaigrejaproftica, aocondenaro narcisismo teolgico, no luxodos bem pensantes, voltado paraumaespiritualidade mundana, euma autossuficincia no confortoda f, na rejeio do verdadeiro es-prito missionrio.Aevidncia da escolha se consa-grounarapidez doconclave. Os si-naisdostempos, traduzidosnoim-pacto das primeiras aparies deBergoglio, somarammudanadotomaquebradas expectativas cls-sicas do povo de Deus.AgigantescamissadaPscoa, napraa So Pedro, reunindo mais de250mil pessoas, ouviuopapapedirmomentos desilnciomassa, are-clamar uma reflexo interior, e aquebra imediata das ditas consci-nciassatisfeitasdamornidocatlica.Na marca do novo anncio, re-percutiu a leitura da missa em ln-guas sucessivas, aquenofaltaramos idiomas eslavos e, sobretudo, apercutente fala emchins.NosorrisodeBergoglio, irrompiaorecadodessafirmezacomternu-ra, querecomendouprpriaCris-tina Kirchner. E a mensagem deci-sivacontraoperigodasascesesego-stas, ou das pompas litrgicas, alevar a uma igreja exilada, pelo es-petculo e pela autorreferncia, doanncio missionrio da boa-nova.CANDIDOMENDES, 84, membro do Conselho dasNaes Unidas para a Aliana das Civilizaes,membro da Academia Brasileira de Letras e daComisso Brasileira de Justia e PazBoa carne brasileira, para o brasileiroFrancisco, o peregrino do novoR O B E R T O S ME R A L D IC A N D I D O ME N D E SO aumento recente noconsumo de carne bovinase deu nos setores que, porquesto de preo, absorvem amaioria da carne de riscoEm sua fala preliminar aoconclave, Bergoglio encarnou,sem volta, a aspirao a umaigreja proftica, ao condenaro narcisimo teolgicoHerman TacaseyLEIA MAIS CARTAS EMwww.folha.com.br/paineldoleitorSERVIOS DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE: [email protected] So Paulo: 0/xx/11/3224-3090OMBUDSMAN: [email protected] 0800-015-9000RECURSOSAs defesas tentaro dois tipos de apelaoEmbargos infringentes*OSTF ainda vai decidir seas defesas podero pediruma nova anlise dos fatosemcaso de condenaopor placares apertadosEmbargos de declaraoEsse tipo de recurso servepara esclarecer obscuri-dades, omisses econtradies na decisofinal do julgamento2.maiTermina o prazopara a apresenta-o dos recursos.JULGAMENTODOS RECURSOSOs ministrosdoSupremo devemjulgar os recursosapresentadospelos rus, masainda no hprazo para issoacontecer.NOVOSACRDOSAs penas scomearo a sercumpridasquando todos osrecursos foremjulgados e seusacrdos forempublicados.PERDA DEMANDATOSOSTF determinouque os polticoscondenadosdevemdeixarseus cargos, o ques deve ocorrerdepois da anlisedas apelaesCALENDRIO DO MENSALOPublicao oficial da deciso do julgamento defineprazos para os prximos passos do processo*Oregimento interno do Supremo diz que os embargos infringentes s podemserpropostos aps o julgamento dos de declarao. Alguns advogados, porm, pretendempropor os dois recursos ao mesmo tempo, o que deve antecipar o debate, pelo STF, sobrea possibilidade destes questionamentosOntemA deciso final,chamada de acr-do, foi formalmentepublicada, comvotosdos ministros eprincipaisdebatesHojeComea a contar oprazo de dez diascorridos para queos advogados dosrus do mensaloapresentemosrecursosAvant-premireComomotedequepossvel fazer maisnoBrasil,oPSBusarseuprogramadeTV, naquinta-feira, paraapresentar EduardoCampos ecriticar, indiretamente,ogovernoDilmaRousseff. Napea, Campos diz que precisoenfrentarainflao, apontafaltadeplaneja-mentoemsetores comoode energiae condenaquemacha que pode fazer tudo sozinho. O governador epresidencivel dizqueajudounasconquistasdoPT,mas que o pas pede para que se faa muito mais.AcenoAomostrar experi-ncias exitosas do partido, apropagandadoPSBincluiuoprogramadealfabetizaonaidadecertadogovernodeCidGomes, noCear. Ogoverna-dor e seu irmo, Ciro, resis-tempostulaodeCampos.Jornada... Acusadadeintegrar aquadrilhaque pra-ticava trfico de influnciaem rgos do governo, des-cobertanaOperaoPortoSeguro, Rosemary Noronhaviajou para o exterior j en-quanto chefe do gabinete deDilmaRousseff emSoPaulo.... duplaRose esteve emMadri, na Espanha, no finalde2011, durantevisitadeLuiz Incio Lula da Silva aopas. A viagem foi a ltimadoex-presidenteantesdoin-cio do tratamento contra umtumor maligno diagnostica-do na laringe. No h regis-tros de autorizaodogover-no para esse deslocamento.Para depoisO Planaltopediuaosenador RomeroJu-c (PMDB-RR) que segure aminuta do projeto de regu-lamentao do trabalho do-mstico. Surpreso com a ra-pidez com que o texto ficoupronto, o governo quer ago-rabarrar areduodaalquo-ta do INSS de 12%para 8%.DeixaassimDurantevi-sita a Minas, na qual encon-trouogovernadorAntonioAnastasia e o senador AcioNevesanteontem,JoaquimBarbosa foi questionado so-bre a criao dos quatro no-vos tribunais regionais fede-rais. Opresidente doSTFrei-terouser contrriomedida,segundo ele, desnecessria.Palanque Reunidoon-tem com deputados do PT,PMDB, PC do B e PRB, Fer-nando Pimentel (Desenvol-vimento) deu sinais de quepretende concorrer aogover-no de Minas. Pela primeiravez ele fez discursode candi-dato, diz umparticipante.Ocara Pr-candidatoaogovernopaulista, Pau-lo Skaf (PMDB) estrela cam-panha publicitria da Fiespemque se apresenta como opai do sistema Sesi/Senai.As inseres foram produzi-das por DudaMendona, seumarqueteiro em2010.Make-up Comanot-cia da filiao do cirurgioplstico Robert Rey, o Dr.Hollywood, ao PSC de Mar-co Feliciano, um deputadobrincou: Pelo menos no geldo cabelo eles combinam.Valeapena... BeatrizSegall, Odilon Wagner, Ca-co Ciocler e Daniel Boaven-tura participam hoje na C-marade atodaUNEemfavordo projeto que regulamentaa meia-entrada. Otextodeveser votado hoje na CCJ.... ver de novo A enti-dade argumenta que, com asano da proposta, 9.000agremiaesestudantisnopas podero emitir carteiri-nhas, desde que certificadaspeloInstitutoNacional deTecnologia da Informao.Veja bemA despeito dodesejode aliados de lan-lopresidnciadoPTpaulista-no, FranciscoChagas diz queseufoco nomandatode de-putado. Minhapreocupao apoiar FernandoHaddad.VisitaFolhaHenriqueEduardoAlves, presidentedaCmarados Deputados, visi-touontema Folha, aconvitedo jornal, onde foi recebidoem almoo. Estava acompa-nhado de Sandra Incio, as-sessora de imprensa.Os menores que Alckmin deseja punir commais rigor nascerame cresceramao longoduas dcadas de gesto tucana emSo Paulo.DO DEPUTADO ENIO TATTO (PT), primeiro secretrio da Assembleia paulista,sobre a proposta do governador de mudar o Estatuto da Criana e do Adolescente.Quem manda na triboDurante sesso de instalao do Grupo de Trabalhosobre a Questo Indgena, quinta-feira passada na C-mara, Chico Alencar (PSOL-RJ) se disse impressionadocoma capacidade de mobilizao dos ndios.Vocs foramrecebidos de imediato pelo nosso tu-xaua, Henrique Alves, e pelo ministro JoaquimBarbosa.Mas alguns deputados correramde ns no plen-riolembrouRildo Kaingang, coordenador da Articula-o dos Povos Indgenas da Regio SulSonia Guajajara, lder na Amaznia, completou:E a cacique maior do pas nunca nos [email protected] VERA MAGALHESdcom FBIO ZAMBELI e ANDRIA SADIEFpoderTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013A4BANESTADOJustia extinguepunio decondenadospor fraudePg. A8 hTELEVISOCom PT no poder,fatia da Globo napublicidade dogoverno caiPg. A10 hDE BRASLIAOSupremo Tribunal Fede-ral divulgouontemoacrdodo julgamento do mensalo,documento de 8.405 pginasque oficializa o resultado eabre prazo de dez dias paraque os advogados dos rusapresentemrecursosparaten-tar reverter as condenaes.Composto por um resumodas decises dotribunal epe-los votos de todos os minis-tros da corte, o texto come-ou ontem mesmo a ser es-quadrinhado pelos advoga-dos, queprecisamapontar in-consistncias e contradiespara justificar seus recursos.Ojulgamentodomensalofoi omais