ficha para catÁlogo - operação de migração para o ... · apresenta a utilização de...

38

Upload: buiquynh

Post on 30-Dec-2018

216 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

Título: Uma tarefa com cubos coloridos para Resolução de Problemas:

Geometria Espacial + Medidas de Volume

Autora Lauriane dos Santos Lima

Escola de Atuação Colégio Estadual do Patrimônio Regina.

Município da escola Londrina

Núcleo Regional de Educação Londrina

Orientadora Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino

Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Londrina

Disciplina/Área (entrada no PDE) Matemática

Produção Didático-pedagógica Unidade Didática

Relação Interdisciplinar Língua Portuguesa

Público Alvo Alunos da 7ª série/ 8º ano, do ensino fundamental regular.

Localização

Colégio Estadual do Patrimônio Regina.

Endereço: Rodovia Mabio Gonçalves Palhano, 377. Bairro: Patrimônio Regina. Zona Rural. CEP: 86.055-991. Fone: (0xx43) – 3339-5186

Apresentação:

A presente produção didática (unidade didática) faz parte de um caderno pedagógico com abordagem na Resolução de Problemas, dentro do tema Tendências em Educação Matemática. Apresenta a utilização de conteúdos básicos do ensino fundamental ( 7ª série/8°ano) para a formalização de conceitos de geometria e medida de volume, considerando a composição e elaboração do conhecimento do aluno no desenvolvimento do projeto.

A Resolução de Problemas apresenta-se como alternativa metodológica para prática escolar. Além de auxiliar na construção do conhecimento do aluno nos processos de ensino e aprendizagem, propicia sua colaboração, cooperação em grupo.

Os encaminhamentos metodológicos estão fundamentados na proposta para ensinar Matemática através da Resolução de Problemas apresentada em Onuchic (1999) e Allevato e Onuchic (2009). A proposta tem como objetivo geral propiciar a articulação de alguns conteúdos estruturantes do ensino fundamental, como também oportunizar a outros professores o desenvolvimento de uma tarefa com essa estratégia metodológica, mediante a implementação desse material.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Resolução de problemas; potência; volume; cubo.

PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA

INTERVEN

LAURIANE DOS SANTOS LIMA

Uma tarefa com cubos coloridos para Resolução de

Problemas: Geometria Espacial + Medidas de Volume

IES: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA – UEL

ORIENTADORA: MÁRCIA CRISTINA DE COSTA TRINDADE CYRINO

ÁREA CURRICULAR: MATEMÁTICA

UEL – LONDRINA - 2011

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO – SEED

SUPERINTENDENCIA DA EDUCAÇÃO – SUED

DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL –

PDE

LAURIANE DOS SANTOS LIMA

Uma tarefa com cubos coloridos para Resolução de

Problemas: Geometria Espacial + Medidas de Volume

Produção Didática (unidade didática) integra um caderno pedagógico, com abordagem na Resolução de Problemas, dentro do tema Tendências em Educação Matemática. Plano de Trabalho apresentado ao Programa de Desenvolvimento Educacional.

Orientadora: Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino

UEL – LONDRINA – 2011

AGRADECIMENTOS

A toda contribuição: a Deus, familiares, coordenadores do

PDE, professores da UEL, professores do Canguru Matemático,

colegas de matemática, ao professor doutorando Bruno Rodrigo

Teixeira e a orientação da professora doutora Márcia Cyrino.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO DO CADERNO PEDAGÓGICO .......................................................... 4

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 7

1.1 Tema de Estudo do Professor PDE ..................................................................... 7 1.2 Título ................................................................................................................... 7 1.3 Introdução da Unidade Didática .......................................................................... 7 1.4 Justificativa .......................................................................................................... 8 1.5 Objetivo Geral ...................................................................................................... 9

2 PROCEDIMENTOS ................................................................................................ 9

2.1 Problema ........................................................................................................... 10 2.2 Resolução Esperada ......................................................................................... 11 2.3 Objetivos ........................................................................................................... 18 2.4 Encaminhamentos metodológicos e sugestões aos professores ...................... 18 2.5 Formalização do volume do cubo pequeno e apresentação da unidade de medida ddo volume ................................................................................................... 25

3 CONTEÚDO DE ESTUDO ................................................................................... 26

3.1 Formalização do Cálculo do Volume do Poliedro Cubo .................................... 26 3.2 Conteúdos propostos e Avaliação do aluno ...................................................... 27

4 RECOMENDAÇÕES AOS PROFESSORES ....................................................... 29

5 PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA P.D.P. ............................................................. 29

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 30

ANEXOS ................................................................................................................... 31

ANEXO 1 – Unidade Pedagógica no formato para sala de aula.

ANEXO 2 – Autorização para aplicação de parte do problema.

4

INTRODUÇÃO DO CADERNO PEDAGÓGICO

De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica de

Matemática do Estado do Paraná, os “conteúdos propostos devem ser

abordados por meio de tendências metodológicas da Educação Matemática

que fundamentam a prática docente” (PARANÁ, 2008, p. 63). Dentre elas,

pode-se destacar a Resolução de Problemas.

Diante disso, estudamos a Resolução de Problemas enquanto

estratégia metodológica para o ensino e a aprendizagem da Matemática e

produzimos um caderno pedagógico composto por unidades didáticas

elaboradas individualmente por nove professores PDE, correlacionadas com

esse tema.

Essa produção didático-pedagógica, além de se constituir para os

professores PDE em uma estratégia para a implementação do Projeto de

Intervenção Pedagógica na Escola, apresenta possibilidades de abordagem de

diferentes conteúdos matemáticos por meio da Resolução de Problemas, e tem

também como objetivo oportunizar a outros professores que venham a ter

acesso a essa produção, o desenvolvimento de um trabalho com essa

estratégia metodológica mediante a implementação desse material.

Utilizar a Resolução de Problemas como uma estratégia

metodológica para o ensino e a aprendizagem de Matemática, trata-se,

segundo Allevato e Onuchic (2009, p.7), “de um trabalho onde um problema é

ponto de partida e orientação para a aprendizagem, e a construção do

conhecimento far-se-á através de sua resolução.”

