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Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os critérios de seleção explicitamente divulgados nos editais públicos.
Renato Mello de Moraes
Universidade Federal do Rio de Janeiro Instituto Coppead de Administração
Mestrado em Administração
Rio de Janeiro 2011
ii
Renato Mello de Moraes
Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os critérios de seleção
explicitamente divulgados nos editais públicos.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração, Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Administração.
Orientador: Prof. Dr. Vicente Antônio de Castro Ferreira
Rio de Janeiro
2011
iii
FICHA CATALOGRÁFICA
Moraes, Renato Mello de.
Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os critérios
de seleção explicitamente divulgados nos editais públicos. /
Renato Mello de Moraes. – 2011.
69 f.: il.
Dissertação (Mestrado em Administração) - Universidade
Federal do Rio de Janeiro, Instituto COPPEAD de
Administração, Rio de Janeiro, 2011.
Orientador: Vicente Antônio de Castro Ferreira
1. Seleção de investimentos. 2. Empresas jovens. 3. Avaliação
de empresas - Teses. I. Ferreira, Vicente Antônio de Castro.
(Orient.). II. Universidade Federal do Rio de Janeiro. Instituto
COPPEAD de Administração. III. Título.
CDD 332
iv
RENATO MELLO DE MORAES
Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os critérios de seleção explicitamente divulgados nos editais públicos.
Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Administração, Instituto COPPEAD de Administração, Universidade Federal do Rio de Janeiro, como parte dos requisitos necessários à obtenção do título de Mestre em Administração.
Aprovada em ____________________________________________________
Prof. Dr. Vicente Antônio de Castro Ferreira, D.Sc - Orientador Instituto COPPEAD de Administração – UFRJ
____________________________________________________
Adriana Victoria Garibaldi Hilal, D.Sc, COPPEAD/UFRJ
____________________________________________________
Mônica Esteves Rodrigues, D.Sc
v
AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, pelo amor e apoio incondicional, não somente durante o mestrado,
mas também por toda a minha vida. Também agradeço os pesados investimentos
feitos em minha formação.
À minha família, em especial minha avó e minha irmã Andréia, pelo carinho e amor
ao longo da vida.
Ao professor Vicente, por ter me ajudado e incentivado no desenvolvimento desse
trabalho, sempre com orientações objetivas.
A todos os funcionários do COPPEAD, especialmente aos da Secretaria Acadêmica
e da Biblioteca, pela ajuda ao longo desses dois anos de mestrado.
Aos professores do COPPEAD, que de alguma maneira contribuíram para este
momento.
Aos meus amigos do COPPEAD, com quem aprendi e me diverti muito, em especial
ao Pimpão, Bia, Alan, Roquete, Alexandre, Wellington e Marquinho.
A Deus, por sempre me iluminar nas horas mais difíceis e por sempre me guiar para
o melhor caminho.
vi
RESUMO
MORAES, Renato Mello de. Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os
critérios de seleção explicitamente divulgados nos editais públicos. Orientador:
Vicente Antônio de Castro Ferreira. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ; 2011.
Dissertação (Mestrado em Administração).
Negócios nascentes, tema desta dissertação, têm por natureza um elevado grau de
incerteza, além de ausência de dados históricos, característica que gera dificuldade
de abordá-los pela teoria de finanças. Todavia, os negócios nascentes são
financiados por instituições públicas e privadas, o que leva ao questionamento sobre
qual seria o critério de decisão de seleção dos investimentos.
Este trabalho objetiva a identificação de critérios de seleção de investimentos
publicamente divulgados por entidades que investem em negócios nascentes, tendo
como base editais de seleção de investimento em empresas nascentes.
Foram selecionados 16 editais de seleção de investimentos, divulgados no período
de 2007 a 2010. Na pós-seleção estes critérios foram tabulados para servir de base
de dados para esta dissertação. Os dados foram abordados de acordo com a
bibliografia organizada para o estudo.
Foram encontrados indícios de que, nos processos de seleção analisados, é mais
relevante identificar os fatores de desempenho das empresas nascentes que avaliar
critérios tipicamente financeiros.
Este estudo pode auxiliar empreendedores a formular melhor seus planos de
negócios para fins de captação de recursos, de acordo com os pontos valorizados
por instituições financiadoras deste tipo de negócio quando selecionam os
investimentos.
Palavras-chave: seleção de investimentos, negócios nascentes, avaliação de
empresa, administração.
vii
ABSTRACT
MORAES, Renato Mello de. Financiamento de negócios nascentes no Brasil: Os
critérios de seleção explicitamente divulgados nos editais públicos. Orientador:
Vicente Antonio de Castro Ferreira. Rio de Janeiro: COPPEAD/UFRJ; 2011.
Dissertação (Mestrado em Administração).
Young businesses, theme of this study, in general have a high degree of uncertainty
and don’t have historical data, adding difficulty to be addressed by finance theory.
However, emerging businesses are financed by public and private institutions, adding
questioning about what are the decision criteria for selecting investments.
This study aims to identify criteria for selection of investments by entities that invest
in emerging businesses, based on the selection criteria publicly available.
Were selected 15 invitations to the selection of investments, as disclosed in the
period 2007 to 2010, where these criteria were tabulated and were the basis of data
for this study. These data were discussed according to the literature review prepared
for the study.
We found evidence that the selection processes analyzed, there is a greater effort in
trying to identify the performance factors of start-ups than in assessing typical
financial criteria.
This study can help entrepreneurs make better business plans for fundraising based
on the relevant points of the selection of investments by institutional funds that
funding this type of business.
Keywords: investment selection, young business, valuation, business administration.
viii
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1: Desdobramento das categorias de critérios ................................................................ 63
Gráfico 2: Critérios associados a fatores de desempenho de empresas nascentes mais
recorrentes nos editais da amostra ................................................................................................. 64
Gráfico 3: Desdobramento das categorias de critérios ponderados .......................................... 64
Gráfico 4: Fatores de desempenho de empresas nascentes mais relevantes nos editais da
amostra ................................................................................................................................................ 65
Gráfico 5: Box Plot do percentual de quantidade de critérios entre as instituições por tipo de
critério ................................................................................................................................................... 67
Gráfico 6: Box Plot do percentual dos pesos dos critérios entre as instituições por tipo de
critério ................................................................................................................................................... 69
Gráfico 7: Desdobramento das categorias de critérios, excluindo os fatores específicos dos
editais ................................................................................................................................................... 71
Gráfico 8: Critérios associados a fatores de desempenho de empresas nascentes mais
recorrentes nos editais da amostra, excluindo os fatores específicos dos editais .................. 72
Gráfico 9: Desdobramento das categorias de critérios ponderados, excluindo os fatores
específicos dos editais ....................................................................................................................... 72
Gráfico 10: Fatores de desempenho de empresas nascentes mais recorrentes nos editais da
amostra, excluindo os fatores específicos dos editais ................................................................. 73
Gráfico 11: Box Plot da quantidade de critérios no edital por instituição, excluindo os fatores
específicos dos editais: ..................................................................................................................... 75
Gráfico 12: Box Plot dos pesos dos critérios no edital por instituição, excluindo os fatores
específicos dos editais: ..................................................................................................................... 76
ix
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Escopo de editais, ordenados por ano do edital, instituição e valores envolvidos: 16
Tabela 2: Comparativo entre critérios e pesos no edital .............................................................. 66
Tabela 3: Quantidade de critérios no edital por instituição: ......................................................... 66
Tabela 4: Estatística descritiva da tabela de Box Plot do percentual de quantidade de
critérios entre as instituições por tipo de critério: .......................................................................... 67
Tabela 5: Peso dos critérios no edital por instituição: .................................................................. 68
Tabela 6: Estatística descritiva da tabela de Box Plot do percentual de pesos dos critérios
entre as instituições por tipo de critério: ......................................................................................... 69
Tabela 7: Categoria de critérios mais regulares ............................................................................ 70
Tabela 8: Categoria de critérios mais relevantes .......................................................................... 70
Tabela 9: Comparativo entre critérios e pesos no edital, excluindo os fatores específicos dos
editais ................................................................................................................................................... 73
Tabela 10: Quantidade de critérios no edital por instituição, excluindo os fatores específicos
dos editais:........................................................................................................................................... 74
Tabela 11: Estatística descritiva da tabela de Box Plot da quantidade de critérios no edital
por instituição, excluindo os fatores específicos dos editais: ...................................................... 75
Tabela 12: Peso dos critérios no edital por instituição, excluindo os fatores específicos dos
editais: .................................................................................................................................................. 76
Tabela 13: Estatística descritiva do gráfico de Box Plot dos pesos dos critérios no edital por
instituição, excluindo os fatores específicos dos editais: ............................................................. 77
Tabela 14: Categoria de critérios mais regulares, excluindo os fatores específicos dos editais
............................................................................................................................................................... 77
Tabela 15: Categoria de critérios mais relevantes, excluindo os fatores específicos dos
editais ................................................................................................................................................... 78
x
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Hanks et al. (1993) apud McMahon (1998) Modelo de ciclo de vida empresarial –
Tradução própria ................................................................................................................................ 22
Figura 2: Damodaran (2009b) Questões de avaliação durante o ciclo de vida ........................ 25
Figura 3: Damodaran (2009a) Os primeiros estágios do ciclo de vida – Tradução própria ... 27
xi
LISTA DE SIGLAS
BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento
CNI – Confederação Nacional da Indústria
CV – Curriculum Vitae
EBT – Empresas de Base Tecnológica
FAPDF – Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal
FAPEMIG – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais
FAPESB – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia
FAPESPA – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará
FIEP –- Federação das Indústrias do Estado do Paraná
FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos
FNDCT – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico Tecnológico
IBQP – Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Paraná
IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
ICT – Instituição de Ciência e Tecnologia
LAJIDA – Lucro antes de juros, imposto de renda, depreciação e amortização
MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia
MPE – Média e Pequena Empresa
PAPPE –- Programa de Apoio à Pesquisa em Empresa
PCT Guamá – Parque de Ciência e Tecnologia Guamá
PD&I – Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação
xii
PRIME – Programa Primeira Empresa
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEBRAE/PR – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado do
Paraná
SECTI – Secretaria da Ciência, Tecnologia e Inovação
UFRGS – Universidade Federal do Rio Grande do Sul
UFRJ – Universidade Federal do Rio de Janeiro
xiii
Sumário
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 14
1.1. Motivação .................................................................................................................... 14 1.2. Objetivos e Perguntas da Pesquisa ........................................................................ 14
1.3. Relevância do tema ................................................................................................... 15 1.4. Relevância do estudo ................................................................................................ 16
1.5. Delimitação ................................................................................................................. 16
1.6. Organização do estudo ............................................................................................. 17 2. REVISÃO DA LITERATURA ........................................................................................... 18
2.1. Racionalidade Econômica ........................................................................................ 19
2.2. Características de empresas nascentes ................................................................ 20
2.3. Avaliação financeira de investimentos ................................................................... 24 2.3.1. Dificuldades na avaliação de empresas nascentes .......................................... 24
2.4. Análise de Crédito ...................................................................................................... 28
2.4.1. Crédito para empresas nascentes ....................................................................... 30
2.4.2. Crédito de fomento governamental ..................................................................... 31 2.5. Fatores determinantes no desempenho de empresas nascentes ..................... 32
3. METODOLOGIA ................................................................................................................ 40
3.1. Amostra e Fonte de Dados. ..................................................................................... 40
3.2. Coleta dos Dados ....................................................................................................... 40 3.3. Tratamento dos Dados .............................................................................................. 42
3.4. Limitações do Método ............................................................................................... 44 4. AS INSTITUIÇÕES E EDITAIS ....................................................................................... 45
BID ....................................................................................................................................... 45
FAPDF ................................................................................................................................. 46 FAPEMIG ............................................................................................................................ 48 FAPESB .............................................................................................................................. 50
FAPESPA ............................................................................................................................ 52 FINEP .................................................................................................................................. 55
HESTIA/UFRGS ................................................................................................................. 59 Rio Bravo ............................................................................................................................. 60
PAPPE Subvenção Paraná .............................................................................................. 61
5. RESULTADOS ................................................................................................................... 63
6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE FUTURAS PESQUISAS ................................. 79
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................... 82
Anexo I – Tabulação dos dados .......................................................................................... 89
14
1. INTRODUÇÃO
1.1. Motivação
Para estimar o valor de uma empresa, os diversos modelos preconizados na Teoria
de Finanças pressupõem a elaboração de projeções para o futuro partindo das
informações de seu desempenho passado. No que toca aos processos de avaliação
de empresas nascentes, a grande limitação é, portanto, a indisponibilidade de dados
históricos em que se possam basear essas projeções. No Brasil, instituições
públicas e privadas se especializaram em financiar este tipo de empresa e, acredita-
se que de algum modo, em seu processo de seleção de projetos, têm contornado a
limitação da Teoria, citada anteriormente, em seus processos de seleção de
projetos. Contribuir para um melhor entendimento de como estas instituições vêm
lidando com esta limitação é a principal motivação deste trabalho.
1.2. Objetivos e Perguntas da Pesquisa
Esta dissertação, ao mapear as variáveis consideradas por uma amostra de
instituições em seus processos de seleção, procurará responder às seguintes
perguntas:
Quais os critérios de seleção divulgados pelos agentes financiadores
participantes da amostra em seus editais?
Os critérios de seleção divulgados apresentam algum tipo de padrão entre as
diversas instituições selecionadas na amostra?
A ponderação entre os critérios, conforme divulgada, indica alguma
preponderância de algum tipo de critério de julgamento entre os diversos
editais?
15
1.3. Relevância do tema
Schumpeter (1934) apud Lee et al. (2001) diz que as empresas nascentes e o
empreendedorismo são os principais motores da economia moderna. São eles que
conduzem a sociedade para a inovação tecnológica e promovem a criação de
empregos e geração de renda.
Empresas nascentes se destacam como veículos de geração de renda porque
dinamizam a economia e exercem um papel social relevante. Segundo o SEBRAE
(2005)1, um terço dos empregos no Brasil estão nas microempresas (empresas que
estão em estágio inicial de desenvolvimento) e 57% dos empregos gerados em
agosto de 2009 o foram por microempresas.
Sob a ótica de benefícios para a sociedade, Damodaran (2009a) também apresenta
algumas características de empresas nascentes que demonstram sua importância
para a economia:
Emprego: Apesar de se ter poucos estudos focados apenas nas empresas
nascentes, empresas pequenas representam parte considerável dos empregos na
economia.
Inovação: Segundo o autor, inovações que rompem com práticas tradicionais
tendem a não surgir de empresas já estabelecidas no mercado, uma vez que estas
perdem muito com a inovação. As empresas nascentes, por sua vez, são campos
profícuos à novidade. Um exemplo de pioneirismo citado pelo autor é o varejo
eletrônico, que começou pela Amazom.com e não por um varejista tradicional.
Crescimento econômico: Economias que cresceram rápido nos últimos anos são
aquelas que tiveram alta taxa de formação de novos negócios.
1http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/E3146DECF662E9BF83257717004C1667/$File/NT00043FA
2.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2010.
16
1.4. Relevância do estudo
Instrumentos de financiamento para empresas nascentes podem facilitar seu
desenvolvimento ou viabilizar o negócio. Sob este prisma, identificar os critérios de
seleção dos projetos financiados por instituições que os divulgam é relevante para
empreendedores em busca de recursos, pois poderão trabalhar na busca por maior
aderência das características que as financiadoras julgam importantes em uma
empresa nascente, a fim de terem maior probabilidade de sucesso na obtenção de
recursos.
1.5. Delimitação
Esta pesquisa engloba editais no período entre 2007 a 2010. Sua amostra é
composta somente de editais públicos de financiamento para empresas nascentes
no Brasil já encerrados. A tabela 1, abaixo, apresenta os editais selecionados para a
amostra e informa, além do ano de publicação, qual a instituição promotora e qual o
montante de recursos alocado, quando informado.