complexodahist-riadoSupremoelevoucon-denaode25pessoasporsuaparticipao num esquemade corrupo que distribuiumilhes de reais a polticosque apoiaram o governo noCongresso durante a gestoLula.Osadvogadosteroatodia2 de maio para propor os em-bargos de declarao, recur-sosquepodemquestionarapenascontradies, obscuri-dades ouomisses nos votos.Os embargos infringentes,principal apostados advoga-dos, sseroanalisados pos-teriormente. Ontem, oprocu-rador-geral daRepblica, Ro-berto Gurgel, defendeu queas prises sejam cumpridasassimqueos primeiros recur-sos foremjulgados.Cincoministroselimina-ram da publicao do acr-do parte das intervenesorais quefizeramaolongodocaso, substituindo as falas edebates por votos escritos.Ao todo, 1.335 falas profe-ridas em plenrio foram su-primidas. Aprtica comumno Supremo e permitida pe-loregimento,maschamouatenodeintegrantes dotri-bunal o fato de Luiz Fux, umdos ministros quemais inter-feriramnojulgamento,teroptado por apagar todas assuas manifestaes orais.Oministro Celso de Mello,apesar de ter mantido diver-sasintervenesfeitasaolon-godojulgamento, apagou805 de suas falas.FolhaeledissequeoSTFobriga que sejam mantidasapenas as falas dorelator, dorevisoroudoministroqueprimeiroproferiuumvotodi-vergente, equeoptouporapagar suas falas para agili-zar a publicao do acrdo.H anos, o ministro costu-macancelar intervenesquejulga j terem sido apresen-tadas por outros ministros ouque sejamdesimportantes.Sointervenessecund-rias. Aata[resumodadeciso]revelamuitobemaminhapo-sio, afirmouo ministro.CelsodeMellomantevepar-tes que julgou importantes,comoquandodefendeodirei-to dos rus de recorrerem CorteInteramericanadeDirei-tosHumanosnaOEA(Organi-zao dos Estados America-nos) e a viabilidade dos em-bargosinfringentesrecursosque, emcasodevotaesAdvogados dos rustero dez dias paraanalisar documentoe apresentar recursospara rever condenaesAcrdo comdecises do julgamento e ntegra de debates soma 8.405 pginasSTFliberavotoseabreprazoparaapelaesnomensaloapertadas, podemmudarore-sultado do julgamento.Ministros ouvidos pelaFo-lhaavaliamquearecentede-cisoque dobrouoprazopa-ra advogados entrarem comrecursospodetambmgaran-tir umnovo julgamento paraos rus que foram condena-dos por placares apertados.A assessoria de Fux disseque o cancelamento total foifeito porque a repetio docontedo dos votos escritosnas notas taquigrficas gera-riaindesejadoaumentodon-merodepginasdoacrdo.Eletambmlembrouqueocontedodas53sessesforamgravadas em udio e vdeo eestodisponveis na internet.O ministro Dias Toffoli re-tirou cinco falas, uma delasinaudvel, segundo o vdeodisponvel no canal do STFnoYouTube, e outra era ape-nas um comentrio sobre oandamento de um processosemrelaocomomensalo.(FELIPE SELIGMAN, MRCIO FALCO ERUBENS VALENTE)ANLISENovosintegrantesdacortepodemfazer adiferenadaqui emdianteJOAQUIMFALCOESPECIAL PARA A FOLHAEmbargo quer dizer obst-culo. Infringente o que in-fringe, contrariaumanorma.Entrar com embargos infrin-gentes colocar umobstcu-loexecuodacondenaodos rus. Alegar que ao con-denar, o Supremo TribunalFederal teriacontrariadoumanorma. Dado passo emfalso.Se deu passo em falso, ojulgamento ouparte dele po-de ser revisto. Que passo foiesse? No sabemos. cedo.Primeiro o Supremo temquedecidir sepodemcolocar obs-tculos. Sesim, julgaentosedeu ou no passo emfalso.Depois de tanto cuidado,dos ministros, defesa e acu-sao, pouco provvel queos ministros com votos ven-cedores no Supremo digamque acorte deupassoemfal-so. Mesmo assim, o esforoda defesa assegurar a pos-sibilidade desta pouca pro-babilidade. Vai conseguir?No sabemos.Um dos fatores que podeinfluenciarestabatalhaque a composio do tribu-nal est mudando. menosprovvel que os mesmos mi-nistros digam que eles pr-priosderamumpassoemfal-sodoquenovos ministros di-gamque os anteriores derampasso em falso.Nosistemadevotos indivi-duais, composies diferen-tes do Supremo seriam maisprovveis de gerar decisesdiferentes. Isto , rever con-denaes.Sabemos comoCsar Pelu-so votou e sua linha de argu-mentao. Mas nosabemoscomo Teori Zavascki votar.Sabemos como Ayres Brittovotouesualinhadeargu-mentao. Nosabemosnemquemofuturoministronemcomo votar. Sabemos comoRoberto Gurgel acusou. Nosabemos como o futuro pro-curador-geral da Repblicaagir diante dos obstculosinfringentes, se aceitos.A presidente Dilma Rous-seff atagorasemanteveequidistantedomensalo.Mas agora, complicou.Senoindicar umnovomi-nistro a tempo de julgar osembargos, tornaoempatemais provvel. Emalguns ca-sos, como na condenao deJosDirceuporquadrilha,basta o voto de Teori Zavas-cki a favor do ru e a manu-tenodos votos dos demais.Oque favorece os rus.Se a presidente da Rep-blica indica um novo minis-tro, interfere do mesmo mo-do. Como ele votar?De qualquer modo, o sim-ples fato de estarmos discu-tindoembargosjvitriadadefesa. A outra hiptese eraque os rus estariamembre-ve cumprindo pena.JOAQUIMFALCO professor de direitoconstitucional da FGV Direito RioDE BRASLIAEmseu voto, o ministroLuiz Fuxafirmouque oex-ministroJosDirceuco-mandouumaquadrilhacujo objetivo era umpro-jetodepoder delongopra-zodeilicitudeamaznica.Em entrevista Folha,Dirceu disse que Fux, emcampanha para uma vagaao Supremo, o procurou eprometeu inocent-lo.Durante o julgamento,contudo, Fux foi um dosprincipais crticos do es-quemadecorrupo. Paraele, h provas de que Dir-ceu comandou o grupo.Fuxfoi oprimeirominis-troescolhidopor Dilmapa-ra umtribunal superior.ParaFux, Dirceuchefiouesquemadecorrupoab TERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHpoderA5ab A6poder HHHTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013A DISCUSSO em torno do proje-to que restringe a criao de maispartidos, japrovado naCmarae espera do Senado, tem uma pe-culiaridade. E, almdela, gira emtorno de um eixo falso.Os partidos favorveis restri-o PT, PMDB, PR, DEM, PSD eoutrosmenoressoacusadospelos contrrios ao projeto PSDB, PSB, PSOL e os amasiadosPPS-PMNde agir comoportunis-mo eleitoreiro. A restrio dificul-taria mais candidaturas suces-so de Dilma Rousseff, em espe-cial ade MarinaSilvapelo seu pre-tendidopartidoRede.Essatesetem prevalecido, o que no impe-diu a vitria do projeto na Cma-ra por folgados 240 votos a 30.Masocuriosoqueamesmaacusaode merooportunismopo-deser feitaaos adversrios das res-tries. tambme s por oportu-nismo eleitoreiro, e de olho na pro-paganda eleitoral gratuita, que oPSDBdeAcioNeves, oPSBdeEduardo Campos e o PSOL anti-PTdesejam mais candidaturas su-cesso, convencidos de que assimseria mais provvel a necessidadede segundo turno. Ou seja, ficariamais difcil a reeleio de DilmaRousseff j no primeiro turno.Comisso, tudoarespeitodoprojeto transpira motivao pol-tica, emrelao a Dilma Rousseffou ao governo. No Congresso e fo-ra dele, o essencial no foi levan-tado em momento algum: j comduas dzias de partidos na Cma-ra, a maioria sema menor signifi-cao poltica ou representativa,e numerosos outros sempresenaparlamentar, mesmo o caso demanter afacilidadeparamaispartidos?Criar partido, alis, temtidotam-bmfinalidade no poltica: fon-te de dinheiro fcil. Seja dinheiropblico do fundo partidrio, sejaproveniente de arrecadaes apre-texto eleitoral e outros.Os equivalentes oportunismos deumlado e de outro tornamo alega-do problema do momento nulo oumenos importante do que a possi-bilidade de corrigir, emparte, umadas deformaes graves do siste-ma poltico brasileiro.A ESPERAAAssociao Nacional dos Pro-curadores da Repblica est pe-dindo ao Supremo Tribunal Fede-ral que delibere o quanto antesna ao sobre o poder de investi-gao dos procuradores, contrao qual tramita no Congresso, j acaminhodadeciso,umprojetochamado PEC 37, com forte apoiodos policiais.OSupremo, porm, parece espe-rar que o Congresso decida a PEC37, o que o pouparia