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Regime de Metas para a Inflação no Brasil Atualizado com dados disponíveis até 10 de setembro de 2007

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  • Regime de Metas para a Inflao noBrasil

    Atualizado com dados disponveis at 10 de setembro de 2007

  • Regime de Metas para a Inflao no Brasil

    Este texto integra a srie Perguntas Mais Freqentes (PMF),editada pela Gerncia-Executiva de Relacionamento com Investidores

    (Gerin) do Banco Central do Brasil, abordando temas econmicosde interesse da sociedade. Com essa iniciativa, o Banco Central do

    Brasil vem prestar esclarecimentos sobre diversos assuntos da nossa

    realidade, buscando aumentar a transparncia na conduo da poltica

    econmica e a eficcia na comunicao de suas aes.

  • Sumrio

    1. O que regime de metas para a inflao?............................82. Que elementos caracterizam um regime de

    metas para a inflao?.....................................................83. No regime de metas para a inflao pode haver metas para

    o cmbio ou o crescimento econmico?...............................84. Por que a estabilidade de preos foi escolhida como

    objetivo primordial da poltica monetria?............................95. Quais as pr-condies para a adoo de um regime de

    metas para a inflao?......................................................96. Quais so os mecanismos de transmisso da poltica

    monetria?.................................................................107. Quando se deu o processo de implementao do

    regime de metas para a inflao no Brasil? ...................... 108. Quais as caractersticas bsicas do desenho institucional

    de um regime de metas para a inflao? ........................... 109. Qual o ndice de preos escolhido para o regime de

    metas para a inflao no Brasil? Quais as suas principaiscaractersticas?.......................................................... 11

    10. Qual a diferena entre o ndice cheio e o ncleo deinflao? Que tipo de ndice o Brasil adota?........................12

    11. Por que o Brasil optou pela adoo de um ndice cheio?......1212. Por que se estabelecem bandas para a meta para a inflao?

    Por que no se utiliza uma meta pontual?...........................1313. Que fatores determinam o intervalo da banda?.................1414. Qual o procedimento adotado quando a meta para a inflao

    no atingida?..............................................................1515. Quais os horizontes temporais utilizados em regimes de

    metas para a inflao? Qual o utilizado no Brasil?..............1516. Quais as vantagens e desvantagens de horizontes mais curtos

    e mais longos?................................................................16

  • 6Perguntas Mais Freqentes

    17 . Quais so os instrumentos de poltica monetria utilizados no regime de metas para a inflao brasileiro?....16

    18 . Como a inflao tem evoludo desde a adoo do regimede metas para a inflao no Brasil?...................................17

    19 . Qual o papel das expectativas de mercado no regime demetas para a inflao?....................................................19

    20. Onde posso ler mais sobre metas para a inflao?...............2021 . Onde posso obter dados atualizados?................................23

  • 8Perguntas Mais Freqentes

    1. O que regime de metas para a inflao?O regime de metas para a inflao um regime monetrio no

    qual o Banco Central se compromete a atuar de forma a garantir quea inflao observada esteja em linha com uma meta pr-estabelecida,anunciada publicamente.

    2. Que elementos caracterizam um regime de metaspara a inflao?O regime de metas para a inflao caracteriza-se geralmente

    por quatro elementos bsicos: i) conhecimento pblico de metasnumricas de mdio-prazo para a inflao; ii) comprometimentoinstitucional com a estabilidade de preos como objetivo primordialda poltica monetria; iii) estratgia de atuao pautada pelatransparncia para comunicar claramente o pblico sobre os planos,objetivos e razes que justificam as decises de poltica monetria; eiv) mecanismos para tornar as autoridades monetrias responsveispelo cumprimento das metas para a inflao. Portanto, o regime demetas para a inflao envolve mais do que o anncio pblico de metasnumricas para a inflao. A transparncia e a prestao de contasregulares sociedade e a seus representantes so elementosessenciais desse regime.

    3. No regime de metas para a inflao pode havermetas para o cmbio ou o crescimentoeconmico? No regime de metas para a inflao no se podem atribuir

    poltica monetria, cuja ao se baseia no controle de apenas uminstrumento, a taxa de juros de curto-prazo, metas adicionais para o

    Regime de Metas para a Inflao

  • 9Perguntas Mais Freqentes

    cmbio ou o crescimento econmico. Entretanto, essas e outrasvariveis econmicas so levadas em considerao na construodo cenrio prospectivo para a inflao, como pode ser visto nas Atasdo Comit de Poltica Monetria (Copom).