Tabela 1: Escopo de editais, ordenados por ano do edital, instituição e valores
envolvidos:
Edital Ano do Edital Instituição Valor
CARTA-CONVITE MCT/FINEP/CT-PETRO – INCUBADORAS DE EMPRESAS - 01/2007 2007 FINEP R$14.000.000,00
EDITAL FAPDF N.º 11/2008 2008 FAPDF R$ 7.500.000,00
EDITAL BAHIA INOVAÇÃO/FAPESB/SECTI/FINEP/MCT– 017/2008 2008 FAPESB R$ 9.766.207,59
Projeto BID / FOMIM ATN/ME 11076 - BR 2009 BID US$1.800.000
FAPEMIG 15/2009 2009 FAPEMIG R$ 1.000.000,00
FAPESPA EDITAL N° 025/2009 (PME Existente) 2009 FAPESPA R$ 221.064,95
FAPESPA EDITAL N° 025/2009 (Novas Empresas) 2009 FAPESPA ND
Prime 2009 FINEP R$ 216.000.000,00
SELEÇÃO PÚBLICA MCT/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica à Inovação – 01/2009 2009 FINEP R$ 450.000.000,00
EDITAL N° 01/2009 HESTIA/UFRGS 2009 HESTIA/UFRGS ND
Rio Bravo - FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES 2009 Rio Bravo R$ 17.884.557,99
FIEP/SEBRAE/IBQP PAPPE SUBVENÇÃO 01/2009 2009 PAPPE Subvenção Paraná R$ 11.400.000,00
FAPEMIG - PROGRAMA DE INOVAÇÃO – PROJETO INVENTIVA 2010 FAPEMIG ND
EDITAL /FAPESB/SECTI/FINEP/MCT– 008/2010 2010 FAPESB R$ 1.583.270,12
EDITAL/FAPESB/SECTI– 010/2010 2010 FAPESB R$ 5.000.000,00
CHAMADA PÚBLICA MCT/FINEP Ação Transversal - TECNOLOGIA ASSISTIVA – 01/2010 2010 FINEP R$ 10.000.000,00
Tabela 1: Escopo de editais, ordenados por Ano do Edital, Instituição e Valores envolvidos
17
1.6. Organização do estudo
O estudo está organizado em cinco capítulos além desta introdução, intitulados:
Revisão da literatura; Metodologia; Instituições e Editais, Análise dos resultados e
Conclusões e sugestões de futuras pesquisas. A revisão da literatura selecionada
apresentará as características das empresas nascentes e questões de avaliação
financeira de investimentos e de crédito, e abordará as dificuldades enfrentadas
nestes tipos de avaliação para empresas que estão nesta etapa. Por fim, serão
abordados fatores de desempenho das empresas nascentes. A metodologia do
estudo trará as fontes de dados e a amostra e apresentará o tratamento dos dados e
as limitações do método. No quarto capítulo, serão apresentadas as instituições e os
editais abordados no estudo, os critérios de seleção utilizados e os pesos de cada
um deles, quando disponíveis. O quinto capítulo apresentará a análise dos
resultados e, concluindo o estudo, o sexto capítulo apresentará as conclusões e
sugestões de estudos futuros.
18
2. REVISÃO DA LITERATURA
O principal desafio do agente financiador de negócios nascentes é como alocar
melhor seus recursos, de forma a atender seus objetivos como agente financiador.
Lerner (1998) destaca que uma das prioridades destes agentes é reduzir o risco
moral e as assimetrias de informação entre empreendedor e agente financiador,
oriundas das restrições de informações históricas de empresas nascentes. Nesse
sentido, um dos objetivos do agente financiador é mitigar comportamentos não
funcionais do empreendedor. Em seu trabalho, o autor diz que tais questões afetam
tanto financiamentos via crédito ao empreendedor como também aportes de capital
por parte do agente financiador.
Na mesma linha, Zambaldi et al. (2011) encontrou evidências de que um dos fatores
que afetam as decisões de liberação de crédito para empresas é a assimetria de
informação entre credor e devedor. Por conseguinte, os bancos encontram
dificuldade para liberar os recursos dos financiadores para os empreendedores.
Tendo em vista as dificuldades mencionados acima, na revisão bibliográfica serão
abordados temas que ajudem a compreender melhor as questões envolvidas nos
desafios da seleção de investimentos do agente financiador de negócios nascentes.
Será tratada, então, uma breve literatura sobre racionalidade econômica, pois a
seleção das empresas que receberão os investimentos é sob restrição de recursos,
levando a crer que o agente financiador busque maximizar a alocação dos seus
recursos de forma a melhor atender os seus objetivos.
As características das empresas nascentes serão abordadas à luz da referida
literatura, para uma melhor compreensão do objeto fim da avaliação que os agentes
de financiamento costumam realizar.
Frente ao fato que o agente financiador das empresas nascentes pode financiar por
aporte de capital ou por liberação de crédito, o estudo apresentará uma revisão de
literatura sobre avaliação financeira de investimentos e análise de crédito, e discutirá
as considerações que devem ser feitas em cada uma delas ante as peculiaridades
das empresas nascentes. Por fim, serão analisados os fatores determinantes no
19
desempenho de empresas nascentes, pois é de interesse do agente financiador que,
em seu processo decisório, sejam selecionadas empresas com mais chances de
obterem desempenhos satisfatórios.
2.1. Racionalidade Econômica
Segundo Tomer (2008) para grande parte dos economistas racionalidade envolve a
seleção das melhores opções com o uso apropriado da razão, dentro dos interesses
do agente de decisão, sendo assim a razão aplicável para atingir um objetivo
definido. Zafirovski (2008) também debate sobre a racionalidade econômica e que a
ciência econômica se baseia na racionalidade das escolhas dos agentes. Vriend
(1995) também destaca que a racionalidade do homo oeconomicus – que é o agente
decisor da alocação de recursos para os economistas - é sua principal característica.
Zouboulakis (2001) destaca que para alguns autores a economia pressupõe uma
escolha ideal, que é baseado na ênfase que se dá em um ou mais aspectos de
decisão de um dado evento.
Simon (1979) caracteriza a racionalidade como limitada, uma vez que está baseada
nos limites da racionalidade do homem e assinala que a teoria econômica trata o
processo decisório de forma racional – no qual todas as opções são consideradas,
as consequências das decisões são conhecidas e também, neste processo é
possível atribuir valores às decisões citadas. A visão de racionalidade limitada se
opõe à do homem econômico, devido à falta de habilidade para avaliar todas as
alternativas possíveis e as suas consequências.
Foley (2004) destaca que o conceito de racionalidade econômica não exclui
inconsistência nas ações, que podem ser justificadas por alterações em suas
intenções ou objetivos conflitantes. Além dos pontos citados o agente pode não
entender a situação a qual está inserido.
20
2.2. Características de empresas nascentes
Empresas nascentes são aquelas que estão em estágio inicial do seu ciclo de vida.
Hanks et al. (1993) apud McMahon (1998) define o ciclo de vida de uma empresa
em 4 estágios de desenvolvimento: Start up, expansão, maturidade e diversificação
e 2 estágios relacionados à falta de comprometimento com o crescimento da
empresa: estilo de vida e crescimento limitado.
No foco do nosso trabalho estão editais de seleção de investimento de empresas
nascentes ou empresas em fase de start up, que, segundo Hanks et al. (1993) apud
McMahon (1998), caracterizam-se por serem jovens (pouco tempo de existência, em
média 4,29 anos), com estruturas organizacionais simples e uma média de 2,20
níveis organizacionais. A organização é altamente centralizada e bastante informal.
Há pouca especialização funcional, com média de 1,50 funções especializadas. O
desenvolvimento de produtos parece ser a prioridade. A média de crescimento das
receitas de vendas é de 91% a.a.2, e a média de crescimento do emprego é de 29 %
a.a., com médias anuais de vendas de 0,27 milhão de dólares.
Na fase de expansão, estão organizações mais antigas e maiores que as empresas
na fase de start up, com 7,36 anos desde sua fundação. Estas organizações
continuam bastante centralizadas como as empresas na fase de start up, porém um
pouco mais formalizadas do que as empresas na fase de start up, com uma média
de 3,18 níveis organizacionais e 3,4 funções especializadas. As receitas médias
anuais são de 1,40 milhões de dólares e a média de crescimento das receitas de
vendas é de 297% a.a. A média de crescimento do emprego é de 94% a.a. Nesta
etapa o foco costuma ser a comercialização dos produtos.
Na fase de maturidade, as empresas não são necessariamente mais antigas, com
idade média de 6,66 anos, porém costumam ter mais que o dobro do tamanho das
empresas em fase de expansão, com uma média de 4,00 níveis organizacionais e
10,17 funções especializadas. As organizações costumam estar em um processo de
descentralização e de formalização, com receitas anuais na ordem de 3,71 milhões
2 A partir daqui será posto “por cento ao ano” como “% a.a.”
21
de dólares em média. A média de crescimento das receitas de vendas é de 99%
a.a., e a média de crescimento do emprego é de 28% a.a.
As empresas na fase de diversificação já possuem um porte médio, tendo em média
16,20 anos de existência, com tendências a terem uma estrutura departamental,
com uma média de 5,70 níveis organizacionais e 15,30 funções especializadas. As
empresas são mais descentralizadas e mais formalizadas do que em quaisquer
estágios anteriores do ciclo de vida. A média de crescimento das receitas de vendas
é de 37% a.a., e a média de crescimento do emprego é de 57% a.a. As vendas
médias anuais já estão no patamar de 45,76 milhões de dólares.
O estágio de estilo de vida definido por Hanks et al. (1993) apud McMahon (1998)é
um estágio de descomprometimento com o crescimento, em que os donos estão,
conscientemente, querendo manter a empresa pequena, pois vislumbram mais
pontos negativos do que positivos no crescimento da empresa. São empresas
maiores do que as na fase de start up, porém muito mais antigas (em média têm
18,71 anos desde a fundação), lembrando, organizacionalmente, muitas empresas
em fase de start up. Possuem em média 7,00 funcionários e receitas médias de 0,41
milhão de dólares anuais. O crescimento médio das receitas de vendas é de 34%
a.a., mas não apresentam crescimento no número de empregos.
Outro estágio definido pelo autor como descomprometimento com o crescimento é o
estágio de crescimento limitado. Neste ponto, as organizações são tipicamente um
pouco maiores que as que estão no estágio de expansão, embora muito mais
antigas (em média com 12,65 anos) e com receitas anuais maiores: em média, de
2,05 milhões de dólares. São organizações menos complexas que as empresas na
fase de expansão. Suas vendas crescem 44% a.a. em geral e contribuem com uma
taxa de crescimento do emprego de 44% a.a. em média. Normalmente são
empresas que tiveram uma fase de expansão de sucesso, normalmente suas
economias são saudáveis, com produto e penetração de mercado que garantem
lucros consistentes.
A figura a seguir resume os conceitos mencionados acima:
22
Figura 1: Hanks et al. (1993) apud McMahon (1998) Modelo de ciclo de vida
empresarial – Tradução própria
Estágios de
Desenvolvimento
Falta de
Comprometimento
START-UP Número médio de empregados: 6,46
pessoas
Média de Vendas Anuais: US$0,27 milhão
Idade média: 4,29 anos
Expansão Número médio de empregados:
23,64 pessoas
Média de Vendas Anuais: US$1,40 milhão
Idade média: 7,36 anos
Maturidade
Número médio de empregados: 62,76 pessoas
Média de Vendas Anuais: US$3,71
milhões
Idade média: 6,66 anos
Diversificação Número médio de empregados:
495,40 pessoas
Média de Vendas Anuais: US$45,76 milhões
Idade média: 16,20 anos
Estilo de Vida Número médio de empregados: 7,00
pessoas
Média de Vendas Anuais: US$0,41 milhão
Idade média: 18,71 anos
Crescimento Limitado
Número médio de empregados: 24,65 pessoas
Média de Vendas Anuais: US$2,05
milhões
Idade média: 12,65 anos
Nesse sentido, o objetivo das empresas em fase de start up é o de superarem as
etapas iniciais do ciclo de vida empresarial para obterem retornos substanciais do
capital empregado pelos fundadores e financiadores.
23
Com intenção de definir as principais características das empresas nascentes, sob a
ótica de avaliação de retornos futuros de empresas nascentes ou em fase de start
up, Damodaran (2009a) cita:
Irrelevância do histórico: Empresas nascentes têm histórico limitado, com um
ou dois anos de dados disponíveis ou até menos.
Receitas pequenas ou nulas com perdas operacionais: Além dos dados
disponíveis serem limitados, são empresas com receitas pequenas ou nulas e
com despesas para a estabilização da operação, que levam a perdas
operacionais.
Dependência do capital privado: em regra, as empresas começam
inicialmente com capital do sócio e posteriormente de fundos de capital
privado, tendo essas empresas dificuldades de acesso ao mercado de
capitais.
Risco de falência: O autor menciona que várias empresas após seu start up
entram em falência por não resistirem aos testes comerciais. Segundo o
SEBRAE3, em 2005, 22% das empresas faliram antes de concluírem 2 anos
de existência. Em 2002, esse percentual foi de 49%.
Ausência de liquidez: por serem financiadas por capital privado e não serem
padronizadas, são investimentos muito menos líquidos que investimentos em
empresas negociadas publicamente.
Na medida em que a empresa nascente supera as etapas do ciclo de vida
empresarial, os problemas mencionados acima se abrandam. O histórico evoluirá, as
receitas e os ganhos serão mais robustos, a empresa terá maior oportunidade de
acesso a outras fontes de capital além do privado, o risco de falência tende a ser
menor e a liquidez tende a aumentar.
3 SEBRAE. Fatores condicionantes e taxas de sobrevivência e mortalidade das micro e pequenas empresas no
Brasil (2003-2005)< http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/BDS.nsf/8F5BDE79736CB99483257447006CBA
D3/$File/NT00037936.pdf>. Acesso em: 20 de abril de 2011.
24
2.3. Avaliação financeira de investimentos
A literatura de análise de investimentos usa o valor presente do fluxo de caixa
descontado como o valor de referência em decisões de investimento, assim como
avaliações por múltiplos de valor, com base em métricas contábeis, como lucro ou
LAJIDA (lucro antes de juros, imposto de renda, depreciação e amortização).
Todavia, nas últimas duas décadas, a metodologia de avaliação de investimentos
por opções reais vem sendo estudada por alguns pesquisadores acadêmicos,
incorporando assim o valor das flexibilidades de negócio nas avaliações de
investimentos. Bellalah (2002) destaca que a abordagem por opções reais considera
questões relevantes no ambiente econômico atual, como maior disponibilidade de
informação, comunicação eficiente e alta volatilidade do ambiente.
Para Arnold & Schockley (2002), o método do fluxo de caixa descontado é o reflexo
de uma série de hipóteses econômicas assumidas pelo avaliador do projeto em
relação ao futuro. Estas hipóteses também são válidas para a valoração por opções
reais, destacando assim a relevância da construção de tais hipóteses econômicas.
Sudarsanam, Sorwar & Marr (2004) salientam que para empresas para as quais
fatores intangíveis – como a inovação – são relevantes, avaliações por múltiplos não
capturam por completo como estes fatores contribuem para o valor da firma. Nesse
caso, mesmo métodos mais sofisticados, como o fluxo de caixa descontado, não
avaliam adequadamente as flexibilidades gerenciais envolvidas, pelo fato de o
método ser estático.
2.3.1. Dificuldades na avaliação de empresas nascentes
Em modelos de avaliação tradicionais, inicia-se com projeções de fluxos de caixas e
estes são descontados em valor presente a uma taxa apropriada ao seu risco para
determinar seu valor. Essa metodologia é razoavelmente simples em empresas com
lucros positivos, longos histórico de performance e com grande número de empresas
comparáveis (Damodaran 2000). Porém essa não é uma realidade para as
25
empresas nascentes, pois muitas vezes não possuem lucro, têm histórico
insuficiente e com pouca ou nenhuma empresa comparável.
O autor apresenta ainda, em outro trabalho, uma visão do ciclo de vida da empresa
e como a disponibilidade de informações e as fontes do valor mudam durante o ciclo
de vida. Abaixo, vê-se o quadro apresentado pelo autor:
Figura 2: Damodaran (2009b) Questões de avaliação durante o ciclo de vida
O autor define as questões relativas à avaliação das empresas durante o ciclo de
vida da seguinte maneira:
Empresas iniciantes: São empresas em um estágio logo após a formação.
Geralmente seus produtos não foram testados e seu mercado não está
estabelecido. A fonte de valor é o crescimento futuro e as informações são somente
estimativas que se baseiam muito na avaliação de competência dos administradores
e sócios para converter as ideias em fluxo de caixa.
26
Empresas em expansão: É o momento após estabelecimento da empresa no
mercado. É uma fase caracterizada pelo crescimento acelerado das receitas –
apesar de poderem apresentar perdas. As operações correntes são pistas úteis para
projeções futuras, embora as margens não sejam. A empresa já possui histórico
limitado de informações, mas os dados são voláteis e não confiáveis e é provável
que já possuam algumas empresas comparáveis.
Empresas em alto crescimento: Nesse estágio a receita cresce de forma acelerada e
os ganhos em menor escala. As informações disponíveis (histórica e operacional)
são mais úteis, e os ativos representam uma parcela relevante do valor, ainda que a
maior fonte de valor venha de expectativas de crescimento futuro. Nesse momento
já é possível ter estimativas mais diretas e, já apresentam algumas empresas
comparáveis em diversos estágios do ciclo de vida.
