fernando pessoa - autopsicografia (análise)ppt

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  • FERNANDO PESSOA Anlise do poema Autopsicografia

    Portugus, 12 Ano Antnio Alves

  • Autopsicografia

    Qual o significado da palavra do ttulo do poema?

    auto + psico + grafia

    auto do prprio

    psico esprito; alma

    grafia escrita; descrio

    Assim sendo, o ttulo sugere uma

    descrio do estado de esprito do prprio sujeito potico

  • A 1. estrofe composta por dois momentos:

    O poema

    enuncia uma tese

    no 1. verso.

    Uma tese uma

    espcie de axioma,

    isto ,

    uma espcie de

    verdade universal

    A demonstrao

    - centra-se na dor;

    - constituda pelos trs

    versos seguintes

    - O ato de criao potica

    consiste na expresso de uma dor:

    . primeiro sentida

    . depois representada

    atravs da linguagem

  • A oposio presente nos versos 2 a 4.

    H uma oposio entre

    a dor sentida (v. 4) e a dor fingida (v. 3)

    Esta ltima, embora tenha a 1. dor como referente,

    j fruto da racionalizao da dor sentida

  • A sintaxe interfrsica na 1. estrofe

    O 1. verso constitudo por

    uma frase simples, pois possui

    um nico verbo conjugado

    Nos trs ltimos versos

    encontra-se uma frase

    complexa, pois possui quatro

    verbos/locuo verbal

    conjugados

    Finge to completamente

    Que chega a fingir que dor

    A dor que deveras sente

    O poeta > sujeito

    um fingidor>predicado

    Fingidor>predicativo do sujeito

  • A anlise morfossinttica nos versos 2 a 4 da 1. estrofe

    Classificao do vocbulo

    que nas trs vezes em que

    aparece:

    Que chega a fingir

    Conjuno subordinativa

    consecutiva

    Que dor a dor

    Conjuno subordinativa

    integrante/completiva

    Que deveras sente

    Pronome relativo

    Classificao das oraes

    iniciadas por cada um dos que

    Que chega a fingir

    Orao subordinada consecutiva

    Que dor a dor

    orao subordinada

    integrante/completiva

    Que deveras sente

    orao subordinada adjetiva

    relativa restritiva

  • O valor da orao subordinada consecutiva

    existente nos trs ltimos versos

    A conjuno que (v. 3) inicia a orao subordinada

    Que chega a fingir que dor / A dor que deveras sente

    Esta orao inicia a consequncia

    do que foi declarado na orao

    anterior :

    Finge to completamente

    Assim,

    os dois ltimos versos

    exprimem a

    consequncia/resultado

    do fingimento do poeta

    referido no segundo verso

  • O valor expressivo do advrbio de modo

    presente no 2. verso

    O advrbio de modo

    completamente

    mostra o elevado grau de

    intensidade do ato de fingir.

    Esse ato de tal modo

    intenso/completo que a

    primeira dor (a dor sentida)

    deixa de o ser para se

    transformar numa dor

    elaborada intelectualmente

    (dor fingida).

  • A mudana de focalizao na 2. estrofe

    A dor experimentada pelo leitor diferente das

    dores mencionadas na 1. estrofe, mas to intensa

    e verdadeira como as que a so referidas.

    Quem l, no sente nem a dor que o sujeito

    potico sentiu, nem a sua prpria dor;

    Sendo a leitura um ato intelectual, o leitor

    imagina uma dor que tambm no coincide com

    a dor sentida ou fingida pelo poeta (vv. 6-8).

    A intensidade dessa dor expressa pelo

    advrbio bem.

    A perfrase

    encontra-se no

    verso 5:

    E os que lem o

    que escreve

    isto ,

    os leitores

    A perfrase

    introduz

    o novo sujeito

    gramatical

  • A concluso enunciada pelo sujeito potico na 3. estrofe

    O sujeito potico recorre a metforas e imagens:

    - o corao (ligado ao sentir) um comboio

    de corda que Gira sem razo.

    uma espcie de brinquedo, de objeto mecnico,

    sem autonomia que alimenta a razo, fornecendo-

    lhe elementos de criao.

    Por sua vez, a razo condiciona o movimento desse

    comboio, mantendo-o disciplinado nas calhas

    da roda.

    Descodificao

    das

    metforas

    utilizadas

  • CONCLUSO

    EMOO

    (CORAO)

    ARTE

    POESIA

    INTELECTUALIZAO

    (RAZO)

    A criao potica assenta na complexa relao entre corao e razo,

    entre o sentir e o pensar os dois plos entre os quais se processa

    a criao potica

  • Anlise da forma - adoo de formas poticas tradicionais a nvel formal

    Classificao das

    estrofes quanto ao

    nmero de versos

    O tipo de verso usado,

    atendendo ao nmero

    de slabas

    O esquema rimtico

    do poema

    Quadras

    (estrofes com

    4 versos)

    Verso de

    redondilha maior

    (7 slabas mtricas)

    A rima cruzada

    (A,B,A,B)