    4. Por que a estabilidade de preos foi escolhida comoobjetivo primordial da poltica monetria?Aps vrios anos de elevado crescimento econmico, a dcada

    de 80 foi marcada pela conjuno de dois fatores: forte queda dataxa de crescimento da economia brasileira e grande aumento dataxa de inflao, situao que se estendeu durante a primeira metadedos anos 90, e que levou adoo de sete planos de estabilizao emmenos de dez anos. Hoje, h consenso na sociedade sobre asvantagens da estabilidade de preos, condio necessria para quepossa haver crescimento auto-sustentado. Alm disso, no mdio elongo prazos, maior inflao no gera maior crescimento, pelocontrrio, cria um ambiente desfavorvel aos investimentos e penalizaas camadas mais pobres da sociedade, promovendo concentraode renda. Vale adicionar que os principais bancos centrais do mundoadotam, de forma implcita ou explcita, a estabilidade de preos comoprincipal objetivo da poltica monetria.

    Em um regime de metas para a inflao, necessrio que hajaautonomia operacional do Banco Central, de maneira que este possagerir a poltica monetria no sentido do cumprimento das metas. Almdisso, necessrio que a situao fiscal esteja sob controle, e que osistema financeiro nacional esteja estvel, de modo a nocomprometer a perseguio da meta para a inflao. Por outro lado,as metas para a inflao devem ser crveis, ou seja, devem ter umvalor alcanvel. Por fim, preciso que o Banco Central disponhade conhecimento sobre o funcionamento da economia, em particulardos mecanismos de transmisso da poltica monetria e sua

    5. Quais as pr-condies para a adoo de umregime de metas para a inflao?

  • 10

    Perguntas Mais Freqentes

    6. Quais so os mecanismos de transmisso dapoltica monetria?

    7. Quando se deu o processo de implementao doregime de metas para a inflao no Brasil?No incio de maro de 1999, num ambiente ainda marcado pela

    incerteza quanto ao impacto da desvalorizao do real sobre a inflao,o governo brasileiro anunciou a inteno de passar a conduzir a polticamonetria com base no arcabouo de metas para a inflao. Em 1de julho de 1999, o Brasil adotou formalmente o regime de metaspara a inflao como diretriz da poltica monetria, com a edio doDecreto n 3.088 pelo Presidente da Repblica, em 21 de junho de1999. Em 30 de junho de 1999, o Conselho Monetrio Nacional (CMN)editou a Resoluo n 2.615, tratando da definio do ndice de preosde referncia e das metas para a inflao para 1999 e para os doisanos subseqentes.

    8. Quais as caractersticas bsicas do desenhoinstitucional de um regime de metas para ainflao?Entre as principais caractersticas presentes na determinao

    de um regime de metas para a inflao, temos:i.escolha do ndice de inflao: usualmente existem duas

    Os mecanismos de transmisso da poltica monetria so oscanais por meio dos quais mudanas na taxa de juros bsica (que oprincipal instrumento da poltica monetria) afetam o comportamentode outras variveis econmicas, principalmente preos e produto.Os principais mecanismos refletem a influncia de modificaes noinstrumento de poltica monetria sobre os componentes da demandaagregada, as expectativas dos agentes econmicos, os preos dosativos (inclusive a taxa de cmbio), os agregados monetrios e decrdito, os salrios e o estoque de riqueza.

    quantificao por meio de modelos macroeconmicos.

  • 11

    Perguntas Mais Freqentes

    9. Qual o ndice de preos escolhido para o regimede metas para a inflao no Brasil? Quais as suasprincipais caractersticas?

    alternativas - o ndice cheio ou um ncleo de inflao;ii. definio da meta, que pode ser pontual ou intervalar, com uma banda. No caso da banda, ainda existe a alternativa de ter ou no uma meta central;

    iii. horizonte da meta: definio do perodo de referncia para avaliar o cumprimento da meta para a inflao;

    iv. existncia de clusulas de escape: estabelecimento a priori de situaes que podem justificar o no cumprimento das metas; e

    v. transparncia: formas de comunicao da autoridade monetria visando informar a sociedade sobre a conduo do regime de metas.

