faculdade meridional imed escola de arquitetura e … drehmer(1).pdf · bem estar. resumo um dos...
TRANSCRIPT
FACULDADE MERIDIONAL – IMED ESCOLA DE ARQUITETURA E URBANISMO
Jully Drehmer
Condomínio para Idosos no Município de Tio Hugo/RS
Passo Fundo 2019
Jully Drehmer
Condomínio para Idosos no Município de Tio Hugo/RS
Relatório do Processo Metodológico de Concepção do Projeto Arquitetônico e Urbanístico e Estudo Preliminar do Projeto apresentado na Escola de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Meridional – IMED, como requisito parcial para aprovação na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso I, sob orientação da Professora Dra. Thaísa Leal da Silva
Passo Fundo 2019
Jully Drehmer
Condomínio para Idosos no Município de Tio Hugo/RS
Banca Examinadora:
Profª. – Orientadora Dra. Thaísa Leal da Silva
Profª. – Integrante Dra. Grace Tibério Cardoso
Profª. – Integrante Ms. Liliany Schramm da Silva Gattermann
Passo Fundo 2019
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me iluminado em mais uma
caminhada da minha vida.
Posteriormente dedico a minha família, minha mãe Délci Drehmer e meu pai
Volmar Drehmer, os quais sempre estiveram ao meu lado, me apoiando, me
incentivando a chegar até aqui. Orgulho-me muito em ter vocês como meus pais.
Agradeço também ao meu marido Jeferson Gnich, que esteve sempre presente
e foi compreensivo nos momentos que tive que me ausentar para realizar atividades
da faculdade, e que cuidou de nossa filha Dalila Drehmer Gnich com todo amor e
carinho.
A minha Orientadora Dra. Thaísa Leal da Silva, e minha Coorientadora Me.
Amanda Schüler Bertoni, por todo o conhecimento que me passaram, até mesmo em
fins de semana responderam os meus e-mails.
Aos professores da Faculdade Meridional - IMED, por todo apoio e paciência
durante as aulas.
Em geral agradecer a todos que de uma maneira ou outra contribuíram para eu
chegar até aqui.
Por fim, o mais importante dedico este trabalho aos meus avós paternos Helga
Drehmer e Ottmar Drehmer (em memória) e a avó materna Loni Wiedthauper. Este
trabalho foi realizado pensando em vocês, e o quão importante é para mim o vosso
bem estar.
Resumo
Um dos maiores desafios da saúde pública contemporânea é o envelhecimento
populacional. Nota-se claramente que, cada vez mais, idosos estão morando em
casas de repouso. Contudo a ausência de um condomínio para idosos no município
de Tio Hugo/RS, gera um descaso com estes. Diante disso o tema desta monografia
é centrado nas informações necessárias para o desenvolvimento do projeto de um
Condomínio para Idosos, com o objetivo de criar um espaço para atender idosos dos
graus de dependência II e III no município. O projeto se propõe a oferecer todo o
acolhimento que os idosos precisam, dando total privacidade a eles. O local de
implantação do projeto está localizado no bairro Rabello, o qual possui um fácil acesso
às rodovias BR 386 e à RST 153. Este trabalho teve como base três estudos de casos
e além disso se baseou na resolução - RDC nº 283, do Ministério da Saúde. Além
disso, foi realizado o levantamento do entorno de implantação do projeto e da área do
terreno. Todo este fundamento proporcionou como consequência o estudo preliminar
de um condomínio para idosos.
Palavras-chave: Idosos, Condomínio, Envelhecimento.
Abstract
One of the greatest challenges of contemporary public health is population aging. It is
clear that, more and more, the elderly are living in nursing homes. However, the
absence of a condominium for the elderly in the municipality of Tio Hugo / RS,
generates a disregard for these. In view of this, the theme of this monograph is
centered on the information necessary for the development of a Condominium for the
Elderly, with the objective of creating a space for the elderly to meet the dependency
levels II and III in the municipality. The project proposes to offer all the welcome that
the elderly need, giving total privacy to them. The project's location is located in the
Rabello neighborhood, which has easy access to the BR 386 and RST 153 highways.
This work was based on three case studies and was based on resolution - RDC No.
283, of the Ministry In addition, a survey was carried out on the setting of the project
and the area of the land. All this reasoning led to the preliminary study of a
condominium for the elderly.
Keywords: Elderly, Condominium, Aging.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Pirâmide etária Brasil 2000. ...................................................................... 13 Figura 2 : Pirâmide etária Brasil 2010. ..................................................................... 13 Figura 3: Evolução dos grupos etários no País 2010. .............................................. 14 Figura 4: Pirâmide etária Rio Grande do Sul 2000. .................................................. 14
Figura 5: Pirâmide etária Rio Grande do Sul 2010. ................................................... 15 Figura 6: Pirâmide etária Tio Hugo 2010. ................................................................. 15 Figura 7: Lar de Idosos Peter Rosegger. ................................................................. 22 Figura 8: Lar de Idosos Peter Rosegger – Hierarquia de acesso. ............................ 23 Figura 9: Lar de Idosos Peter Rosegger – Implantação. .......................................... 24
Figura 10: Lar de Idosos Peter Rosegger – Ambiente Interno. ................................ 25
Figura 11: Vila Dos Idosos. ...................................................................................... 25
Figura 12: Forma. ..................................................................................................... 26 Figura 13: Vila Dos Idosos – Planta baixa ................................................................ 27 Figura 14: Vila Dos Idosos – Valorização dos espaços ............................................ 28 Figura 15: Edifício residencial para idosos. .............................................................. 28
Figura 16: Edifício residencial para idosos, hierarquia de acesso. ........................... 29 Figura 17: Edifício residencial para idosos- Valorização paisagem externa. ............ 30
Figura 18: Edifício residencial para idosos – Arquitetura. ........................................ 30 Figura 19: Localização Tio Hugo. ............................................................................. 32 Figura 20: Marcação do terreno. ............................................................................. 33
Figura 21: Cheios e Vazios. ..................................................................................... 34 Figura 22: Uso do Solo. ............................................................................................ 35
Figura 23: Mapa das alturas. .................................................................................... 35
Figura 24: Estudo das vias. ...................................................................................... 36
Figura 25: Estudo das vias. ...................................................................................... 37 Figura 26: Rede Elétrica. .......................................................................................... 37
Figura 27: Rede de água. ......................................................................................... 38 Figura 28: Levantamento do terreno. ....................................................................... 39 Figura 29: Levantamento topográfico. ...................................................................... 39
Figura 30: Mapas Visuais. ........................................................................................ 40 Figura 31: Visual 01. ................................................................................................ 41 Figura 32: Visual 02. ................................................................................................ 41
Figura 33: Visual 03. ................................................................................................ 41 Figura 34: Visual 04. ................................................................................................ 41 Figura 35: Recuo de esquina. .................................................................................. 42 Figura 36: Recuo de esquina. .................................................................................. 42
Figura 37: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé ............... 43 Figura 38: Dimensões referenciais para deslocamento com cadeira de rodas. ....... 43 Figura 39: Fórmula para rampas. ............................................................................. 43
Figura 40: Conceito. ................................................................................................. 44 Figura 41: Organograma micro. ............................................................................... 52
Figura 42: Organograma macro. .............................................................................. 53
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Diretrizes Urbanas. .................................................................................. 45 Quadro 2: Programa de Necessidades e pré-dimensionamento. ............................. 50 Quadro 3: Opção 1. .................................................................................................. 55 Quadro 4: Opção 2. .................................................................................................. 56 Quadro 5: Opção 3 ................................................................................................... 57 Quadro 6: Sombreamento fevereiro as 10 horas da manhã..................................... 58 Quadro 7: Sombreamento fevereiro as 17 horas da tarde. ...................................... 59
Quadro 8: Sombreamento junho as 10 horas da manhã. ......................................... 60 Quadro 9: Sombreamento junho as 17 horas da tarde. ........................................... 60
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 9
1.1 Justificativa ................................................................................................... 10
1.2 Delimitação do Tema ................................................................................... 10
1.3 Metodologia .................................................................................................. 11
1.4 Objetivo ........................................................................................................ 11
1.5 ObjetivoS Específicos .................................................................................. 11
2 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................ 12
2.1 Evolução da Faixa Etária ............................................................................. 12
2.2 Instituições de longa Permanência de Idosos .............................................. 15
2.3 Normas e Regulamentações das ILPIs ........................................................ 18
3 ANÁLISES DOS ESTUDOS DE CASO ........................................................... 22
3.1 Lar de Idosos Peter Rosegger ..................................................................... 22
3.2 Vila dos Idosos ............................................................................................. 25
3.3 Edifício Residencial para Idosos .................................................................. 28
3.4 Conclusão .................................................................................................... 30
4 ANÁLISE GERAL DO LOCAL ......................................................................... 32
4.1 Contextualização Regional ........................................................................... 32
4.2 Diagnóstico da Área de Implantação............................................................ 32
4.3 Levantamento do Terreno ............................................................................ 38
4.4 Síntese da Legislação Geral e Específica do Tema ..................................... 41
4.4.1 Plano Diretor e Código de Obras ........................................................... 41
4.4.2 NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos ....................................................................................... 42
5 PARTIDO .......................................................................................................... 44
5.1 Conceito ....................................................................................................... 44
5.2 Diretrizes de Projeto ..................................................................................... 44
5.3 Diretrizes Urbanas........................................................................................ 45
5.4 Programa de Necessidades e Pré-dimensionamento .................................. 46
5.5 Organograma ............................................................................................... 52
5.6 Zoneamento ................................................................................................. 54
5.7 Estudo de zoneamento ................................................................................ 55
5.8 Estudo de sombras ...................................................................................... 58
5.9 Conclusão .................................................................................................... 61
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................. 63
7 REFERÊNCIAS ................................................................................................ 64
9
1 INTRODUÇÃO
Um dos maiores desafios da saúde pública atualmente é o envelhecimento
populacional. Este episódio sucedeu primeiramente em países desenvolvidos,
entretanto, atualmente se nota que é em países em desenvolvimento que o
envelhecimento da população ocorre acentuadamente (LIMA-COSTA; VERAS, 2003).