Ainda de acordo com essas autoras, não há “formas rígidas para

colocar em prática essa metodologia” (ibidem). Apresentamos a seguir uma

proposta, sugerida pelas autoras, de organização das tarefas em etapas a

serem desenvolvidas pelo professor e pelos alunos.

5

1) Preparação do problema - Selecionar um problema visando à construção de um novo conceito, princípio ou procedimento. Esse problema será chamado problema gerador. É bom ressaltar que o conteúdo matemático necessário para a resolução do problema não tenha ainda sido trabalhado em sala de aula.

2) Leitura individual - Entregar uma cópia do problema para cada aluno e solicitar que seja feita sua leitura.

3) Leitura em conjunto - Formar grupos e solicitar nova leitura do problema, agora nos grupos.

Se houver dificuldade na leitura do texto, o próprio professor pode auxiliar os alunos, lendo-lhes o problema.

Se houver, no texto do problema, palavras desconhecidas para os alunos, surge um problema secundário. Busca-se uma forma de poder esclarecer as dúvidas e, se necessário, pode-se, com os alunos, consultar um dicionário.

4) Resolução do problema - De posse do problema, sem dúvidas quanto ao enunciado, os alunos, em seus grupos, num trabalho cooperativo e colaborativo, buscam resolvê-lo. Considerando os alunos como co-construtores da “matemática nova” que se quer abordar, o problema gerador é aquele que, ao longo de sua resolução, conduzirá os alunos para a construção do conteúdo planejado pelo professor para aquela aula.

5) Observar e incentivar – Nessa etapa o professor não tem mais o papel de transmissor do conhecimento. Enquanto os alunos, em grupo, buscam resolver o problema, o professor observa, analisa o comportamento dos alunos e estimula o trabalho colaborativo. Ainda, o professor como mediador leva os alunos a pensar, dando-lhes tempo e incentivando a troca de idéias entre eles.

O professor incentiva os alunos a utilizarem seus conhecimentos prévios e técnicas operatórias já conhecidas necessárias à resolução do problema proposto. Estimula-os a escolher diferentes caminhos (métodos) a partir dos próprios recursos de que dispõem. Entretanto, é necessário que o professor atenda os alunos em suas dificuldades, colocando-se como interventor e questionador. Acompanha suas explorações e ajuda-os, quando necessário, a resolver problemas secundários que podem surgir no decurso da resolução: notação; passagem da linguagem vernácula para a linguagem matemática; conceitos relacionados e técnicas operatórias; a fim de possibilitar a continuação do trabalho.

6) Registro das resoluções na lousa – Representantes dos grupos são convidados a registrar, na lousa, suas resoluções. Resoluções certas, erradas ou feitas por diferentes processos

6

devem ser apresentadas para que todos os alunos as analisem e discutam.

7) Plenária – Para esta etapa são convidados todos os alunos para discutirem as diferentes resoluções registradas na lousa pelos colegas, para defenderem seus pontos de vista e esclarecerem suas dúvidas. O professor se coloca como guia e mediador das discussões, incentivando a participação ativa e efetiva de todos os alunos. Este é um momento bastante rico para a aprendizagem.

8) Busca do consenso – Após serem sanadas as dúvidas e analisadas as resoluções e soluções obtidas para o problema, o professor tenta, com toda a classe, chegar a um consenso sobre o resultado correto.

9) Formalização do conteúdo – Neste momento, denominado “formalização”, o professor registra na lousa uma apresentação “formal” – organizada e estruturada em linguagem matemática – padronizando os conceitos, os princípios e os procedimentos construídos através da resolução do problema, destacando as diferentes técnicas operatórias e as demonstrações das propriedades qualificadas sobre o assunto. (ALLEVATO; ONUCHIC, 2009, p. 7-8, grifo nosso).

A intenção é que a implementação desta produção didático-

pedagógica, seja realizada de acordo com as etapas apresentadas

anteriormente, e, por isso, sugerimos para cada problema presente nessa

produção, encaminhamentos que podem ser utilizados pelos professores em

algumas dessas etapas, bem como possíveis formalizações para os conteúdos

matemáticos abordados.

7

1 APRESENTAÇÃO .

Professor PDE:

Disciplina PDE:

Núcleo Regional de Educação:

Professor Orientador IES:

IES vinculada:

Escola de Implementação:

Público objeto da intervenção:

Lauriane dos Santos Lima.

Matemática.

Londrina / PR.

Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino.

Universidade Estadual de Londrina – UEL.

Colégio Estadual do Patrimônio Regina.

35 alunos do ensino fundamental regular,

7ª série/ 8º ano, área rural do município de

Londrina, mantenedora Secretaria de

Estado da Educação do Paraná.

1.1 TEMA DE ESTUDO DO PROFESSOR PDE

Tendências em Educação Matemática.

1.2 TÍTULO

Uma tarefa com cubos coloridos para Resolução de Problemas:

Geometria Espacial + Medidas de Volume

8

1.3 INTRODUÇÃO DA UNIDADE DIDÁTICA

A unidade didática apresenta a utilização de conteúdos básicos do

ensino fundamental (7ª série/8°ano) para a exploração dos elementos de um

cubo e formalização do cálculo de seu volume, considerando a constituição do

conhecimento do aluno no desenvolvimento do projeto. Os Parâmetros

Curriculares Nacionais para a área de Matemática no Ensino Fundamental,

terceiro e quarto ciclos, apresentam como um de seus princípios norteadores,

sobre atividade matemática escolar, que “não é olhar para as coisas prontas e

definitivas, mas a construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno,

que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade” (BRASIL,

1998, p.56).

A implementação desta unidade didática está proposta para o

Colégio Estadual do Patrimônio Regina, Núcleo Regional de Educação de

Londrina, com alunos de 7ª série/8º ano do Ensino Fundamental,

acompanhado pela equipe pedagógica e direção deste Estabelecimento.

1.4 JUSTIFICATIVA

A Resolução de Problemas apresenta-se como alternativa

metodológica para prática escolar. Além de auxiliar na construção do

conhecimento do aluno nos processos de ensino e aprendizagem, propicia sua

colaboração, cooperação em grupo. Nesse sentido os PCN de Matemática

apontam que “o professor deve levar em conta que os alunos adolescentes/

jovens atuam mais em grupo do que individualmente [...]” (BRASIL, 1998,

p.39).