    No Brasil, a meta para a inflao foi definida em termos davariao do ndice Nacional de Preos ao Consumidor Amplo (IPCA),calculado pelo IBGE. O IPCA, como o nome indica, um ndice depreos ao consumidor, em oposio a outros ndices, como de preosno atacado e gerais. A escolha de ndice de preos ao consumidor freqente na maioria dos regimes de metas para a inflao, pois amedida mais adequada para avaliar a evoluo do poder aquisitivoda populao. Dentro do conjunto de ndices de preos ao consumidor,o IPCA foi escolhido por ser, dentre os dois ndices com coberturanacional (o outro o ndice Nacional de Preos ao Consumidor -INPC), o que tem maior abrangncia: enquanto o INPC mede ainflao para domiclios com renda entre 1 e 6 salrios-mnimos (napoca da escolha, entre 1 e 8 salrios-mnimos), o IPCA incluidomiclios com renda entre 1 e 40 salrios-mnimos.

  • 12

    Perguntas Mais Freqentes

    O regime brasileiro considera um ndice cheio comoreferncia, em linha com a grande maioria dos pases que adotammetas formais para a inflao. Nesse ndice so considerados todosos itens presentes no levantamento de preos do IPCA. Em algunspases, a meta para a inflao estabelecida em termos de umncleo, embora a tendncia seja a de substitu-lo por ndices cheios.Ncleos de inflao so medidas que buscam captar a tendncia dainflao, expurgando-se as variaes de componentes mais volteis.Um exemplo comum de ncleo de inflao o ncleo por excluso,calculado retirando-se da inflao o comportamento de preos dedeterminados itens, como alimentos e derivados de petrleo. Outraforma comum de ncleo o de mdias aparadas, que exclui da inflaocheia, a cada ms, os itens que apresentaram maior volatilidade noperodo. Independentemente da forma de clculo, medidas adequadasde ncleo de inflao devem apresentar a mesma trajetria de longo-prazo que a inflao cheia, com exceo dos casos em que a variaode preos dos itens excludos seja de natureza permanente.

    10. Qual a diferena entre o ndice cheio e o ncleo deinflao? Que tipo de ndice o Brasil adota?

    11. Por que o Brasil optou pela adoo de um ndicecheio?

    No Brasil, a adoo do ndice cheio deveu-se a dois motivos. Oprimeiro que, embora no longo-prazo o ncleo e a inflao tendama convergir, no curto-prazo podem divergir significativamente. Osegundo, e talvez o mais importante, uma questo de transparnciae credibilidade. No momento da implantao do regime de metaspara a inflao, alm da necessidade de explicar populao o quesignificava um regime de metas, a introduo de um novo conceitode inflao (ncleo), que no reflete a inflao efetivamente ocorridajunto ao consumidor, poderia gerar ainda mais dvidas. Ademais, ondice cheio est mais prximo de um conceito de bem-estar, pois mais representativo para mensurar o verdadeiro poder de compra do

  • 13

    Perguntas Mais Freqentes

    Fontes: IBGE e Banco Central do Brasil.

    Grfico 1 Taxa de Inflao (IPCA) e Ncleo de Inflao (ago 2000 - ago 2007 - Mdia Mvel Trimestral, % a.m.)

    consumidor. As pessoas no esto interessadas nos preos de partede sua cesta de consumo, e sim em sua totalidade. Um fator decautela adicional na utilizao dessas medidas deriva do fato de que,mesmo entre os especialistas na rea, h controvrsia quanto aosmritos e demritos das diferentes metodologias para calcular ncleosde inflao.

    O Grfico 1 mostra a evoluo do ndice de preos no Brasilutilizando o ndice cheio do IPCA e do ncleo de inflao usando omtodo das mdias aparadas, sem suavizao. Maiores informaessobre ncleos de inflao podem ser obtidas no PMF 2 sobre ndicesde Preos, em http://www4.bcb.gov.br/?FOCUSPERG.