Sobretudo nota-se claramente que cada vez mais, idosos estão morando
em casas de repouso. Tal fato ocorre especialmente pela razão de que antes a ‘’dona
da casa’’ ficava em casa, cuidando especialmente dos filhos, do lar, e dos mais velhos,
hoje essas por conta da necessidade acabam a trabalhar fora. Surgindo assim a
necessidade das casas de repouso como uma solução alternativa para este fato.
Muito embora o próprio idoso aceite a situação para não ‘’atrapalhar’’ seus familiares,
(COSTA ; MERCADANTE, 2013).
A ausência de um condomínio para idosos no município de Tio Hugo,
situado no estado do Rio Grande do Sul, a cerca de 246km, com uma população
estimada de cerca de 3.004 pessoas segundo dados do IBGE (2010), gera, contudo,
um descaso com estes. Ainda existe a necessidade de manter a integração do idoso
com o meio urbano, fortalecendo assim sua relação com a comunidade, fazendo este
um espaço para trocas de experiência e conhecimento.
São estimadas pessoas idosas, aquelas que obtêm igualmente 65 anos de
idade para países desenvolvidos e 60 anos de idade para países em desenvolvimento,
(OMS, 2015).
Conforme a resolução de diretoria colegiada, RDC 283/2005, Instituições
de longa permanência para idosos (ILPI’s), devem acender aos seus residentes: o
estimulo dos seus direitos humanos, garantir a privacidade e identidade, gerar a
relação das pessoas que residem na instituição com a comunidade local, garantir e
estimular as conexões intergeracionais, promover a participação da família,
desenvolver ações que estimulem a autonomia, promover cultura e lazer, desenvolver
eventos e palestra que vissem combater a violação dos direitos civis.
O tema desta monografia é centrado nas informações necessárias para o
desenvolvimento do projeto de um Condomínio para Idosos, com o objetivo de criar
um espaço para atender idosos dos graus de dependência II e III no município de Tio
Hugo/RS, este também atenderá municípios da região. O projeto se propõe a oferecer
10
todo o acolhimento que os idosos precisam, dando total liberdade a eles. Ou seja, eles
terão suas casas, suas rotinas, suas vidas, entretanto se vierem a carecer de ajuda,
serão rapidamente atendidos.
1.1 JUSTIFICATIVA
Nota- se cada vez mais a ausência de preocupação da sociedade perante
a acessibilidade de diferentes tipos de público em locais de uso comum na sociedade.
A escolha do tema adveio ao público alvo de pessoas que estão na terceira
idade. Contudo o que mais se busca em habitações na atualidade é uma melhor
qualidade de vida, bem-estar, individualidade, lazer e segurança.
A ausência de um espaço qualificado que atenda a necessidade de
qualidade de vida, bem-estar, individualidade, lazer e segurança é uma necessidade
no município de Tio Hugo/RS no qual precisa ser resolvida, por conta disso, a proposta
de um Condomínio para Idosos vem somente para somar ao município e a população
da região.
1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O projeto terá como público alvo pessoas de meia idade com grau de
dependência II e III, que apresentem a necessidade ou a vontade de viver em um local
que atenda suas necessidades físicas ou até mesmo psíquicas.
Este imóvel terá como possibilidade dormitórios individuais, contendo
campainhas para fácil acesso a pedido de ajuda. Além disso, será disponibilizado aos
idosos, atividades de lazer, atividade física, boa alimentação, assistência à saúde e
conforto. Conclui-se que o objetivo deste projeto é fazer com que os idosos tenham
um lar agradável, incentivando a companhia a amizade e que venha a suprir todas as
suas necessidades com fácil acesso, e o mais importante, eles se sentirão
independentes pelo fato de cada um possa ter seu próprio imóvel. Estudos mostram
que esse modelo de moradia contribui para uma vida mais longeva, reduzindo
doenças da velhice, como depressão, demência senil e Alzheimer.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária/ANVISA (2005, p.5),
está classifica o grau de dependência deste em:
11
- Grau de Dependência I: idosos independentes, mesmo que requeiram uso
de equipamentos de autoajuda;
- Grau de Dependência II: idosos com dependência em até três atividades de
autocuidado para a vida diária tais como: alimentação, mobilidade, higiene;
sem comprometimento cognitivo ou com alteração cognitiva controlada;
- Grau de Dependência III: idosos com dependência que requeiram
assistência em todas as atividades de autocuidado para a vida diária e ou
com comprometimento cognitivo, (ANVISA, p.5, 2005).
1.3 METODOLOGIA
O presente estudo, será concretizado a partir da obtenção de dados
teóricos, esses serão coletados em fontes de confiança, para assim conseguir um
embasamento teórico cientifico de credibilidade. Tais pesquisas serão estudos de
casos, levantamentos referenciais entre outros.
Além da pesquisa em fontes confiável, serão aplicadas entrevistas em
quinze idosos, para assim ser analisada questões socioeconômica, lazer, atividade
física e relacionamentos.
1.4 OBJETIVO
O estudo terá como objetivo geral, a concepção projetual de um
condomínio para idosos no município de Tio Hugo/RS, que atenda também a região,
assegurando a integração, convívio social e o lazer dos idosos.
1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Levantar e analisar indicadores sobre a população idosa de Tio Hugo;
Realizar entrevistas com idosos sobre as utilidades que consideram
importantes nos espaços de acolhimento de idosos;
Oferecer espaços específicos que atendam a necessidade de idosos
com graus de dependência II e III, no município de Tio Hugo;
Estimular a socialização, o lazer e a integração com a comunidade
ofertando espaços físicos para estes.
12
2 REVISÃO DA LITERATURA
Tratando dos desafios da saúde pública atualmente, e indo ao encontro do
envelhecimento da sociedade, para os autores, este fato incidiu primeiramente em
países desenvolvidos, entretanto, de modo recente foi nos países em
desenvolvimento que o envelhecimento populacional apresenta maior acentuação,
(LIMA-COSTA ; VERAS, 2003).
2.1 EVOLUÇÃO DA FAIXA ETÁRIA
Oliveira (2003), afirma que existem registros do primeiro asilo no qual foi
constituído pelo Papa Pelágio II, o qual este transformou a sua própria moradia em
uma casa de saúde para idosos.
Beauvoir (1990), apud Costa e Mercadante (2013), ressaltam que por volta
do século XVIII, os asilos ou casas de repousos, eram estabelecimentos que
abrigavam mendigos. Já por volta do século XIX, na Europa foram instituídos
grandiosos asilos, esses possuíam alta concentração de idosos.
Lima (2005, p. 26) apud Costa e Mercadante (2013, p. 212), apresenta
alguns aspectos históricos das ILPI’s no Brasil:
A primeira instituição destinada aos velhos no Brasil foi numa chácara. Foi
construída em 1790, para acolher soldados portugueses que participaram da
campanha de 1792 e que, naquela ocasião, encontravam-se “avançados em
anos e cansados de trabalhos”, que pelos seus serviços prestados, “se faziam
dignos de uma descansada velhice”. A chamada casa dos inválidos foi
construída por decisão do 5º Vice-Rei, Conde de Resende que, contrariando
todas as normas da época, cria esta instituição, inspirando-se na obra de Luís
XIV (Hôtel des Invalides) destinado aos heróis (...). Como podemos ver a
primeira instituição criada no Brasil era restrita a soldados militares e não à
velhice em geral. Com a vinda da Família Real Portuguesa, em 1808, a casa
que abrigava essas pessoas foi “cedida” ao médico particular do Rei e os
internos foram transferidos para a Casa de Santa Misericórdia, (LIMA 2005,
p. 26, COSTA ; MERCADANTE, p. 212, 2013).
Conforme dados do IBGE (2010) e IBGE (2000), nota-se um crescente
aumento no nível da população com mais de 60 anos quando comparado os anos de
2000 ao ano de 2010, conforme visto na imagem abaixo para homens com idade de
13
60 a 64 anos o aumento foi de 887.825, já para mulheres considerando a mesma faixa
etária o aumento foi de 1.020.365.
Figura 1: Pirâmide etária Brasil 2000. Fonte: IBGE, 2000.
Figura 2 : Pirâmide etária Brasil 2010. Fonte: IBGE, 2000.
Já conforme dados do IBGE (2019), nota-se a evolução dos grupos etários
e uma previsão do que acontecera entre os anos de 2060, a partir desta previsão se
compara os anos de 2010 onde as pessoas com mais de 65 anos eram cerca de
7,32% da população e onde estimasse 25,49% até o ano de 2060. A partir destes
dados pode se concluir que cada vez as pessoas vivem mais e é notória a importância
dos condomínios ou lares para idosos no País.
14
Figura 3: Evolução dos grupos etários no País 2010. Fonte: IBGE, 2010.
Já, no estado do Rio Grande do Sul segundo dados do IBGE (2010) e IBGE
(2000), nota-se também um crescente aumento no nível da população com mais de
60 anos quando comparado os anos de 2000 ao ano de 2010, conforme visto na
imagem abaixo para homens com idade de 60 a 64 anos o aumento foi de 63.177, já
para mulheres considerando a mesma faixa etária o aumento foi de 69.410. Contudo
nota-se que no estado os números de aumento entre sexos não têm tanta diferença
quando comparado ao nível de Brasil.