das reaesinevitveis e fortes, qualquer quefosse o perdedor no julgamento.No estado emque esto a crimi-nalidade urbana e a corrupo noBrasil, nenhummeiosriode inves-tigaodemais. Trata-se, istosim,detorn-loscomplementares. Ocontrrio s interesse de classe.Chega ounochegaJ A N I O D E F R E I T A SOessencial no foilevantado: mesmo ocaso de manter a facilidadepara mais partidos?FLVIO FERREIRADE SOPAULOAdefesadoex-ministrodaCasaCivil JosDirceu(PT) vaipedir aoSTF(SupremoTribu-nal Federal) a reduode pe-nadelecombasenaalegaodequeacorteconsideroudu-plamente o fato de o petistater sido apontado como che-fe do esquema do mensalo.AFolhaapurouqueos ad-vogados afirmaroemrecur-soqueaposiodecomandode Dirceu foi levantada pelacorteemduas etapas diferen-tes na votao sobre o tama-nho da punio do ru, tec-nicamente chamada de fasede dosimetria das penas, oque configuraria umexcessoilegal na condenao.Se conseguir reduzir a pe-nade10anos e10meses apli-cada a Dirceu para menos deoito anos, a defesa livra o ex-ministro do cumprimento departedelaemregimefechado.Naprimeiraetapadadosi-metria, os juzes avaliam osantecedentes e personalida-dedoautor docrime, bemco-mo as circunstncias e con-sequncias dodelito. Nafaseseguinte, analisam as situa-es que, no jargo jurdico,sochamadas decircunstn-ciasagravanteseatenuantes.Adefesavai alegarnorecur-soqueoSTFusouoargumen-todequeDirceueraochefedoesquemanessasduasfases.Orelator do caso, ministroJoaquimBarbosa, declarounaprimeira fase da dosimetriasobre ocrime de formaodequadrilhaqueDirceuaprovei-tou-sedesuasposiesnac-pula do PT e do governo.Essa posio de fora noplano partidrio, poltico eadministrativofoi fundamen-tal para a outorga de cober-tura poltica aos integrantesda quadrilha, disse o hojepresidente do STF, segundoo acrdo do julgamento.Na fase posterior da fixa-o da pena, Barbosa consi-derouagravanteofatodeJo-s Dirceu ter desempenhadoumpapel proeminentenaconduo das atividades detodos os rus.Apenaparaodelitodefor-mao de quadrilha contraDirceu foi definida em doisanos e onze meses.Na avaliao do crime decorrupo ativa, Barbosausou argumentos semelhan-tes contra o ex-ministro.O acusado utilizou-se deseu gabinete oficial na CasaCivil daPresidnciadaRep-blicacomoumdos locais on-deocorreuaprticadelitiva,afirmou Barbosa.Segundo o texto do acr-do, oministrodeclarouquenestecrimetambmhaviauma circunstncia agravan-te, por ter oacusadopromo-vido e organizado os crimesdecorrupo. Apunioaplicada ao ru neste delitofoi de sete anos e 11 meses.Argumento dosadvogados do petista que relator do processo,JoaquimBarbosa, usouagravante duas vezesParareduzir pena, defesavai afirmar emrecursoqueex-ministrofoi consideradochefedoesquemaemfases distintasDirceudirquehouveerroemjulgamentoFlavio Alves - 15.abr.2013/AImagem/Futura Press/FolhapressO ex-ministro Jos Dirceu fala comjornalistas emRecifeab TERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHpoderA7abLaranjasDoleiros abriamcontas-correntes emnomede laranjas no bancoparanaense BanestadoemFoz do Iguau (PR)FRAUDE E IMPUNIDADECondenados por evaso de divisas e gesto fraudulenta, gestores do banco Banestado tm punio extinta

Contas abertasAs contas permane-ciamativas por curtoperodo, para no chamar aateno, e depois eramsubstitudas por outras

ExteriorOdinheiro das contasera transferido para contasCC criadas pelo BancoCentral para permitir transfe-rncias legais para o exterior

TransfernciaOs recursos eramremetidos para o exteriorsemque o Banco Centralconhecesse o nome doverdadeiro titular

COMO FUNCIONAVA A FRAUDESITUAO DOS RUS

foram bene-ciadosparcialmentepela prescriocolaboraramcoma Justia e jcumprirama penaest foragido, compriso decretadaest cumprindopena de prestaode serviosLENTIDOR ,bilhes1996 Quando comearamos crimes1998 Incio dainvestigao2003 formadafora-tarefa paraapurar os fatos Denncia oferecida2004 Sentenacondenatria emprimeira instncia Apelaes chegamao TRF-, emPortoAlegre (RS)2006 TRF- julgaapelao2008 TRF- julgaembargosinfringentes2009 Processo comrecurso chega ao STJ(Braslia) Processo seguepara o MinistrioPblico Federal2010 Promotoria devolveprocesso ao STJ2011 STJ julga recursoespecial2013 STJ julga embargose reconheceprescrioFontes: Ministrio Pblico Federal,Polcia Federal, Banco Central eReceita Federal o valorenvolvido no casocondenados

foramcompleta-mente beneciadospela prescrio doscrimes*PROMOOvlidaat31/05/13comlimitede50cabinespor sada, paraoscruzeirosespecificadosnesteanncio. GRTIS2 HSPEDE, namesmacabinedupla, sobreaTarifaTabelaaplicadaaopreo,condicionada compra do 1 + 2 hspede na mesma cabine. Promoo cumulativa a outras promoes. | 10% DESCONTO Repeater para hspedes que embarcaram na temporada Amrica do Sul OUT 2012 a MAR 2013 e reservarem at31/5/2013 vlido para todas as cabines com base na Tarifa Vigente,excluindo taxas.| DESCONTOS,PROMOES E VANTAGENS:devem ser solicitados exclusivamente no ato da reserva e esto sujeitos a alteraessem prvio aviso e disponibilidade. | FORMA DE PAGAMENTO: para sadas acima CARTO DE CRDITO INTERNACIONAL EM AT 8x SEM JUROS (desde que quitado at 31 dias antes da data do embarque). | Todosospreossoporpessoa, emcabinedupla, mencionadosemReais, parapagamentoSEMENTRADA, referindo-sesomentepartemartima, sujeitoconfirmaodedisponibilidadedecabinesetarifas. | Noesto includos nos preos: trecho areo, taxas porturias, de servio e de assistncia ao viajante, impostos e taxas incidentes sobre o cruzeiro. | Preos referem-se a embarque em Santos, para outras cidades eembarques, consulte valores, disponibilidade e forma de pagamento. | RESERVAS: Consulte seu agente de viagens ou acesse nosso site www.iberocruzeiros.com.brABREUMORUMBI SHOPPING11 [email protected] JD EUROPA11 3067-0900www.agaxtur.com.brCENTRAL MARTIMA BRASIL11 3429-2500www.centralmaritimabrasil.com.brCVC11 2146-7011www.cvc.com.brLUXTRAVEL CENTRO11 3017-5656www.luxtravel.com.brMEBVIAGENS PARASO11 3283-6300www.mebviagens.com.brNASCIMENTOTURISMO0800-774-1110www.nascimento.com.brVero 2013/14BEBIDAS INCLUDASno almoo e no jantarGrand Mistral para Buenos Aires.O prazer de navegar.Preos em Reais, somente martimo,POR PESSOA, no carto de crdito.NATAL| 8 noites, 18 DEZSantos, Rio de Janeiro,Buenos Aires, Montevidu, ItajaCat. 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Reservas abertasiberocruzeiros.com.brConsulte outras sadas comparcelamento em at 10x SEM JUROS.A8poder HHHTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013FREDERICO VASCONCELOSDE SOPAULOOSuperior Tribunal deJus-tiaextinguiucompletamen-teapuniodesetedos14ex-diretoresegerentesdoBanes-tadobancoparanaensepri-vatizadoem2000condena-dos pela remessa fraudulen-ta de R$ 2,4 bilhes ao exte-rior, nos anos 90.Em2003, umafora-tarefainvestigouoesquemaquetransferia para parasos fis-cais dinheiro da corrupo edo trfico de drogas atravsde depsitos de doleiros emcontas de laranjas e nas cha-madascontasCC5(criadaspara permitir transfernciaslegais para o exterior).Dez anos depois, em 19 demaro ltimo, o STJ reconhe-ceuaprescrio. Ouseja,aper-dadoprazoparaqueseteruscumprissempenasporevasode divisas e gestofraudulen-ta. Outrostrsselivrarampar-cialmente: ainda respondempor gesto fraudulenta.O processo foi julgado emdoze meses pelo juiz SergioFernando Moro, da 2 VaraFederal Criminal deCuritiba.Em 2004, os 14 acusadosforam condenados a penasdeatdozeanoseoitomeses.Aaopermaneceuduran-tecincoanos noTribunal Re-gional Federal da 4 Regio,em Porto Alegre, para julga-mentodeapelaes. OTRF-4absolveu os acusados do cri-medequadrilhaereduziusignificativamente as penas.O processo est h mais detrs anos no STJ.AProcuradoria-GeraldaRepblicalevouumanoetrsmeses para emitir parecer. realmente lamentvelque a prescrio tenha ocor-rido, dizoprocurador