9

1.5 OBJETIVO GERAL

Propiciar a articulação de alguns conteúdos estruturantes do ensino

fundamental, para a formalização de tópicos de conteúdos básicos referentes à

7ª série/ 8º ano, por meio da Resolução de Problemas.

2. PROCEDIMENTOS

Apresentamos a seguir um problema que envolve a exploração de

pequenos cubos, subdividido em 4 questões, que tem como objetivo trabalhar

com os conceitos de geometria e medida de volume por meio da metodologia

da Resolução de Problemas na perspectiva das autoras Allevato e Onuchic

(2009). Serão utilizados os seguintes materiais: 36 impressões do problema,

folhas para anotações de cada aluno, pequenos cubos coloridos para o

trabalho em pequenos grupos de alunos, dicionários da língua portuguesa,

livros didáticos, folha de anotação do professor para relatório de avaliação de

cada grupo.

Para cada grupo será entregue um conjunto de 80 cubos coloridos,

de 1 cm de aresta, sendo 8 cubos de cada uma das seguintes cores: amarelo,

vermelho, azul, verde, branco, preto, lilás, laranja, marrom, salmão.

O desenvolvimento propõe um período mínimo de 5 horas/aula,

sendo as quatro primeiras para apresentação e desenvolvimento de 4 questões

e a última para formalização do conteúdo: cálculo do volume do poliedro cubo.

Na descrição do desenvolvimento do problema contemplamos: a

resolução esperada, os objetivos a serem atingidos, sugestão de

encaminhamento, de formalização do conteúdo abordado, e da proposta de

avaliação para a tarefa.

10

2.1. PROBLEMA

Considere um pequeno cubo de dimensão 1 cm x 1 cm x 1 cm.

1) Com o auxílio de um dicionário e de livros investigue o que é um cubo.

2) Quais são os elementos que compõe um cubo? Um cubo tem quantas

dimensões?

3) A partir de uma coleção de pequenos cubos, onde cada cubo tem uma única

cor, investigue qual o menor número possível de cores, que podem ser

utilizadas para montar um cubo com :

Montagem A - 8 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor;

Montagem B - 27 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor;

Montagem C - 64 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor

(Fonte: adaptado do Canguru Matemático de Portugal/ Canguru Brasil, 2010).

Figura 1: Exemplos de pequenos cubos coloridos Fonte: Lauriane S Lima. 03/06/11

11

4) Preencha o quadro a seguir:

Questões

Assumindo o cubo de aresta 1

cm como unidade de medida, determine a

medida da aresta dos cubos:

Assumindo o cubo de aresta 1 cm como unidade de medida,

determine a quantidade de cubos necessárias para as

montagens dos cubos:

Reescreva, utilizando a notação de potência

(baseexpoente

= potência), a quantidade de cubos

necessária para a montagem, levando em conta a aresta do cubo

maior.

Pequeno Cubo

Cubo maior da montagem A

Cubo maior da montagem B

Cubo maior da montagem C

Quadro 1: Organização das informações das montagens com pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima 06/11

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

2.2. RESOLUÇÕES ESPERADAS

Questão 1 – Investigação sobre o cubo, utilizando livros e dicionários.

O aluno poderá encontrar de 3 a 5 definições em um dicionário ou

livro didático (como exemplo para a Geometria, para Matemática, para a

Mecânica). Espera-se que o conceito seja organizado com base na aplicação

para a Geometria. Estas anotações complementam as definições a serem

formalizadas e descritas no tópico encaminhamento metodológico e sugestões

ao professor.

Questão 2 – Anotação do conceito de dimensão, utilizando um dicionário.

Dentre os possíveis conceitos retirados do dicionário (exemplos

referentes à aplicação na Álgebra, na Geometria e no sentido figurado),

espera-se que o aluno compreenda o conceito de dimensão apropriado para

um cubo, reconhecendo as três extensões, comprimento, largura e altura ou

profundidade, bem como escreva os elementos arestas, vértices e faces.

12

Esta anotação poderá ser complementada pela formalização do

professor, sugerida do tópico encaminhamento metodológico.

Questão 3 – A partir de 80 pequenos cubos pequenos coloridos

(especificado na introdução do procedimento), espera-se que o grupo

investigue o menor número possível de cores, que pode ser utilizada para

montar um cubo com:

Opções de Montagem A - 8 pequenos cubos de modo que qualquer

cubo pequeno, com vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas, não

seja da mesma cor.

Figura 2: opção de resolução com 8 cores, com 8 pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Resposta: 8 cores

Importante.

Formação com outras disposições dos 8 cubos com 8 cores diferentes, atendendo aos critérios da questão, são resoluções consideradas corretas.

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Opções de Montagem B - 27 pequenos cubos de modo que qualquer

cubo pequeno, com vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas, não

seja da mesma cor. São todas as disposições dos 27 cubos combinados com 8

cores, atendendo ao requisito.

A seguir uma possível solução com 8 cores (Figura 3):

13

Figura 3: opção de resolução com 8 cores da montagem B, a partir de 27 pequenos cubos.

Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Opção de Montagem C - 64 pequenos cubos de modo que qualquer

cubo pequeno, com vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas, não

seja da mesma cor. São todas as disposições dos 64 cubos combinados com 8

cores, atendendo ao requisito. A seguir uma possível resolução (Figuras 4 e 5):

Figura 4: opção de resolução com 8 cores da questão com 64 pequenos cubos. Fonte: Lauriane dos S Lima. 06/11.

Figura 5: opção de montagem C com 8 cores da questão com 64 pequenos cubos. Fonte: Lauriane dos S Lima. 06/11.

14

POSSÍVEIS ERROS DE RESOLUÇÕES NAS MONTAGENS A, B, C.

Nesta etapa, o grupo precisa de atenção na distribuição das cores

que tem como objetivo o questionamento e localização das faces, arestas e

vértices dos pequenos cubos. É possível que na plenária sejam relatados os

seguintes erros no processo de resolução:

Exemplo 1 - erros de montagens A, com 8 pequenos cubos, apresentando, por

exemplo, 1 e 6 cores (Figura 6).