Figura 4: Pirâmide etária Rio Grande do Sul 2000. Fonte: IBGE, 2000.
15
Figura 5: Pirâmide etária Rio Grande do Sul 2010. Fonte: IBGE, 2010.
Já município de Tio Hugo segundo dados do IBGE (2010), por se tratar de
um município com pouca população o número não é tão elevado, mas quando se
compara a população de 20 e 24 anos a 60 e 64 anos a diferença é de apenas 44
tanto para mulheres quanto para homens.
Figura 6: Pirâmide etária Tio Hugo 2010. Fonte: IBGE, 2010.
2.2 INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA DE IDOSOS
Pode-se afirmar, desde logo que uma das marcas da velhice é a perda de
“lugares”: lugares sociais, relacionais, afetivos, econômicos e espaciais ou
físicos. A perda desses “lugares” faz com que muitos idosos passem a residir
- por imposição ou “opção” em espaços diversos: uma dependência, isolada
16
da casa, uma cadeira bem no cantinho da sala ou, o que é bastante comum,
uma casa “de repouso”, longe dos olhos dos familiares, (MARTINES, p. 20,
2008, apud COSTA ; MERCADANTE, p. 217, 2013).
Ao ponderar sobre o dia-a-dia de uma ILPI, a primeira questão a ser
levantada em consideração é o afastamento do indivíduo com o mundo externo.
Quando o sujeito deixa a sua casa, ele não deixa somente bens pessoais, mas ainda
acepções de uma vida inteira, causando assim efeitos emocionais (COSTA ;
MERCADANTE, 2013).
‘’A casa não é um espaço indiferente; nela temos nossos ‘cantos prediletos’,
espaços onde sentimos que somos mais nós‘’ (MARTINES, p. 27, 2008, apud COSTA
E MERCADANTE, p. 216, 2013).
No decorrer da vida, modifica-se espaços instituindo costumes, objetos, em
resumo, constrói-se uma rede com diversas relações. Através destes fatores pode-se
concluir que as ILPI’S devem apresentar ambientes que retratem o cotidiano de um
ambiente familiar, para assim ao menos amenizar tamanha perda para essa
população, (LIMA, 2005, apud COSTA ; MERCADANTE, 2013).
Camarano et al. (2005) afirma que nos anos 50 fazia-se distinção em meio
a instituição para idosos independentes e dependentes.
Para Costa e Mercadante (2013), são diversos termos que definem o tipo
de morada a um indivíduo idoso, em meio a eles a maior parte bem conhecidos pela
população em geral, tais como: Asilo, Casa de Repouso, Abrigo e Instituição de Longa
Permanência. Sobretudo atualmente a adjacência mais utilizada é ILPI, (Instituição de
Longa Permanência para Idosos).
A acentuada ampliação da população acima de 60 anos de idade,
apresentar-se o quão extraordinárias são as ILPI, já que não se trata apenas de vida
social dos idosos e sim da saúde deles, além disso, o envelhecimento dentro do
próprio grupo, ou seja, a população adiante de 80 anos também está aumentando, ou
seja, com a idade cada vez mais avançada a maioria destas pessoas um dia precisará
não só de um abrigo, mas também de assistência para que envelheçam com boa
disposição física e mental (CAMARANO ; KANSO, 2010).
Conforme RDC 283, da Anvisa (2005, p.3).
17
ILPI são instituições governamentais ou não-governamentais, de caráter
residencial, destinadas a domicilio coletivo de pessoas com idade igual ou
superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade,
dignidade e cidadania. (ANVISA, p. 3, 2005).
Para Lima Polo e Assis (2008), as ILPI’s no Brasil, ainda seguem um
modelo ultrapassado em questões de saúde, administração e habitação. Ainda
segundo esses, essas não apresentam o direito da privacidade, individualidade
violando assim o controle da própria vida de cada usuário.
Ao projetar qualquer ambiente os arquitetos devem considerar fenômenos
como o envelhecimento o que muitas vezes é tratado superficialmente ou esquecido.
Segundo Perracini (2006), observando alguns ambientes de moradia nota-se
claramente a falta de espaços adequados para o processo de envelhecimento
humano.
Já Tomasini (2005), afirma que ainda é pouca a preocupação em projetar
ambientes para idosos, sendo tratada ainda de forma superficial. Ainda conforme o
autor quando o planejamento do ambiente atende as necessidades dos usuários, este
contribui para a autoestima e a preservação da capacidade funcional.
Para Tosta (2008), apud Leite (2010) as ILPI’s devem passar a sensação
de um ambiente residencial, mantendo assim as atribuições de um lar, não devendo
esta ser isolada, ou até mesmo afastada da vida urbana.
Conforme US (2009) apud Leite (2010), nos EUA o Instituto Nacional da
Construção, propõe alguns aspectos de projeto para as instituições de moradia para
idosos, tais como:
Ambiente terapêutico e acolhedor: Preparado para as alterações do
processo de envelhecimento, permitindo luz natural, experiências espaciais
e vistas para o exterior. Além de manter objetos que lembrem questões de
casa como relógio, calendário entre outros. Também este deve ter, cores,
texturas, evitando materiais refletivos;
Ambiente projetado para todos: Funcionários devem ter distancias
curtas entre os espaços, facilitando assim o controle visual dos usuários;
18
Acessibilidade: Todos os espaços, equipamentos e mobiliários devem
ser acessíveis para todos;
Sistema de sinalização;
Limpeza e saneamento;
Segurança: Utilização de revestimentos antiderrapante e não reflexivos;
Estética e sustentabilidade: Maior uso de luz natural, materiais com
texturas, proporções, cor, detalhes, escala, ambientes claros;
Perracini (2006) afirma que os ambientes de moradia para idosos merecem
muita atenção quanto a arquitetura, segundo o autor se este for mal projeto, irá
contribuir deteriorando a independência do idoso e a eficácia de percepção.
Este projeto irá colaborar para a cidade por conta que, segundo a OMS
(2015), a população idosa cresce cada vez mais devido aos ganhos da saúde pública
e a melhoria nos padrões de vida. Com isso a proporção de idosos nas cidades chega
quase a mesma proporção de jovens. Assim, o envelhecimento e a urbanização
retratam o ponto máximo da progressão humana. Ou seja, a implantação de um
condomínio para idosos se torna muito importante para a população idosa do
município e região.
Contudo segundo assegura Lima Pollo e Assis (2008), não careceria de
existir lugar melhor que a casa da gente e estar perto de quem amamos. Entretanto
ainda conforme aborda o autor em sua pesquisa existe muita procura por vagas em
ILPI’s, porém essas apresentam poucas vagas disponíveis e ainda, entretanto se nota
claramente que a população em situação de vulnerabilidade apresenta ainda maior
dificuldade pela falta de instituições gratuitas.
2.3 NORMAS E REGULAMENTAÇÕES DAS ILPIS
Este trabalho estará embasado na Resolução de Diretoria Colegiada - RDC
nº 283, de 26 de setembro de 2005, da Anvisa, no qual alguns pontos serão
norteadores para determinadas decisões projetuais tais como:
Preservar a identidade e a privacidade do idoso, assegurando um
ambiente de respeito e dignidade;
19
Observar os direitos e garantias dos idosos, inclusive o respeito à
liberdade de credo e a liberdade de ir e vir, desde que não exista
restrição determinada no Plano de Atenção à Saúde;
Promover a convivência mista entre os residentes de diversos graus
de dependência;
Promover integração dos idosos, nas atividades desenvolvidas pela
comunidade local;
Promover ambiência acolhedora;
Favorecer o desenvolvimento de atividades conjuntas com pessoas
de outras gerações;
Incentivar e promover a participação da família e da comunidade na
atenção ao idoso residente;
Desenvolver atividades que estimulem a autonomia dos idosos;
Promover condições de lazer para os idosos tais como: atividades
físicas, recreativas e culturais;
Desenvolver atividades e rotinas para prevenir e coibir qualquer tipo
de violência e discriminação contra pessoas nela residentes;
(ANVISA, p. 3, 2005).
Além disso, ainda embasado na Resolução de Diretoria Colegiada, da
Anvisa (2005), para serviços de limpeza, será previsto um profissional para cada
100m². Para o ofício de alimentação, será previsto um profissional a cada 20 idosos.
Para a lavanderia, será previsto um profissional a cada 30 idosos. Quanto as
atividades com lazer, será previsto um profissional para cada 40 idosos. Também para
os determinados cuidados com os residentes:
Grau de Dependência II: Deverá ter um cuidador para no mínimo cada 10
idosos;
Grau de Dependência III: Deverá ter um cuidador para no mínimo cada 6
idosos;
Também segundo a Anvisa (2005), as instituições devem atender algumas
reivindicações exclusivas, tais como:
Acesso externo - No mínimo, duas portas para acesso, sendo uma delas de
uso exclusivo para serviço;
Rampas e Escadas – Conforme NBR 9050/ABNT, observadas as exigências
de sinalização e corrimão. Com no mínimo 1,20 de largura;
20
Circulações internas – As circulações fundamentais com largura mínima de
1,00m já as secundárias larguras mínimas de 0,80 m; as que haverem largura
superior ou idêntica a 1,50m deverão prever corrimão em ambos os lados;
Elevadores - NBR 7192/ABNT e NBR 13.994;
Portas - Vão livre de no mínimo 1,10m de largura essas deverão possuir
travamento simples;
Janelas e guarda-corpos - No mínimo 1,00m de peitoril;
Ainda segundo Anvisa (2005), as Instituições necessitam apresentar os
consequentes ambientes:
Dormitórios: Esses deverão ser independentes por sexos, com até no máximo
4 pessoas e possuir banheiro. Para dormitórios independentes de uma pessoa,
este deverá possuir no mínimo 7,50m². Já para dormitórios de dois a quatro
pessoas, este devera possuir no 5,50m² por cama. Esses deverão possuir
campainha para alarme e luz e vigia. Já quanto o espaçamento entre as camas
deve ser previsto no mínimo 0,80m entre estas e 0,50m quando esta estiver
paralela com a parede. Quanto ao banheiro este deve possuir, 1 chuveiro, 1
bacia e 1 lavatório além de ter área de no mínimo 3,60m²;
Áreas para atividades: Sala de atividades grupais com área mínimo de 1,0m² e
com até 15 residentes; Sala de convivência com 1,3m² por pessoa; Sala de
atividades individual e familiar com área de 9,0 m² no mínimo;
Banheiros: Deverão ser independentes por sexo, esse deverá ter área que
consinta a transferência lateral e frontal de um indivíduo em cadeira de rodas.
