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Fernando Pessoa 12º ANO MARGARIDA BENTO FEITO POR: BRUNO SOARES PORTUGUÊS ELISABETE OLIVEIRA NÁDIA SANTOS

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Page 1: Fernando pessoa

Fernando Pessoa12º ANO

MARGARIDA BENTO FEITO POR: BRUNO SOARES

PORTUGUÊS ELISABETE OLIVEIRA

NÁDIA SANTOS

Page 2: Fernando pessoa

Grandes portugueses: Fernando Pessoa

https://www.youtube.com/watch?v=NI1ODiVi_a4

Page 3: Fernando pessoa

CONTEXTO HISTÓRICO

Em 1890, o governo inglês lançou um ultimato a Portugal: onde o país deveria abandonar imediatamente as colônias que ainda mantinha.

A obediência a essa imposição encheu o povo português de vergonha e abalou profundamente a crença na monarquia.

A partir de então, a luta republicana ganhou espaço e importância.

Em 1910, foi proclamada a República . 

Page 4: Fernando pessoa

As mudanças sociais esperadas não aconteceram de forma a contentar os republicanos mais exacerbados.

Na verdade, a República tinha como principal objetivo integrar Portugal no quadro do imperialismo europeu, sinônimo de modernização.

Esse ambiente favoreceu a difusão das idéias modernistas . 

Exacerbados-- Exigir demais de, exagero, esquecer, exageradíssimo, exacerbado, exigir, exigir muito de, exagerar, execrável, exagerado.. Ex.“A necessidade de proteger uma marca no USA é exacerbada pelos bilhões de dólares em perdas”.

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Em 1915, um grupo de artistas da vanguarda, lideradas por Mário de Sá-Carneiro e Fernando Pessoa, fundou a Revista Orpheu, marco inaugural do Modernismo em Portugal.

Através dela, as novas propostas artísticas foram divulgadas e discutidas.

A duração da revista foi efêmera , prejudicada pelo suicídio de Sá-Carneiro .

Esses primeiros modernistas ficaram conhecidos, exatamente em função da revista, por "geração de Orpheu “.

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A República, incapaz de resolver os problemas mais profundos do país, e sem conseguir equacionar as diferenças existentes entre os próprios republicanos, acabou por dar lugar à ditadura salazarista, que durou cerca de cinqüenta anos, até a Revolução dos Cravos, de caráter socialista, em 1975. 

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CARACTERÍSTICAS Os modernistas portugueses tiraram

proveito da herança simbolista, sem renegá-la totalmente.

Assim, o saudosismo do poeta Antônio Nobre, que tinha fortes conotações nacionalistas, ganhou força entre os membros da "geração de Orpheu ".

Ao lado disso, a absorção das conquistas futuristas que tomavam conta da Europa inteira, como a apologia da máquina e do progresso urbano, conduz o movimento à vanguarda .

O que se destaca, no panorama modernista português, nesse primeiro momento, é a forma de elaboração entre tradição e modernista.Com isso, eles conseguem retomar formar e temas arcaicos, enquadrando-os dentro de propostas modernistas. 

Page 8: Fernando pessoa

Ressalte-se ainda o caráter algo místico do Modernismo lusitano, patente em algumas posturas, pessoais e estéticas, de seu maior representantes, Fernando Pessoa. 

O modernismo português conheceu ainda mais duas gerações estéticas.

https://www.youtube.com/watch?v=72Kb-UtLRF0

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Ultimato Inglês

Pessoa, para além do mais, viveu o terrível drama nacional que foi o ULTIMATO INGLÊS, viveu o período do assassinato do rei D.DARLOS e do herdeiro da coroa, facto que, aliado ao ódio pela Inglaterra, despoletou os ideais republicanos; viveu ainda a miséria moral e cultural que culminou com a 1ª GRANDE GUERRA, que destruiu a EUROPA e parou o avanço da modernidade.

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Vida e obra de Fernando Pessoa

Fernando Pessoa (1888 - 1935) foi um poeta e escritor português, nascido em Lisboa.

É considerado um dos maiores poetas da língua portuguesa e da literatura universal. 

Aos seis anos de idade, Fernando Pessoa foi para a África do Sul, onde aprendeu perfeitamente o inglês, e das quatro obras que publicou em vida, três são em inglês.

Durante sua vida, Fernando Pessoa trabalhou em vários lugares como correspondente de língua inglesa e francesa. Foi também empresário, editor, crítico literário, jornalista, comentador político, tradutor, inventor, astrólogo e publicitário, e ao mesmo tempo produzia suas obras em verso e prosa. 

Page 11: Fernando pessoa

Como poeta, era conhecido por suas múltiplas personalidades, os heterónimos, que eram e são até hoje objeto da maior parte dos estudos sobre sua vida e sua obra. 

Fernando Pessoa faleceu em Lisboa, com 47 anos anos de idade, vítima de uma cólica hepática causada por um cálculo biliar associado a cirrose hepática, um diagnóstico hoje é dia é contestado por diversos médicos.

Page 12: Fernando pessoa

Os principais heterônimos de Fernando Pessoa são:

Alberto Caeiro, nascido em Lisboa, e era o mais objetivo dos heterônimos.

Ia a procura do objetivismo absoluto, eliminando todos os vestígios da subjetividade.

É o poeta que procura "as sensações das coisas tal como são". Opõe-se radicalmente ao intelectualismo, à abstração, à especulação metafísica e ao misticismo.

É o menos "culto" dos heterônimos, o que menos conhece a Gramática e a Literatura. 