Figura 6: Exemplos de montagens de 3 cubos contendo 8 pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Exemplo 2 - erros de montagens A, com 8 pequenos cubos, apresentando

por exemplo, 2 cores (Figura 7) ou 4 cores (Figura 8).

2 cores, apresentando alguns vértices e arestas da mesma cor que estão encostados.

Figura 7: Montagem com 8 pequenos cubos em 2 cores. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

15

4 cores, apresentando alguns vértices e arestas da mesma cor que estão encostados.

Figura 8: Montagem com 8 pequenos cubos em 4 cores. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Exemplo 3 - erros de montagens B, com 27 pequenos cubos, com 4 cores

(Figuras 9 e 10) ou 6 cores (Figuras 11 e 12), apresentando, algumas vezes,

vértices e arestas em comum quanto à cor:

Erro: 4 cores, apresentando alguns vértices e arestas da mesma cor que estão encostados.

Figura 9: distribuição das 4 cores nos 27 pequenos cubos, apresentando algumas vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Figura 10: montagem com 27 pequenos cubos, com 4 cores, apresentando algumas vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

16

Exemplo 4 - erro de montagem C, com 64 pequenos cubos, com 6 cores

(Figura 13 e 14), apresentando, algumas vezes, vértices e arestas em comum

quanto à cor:

Figura 13: distribuição das 6 cores nos 27 pequenos cubos, apresentando algumas

vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane d S Lima. 06/11

Erro: 6 cores, apresentando alguns vértices e arestas na mesma cor.

Figura 11: distribuição das 6 cores nos 27 pequenos cubos, apresentando algumas vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane d S Lima. 06/11

Figura 12: montagem com 27 pequenos cubos, com 6 cores, apresentando algumas vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

17

Figura 14: montagem com 27 pequenos cubos, com 6 cores, apresentando algumas

vezes vértices e aresta vizinhos da mesma cor. Fonte: Lauriane S Lima. 06/11

Exemplo 5 – é possível alguns grupos apresentarem como erros, nas 3

montagens, números de cores acima de 8. Contudo, o limite do número de 10

cores, nesta tarefa diminui esta opção.

RESOLUÇÃO ESPERADA - Questão 4 - Preencha o quadro a seguir:

Questões

Assumindo o cubo de aresta 1

cm como unidade de

medida, determine a medida da aresta dos

cubos:

Assumindo o cubo de aresta 1 cm como unidade de medida,

determine a quantidade de cubos necessárias para as

montagens dos cubos:

Reescreva, utilizando a notação de potência

(baseexpoente

= potência), a quantidade de cubos

necessária para a montagem de cubo maior, levando em

conta a aresta do cubo maior.

Pequeno Cubo

1 1 1³ = 1

Cubo maior da montagem A

2 8 2³ = 8

Cubo maior da montagem B

3 27 3³ = 27

Cubo maior da montagem C

4 64 4³ = 64

Quadro 1: organização das informações das montagens com pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima 06/11

18

2.3. OBJETIVOS

Reconhecer as características do cubo;

Montar um cubo utilizando outros cubos menores (sólido geométrico);

Fazer uma composição, utilizando cubos coloridos, conforme critérios da

questão;

Utilização da linguagem matemática e discussão dos conceitos de

vértice, aresta e face;

Reconhecer a medida da aresta do cubo maior e identificar as

dimensões do cubo;

Reconhecer as potências como multiplicação de mesmo fator e sua

nomenclatura: base, expoente e potência;

Reconhecer o cubo pequeno como unidade de medida de volume do

cubo maior;

Organizar as informações do problema em um quadro resumo.

2.4. ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO E SUGESTÕES AOS

PROFESSORES.

As questões serão encaminhadas uma a uma. Justificamos que,

desta maneira, facilita a flexibilidade para o procedimento, como exemplo,

disponibilizar mais tempo para uma plenária ou formalização de um conteúdo,

também contando com a possibilidade de um aluno fazer perguntas que não

estejam no planejamento e, desta maneira, seja necessário a formalização de

um conceito não planejado.

Questão 1 e 2 - Investigação sobre o cubo, seus elementos e quantidade

de dimensões, utilizando livros e dicionários.

A classificação e construção de sólidos geométricos fazem parte do

conteúdo básico Geometria Espacial, dentro do conteúdo estruturante

Geometrias, para a 6ª série/ 7º ano, conforme DCE (2008, p.77 a 80). Nestas

questões, o problema apresenta um cubo e suas dimensões para investigação,

com auxílio de livros e dicionários.

19

Após plenária e busca de consenso, o professor pode formalizar o

cubo como um poliedro. Apresentar um exemplo de poliedro convexo e do

poliedro não-convexo (Ilustração1):

Ilustração 1: Poliedro convexo Poliedro não-convexo

Fonte: Lauriane S. Lima 06/11

Investigando um pequeno cubo, a partir da Ilustração 1 pretende-se

que o aluno conclua que o cubo é um poliedro convexo. Acrescentando à

denominação hexaedro regular, uma classificação de acordo com o números

de faces congruentes, para o cubo 6 faces quadradas, com a observação de

que o quadrado possui lados e ângulos congruentes, é um polígono regular.

Formalizando o cubo como uma forma geométrica espacial, um poliedro

regular porque apresentam faces representadas por polígonos regulares.

Complementando com as quantidades: além de 6 faces quadradas, apresenta

12 arestas e 8 vértices.

Investigando uma das faces quadradas do pequeno cubo, o

professor pode explorar o reconhecimento das características desta face: como

uma forma geométrica plana, onde o contorno é fechado, este contorno é

formado apenas por segmentos de reta. Formalizando desta observação, que

este contorno mais a parte interna deste plano, região interna, são denominado

polígono (do grego, poli significa muitos, vários e gono significa

ângulos). Apresentar nesta formalização a ilustração (2) de contorno e região

interna, bem como a formalização ilustrada (3) de polígono convexo e não

convexo, e sua denominação de acordo com a região interna.