Empresas com crescimento estável: Fase em que os fluxos de caixa continuam a
crescer rapidamente – refletindo em investimentos passados – e a necessidade de
novos investimentos caem. Nesse estágio, a situação atual da empresa é indicador
de seu futuro e seu histórico operacional é fonte relevante de informações sobre seu
valor e ademais já possuem várias empresas comparáveis. Os ativos existentes já
representam tanto ou mais valor do que as expectativas de crescimento futuros.
Empresas em queda: Estágio onde os ganhos e as receitas estão em declínio (seja
por estagnação dos negócios ou por novos concorrentes) e novos investimentos
geram fluxos de caixas declinantes, apesar de a empresa ter pouca necessidade de
novos investimentos. Os ativos existentes são sua única fonte de valor. Seus ativos
comparáveis estão em menor quantidade que no estágio anterior, todavia sua
avaliação é mais fácil nesse estágio.
Damodaran (2009a), em outro trabalho, destaca outras dificuldades de valoração de
empresas nascentes, como a dependência do capital privado, inicialmente capital do
sócio e posteriormente de fundos de capital privado. Outro ponto que, segundo o
autor, deve ser considerado é o fato de que as empresas nascentes têm altas taxas
de mortalidade.
27
O autor apresenta uma visão do ciclo de vida de empresas nascentes alinhada a
uma visão de crescimento de receita apresentada por Hanks et al. (1993) apud
McMahon (1998), conforme Figura 3 a seguir.
Figura 3: Damodaran (2009a) Os primeiros estágios do ciclo de vida – Tradução
própria
Os problemas de avaliação durante o ciclo de vida empresarial, apontados no
trabalho de Damodaran (2009a), corroboram a visão das características das
empresas nascentes e o ciclo de vida empresarial dos autores citados nesta revisão
bibliográfica, ligando as questões organizacionais às questões de avaliação.
28
2.4. Análise de Crédito
Cinco aspectos são tradicionalmente abordados na avaliação de crédito: Caráter,
Capacidade, Capital, Colateral e Condições (Assaf Neto, 2003). Pode-se,
resumidamente, abordar tais dimensões da seguinte maneira:
Caráter: disposição do devedor na amortização de empréstimo;
Capacidade: habilidade do devedor na conversão de seus ativos em receita;
Capital: situação econômico-financeira do devedor;
Colateral: garantias ao contrato de empréstimo;
Condições: impacto dos fatores externos sobre a capacidade de pagamento
do cliente.
Brealey, Myers & Allen (2008) demonstram uma metodologia de avaliação de crédito
denominada “Z de Altman”, como sendo:
Índice de capacidade de crédito = Z = Retorno do ativo + 5 (cobertura de juros)
Para definir o Z, Altman utilizou a análise discriminante múltipla, obtendo os
seguintes resultados:
Total Ativo
LAJIR3,1
Total Ativo
Retidos Lucros0,85
Total Ativo
Líquido Giro de Capital0,72Z
Total Ativo
Vendas1,0
Total Passivo
Capital0,42
29
Para esta metodologia, empresas com Z (Índice de capacidade de crédito) inferior a
1,20 previsivelmente iriam à falência, enquanto empresas com índice entre 1,20 e
2,90 estariam em uma zona indefinida entre o declínio e a recuperação. Empresas
com Z superior a 2,90 seriam empresas saudáveis financeiramente do ponto de vista
de capacidade de crédito.
Em seu artigo seminal, Merton (1974) fez a associação de uma empresa com uma
opção, na qual o acionista tem o direito de vender a empresa para seus credores
pelo valor da dívida, na data de vencimento desta. Para Santos & Santos (2004) a
“Metodologia KMV” – derivada da metodologia proposta por Merton e desenvolvida
por Kealhofer, McQuown e Vasicek, da KMV Corporation – de análise de crédito
avalia a empresa como uma opção representando seus ativos avaliados a valor de
mercado, os quais poderão ser entregues aos credores sempre que o valor de
mercado de suas dívidas for, no mínimo, igual ou superior ao primeiro. O modelo
KMV pressupõe que a melhor estimativa do valor dos ativos é valor presente dos
fluxos livres de caixa da empresa. Caouette apud Santos & Santos (2004) aponta as
principais estimativas para a determinação da probabilidade de inadimplência, que
estão associadas à capacidade de geração de caixa da empresa:
Valor dos ativos;
Volatilidade do retorno sobre os ativos;
Ponto de default ou de inadimplência;
Distância ao default ou inadimplência;
Probabilidade de default ou de inadimplência.
Os autores definem algumas vantagens e desvantagem do modelo KMV –
considerado por estes uma metodologia moderna de avaliação de crédito.
Consideram como aspectos positivos o fato da metodologia resumir a robustez
teórica e basear-se em dados de mercado ao invés de em dados meramente
contábeis, e como aspectos negativos a suposição de normalidade dos retornos dos
ativos, a necessidade de análises comparativas, a ausência de distinção entre os
empréstimos de curto prazo em função da antiguidade, os convênios e
30
conversibilidade, além da concordância de que o nível de alavancagem das
empresas é estático.
2.4.1. Crédito para empresas nascentes
Os mesmos problemas de irrelevância de histórico encontrados na avaliação de
investimentos ocorrem na avaliação de risco de crédito para empresas nascentes.
Yoon e Kwon (2010) levantam essa questão, propondo a substituição de modelos
tradicionais de avaliação de crédito – baseados em análises de demonstrações
contábeis – por outras informações, como volume de vendas de cartão de crédito,
posicionamento do negócio e habilidade gerencial.
Behr, Entzian e Güttler (2011) também marcam essa assimetria de informação entre
credor e devedor, decorrente da ausência de dados, como um dos maiores
problemas na concessão de crédito para negócios nascentes. Outro problema
apontado pelos autores é a ausência de colateral, pois as empresas não possuem
ativos substanciais para disponibilizarem como garantia.
Esta ausência de dados e de ativos substanciais dificulta a aplicação de modelos
tradicionais de análise de crédito como os modelos de Altman (com base em dados
contábeis) ou a metodologia KMV (com base em informações de mercado), pois as
empresas nascentes não possuem dados de mercado, os dados históricos são
irrelevantes, os ativos são pequenos e normalmente não possuem comparáveis.
Estes problemas da ordem de seleção adversa e de risco moral preocupam
credores.
Uma das conclusões do estudo de Behr, Entzian e Güttler (2011) é que o maior
relacionamento entre credor e devedor pode reduzir essas assimetrias, refletidas no
tempo de liberação do empréstimo por parte do credor. Neste caso, pode-se
interpretar, segundo os autores, que as empresas nascentes que sobrevivem ao
primeiro teste – pagando os primeiros empréstimos que captaram – têm maiores
chances de captação dos próximos empréstimos, pois são empresas que já foram
selecionadas antes com sucesso e que tiveram sua assimetria de informação
31
reduzida frente ao credor, pois o mesmo já possuiria informações sobre a operação
do devedor.
2.4.2. Crédito de fomento governamental
Cumming (2005), investigou a performance do Fundo Australiano de Investimento
em Inovação, comparando com o mercado local de venture capital e de private
equity. Além disso, comparou com programas similares no Canadá, Reino Unido e
Estados Unidos. Em sua análise, foram consideradas três dimensões, listadas
abaixo:
A propensão do Fundo Australiano de Investimento em Inovação de tomar
risco em investir em empresas nos estágios iniciais do ciclo de vida e em
investimentos de alta tecnologia;
A propensão do Fundo Australiano de Investimento em Inovação de monitorar
e adicionar valor às investidas pelo preparo, distribuição e alocação de
portfólio, por gestor de fundo;
Sucesso da saída do fundo e performance do valor de ação por ofertas
públicas iniciais.
Neste trabalho, o autor concluiu que o programa contribuiu para o desenvolvimento
de empresas em fases de start up e iniciais, assim como as de base tecnológica,
apesar de não obterem êxito em uma parte considerável dos investimentos, além da
performance de saída do Fundo Australiano de Investimento em Inovação não ser
estatisticamente diferente dos fundos de Private Equity. O autor destaca que o
modelo do fundo é uma forma efetiva de desenvolver políticas governamentais de
estímulo ao financiamento de empresas em fases iniciais. Outro ponto de destaque
é que o modelo de governança do fundo estimula o financiamento do empreendedor.
32
2.5. Fatores determinantes no desempenho de empresas nascentes
Porque algumas empresas crescem e outras não? Esta é uma questão relevante
porque, uma vez que as instituições financiadoras têm capital restrito, elas têm
interesse em aplicar recursos em empresas com maiores chances de crescimento.
Davidsson e Wiklund (2000) apud Littunen & Niittykangas (2010) apontam quatro
abordagens para o estudo do crescimento:
Perspectiva baseada em recursos;
Perspectiva motivacional;
Perspectiva da adaptação estratégica;
Perspectiva da configuração.
Como os autores destacam, as três primeiras perspectivas são focadas nos fatores
de crescimento e a última, no processo de crescimento. O foco nesta revisão de
literatura são os fatores de crescimento.
Alguns estudos buscaram mapear as razões que levam a essas escolhas
discricionárias as quais fazem com que o desempenho das empresas se diferenciem
da performance da indústria. Dobbs e Hamilton (2007) sintetizaram esses estudos
com foco nas empresas nascentes. Neste estudo, os autores resumiram as variáveis
independentes de pesquisa em quatro grandes grupos: estratégias de gestão,
características do empreendedor, fatores específicos da indústria/ambiente e
características da firma.
Estratégias de Gestão
Dahlstrand e Saemundsson (2005) avaliaram como as inovações em negócios em
fase start up e os tipos de negócios praticados pelas mesmas poderiam influenciá-
las a crescer e se tornarem empresas médias. Para tal, utilizaram avaliações das
33
tecnologias e do mercado, classificando como “novo” ou “existente”, para obter
medidas de desenvolvimento de produtos e de mercados em seu estudo.
Em uma de suas observações, diz que empresas que buscam oportunidades em
novos conhecimentos de mercado têm menos propensão para crescer que
empresas que buscam crescimento em mercados com conhecimentos existentes.
No entanto, as que buscam oportunidades com novas tecnologias têm mais
propensão para o crescimento.
Apoiando o que Dobbs e Hamilton (2007) afirmaram sobre empresas nascentes
alavancadas financeiramente crescerem mais, Huynh e Petrunia (2010) encontraram
uma relação positiva e robusta – porém não linear – entre alavancagem financeira e
crescimento empresarial. Os autores definem alavancagem como a relação “dívida
sobre patrimônio líquido e crescimento da empresa em vendas”. Ainda, para os
autores, o crescimento da empresa e o grau de alavancagem mostram-se mais
sensíveis em níveis baixo e intermediário de alavancagem (isto é, em níveis
elevados de alavancagem não existem ganhos substanciais de crescimento).
No mesmo trabalho, os autores também encontraram evidências de correlação
positiva entre tamanho da empresa e o nível do ativo na época de sua fundação.
Uma conclusão obtida pelos autores é que um volume maior de ativos aumenta a
capacidade de acesso a recursos financeiros e, consequentemente, a possibilidade
de maior alavancagem. Uma explicação alternativa plausível, sob o ponto de vista
dos autores, é que empresas com nível de ativos elevados são empresas com alto
potencial de investimento, tendo assim bons projetos futuros, os quais sustentam
elevadas taxas de crescimento. Honjo (2000) observou que empresas com níveis de
capital abaixo do necessário para suas atividades têm maiores chances de falência,
Desta maneira, a disponibilidade de capital exerce papel fundamental no sucesso da
empresa.
Lee et al. (2001) fala que a performance na fase de start up tem correlação com o
volume de recursos financeiros investidos. Outro fator identificado como
positivamente correlacionado à performance na fase de start up foi o grau de
capacitação tecnológica da empresa, implícito na capacidade de diferenciação de
produto.
34
Quanto ao fator de internacionalização da estratégia de gestão, Loane et al. (2007)
encontraram evidências de que empresas geridas por equipes têm ritmo de
internacionalização maior do que aquelas geridas por apenas um sócio fundador.
Uma explicação levantada pelos autores é que as redes de relacionamento da
equipe fundadora são mais amplas em relação a uma rede de relacionamento de um
único sócio fundador. Outro fator importante é a participação dos gestores em redes
de relacionamento de especialistas. Outra rede de colaboração, que são os
relacionamentos com empresas de venture capital, foram correlacionadas como
positivas para Lee et al. (2001). Quanto ao relacionamento com as universidades,
não foram encontradas evidências diretas de melhoria de performance pelo autor.
Características do Empreendedor
Littunen & Niittykangas (2010) encontraram evidências do conhecimento do
empreendedor ter relação com o crescimento da empresa. Também assinalam o
efeito positivo que a rede de relacionamento dos empreendedores tem sobre a
capacidade de crescimento das empresas jovens.
Almus e Nerlinger (1999) constataram forte relação positiva entre o conhecimento
dos sócios fundadores e o crescimento da empresa. Os autores encontraram
resultados mais relevantes para os conhecimentos tecnológicos enquanto os
conhecimentos em gestão de negócios tiveram papel menor. Cressy (2006) também
destaca que uma boa capacidade de gestão de capital humano do empreendedor
aumenta suas taxas de sobrevivência nos próximos anos.
Colombo & Grilli (2005) encontraram evidências nas empresas italianas de base
tecnológica de que tanto educação quanto a experiência profissional dos sócios
fundadores influencia no crescimento da empresa. Na educação dos sócios não
foram encontradas evidências sobre anos de estudos com o crescimento da
empresa, mas foram encontradas evidências de que estudos de graduação e de
pós-graduação em cursos de base tecnológica e de gestão afetam positivamente tal
crescimento, promovendo efeito maior quando os fundadores apresentam anos de
estudos nestes dois campos. A análise confirma os resultados obtidos por Almus e
35
Nerlinger (1999) quanto à grande relevância do conhecimento tecnológico para o
crescimento da empresa.
No que tange à experiência profissional dos sócios fundadores, os autores
encontraram evidências de que experiências técnicas anteriores na mesma indústria
da nova empresa, ou experiências anteriores como empreendedor, apresentam
impactos positivos no crescimento da empresa. Por outro lado, experiências prévias
em outras indústrias ou em áreas comerciais dentro da mesma indústria apresentam
um papel insignificante. Outra conclusão interessante foi a constatação de que
experiências prévias como gestores não afeta o crescimento da nova empresa,
todavia estes profissionais são mais propensos à captarem recursos com fundos de
private equity e venture capital. Outra evidência encontrada é que há sinergias
quando a equipe de sócios fundadores tem capacidades complementares nos
seguintes campos: educação em gestão, em tecnologia, experiências na indústria da
nova empresa nas funções comerciais e tecnológicas.
Fatores específicos da indústria/ambiente
Littunen e Niittykangas (2010) observaram que a performance da indústria, objeto de
seu estudo (em específico, metalurgia especializada), afetou a performance de
crescimento da empresa. Isso de certa forma corrobora o estudo de Dobbs e
Hamilton (2007), em que é dito que variações do lado da demanda afetam o
desempenho das empresas nascentes. Honjo (2000), em seu estudo para
determinar os fatores que aumentam a chance de falência de novas empresas,
notou que novas empresas em indústrias com elevadas barreiras de entradas têm
mais chance de falirem. Outra conclusão dele é que empresas que entram em uma
indústria pouco depois ou após o fim de uma bolha de crescimento econômico têm
maiores chances de fracasso.
Short et al. (2009), ao analisar os impactos da indústria no desempenho da
empresa, cita outros autores para defender que atributos, recursos e as decisões
tomadas por seus sócios são as forças fundamentais para explicar o crescimento e a
performance de empresas nascentes, porém na literatura são encontradas
evidências de que o efeito indústria também é relevante para explicar o crescimento
36
e performance dessas empresas. Short et al. (2009) encontraram indícios de que
variações no nível da indústria explicam 15% das variações de vendas, 14% do
crescimento de vendas e 2% da sobrevivência das empresas nascentes.
Característica da empresa
Almus e Nerlinger (1999) observaram uma indicação de que há uma relação positiva
entre o tamanho da empresa na sua fundação e suas perspectivas de crescimento,
rejeitando em seu estudo a hipótese da “Gibrat’s law”, que assume o fato de não
haver correlação sistemática entre empresa e crescimento da empresa (Wagner,
1992; Audretsch,1995 apud Almus e Nerlinger (1999)).
Por outro lado, Colombo et al. (2004) dizem que a probabilidade de sucesso da
empresa nascente aumentará à proporção de seu tamanho Os autores também
investigaram os determinantes do tamanho da empresa na sua fundação,
destacando as restrições de liquidez e a qualidade da equipe. O tamanho da
empresa nascente foi definido pelo número de empregados 12 meses após sua
fundação. Um forte determinante do tamanho da empresa na fase de start up é o
nível de qualificação dos sócios fundadores, pois, fundadores mais talentosos
tendem a ter operações com escalas maiores e sócios mais preparados lidam
melhor que fundadores menos preparados com as dificuldades decorrentes de
escalas subótimas. Honjo (2000), de certa forma, também apoia essa conclusão,
pois encontrou evidências de que empresas que começam sua operação em
escalas subótimas têm maiores chances de falência.