daRe-pblica Vladimir Aras, queparticipoudas investigaes.Doleirosdopasinteiroabriam contas em nome delaranjas no Banestado. Umdesempregado, por exemplo,depositou R$ 15 milhes.A abertura dessas contastinhaaconcordnciados ge-rentes das agncias.Odinheiro era transferidopara contas CC5, principal-mente no Paraguai, de ondeeraremetidoparaoutros pa-ses, semque oBancoCentralsoubesse quemera o titular.Aaopenal contraex-ges-tores doBanestado resulta-dode umdos milhares de in-quritospoliciaisinstauradosemtodoopas. Foramdenun-ciadas 631 pessoas.Boapartedodinheirodes-viadodos cofres pblicos pe-loex-prefeitoPauloMaluf foienviado ao exterior median-te contas do Banestado emNova York, diz o promotordeJustiaSlvioMarques.Maluf sempreafirmounotercontas no exterior.Algunsdoleirosforamcon-denados pela Justia em de-cisesquenoadmitemmaisrecursos. ocasodeAntnioOliveira Claramunt (o Toni-nho da Barcelona), AlbertoYoussef e Helio Laniado.Aprescrioretroativa, aofimdas interminveis quatroinstncias, inveno brasi-leira sem paralelo no mun-Deciso tomada no dia19de maro pelo STJse d devido longatramitao do processo,que teve incio em2003Penas de sete dos 14ex-dirigentes dobancoforamconsideradas prescritasJustiaanulapunioarusdoescndalodoBanestadodo, diz o procurador da Re-pblica Celso Trs.Afora-tarefa formada em2003 conseguiu bloquear R$333,5 milhes noBrasil e cer-ca de R$ 34,6 milhes no ex-terior. SegundooprocuradorVladimirAras, apesardaprescrio, a fora-tarefa foiexitosa, poisconseguimosre-patriar US$ 3,6 milhes.DE SOPAULOBeneditoBarbosaNeto, 56,ex-gerentedoBanestado, quefoi beneficiado apenas par-cialmentepelaprescrio, dizque vtima de uma injusti-a. Estou pagando o pato.EragerentedecmbioemFozdoIguau, mas fui responsa-bilizado como se fosse o ges-tor do banco, afirma.Na fase inicial das investi-gaes, eleficoupresoduran-te 21 dias em Curitiba sob oargumentode que estavaatrapalhandoasinvestiga-es. Barbosa Neto diz quenohaviamesadecmbioemFoz do Iguau, mas emCuri-tiba. Eque noerarespons-vel pela abertura das contas.Meutrabalhoerainfor-mar ao Banco Central todasas transaes, diz.EledizqueoBancoCentralfoi permissivo. O BC fezmudanas nalei, permitindoque qualquer pessoa fizessedepsitos emcontas CC5semexigir comprovaodacapa-cidade financeira, afirma.OBCpoderia bloquear asoperaesaqualquermo-mento, masnofezisso, diz.Formado em administra-o, Barbosa Neto trabalhoudurante 18 anos no Banesta-do. Comeouacarreiracomodigitador e deixou o bancocomo assessor da diretoria.Depois da abertura daao,foirepresentanteco-mercial, vendedor, ehojetra-balhanumrestauranteindus-trial. Nosei comoestouaguentandoessedesgaste.Meus advogados sopessoasamigas, um deles meu pa-rente, emedefendemsemre-cursos financeiros, diz.Sustentamos que ele erasimples gerente de cmbio,sem alada, e que no haviamesa de cmbio em Foz doIguau,dizadvogadoDo-mingosCaporrino.Vamostentar levar o caso at o Su-premo, afirma.Procurados, os advogadosde Aldo de Almeida e AlaorPereira,queaindarespon-dempor gesto fraudulenta,no se pronunciaram.OUTRO LADOEstoupagandoopato, afirma ex-gerente dobancoCONTAS PBLICASEx-presidente da CmaraSeverino Cavalcanti (PP) foimultado por descontrole degastos em sua gesto na Pre-feitura de Joo Alfredo (PE)dfolha.com/no1267011NOVOS TRIBUNAISO presidente do Senado, Re-nan Calheiros (PMDB-AL), di-r a juzes que anlise tcnicabarrou emenda que cria TRFsdfolha.com/no1266973PR-INVESTIGAOEx-corregedora de Justia, aministra do STF Eliana Cal-mon defendeu ontem o poderde investigao do MinistrioPblico e disse que aprova-o da PEC 37 seria trgicodfolha.com/no1266739SUS DA SEGURANAPotencial candidato Presi-dncia da Repblica, o gover-nador Eduardo Campos (PSB-PE) cobrou ontem do Planaltoa criao de mecanismos definanciamento do setor desegurana pblicadfolha.com/no1266751OUTROS DESTAQUESFBIO SEIXASDORIOPrestesaser reinaugurado,o Maracan deve receber abnopapal emjulho. Aideia que oestdiocarioca,cujas obras sero entreguesno sbado, seja palco do en-contro entre Francisco e vo-luntrios daJMJ (JornadaMundial de Juventude).Segundo um enviado bra-sileiro ao Vaticano, o eventoj est certo e falta apenas adefiniodadata: osegundoou o terceiro dia da jornada,queacontecede23a28deju-lho. Soesperados2,5mi-lhes devisitantes nacidade.De acordo com o cnegoMarcos Williams Bernardo,diretor do Setor de Atos Cul-turais daJornada, opapade-vetambmreceberatletasbrasileiros no Maracan.Noser a nica atividadeesportiva de Francisco noRio. Ele poder aparecer nu-ma espcie de olimpadados participantes da JMJ.E a Nike, que veste a sele-o brasileira, j pediu auto-rizaoaoVaticanoparapro-duzir uma camisa com o no-me do papa, presente parasuavisitaaoCristoRedentor.Outraideia, mais ambicio-sa, foi vetada pelo comandoda jornada: vestir a esttuacomuma camisa da seleo.Abriria precedente perigo-so. Outrostimespoderiamquerer o mesmo, e o Cristo,como todos sabem, no temtime, disse Bernardo.Aagenda do papa ser de-finida a partir de hoje. Alistade possveis visitas inclui aigreja da Penha e o HospitalSo Francisco e trs favelas.Nosprximosdiaseletam-bm deve ir a Aparecida doNorte (SP), de helicptero. OpapaFranciscojmanifestoudesejo de visitar o santurio.Colaborou FABIOBRISOLLA, do RioPapa Francisco abenoarnovo Maracan em julhoDefinio dos compromissos do pontficeemsua passagempelo Brasil comea hojeab TERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHpoderA9abPROPAGANDA ESTATALEm dez anos, Globo perde quase um tero de sua fatia da publicidade federal em TVAUDINCIA, em%**Globo ,,

RecordSBTBandRede TV!Demaisemissorase TV paga,,,,,,,,,,Globo Record SBT Band RedeTV! DemaisemissorasTV paga61,16,814,66,82,35,62,854,012,212,09,22,04,16,644,015,513,68,93,54,410,0* Dados fornecidos pelo Instituto para Acompanhamento da Publicidade (IAP), usados pela Secompara monitorar esses gastos. Os valores esto indexados pelo IGPM-FGV** Ibope PNT. Mdia anual, das h s h Fonte: Secom(Secretaria de Comunicao Social da Presidncia da Repblica)R$ 1,1 bilho R$ 147 mi R$ 138 mi R$ 142 mi R$ 96 mi R$ 8 mi R$ 15 mi R$ 127 miVALORES REPASSADOS, POR MEIO DE COMUNICAO, em2012TV Jornal Rdio Revista Internet Outdoor CinemaMdia exterior/demais%dototal%em ,, , , , , , ,62,68,2 7,7 7,9 5,3 0,4 0,8 7,1VALORES REPASSADOS, em%do total investido pelo governo na TV*2003 2007 2012Fluxo de caixa das atividades operacionais 2012 2011Resultado do exerccio (18.353) (2.818)Ajustes para:Depreciao e amortizao 63 49Resultado na baixa do diferido 8.888 -Baixa imobilizado 8.668 -Baixa proviso ambiental 2.087 -Remunerao conta garantida 2.240 (120)Ativo diferido - 55(Aumento)/diminuio de impostos a recuperar (358) (121)(Aumento)/diminuio de contas a recebere outras contas a receber (502) -(Aumento)/diminuio de outras ativos 288 88Aumento/(diminuio) do contas a pagar (12) (66)Aumento/(diminuio) dos impostose contruies sociais a recolher 80 (19)Aumento/(diminuio) de outras contas a pagar 496 (98)Aumento/(diminuio) de provisopara compensao ambiental (2.087) -Fluxo de caixa liquido decorrente dasatividades operacionais 1.498 (3.050)Fluxo de caixa de atividades de investimentoConta garantida - -Aquisio de imobilizado (16.680) (255)Aquisio de intangvel (5) (8)Propriedade para investimentoFluxo de caixa decorrente das atividadesde investimento (16.685) (263)Fluxo de caixa de atividades de nanciamentoAporte de capital de acionistas 6.500 5.555Caixa proveniente (usado em) de atividadesde nanciamento 6.500 5.555Aumento (reduo) lquida emcaixae equivalentes de caixa (8.687) 2.242Caixa e equivalentes de caixa em 1 de janeiro 20.417 18.175Caixa e equivalentes de caixaem31 de dezembro 11.730 20.4172012 2011Receita Operacional Lquida 3.162 -Custo do servio (2.186) -Lucro Bruto 976 -Despesas administrativas (562) (3.005)Despesas com pessoal (1.198) (987)Outras despesas (18.798) (1.244)Resultado antes das receitas (despesas)nanceiras liquidas e impostos (19.582) (5.236)Receitas nanceiras 1.238 2.420Despesas nanceiras (9) (2)Receitas nanceiras lquidas 1.229 2.418Prejuizo operacional antes do IR e da CS (18.353) (2.818)Imposto de renda e contribuio social - -Prejuzo do exerccio (18.353) (2.818)2012 2011Resultado do exerccio (18.353) (2.818)Outros resultados abrangentes:Ajuste da variao do valor justo depropriedade para investimento 18.034 -Resultado abrangente total (prejuzo) (319) (2.818)Balanos patrimoniais em31/12/2012 e 2011 (Em milhares de Reais)Ativos 2012 2011CirculanteCaixa e equivalentes de caixa 11.730 20.417Impostos a recuperar 875 517Clientes 502 -Outros crditos 45 33Imposto diferido 6.131 -Total do ativo circulante 19.283 20.967No circulanteRealizvel a longo prazoConta garantia - 2.240Propriedade para investimento 19.564 -Imobilizado 16.038 11.698Diferido - 8.888Intangveis 22 25Total do ativo no circulante 35.624 22.851Total do ativo 54.907 43.818Passivo 2012 2011CirculanteFornecedores e outras contas a pagar 534 247Impostos e contribuies a recolher 108 28Salrios e encargos - 4Provises de frias 158 57Outras contas a pagar 411 10Imposto diferido 6.131 -Total do passivo circulante 7.342 346No circulanteProviso para compesao ambiental - 2.087Total do passivo no circulante - 2.087Patrimnio lquidoCapital social 62.055 55.556Ajuste avaliao patrimonial 18.034 -Prejuzos acumulados (14.171) (11.353)Prejuzo do perodo (18.353) (2.818)Total do patrimnio lquido 47.565 41.385Total do passivo e patrimnio lquido 54.907 43.818Demonstraes de resultados Exercciosndos em31/12/2012 e 2011 (Em milhares de Reais)Demonstraes Resultados Abrangentes Exercciosndos em31/12/2012 e 2011 (Em milhares de Reais)Demonstraes dos uxos de caixa Exercciosndos em31/12/2012 e 2011 (Em milhares de Reais)Capital social Ajuste aval. Prejuzo Total do patri-Subscrito A integralizar Subscrito e integralizado patrimonial Acumulado mnio lquidoSaldo em31/12/10 55.555 (5.555) 50.000 - (11.353) 38.647Resultado abrangente total (prejuzo) - - - - (2.818) (2.818)Integralizao de capital - 5.555 5.555 - - 5.555Saldo em31/12/11 55.555 - 55.555 - (14.171) 41.384Resultado abrangente total (prejuzo) - - - 18.034 (18.353) (319)Integralizao de capital 6.500 - 6.500 - - 6.500Saldo em31/12/12 62.055 - 62.055 18.034 (32.524) 47.565Demonstraes das mutaes do patrimnio lquido Exerccios ndos em31/12/2012 e 2011 (Em milhares de Reais)Parecer doConselhoFiscal: OConselhoFiscal daCOQUEPARCompanhia de Coque Calcinado de Petrleo S.A., no exerccio desuasfuneslegaiseestatutrias, emreuniorealizadanestadata,examinouoRelatrioAnual daAdministraoeasDemonstraesContbeis, compreendendo: BalanoPatrimonial, DemonstraodoResultado, Demonstraes das Mutaes doPatrimnioLquidoeDemonstraesdosFluxosdeCaixaeasNotasExplicativassDe-monstraesContbeiseoRelatriodosAuditoresIndependentes,com Opinio sem Ressalvas, relativos ao Exerccio Social ndo em 31dedezembrode2012. Combasenosexamesefetuadoseconside-rando o Relatrio da KPMG Auditores Independentes, de 01/04/2013,apresentandoopiniosemRessalvas, oConselhoFiscal opina fa-voravelmente aprovao das referidas Demonstraes a seremsubmetidas discusso e votao na Assemblia Geral Ordinria dosAcionistas da COQUEPAR, prevista para ser realizada em 18 de abrilde 2013. So Paulo, 09 de Abril de 2013. Suzana Lucia Magro Con-selheira;Judson Antnio FirminoConselheiro; Andr Luis Cam-posSilvaConselheiro; RobertoBragadeLucenaConselheiro.Senhores Acionistas, A Administrao da COQUEPAR, em atendi-mento s disposies estatutrias e emconformidade coma Lei dasSociedades por Aes, apresenta a V.Sas. as Demonstraes Finan-ceiras referentes ao exerccio social encerrado em 31/12/2012. ACompanhia que foi constituda em 21 de maro de 2007, com sedesocial na cidade do Rio de Janeiro - RJ, e teve a mesma transferidapara So Paulo SP, em setembro de 2012 em consonncia como crescimento do Grupo Petrocoque, onde centralizou sua sede einstalaes administrativas. A COQUEPAR temcomo objeto social aproduo, transformao, compra, venda importao, exportao,por conta prpria ou atravs de terceiros, de coque de petrleo cal-cinado e produtos correlatos, assim como a produo e venda deenergia recuperada de seu processo industrial, e a prestao de ser-vios tcnicos relacionados. Emfase pr-operacional, temcomo ob-jetivo construir uma unidade calcinadora no Estado do Paran. Em2012, foi concluda a Engenharia Bsica do Projeto, foram obtidas aLicena Prvia Ambiental e a Outorga Prvia de gua, bemcomo foiprotocolado junto ao rgo ambiental o pedido para emisso da Li-cena de Instalao. Adicionalmente, foi denido pelo cancelamen-to do Projeto Rio de Janeiro. Iniciou tambm, a prestao do serviode manuseio de coque verde na REPAR, de forma estratgica, visan-do aplicar de imediato as melhores prticas no manuseio de suaprincipal matria prima para sua futura calcinadora. A COQUEPARse estrutura para iniciar a construo de sua unidade de calcinaoao longo de 2013,com capacidade instalada de 350.000 tonela-das/ano de Coque Calcinado de Petrleo em fornos tipo Shaft. Oprazo de construo da planta est estimado em 22 meses, compreviso de operao comercial no incio de 2015. A AdministraodaCOQUEPARagradeceseusacionistas, colaboradores, clientes,entidades governamentais, fornecedores, instituies nancei-rasedemaisstakeholders, peloapoioeconanadepositados.So Paulo, 21 de maro de 2013. A AdministraoAs demonstraes nanceiras completas, acompanhadas das Notas Explicativas, Parecer dos Auditores Independentes e do Conselho Fiscal, encontram-se disposio dos Senhores acionistas e interessados na sede social da Empresa e no site www.coquepar.com.brCoquepar - Companhia de Coque Calcinado de Petrleo S.A.CNPJ/MF n 08.782.537/0001-62Relatrio da Administrao 2012Diretoria: Augusto Cesar Fernandes de Carvalho - Diretor Presidente Rubens Eduardo Medeiros Novicki - Diretor IndustrialDenise Araujo Francisco - Diretora Financeira Gustavo Adolfo de Castro Frana - Diretor ComercialResponsabilidadeTcnica:Milton Longarai de Souza Junior - Gerente CorporativoJos Carlos Alves-Contador-CRC/SP-1.SP.111357/O-4 S-RJALUGAM-SEGALPESROD. DUTRA KM 20111 3160-7078OCUPAO IMEDIATAwww.cddutra.com.br Prximo ao pedgio de Aruj2.691M 43.813MA10poder HHHTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013FERNANDO RODRIGUESDE BRASLIAO governo da presidenteDilma Rousseff divulgou da-dos inditos sobre a partici-paodas principais TVsabertas no bolo publicitrioestatal federal. A Globo con-tinuaaliderar comfolga, masperdeuespaodepoisdache-gada do PT ao poder.Em 2003, primeiro ano deLuiz Incio Lula da Silva noPalcio do Planalto, a Globorecebeu 61%de tudo o que ogoverno gastou com propa-ganda em emissoras de TV.No ano passado, 2012, o per-centual recuou para 44%.Esta a primeira vez que ogoverno revela valores quecada TVrecebe pela divulga-odaspropagandasesta-tais. Mas no se sabe aindaoficialmentequantorecebemos mais de 5.000veculos ca-dastrados para veicular pu-blicidade federal oficial.Adecisodogovernosetornoupblicanasemanapassada, quando o secret-rio-executivo da Secom (Co-municao Social da Presi-dncia), RobertoBocornyMessias, publicou artigo nosite especializado em mdiaObservatriodaImprensa.ASecomargumenta que ogoverno faz mdia tcnicaao escolher os veculos. Poressa razo citou de maneiraexplcita o caso das TVs.Em2003, aGloboteve61%das verbas televisivas da ad-ministrao federal e regis-trava uma audincia de55,2%. Em2012, opercentualcaiu para 44% e a audinciatambm recuou para 43,7%.AGlobo no se manifestou.A programao de recur-sos deve ser proporcional aotamanho e ao perfil da au-dincia