    As bandas existem por dois motivos. Em primeiro lugar, nenhumbanco central tem controle total sobre o comportamento dos preos.O que ele faz mover a taxa de juros bsica de forma a afetar, porvrios mecanismos indiretos, a evoluo dos preos. A inflao est

    12. Por que se estabelecem bandas para a meta paraa inflao? Por que no se utiliza uma metapontual?

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    Ncleo por mdias aparadas, no suavizado IPCA

  • 14

    Perguntas Mais Freqentes

    Na definio do intervalo a ser considerado na meta para ainflao so levados em considerao fatores como:

    i. freqncia e magnitude dos choques a que a economia est sujeita e resistncia da economia a esses choques. Por exemplo, choques no prmio de risco-pas, na taxa de cmbio e no preo do petrleo podem impactar significativamente o nvel de preos;

    ii. defasagens existentes nos efeitos da poltica monetria: em virtude das defasagens nos mecanismos de atuao da poltica monetria, existe um atraso entre a ao da autoridade monetria e a reao da economia. Dessa forma, quando ocorre um choque, o Banco Central pode no ter como cumprir uma meta pontual, mesmo tomando todas as medidas necessrias, pois leva-se um tempo at terem reflexo na economia; e

    13..... Que fatores determinam o intervalo da banda?

    sujeita a vrios fatores externos ao banco. Alm disso, existemdefasagens nos mecanismos de transmisso da poltica monetria.Na ocorrncia de um choque inflacionrio hoje, mesmo o bancocentral respondendo prontamente, ainda se observar um aumentoda inflao no curto-prazo. Em segundo lugar, a presena de bandaspermite ao banco central acomodar parcialmente alguns choques. Aexistncia de uma banda permite que a autoridade monetria cumpraa meta sem que a poltica monetria torne-se excessivamenterestritiva. Contudo, tal banda no pode ser muito ampla, pois criariaa expectativa de falta de compromisso em alcanar seu centro. Suautilizao,portanto, deve ser feita com bastante critrio e parcimnia.Adicionalmente, se por um lado importante que existam bandaspara acomodar os choques econmicos, por outro lado sua amplitudedeve ser limitada de forma a no prejudicar a credibilidade do regimede metas.

  • 15

    Perguntas Mais Freqentes

    15. Quais os horizontes temporais utilizados emregimes de metas para a inflao? Qual o utilizadono Brasil?Na adoo de um regime de metas para a inflao, deve-se

    especificar o perodo que ser utilizado para verificar o cumprimentoda meta. No Brasil utiliza-se o ano-calendrio, isto , o cumprimentoda meta avaliado considerando-se os 12 meses de janeiro adezembro. Alguns pases utilizam um sistema conhecido como janelamvel (rolling window), no qual o cumprimento da meta avaliadotodo ms, considerando a inflao acumulada em um determinadonmero de meses (normalmente 12). Uma terceira alternativa, talcomo ocorre na Austrlia, no fixar um horizonte fixo, masconsiderar que as metas devem ser alcanadas em mdia ao longodo tempo.

    iii. maior limitao dos modelos de previso, em virtude, porexemplo, da presena de mudanas estruturais na economia, queno podem ser rapidamente captadas em modelos economtricos,dada a necessidade de reconstruo das sries histricas.

    14. Qual o procedimento adotado quando a meta paraa inflao no atingida?Quando as metas para a inflao fixadas pelo Conselho

    Monetrio Nacional no so cumpridas, isto , quando a inflaorompe, acima ou abaixo, os limites do intervalo de tolerncia em tornoda meta central, as razes para o descumprimento, bem como asprovidncias tomadas para retornar trajetria de metas, soexplicitadas pelo Presidente do Banco Central do Brasil em CartaAberta ao Ministro da Fazenda. Tal procedimento confere maiortransparncia e credibilidade ao processo de convergncia s metasinflacionrias. Foram enviadas Cartas Abertas referentes s inflaesde 2001, 2002 e 2003, que esto disponveis no linkhttp://www.bcb.gov.br/?CARTAMETA.