Quanto as portas essas deveram ter no mínimo 0,20m de vão livre na parte
inferior;
Espaço ecumênico e/ou para meditação;
Sala administrativa/reunião;
Refeitório com no mínimo 1,0m² de área por usuário, mais área para guarda
utensílios;
Cozinha e despensa;
Lavanderia;
21
Ambiente para conservar roupas de uso coletivo;
Ambiente para conservar de material de limpeza;
Almoxarifado com área mínima de 10,0 m²;
Vestiário e banheiro para uso dos funcionários, esses independentes por sexo.
Banheiro com área de no mínima de 3,6 m², para cada 10 funcionários. Já área
de vestiário deverá ter no mínimo 0,5 m² por funcionário/turno;
Central de Lixo externo;
Área externa, está deverá ser descoberta;
Sobretudo também segundo a Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº
283, da Anvisa, as Instituições precisam proporcionar instalações físicas com
qualidades de habitabilidade, higiene, segurança e salubridade.
22
3 ANÁLISES DOS ESTUDOS DE CASO
Para a etapa de estudos de casos, foram analisados três estudos de casos,
sendo eles de suma importância para o desenvolvimento deste trabalho. Esses foram
escolhidos a partir do seu tamanho para assim poder contribuir de forma positiva para
o desenvolvimento deste trabalho.
3.1 LAR DE IDOSOS PETER ROSEGGER:
Construído em 2014, na cidade Graz, capital do estado da Estíria na
Áustria, projetada pelo arquiteto, Dietger Wissounig (Figura 7).
Figura 7: Lar de Idosos Peter Rosegger. Fonte: Archdaily, 2014.
ENTORNO
O projeto se conecta com o entorno através da utilização dos materiais
como o vidro, no qual este busca esta conexão. Ainda perante o entorno o projeto não
possui tanto destaque pois a fachada é amadeirada padrão este presente no entorno.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Este apresenta oito habitações, quatro em cada pavimento (totalizando 92
quartos com banheiros). Estão congregados em torno do pátio central, também o
projeto apresenta 8 dormitórios para enfermeiros um em cada uma das habitações,
banheiro central e refeitórios também um em cada uma das habitações.
ACESSIBILIDADE
Alguns apartamentos estão localizados no térreo facilitando assim a
locomoção de usuários. Ainda a edificação apresenta dormitórios no segundo
pavimento os quais podem ser acessados a partir de elevadores e escadas. Todas as
23
circulações também possuem amplas larguras facilitando assim a passagem de
pessoas com locomoção reduzida.
FORMA
A fachada principal exibe simplicidade, através da utilização dos
materiais e da ampla utilização de vidro. A fachada é assimétrica e possui ritmo pela
posição das janelas.
HIERARQUIA DE ACESSO
A hierarquia de acesso é marcada pela quebra de ritmo da estrutura ripada
em madeira e pela supressão na forma, podendo ser percebida em destaque na
Figura 8.
Figura 8: Lar de Idosos Peter Rosegger – Hierarquia de acesso. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
TECNOLOGIA
A tecnologia adotada é pré-fabricada em madeira. A estrutura com vigas
em madeira laminada cruzada, foi empregada para determinar as necessidades
estáticas e estruturais do edifício. Além disso os fechamentos são em madeira e vidro.
HABITABILIDADE
As janelas são voltadas para as faces externas do edifício, proporcionando
assim a ventilação cruzada. Também através da massa verde existente no acesso
principal ameniza questões de ruído.
24
Este projeto se destaca pela valorização dos espaços abertos e pela
comunicação do espaço interno com o externo, sem a perda de privacidade.
Além disso, nota-se claramente a preocupação com a disposição dos
espaços, pois cada uma das 8 habitações possui, cozinha, dormitórios e espaço de
jantar, gerando atmosfera familiar e privacidade (Figura 9).
Figura 9: Lar de Idosos Peter Rosegger – Implantação. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
Quanto ao padrão estético, com a utilização da madeira e a variação de cor
em cada uma das habitações, nota-se a valorização dos espaços, o aconchego e a
simplicidade, gerando estímulos para os idosos (Figura 10).
25
Figura 10: Lar de Idosos Peter Rosegger – Ambiente Interno. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
3.2 VILA DOS IDOSOS:
Construído em 2003, na cidade de São Paulo, com área construída de
8.290m², projetado pelo escritório de arquitetura Vigliecca & Associados (Figura 11).
Figura 11: Vila Dos Idosos. Fonte: Vigliecca & Associados, 2012.
Este projeto foi uma ação da Companhia Metropolitana de Habitação de
São Paulo (COHAB), órgão esse designado para atender as demandas de habitação
social na cidade.
ENTORNO
O projeto abraça a biblioteca municipal, a qual está localizada ao centro do
lote, no qual está já estava localizada, tornando assim um grande potencial para este
e para comunidade como um todo. Esta biblioteca dá acesso tanto para os usuários
do condomínio como para a sociedade em geral, promovendo assim diferentes tipos
de interações e fortalecendo o vínculo dos usuários com o exterior.
26
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Este apresenta 145 apartamentos (4 pavimentos, sendo 88 quitinetes com
29m² e ainda 57 aptos com 43,00m²). Já na área externa, esta que é composta por
praça, cancha de bocha, horta comunitária, sanitários, cozinha, sala de tv, sala de
jogos, espaço para atividades físicas salão comunitário. Além disso, todos os
pavimentos têm acesso às áreas comuns de convívio de todos.
ACESSIBILIDADE
Alguns apartamentos estão localizados no térreo facilitando assim a
locomoção de usuários que apresentam locomoção reduzida. Todas as portas, pisos,
alturas e larguras apresentadas no projeto possuem algum tipo de preocupação
perante a acessibilidade e todos os usuários.
FORMA
A fachada principal exibe simplicidade, através de paredes em alvenaria
nas cores brancas e janelas em cores escuras. Este apresenta forma linear,
representado a partir do corredor principal presente nos pavimentos.
Figura 12: Forma. Fonte: Vigliecca & Associados, (2012), adaptado pela autora.
HIERARQUIA DE ACESSO
A hierarquia de acesso é marcada pela galeria horizontal.
27
TECNOLOGIA
O sistema estrutural adotado é em concreto armado, através da forma em
“U” que abraça a biblioteca, já a modulação é em malha. A estrutura em si exibe peso
na composição.
HABITABILIDADE
As janelas são voltadas para as partes externas do edifício, adequando
assim a ventilação cruzada, fortalecendo assim iluminação e ventilação.
Segundo Vigliecca & Associados, a ideia foi edificar um conjunto
habitacional especialmente para idosos. O que é mais marcante neste projeto é a
preocupação com a autonomia e privacidade dos habitantes, pois os quartos não são
quartos e sim pequenas quitinetes, com todos os ambientes necessários. Como citado
anteriormente, sabemos a tamanha importância de cada cômodo de uma casa na vida
de cada pessoa, pois são neles que criamos nossos cantos prediletos (Figura 13).
Figura 13: Vila Dos Idosos – Planta baixa Fonte: Vigliecca & Associados, 2012.
Ainda o que é muito marcante e bastante valorizado no projeto são os
espaços de convívio, pois até um simples corredor se transforma em um ambiente de
convívio. Além disso no projeto existe intensa valorização do ambiente externo com
estratégias em pontos marcantes como o espelho de água (Figura 14).
28
Figura 14: Vila Dos Idosos – Valorização dos espaços Fonte: Vigliecca & Associados, (2012), adaptado pela autora.
3.3 EDIFÍCIO RESIDENCIAL PARA IDOSOS
Projetado em 2013, na cidade de Santo Tirso, em Portugal, pelos arquitetos
Tiago Meireles e José António Lopes da Costa (Figura 15).
Figura 15: Edifício residencial para idosos. Fonte: Archdaily, 2014.
ENTORNO
O projeto se destaca de seu entorno a partir da arquitetura moderna,
diferente do entorno que apresenta uma arquitetura mais tradicional antiga. Contudo
através da utilização intensa de vidro o projeto busca a conexão interno versus
externo.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
Este apresenta dois tipos de hospedagem, sendo quarto simples para um
usuário e quarto duplo para dois usuários (ambos apresentam banheiro). Além disso,
o projeto apresenta um espaço de salão de beleza, sala de convívio, refeitório,
oratório, cozinha, enfermagem, fisioterapia, piscina interna, sala de atividades, entre
outros.
29
ACESSIBILIDADE
A acessibilidade ao segundo pavimento no qual estão locados os
dormitórios, salas de atividades, enfermagem, acontece através da utilização de
elevadores e escadas.
FORMA
A fachada principal exibe simplicidade, através de paredes em alvenaria
nas cores brancas. Também este apresenta forma linear, apresentado a partir da
fachada principal no qual busca os principais visuais.