de cada veculo, es-creveu Messias. Nas tabelasdivulgadas, porm, esse pro-cedimento no fica compro-vadodemaneirainequvoca.Almda Globo, a RecordeoSBTrecebemumpercentualcompatvel com as suas au-dincias. Emseguida, a lgi-case tornamenos objetiva. ABand aparece com 5,4% deaudincia, masquase9%dosinvestimentos publicitrios.A Rede TV! tem 1,7% no Ibo-pe e 3,53%das verbas.Os dados sobre gastos pu-blicitrios federais comea-ramasercompiladoscommais precisoapartir doano2000. Delparac, aTVGlo-bojrecebeuR$5,86bilhes.SBTe Recordvmmuitoatrs, comR$1,63bilhoeR$1,57bilho, respectivamente.Hoje, a Recordrecebe anual-mente mais do que o SBT.De 2000 a 2012, o governofederalgastouR$10,72bi-lhesparaveicularpropa-ganda nas TVs, em valoresatualizados, incluindo des-pesas daadministraodire-ta e das empresas estatais.OUTROS MEIOSNoanopassado, ogovernogastouR$1,80bilhoempro-pagandaemtodosostiposdeveculos. Orecorde de Lula,em2009 (R$ 2,04 bilhes).EssebolodivididoemsuagrandeparteentreasTVs,com 62,6% do total em 2012.Os jornais impressos, que es-tavamnumconfortvelse-gundolugar em2000(21,1%),caramem2012 para 8,2%.Revista e rdio ficarames-tveis, na faixa de 7%a 8%.Internet, querepresentavaquasenadaem2000,hojetem5,3%do bolo total.Esta a primeira vezque o Planalto revelaos valores que cada TVrecebe pela divulgaodos comerciais estataisEmissoraaquemais recebeverbadepropagandadogoverno, mas percentual foi de61%a44%aps chegadadoPTaopoderCai fatia da Globo na publicidade federalANDREZA MATAISCATIA SEABRADE BRASLIAA defesa de Rosemary No-ronha, ex-chefe de gabinetedaPresidnciaemSoPaulo,vai solicitar ControladoriaGeral daUnioqueinvestigueDefesa de Rosemary pedir CGUque investigue nomeaesEx-funcionriadaPresidncia investigadapor trficode influnciaa origemde todas as nomea-es polticas no governo.Rosemarysetornou, em2012, umdos alvos dainvesti-gao deflagrada pela opera-o Porto Seguro, da PolciaFederal, sobre um esquemade venda de pareceres e trfi-co de influncia no governo.Indiciadapor formaodequadrilha, ela foi exoneradado cargo emdezembro. Mes-mo assim, o governo abriuumacomissodesindicnciapara investigar administrati-vamente sua conduta.A defesa tenta demonstrarque toda nomeao dependede umcolcho de apoio po-lticoe institucional. Quemsabe a CGU no vai desenca-dear novas sindicncias con-traoutrasautoridades, partin-do dos mesmos critrios usa-dosemrelaoaRosemary?,dizoadvogadoFabioMedina.Rosemaryresponsabiliza-da pela nomeao de dois di-retores deagncias regulado-ras acusados, comela, de es-quema de corrupo que en-volvia a venda de pareceres.ArevistaVejadestasema-natrouxecontedoderelat-rio do governo que embasoua abertura de processo disci-plinar. Odocumento detalhacomo Rosemary se beneficia-vadesuarelaodeintimida-decomoentopresidenteLuiz Incio Lula da Silva.Entreos detalhes estumauma viagema Roma na qualRose, como ela conhecida,e seu marido ficaramhospe-dadosnaembaixadabrasilei-ra, localizadaemumpalcionaPiazzaNavona, famosoponto turstico da cidade.Osadvogadostambmirosugerir que a CGUliste todosos hspedes emembaixadasbrasileiras no exterior paraprovar que a estada de Rosenacasadoembaixador deRo-manocaracterizaprivilgio.A defesa de Rosemary noprocesso administrativo de-veserentregueCGUatquinta-feira. ACGUinformouquenoirdivulgar cpiadasindicncia contra Rose por-que o documento consta deprocesso emtramitao.abTEMPO DE SADE. TEMPO DE SADE. TEMPO DE SADE.COM A REDUO DOTEMPO DE ESPERADAS CIRURGIAS, OSBRASILEIROS TMMAIS TEMPO PARAAPROVEITAR A VIDA.MELHORAR SUAVIDA,NOSSOCOMPROMISSOPROCURE UMA UNIDADE DE SADE OU LIGUE 136 E SAIBA MAIS.OGovernoFederal, por meiodoMinistriodaSade, vemadotandomedidasparadiminuirotempodeesperadediversascirurgiaseaumentaronmerodeprteses dentrias para quem precisa. Com mais prteses dentrias e cirurgias nahora certa, os brasileiros ganham mais sade e qualidade de vida. Cirurgias prioritrias: ortopdicas, urolgicas, vasculares,auditivas e de viso. Mais de 406 mil prteses dentrias em 2012.Karina de Oliveira, So Paulo/SPRealizou cirurgia ortopdica pelo SUS.Mude para Itaucard2.0O carto quetrouxe a taxa de jurospara baixo:5,99% ao mspara todo mundo.J temummonte de gente usando e aprovando Itaucard 2.0,porque comele todo mundo temacesso a juros menores nocarto de crdito: 5,99%ao ms. Comprando comItaucard 2.0,voc continua tendo at 40 dias para pagar sempre que o valordafaturafor pagoatovencimento. Etambmpodeparcelar suascompras semjuros, como faz hoje. Haver cobrana de juros de5,99%apartir dadatadecadacompra, inclusivedenovas compras,quando voc no pagar a fatura integralmente ou, se j estiverutilizando a linha de crdito rotativo, at o pagamento total dosaldo devedor. Saiba mais e pea j o seu na agncia ou pelo sitewww.itaucard.com.br/cartoes/itaucard20. Caso no se adapte,vocpoderoptar pelocartoconvencional durante90dias apsa primeira cobrana de juros.TERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHpoderA11DANIELA LIMADE SOPAULOO governador GeraldoAlckmin(PSDB) corre oriscode perder o controle sobre adireo estadual do PSDBdeSo Paulo. Ela ser eleita da-qui aduas semanas ecoman-dar a sigla at 2014, ano emqueeledisputarareeleio.Alckmintrabalhapor umacomposioqueagradeabancada de deputados fede-rais da sigla e o ex-governa-dor Jos Serra. O nome queseriapalatvel aessesgrupos o do deputado Duarte No-gueira (PSDB-SP).Mas, revelia do PalciodosBandeirantes, oatualpresidente da sigla, deputa-doestadual PedroTobias, ar-ticuloumanobraquefacilita-ria sua reeleio numa even-tual disputa comNogueira.Eleaprovouumanormaque amplia o colgio eleito-ral aptoaescolher oprximopresidente do partido. Pelasregras anteriores, o coman-dante tucano era escolhidopor 105 militantes eleitos porcerca de 5.000 dirigentes re-gionais de todo o Estado.Este ano, Tobias aprovounorma na qual a eleio dopresidente se d por voto di-retodos quase5.000militan-tes. Amudana amplia a for-adoatual presidente, quejmantm contato com as ad-ministraes municipais dasigla h dois anos.Tobias afirmaqueamano-bra legal e amplia a partici-pao da militncia. J alia-dosdeAlckmindizemqueelepromoveu uma mudana noestatuto do partido usandoinstrumentos ilegtimos.Tenho umparecer jurdi-coquegarantequepodamosfazer aalterao, dizTobias,que negater feitoamudanareveliadogoverno. Snoparticipou da discussoquemnoquis. Acabouotempoemqueumaspessoadecidia tudo no PSDB.Ontem, elefoi chamadopara reunio no Palcio dosBandeirantes, na qual nego-ciariacomosecretriodaCa-sa Civil, Edson Aparecido (onmero dois do governo), eNogueira, mas noapareceu.Tobias diz ser apoiado pe-lossecretriosJosAnbal(Energia) eBrunoCovas(MeioAmbiente), os mesmos quearticularam a derrota do ve-reador Andrea Matarazzo naeleio do PSDB na capital.Oepisdioabriuumacrisena sigla e levou aliados deSerra a questionarem o em-penhodeAlckmin, jquemesmo com recomendaodo governador a favor do ve-reador, trs de seus secret-rios, Anbal e Covas inclu-dos, articularamsuaderrota.Adisputaestadual tempe-so maior para o governador,j que um nome que ele noaprovapodechefiar asiglanoano em que disputar a ree-leio. Ningum duvida daminha lealdade ao Alckmin.Agora, hoje, eu no falo spor mim. Representoumgru-po. E esse grupo quer demo-cracia interna, diz Tobias.Eleio ser emduassemanas; governadorquer Duarte Nogueirana presidncia dopartido no EstadoPresidente estadual, deputado Pedro Tobias aprovoumanobra que facilitar sua reeleio na direo do partidoDisputa no PSDBameaa ala de AlckminmundoEFTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013A12DomPhillipsescreve sobrea relao entreBrasil e Portugalfrombrazil.blogfolha.uol.com.brSamy Adghirnifala da presenade Porsches eFerraris no Irfolha.com.br/120456DAS AGNCIAS DE NOTCIASApolciacanadenseanun-ciou ontem a priso de doissuspeitos