Hawawini et al. (2003) destacam que, para boa parte das empresas, os movimentos
da indústria são mais relevantes que os fatores da empresa, mas algumas empresas
se destacam significativamente das demais – tanto de forma positiva quanto
negativa – e, para estas, os fatores das empresas são mais relevantes que os
movimentos da indústria. Um argumento é que as empresas podem fazer escolhas
discricionárias, e estas escolhas, por não serem idênticas entre si, levam-nas para
performances diferentes.
37
Em seu artigo, Dobbs e Hamilton (2007) fazem um resumo das principais variáveis,
descritas a seguir:
Grupos Fatores Conceito Evidências
Estratégias de Gestão
Objetivos de crescimento
Comprometimento dos controladores com crescimento
Incremento de performance tende a ser mais alcançado por empresas que têm objetivos específicos de crescimento
Recrutamento e seleção de funcionários
Capacidade de recrutar pessoas que podem executar a estratégia
Evidências de associação entre habilidades dos funcionários e crescimento da empresa
Desenvolvimento de produtos e mercados
Empresas pequenas têm dificuldades com economias de escala
Empresas pequenas com elevado crescimento têm estratégias de diferenciação de produto
Recursos Financeiros
Acesso a recursos financeiros é pré-requisito do crescimento
Firmas com acesso a financiamentos externos e/ou alavancadas crescem mais.
Internacionalização e redes de colaboração
Internacionalização promove maiores acessos aos mercados, porém tem elevados custos de entrada.
Pequenas empresas em redes de colaboração (ex: associações comerciais; joint ventures; alianças) têm mais sucesso em internacionalização.
Flexibilidade
Empresas flexíveis têm maiores chances de sobrevivência
Não há evidências conclusivas na literatura
38
Características do Empreendedor
Motivação
Empresas criadas para explorar oportunidades de mercado tendem a crescer mais que empresas criadas por motivações intrínsecas (ex: desemprego; estilo de vida)
Não há evidências conclusivas na literatura
Educação
Fundadores educados tendem a ter uma maior motivação de crescimento
Estudos com resultados contraditórios
Experiências
Empreendedor com experiência prévia tende a ser mais efetivo nos negócios
Empreendedores com experiência prévia na indústria ou com experiência em empreender são mais efetivos
Tamanho do time fundador
Equipes maiores têm mais talentos e recursos
Evidências de que times maiores produzem mais resultado
Fatores específicos da indústria/ambiente
Variações ao lado da demanda
Variações de tamanho, escopo de mercado afetam resultados das empresas.
Empresas em estágios de alta demanda da indústria têm maiores chances de crescimento
Variações ao lado da oferta
Quanto mais concorrentes, menores as chances de sucesso.
Pesquisas não são conclusivas para pequenas empresas
Características da empresa
Idade Quanto mais nova, maiores as chances de crescimento.
Empresas novas crescem mais, porém têm maior risco de falência.
Tamanho Quanto menor, maiores as chances de crescimento.
Crescimento independe do tamanho da empresa na sua criação
39
Dobbs e Hamilton (2007) levantam uma questão relevante para o financiamento das
empresas: já que a probabilidade de falência é maior para empresas pequenas, o
investimento gradual dos recursos no novo negócio é uma estratégia ótima. Esta
questão é tratada em alguns programas de financiamento, cujos recursos são
liberados de forma gradual para as empresas nascentes.
40
3. METODOLOGIA
3.1. Amostra e Fonte de Dados.
A amostra foi elaborada com editais públicos encerrados de seleção de projetos de
fomento à inovação. Foram consideras as seguintes instituições como universo da
amostra:
BID
FAPDF
FAPEMIG
FAPESB
FAPESPA
FINEP
HESTIA/UFRGS
Rio Bravo
PAPPE Subvenção Paraná
O motivo da escolha destas instituições se deve ao fato de elas disponibilizarem
seus critérios de seleção de financiamento para empresas nascentes.
3.2. Coleta dos Dados
Dentre as instituições mencionadas acima, foram considerados os seguintes editais
para coleta de dados:
41
BID
o Edital Projeto BID / FOMIM ATN/ME 11076 - BR
FAPDF
o Edital FAPDF N.º 11/2008 - Seleção pública de projetos de apoio à
pesquisa a micro e pequenas empresas do Distrito Federal na
modalidade subvenção – PAPPE subvenção
FAPEMIG
o Edital FAPEMIG 15/2009 - Programa estruturador rede de inovação
tecnológica: apoio às incubadoras de empresas de base tecnológica
o Edital FAPEMIG - Programa de inovação – Projeto Inventiva
FAPESB
o Edital FAPESB / SECTI / FINEP / MCT– 008/2010
o Edital BAHIA INOVAÇÃO / FAPESB / SECTI / FINEP / MCT –
017/2008
o Edital FAPESB/SECTI – 010/2010
FAPESPA
o Edital FAPESPA 025/2009
FINEP
o Edital do programa PRIME
o Edital da Seleção Pública MCT/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica
à Inovação – 01/2009
o Edital da Carta-Convite MCT/FINEP/CT-PETRO – Incubadora de
Empresas - 01/2007
42
o Edital da Chamada Pública MCT/FINEP Ação Transversal – Tecnologia
Assistiva – 01/2010
HESTIA/UFRGS
o Edital N° 01/2009 HESTIA/UFRGS
Rio Bravo
o Prospecto de distribuição pública de cotas de classe a da terceira
emissão do Rio Bravo Investimentos fundo de investimento em
participações
PAPPE Subvenção Paraná
o Edital FIEP/SEBRAE/IBQP PAPPE SUBVENÇÃO 01/2009
Em todos os editais mencionados acima, foram coletados e tabulados os critérios de
seleção e os pesos atribuídos aos mesmos. Estes dados coletados serão tabulados
e tratados e estão transcritos no Anexo I.
3.3. Tratamento dos Dados
Neste trabalho foi utilizada estatística descritiva para a análise dos resultados. Com
o objetivo de entender os critérios de seleção de projetos, foram feitas as seguintes
análises:
1. Divulgação dos critérios de seleção de investimento: Aqui, buscou-se verificar
o nível de transparência em relação à divulgação dos critérios de seleção de
projetos.
2. Composição dos critérios de seleção: para compreender os critérios das
instituições que divulgam seus critérios de análise.
43
3. Ponderação dos critérios de seleção: para compreender os critérios mais
relevantes das instituições que divulgam seus critérios de análise. Para isso,
os pesos serão ponderados pelo seu valor relativo frente aos demais critérios
do edital, conforme fórmula abaixo:
Edital no Critérios dos Pesos
Edital no Critério do Original PesoCritério do Ponderado Peso
Para os critérios que são mandatórios, estes foram expurgados da análise de
pesos ponderados, pois não há como atribuir peso de forma objetiva aos
mesmos.
4. Categorização dos critérios de seleção: para agrupar os critérios de seleção,
permitindo comparação entre as instituições que divulgam seus critérios de
análise. Os critérios foram organizados nas seguintes categorias:
a. Critérios Financeiros (associados ao orçamento do projeto, medidas de
retorno, capacidade financeira do projeto, fontes de recurso e
viabilidade);
b. Critérios de Risco (associados à qualidade da contrapartida e medidas
de risco);
c. Critérios não financeiros;
i. Fatores de desempenho da empresa – Utilizada a mesma
segmentação adotada por Dobbs e Hamilton (2007);
ii. Critérios específicos do edital (delimitação geográfica, área de
atuação e critérios mandatórios).
5. Comparação dos critérios de seleção: para comparar os critérios de seleção,
permitindo constatar quais são os critérios mais relevantes.
44
3.4. Limitações do Método
Em primeiro lugar, deve-se mencionar que a amostra somente com dados públicos
excluiu todos os processos de seleção de investimentos à inovação cujos critérios
não foram divulgados publicamente. Em adicional, há restrições oriundas do corte
geográfico e do corte temporal.
Sendo assim, cabe ressaltar que os resultados da pesquisa não valem para outros
processos de seleção de projetos de financiamento, e as conclusões não podem ser
diretamente aplicadas em outros processos.
Outra limitação está na seleção de editais públicos de seleção de empresas
nascentes como fonte de dados, pois grande parte das instituições que divulgam tal
informação são instituições públicas, que podem ter outros objetivos que não só
otimizar sua relação risco-retorno.
45
4. AS INSTITUIÇÕES E EDITAIS
Este capítulo foi destinado à listagem dos objetivos, dos editais e os critérios de
avaliação das instituições utilizadas para análise ao longo da presente dissertação.
Esclarece-se que a maior parte dos textos do capítulo corrente foi extraída dos
websites das próprias instituições e os acessos constam como nota.
BID
O BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) apoia iniciativas de países da
América Latina e Caribe para reduzir a pobreza e a desigualdade. Seu objetivo é
trazer desenvolvimento de uma maneira sustentável, sobretudo em respeito aos
prejuízos climáticos.4
Para este trabalho foi utilizado o edital Projeto BID / FOMIM ATN/ME 11076 - BR5 do
programa BID/CNI de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local.
No edital estudado não consta nenhum tipo de ponderação de critérios, sendo os
mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Racionalidade do planejamento de cronograma e orçamento;
o Capacidade gerencial e financeira dos solicitantes para boa execução
do projeto de inovação.
4 http://www.iadb.org/pt/sobre-o-bid/sobre-o-banco-interamericano-de-desenvolvimento-,5995.html. Acesso em:
30 de junho de 2010. 5http://www.fieac.org.br/admin/SISTEMA/noticia/admin/uploads/FIEAC%20CNI%20BID%20Edital%20Projet
os%20Inovacoes%20Empresariais%20Coletivas.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2010.
46
Critérios de risco:
o Valor de compromissos de contrapartida acima do percentual mínimo
exigido, conforme indicado no item 5, por parte das empresas e/ou
entidades participantes, públicas ou privadas, locais ou externas;
o Capacidade econômica de sustentação dos recursos de contrapartida.
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Objetivos de projeto claros e definidos;
o Clareza na definição de indicadores de resultado para a execução
exitosa do plano de trabalho e na previsão de acontecimentos externos
necessários ao seu êxito.
Critérios específicos do edital:
o Quantidade de empresas envolvidas no Projeto de Inovação;
o Relevância da proposta de projeto para a competitividade do sistema
produtivo envolvido no Programa BID/CNI;
o Enquadramento do objetivo do Projeto em relação aos focos do
Programa estabelecidos nos itens 4 e 6 deste Edital;
o Precisão na definição das etapas e tarefas propostas no plano de
trabalho;
o Sustentabilidade ou racionalidade ambiental da inovação buscada.
FAPDF
A FAPDF (Fundação de Apoio a Pesquisa do Distrito Federal) é uma entidade com
personalidade jurídica de direito privado, sob a forma de fundação pública e tem por
finalidade estimular, apoiar e promover o desenvolvimento científico, tecnológico e
47
de inovação do Distrito Federal, visando ao bem-estar da população, à defesa do
meio ambiente e ao progresso da ciência e tecnologia.6
Para este trabalho foi utilizado o edital FAPDF N.º 11/2008 - Seleção pública de
projetos de apoio à pesquisa a micro e pequenas empresas do Distrito Federal na
modalidade subvenção – PAPPE subvenção.7
No edital estudado consta ponderação diferenciada dos critérios, tendo pesos entre
3 e 5, sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Consistência e adequação do orçamento aos objetivos do projeto,
cronograma físico-financeiro e indicadores de progresso do projeto
(Peso 4);
Critérios de risco:
o Aporte de contrapartida da empresa acima dos valores mínimos
requeridos (Peso 5);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Parcerias com instituições científicas e tecnológicas para o
desenvolvimento do projeto (Peso 4);
o Qualificação da equipe técnica do projeto: mestres e doutores
envolvidos no projeto (Peso 4);
o Adequação das instalações para PD&I que serão utilizadas no
desenvolvimento do projeto (Peso 3);
o Impactos econômicos e comerciais da inovação: perspectivas de
inserção no mercado dos resultados do projeto; potencial aumento da
produtividade e da competitividade dos produtos e serviços
decorrentes da inovação (Peso 5);
6 http://www.fap.df.gov.br/. Acesso em: 30 de junho de 2010.
7 http://www.fap.df.gov.br/sites/100/172/00000230.pdf . Acesso em: 30 de junho de 2010.
48
Critérios específicos do edital:
o Clareza e adequação da metodologia proposta aos objetivos do projeto
(Peso 3);
o Impacto social da inovação: potenciais impactos sociais e econômicos
a serem gerados pelo projeto em âmbito local e regional; adensamento
de cadeias produtivas; absorção de recursos humanos qualificados
(Peso 5).
FAPEMIG
A FAPEMIG (Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de Minas Gerais) tem como
missão induzir e fomentar a pesquisa e a inovação científica e tecnológica para o
desenvolvimento do Estado de Minas Gerais. Além de fomentar a pesquisa científica
e tecnológica, estimula e participa de programas especiais e, associada a outras
instituições financiadoras, promove a integração com os setores produtivos, em
especial, com a pequena e média empresa.8
Neste trabalho foram utilizados os seguintes editais: FAPEMIG 15/2009 - Programa
estruturador rede de inovação tecnológica: apoio às incubadoras de empresas de
base tecnológica9; e o edital FAPEMIG - Programa de inovação – Projeto
Inventiva10.
Não consta no edital FAPEMIG 15/2009 - Programa estruturador rede de inovação
tecnológica: apoio às incubadoras de empresas de base tecnológica diferenciação
na ponderação dos critérios, sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Adequação do orçamento aos objetivos da proposta;
8 http://www.fapemig.br/institucional/apresentacao/index.php. Acesso em: 30 de junho de 2010.
9 http://www.inatel.br/icc/editais_ngti/fapemig/Edital_FAPEMIG_15-
2009_Incubadoras_de_Empresas_de_Base_Tecnologica.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2010. 10
http://www.fapemig.br/propriedade_intelectual/projeto_inventiva/index.php. Acesso em: 30 de junho de 2010.
49
Critérios de risco:
o Contrapartidas financeiras e econômicas;
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Originalidade e/ou caráter de inovação;
o Articulação com os parceiros locais, indicando os papéis de cada um;
o Relacionamento com instituições de pesquisa e desenvolvimento
devidamente formalizado;
o Produtos e resultados esperados;
o Utilização de técnica de acompanhamento/gerenciamento do projeto;
o Viabilidade de execução do plano de trabalho;
o Competência e experiência prévia do coordenador na área;
o Composição da equipe para execução da proposta.
Critérios específicos do edital:
o Adequação da metodologia;
o Adequação do cronograma físico e qualidade dos indicadores do
progresso técnico-científico da proposta;
o Impacto regional - criação de empresas, postos de trabalho, geração
de impostos, criação de novos produtos inovadores, formação de
empreendedores;
o Relevância para o desenvolvimento tecnológico do estado de Minas
Gerais;
o Software utilizado, ou em fase de implantação, de gestão da
incubadora e do acompanhamento dos projetos/empresas pré-
incubadas, empresas incubadas e graduadas.
50
No edital FAPEMIG - Programa de inovação – Projeto Inventiva consta ponderação
diferenciada dos critérios, tendo pesos entre 10 e 30, sendo os mesmos agrupados
da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Orçamento: adequação do orçamento proposto aos objetivos do projeto
(Peso 10);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Inovação: nível de informações do estado da técnica comparadas à
criação (Peso 30);
o Mercado: demonstração do potencial de mercado do projeto,
ressaltando os fatores que justificam o interesse da empresa/inventor
ou de terceiros em introduzir o protótipo no mercado (produção em
escala) (Peso 30);
Critérios específicos do edital:
o Mérito: aferido pela contribuição ao avanço e à consolidação do
tecnológico e econômico (Peso 15);
o Estrutura da proposta e adequação metodológica: verificáveis pela
compatibilidade do objetivo geral e objetivos específicos ao
desenvolvimento das atividades propostas (Peso 15).
FAPESB
A FAPESB (Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado da Bahia) tem por objetivo
buscar a inserção plena da ciência e da tecnologia na solução de problemas
econômicos e sociais que afetam o desenvolvimento sustentável da economia
baiana. A Fundação diz acreditar que o estímulo à capacitação tecnológica e a
51
ampliação do capital intelectual são os principais vetores do desenvolvimento
econômico e da elevação do nível da qualificação de vida da população.11
Neste trabalho foram utilizados os seguintes editais: FAPESB / SECTI / FINEP /
MCT– 008/201012, BAHIA INOVAÇÃO / FAPESB / SECTI / FINEP / MCT –
017/200813 e FAPESB/SECTI – 010/201014.