20

Ilustração 2: exemplo de polígono contorno região interna

Ilustração 3: região convexa região não convexa

polígono convexo polígono não convexo

Ilustração 2: exemplo de polígono. Ilustração 3: região convexa e não convexa. Fonte: Lauriane S Lima 06/11

Com estas informações o aluno poderá organizar na definição de

polígono convexo como forma geométrica plana, com contorno fechado,

formado por segmentos de reta que não se cruzam. A face do cubo é um

polígono convexo também denominada polígono regular. O professor poderá

acrescentar os elementos do polígono, explicando que seus lados são

congruentes entre si, seus ângulos internos também congruentes entre si, além

dos outros elementos: os vértices, ângulos externos e diagonais. Na Ilustração

4, apresenta um exemplo de cada um desses elementos para que os alunos

identifiquem as quantidades de cada elemento:

Ilustração 3: vértice lado ângulo interno diagonal ângulo externo

Ilustração 4: um exemplo de cada elemento do cubo. Fonte: Lauriane S. Lima 06/11

21

Ainda destas plenárias, pretende-se formalizar a definição de

dimensão. Segundo Ribeiro (2009, p.297), dimensão é “cada uma das

medidas que indicam o tamanho de uma figura, um objeto, etc.” A quantidade

de dimensões do cubo, três, denominando como comprimento, altura, largura

ou profundidade.

Questão 3 – Com a opção de montagem com pequenos cubos coloridos,

espera-se que o grupo investigue o menor número possível de cores, que

pode ser utilizada para montar um cubo com 8, 27 e 64, respectivamente,

apresentando como critério que qualquer cubo pequeno, com vértice,

aresta ou face encostados nas peças vizinhas, não seja da mesma cor.

Para esta etapa, considerando montagem, plenária, busca de

consenso e formalização de conceitos desta questão, pretende-se um período

de 2 a 3 aulas. A proposta que as montagens A, B, C sejam realizadas

separadamente, de acordo com a distribuição das questões, onde é possível

que alguns grupos aguardem para esta plenária, que pretende como resultado

o consenso do resultado 8 cores. Para esta etapa recomenda-se os pequenos

grupos adiantados utilizem este espaço de tempo para organização de suas

plenárias e de suas anotações.

A formalização desta questão pretende esclarecer para os grupos a

regularidade da constante 8 cores para as montagens A, B, C. É possível que a

plenária e a busca de consenso não apresentem a compreensão desta

regularidade. Neste caso o professor podepropor. o seguintequestionamento

para os pequenos grupos:

Um vértice de um pequeno cubo tem contato, no máximo, com

quantos outros cubos?

Pretende-se como resposta 7 outros pequenos cubos. A partir deste

consenso, pretende-se que a plenária traga a discussão que os 7 pequenos

cubos apresentem o critério cores diferentes ao pequeno cubo de referência,

perfazendo o total e a regularidade 8 cores.

22

Para exemplificar seguem as figuras:

Figura 15 – Um vértice do pequeno cubo preto pode ter contato com no

máximo 7 outros pequenos cubos.

Figura 15 – Um vértice do pequeno cubo preto e 7 outros pequenos cubos. Lauriane S Lima 06/11.

Figura 16 – Um vértice de um pequeno cubo preto pode ter contato com no

máximo 7 coloridos pequenos cubos..

Figura 16 – Um vértice de um pequeno cubo preto pode ter contato com 7 coloridos pequenos cubos.

Juntos organizamos 8 cores. Lauriane S Lima 06/11

23

Figura 17 – Estas 7 cores dos pequenos cubos podem se repetir apenas para

outro vértice do pequeno cubo preto, começando uma organização de 8 cores

na montagem de um cubo maior.

Figura 17 – Estas 7 cores dos pequenos cubos podem se repetir apenas para outro vértice

do pequeno cubo preto, começando uma organização de 8 cores na montagem de um cubo maior.

Lauriane S Lima 06/11

Figura 18 – Estas 7 cores dos pequenos cubos podem se repetir apenas para

outros vértices do pequeno cubo preto, perfazendo uma organização de 8

cores na montagem de cubos maiores.

Figura 18 – Estas 7 cores dos pequenos cubos podem se repetir apenas para outros vértices do pequeno cubo preto,

perfazendo uma organização de 8 cores na montagem de cubos maiores.

Lauriane S Lima 06/11

24

Questão 4 – Com o preenchimento do quadro e apresentação em plenária:

Questões

Assumindo o cubo de aresta 1

cm como unidade de medida, determine a

medida da aresta dos cubos:

Assumindo o cubo de aresta 1 cm como unidade de medida,

determine a quantidade de cubos necessárias para as

montagens dos cubos:

Reescreva, utilizando a notação de potência

(baseexpoente

= potência), a quantidade de cubos

necessária para a montagem de cubo maior, levando em conta a aresta

do cubo maior.

Pequeno Cubo

1 1 1³ = 1

Cubo maior da montagem A

2 8 2³ = 8

Cubo maior da montagem B

3 27 3³ = 27

Cubo maior da montagem C

4 64 4³ = 64

Quadro 1: organização das informações das montagens com pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima 06/11

Do consenso dos valores do quadro 1, pretende-se que os grupos

percebam que a quantidade de dimensões (comprimento, altura e largura) são

3, uma grandeza que não varia nestas e em outras montagens de cubos. Ao

contrário da grandeza medida da aresta do cubo maior, que possui uma

variação à medida que se altera o total de cubos pequenos.

Pretende-se que os grupos reescrevam, no quadro e apresentem em

plenária, a base da notação de potência, exemplo pequeno cubo, como 1 cm

de medida de aresta. A partir desta informação, o professor pode utilizar o

conteúdo básico Potenciação.

Cabe ao professor formalizar que a base e o expoente são números

racionais (no caso de medidas de volume também naturais) e a expressão

baseexpoente como a representação da potência. O professor pode acrescentar

o contexto histórico relatando, segundo Oliveira e Ponte(1999), que quando

criada por René Descartes, a princípio, também servia somente para números

inteiros positivos.

25

SUGESTÃO PARA A QUESTÃO 4. Para a notação de potência,

apresentamos uma leitura e curiosidades da História da Matemática.