de planejar umgrande ataque terrorista nosistemadetrensdaregiometropolitana de Toronto.Os suspeitos, ChihebEsse-ghaier, 30, que vivia em To-ronto, eRaedJaser, 35, mora-dor de Montreal, no so ci-dados do pas, mas as auto-ridades serecusaramainfor-mar suas nacionalidades eseestavamlegalmente no pas.Eles foramoficialmenteacusados deconspiraopa-ra promover ataque terroris-taedeconspirar paraassas-sinar pessoas desconhecidaspara beneficiar, sob ordensdeouemassociaocomumgrupo terrorista.Oataquequeprograma-vamteriaoapoiodarede ter-roristaAl Qaeda. Segundoasinvestigaes, umaclulaira-niana da organizao estavaemcontatocomos suspeitos,querecebiaminstrueseorientaes de como proce-der comsuas aes.Aduplafoi investigadaporautoridades canadenses edos Estados Unidos, emaoque incluiu o FBI (polcia fe-deral americana). Uma por-ta-voz da polcia canadenseafirmouqueossuspeitosana-lisavamosistemadetrens daregio e tinham rota espec-fica como alvo do atentado.Segundo a agncia de no-tcias Reuters, os suspeitospretendiamatingir aferroviaqueligaTorontoaNovaYork.Emcomunicado, a polciacanadenseesclareceuqueno havia nenhuma amea-a iminente para o pblicoemgeral,aosfuncionriosferrovirios, aos passageirosde tremou infraestrutura.A dupla conduziu ativida-des para iniciar o ataque ter-rorista, mas apolcianodeudetalhes dequoprximodeexecut-lo estavam. Planosde contingncia j estavamsendo providenciados pelasautoridades de transportes.Paraoministrodeseguran-a pblica, Vic Toewls, asprises mostramque o terro-rismocontinuaaserumaameaa real ao Canad.As prises acontecemexa-tamente umasemanadepoisdos ataques a bomba na ma-ratonade Boston, que deixa-ramtrs mortos e176feridos,cujos suspeitos tm origemtchetchenaeviviamlegal-mente nos Estados Unidos.As autoridades canadensesnegaramqualquerrelaoentre os dois casos, e rejeita-ramligaodonovoepisdiocom um grupo de jovens doensinomdiode OntarioquesejuntaramAl Qaedaemor-reram neste ano ao auxiliarumataqueaumarefinariadepetrleo na Arglia.Segundofontesouvidaspela rede de TVlocal CBC, ossuspeitos estavamsendomo-nitorados pelas autoridadeshaviamais de umanonas re-gies de Quebec e Ontario.Hoje, os suspeitos devemcomparecer aumaaudinciajudicial emToronto.Acusados notiveramnacionalidaderevelada;eles estariamrecebendotreinamentodeclulairanianadaorganizaoSegundo polcia do pas, dois estrangeiros pretendiampromover grande ataque ao sistema de trens de TorontoCanaddizterevitadoatentadodaAl QaedaOtawaTorontoMontrealCANADEUARAUL JUSTE LORESDE WASHINGTONAs redes de TVamericanasCBSeCNNdivulgaramontem noite que Dzhokhar Tsar-naev, 19, suspeitopeloatenta-donamaratonadeBoston, te-ria afirmado a investigadoresdoFBI (polcia federal ameri-cana), em seu depoimento,que agiuapenas comoirmoe mentor do ataque, Tamer-lan, semauxlioouinstruesde grupos internacionais.Dzhokhar tambmfoi indi-ciadoontempeloDeparta-mento de Justia dos EUApe-lousodearmasdedestruioemmassacontracivis. Secon-denado pela Justia federal,podereceber prisoperptuaou at a pena de morte.Tsarnaev, capturadonal-timasexta-feiraaps umagi-gantescaoperaopolicial de22 horas, serjulgadopor umtribunal civil pelo atentadoquematoutrseferiu176pes-soas, contrariando o pedidode trs senadores republica-nos que pediam que ele fos-se indiciado como inimigocombatente.Nesse caso, ele seriajulga-do por um tribunal militar epoderia ser interrogado sema presena de umadvogado,mecanismoutilizadocomv-rios acusados de terrorismoapso11desetembrode2001, mas deixado de ladodesdeoinciodogovernoObama, em2009.ACasaBrancaargumentouque o sistema jurdico civildos Estados Unidos j lidoucomdiversosterroristasequeTsarnaevcidadoame-ricano ainda que outroamericano, Anwar Al-Awla-ki, tenha sido morto por umdrone no Imen e o governotenha argumentado que eleestava participando emguerra coma Al Qaeda.O jovem indiciado, de ori-gem tchetchena, adquiriu anacionalidadeamericanaem11 de setembro de 2012.Oindiciamentofoi feitonoquarto do hospital Beth Is-rael, de Boston, onde ele es-t internado em estado gra-ve, com uma bala no pesco-o e ferimentos na cabea,pernasemo. Eletemrespon-didos perguntas das autori-dades por escrito.Ogoverno j designou umdefensor pblico federal pa-ra representar Tsarnaev.NoSenado, a ComissodeInteligncia pediu que o FBIdexplicaes sobreoqueseconsidera uma grande falhaemseus procedimentos.Oirmomais velhodeDzhokhar, TamerlanTsar-naev,26,quefoimortonaquinta-feira noite, duranteacaadapolicial aosdoissus-peitospeloatentado, tinhasi-do ouvido pelo FBI em 2011,aps pedidodoserviodein-teligncia russo.Interrogado, Tsarnaev foiliberado pelo FBI, que noachou qualquer suspeita so-bre o comportamento do ra-paz. Noanoseguinte, elepas-sariaumsemestre naRssia.Ao que parece, o FBI deixoude monitor-lo.A senadora democrataDianne Feinstein, daCalifr-nia, dissequeoFBI provavel-mente falhou e queria expli-caessobrecomoesqueceudele. Aaudinciapodeacon-tecer ainda hoje.Ontem, uma semana apsoatentado, 50feridos perma-neciaminternados emhospi-taisdeBoston,vrioscompernas ou ps amputados.LEIA MAIS A13Suspeito diz ao FBIque agiuemBostonapenas como irmoInformaofoi divulgadapor redes de TV;Dzhokhar Tsarnaevpode ter penade morteJOANA CUNHAENVIADA ESPECIAL A BOSTONUma semana aps o aten-tado que matoutrs pessoase feriu mais de 170 na mara-tonadeBoston,assirenesdos carros de polcia queoscilaramde acordocomca-da desdobramento do casonos ltimos diasaindanosilenciaram.Os bloqueios para a inves-tigao das vias perpendicu-lares na regio da rua Boyls-ton, ondeasduasbombasex-plodiram, comearam a serremovidos.O trecho da Boylston cha-madodecenadecrimeporpoliciais emoradores perma-necefechado. OprefeitoTho-mas Menino, entretanto, janunciou a inteno de rea-bri-lo.Na ltima sexta, quandoas autoridades contaram aomundo ns o pegamos, umgrande alvio foi sentido e,ento, tempo de avanar-mos, disse o prefeito.Foi na sexta-feira, dia dacaada cinematogrfica queenvolveu milhares de agen-tes para a captura de Dzho-khar Tsarnaev, que o volumedas sirenes de Boston voltouapreocupar seus habitantes.O transporte pblico, quej estava liberado, foi nova-mente suspenso. Comrcio eescolas tambmfecharam.Foi nessa semana que aprimavera desabrochou, e acidade tambm vai reagir,dizia o morador Mylles Kre-sel naquela tarde.Almda reabertura de edi-fcios, oplanodeliberaodasvias envolvearetiradadas fo-tos, bandeirasamericanas,flores, mensagenseoutrosob-jetosdepositadoscomohome-nagempela populao.MINUTO DE SILNCIOAsegurana foi reforadaoutra vez e as sirenes ganha-ramflegonovamentenoinciodatardedeontemporque a populao se aglo-merou nas esquinas da ruaBoylston.As pessoas foramdedicarumminuto de silncio s v-timas do atentado.Estouaqui por Martin[umdos trs mortos], disseamo-radora Lilly Boyd.Romaine Welch, que nas-ceu e sempre viveu na cida-de,afirmaquenovaite-mer as multides a partir deagora.Voucorrerdenovonoano que vem, planejaShannon Earley, que estavano meio do percurso no mo-mento das exploses e ficoudesesperada porque seupaicorria adiante.Aps ominutode silncio,almdo sinos das igrejas, assirenes voltarama soar.Nacenadatragdia, multidofaz 1 minde silncioFoi nessa semana que a primaveradesabrochou, e a cidade tambmvai reagirMYLLES KRESELmorador de BostonVoucorrer de novonoanoque vemSHANNONEARLEYmoradora de BostonNa linha de chegada da maratona de Boston, moradores fazemumminuto de silncio emmemria das vtimasKevork Djansezian/Getty Images/AFPDAS AGNCIAS DE NOTCIASOadvogadodavivadeTamerlan Tsarnaev disseque sua cliente, KatherineRussell Tsarnaev, soubeapenas pelaTVqueeleeraprocuradopelapolciaporsuspeitadeparticipaonos atentados da marato-na de Boston.Segundooadvogado, asautoridades federais jpe-diram para falar com Ka-therineparaobter detalhessobre a vida de Tamerlan,que foi morto pela polciaaps tiroteionaltimaquinta. Katherine era cris-t, mas se converteuao is-lamismo para poder casarcomTamerlan.Vivadizque ssoubedesuspeitasaoassistir TVabGr-BretanhaConhea o melhor da Inglaterra e Esccia.Prezado cliente: Os preos publicados so por pessoa em apartamento duplo vlidos exclusivamente para hospedagem no hotel mencionado nos respectivos roteiros. Os pacotes esto sujeitos a disponibilidade do hotel e inexistncia dereservas por outros clientes. Ofertas vlidas para compras at um dia aps a publicao deste anncio. Preos, datas de sada e condies de pagamento sujeitos a reajuste e disponibilidade. Condies para pagamento: parcelamento 0+10vezes sem juros no carto de crdito. Taxas de embarque cobradas pelos aeroportos no esto includas nos preos e devero ser pagas por todos os passageiros. Cmbio base 16/4/2013:1,00 = R$ 2,74. Passagens areas anunciadasnos pacotes so de classe econmica. Alguns itens podem no estar disponveis para todos os roteiros anunciados. 