No edital FAPESB / SECTI / FINEP / MCT– 008/2010 consta ponderação
diferenciada entre os critérios, tendo pesos entre 2 e 5, sendo os mesmos
agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Dimensão viabilidade técnica (orçamento, infraestrutura e equipe
executora) (Peso 3);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Dimensão projeto (objetivos, metas, metodologia, cronograma de
execução) (Peso 2);
o Dimensão inovação (tecnologia, comercialização/impacto sócio-
ambientais) (Peso 5);
No edital BAHIA INOVAÇÃO / FAPESB / SECTI / FINEP / MCT – 017/2008 consta
ponderação diferenciada entre os critérios, tendo pesos entre 2,0 e 3,5, sendo os
mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Dimensão orçamento, contrapartida, cronograma, infraestrutura e
equipe executora (Peso 2,0);
11
http://www.fapesb.ba.gov.br/?page_id=146. Acesso em: 30 de junho de 2010.
http://www.fapesb.ba.gov.br/apoio/bahia-inovacao/edital0082010_pappe.pdf. 12
. Acesso em: 30 de junho de
2010. 13
http://www.uefs.br/portal/arquivos/edital-pappe-bahia-inovacao.pdf.. Acesso em: 30 de junho de 2010.
www.fapesb.ba.gov.br/apoio/bahia-inovacao/edital_ia_0102010.pdf. 14
. Acesso em: 30 de junho de 2010.
52
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Dimensão projeto (metodologia, cronograma) (Peso 2,0);
o Dimensão Inovação (Peso 3,5);
o Dimensão comercialização/aplicação (Peso 2,5);
No edital FAPESB/SECTI – 010/2010 consta ponderação diferenciada entre os
critérios, tendo pesos entre 2 e 5, sendo os mesmos agrupados da seguinte
maneira:
Critérios financeiros:
o Dimensão viabilidade técnica (orçamento, infraestrutura e equipe
executora) (Peso 3);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Dimensão projeto (objetivos, metas, metodologia, cronograma de
execução) (Peso 2);
o Dimensão inovação (tecnologia, comercialização/impacto sócio-
ambientais) (Peso 5);
FAPESPA
A FAPESPA (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará) tem por objetivo
apoiar e fomentar o desenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica no estado
do Pará em todas as áreas do conhecimento, com vistas a promover o
desenvolvimento econômico e social do estado de forma enraizada nas
competências e potencialidades locais.15
15
http://www.fapespa.pa.gov.br/?q=node/21. Acesso em: 30 de junho de 2010.
53
Neste trabalho foi utilizado o edital FAPESPA 025/200916, que intenta atender dois
perfis distintos: empreendedores sem empresas constituídas e pequenas e médias
empresas já existentes. Como estes perfis são avaliados por critérios diferentes
neste edital, foram abordados de forma separada. Em ambos editais consta
ponderação diferenciada entre os critérios, tendo pesos entre 1 e 2.
Foram utilizados os seguintes critérios para avaliação dos planos de negócios das
pequenas e médias empresas já existentes, agrupados da seguinte maneira:
Critérios de risco:
o Qualificação e quantificação das fontes de recursos-Adicionais da MPE
(contrapartidas). (Peso 1);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Apoio tecnológico/empresarial NE ICT (Instituição de Ciência e
Tecnologia) na região. (Peso 2);
o Apresentar ações de Inovação em Produto, Processo, Serviços e/ou
Marketing. (Peso 2);
o CV do consultor e do pesquisador (com ênfase em pontos relacionados
ao objeto do Edital). (Peso 1);
Critérios específicos do edital:
o Ser Micro ou Pequena Empresa segundo os critérios da Lei Geral da
MPE. (Mandatório);
o Aderência aos Setores indicados no item 1 do Edital. (Mandatório);
o Aderência aos objetivos do PCT Guamá (Mandatório);
o Envolvimento com ações do SEBRAE/PA (Mandatório);
16
http://www.sig.fapespa.pa.gov.br/diversos/file/editais/Edital%20SEBRAE-FAPESPA-
EDITAL_Novo%20025_21%2012%202009.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2010.
54
o Inserção dos objetivos da MPE ao plano de desenvolvimento do Estado
do Pará, programas setoriais, cadeias produtivas, clusters. (Peso 2);
o Aderência aos objetivos do PCT Guamá (Peso 2);
Foram utilizados os seguintes critérios para avaliação dos planos de negócios dos
empreendedores sem empresa constituída, agrupados da seguinte maneira:
Critérios de risco:
o Qualificação e quantificação das fontes de recursos- Adicionais a
serem captadas pelo futuro empreendimento. (Peso 1);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Apoio (Termo de Compromisso) tecnológico/empresarial NE ICT
(Instituição de Ciência e Tecnologia) na região. (Peso 2);
o Apresentar Projeto com as ações de Inovação em Produto, Processo,
Serviços e/ou Marketing para o futuro empreendimento (Peso 1);
o CV do consultor e do pesquisador (com ênfase em pontos relacionados
ao objeto do Edital). (Peso 1);
Critérios específicos do edital:
o Projeto do futuro empreendimento que apresente aderência aos
Setores indicados no item 1 do Edital. (Peso Mandatório);
o Projeto do futuro empreendimento que apresente aderência aos
objetivos do PCT Guamá (Peso Mandatório);
o Projeto do futuro empreendimento que apresente envolvimento com
ações do SEBRAE/PA (Peso Mandatório);
o Qualificação do(s) empreendedor(es) (Peso Mandatório);
55
o Inserção dos objetivos do empreendimento ao plano de
desenvolvimento do Estado do Pará, programas setoriais, cadeias
produtivas, clusters. (Peso 2);
o Aderência aos objetivos do PCT Guamá (Peso 2);
FINEP
A FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) tem por missão promover o
desenvolvimento econômico e social do Brasil por meio do fomento público à
ciência, tecnologia e Inovação em empresas, universidades, institutos tecnológicos e
outras instituições públicas ou privadas.17
Neste trabalho foram utilizados seguintes editais do programa PRIME18, Seleção
Pública MCT/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica à Inovação – 01/200919, Carta-
Convite MCT/FINEP/CT-PETRO – Incubadora de Empresas - 01/200720 e Chamada
Pública MCT/FINEP Ação Transversal – Tecnologia Assistiva – 01/201021.
No edital do Programa PRIME consta ponderação diferenciada dos critérios, na
etapa da proposta simplificada, porém não consta diferenciação entre os mesmos na
etapa da proposta detalhada - os critérios da etapa da proposta simplificada têm
pesos entre 1 e 3 - sendo os critérios de seleção do programa agrupados da
seguinte maneira:
17
http://www.finep.gov.br/o_que_e_a_finep/a_empresa.asp?codSessaoOquee FINEP=2. Acesso em: 30 de junho
de 2010. 18
http://www.finep.gov.br/programas/prime.asp. Acesso em: 30 de junho de 2010. 19
http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/subvencao_economica/editais/ Subvencao_2009.pdf. Acesso em: 30
de junho de 2010. 20
http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/ct_petro/editais/ Carta_Convite_CTPETRO_2007.pdf. Acesso em:
30 de junho de 2010. 21
http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/acao_transversal/editais/2010%20Tecnologia%20V.Final.pdf..
Acesso em: 30 de junho de 2010.
56
Critérios financeiros:
o Consistência e viabilidade da proposta (Etapa da Proposta Simplificada
- Peso 1);
o Retorno econômico-financeiro (Etapa da proposta detalhada);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Grau de inovação do produto/serviço (Etapa da Proposta Simplificada -
Peso 3 e Etapa da proposta detalhada);
o Potencial de mercado (Etapa da proposta detalhada);
o Qualidade e consistência da estratégia de marketing (Etapa da
proposta detalhada);
o Qualidade da equipe, em particular do empreendedor e do gestor de
negócios. (Etapa da proposta detalhada);
Critérios específicos do edital:
o Vantagens competitivas da empresa (Etapa da Proposta Simplificada -
Peso 1);
o Importância do KIT PRIME para a empresa (Etapa da proposta
detalhada);
o Qualidade e consistência das propostas de consultoria (Etapa da
proposta detalhada).
No edital da Seleção Pública MCT/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica à Inovação
– 01/2009 consta ponderação diferenciada dos critérios, tendo pesos entre 4 e 6,
sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Viabilidade técnica e financeira e adequação do orçamento do projeto
proposto (Peso 5);
57
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Grau de inovação do projeto em relação a outros projetos ou soluções
existentes (Peso 4);
o Impacto do produto/serviço no mercado e/ou importância estratégica
para a sociedade (Peso 6);
o Capacitação técnica da equipe executora e capacidade/experiência
anterior da empresa (Peso 4);
Critérios específicos do edital:
o Efetividade do projeto na solução dos problemas definidos no tema
específico (Peso 6).
No edital da Carta-Convite MCT/FINEP/CT-PETRO – Incubadora de Empresas -
01/2007 consta ponderação diferenciada dos critérios, tendo pesos entre 3 e 5,
sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Adequação do orçamento ao Projeto (Peso 4);
Critérios de risco:
o Aporte de Contrapartida financeira e Outros Recursos financeiros.
(Peso 5);
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Clareza e objetividade. Objetivos, metodologia, atividades, metas e
prazos. Qualidade geral da proposta. (Peso 5);
o Histórico de projetos prospectados, empresas incubadas e graduadas
nos últimos três anos. Serviços prestados às incubadas. (Peso 4);
o Equipe gestora: qualificação profissional e dedicação da equipe;
adequação da equipe aos objetivos da proposta. (Peso 4);
58
o Adequação da infraestrutura disponível nas instituições participantes
para a execução das atividades propostas. (Peso 3);
Critérios específicos do edital:
o Relevância do Projeto para o setor de Petróleo e Gás. (Peso 5);
o Foco da proposta no objetivo da atividade fim (criação/desenvolvimento
de EBTs da Cadeia de Petróleo e Gás Natural). (Peso 5);
No edital da Chamada Pública MCT/FINEP Ação Transversal – Tecnologia Assistiva
– 01/2010 consta ponderação diferenciada dos critérios, tendo pesos entre 1 e 5,
sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Participação de Instituição Interveniente Cofinanciadora (Peso 2);
o Adequação do orçamento para execução das atividades propostas.
(Peso 1);
Critérios relativos a fatores de desempenho da empresa:
o Grau de inovação da proposta (Peso 5);
o Adequação do cronograma físico (metas físicas, atividades, indicadores
físicos e prazos) e da metodologia proposta para execução dos
objetivos do projeto. (Peso 4);
o Adequação da equipe executora para o desenvolvimento das
atividades propostas (qualificação, competência, número de membros
e tempo de dedicação ao projeto). (Peso 4);
o Adequação da infraestrutura física das instituições participantes. (Peso
2);
59
Critérios específicos do edital:
o Relevância da proposta para o alcance dos objetivos da Chamada
Pública. (Peso 5);
o Enquadramento da proposta nas linhas temáticas e itens prioritários,
conforme definido na presente Chamada Pública. (Peso 3).
HESTIA/UFRGS
A Incubadora Tecnológica Héstia/UFRGS é um empreendimento voltado para o
estímulo à criação de novos negócios baseados em processos tecnológicos
incrementais e inovadores, nas áreas de Engenharia e Física.22
Para este trabalho foi utilizado o edital n° 01/2009 HESTIA/UFRGS23.
No edital estudado não consta nenhum tipo de ponderação de critérios, sendo os
mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Viabilidade técnica e econômica do empreendimento;
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Qualificação técnica e gerencial do proponente;
o Previsão da autonomia futura da empresa (fora da incubadora);
o Capacidade gerencial e técnica dos proponentes;
o Impacto do produto ou processo no mercado;
http://www.sedetec.ufrgs.br/pagina/reintec/Edital_Selecao_Hestia_ 01_2009.pdf.
22Acesso em: 30 de junho de
2010. 23
http://www.sedetec.ufrgs.br/pagina/reintec/Edital_Selecao_Hestia_ 01_2009.pdf. Acesso em: 30 de junho de
2010 .
60
o Viabilidade mercadológica do empreendimento.
Critérios específicos do edital:
o Conteúdo tecnológico e grau de inovação dos produtos, processos e
serviços a serem desenvolvidos, assim como seu impacto na economia
e no ambiente;
o Declaração de não utilização de tecnologias poluentes;
o Demonstração da adequação aos objetivos da Héstia e previsão de
interação com as instituições que a apoiam.
Rio Bravo
A Rio Bravo Investimentos é uma gestora de recursos focada em investimentos
fundamentalistas de longo prazo que atua no setor de Private Equity24.
Para este trabalho foi utilizado o prospecto de distribuição pública de cotas de classe
A da terceira emissão do Rio Bravo Investimentos, fundo de investimento em
participações.25 Este prospecto foi utilizado porque o fundo de investimentos destina
recursos para investimentos em empresas e explicita os critérios de seleção das
empresas.
No edital estudado não consta nenhum tipo de ponderação de critérios, sendo os
mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios financeiros:
o Retorno: potencial de retorno tendo em vista o risco inerente ao
investimento;
24
http://www.riobravo.com.br/perfil/index.htm. Acesso em: 30 de junho de 2010. 25
http://www.riobravo.com.br/private/Prospecto%20RBI%20FIP.pdf. Acesso em: 30 de junho de 2010.
61
o Análise financeira: modelagem e projeções financeiras, análise dos
fluxos de caixa do projeto em cenários variados e detalhamento do
plano de negócios.
Critérios de risco:
o Potencial de sucesso: riscos de execução e potencial de cumprimento
de metas.
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Crescimento: perspectiva de crescimento do mercado e do Ativo Alvo,
levando em conta posicionamento competitivo e vantagens
comparativas sustentáveis no médio e longo prazo;
o Gestão: capacidade, experiência, qualidade, motivação e idoneidade
da equipe de gestão da empresa;
o Tecnologia: componente tecnológico como diferencial competitivo.
PAPPE Subvenção Paraná
O PAPPE Subvenção Paraná é um consórcio constituído pela FIEP (Federação das
Indústrias do Estado do Paraná), SEBRAE/PR (Serviço de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas do Estado do Paraná), IBQP (Instituto Brasileiro de Qualidade
e Produtividade no Paraná) que tem como objetivo a promoção do desenvolvimento
de inovações tecnológicas nas micro e pequenas empresas sediadas no estado do
Paraná26.
Para este trabalho foi utilizado o edital FIEP/SEBRAE/IBQP PAPPE SUBVENÇÃO
01/200927.
26
http://www.fiepr.org.br/fiepr/uploadAddress/Edital%20PAPPE%20 Paraná[16145].pdf. Acesso em: 30 de
junho de 2010. 27
. http://www.fiepr.org.br/fiepr/uploadAddress/Edital%20PAPPE%20 Paraná[16145].pdf. Acesso em: 30 de
junho de 2010.
62
No edital estudado consta ponderação diferenciada dos critérios, com pesos entre
15% e 30%, sendo os mesmos agrupados da seguinte maneira:
Critérios de risco:
o Projeto: Adequação do orçamento e contrapartidas, cronograma de
atividades e indicadores de execução (Peso 20%).
Critérios relativos aos fatores de desempenho da empresa:
o Inovação: Grau de inovação do projeto em relação a outros projetos ou
soluções existentes (Peso 35%);
o Abrangência: Impacto do produto/serviço no mercado, sociedade e/ou
meio ambiente (Peso 30%);
o Empresa: Qualificação da equipe técnica e infraestrutura para
execução do projeto (Peso 15%).
63
5. RESULTADOS
Neste capítulo são discutidos os principais resultados da pesquisa desenvolvida
neste estudo.
Observa-se que há mais recorrência de critérios não financeiros, principalmente os
relativos aos fatores de desempenho de empresas nascentes, resumidos no estudo
de Dobbs e Hamilton (2007). Abaixo, pode-se observar o desdobramento dos
critérios supramencionados:
Gráfico 1: Desdobramento das categorias de critérios
Financeiro 17 14%
Critérios 119 100% Risco 10 8% Específico do Edital 36 30%
Não Financeiro 92 77%
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes47%56
Quanto aos fatores de desempenho de empresas nascentes, os critérios recorrentes
estão agrupados conforme gráfico a seguir:
64
Gráfico 2: Critérios associados a fatores de desempenho de empresas nascentes mais recorrentes nos editais da amostra
20 17%
10 8%
7 6%
6 5%
5 4%
5 4%
2 2%
1 1%
Recrutamento e seleção de funcionários
Tamanho
Internacionalização e redes de colaboração
Variações no lado da demanda
Educação
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes56 47%
Desenvolvimento de produtos e mercados
Objetivos de crescimento
Experiências
Observa-se que a maior parte dos critérios associados aos fatores de desempenho
de empresas nascentes está relacionada a questões de estratégia de gestão,
sintetizadas por Dobbs e Hamilton (2007), destacando-se o desenvolvimento de
produtos e mercados e os objetivos de crescimento.