HIERARQUIA DE ACESSO
A hierarquia de acesso é marcada pela abertura no vão e a falha proposital
da utilização da madeira presente nos demais lados da fachada.
Figura 16: Edifício residencial para idosos, hierarquia de acesso. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
TECNOLOGIA
O sistema estrutural adotado é em concreto armado, através da forma em
“T” que abraça a biblioteca, sendo sua modulação em forma de malha. A estrutura,
torna-se carregada em sua composição final.
HABITABILIDADE
As janelas principais são voltadas para as faces externas do edifício,
proporcionando assim a ventilação cruzada.
Neste projeto destaca-se a valorização da paisagem externa, onde todos os
ambientes possuem intensa utilização do vidro, podendo assim se conectar com a
paisagem (Figura 17).
30
Figura 17: Edifício residencial para idosos- Valorização paisagem externa. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
Além disso, se destaca a arquitetura contemporânea, a utilização de
madeira e a disposição dos ambientes (Figura 18).
Figura 18: Edifício residencial para idosos – Arquitetura. Fonte: Archdaily, (2014), adaptado pela autora.
3.4 CONCLUSÃO
Por meio dos estudos de casos pode se compreender o quanto são
valorizados os espaços de convívios e os espaços externos, pois esses fortalecem o
convívio dos usuários. Ainda esses ressaltam as referências bibliográficas, pois neles
podemos analisar o quanto é cuidado a valorização da privacidade de cada indivíduo.
Com a etapa de análise dos estudos de caso, percebe-se que a maioria
dos lares para idosos analisados apresentam intenso uso de vidro, madeira e cores
31
trazendo assim a valorização da paisagem, proporcionando ambientes acolhedores e
simples.
Também pode se destacar a disposição dos ambientes pois na maioria dos
casos o ambiente de enfermagem está próximo dos dormitórios, também o intuito de
trazer o conceito de ‘’casa’’, pois os quartos ficam próximos de cozinhas e salas.
Os programas de necessidade dos estudos analisados são amplos, quanto
a quantidade de quartos e todos apresentam setor assistencial, entretanto ambos
pecam quanto ao setor social, pois apresentam pouca opção de atividades aos
usuários.
Quanto à forma ambos apresentam formas retas tradicionais, sem
utilização de curvas ou ângulos.
32
4 ANÁLISE GERAL DO LOCAL
4.1 CONTEXTUALIZAÇÃO REGIONAL
Tio Hugo é um município da Mesorregião do Noroeste do estado do Rio
Grande do Sul, o qual está localizado na Microrregião de Não-me-Toque, no Brasil
(Figura 19), conforme Cidade-Brasil (2019). O município possui 114,2 km² e está
situado acerca 246 km da capital Porto Alegre e a 43 km de Passo Fundo.
Figura 19: Localização Tio Hugo. Fonte: Autora, 2019.
Segundo dados do IBGE (2010), o município de Tio Hugo possui uma
população de 2.724 habitantes, -28,5799 latitude e longitude -52,5997, a 534.87m
acima do nível do mar.
4.2 DIAGNÓSTICO DA ÁREA DE IMPLANTAÇÃO
O terreno escolhido para a implantação do projeto está localizado em uma
área residencial do município de Tio Hugo/RS, no Bairro Rabello. Onde nota-se no
mapa a seguir (Figura 20), que o bairro possui grande área lindeira para futuras
expansões, outras características do lote escolhido é a facilidade de ligação a BR 386,
a qual é uma importante ligação entre os municípios de Iraí e Porto Alegre/RS. Outra
potencialidade do lote escolhido é que o mesmo fica próximo a uma Unidade Básica
de Saúde (UBS). Além disso, a principal via de ligação à BR 386 presentes no bairro,
é a Rua Florianópolis, a qual faz frente ao lote escolhido.
33
Figura 20: Marcação do terreno.
Fonte: Autora, 2019.
ANÁLISE DE CHEIOS E VAZIOS
A área de implantação do projeto apresenta grandes vazios, por se tratar
de uma área residencial ainda em expansão, como pode ser visto no mapa
esquemático na Figura 21. A área urbana acontece mais intensamente próximo à
praça do bairro, entretanto também se nota que o bairro possui grande potencial de
expansão para os limites norte, oeste e sul.
34
Figura 21: Cheios e Vazios.
Fonte: Autora, 2019.
ANÁLISE DO USO DO SOLO
Quanto ao estudo de usos, pode ser analisada na Figura 22, a intensa
predominância de uso residencial. A área de estudo possui praça, edificações de uso
misto (comércio/serviço, residencial/comércio), sem uso e institucional. Além disso,
no lote de esquina em frente à praça, existe uma UBS. Também as edificações
presentes no entorno, apresentam padrão construtivo médio/baixo, essas possuem
amplos pátios para lazer.
35
Figura 22: Uso do Solo. Fonte: Autora, 2019.
O estudo do gabarito das edificações pode ser analisado na Figura 23, no
qual observa-se a predominância de edificações com um pavimento.
Figura 23: Mapa das alturas. Fonte: Autora, 2019.
36
SISTEMA VIÁRIO E REDE VERDE
A área de implantação é composta por um tipo de via sendo ela via local.
Contudo, essas quando possuem algum tipo de tratamento, é somente com
paralelepípedos, conforme Figura 24. Ainda conforme esta podemos analisar intensa
predominância de rede verde.
Figura 24: Estudo das vias. Fonte: Autora, 2019.
A Figura 25 representa um corte esquemático da via em frente ao terreno,
a qual apresenta 10,00m de largura e passeio público de 2,50m em ambos os lados.
O bairro apresenta iluminação urbana para carros, entretanto nota-se
ausência de iluminação urbana para pessoas, ainda se nota ausência de
pavimentação em diversas vias, boa arborização urbana, ausência de acessibilidade
universal por conta da ausência de passeios públicos e boa drenagem.
37
Figura 25: Estudo das vias. Fonte: Autora, 2019.
INFRAESTRUTURA DO TERRITÓRIO ESTUDADO
A infraestrutura presente no entorno pode ser vista nas Figuras 26 e 27. Já
quanto à rede de esgoto, esta não possuí, sendo o tratamento, por meio do sistema
tradicional de fossa séptica, filtro e sumidouro.
Figura 26: Rede Elétrica.
Fonte: Autora, 2019.
38
TRANSPORTE
O município de Tio Hugo em si não apresenta nenhuma rota de coletivos
urbanos. Entretanto na Rua Florianópolis, em frente ao terreno passa a rota de ônibus
dos estudantes do município.
4.3 LEVANTAMENTO DO TERRENO
O lote escolhido para a implantação do projeto possui 6720,00m² é um lote
composto por uma quadra inteira, o qual está localizado no Bairro Rabello e possui
em seu entorno as ruas, Rio Grande do Norte, Florianópolis, Boa Vista e João Pessoa
(Figura 28).
Figura 27: Rede de água. Fonte: Autora, 2019.
39
Figura 28: Levantamento do terreno. Fonte: Google mapas, adaptada pela autora 2019.
Além disso o terreno escolhido possui 7,5m de desnível em relação a
esquina com a Rua João Pessoa e Florianópolis, conforme Figura 29.
Figura 29: Levantamento topográfico. Fonte: Autora, 2019.
40
LEVANTAMENTO FOTOGRÁFICO
O levantamento fotográfico foi feito através de quatro imagens do terreno
(Figuras 31, 32, 33 e 34). Os possíveis visuais (Figura 31) são perante a área verde
existente no entorno.
Figura 30: Mapas Visuais. Fonte: Autora, 2019.
41
Figura 31: Visual 01. Fonte: Autora, 2019.
Figura 32: Visual 02. Fonte: Autora, 2019.
Figura 33: Visual 03. Fonte: Autora, 2019.
Figura 34: Visual 04. Fonte: Autora, 2019.
4.4 SÍNTESE DA LEGISLAÇÃO GERAL E ESPECÍFICA DO TEMA
4.4.1 Plano Diretor e Código de Obras
O município de implantação do projeto não possui Plano Diretor e Código
de Obras, por isso foi adotado para embasamento deste projeto as legislações
específicas para o município de Soledade-RS, por se tratar de um município próximo
a Tio Hugo/RS e ainda por se tratar de um município de porte médio/pequeno. Ainda
foram consultadas as seguintes normas e leis: NBR 9050, NBR 9077 e a RDC nº 283.
Conforme o Plano diretor do município de Soledade/RS, lei N° 3.027/2006
a atividade de um condomínio para idosos se encaixa no uso 26 (serviços de
alojamento nível III, estabelecimento destinado a permanência diária ou prolongada,
caracterizada por tratamento assistencial). Ainda por conta de o local de implantação
42
ser predominantemente de uso residencial foi considerado como ZR2, onde as
edificações obedeceram a CA=1,2; TO=0,6; CI=180m²; LM=360 e TP=0,2. Como
consequência desta Zona o uso 26 é conforme. Já para recuo frontal esse será de no
mínimo 4,00m, já para os lotes de esquina cuja a menor testada for menor que
15,00m, esses poderão ter recuo frontal em relação a mesma reduzido até o mínimo
de 2,00m, conforme representa a fórmula na Figura 35.
Figura 35: Recuo de esquina. Fonte: Plano Diretor de Soledade, 2016.
Segundo o Plano Diretor de Soledade 2006, para recuo lateral e de fundos
deverá ser obedecido para edificações com mais de um pavimento, conforme a
fórmula apresentada na Figura 36.
Figura 36: Recuo de esquina.
Fonte: Plano Diretor de Soledade, 2016.