Utilizamos a notação de potência, para indicar um número para multiplicar

por si mesmo, duas ou mais vezes. Nesta multiplicação: indicou-se base para

este número que se repete, e, o número elevado como expoente para indicar a

quantidade de repetições.

Esta notação “surge, finalmente, com o livro Géometrie (1637) de René

Descartes (1596-1650)” (OLIVEIRA e PONTE, 1999).

Segundo Oliveira e Ponte (1999, apud BALL, 1960), as primeiras

referências de uma notação para esta operação, “encontra-se num papiro

egípcio que remonta ao final do Império Médio (cerca de 2100-1580 a.C.)”.

Durante o século XVII, muitas notações coexistiram e, ainda foram criadas

outras, “mas a de Descartes oferecia certas vantagens quanto à interpretação,

tal como o seu uso, até aos nossos dias, tem evidenciado” (OLIVEIRA e

PONTE, 1999 apud CAJORI, 1993).

2.5. FORMALIZAÇÃO DO VOLUME DO CUBO PEQUENO E

APRESENTAÇÃO DA UNIDADE DE MEDIDA DO VOLUME.

O professor pode apresentar a formalização da potenciação do

monômio “cm”, com a finalidade de reconhecer o centímetro cúbico como

medida do volume deste cubo. Bem como a padronização do metro cúbico

como unidade padrão do Sistema Internacional de Unidades para medir o

volume e sua representação m³; seus múltiplos Km³, hm³, dam³ e seus

submúltiplos dm³, cm³, mm³ (5ª série/ 6º ano). Enfatizando que o metro cúbico

é originário do cubo com um metro de medida da aresta. Deste registro

organizado estabelecemos a conexão do conteúdo Potenciação com o

conteúdo Medidas e Volumes: cálculo do volume do cubo.

Conceituando o Volume como “medida do espaço ocupado por um

corpo” (RIBEIRO, 2009), o professor poderá sugerir outras perguntas para

contribuir com a questão 4: Qual a relação entre o volume dos pequenos

cubos e o volume dos cubos maiores montados?

26

Com a tarefa de organizar os dados do problema em um quadro

resumo (Quadro 1), pretende-se que o aluno reconheça as grandezas que

representam volume, bem como reconhecer as grandezas dadas e calculadas

em todas as questões do problema, acrescentando a este quadro as

respectivas unidades de medidas.

3. CONTEÚDO DE ESTUDO

3.1. FORMALIZAÇÃO DO CÁLCULO DO VOLUME DE UM CUBO.

O professor pode resumir os conteúdos trabalhados, a partir da

primeira montagem com 8 cubos pequenos (questão 2 – montagem A),

destacando a formalização do volume 1 cm3 para cada pequeno cubo (questão

4). Destacando o conceito de Volume como “medida do espaço ocupado por

um corpo” (RIBEIRO, 2009), associar que este espaço foi ocupado por 8

pequenos volumes de 1cm³.

Após obter sugestões de respostas quanto à relação entre o volume

dos pequenos cubos e o volume dos cubos maiores montados, o professor

pode propor a observação do volume do cubo maior 8 cm3 e a respectiva

aresta de medida 2 cm (quadro 1- questão 4). Cálculo do volume também

obtido pela potência (2 cm)³ = 8 cm³

Seguindo esta observação (questão 4), na segunda montagem, o

professor atenta que o aumentou da medida da aresta do cubo maior para 3

cm, produz o volume para 27cm3. Seguindo para a terceira montagem, com

aumento da dimensão da medida da aresta do cubo maior para 4 cm e o

volume vai para 64 cm3.

Com o registro formal desta observação para a questão 4, o

professor apresenta a variação do volume, conforme o aumento da medida da

aresta. Compreendendo esta relação, podemos utilizá-la sem montagem, para

outros dois cubos, por exemplo, com dimensões das medidas das arestas 5 cm

e 6 cm, resultando volumes 125cm3 e 216 cm3, respectivamente.

27

A confirmação desta constatação expressa o cálculo do volume do

poliedro cubo. Neste cálculo, o professor poderá acrescentar que para o

volume do cubo, podemos adotar a letra “V”; e para a medida da aresta do

cubo, podemos adotar a letra “a”; e, 3 o expoente constante que representa o

número de dimensões do cubo (comprimento, largura e altura). Sistematizando:

Volume do cubo = medida da aresta do cuboquantidade de dimensões do cubo

V = a 3

É uma relação que podemos chamar de fórmula matemática para

o cálculo do volume do cubo.

A partir desta fórmula podemos imaginar a montagem de um cubo

com aresta 20 vezes a medida da aresta de um pequeno cubo de 1 cm. Assim

podemos calcular que o cubo com medida da aresta 20 cm possui um volume:

V = (20 cm)3 , calculando V= 8000 cm3.

Também, podemos constatar que ao pretendermos montá-lo com

pequenos cubos com aresta de 1 cm de medida, precisaremos de 8000

pequenos cubos, serão 8000 espaços ocupados por 1cm³, que resultará em

um volume de 8000 cm3. Se ao invés de 1 cm de aresta do cubo pequeno

apresentasse 2 cm, ainda se verificaria uma relação?

3.2. CONTEÚDOS PROPOSTOS E AVALIAÇÃO DO ALUNO.

Para a avaliação do aluno, nesta proposta dos pequenos grupos,

um relatório de avaliação de cada grupo, foi sugerido no encaminhamento

metodológico, anotações conforme DCE Matemática (1998), por exemplo, a

comunicação e utilização da linguagem matemática do grupo em plenária e as

estratégias utilizadas nas resoluções. Recomendando que a estratégia de

avaliação seja apresentada aos alunos.

28

Além das anotações, o professor pode considerar o registro do

grupo na lousa, a linguagem matemática utilizada nas plenárias, a

organização escrita do aluno na formalização do conteúdo. A formalização,

conforme Allevato e Onuchic (2009, p. 8), é apresentada pelo professor, de

maneira “organizada e estruturada em linguagem matemática, padronizando

os conceitos, os princípios e os procedimentos construídos através da

resolução do problema (...).”