As observações mencionadas acima são reforçadas quando se considera a
ponderação dos critérios, como demonstrado no gráfico 3:
Gráfico 3: Desdobramento das categorias de critérios ponderados
Financeiro 2,3 14%
Critérios 16,0 100% Risco 1,2 7% Específico do Edital 3,4 22%
Não Financeiro 12,5 78%
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes9,1 57%
Ressalta-se que a soma das ponderações dos critérios tem que ser igual ao número
de editais pesquisados, que neste estudo são 16.
65
Quanto à ponderação de desempenho de empresas nascentes, agrupam-se os
critérios recorrentes conforme gráfico abaixo:
Gráfico 4: Fatores de desempenho de empresas nascentes mais relevantes nos
editais da amostra
4,7 30%
1,4 9%
0,7 4%
0,8 5%
0,5 3%
0,7 4%
0,2 1%
0,1 1%
Variações no lado da demanda
Educação
Desenvolvimento de produtos e mercados
Objetivos de crescimento
Experiências
Recrutamento e seleção de funcionários
Tamanho
Internacionalização e redes de colaboração
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes9,1 57%
Outra observação importante, é que quando se compara a quantidade de critérios e
a ponderação de pesos, os critérios financeiros e de risco se mantêm no mesmo
patamar, enquanto fatores específicos do edital perdem relevância quando
ponderados. Por outro lado, critérios associados a fatores de desempenho de
empresas nascentes tiveram aumento substancial de relevância, como se pode ver
pela tabela a seguir:
66
Tabela 2: Comparativo entre critérios e pesos no edital
Categoria Critérios Pesos Variação
Financeiro 14,3% 14,4% 0,1 p.p.
Risco 8,4% 7,5% -0,9 p.p.
Não Financeiro 77,3% 78,1% 0,8 p.p.
Específico do Edital 30,3% 21,5% -8,7 p.p.
Fatores de Desempenho de Empresas Nascentes 47,1% 56,6% 9,5 p.p.
Desenvolvimento de produtos e mercados 16,8% 29,7% 12,9 p.p.
Objetivos de crescimento 8,4% 8,7% 0,3 p.p.
Experiências 5,9% 4,4% -1,5 p.p.
Recrutamento e seleção de funcionários 5,0% 4,7% -0,3 p.p.
Tamanho 4,2% 2,9% -1,3 p.p.
Internacionalização e redes de colaboração 4,2% 4,2% 0 p.p.
Variações no lado da demanda 1,7% 1,1% -0,5 p.p.
Educação 0,8% 0,8% -0,1 p.p.
Quando comparadas, as instituições demonstram que possuem diferenças
relevantes quanto à definição dos critérios e a ocorrência dos mesmos.
No que tange aos critérios financeiros, observa-se uma variação de 0% a 33% de
representatividade dos critérios adotados pelas instituições. Nos critérios de risco
essa dispersão é da ordem de 0% a 25%. Os critérios específicos do edital variam
de 0% a 60% e os critérios associados a fatores de desempenho de empresas
nascentes, de 9% a 75%, como se pode observar na tabela abaixo.
Tabela 3: Quantidade de critérios no edital por instituição:
Observa-se no gráfico de box plot abaixo que a única instituição outlier é o BID nos
critérios de fatores de desempenho de empresas nascentes. Também observamos
que os critérios mais dispersos são relativos a fatores específicos dos editais.
67
Gráfico 5: Box Plot do percentual de quantidade de critérios entre as instituições por
tipo de critério
BID0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Financeiro Risco Fator de desempenho de
empresas
nascentes
Fator específico do Edital
Tabela 4: Estatística descritiva da tabela de Box Plot do percentual de quantidade de
critérios entre as instituições por tipo de critério:
Financeiro Risco
Fator de
desempenho de
empresas nascentes
Fator específico do
Edital
Mínimo 0% 0% 9% 0%
Mínimo Não Outlier 0% 0% 30% 0%
Primeiro Quartil 10% 5% 50% 0%
Mediana 13% 10% 50% 25%
Terceiro Quartil 27% 17% 67% 35%
Máximo 33% 25% 75% 60%
Máximo Não Outlier 33% 25% 75% 60%
Distância Interquartil 17% 12% 17% 35%
Tipo de Critério
Estatística
Considerando-se as ponderações, observa-se uma ligeira variação na dispersão de
relevância dos critérios. Com esta consideração, os critérios financeiros se mantêm
na mesma faixa de representatividade dos critérios gerais adotados pelas
instituições.
Observa-se nos critérios específicos do edital uma variação na ordem de 0% a 45%
da relevância atribuída nos processos decisórios das instituições, enquanto que nos
critérios associados a fatores de desempenho de empresas nascentes, a variação
68
está na ordem de 9% a 80%, como se vê na tabela 4. Para os critérios de risco, a
relevância atribuída varia de 0% a 20% dos pesos dos critérios de seleção.
Tabela 5: Peso dos critérios no edital por instituição:
Instituição Financeiro RiscoFator específico do
Edital
Fator de desempenho
de empresas
nascentes
BID 27% 18% 45% 9%
FAPDF 12% 15% 24% 48%
FAPEMIG 8% 3% 32% 57%
FAPESB 27% 0% 0% 73%
FAPESPA 0% 11% 42% 47%
FINEP 12% 5% 26% 56%
HESTIA/UFRGS 11% 0% 22% 67%
PAPPE Subvenção Paraná 0% 20% 0% 80%
Rio Bravo 33% 17% 0% 50%
Total 14% 7% 22% 57%
Observa-se no gráfico de box plot abaixo que a única instituição outlier é o BID nos
pesos dos critérios de fatores de desempenho de empresas nascentes, reforçando a
observação de outlier na quantidade de critérios de seleção. Também observamos
que a ponderação entre os critérios mais dispersa são relativos a fatores específicos
dos editais.
69
Gráfico 6: Box Plot do percentual dos pesos dos critérios entre as instituições por
tipo de critério
BID0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Financeiro Risco Fator de desempenho de
empresas
nascentes
Fator específico do Edital
Tabela 6: Estatística descritiva da tabela de Box Plot do percentual de pesos dos
critérios entre as instituições por tipo de critério:
Financeiro Risco
Fator de
desempenho de
empresas nascentes
Fator específico do
Edital
Mínimo 0% 0% 9% 0%
Mínimo Não Outlier 0% 0% 47% 0%
Primeiro Quartil 8% 3% 48% 0%
Mediana 12% 11% 56% 24%
Terceiro Quartil 27% 17% 67% 32%
Máximo 33% 20% 80% 45%
Máximo Não Outlier 33% 20% 80% 45%
Distância Interquartil 18% 13% 18% 32%
Estatística
Tipo de Critério
Quanto à frequência, percebe-se que os critérios mais regulares são relativos aos
fatores específicos do edital, representando 30,3% dos critérios, seguido dos
critérios associados ao desenvolvimento de produtos e mercados, que constituem
16,8% dos critérios. Em terceiro lugar, aparecem os critérios financeiros, com 14,3%
de taxa de ocorrência. Estas três categorias supracitadas representam 61,3% do
total, conforme é possível observar na tabela a seguir:
70
Tabela 7: Categoria de critérios mais regulares
Critério Quantidade % do Total
Fator específico do Edital 36 30,3%
Desenvolvimento de produtos e mercados 20 16,8%
Financeiro 17 14,3%
Risco 10 8,4%
Objetivos de crescimento 10 8,4%
Experiências 7 5,9%
Recrutamento e seleção de funcionários 6 5,0%
Tamanho 5 4,2%
Internacionalização e redes de colaboração 5 4,2%
Variações no lado da demanda 2 1,7%
Educação 1 0,8%
Total Geral 119
Observa-se que os critérios mais relevantes são associados ao desenvolvimento de
produtos e mercados, que representam 29,7% da relevância dos mesmos. Em
seguida, os critérios associados a algum fator específico do edital representam
21,5% da relevância e os critérios financeiros representam 14,4% da ponderação
dos critérios. Estas três categorias em conjunto representam 65,6% do total da
relevância da seleção, como se vê na tabela abaixo:
Tabela 8: Categoria de critérios mais relevantes
Critério Pesos % do Total
Desenvolvimento de produtos e mercados 4,75 29,7%
Fator específico do Edital 3,44 21,5%
Financeiro 2,30 14,4%
Objetivos de crescimento 1,40 8,7%
Risco 1,20 7,5%
Recrutamento e seleção de funcionários 0,76 4,7%
Experiências 0,70 4,4%
Internacionalização e redes de colaboração 0,68 4,2%
Tamanho 0,47 2,9%
Variações no lado da demanda 0,18 1,1%
Educação 0,12 0,8%
Total Geral 16,00
Para não se ter qualquer viés de análise decorrente dos objetivos específicos dos
editais, serão demonstradas abaixo as mesmas análises anteriores, expurgando os
fatores específicos dos editais.
71
Análise dos resultados após expurgo dos fatores específicos dos editais
Ao se excluir os fatores específicos dos editais, observa-se ainda uma ocorrência
maior de critérios não financeiros – especificamente os critérios relativos aos fatores
de desempenho de empresas nascentes, resumidos no estudo de Dobbs e Hamilton
(2007). Abaixo, segue o desdobramento dos critérios após o expurgo dos critérios
associados a fatores específicos dos editais:
Gráfico 7: Desdobramento das categorias de critérios, excluindo os fatores
específicos dos editais
Financeiro 17 20%
Critérios 83 100% Risco 10 12%
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes56 67%
Reforça-se a observação de que a maior parte dos critérios associados aos fatores
de desempenho de empresas nascentes está associada às questões de estratégia
de gestão discutidas na revisão de literatura, com destaque para os fatores
associados ao desenvolvimento de produtos e mercados e os objetivos de
crescimento, como se pode observar no gráfico a seguir, onde os critérios
recorrentes estão agrupados.
72
Gráfico 8: Critérios associados a fatores de desempenho de empresas nascentes
mais recorrentes nos editais da amostra, excluindo os fatores específicos dos editais
20 24%
10 12%
7 8%
6 7%
5 6%
5 6%
2 2%
1 1%
Recrutamento e seleção de funcionários
Tamanho
Internacionalização e redes de colaboração
Variações no lado da demanda
Educação
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes56 67%
Desenvolvimento de produtos e mercados
Objetivos de crescimento
Experiências
As observações mencionadas anteriormente são reforçadas quando se considera a
reponderação dos critérios após a exclusão dos critérios específicos dos editais,
conforme gráfico abaixo:
Gráfico 9: Desdobramento das categorias de critérios ponderados, excluindo os
fatores específicos dos editais
Financeiro 2,8 18%
Critérios 16,0 100% Risco 1,7 10%
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes11,5 72%
Quanto aos critérios reponderados de desempenho de empresas nascentes, após a
exclusão dos critérios específicos dos editais, os critérios recorrentes estão
agrupados conforme gráfico a seguir:
73
Gráfico 10: Fatores de desempenho de empresas nascentes mais recorrentes nos
editais da amostra, excluindo os fatores específicos dos editais
5,7 36%
1,7 11%
1,1 7%
1,1 7%
0,9 6%
0,6 4%
0,2 1%
0,2 1%
Variações no lado da demanda
Educação
Desenvolvimento de produtos e mercados
Objetivos de crescimento
Recrutamento e seleção de funcionários
Internacionalização e redes de colaboração
Experiências
Tamanho
Fatores de Desempenho
de Empresas Nascentes11,5 72%
Uma observação importante é que, após a reponderação dos critérios, todas as
categorias de critérios perderam relevância, exceto as dos critérios associados ao
fator de desenvolvimento de produtos e mercados e ao fator de internacionalização
e redes de colaboração, como demonstrado na tabela abaixo:
Tabela 9: Comparativo entre critérios e pesos no edital, excluindo os fatores
específicos dos editais
Categoria Critérios Pesos Variação
Financeiro 20,5% 17,7% -2,7 p.p.
Risco 12,0% 10,5% -1,6 p.p.
Fatores de Desempenho de Empresas Nascentes 67,5% 71,8% 4,3 p.p.
Desenvolvimento de produtos e mercados 24,1% 35,6% 11,5 p.p.
Objetivos de crescimento 12,0% 10,6% -1,4 p.p.
Experiências 8,4% 5,9% -2,5 p.p.
Recrutamento e seleção de funcionários 7,2% 6,6% -0,6 p.p.
Tamanho 6,0% 3,8% -2,3 p.p.
Internacionalização e redes de colaboração 6,0% 6,8% 0,8 p.p.
Variações no lado da demanda 2,4% 1,5% -0,9 p.p.
Educação 1,2% 1,0% -0,2 p.p.
74
Quando comparadas, mesmo após o expurgo dos critérios associados a fatores
específicos dos editais, as instituições demonstram que possuem diferenças
relevantes quanto à definição dos critérios.
Os critérios financeiros apresentam uma variação de 0% a 50% de
representatividade de ocorrência dos critérios adotados pelas instituições. Nos
critérios de risco a taxa de ocorrência varia de 0% a 33%. Para os critérios
associados a fatores de desempenho de empresas nascentes, a variação está na
ordem de 17% a 86%, como se observa na tabela abaixo.
Tabela 10: Quantidade de critérios no edital por instituição, excluindo os fatores
específicos dos editais:
Instituição Financeiro Risco
Fator de desempenho
de empresas
nascentes
BID 50% 33% 17%
FAPDF 17% 17% 67%
FAPEMIG 15% 8% 77%
FAPESB 30% 0% 70%
FAPESPA 0% 25% 75%
FINEP 22% 9% 70%
HESTIA/UFRGS 14% 0% 86%
PAPPE Subvenção Paraná 0% 25% 75%
Rio Bravo 33% 17% 50%
Total 20% 12% 67%
Continuarmos observando a instituição BID como outlier, porém os critérios ficam
menos dispersos, refletidas em uma menor distância interquartil.
75
Gráfico 11: Box Plot da quantidade de critérios no edital por instituição, excluindo os
fatores específicos dos editais:
BID
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Financeiro Risco Fator de desempenho de empresas nascentes
Tabela 11: Estatística descritiva da tabela de Box Plot da quantidade de critérios no
edital por instituição, excluindo os fatores específicos dos editais:
Financeiro Risco
Fator de
desempenho de
empresas nascentes
Mínimo 0% 0% 17%
Mínimo Não Outlier 0% 0% 67%
Primeiro Quartil 14% 8% 67%
Mediana 17% 17% 70%
Terceiro Quartil 30% 25% 75%
Máximo 50% 33% 86%
Máximo Não Outlier 50% 33% 86%
Distância Interquartil 16% 17% 8%
Estatística
Tipo de Critério
Considerando-se as reponderações, não se observa variações na dispersão de
critérios. No entanto, os mesmos se alteram entre as instituições, como se observa
na tabela a seguir.