Já para vagas de estacionamento o plano diretor do município de
Soledade/RS ressalta que no uso 26 (quando apresenta como demais usos) será
analisado caso a caso. E essas deverão obedecer às dimensões de 2,40m por 5,00m.
Já o código de obras do município de Soledade/RS, lei Nº1280/75, trata de
forma superficial o tema, trazendo apenas que o mesmo deve atender as legislações
específicas.
Além do Plano diretor e Código de Obras, será atendido no projeto as
especificações apresentadas na RDC nº 283, quanto a dormitórios, circulação,
banheiros e afins, conforme especificado anteriormente no capítulo 2.
4.4.2 NBR 9050 - Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos
Segundo a NBR 9050 (ABNT, 2004), para a decisão das dimensões de
referências, foram respeitadas as medidas entre 5% a 95% da população brasileira.
Para pessoas em pé foram consideradas as medidas, conforme Figura 37.
43
Figura 37: Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé
Fonte: ABNT, 2005.
Já para pessoas utilizando cadeiras de rodas foram consideradas as medidas
a seguir, conforme Figura 38, da NBR 9050 (ABNT,2004).
Quanto à acessibilidade para rampas, segundo a NBR 9050 (ABNT, 2004) deve
ser considerada a seguinte equação, conforme Figura 39. Além disso, ainda segundo
esta, as rampas devem ter inclinação entre 6,25% e 8,33% e deverá ser previsto áreas
de descanso (patamares).
Figura 38: Dimensões referenciais para deslocamento com cadeira de rodas. Fonte: ABNT, 2005.
Figura 39: Fórmula para rampas. Fonte: ABNT, 2005.
44
5 PARTIDO
5.1 CONCEITO
A presente proposta tem como conceito ‘’lembranças’’. Quando se fala em
lembranças surgem em nossas mentes inúmeros fatores que nos marcaram enquanto
jovens, adultos e crianças, nos trazendo lembranças. A partir da arquitetura imigração
Italiana presente na região alguns aspectos marcantes como forma, elementos de
destaque, visuais, jardins e materiais serão trazidos para o conceito deste projeto,
diferenciando-o de outros (Figura 40).
Figura 40: Conceito.
Fonte: A autora, 2019.
5.2 DIRETRIZES DE PROJETO
As diretrizes de projeto serão essenciais para a valorização do mesmo.
Para implantação as diretrizes irão prever espaços externos de valorização
da paisagem e do ambiente, sempre fazendo a conexão entre o interno e o externo.
Cuidados com as distâncias entre os blocos, para questões de sombreamento e ainda
valorização do desnível.
Para os materiais as diretrizes serão a intensa utilização de vidro e madeira
como elementos estéticos, trazendo assim comunicação com os ambientes externos
e aconchego, mesmas sensações trazidas nos estudos de casos analisados.
45
Para a forma e os espaços as diretrizes serão, edificações em formatos
retangulares, trabalhando com formas de destaque (triângulos) remetendo ao
conceito. Já para os espaços buscar remeter a ideia de ‘’casa’’ para assim passar
sensações atrativas e aconchegantes aos usuários.
No que diz respeito à sustentabilidade, as diretrizes serão a reutilização da
água da chuva para limpeza de calçadas, utilização de materiais encontrados na
região e climatização utilizando ventilação cruzada.
5.3 DIRETRIZES URBANAS
As diretrizes urbanas são essenciais para o desenvolvimento sustentável
de uma cidade, para este projeto foram consideradas questões urbanas que tornem
o projeto ainda mais importante para a sociedade em geral, no qual pode ser analisado
no Quadro1.
Quadro 1: Diretrizes Urbanas.
Imagem Problema Estratégia
Ausência de pavimentação em determinados pontos
do bairro.
Pavimentação permeável nos pontos que não possuem
pavimentação.
Ausência de mobiliário urbano (lixeira, iluminação
de pedestre, parada de ônibus, etc...)
Propor mobiliários acessíveis e qualificados para o local.
Fonte: A autora, 2019.
46
A sugerida proposta de pavimentação auxiliará na mobilidade urbana. Já a
proposta de mobiliário urbano como, iluminação pública, lixeiras, bancos, paradas de
ônibus, proporcionarão conforto e segurança aos usuários do entorno.
5.4 PROGRAMA DE NECESSIDADES E PRÉ-DIMENSIONAMENTO
Antes de se pensar no programa de necessidades, pensou-se em como
seriam diversas outras questões. Primeiramente o condomínio para idosos será
particular, onde qualquer consulta será inclusa ao valor pago mensal, entretanto
custos com medicamentos especiais serão pagos exclusivamente pelo idoso e
adquiridos em uma farmácia de sua preferência. Todo o idoso do condomínio terá
assistência médica, fonoaudióloga, odontológica, psicológica e fisioterapeuta sem
custos adicionais. Já para casos especiais onde o idoso não poderá ser atendido no
condomínio, este será transferido ao um hospital sobre os cuidados de familiares ou
pessoas responsáveis. Além disso o projeto irá atender o município de Tio Hugo/RS
e região (Tapera, Espumoso, Soledade, Nicolau Vergueiro, Lagoa dos Três Cantos e
Victor Graeff).
Também se pensou em locais de caminhada nas principais fachadas e
ambientes do projeto, ligações entre os espaços a uma praça central aplicando assim
um conceito de vida ativa, saudável.
O programa de necessidades teve como base criar espaços de conforto,
convivência, lazer, bem-estar, tendendo sempre para a qualidade de vida e a
privacidade aos usuários.
Setor Residencial
Hospedagem casas (semi-dependente): Este modo de hospedagem
atenderá grau II, contará com um quarto (para internos), quarto para cuidador
(enfermeiro), banheiro, área de serviço, estar, copa e varanda. Todos os
espaços serão delineados com espaços para as circulações necessárias de
maca e PMR, também esse tipo de moradia será dotado de barras de apoio
alarme para casos de emergência. Já para mobiliário a casa será composta por
uma maca ou cama preferência do hóspede, os demais cômodos serão
mobiliados de forma adequada, ainda caso o hóspede querer trazer algo o
mesmo terá livre acesso.
47
Hospedagem (Dependentes): Este modo de hospedagem atenderá grau
III e Grau II, contará com quarto, sala de estar, banheiro, minicopa, miniárea de
serviço e varanda. Este tipo de hospedagem estará localizado próximo a
enfermaria, qual contará com apoio para casos característicos. Todos os
espaços serão delineados com espaços para as circulações necessárias de
maca e PMR, também esse tipo de moradia será dotado de barras de apoio
alarme para casos de emergência. Já para mobiliário a casa será composta por
uma maca ou cama preferência do hóspede, os demais cômodos serão
mobiliados de forma adequada, ainda caso o hospede querer trazer algo o
mesmo terá livre acesso.
Horta, elevada 50 cm do chão;
Sala de estar, para integração de todos interno;
Sanitários;
Sala multiuso (pilates, jogos, teatro);
Sala de atividades;
Sala de atividades de apoio individual e sócio familiar;
Sala de artesanato;
Sala de dança;
Piscina aquecida;
Pomar;
Espaço para jogo de bochas;
Solário;
Espaço ecumênico;
Praça, espaço destinado a circulação dos internos, também de uso
social;
2 Cozinhas;
Refeitórios;
Sala de informática;
48
Biblioteca;
Sala de recreação;
Espaço para visitas;
Salão de festas, para atividades com todos os internos, famílias e
funcionários;
DML;
Setor de Serviço
Lavanderia, também de uso dos residentes;
Cozinha;
Sala de passar roupas;
Almoxarifado;
Copa, uso exclusivo dos funcionários;
Estar, uso exclusivo dos funcionários;
DML (Depósito de Material de Limpeza);
Despensa;
Depósito para guarda de roupas;
Sanitários / vestiários.
Câmara Fria;
Recepção de alimentos;
Depósito de alimentos;
Governança;
Depósito;
Setor de Assistência:
Sala de Nutricionista;
DML;
Salão de beleza;
49
Sala Fonoaudiologia;
Enfermaria, atendimento 24 horas com um alarme central;
Sala de Consultas, atendimento médico;
Sala Fisioterapia;
Sala Psicologia;
Sala de Observação;
Sanitários masculino, feminino, com PNE nos dois;
Farmácia;
Depósito de medicamentos;
Sala Odontológica;
Almoxarifado;
Administrativo
Recepção;
Sanitários masculino, feminino, com PNE nos dois;
Sala de direção;
Sala de vigilância;
Sala de reuniões;
Almoxarifado;
Sala da coordenação;
Sala de recursos humanos;
Sala Administrativa;
DML;
Espaços complementares;
Gerador e transformador;
Reservatórios;
Central de gás;
50
Depósito de lixo;
Cisterna;
O programa de necessidades juntamente com o pré-dimensionamento
pode ser analisado no Quadro 2. Para a conclusão do programa de necessidades a
etapa de estudos de caso foi de suma importância para a conclusão do mesmo.
Quadro 2: Programa de Necessidades e pré-dimensionamento.