Os quadros a seguir apresentam alguns itens retirados das DCE –

Matemática (2008, p.77 a 80), para explicar os conteúdos a serem formalizados

e sua respectiva avaliação.

Conteúdos

Estruturantes

Conteúdos

Básicos(caminhos

de resolução)

Avaliação (série/ano)

NÚMEROS E

ÁLGEBRA

Potenciação. Reconhecer a notação de potência como multiplicação

de mesmo fator. (5ªsérie/6ºano)

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de Volume Compreender e utilizar uma unidade de medida do

volume. (5ªsérie/6ºano).

GEOMETRIAS

Geometria Espacial Classificar e construir sólido geométrico cubo

(cubo).(6ªsérie/7ºano).

Conteúdo

Estruturante a

formalizar

Conteúdo Básico

a formalizar Avaliação (série/ano)

GRANDEZAS E

MEDIDAS

Medidas de Volume Calcular o volume de um cubo. (7ªsérie/8ºano).

Fonte: Lauriane S Lima 06/11. Adaptado DCE – Matemática (2008, p.77 a 80)

29

4 RECOMENDAÇÕES AOS PROFESSORES

O desenvolvimento das etapas desta unidade pedagógica está

pautado na metodologia Resolução de Problemas apresentada em Onuchic

(1999) e Allevato e Onuchic (2009). Como recomendação o detalhamento de

cada etapa, para implementação em sua sala de aula, encontra-se na

introdução do caderno pedagógico, o qual esta unidade integra.

A utilização das cores na unidade pedagógica é um argumento

matemático que tem adaptação do problema da Olimpíada Portuguesa de

Matemática e também, em 2010, da Olimpíada Brasileira de Matemática, fonte

autorizada, em anexo, do Canguru Matemático de Portugal e do Canguru

Brasil. As cores são apresentadas para auxiliar na identificação dos elementos

do cubo, arestas, vértices e faces. Porém, a extensão da regularidade de no

mínimo 8 cores, para um cubo de qualquer tamanho, permite outras

abordagens nos conteúdos matemáticos. Assim esta unidade pedagógica

apresenta como sugestão a exploração da regularidade das cores do problema

em questão.

O material, pequenos cubos, são unidades do material dourado, coloridos com

tinta látex, para viabilizar a metodologia na produção didática. A utilização do

material dourado, na cor madeira, é possível com a substituição no problema,

pela opção cálculo das cores, sem o recurso visual, como propõe o problema

do Canguru Matemático.

5. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DA P.D.P.

Para a avaliação das etapas de implementação é recomendado ao

professor o registro em forma de relatório ou diário, para a percepção das

dificuldades, contribuições e adequações desta proposta, nos pontos sugeridos

a seguir:

- na apresentação do problema; perfil do público alvo; objetivos das questões

do problema; procedimentos (atividades, recursos, técnicas, tempo, avaliação

dos alunos) e conteúdos.

30

INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS

ALLEVATO, N. S. G; ONUCHIC, L. R. Ensinando Matemática na sala de aula através da Resolução de Problemas. Boletim GEPEM, n.55, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais (Matemática). Brasília: MEC/SEF, 1998.

OLIVEIRA, H. & PONTE, J. P. Marcos históricos no desenvolvimento do conceito de potência. Educação & Matemática, 52, 29-34. (1999). Disponível em: http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/jponte/artigos-por-temas.htm#Outros. Acesso em: 15 jun. 2011.

ONUCHIC, L. R. Ensino-Aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V. (Org.). Pesquisa em Educação Matemática. São Paulo: Editora UNESP, 1999. cap.12. p. 199-220.

ONUCHIC, L R.; ALLEVATO, N. S. G. Novas reflexões sobre o ensino aprendizagem de matemática através da resolução de problemas. In: BICUDO, M. A. V.; BORBA, M. C. (Org). Educação Matemática: pesquisa em movimento. 2.ed. São Paulo: Cortez, 2005. p. 213-231.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Diretrizes Curriculares da Educação Básica Matemática. Curitiba: SEED, 2008.

RIBEIRO, Jackson. Projeto Radix: matemática, 7° ano. São Paulo: Scipione, 2009.

UNIVERSIDADE DE COIMBRA. Faculdade de Ciências e Tecnologia. Departamento de Matemática. Canguru Matemático sem Fronteias Portugal. Disponível em: http:/www.mat.uc.pt/canguru. Acesso em: 15 mar. 2011.

31

ANEXO 1 – Problema no formato para sala de aula.

Considere um pequeno cubo de dimensão 1 cm x 1 cm x 1 cm.

1) Com o auxílio de um dicionário e de livros investigue o que é um cubo.

2) Quais são os elementos que compõe um cubo? Um cubo tem quantas

dimensões?

3) A partir de uma coleção de pequenos cubos, onde cada cubo tem uma única

cor, investigue qual o menor número possível de cores, que podem ser

utilizadas para montar um cubo com :

Montagem A - 8 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor;

Montagem B - 27 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor;

Montagem C - 64 pequenos cubos de modo que qualquer cubo pequeno com

vértice, aresta ou face encostados nas peças vizinhas não seja da mesma cor

(Fonte: adaptado do Canguru Matemático de Portugal/ Canguru Brasil, 2010).

Figura 1: Exemplos de pequenos cubos coloridos Fonte: Lauriane S Lima. 03/06/11

4) Preencha o quadro a seguir:

Questões

Assumindo o cubo de aresta 1

cm como unidade de medida, determine a

medida da aresta dos cubos:

Assumindo o cubo de aresta 1 cm como unidade de medida,

determine a quantidade de cubos necessárias para as

montagens dos cubos:

Reescreva, utilizando a notação de potência

(baseexpoente

= potência), a quantidade de cubos

necessária para a montagem, levando em conta a aresta do cubo

maior.

Pequeno Cubo

Cubo maior da montagem A

Cubo maior da montagem B

Cubo maior da montagem C

Quadro 1: Organização das informações das montagens com pequenos cubos. Fonte: Lauriane S Lima 06/11

ANEXO 2 Autorização para aplicação de parte do problema.