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Consulte sada 1/setembro.Roteiro Srie Sonhos.ESCCIA7 dias Sadas mensaisAPARTIRDE10XR$ 231,80SEMJUROS vista R$ 2.318. Base846.Circuito emnibus comacompanhamento de guia +2 noites emEdimburgo, 2 emInverness e 1 emGlasgow+passeio de barco pelo Lago NessemInverness + visita panormicaemEdimburgo + 2 refeies.Preopara pacote somente terrestrede 7 dias / 5 noites comsadas em10, 17, 24 e 31/maio e 7, 14, 21 e28/junho. Roteiro Europamundo.EM ATSEM JUROS10XCentral derelacionamentoApoio daequipe CVCPassagemareaHotisselecionadosCaf damanhTrasladode chegadae sadaV AT UMA LOJA CVC.Acesse o site cvc.com.br eveja a loja mais prxima ou falecom seu agente de viagens.RICARDO BONALUME NETODE SOPAULOUmapaneladepresso,mesmo recheada de explosi-vos, no pode ser considera-da uma arma de destruioem massa (WMD, na siglaemingls).Chamar assimumartefa-toexplosivoimprovisado(IED, na sigla emingls), co-mofezoprocurador-geralamericano, Eric Holder, bo-bagempura, apesar deoatentadoprovocadopelos ir-mos TsarnaevemBostonterfeito dezenas de feridos.Iraquianos eafegos estoconstantemente explodindoessas bombas caseiras, s ve-zes matandodezenas depes-soas, e nunca ningumdisseque estavamusando WMDs.Adefinioimprecisa,mas relativamente clara: ar-mas de destruio emmassaso nucleares, qumicas oubiolgicas. Oresto meroar-senal convencional. Mas quetambm pode produzir mor-tandade emmassa.Apossvel existnciadeWMDs no Iraque foi um dospretextos para a invaso dopaspelosEUAem2003. Nun-ca se achou nada. J as IEDsinfestamo pas at hoje.Oerrodoprocurador podeser umaquestodenmeros.Qual adefiniodeumacha-cinaemmassa?Cem, mil pes-soas mortas ou feridas? Trsmortos e 200 feridos seriamum atentado em massa? Pa-ra ele, parece que sim.Conceitos so, por nature-za, arbitrrios, o que tende acriar interpretaesjurdicas.H ainda o vis poltico. Tra-ta-se de umcrime comumoude terrorismo?Otemaficaaindamais cin-zentoquandosepensanahistria das destruies emmassa do ltimo sculo.Bombasatmicasforamusadas pelos americanoscontras as cidades japonesasde Hiroshima e Nagasaki em1945. Dezenasdemilharesmorreram. Mas ataques a-reos ditos convencionais,usando bombas explosivas eincendirias, mataram tan-tos outros milhares em T-quioouDresden(Alemanha).ComoTquiotinhaumadensidade populacionalmaior doqueHiroshimaeNa-gasaki, morreram mais pes-soas por quilmetro quadra-do do que nas duas cidadesvtimas de WMDs.Ataques comarmas qumi-cas, comoas daPrimeiraGuerra Mundial (1914-1918),oubiolgicas nuncaproduzi-ramos resultados que os mi-litares esperavam.Explosivos convencionaismataram muito mais gentenasguerrasmundiais.Nosconflitosdops-guerradoTerceiroMundo, os humildesfuzis e granadas foram mui-to mais letais.No fundo, uma arma, sejaconvencional ouno, spro-duz destruio em massaondehouver atal massa. Umapaneladepressocozinhan-do dinamite vai matar bemmais gente no Maracan emdia de Fla-Flu do que umabomba nuclear lanada nopolo Norte. Ou no Sul.NO FUNDO, UMAARMA, SEJACONVENCIONAL OUNO, S PRODUZDESTRUIO EMMASSA ONDEHOUVER ATAL MASSATERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013 HHHmundoA13ANLISE BOMBAS EM BOSTONConceitode arma dedestruioemmassa arbitrrioe polticoExplosivos convencionais matarammais gente na 2Guerra do que as bombas nucleares jogadas no JapoAhoradoinvestimentoprivado.investimento privado.Chegoua hora do Brasil superar os gargalos da suainfraestrutura de transportes.OGoverno Federal implantou novas e importantes polticasemrodovias, ferrovias, aeroportos e portos. OEstadorestringiu seu papel. Passa a concentrar o planejamentopara todo o Brasil e estabelecer normas. O setor privadochamadoarealizargrandesinvestimentoseoferecergesto mais eficiente.hora do consumidor e da indstria seremmais presentesna fiscalizao dos servios e das tarifas.HotelUniqueSP6e7demaio.Inscries gratuitas pelo site:www.esp.com.br/logisticaVAMOSDEBATEROBRASILDOAMANH,QUE COMEA A SERCONSTRUDOHOJE.ab A14mundo HHHTERA-FEIRA, 23 DE ABRIL DE 2013BARACKOBAMAtemtoda a razoao dizer que h muitas perguntasnorespondidas nocasodeBoston.Algumas:1 - Umassessor deumexperimen-tado congressista disse ao BostonGlobequevrios membros doCon-gressoestoquerendoinformaessobre a investigao que o prprioFBI confirmouter feito, em2011, so-bre Tamerlan Tsarnaev, o suspeitomorto pela polcia.O FBI tinha esse sujeito no ra-dar, mas de alguma forma ele saiu.Ouvimos durante vrios dias queno havia informao de intelign-cia [sobre os autores dos atenta-dos]. Agora, descobrimos quepode-ria ter havido informaes.Se oFBI mantivesse nos arquivosos dados bsicos de umcidado ti-do como suspeito, no precisariaexibir os vdeos em que aparecemos irmos Tsarnaev para pedir aju-da populao, o que obviamentealarmouos suspeitos, levando-os saes emque se envolveram.Poderia ter havido uma caadasilenciosa e discreta, o que, em te-se, pouparia pelo menos uma vida,adoseguranadoMITsupostamen-te morto pelos irmos emfuga.Talvez ambos pudessemser pre-sos comvida, oqueseriadointeres-sedainvestigao,cujoobjetivonestaconjunturacrticadeveriaseroderecolher informaes parapro-teger a nao de futuros ataques,como disseramos senadores JohanMcCain e Lindsay Graham.2 - Que fuzilaria foi aquela nasimediaes da casa em que Dzho-khar se refugiou emumbarco?Se o rapaz estavagravemente fe-rido, se no reagiu a tiros quando oproprietriodobarcolevantoualo-naparaverificar oqueestavaacon-tecendo, como que poderia se en-volver em uma troca de tiros cine-matogrficacomapolcia, comoosvizinhos a descreveram?Parece mais umatentativade fu-zilamento sumrio, o que d mar-gem a duas crticas: primeiro, denovo contraproducente para a in-vestigao, do que d prova o fatode que Dzhokhar noestpodendoser devidamente interrogado, porcausa dos ferimentos recebidos.Segundo, fere umprincpio civili-zatriobsicosegundooqual todosso inocentes at prova emcontr-rio, prova que a polcia ainda noproduzira, tantoqueelecontinuavaa ser tratado como suspeito.Afinal,comoescreveuGlennGreenwald, colunistade direitos ci-visdoGuardian: Dezenas, senocentenas de detidos emGuantna-mo, acusadosdeseremospioresdospiores, noeramculpados denada.Evidncias apresentadas pela m-dianosubstituemodevidoproces-so legal e umjulgamento comdirei-to a contraditrio.3 - No lgico que os irmos emfuga soltassemo motorista que ha-viam tomado como refm, aps di-zeremqueeramos responsveis pe-los atentados.Sabiam que, se liberassem o re-fm, eleos denunciarias autorida-des, como de fato ocorreu. Se jha-viam matado quatro, incluindo oguarda de segurana, no faz sen-tidoqueseapiedassemdeumaquinta pessoa e a soltassem semnemmesmo uma coronhada.Se Garca Mrquez temrazo aodizer que um bom conto aquelequepareceverdade, ocontodeBos-ton est devendo [email protected], umco