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Ricardo Reis, nascido no Porto, representa a vertente clássica ou neoclássica da criação de Fernando Pessoa.

A sua linguagem é contida, disciplinada.

Os seus versos são, geralmente, curtos.

Apóia-se na mitologia greco-romana; é adepto do estoicismo e do epicurismo (saúde do corpo e da mente, equilíbrio, harmonia) para que se possa aproveitar a vida, porque a morte está à espreita.

É um médico que se mudou para o Brasil. 

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Álvaro de Campos, nascido no Porto, é o lado "moderno" de Fernando Pessoa, caracterizado por uma vontade de conquista, por um amor à civilização e ao progresso.

Campos era um engenheiro inativo, inadaptado, com consciência crítica.

Page 15: Fernando pessoa

“Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?”

Fernando Pessoa

Page 16: Fernando pessoa

https://www.youtube.com/watch?v=BvIwFBG76dU

Page 17: Fernando pessoa

Características Temáticas

. Identidade perdida

. Consciência do absurdo da existência

. Tensão sinceridade/fingimento, consciência/inconsciência, sonho/realidade

. Oposição sentir/pensar, pensamento/vontade, esperança/desilusão

. Anti-sentimentalismo: intelectualização da emoção

. Estados negativos: solidão, cepticismo, tédio, angústia, cansaço, desespero, frustração.

. Inquietação metafísica, dor de viver

. Auto-análise

Características Estilísticas. Musicalidade: aliterações, transportes, ritmo, rimas, tom nasal (que conotam o prolongamento da dor e do sofrimento). Verso geralmente curto (2 a 7 sílabas métricas). Predomínio da quadra e da quintilha (utilização de elementos formais tradicionais). Adjectivação expressiva. Linguagem simples mas muito expressiva (cheia de significados escondidos). Pontuação emotiva. Comparações, metáforas originais, oxímoros (vários paradoxos – pôr lado a lado duas realidades completamente opostas). Uso de símbolos (por vezes tradicionais, como o rio, a água, o mar, a brisa, a fonte, as rosas, o azul; ou modernos, como o andaime ou o cais). É fiel à tradição poética “lusitana” e não longe, muitas vezes, da quadra popular.. Utilização de vários tempos verbais, cada um com o seu significado expressivo consoante a situação.

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Como Te AmoComo te amo? Não sei de quantos modos vários Eu te adoro, mulher de olhos azuis e castos; Amo-te com o fervor dos meus sentidos gastos; Amo-te com o fervor dos meus preitos diários. 

É puro o meu amor, como os puros sacrários; É nobre o meu amor, como os mais nobres fastos; É grande como os mares altisonos e vastos; É suave como o odor de lírios solitários. 

Amor que rompe enfim os laços crus do Ser; Um tão singelo amor, que aumenta na ventura; Um amor tão leal que aumenta no sofrer; 

Amor de tal feição que se na vida escura É tão grande e nas mais vis ânsias do viver, Muito maior será na paz da sepultura! 

Fernando Pessoa, "Inéditos – Poemas de Lança-Pessoa – Manuscrito (Junho/1902)" 

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Analise:

O poeta fala do seu amor, de como é puro e belo e ao mesmo tempo variado,

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Tenho Tanto SentimentoTenho tanto sentimento Que é frequente persuadir-me De que sou sentimental, Mas reconheço, ao medir-me, Que tudo isso é pensamento, Que não senti afinal. 

Temos, todos que vivemos, Uma vida que é vivida E outra vida que é pensada, E a única vida que temos É essa que é dividida Entre a verdadeira e a errada. 

Qual porém é a verdadeira E qual errada, ninguém Nos saberá explicar; E vivemos de maneira Que a vida que a gente tem É a que tem que pensar. 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

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Analise:

O poeta fala de duas vidas, a que é vivida (real) e a que é pensada (irreal).

Ele vive confuso com as suas duas vidas p0ois ele não sabe qual é a certa ou qual é a errada.

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LiberdadeAi que prazer Não cumprir um dever, Ter um livro para ler E não fazer! Ler é maçada, Estudar é nada. Sol doira Sem literatura O rio corre, bem ou mal, Sem edição original. E a brisa, essa, De tão naturalmente matinal, Como o tempo não tem pressa... 

Livros são papéis pintados com tinta. Estudar é uma coisa em que está indistinta A distinção entre nada e coisa nenhuma. 

Quanto é melhor, quanto há bruma, Esperar por D. Sebastião, Quer venha ou não! 

Grande é a poesia, a bondade e as danças... Mas o melhor do mundo são as crianças, 

Flores, música, o luar, e o sol, que peca Só quando, em vez de criar, seca. 

Mais que isto É Jesus Cristo, Que não sabia nada de finanças Nem consta que tivesse biblioteca... 

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

Page 23: Fernando pessoa

Analise:

O poeta fala de ter liberdade.

Liberdade para fazer o que quer e não fazer por obrigação.

Fala também das coisas boas da vida que não são feitas pela pressa e sim pelo prazer.

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“autopsicografia”

O poeta é um fingidorFinge tão completamenteQue chega a fingir que é dorA dor que deveras sente E os que lêem o que escreve,Na dor lida sentem bem,Não as duas que ele teve,Mas só a que eles não têm E assim nas calhas de rodaGira, a entreter a razão,Esse comboio de corda Que se chama coração                                                                          

Page 25: Fernando pessoa

https://www.youtube.com/watch?v=GFulBeI6xUc

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