Fonte : Canguru sem Fronteira de Portugal, problema adaptado para a Unidade Didática

Canguru Matemático sem Fronteiras 2010 Categoria:Cadete

Questão 27.Um canguru tem uma grande coleção de pequenos cubos de dimensões 1× 1 × 1. Cada cubo é de

uma única cor.O canguru quer usar 27 pequenos cubos para fazer um cubo de dimensões 3 × 3 × 3, de modo

a que quaisquer dois cubos com pelo menos um vértice com um sejam de cores diferentes. No mínimo,

quantas cores tem de ser utilizadas?

(A) 6 (B) 8 (C) 9 (D) 12 (E) 27

Um canguru tem uma grande colecção de pequenos cubos de dimensões 1 \times 1 \times 1 . Cada cubo é de uma única cor. O canguru quer usar 27 pequenos cubos para fazer um cubo de dimensões 3 \times 3 \times 3 , de modo a que quaisquer dois cubos com pelo menos um vértice comum sejam de cores diferentes. No mínimo, quantas cores têm de ser utilizadas?

a) 27 b) 12 c) 8 d) 9 e) 6

Fonte do problema: Problema adaptado do Canguru sem Fronteira de Portugal – www.mat.uc.pt/canguru, acesso 15/03/2011. Canguru Brasil, 2010.

Solicitação de Autorização, por email, e respostas.

Re: Canguru Matemático

Quarta-feira, 25 de Maio de 2011 6:27

De:

"Canguru Matemático" <[email protected]>

Para:

"Lauriane dos Santos Lima" <[email protected]>

Cc:

"Élio Mega" <[email protected]>

Cara Colega,

pela parte do Canguru - Portugal não há problema. Contudo, deveria

perguntar no Canguru Brasil, pois o Brasil também já é membro do

Canguru MAtemático sem fronteiras e a questão é de 2010 (categoria

Cadete).

O contacto é o Prof. Élio Mega (OBM).

e-mail: [email protected]

Com os meus melhores ccumprimentos

Júlio Neves

On May 10, 2011, at 10:11 PM, Lauriane dos Santos Lima wrote:

> Below is the result of your feedback form. It was submitted by

> Lauriane dos Santos Lima ([email protected]) on Tuesday, May

10, 2011 at 22:11:27

> ------------------------------------------------------------------

> email: [email protected]

> realname: Lauriane dos Santos Lima

> subject: Canguru Matemático

> message: Ao Canguru Matemático sem Fronteiras

> Departamento de Matemática

> Universidade de Coimbra

> Apartado 3008

> 3001-454 Coimbra

> Correio Electrónico: [email protected]

> Contacto através da WEB:

> Telefone: 239 791150

> URL: http://www.mat.uc.pt/~canguru/

>

> Senhores Professores

> Sou Lauriane dos Santos Lima, RG 5.151.343-6 PR, pertencente

ao Quadro Próprio do Magistério do Governo do Paraná -Brasil,

professora de matemática, trabalho em um Colégio Público Rural, em

Londrina, estado do Paraná, sul do Brasil. Como professora do

Governo do Estado do Paraná, estou participando no bienio 2010-2011,

do PDE- Programa de Desenvolvimento Educacional, onde estudo e

pretendo fazer a implemen- tação de uma Unidade Pedagógica para

validar meus estudos sobre Tendências em Educação Matemática, dentro

da metodologia Resolução de Problemas. Este material é criado,

testado no colégio e colocado na plataforma da educação do Governo

do Paraná pra consulta e aplicação de todos os outros professores.

Todo o material é postado para fins pedagógicos sem fins lucrativos.

Para participar deste programa aceito estas condições.

> Para a criação de meu material preciso da autorização de

utilização de parte de um problema, em anexo, o qual vou adaptar

para animais em extinção da fauna brasileira, com acréscimo de mais

cálculos para formalizar o conteúdo "noção intuitiva de função"

> Segue o problema e em destaque a parte que pretendo utilizar

após autorização:

> Um canguru tem uma grande colecção de pequenos cubos de dimensões

1 \times 1 \times 1 . Cada cubo é de uma única cor. O canguru quer

usar 27 pequenos cubos para fazer um cubo de dimensões 3 \times 3

\times 3 , de modo a que quaisquer dois cubos com pelo menos um

vértice comum sejam de cores diferentes. No mínimo, quantas cores

têm de ser utilizadas?

> > a) 27 b) 12 c) 8 d) 9 e) 6

>

> Fonte do problema: Problema Canguru sem Fronteira de Portugal ˆ

www.mat.uc.pt/canguru acesso 15/03/2011

>

> Esclarecendo, o Programa de Desenvolvimento Educacional ˆ PDE

é uma política pública, que proporciona ao professor da Educação

Básica, através de atividades teórico-práticas orientadas, a

produção de conhecimento e mudanças qualitativas na prática escolar

da escola pública paranaense.

> Ante o exposto

> Agradeço antecipadamento a atenção .

> Lauriane dos Santos Lima - [email protected];

[email protected]

> (ddd 43) 3351-1729

> Matemática - PDE.210/2011

> Londrina - Paraná - Brasil

> ------------------------------------------------------------------

---

> REMOTE_ADDR: 189.103.142.3

> HTTP_USER_AGENT: Mozilla/4.0 (compatible; MSIE 8.0; Windows NT

5.1; Trident/4.0; GTB6.6; OfficeLiveConnector.1.3;

OfficeLivePatch.0.0)

problemas do Canguru

Quarta-feira, 25 de Maio de 2011 8:57

De:

Este remetente é verificado pelo DomainKeys

"Élio Mega" <[email protected]>

Adicionar remetente à lista de contatos

Para:

[email protected]

Prezada professora Lauriane,

eu sou o prof. Élio Mega, representante do Canguru Brasil.

A senhora pode usar os problemas do Canguru livremente em sua escola.

Entretanto, se for publicar algum material, deverá constar a fonte.

Peço para entrar no site

www.obm.org.br

(site da Olimpíada Brasileira de Matemática)

onde irá encontrar todas as provas já aplicadas no Brasil desde 2008.

Os problemas estão escritos em Português Brasileiro, mais adequado aos seus

alunos.

Atenciosamente.