76
Tabela 12: Peso dos critérios no edital por instituição, excluindo os fatores
específicos dos editais:
Instituição Financeiro Risco
Fator de desempenho
de empresas
nascentes
BID 50% 33% 17%
FAPDF 16% 20% 64%
FAPEMIG 12% 5% 83%
FAPESB 27% 0% 73%
FAPESPA 0% 18% 82%
FINEP 17% 8% 76%
HESTIA/UFRGS 14% 0% 86%
PAPPE Subvenção Paraná 0% 20% 80%
Rio Bravo 33% 17% 50%
Total 18% 10% 72%
Confirmada a observação da instituição BID como outlier e da redução da distância
interquartil entre as instituições conforme gráfico a seguir:
Gráfico 12: Box Plot dos pesos dos critérios no edital por instituição, excluindo os
fatores específicos dos editais:
BID
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Financeiro Risco Fator de desempenho de empresas nascentes
77
Tabela 13: Estatística descritiva do gráfico de Box Plot dos pesos dos critérios no
edital por instituição, excluindo os fatores específicos dos editais:
Financeiro RiscoFator de desempenho de
empresas nascentes
Mínimo 0% 0% 17%
Mínimo Não Outlier 0% 0% 50%
Primeiro Quartil 12% 5% 64%
Mediana 16% 17% 76%
Terceiro Quartil 27% 20% 82%
Máximo 50% 33% 86%
Máximo Não Outlier 33% 33% 86%
Distância Interquartil 15% 15% 18%
Estatística
Tipo de Critério
Quanto à frequência dos critérios observa-se que os mais recorrentes são relativos
ao desenvolvimento de produto e mercado, que representam 24,1%, seguido dos
financeiros, com 20,5% da taxa de ocorrência dos critérios. Em terceiro lugar,
aparecem os critérios de risco e os relativos aos objetivos de crescimento, com
representatividade de 12,0% cada. Estas quatro categorias de critérios mencionadas
anteriormente representam 68,6% do total, conforme tabela abaixo:
Tabela 14: Categoria de critérios mais regulares, excluindo os fatores específicos
dos editais
Critério Quantidade % do Total
Desenvolvimento de produtos e mercados 20 24,1%
Financeiro 17 20,5%
Risco 10 12,0%
Objetivos de crescimento 10 12,0%
Experiências 7 8,4%
Recrutamento e seleção de funcionários 6 7,2%
Tamanho 5 6,0%
Internacionalização e redes de colaboração 5 6,0%
Variações no lado da demanda 2 2,4%
Educação 1 1,2%
Total Geral 83
Quanto à relevância dos critérios, observa-se que os associados ao
desenvolvimento de produtos e mercados representam 35,6%. Em seguida,
78
observa-se que os financeiros têm um peso decisório de 17,7% e critérios
associados aos objetivos de crescimento têm 10,6% da relevância dos critérios nos
editais, seguidos dos de risco, com 10,5% de representatividade. Estas quatro
categorias de critérios em conjunto representam 74,4% do total da relevância da
seleção, conforme a tabela abaixo:
Tabela 15: Categoria de critérios mais relevantes, excluindo os fatores específicos
dos editais
Critério Pesos % do Total
Desenvolvimento de produtos e mercados 5,69 35,6%
Financeiro 2,84 17,7%
Objetivos de crescimento 1,70 10,6%
Risco 1,68 10,5%
Internacionalização e redes de colaboração 1,09 6,8%
Recrutamento e seleção de funcionários 1,06 6,6%
Experiências 0,95 5,9%
Tamanho 0,60 3,8%
Variações no lado da demanda 0,23 1,5%
Educação 0,16 1,0%
Total Geral 16,00
É possível afirmar a consistência dos resultados encontrados com a bibliografia
apresentada, pois se observa que, frente às dificuldades apresentadas de avaliação
financeira e de risco de crédito de negócios nascentes, demonstra-se válida a
alternativa de selecioná-los, considerando também critérios associados a fatores de
desempenho de empresas nascentes.
79
6. CONCLUSÕES E SUGESTÕES DE FUTURAS PESQUISAS
Esta dissertação identificou as variáveis que as instituições investidoras em
empresas nascentes consideram em seus processos públicos de seleção. Esta
intenção foi orientada pelas perguntas definidas na introdução e aqui revistas:
Quais os critérios de seleção divulgados pelos agentes financiadores
participantes da amostra em seus editais?
Os critérios de seleção divulgados apresentam algum tipo de padrão entre as
diversas instituições selecionadas na amostra?
A ponderação entre os critérios, conforme divulgada, indica alguma
preponderância de algum tipo de critério de julgamento entre os diversos
editais?
O trabalho mapeou os critérios divulgados para seleção dos negócios, sua
diferenciação de pesos e a regularidade dos critérios.
Observou-se que, nos critérios levantados, dentre os editais pesquisados, a maior
parte destes é referente aos fatores de desempenho de empresas nascentes (47%
dos critérios) – com destaque para o desenvolvimento de produtos e mercados
(17%) – indo ao encontro dos estudos de Dobbs e Hamilton (2007) e Hawawini et al.
(2003). Excluindo da análise os fatores específicos do edital, que existem para
atender o objetivo final da instituição ou do edital, percebe-se que a maioria dos
critérios é associada aos fatores de desempenho de empresas nascentes,
representando 67% dos critérios. Os fatores de desenvolvimento de produtos e
mercados representam 24% dos critérios.
Em seus estudos, os autores sugerem que, por razões distintas, as empresas fazem
escolhas discricionárias (não idênticas entre si), que as levam para performances
diferentes. Foi observado que alguns editais priorizam alguns critérios, por meio de
pesos. Considerando os efeitos de ponderações nos editais, é reforçada a evidência,
de que critérios associados aos fatores de desempenho de empresas nascentes são
80
os mais relevantes, é reforçada. Os critérios relativos às estratégias de gestão,
obtiveram 30% do peso agregado aos editais estudados e 36% do peso decisório
quando os fatores específicos são excluídos dos editais da análise. No âmbito geral,
os critérios relativos aos fatores de desempenho das empresas nascentes
representam 57% dos critérios ponderados e reponderados. Após a exclusão dos
fatores específicos dos editais, obtém-se 72% da representatividade global.
As diferentes atividades fins a que cada instituição se propõe pode ser uma das
razões para as diferenças de critérios entre as instituições uma vez que essas
diferenças continuaram significativas mesmo após a eliminação dos critérios
associados a fatores específicos dos editais.
Estes resultados estão em linha com a literatura apresentada, na qual se destaca
Damodaran, que, nos seus trabalhos apresentados na revisão de literatura desta
dissertação, atentou para os obstáculos na avaliação de empresas nascentes pela
teoria de finanças, ante as dificuldades apresentadas de irrelevância de histórico,
risco de falência, ausência de liquidez, dentre outros. Logo, em consonância com o
exposto na literatura e o observado nos editais, é razoável concluir que as
instituições buscam, em seus critérios, selecionar aquelas empresas que tenham
maiores chances de sobreviver e de ultrapassar as etapas do ciclo de vida.
Quanto aos critérios mais regulares (excluídos os critérios associados aos objetivos
específicos dos editais), percebeu-se que os associados ao desenvolvimento de
produtos e mercados e objetivos de crescimento, assim como fatores financeiros e
de risco, representam mais de 68% da quantidade dos critérios da amostra, e 74%
uma vez ponderados pelos seus pesos.
Tal constatação é um indício de que as instituições financiadoras buscam retorno
sobre seus investimentos com riscos controlados ao levarem em consideração
aspectos financeiros e de risco. Dado às dificuldades expostas na literatura de
valoração de negócios nascentes, os agentes financiadores buscam, com a
utilização de critérios associados a fatores de desempenho, a seleção de empresas
com maior probabilidade de sobrevivência e de superação dos estágios do ciclo de
vida. Portanto, o mais representativo nestes processos de seleção estudados na
amostra são os fatores associados ao desenvolvimento de produtos e mercados.
81
Destacam-se as limitações inerentes ao método – oriundo do corte geográfico e do
corte temporal – e o fato da amostra estudada conter somente dados públicos,
excluindo qualquer processo decisório cujo critério não tenha sido publicado.
Acrescenta-se que não se investigou a possibilidade de ocorrência de eventuais
fatores que possam estar implícitos nos editais.
Para pesquisas futuras sugere-se, além da análise dos motivadores de seleção dos
critérios, um estudo sobre o índice de sobrevivência dos projetos selecionados, em
comparação com o que se observa quando se trata de empresas que não são
financiadas pelas instituições que tiveram seus editais analisados nesta dissertação.
Outra sugestão é a identificação das áreas de inovação ou de atividade econômica
preferidas pelos agentes de financiamento de negócios nascentes e quais os
motivadores dos agentes nestas áreas de inovação ou atividade econômica.
82
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89
Anexo I – Tabulação dos dados
Edital Projeto BID / FOMIM ATN/ME 11076 - BR
Ano 2009
Instituição BID
Valor US$1.800.000
Objetivo
Promover o fortalecimento e a competitividade das empresas através do desenvolvimento de inovações de produtos, processos, métodos e modelos de negócios para uma atuação mais eficiente. Os projetos devem ser desenvolvidos no âmbito dos circuitos empresariais ligados aos quatro Estados e setores-alvo do Programa de Apoio a Iniciativas de Competitividade Local: Espírito Santo – setor de pedras ornamentais; Acre – setor de madeira e móveis; Goiás – cadeia automotiva; Pernambuco – setor metalmecânico, material elétrico e outros envolvidos nas cadeias produtivas ligadas ao Porto de Suape.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
a) Quantidade de empresas envolvidas no Projeto de Inovação.
Relevância para o objetivo do edital (atender a um numero maior de empresas)
Fator específico do Edital
ND
b) Relevância da proposta de projeto para a competitividade do sistema produtivo envolvido no Programa BID/CNI.
Fator específico do Edital
Fator específico do Edital
ND
c) Valor de compromissos de contrapartida acima do percentual mínimo exigido, conforme indicado no item 5, por parte das empresas e/ou entidades participantes, públicas ou privadas, locais ou externas.
Reduzir o risco de crédito por maior aporte de contrapartida pelo devedor
Risco ND
90
d) Enquadramento do objetivo do Projeto em relação aos focos do Programa estabelecidos nos itens 4 e 6 deste Edital.
Fator específico do Edital
Fator específico do Edital
ND
e) Objetivos de projeto claros e definidos.
Empresas com objetivos específicos de crescimento tendem a ter maior incremento de performance
Objetivos de crescimento
ND
f) Clareza na definição de indicadores de resultado para a execução exitosa do Plano de Trabalho e na previsão de acontecimentos externos necessários ao seu êxito.
Capacidade de executar o projeto
Financeiro ND
g) Precisão na definição das etapas e tarefas propostas no plano de trabalho.
Relevância para o objetivo do edital (atender a um numero maior de empresas)
Fator específico do edital
ND
h) Racionalidade do planejamento de cronograma e orçamento.
Maior qualidade nas estimativas de valor do projeto
Financeiro ND
i) Sustentabilidade ou racionalidade ambiental da inovação buscada.
Fator específico do edital
Fator específico do edital
ND
j) Capacidade gerencial e financeira dos solicitantes para boa execução do projeto de inovação.
Maior qualidade nas estimativas de valor do projeto
Financeiro ND
k) Capacidade econômica de sustentação dos recursos de contrapartida.
Reduzir o risco de crédito por maior aporte de contrapartida pelo devedor
Risco ND
91
Edital EDITAL FAPDF N.º 11/2008
Ano 2008
Instituição FAPDF
Valor R$ 7.500.000,00
Objetivo
O objetivo do PAPPE SUBVENÇÃO é promover o financiamento das atividades inovadoras nas micro e pequenas empresas (MPEs) do DF, estimulando a ampliação e o adensamento das atividades de inovação de novo produto ou novo processo a ser implantado ou aperfeiçoado nas empresas, nos temas priorizados pela Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE).
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Impactos econômicos e comerciais da inovação: perspectivas de inserção no mercado dos resultados do projeto; potencial aumento da produtividade e da competitividade dos produtos e serviços decorrentes da inovação;
Empresas pequenas com elevado crescimento têm diferenciação de produto
Desenvolvimento de produtos e mercados
5
Impacto social da inovação: potenciais impactos sociais e econômicos a serem gerados pelo projeto em âmbito local e regional; adensamento de cadeias produtivas; absorção de recursos humanos qualificados;
Relevância para o objetivo do edital
Fator específico do edital
5
Qualificação da equipe técnica do projeto: mestres e doutores envolvidos no projeto;
Uma maior qualificação da equipe técnica aumenta as chances de sucesso
Educação 4
92
Parcerias com instituições científicas e tecnológicas para o desenvolvimento do projeto;
Parceirias com instituições científicas e tecnológicas aumenta a chance de sucesso
Internacionalização e redes de colaboração
4
Clareza e adequação da metodologia proposta aos objetivos do projeto;
Fator específico do edital
Fator específico do edital
3
Consistência e adequação do orçamento aos objetivos do projeto, cronograma físico-financeiro e indicadores de progresso do projeto;
Capacidade de executar o projeto
Financeiro 4
Adequação das instalações para PD&I que serão utilizadas no desenvolvimento do projeto;
Empresas com maior infraestrutura tem maiores chances de sucesso
Tamanho 3
Aporte de contrapartida da empresa acima dos valores mínimos requeridos.
Contrapartida Financeira
Risco 5
Edital FAPEMIG 15/2009
Ano 2009
Instituição FAPEMIG
Valor R$ 1.000.000,00
Objetivo
Financiar propostas para o desenvolvimento e a consolidação de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica - IEBTs, visando a indução e a implementação de projetos de inovação tecnológica em micro e pequenas empresas de base tecnológica.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Contrapartidas financeiras e econômicas;
Redução de risco de inadimplência
Risco ND
93
Relacionamento com instituições de pesquisa e desenvolvimento devidamente formalizado;
Avaliar o grau de colaboração da empresa com pesquisa e desenvolvimento
Internacionalização e redes de colaboração
ND
Articulação com os parceiros locais, indicando os papéis de cada um;
Avaliar o grau de colaboração da empresa com parceiros locais
Internacionalização e redes de colaboração
ND
Utilização de técnica de acompanhamento/gerenciamento do projeto;
Qualidade do gerenciamento do projeto
Objetivos de crescimento
ND
Impacto regional - criação de empresas, postos de trabalho, geração de impostos, criação de novos produtos inovadores, formação de empreendedores;
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
ND
Originalidade e/ou caráter de inovação;
Relevância da Inovação
Desenvolvimento de produtos e mercados
ND
Adequação da metodologia;
Adequação ao objetivo "1.2.6 Desenvolver e consolidar uma metodologia de captação, armazenamento, mensuração e divulgação dos resultados reais das empresas incubadas residentes e graduadas, a ser inserida no contrato de incubação."
Fator específico do edital
ND
Composição da equipe para execução da proposta;
Competências dos envolvidos na proposta afeta seu sucesso
Experiências ND
Competência e experiência prévia do Coordenador na área;
Competências dos envolvidos na proposta afeta seu sucesso
Experiências ND
94
Relevância para o desenvolvimento tecnológico do Estado de Minas Gerais;
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
ND
Adequação do orçamento aos objetivos da proposta;
Capacidade de executar o projeto com orçamento proposto
Financeiro ND
Adequação do cronograma físico e qualidade dos indicadores do progresso técnico-científico da proposta;
Coerência da proposta
Fator específico do edital
ND
Viabilidade de execução do plano de trabalho;
Capacidade de execução
Tamanho ND
Software utilizado, ou em fase de implantação, de gestão da incubadora e do acompanhamento dos projetos/empresas pré-incubadas, empresas incubadas e graduadas.
Qualidade da gestão da incubadora
Fator específico do edital
ND
Produtos e resultados esperados.
Quais são os resultados esperados do projeto
Objetivos de crescimento
ND
Edital FAPEMIG - PROGRAMA DE INOVAÇÃO – PROJETO INVENTIVA
Ano 2010
Instituição FAPEMIG
Valor ND
Objetivo
O objetivo desse Projeto é apoiar o desenvolvimento de protótipos de produtos ou processos inovadores no estado de Minas Gerais. São parceiros nesse Programa a FAPEMIG, o SEBRAE/MG, IEL-Minas e o BDMG. Podem ser beneficiários desse Programa: o inventor independente, as micro e pequenas empresas, assim classificadas conforme a Lei Complementar 123/06, e inventores de ICTs, com a declaração de ciência do NIT da Instituição.
95
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
a. Mérito: aferido pela contribuição ao avanço e à consolidação do tecnológico e econômico
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
15
b. Estrutura da proposta e adequação metodológica: verificáveis pela compatibilidade do objetivo geral e objetivos específicos ao desenvolvimento das atividades propostas
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
15
c. Orçamento: adequação do orçamento proposto aos objetivos do projeto (0 a 10).
Capacidade de executar o projeto com orçamento proposto
Financeiro 10
d. Inovação: nível de informações do estado da técnica comparadas à criação (0 a 30).
Grau de inovação do projeto
Desenvolvimento de produtos e mercados
30
e. Mercado: demonstração do potencial de mercado do projeto, ressaltando os fatores que justificam o interesse da empresa/inventor ou de terceiros em introduzir o protótipo no mercado (produção em escala)
Capacidade de desenvolvimento comercial do projeto
Desenvolvimento de produtos e mercados
30
Edital EDITAL /FAPESB/SECTI/FINEP/MCT– 008/2010
Ano 2010
Instituição FAPESB
Valor R$ 1.583.270,12
96
Objetivo
Selecionar e financiar projetos de inovações tecnológicas, de processos, produtos ou serviços, oriundos de empresas - desde que classificadas como micro, de pequeno porte, pequena e média - em parceria com outra (s) empresa(s) brasileira (s) de qualquer porte. Assim, deseja-se a parceria empresa / empresa e que esta estimule a implementação da denominada inovação aberta (open innovation) nas organizações baianas através da cooperação direta entre estas e empresas brasileiras em âmbito regional, nacional e/ou internacional.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Dimensão Projeto (objetivos, metas, metodologia, cronograma de execução)
Planejamento do Projeto
Objetivos de crescimento
2
Dimensão Inovação (tecnologia, comercialização/impacto socioambientais)
Relevância da Inovação
Desenvolvimento de produtos e mercados
5
Dimensão Viabilidade Técnica (orçamento, infraestrutura e equipe executora)
Capacidade de execução
Financeiro 3
Edital EDITAL BAHIA INOVAÇÃO/FAPESB/SECTI/FINEP/MCT– 017/2008
Ano 2008
Instituição FAPESB
Valor R$ 9.766.207,59
Objetivo
Selecionar e financiar projetos de inovações tecnológicas, de processos, produtos ou serviços, oriundos de empresas, desde que classificadas como micro ou pequenas, conforme Portaria nº. 176 de 1º de outubro de 2002 do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior/MDIC.
