fenômenos fonológicos

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Fenmenos FonolgicosExpandindo Noes

NeutralizaoExaminemos as vogais anteriores do portugus: Embora haja distino entre [E, i] como em em vela e vila, esse contraste no existe em slaba tona final. No possvel haver distino de significado entre [ Savi, Save]. Isso, no entanto, no invalida o fato de que possvel contrastar palavras atravs da distino entre as vogais anteriores.

NeutralizaoA oposio de abertura das vogais anteriores neutralizada em portugus em posio tona final. Ou seja, tanto faz pronunciarmos de uma forma como de outra. Na verdade, ocorre a realizao dessa vogal neutralizada, que algo intermedirio entre [e] e [i], a vogal transcrita como [I] (semelhante ao i do ingls lip)

ArquifonemaSe em contextos de tonicidade, por exemplo, temos trs fonemas distintos ([e,E,i]), na slaba ps-tnica, esses trs fonemas deixam de ter esse papel distintivo. O arquifonema o resultado de uma neutralizao. Temos assim um nico elemento abstrato, que representa esses trs elementos: a esse representante abstrato dos trs segmentos, chamamos arquifonema.

NasalidadeH dois tipos de vogais nasais nas lnguas do mundo (Cmara Junior, 1970): Vogais nasais puras; o que acontece no francs: /bo/ (bon) em oposio a /b n/ (bonne) Vogal nasalizada pelo contato com uma consoante nasal adjacente; o que acontece no portugus.

NasalidadeAinda segundo Matoso Cmara Jr, preciso distinguir a nasalidade transmitida por uma consoante nasal na mesma slaba, daquela resultante do contato com uma nasal na slaba seguinte. Ex1: lana (lan-a) Ex2: lama (la-ma) No primeiro caso, a emisso nasal da vogal fonolgica, tem valor distintivo. Vejamos:

Nasalidadelana [las ] laa [las ] No caso de lama, a emisso nasal da vogal no gera contrastes de sentido. Assim, para Matoso Cmara, vogal nasal resultado de vogal seguida de consoante nasal na mesma slaba. Ou seja, em portugus, a nasalizao da vogal consequncia obrigatria em portugus do travamento da slaba por uma consoante nasal ps-voclica . (1984, p 31).

NasalidadeSegundo matoso Cmara, essa consoante indiferenciada quanto ao ponto de articulao: pode ser labial, dental, velar ou palatal, de acordo com a consoante que a segue. Estabelece-se, em termos fonticos, uma relao de homorganicidade entre as consoantes como em [ kapu] e [leda]. Assim, o autor analisa a consoante nasal de travamento como um arquifonema representado por /N/, simbolizando a neutralizao dos traos articulatrios da nasal. Essa consoante, portanto, corresponde a um arquifonema dos fonemas nasais existentes em portugus .

AssimilaoTermo genrico que se refere a qualquer processo em que um som adquire caractersticas e traos de sons que o rodeiam. Observemos exemplos na lngua ainu, falada no norte do Japo: mak-a abrir ker-e tocar pis-i perguntar pop-o ferver tus-u agitar

AssimilaoNesses caso, temos um processo de assimilao total: a vogal do sufixo uma cpia exata da vogal da raiz. Assimilao parcial (Ponto de Articulao) Um segmento assimila o ponto de articulao de um segmento vizinho. Nos casos abaixo, dizemos que a consoante nasal assimila o ponto de articulao da consoante oclusiva que a segue: - samba [samb ] - janta [ ant ] - longo [lo gu]

Harmonia VoclicaFenmeno pelo qual as vogais dentro de um determinado domnio concordam com relao a um ou mais traos: - menino [mininu] - cotuca [cutuk ]

DissimilaoProcesso pelo qual um som adquire caractersticas distintas dos sons que o rodeiam. Vejamos o que ocorre no ainu. Alguns verbos apresentam um sufixo que, em vez de assimilar a vogal da raiz, apresentam um sufixo com uma vogal alta, [i] ou [u], com valor oposto ao da raiz com relao ao trao [posterior]: hum-i picar pir-u limpar com pano pok-i abaixar ker-u esfregar

Notao de RegrasQuando formulamos uma regra fonolgica, devemos indicar os seguintes elementos: o que muda (o foco da regra); em que ele se transforma (a mudana estrutural da regra); em que situao isso ocorre (o contexto da regra). A B / C___D Ex: /t/ [tS] / ___ [i]