  • 16

    Perguntas Mais Freqentes

    17. Quais so os instrumentos de poltica monetriautilizados no regime de metas para a inflaobrasileiro?A maior parte dos bancos centrais utiliza uma taxa de juros de

    curto-prazo como instrumento principal de poltica. Assim, o regimede metas para a inflao brasileiro utiliza a taxa Selic como instrumentoprimrio de poltica monetria. A taxa Selic a taxa de juros mdiaque incide sobre os financiamentos dirios com prazo de um dia til(overnight) lastreados por ttulos pblicos registrados no SistemaEspecial de Liquidao e Custdia (Selic), ou seja, a taxa de jurosque equilibra o mercado de reservas bancrias. O Comit de PolticaMonetria (Copom) estabelece a meta para a taxa Selic, e cabe mesa de operaes do mercado aberto do Banco Central manter ataxa Selic diria prxima meta. Para maiores detalhes sobre a Selice o funcionamento das operaes de mercado aberto, veja o PMF 6sobre Gesto da Dvida Mobiliria e Mercado Aberto emhttp://www4.bcb.gov.br/?FOCUSPERG.

    16. Quais as vantagens e desvantagens de horizontesmais curtos e mais longos?Dadas as defasagens intrnsecas poltica monetria, instituir

    um horizonte de tempo mais longo para a meta para a inflao podeser uma boa forma de lidar com os choques econmicos e, ao mesmotempo, preservar a credibilidade do regime. Horizontes mais longospermitem respostas mais suaves da poltica monetria em relaoaos choques econmicos, j que a inflao, mesmo apresentandograndes variaes, tem certa inrcia, requerendo um maior tempopara se ajustar. Por outro lado, horizontes mais curtos permitem umaconvergncia mais rpida das expectativas, possibilitando neutralizarparte dos efeitos inflacionrios decorrentes de expectativas elevadaspara a inflao futura. Em economias como a brasileira, nas quaisainda est se buscando convergncia para melhores padresinternacionais de taxa de inflao, horizontes mais curtos podem sermais adequados.

  • 17

    Perguntas Mais Freqentes

    18. Como a inflao tem evoludo desde a adoo doregime de metas para a inflao no Brasil?Com a introduo do regime de cmbio flutuante em 1999 e,

    num primeiro momento, a desvalorizao acentuada do real, a adoodo regime de metas para a inflao em julho do mesmo ano contribuiupara estabilizar a inflao, como pode ser observado no Grfico 3.Desde a adoo do regime de metas, a inflao efetiva ultrapassou ointervalo de tolerncia em 2001, 2002 e 2003. Em 2004 e 2005, oIPCA ficou acima do centro da meta, mas dentro do limite superiordo intervalo de tolerncia. Para 2007 e 2008, a mediana dasexpectativas de mercado para a inflao coletada pela Gerncia-Executiva de Relacionamento com Investidores (Gerin), do BCB,encontra-se abaixo do centro da meta de 4,5%. O Grfico 4 apresentaas metas para a inflao, os intervalos de tolerncia, a mediana dasexpectativas de mercado para o IPCA e o IPCA efetivo, desde oano de adoo do regime.

    Grfico 2 - Taxa Selic Efetiva e Meta para a Taxa Selic (jan 2007 - set 2007, % a.a.)

    Fonte: Banco Central do Brasil.

    O Grfico 2 mostra a convergncia da taxa Selic efetiva metaestabelecida para a taxa Selic, definida pelo Copom.

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    jan 07 fev 07 mar 07 abr 07 mai 07 jun 07 jul 07 ago 07 set 07

    Selic Meta Taxa Selic Efetiva

  • 18

    Perguntas Mais Freqentes

    Grfico 4 Metas para a Inflao, Intervalos, Mediana dasExpectativas de Mercado e Resultados Efetivos parao IPCA (1999-2008, % a.a.)

    Fontes: IBGE e Banco Central do Brasil.

    Grfico 3 - Evoluo da Inflao (IPCA), Expectativas e Metas Variao em 12 meses (out 1999 - out 2008, % a.a.)

    Fontes: IBGE e Banco Central do Brasil.