97
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Dimensão projeto (metodologia, cronograma)
Planejamento do Projeto
Objetivos de crescimento
2
Dimensão Inovação Relevância da Inovação
Desenvolvimento de produtos e mercados
3,5
Dimensão Comercialização/Aplicação
Viabilidade técnica
Desenvolvimento de produtos e mercados
2,5
Dimensão Orçamento, contrapartida, cronograma, infraestrutura e equipe executora.
Capacidade de Gestão
Financeiro 2
Edital EDITAL/FAPESB/SECTI– 010/2010
Ano 2010
Instituição FAPESB
Valor R$ 5.000.000,00
Objetivo
Selecionar e financiar projetos de inovações tecnológicas, de processos, produtos ou serviços, oriundos de empresas - desde que classificadas como micro, de pequeno porte, pequena e média - em parceria com outra (s) empresa(s) brasileira (s) de qualquer porte. Assim, deseja-se a parceria empresa/empresa e que esta estimule a implementação da denominada inovação aberta (open innovation) nas organizações baianas através da cooperação direta entre estas e empresas brasileiras em âmbito regional, nacional e/ou internacional.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Dimensão Projeto (objetivos, metas, metodologia, cronograma de execução)
Planejamento do Projeto
Objetivos de crescimento
2
Dimensão Inovação (tecnologia, comercialização/impacto sócio-ambientais)
Relevância da Inovação
Desenvolvimento de produtos e mercados
5
98
Dimensão Viabilidade Técnica (orçamento, infraestrutura e equipe executora)
Capacidade de execução
Financeiro 3
Edital FAPESPA EDITAL N° 025/2009 (PME Existente)
Ano 2009
Instituição FAPESPA
Valor R$ 221.064,95
Objetivo
Esta Chamada destina-se a selecionar projetos visando à elaboração e/ou atualização/otimização de Plano de Negócios de Base Tecnológica de empresas e futuros empreendimentos, cujos responsáveis tenham interesse em participar posteriormente do processo de seleção para instalação do referido empreendimento no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá – PCT Guamá.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Ser Micro ou Pequena Empresa segundo os critérios da Lei Geral da MPE.
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
Aderência aos Setores indicados no item 1 do Edital.
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
Aderência aos objetivos do PCT Guamá
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
Envolvimento com ações do SEBRAE/PA
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
1. Inserção dos objetivos da MPE ao plano de desenvolvimento do Estado do Pará, programas setoriais, cadeias produtivas, clusters.
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
2
2. Qualificação e quantificação das fontes de recursos-Adicionais da MPE (contrapartidas).
Redução do risco de inadimplência
Risco 1
99
3. Apoio tecnológico/empresarial NE ICT (Instituição de Ciência e Tecnologia) na região.
Avaliar o grau de colaboração da empresa com pesquisa e desenvolvimento
Internacionalização e redes de colaboração
2
4. Apresentar ações de Inovação em Produto, Processo, Serviços e/ou Marketing.
Relevância mercadológica do projeto
Desenvolvimento de produtos e mercados
2
5. CV do consultor e do pesquisador (com ênfase em pontos relacionados ao objeto do Edital).
Qualidade técnica dos colaboradores do projeto
Recrutamento e seleção de funcionários
1
6. Aderência aos objetivos do PCT Guamá
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
2
Edital FAPESPA EDITAL N° 025/2009 (Novas Empresas)
Ano 2009
Instituição FAPESPA
Valor ND
Objetivo
Esta Chamada destina-se a selecionar projetos visando à elaboração e/ou atualização/otimização de Plano de Negócios de Base Tecnológica de empresas e futuros empreendimentos, cujos responsáveis tenham interesse em participar posteriormente do processo de seleção para instalação do referido empreendimento no Parque de Ciência e Tecnologia Guamá – PCT Guamá.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Projeto do futuro empreendimento que apresente aderência aos Setores indicados no item 1 do Edital.
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
Projeto do futuro empreendimento que apresente aderência aos objetivos do PCT Guamá
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
100
Projeto do futuro empreendimento que apresente envolvimento com ações do SEBRAE/PA
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
Qualificação do(s) empreendedor(es)
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
Mandatório
1. Inserção dos objetivos do empreendimento ao plano de desenvolvimento do Estado do Pará, programas setoriais, cadeias produtivas, clusters.
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
2
2. Qualificação e quantificação das fontes de recursos- Adicionais a serem captadas pelo futuro empreendimento.
Redução do risco de inadimplência
Risco 1
3. Apoio (Termo de Compromisso) tecnológico/empresarial NE ICT (Instituição de Ciência e Tecnologia) na região.
Avaliar o grau de colaboração da empresa com pesquisa e desenvolvimento
Internacionalização e redes de colaboração
2
4. Apresentar Projeto com as ações de Inovação em Produto, Processo, Serviços e/ou Marketing para o futuro empreendimento
Relevância mercadológica do projeto
Desenvolvimento de produtos e mercados
1
5. CV do consultor e do pesquisador (com ênfase em pontos relacionados ao objeto do Edital).
Qualidade técnica dos colaboradores do projeto
Recrutamento e seleção de funcionários
1
6. Aderência aos objetivos do PCT Guamá
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
2
Edital Prime
Ano 2009
Instituição FINEP
Valor R$ 216.000.000,00
101
Objetivo
Selecionar empresas nascentes inovadoras, que apresentem produtos ou serviços de conteúdo inovador e um plano de negócios indicativo de seu potencial de crescimento, criando condições financeiras favoráveis para que possam enfrentar com sucesso os principais desafios de seus estágios iniciais de desenvolvimento, contribuindo para a criação de empregos altamente qualificados e geração de renda para o País.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Grau de inovação do produto/serviço (etapa da proposta simplificada)
Quão inovadora é a proposta apresentada
Desenvolvimento de produtos e mercados
3
Vantagens competitivas da empresa (etapa da proposta simplificada)
Quais são as vantagens competitivas que diferenciam a empresa das demais
Fator específico do edital
1
Consistência e viabilidade da proposta (etapa da proposta simplificada)
Planejamento de Projeto
Financeiro 1
Grau de inovação do produto/serviço (etapa da proposta simplificada)
Quão inovadora é a proposta apresentada
Desenvolvimento de produtos e mercados
3
Potencial de Mercado (etapa da proposta detalhada)
Empresas com produtos com elevado potencial de mercado têm maiores chances de sobrevivência
Variações no lado da demanda
ND
Retorno econômico-financeiro (etapa da proposta detalhada)
Empresas com maior retorno econômico-financeiro têm menores chances de inadimplência
Financeiro ND
Importância do KIT PRIME para a empresa (etapa da proposta detalhada)
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
ND
Qualidade e consistência da estratégia de marketing (etapa da proposta detalhada)
Como viabilizar a demanda potencial de mercado
Desenvolvimento de produtos e mercados
ND
Qualidade da equipe, em particular do empreendedor e do gestor de negócios (etapa da proposta detalhada)
Empreendedor qualificado tem maiores chances de sucesso
Experiências ND
102
Qualidade e consistência das propostas de consultoria (etapa da proposta detalhada)
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
ND
Edital SELEÇÃO PÚBLICA MCT/FINEP/FNDCT Subvenção Econômica à Inovação – 01/2009
Ano 2009
Instituição FINEP
Valor R$ 450.000.000,00
Objetivo
Apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços e processos inovadores em empresas brasileiras através de subvenção econômica (recursos não-reembolsáveis). Podem participar empresas brasileiras (sociedades empresárias e empresários individuais) de qualquer porte.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Efetividade do projeto na solução dos problemas definidos no tema específico
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
6
Grau de inovação do projeto em relação a outros projetos ou soluções existentes
Quão inovadora é a proposta apresentada
Desenvolvimento de produtos e mercados
4
Impacto do produto/serviço no mercado e/ou importância estratégica para a sociedade
Qual a relevância do projeto para a sociedade
Desenvolvimento de produtos e mercados
6
Viabilidade técnica e financeira e adequação do orçamento do projeto proposto
Planejamento de Projeto
Financeiro 5
Capacitação técnica da equipe executora e capacidade/experiência anterior da empresa
Empreendedor qualificado tem maiores chances de sucesso
Experiências 4
Edital CARTA-CONVITE MCT/FINEP/CT-PETRO – INCUBADORAS DE EMPRESAS - 01/2007
Ano 2007
Instituição FINEP
Valor R$14.000.000,00
103
Objetivo
A presente Carta-Convite tem por objetivo selecionar propostas de Incubadoras de Empresas com atuação na cadeia de petróleo e gás natural, para apoio a projetos inovadores em estágio de pré-incubação, incubação e graduação (item 11), pertencentes à cadeia de Petróleo e Gás Natural.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
a) Clareza e objetividade. Objetivos, metodologia, atividades, metas e prazos. Qualidade geral da proposta.
Objetividade da proposta
Objetivos de crescimento
5
b) Relevância do Projeto para o setor de Petróleo e Gás.
Relevância para o objetivo do edital (Desenvolver a cadeia de Petróleo e Gás)
Fator específico do edital
5
c) Foco da proposta no objetivo da atividade fim (criação/desenvolvimento de EBTs da Cadeia de Petróleo e Gás Natural).
Relevância para o objetivo do edital (Desenvolvimento de empresas de base tecnológica)
Fator específico do edital
5
d) Aporte de Contrapartida financeira e Outros Recursos financeiros.
Garantias de crédito
Risco 5
e) Adequação do orçamento ao Projeto
Capacidade de executar o projeto com orçamento proposto
Financeiro 4
f) Histórico de projetos prospectados, empresas incubadas e graduadas nos últimos três anos. Serviços prestados às incubadas.
Histórico de atuação das incubadoras
Experiências 4
104
g) Equipe gestora: qualificação profissional e dedicação da equipe; adequação da equipe aos objetivos da proposta.
Qualidade da gestão
Recrutamento e seleção de funcionários
4
h) Adequação da infraestrutura disponível nas instituições participantes para a execução das atividades propostas.
Capacidade de infraestrutura para executar a proposta
Tamanho 3
Edital CHAMADA PÚBLICA MCT/FINEP Ação Transversal - TECNOLOGIA ASSISTIVA – 01/2010
Ano 2010
Instituição FINEP
Valor R$ 10.000.000,00
Objetivo
Selecionar propostas para apoio financeiro a projetos de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias inovadoras para inclusão social, melhoria da qualidade de vida e da autonomia de pessoas com deficiências, diagnóstico precoce, tratamento, reabilitação e prevenção de deficiências física, auditiva, visual, intelectual e múltipla.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
1 Grau de Inovação da proposta
Projetos inovadores têm maiores chances de sucesso no mercado
Desenvolvimento de produtos e mercados
5
2 Relevância da proposta para o alcance dos objetivos da Chamada Pública.
Relevância para o objetivo do edital
Fator específico do edital
5
3 Adequação do cronograma físico (metas físicas, atividades, indicadores físicos e prazos) e da metodologia proposta para execução dos objetivos do projeto.
Planejamento de Projeto
Objetivos de crescimento
4
105
4 Adequação da equipe executora para o desenvolvimento das atividades propostas (qualificação, competência, número de membros e tempo de dedicação ao projeto).
Qualidade da gestão
Recrutamento e seleção de funcionários
4
5 Enquadramento da proposta nas linhas temáticas e itens prioritários, conforme definido na presente Chamada Pública.
Relevância para o objetivo do edital
Fator específico do edital
3
6 Participação de Instituição Interveniente Cofinanciadora
Garantias de crédito
Risco 2
7 Adequação da infraestrutura física das instituições participantes.
Capacidade de infraestrutura para executar a proposta
Tamanho 2
8 Adequação do orçamento para execução das atividades propostas.
Capacidade de executar o projeto com orçamento proposto
Financeiro 1
Edital EDITAL N° 01/2009 HESTIA/UFRGS
Ano 2009
Instituição HESTIA/UFRGS
Valor ND
Objetivo
A Incubadora Tecnológica Héstia/UFRGS é um empreendimento voltado para o estímulo à criação de novos negócios baseados em processos tecnológicos incrementais e inovadores, nas áreas de Engenharia e Física. Os candidatos selecionados poderão utilizar as instalações e benefícios da Incubadora, em regime comum. Na modalidade de pré-incubação, por um período de 6 (seis) meses, prorrogável pelo mesmo período e, na modalidade de incubação, por um período de 24 (vinte e quatro) meses prorrogável por 2 (dois) períodos de 6 (seis) meses, conforme avaliação da Comissão da Hestia. (O programa promove acesso a mecanismos de financiamento)
106
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Viabilidade técnica e econômica do empreendimento;
Projetos com maiores chances de sobrevivência têm maiores chances de sucesso
Financeiro ND
Capacidade gerencial e técnica dos proponentes;
Colaboradores mais qualificados têm maiores chances de sucesso
Experiências ND
Conteúdo tecnológico e grau de inovação dos produtos, processos e serviços a serem desenvolvidos, assim como seu impacto na economia e no ambiente;
Objetivos específicos do edital
Fator específico do edital
ND
Viabilidade mercadológica do empreendimento.
Quão inovadora é a proposta do projeto
Desenvolvimento de produtos e mercados
ND
Qualificação técnica e gerencial do proponente;
Equipes mais qualificadas têm maiores chances de sucesso
Experiências ND
Impacto do produto ou processo no mercado;
Apoiar empresas com maiores chances de sucesso
Objetivos de crescimento
ND
Declaração de não utilização de tecnologias poluentes;
Qualidade técnica dos colaboradores do projeto
Recrutamento e seleção de funcionários
ND
Previsão da autonomia futura da empresa (fora da incubadora);
Empresas com maior potencial de mercado têm maiores chances de sucesso
Variações no lado da demanda
ND
Demonstração da adequação aos objetivos da Héstia e previsão de interação com as instituições que a apoiam.
Fator específico do edital
Fator específico do edital
ND
107
Edital Rio Bravo - FUNDO DE INVESTIMENTO EM PARTICIPAÇÕES
Ano 2009
Instituição Rio Bravo
Valor R$ 17.884.557,99
Objetivo Fundos de investimento em empresas emergentes
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Retorno: potencial de retorno tendo em vista o risco inerente ao investimento.
Relação risco vs. Retorno do investimento.
Financeiro ND
Crescimento: perspectiva de crescimento do mercado e do Ativo Alvo, levando em conta posicionamento competitivo e vantagens comparativas sustentáveis no médio e longo prazo.
Fatores de crescimento
Objetivos de crescimento
ND
Gestão: capacidade, experiência, qualidade, motivação e idoneidade da equipe de gestão da empresa.
Qualidade da equipe gestora
Recrutamento e seleção de funcionários
ND
Tecnologia: componente tecnológico como diferencial competitivo.
Diferencial tecnológico
Desenvolvimento de produtos e mercados
ND
Análise Financeira: modelagem e projeções financeiras, análise dos fluxos de caixa do projeto em cenários variados e detalhamento do plano de negócios.
Avaliação financeira do investimento
Financeiro ND
Potencial de Sucesso: riscos de execução e potencial de cumprimento de metas.
Fatores de risco do investimento
Risco ND
108
Edital FIEP/SEBRAE/IBQP PAPPE SUBVENÇÃO 01/2009
Ano 2009
Instituição PAPPE Subvenção Paraná
Valor R$ 11.400.000,00
Objetivo
O objetivo desta Chamada Pública é selecionar propostas de micro e pequenas empresas (sediadas no estado do Paraná) para subvenção econômica à pesquisa e ao desenvolvimento de produtos e processos inovadores no país.
Critérios Significado Tipo de Critério Pesos
Inovação: Grau de inovação do projeto em relação a outros projetos ou soluções existentes
Projetos inovadores têm maiores chances de sucesso no mercado
Desenvolvimento de produtos e mercados
35%
Abrangência: Impacto do produto/serviço no mercado, sociedade e/ou meio ambiente
Projetos relevantes para a sociedade têm maiores chances de sucesso no mercado
Desenvolvimento de produtos e mercados
30%
Projeto: Adequação do orçamento e contrapartidas, cronograma de atividades e indicadores de execução.
Qualidade do projeto
Risco 20%
Empresa: Qualificação da equipe técnica e infraestrutura para execução do projeto
Empreendedor qualificado tem maiores chances de sucesso
Tamanho 15%