Setor Compartimento Área útil em m²
Administrativo
Recepção 12 m²
Sanitários M e F 20m²
Sala da Direção 10m²
Sala de Reunião 20m²
Sala da Vigilância 10 m²
Almoxarifado 10 m²
Coordenação 10 m²
Recursos humanos 10 m²
DML 5m²
Sala administrativa 10 m²
Espaços complementares
Gerador -
Reservatório -
Cisterna -
Central de gás -
Deposito de Lixo -
Transformador -
Assistencial
Sala Nutricionista 25m²
Salão de Beleza 20m²
Sala Fonoaudiologia 10m²
Enfermaria (central) 35m²
2 Sala de consultas médicas 10m²
Sala fisioterapia 30m²
1 Sala psicologia 10m²
DML 5m²
Sala de observação 20m²
Sanitários 20m²
1 Sala odontológica 10m²
Farmácia 15 m²
Arquivo geral 22m²
Almoxarifado 10m²
51
Deposito de medicamentos 15m²
Serviço
Lavanderia 18m²
DML 10 m²
Sala de Passar roupas 15m²
Almoxarifado 10m²
Despensa 8m²
Cozinha 30m²
Copa/estar 20m²
Recepção de alimentos 7m²
Depósito de alimentos 5m²
Câmara fria 9m²
Deposito 5m²
DML Geral 5m²
Deposito Geral 10m²
Deposito de equipamentos 10m²
Deposito para guardar roupas 5m²
Vestiários 41m²
Governança 15m²
Hospedagem (social)
Cozinha 1/contendo dep. de
alimentos
60m²
Cozinha 2 (para restrições) /
contendo dep. de alimentos
40m²
Refeitório 62m²
Sala de Estar (convivência) 89m²
Sanitários m e f 20m²
Biblioteca 20m²
Sala de dança 20m²
Sala de informática 25m²
Oficina de artesanato 50m²
Sala multiuso 20m²
Sala de recreação 100m²
Sala de atividades 15m²
Sala de atividades de apoio 9m²
Espaço ecumênico 50m²
Espaço para bochas -
Piscina -
Pomar -
Salão de festas 120m²
Espaço para visitas 50m²
52
DML 5m²
Solário -
Hospedagem casas (semi-
dependente)
Quarto residentes 7,50m²
Quarto cuidador 7,50m²
Banheiro 3,60 m²
Área de serviço 5m²
Varanda 5m²
Estar 10m²
Cozinha 10m²
Hospedagem (dependente)
Quarto residente 7,50m²
Enfermaria (próxima aos
quartos)
15m²
Banheiro 3,60 m²
Área de serviço 2m²
Varanda 5m²
Estar 10m²
Cozinha 5m²
Fonte: A autora, 2019.
5.5 ORGANOGRAMA
A partir do programa de necessidades, do pré-dimensionamento e da
análise de fluxos presentes nos estudos, foi organizado o fluxograma para atender a
presente proposta, levando em consideração os principais visuais (Figura 41).
Figura 41: Organograma micro.
Fonte: A autora, 2019.
Também, na Figura 42 está representado o fluxograma micro, onde todos
os compartimentos do projeto são apresentados. Toda esta compartimentação foi
predisposta levantando em consideração fluxos, visuais e conexões.
53
Figura 42: Organograma macro. Fonte: A autora, 2019.
54
5.6 ZONEAMENTO
A partir da área total chegou aos seguintes dados utilizando a Resolução
de diretoria colegiada - RDC nº 283, de 26 de setembro de 2005, da Anvisa, cada
casa especial que atenderá grau II, terá aproximadamente 99m², atenderá 8 usuários,
essa mesma casa contará com 1 cuidador sendo este enfermeiro (1 cuidador a cada
10 usuários, segundo a Norma). Ainda está terá um profissional para atender as
necessidades de limpeza (1 profissional a cada 100,00m², segundo a resolução).
Também na edificação com três níveis de hospedagem e hospedagem-
social, no nível térreo atenderá em cada quarto 2 usuários num total de 7 quartos,
totalizando 14 usuários de grau III, além disso neste andar terá 3 cuidadores (1
cuidador a cada 6 usuários, segundo a norma, entretanto utilizou-se de 1 cuidador a
cada 4 idosos aproximadamente). Já no segundo pavimento atenderá 1 usuário por
quarto, total de 7 quartos, totalizando 7 usuários neste nível e 2 cuidadores, (1
cuidador a cada 6 usuários, segundo a Norma, entretanto utilizou-se de 1 cuidador a
cada 4 idosos aproximadamente).
O setor de serviço individual terá aproximadamente 269,00m², no qual
apresentará diversos compartimentos de apoio e também vestiário para atender (82
funcionários 0,50m² para cada funcionário, totalizando 41m²). Setor de serviço, para
limpeza, a partir da prévia de área de 4.467,00 m², sendo 1 funcionário a cada
100,00m² segundo a norma totalizando, 44 funcionários de uso exclusivo para
limpeza. Já para cuidados de alimentação a norma apresenta 1 profissional a cada 20
usuários totalizando, 4 funcionários para cuidados exclusivos com a alimentação.
Ainda para cuidados especiais de lavanderia segundo a norma 1 profissional a cada
30 usuários, totalizando 3 funcionários de uso exclusivo para lavanderia.
Setor assistencial localizado na esquina contará com 12 funcionários
assistenciais das mais diversas áreas, este setor também atenderá a população em
geral, no qual as salas serão alugadas para os profissionais, tal medida ajudará nas
despesas de manutenção do condomínio. Ainda quanto ao apoio assistencial em
áreas de lazer a norma exige 1 profissional com formação de nível superior para cada
40 usuários totalizando 2 profissionais.
55
Setor administrativo contará com 1 funcionário na sala administrativa, 1
funcionário no RH, 1 funcionário na coordenação, 1 funcionário na vigilância, 1
funcionário na direção e 1 funcionário na recepção.
5.7 ESTUDO DE ZONEAMENTO
Nos Quadros 3, 4 e 5, estão apresentadas as três propostas de
zoneamento analisada para este projeto.
Como pode ser visto a seguir a proposta de número 1, adota a esquina
principal do lote como acesso, administrativo e assistencial, estarão posicionados
sul/leste. Também contará com o setor de serviço como um pequeno apoio.
O setor de hospedagem semi-dependente, ficou posicionado à norte do
terreno (fachada principal perante as rua Rio grande do Norte). Já a hospedagem
dependente e hospedagem/social foram locados a sul/oeste (perante as ruas) esses
no nível térreo contaram com um pequeno apoio dos setores assistencial e serviço. O
segundo pavimento, contar também com o setor de hospedagem, hospedagem/social,
assistencial e serviço (apoio). Já o terceiro pavimento atenderá o setor de
hospedagem/social e terá um pequeno apoio de serviço.
Quanto ao setor de serviço este também foi locado ao norte/oeste.
Quadro 3: Opção 1.
Opção de zoneamento 1: Primeiro pavimento
Opção de zoneamento 1: Segundo pavimento
Opção de zoneamento 1: Terceiro pavimento
56
Fonte: A autora, 2019.
A seguir está apresentada a proposta de número 2, a esquina principal teve
como posicionamento a leste/sul (fachadas principais perante as ruas) os setores es
assistencial, administrativo e apoio de serviço.
Quanto ao setor de serviço este ficou posicionado a norte.
O setor de hospedagem semi-dependente, ficou posicionado a sul/oeste
(perante as ruas). Já a hospedagem dependente e hospedagem/social foram locados
a norte/oeste (perante as ruas) esses no nível térreo contarão com um pequeno apoio
dos setores assistencial e serviço. O segundo pavimento, contará também com o setor
de hospedagem, hospedagem/social, assistencial e serviço (apoio). O terceiro
pavimento atenderá o setor de hospedagem/social e terá um pequeno apoio de
serviço.
Quadro 4: Opção 2.
Opção de zoneamento 2: Primeiro pavimento
Opção de zoneamento 2: Segundo pavimento
Opção de zoneamento 2: Terceiro pavimento
57
Fonte: A autora, 2019.
A seguir está apresentada a proposta de número 3, a esquina principal teve
como posicionamento a leste/sul (fachadas principais perante as ruas) os setores es
assistencial, administrativo e apoio de serviço.
Quanto ao setor de serviço este ficou posicionado a norte.
O setor de hospedagem semi dependente, ficou posicionado a sul/oeste
(perante as ruas). Já a hospedagem dependente e hospedagem/social foram locados
a norte/leste (perante as ruas) esses no nível térreo contaram com um pequeno apoio
dos setores assistencial e serviço. O segundo pavimento, contara também com o setor
de hospedagem, hospedagem/social, assistencial e serviço (apoio). O terceiro
pavimento atenderá o setor de hospedagem/social e terá um pequeno apoio de
serviço.
Quadro 5: Opção 3
Opção de zoneamento 3: Primeiro pavimento
Opção de zoneamento 3: Segundo pavimento
58
Opção de zoneamento 3: Terceiro pavimento
Fonte: A autora, 2019.
5.8 ESTUDO DE SOMBRAS
A seguir nos Quadro 6, 7, 8 e 9, estão apresentados os estudos de sombras
das três propostas de zoneamento.
Como pode ser visto no Quadro 6, a melhor opção para horário das dez
horas da manhã do mês de fevereiro seria o zoneamento de número 1. Pois o
problema apresentado nas demais propostas é o sombreamento de uma pequena
parcela no setor de serviço de ambas as propostas.
Quadro 6: Sombreamento fevereiro as 10 horas da manhã.
Opção de zoneamento 1:
Opção de zoneamento2:
Opção de zoneamento 3:
Fonte: A autora, 2019.
59
Ainda pode ser visto no Quadro 7 a melhor opção para horário das
dezessete horas da tarde do mês de fevereiro, onde seria o zoneamento de número
3. Pois o problema apresentado na proposta de número um é o sombreamento de
uma parcela do setor assistencial e de uma hospedagem semi-dependente. Já a
proposta de número 2 apresenta o problema de sombreamento total do espaço
ecumênico.
Quadro 7: Sombreamento fevereiro as 17 horas da tarde.
Opção de zoneamento 1:
Opção de zoneamento2:
Opção de zoneamento 3:
Fonte: A autora, 2019.