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    Espe c t a t i v a de M e r c a do

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    1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

    IPCA IPCA (Expectativa de Mercado) Metas Intervalos de Tolerncia

  • 19

    Perguntas Mais Freqentes

    Um dos objetivos centrais do regime de metas justamenteancorar as expectativas de mercado que, de forma geral, orientam oprocesso de formao de preos na economia. Na medida em que oBanco Central do Brasil anuncia sua estratgia de poltica monetriae comunica a avaliao das condies econmicas, os mercados tmmelhores condies de compreender o padro de resposta da polticamonetria aos desenvolvimentos econmicos e aos choques. Comisso, o prmio de risco dos ativos financeiros diminui. Os movimentosde poltica monetria passam a ser mais previsveis ao mercado nomdio-prazo e as expectativas de inflao podem ser formadas commais eficincia e preciso. A partir do momento em que a polticamonetria ganha credibilidade, os reajustes de preos tendem a serprximos meta.

    O Grfico 5 apresenta a mediana das expectativas de inflao,medida pelo IPCA, para os prximos 12 meses, suavizada, com dadosdo Sistema Expectativas de Mercado, administrado pela Gerin. OSistema Expectativas de Mercado uma interface web, em queinstituies financeiras, consultorias e empresas do setor no-financeiro colocam as suas expectativas para as diversas variveismacroeconmicas. Para maiores detalhes sobre o sistemaexpectativas, acesse http://www4.bcb.gov.br/?FOCUSINTRO.

    19. Qual o papel das expectativas de mercado noregime de metas para a inflao?

    Grfico 5 Expectativas de Inflao para os Prximos 12Meses - Suavizada (set 2004 - set 2007, % a.a.)

    Fonte: Banco Central do Brasil.

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  • 20

    Perguntas Mais Freqentes

    O relatrio trimestral de inflao do Banco Central do Brasilfornece informaes detalhadas sobre todos os aspectos do regimede metas. Essa publicao forma o mais completo painel sobre oassunto, descrevendo detalhadamente os resultados dos exercciosde projeo do Copom, construdos com base em seus cenrios dereferncia e de mercado. O Relatrio de Inflao est disponvel emhttp://www.bcb.gov.br/?RELINF.

    O PMF 3, sobre o Copom, e o item histrico, encontradosrespectivamente em http://www4.bcb.gov.br/?FOCUSPERG ehttp://www.bcb.gov.br/?COPOMHIST, fornecem informaescomplementares sobre a estrutura do regime.

    A pgina do Banco Central do Brasil na internet dispe aindade diversas Notas Tcnicas e Trabalhos para Discusso sobre oregime de metas para a inflao. Os caminhos para chegar a elesesto apresentados abaixo.

    Notas Tcnicas

    36 - Sistema Banco Central de Expectativas de MercadoAndr Barbosa Coutinho Marques, Pedro Fachada e Diogo

    Cogo Cavalcanti (Maio/2003) , emh t t p : / / w w w. b c b . g o v. b r / p e c / N o t a s Te c n i c a s / P o r t /

    2003nt36SistemaBacenExpectMercadop.pdf

    20. Onde posso ler mais sobre metas para a inflao?O Banco Central do Brasil publica mais informaes sobre

    inflao na ata do Copom, divulgada at seis dias teis aps o trminoda reunio. Na ata so explicitadas as razes para a deciso de polticamonetria tomada. O calendrio de reunies do Copom encontra-seem http://www4.bcb.gov.br/?COPOMCALEND2007. As atas podemser obtidas em http://www.bcb.gov.br/?ATACOPOM.

  • 21

    Perguntas Mais Freqentes

    30 - Regime de Metas para a Inflao: Resenha sobre aExperincia Internacional

    Thas Porto Ferreira, Myrian Beatriz Silva Petrassi (Novembro/2002), em

    h t t p : / / w w w. b c b . g o v. b r / p e c / N o t a s Te c n i c a s / P o r t /2002nt30RegimesMetasInflacaop.pdf

    22 - Metodologia de Clculo da Inrcia Inflacionria edos Efeitos do Choque dos Preos Administrados

    Paulo Springer de Freitas, Andr Minella e Gil Riella (Julho/2002), em

    h t t p : / / w w w. b c b . g o v. b r / p e c / N o t a s Te c n i c a s / P o r t /2002nt22metodinerciainflechoqueprecosadmp.pdf

    Trabalhos para Discusso

    129 - Brazil: Taming Inflation Expectations (Ingls)Afonso S. Bevilaqua, Mrio Mesquita e Andr Minella (Janeiro/