Também como pode ser visto no Quadro 8, a melhor opção para horário
das dez horas da manhã do mês de junho, seria o zoneamento de número 1. Pois o
problema apresentado na proposta de número 2 é o sombreamento de uma mínima
parcela do setor de serviço e de uma hospedagem semi-dependente. Já o
zoneamento de número 3 apresenta problema de sombreamento em uma parcela do
setor de serviço.
60
Quadro 8: Sombreamento junho as 10 horas da manhã.
Opção de zoneamento1:
Opção de zoneamento 2:
Opção de zoneamento 3:
Fonte: A autora, 2019.
Também como pode ser visto no Quadro 9, a melhor opção para horário
das dezessete horas da tarde do mês de junho, no qual seria o zoneamento de número
3. Pois o problema apresentado na proposta de número 1 é o sombreamento de uma
mínima parcela do setor de assistência e de uma hospedagem semi-dependente. Já
o zoneamento de número 2 apresenta problema de sombreamento total no espaço
ecumênico.
Quadro 9: Sombreamento junho as 17 horas da tarde.
Opção de zoneamento 1:
Opção de zoneamento 2:
Opção de zoneamento 3:
61
Fonte: A autora, 2019.
5.9 CONCLUSÃO
Através do estudo de sombras pode se concluir que as melhores opções
seriam a proposta de número 1 e 3. Entretanto por questões de ruído e topografia
chegou à conclusão que a melhor opção de zoneamento é a proposta de número 1.
A proposta de número 1 adota a esquina principal do lote como acesso,
administrativo e assistencial, por se tratar dos setores que terão maior fluxo. Também
contará com o setor de serviço como um pequeno apoio.
O setor de hospedagem semi-dependente, ficou posicionado a norte do
terreno e também num setor com menor fluxo de veículos do bairro, numa ala mais
residencial, fortalecendo assim os laços da família e da casa.
Já a hospedagem dependente no nível térreo (2 usuários por quarto,
totalizando 14 usuários), foi locada próxima ao setor assistencial, no qual fica próximo
à rua principal por se tratar do fácil acesso em casos de emergência. Ainda nesta
mesma edificação no térreo ficaram locadas as cozinhas, refeitório, sala de visitas,
convivência, sala de atividade apoio e sala de atividade, facilitando assim o acesso
dos usuários. Estes também contarão com o apoio de serviço e assistencial no nível
térreo. O segundo pavimento, desta edificação contará com o setor de hospedagem
(atenderá 7 usuários), hospedagem/social, assistencial e serviço (apoio). Neste andar
estarão locadas também as salas de artesanato, dança, informática, biblioteca,
recreação e multidisciplinar. O terceiro pavimento atenderá o setor de
hospedagem/social e terá um pequeno apoio de serviço. Neste andar estarão locadas
a piscina, salão de festas, solário e terá como apoio um DML e almoxarifado.
Quanto ao setor de serviço este também foi locado ao norte próximo das
ruas com menor fluxo pela questão dos acessos com mercadorias e afins.
62
Já no centro do terreno como ponto focal, estará locado o espaço
ecumênico, pois a maioria das pessoas idosas tem a religião como base.
63
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este estudo apresentou a proposta de implantação de um Condomínio para
idosos no município de Tio Hugo/RS, visando atender as demandas do município e
região, causados pela ausência de um condomínio para idosos.
Através da pesquisa qualitativa aplicada com quinze idosos no município de
Tio Hugo/RS, no início deste trabalho, onde todos os entrevistados possuíam filhos e
tinham bom relacionamento com a família obteve-se vários resultados. Porém, se
destaca a questão de que num primeiro momento seriam abordados todos os graus
de dependência o que mudou por conta da pesquisa, através da pergunta “Você sairia
de sua casa para morar em um condomínio para idosos? Sendo você um idoso
independente. ”, onde obteve-se como resultado de que nenhum dos entrevistados
teria interesse. Também pode se constatar de que a maioria dos entrevistados, sendo
eles dependentes teriam interesse em morar em um condomínio para idosos. Ainda
pode se destacar que a maioria dos entrevistados praticam alguma atividade diária,
sejam elas, atividades domésticas, jogos, trabalhos manuais, dança, com destaque
para jogos e atividades domésticas. Ainda como resultado pode se constatar que as
atividades que os entrevistados apresentaram interesse para um condomínio para
idosos seriam jogos e dança. A pesquisa qualitativa com os idosos foi de suma
importância para o desenvolvimento do projeto, pois a partir das necessidades
apresentadas pelos idosos pode se prever determinados espaços.
Através da etapa de estudos de casos, pode se compreender fatores de
fluxograma e programa de necessidades, no qual este foi de suma importância para
a conclusão do estudo.
O projeto em si busca explorar os visuais, as conexões internas e externas e
apresentar ambientes aconchegantes com materiais da arquitetura italiana presente
na região.
A proposta de projeto teve como fator categórico em sua escolha de terreno,
um lote nas proximidades BR 386 por se tratar de uma fácil ligação à Porto Alegre/RS
e à RST 153, rodovia de ligação até o município de Passo Fundo/RS, e que, ainda
assim é em um bairro residencial com possível área para ampliação.
Por fim conclui-se que o projeto é viável e de suma importância para o
município de Tio Hugo/RS e sua região, tendo em vista de que o município sofre com
a ausência de um local para este fim.
64
7 REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR Nº 9050: Acessibilidade
a edificações, mobiliários espaços e equipamentos urbanos. 2 ed. Rio de Janeiro:
ABNT, 2004.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR Nº 9077: Saídas de
emergência em edifícios. Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
ANVISA. Ministério da saúde - MS agencia nacional de vigilância sanitária. Resolução
de diretoria colegiada - RDC Nº 283. Brasil, 2005.
ARCHDAILY. Edifício residencial para idosos / Atelier d'Arquitectura J. A. Lopes
da Costa. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/01-183183/edificio-
residencial-para-idosos-slash-atelier-lopes-da-costa>. Acesso em: 27 abr. 2019.
ARCHDAILY. Lar de Idosos Peter Rosegger / Dietger Wissounig
Architekten. 2014. Disponível em: <https://www.archdaily.com.br/br/760936/lar-de
idosos-peter-rosegger-dietger-wissounig-architekten>. Acesso em: 27 abr. 2019.
Camarano A.A. et al. Idosos brasileiros: indicadores de condições de vida e de
acompanhamento de políticas. Brasília: Presidência da República, Subsecretaria de
Direitos Humanos; 2005. 144 p.
CAMARANO, A. A.; KANSO, S. As instituições de longa permanência para idosos
no Brasil. Scielo, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p.233-235, 25 maio 2010.4
CIDADE-BRASIL. MUNICÍPIO DE TIO HUGO. 2019. Disponível em:
<https://www.cidade-brasil.com.br/municipio-tio-hugo.html>. Acesso em: 27 abr.
2019.
COSTA, Maria Carla N. S.; MERCADANTE, Elizabeth Frohlich. 2013. O Idoso
residente em ILPI (Instituição de Longa Permanência do Idoso) e o que isso
representa para o sujeito idoso. São Paulo, v. 16, n. 2, p.209-222, 30 mar. 2002.
Código de Obras nº Nº1280/75, de 1975. Soledade/ RS.
IBGE. Projeção da população do Brasil e das Unidades da Federação. 2010.
Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/apps/populacao/projecao/>. Acesso em: 16
mar. 2019.
65
IBGE. Tio Hugo/RS. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/tio-
hugo/panorama>. Acesso em: 16 mar. 2019.
IBGE. Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade. 2010.
Disponível em:
<https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?ano=2000&co
digo=&corhomem=88C2E6&cormulher=F9C189&wmaxbarra=180>. Acesso em: 24
maio 2019.
IBGE. Distribuição da população por sexo, segundo os grupos de idade. 2000.
Disponível em:
<https://censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?ano=2000&co
digo=&corhomem=88C2E6&cormulher=F9C189&wmaxbarra=180>. Acesso em: 24
maio 2019.
LEITE, A. K. Avaliação do ambiente construído em instituições de longa
permanência para idosos. 2010. 170 f. Tese (Doutorado) - Curso de Design, Ufpe,
Recife, 2010.
LIMA POLLO, S.; ASSIS, M de. Instituição de Longa Permanência para Idosos:
Desafios e alternativas no Município do Rio de Janeiro. Revista Brasileira de
Geriatria e Gerontologia: UNATI. Rio de Janeiro, v.11, n.1 Rio de Janeiro, 2008.
LIMA-COSTA, M. F.; VERAS, R. Saúde pública e envelhecimento. Cadernos de
Saúde Pública, v. 19, n. 3, p.700-701, jun. 2003.
Oliveira RD. Reengenharia do tempo. Rio de Janeiro, p. 148, 2003.
OMS, Organização Mundial da Saúde. Relatório mundial de envelhecimento e
saúde. 2015. Disponível em: <https://sbgg.org.br/wp-content/uploads/2015/10/OMS-
ENVELHECIMENTO-2015-port.pdf>. Acesso em: 16 mar. 2019.
PLANO DIRETOR DE SOLEDADE. Lei nº 3027/2006, de 2006. Soledade/RS, 2006.
PERRACINI, M.R. Planejamento e adaptação do ambiente para pessoas idosas.
In: FREITAS, E. V. De. Tratado de geriatria e Gerontologia. 2. Ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, p. 1142-1151, 2006.
TOMASINI, S L. V. Envelhecimento e planejamento do ambiente construído:
Busca de um enfoque interdisciplinar. Revista Brasileira do Envelhecimento
Humano, 2005. Jan/jun. p. 77-78.
66
VIGLIECCA & ASSOCIADOS. Vila dos Idosos. Disponível em:
<http://www.vigliecca.com.br/pt-BR/projects/elderly-housing>. Acesso em: 10 maio
2019.