    2007), em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps129.pdf

    109 - The Recent Brazilian Disinflation Process and Costs(Ingls)

    Alexandre A. Tombini e Srgio A. L. Alves (Junho/2006) , emhttp://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps109.pdf

    100 - Targets and Inflation Dynamics (Ingls)Srgio A. L. Alves e Waldyr D. Areosa (Outubro/2005), emhttp://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps100.pdf

    83 - Does Inflation Targeting Reduce Inflation? AnAnalysis for the OECD Industrial Countries (Ingls)

    Thomas Y. Wu (Maio/2004) , emhttp://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps83.pdf

  • 22

    Perguntas Mais Freqentes

    77 - Inflation Targeting in Brazil: Constructing Credibilityunder Exchange Rate Volatility (Ingls)

    Andr Minella, Paulo Springer de Freitas, Ilan Goldfajn eMarcelo Kfoury Muinhos (Julho/2003), em

    http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps77.pdf

    76 - Inflation Targeting in Emerging Market Economies(Ingls)

    Arminio Fraga, Ilan Goldfajn e Andr Minella (Junho/2003),em http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps76.pdf

    63 - Optimal Monetary Rules: The Case of Brazil (Ingls)Charles Lima de Almeida, Marco Aurlio Peres, Geraldo da

    Silva e Souza e Benjamin Miranda Tabak (Fevereiro/2003), emhttp://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps63.pdf

    59 - Os Preos Administrados e a Inflao no BrasilFrancisco Marcos R. Figueiredo e Thas Porto Ferreira

    (Dezembro/2002), emhttp://www.bcb.gov.br/pec/wps/port/wps59.pdf

    53 - Inflation Targeting in Brazil: Lessons and Challenges(Ingls)

    Andr Minella, Paulo Springer de Freitas, Ilan Goldfajn eMarcelo Kfoury Muinhos (Novembro/2002), em

    http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps53.pdf

    50 - Macroeconomic Coordination and Inflation Targetingin a Two-Country Model (Ingls)

    Eui Jung Chang, Marcelo Kfoury Muinhos e Joanlio RodolphoTeixeira (Setembro/2002), em

    http://www.bcb.gov.br/pec/wps/ingl/wps50.pdf

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    Perguntas Mais Freqentes

    Veja a lista completa de trabalhos para discusso, emh t t p : / / w w w . b c b . g o v . b r / p e c / w p s / p o r t /

    default.asp?idioma=P&id=trabdisclista

    21. Onde posso obter dados atualizados?Para encontrar as sries de dados e atualizar todos os grficos

    aqui expostos, pode-se recorrer s Sries Temporaisna pgina doBCB na Internet, em http://www4.bcb.gov.br/pec/series/port/, seleopor assunto Atividade Econmica e Indicadores Monetrios.

    O Banco Central do Brasiltambm disponibiliza planilhas emexcel com os principais indicadores econmicos de mais altafreqncia em http://www.bcb.gov.br/?INDECO. Os indicadores depreos e monetrios encontram-se no Captulo I - ConjunturaEconmica e no Captulo III - Mercado Financeiro e de Capitais.

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    Perguntas Mais Freqentes

    Srie Perguntas Mais FreqentesBanco Central do Brasil

    1. Juros e Spread Bancrio2. ndices de Preos3. Copom4. Indicadores Fiscais5. Preos Administrados6. Gesto da Dvida Mobiliria e

    Operaes de Mercado Aberto7. Sistema de Pagamentos Brasileiro8. Contas Externas9. Risco-Pas10. Regime de Metas para a Inflao no Brasil

  • Criao e editorao:Secretaria de Relaes InstitucionaisBrasl ia-DF

    Este fascculo faz parte do Programa de Educao Financeira doBanco Central do Brasil

    EquipeAndr Barbosa Coutinho MarquesCarolina Freitas Pereira MayrinkCsar Viana Antunes de OliveiraFelipe de Castro RibeiroLuciana Valle Rosa RoppaMaria Cludia Gomes P. S. GutierrezMrcio Magalhes JanotMaurcio Gaiarsa Simes

    Diretor de Poltica EconmicaMrio Mesquita

    CoordenaoRenato Jansson Rosek