excesso de confianÇa no mercado - inovarse.org · 2 o excesso de confianÇa no mercado financeiro...
TRANSCRIPT
EXCESSO DE CONFIANÇA NO
MERCADO
Célio de Assis Tibes
(Univali)
Cleison Minatti
(Univali)
Erick Wulliam
(Univali)
Maurício Leite da Costa
(Univali)
Resumo A pessoa que possui conhecimento sobre o mercado de investimentos,
tem alto poder competitivo no mercado de trabalho. A necessidade
atual das organizações é de buscar junto ao mercado, pessoas que
administrem negociando, não somente com os fornecedores,
concorrentes, clientes, e outros elementos do ambiente externo, mas
também com todos os parceiros que atuam no ambiente interno das
organizações que possuam confiança em suas decisões. Para isso é
importante conhecer o perfil destes investidores, neste estudo o
objetivo central é conhecer melhor o comportamento de investidores
com excesso de confiança, bem como sua evolução. O alcance dos
resultados deste estudo foi através de pesquisa exploratório-descritiva
e abordagem quantitativa com uma população de 768 entrevistados,
tendo retorno de 312 questionários respondidos. Os principais
resultados podem ser definidos a partir de que os investidores tomam
suas decisões por meio de resultados econômicos básicos ou mesmo na
indicação de algum amigo ou parente. Também se conclui que a
poupança seja a forma mais rentável de investimento e em seguida vêm
os títulos de renda fixa.
Palavras-chaves: Palavras-chave: Administração. Investimentos.
Confiança.
12 e 13 de agosto de 2011
ISSN 1984-9354
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
2
1 INTRODUÇÃO
O processo de globalização dos últimos anos, teve como resultado um grande
intercâmbio entre os países, fazendo com que cada vez mais o mercado acionário
venha ocupando importante espaço no cenário financeiro internacional. Seguindo a
tendência internacional, países que estão se desenvolvendo têm como uma
importante ferramenta, abrir suas economias para assim, receber investimentos
externos. Pode-se afirmar que, quanto mais desenvolvida a economia de um país,
mais ativo será seu mercado de capitais.
À medida em que aumenta o nível de poupança, maior é a disponibilidade de
recursos para investir. Toda poupança individual e a poupança das empresas,
formam a principal fonte de financiamento dos investimentos de um país. Esses
investimentos são os motores do desenvolvimento econômico, que por sua vez,
causam aumento na renda e como conseqüência, crescem as poupanças e os
investimentos.
Este estudo tem por objetivo analisar o comportamento de investidores com
excesso de confiança, bem como sua evolução. Conhecendo seu contexto histórico
e fatos que marcaram suas mudanças.
Com a globalização, a comunicação está cada vez mais ágil e precisa. Uma
ferramenta importante para o intercâmbio entre países, e que vem ajudando o
desenvolvimento do mercado acionário. O Brasil já passou e ainda passa por
grandes mudanças, as quais impõem a necessidade de criar oportunidade para o
amadurecimento de um mercado de capitais no país. Todavia, é preciso analisar
vários aspectos que envolvem a criação do clube de investimentos, tais como, a
escolha certa para o momento sem correr riscos (SOLOMON, 2003).
Para Penteado (2003) hoje em dia, o mercado de investimento vêm
crescendo consideravelmente, e um fator que auxilia para tal crescimento são as
vantagens que o excesso de confiança oferece aos investidores, como diversificação
de seus investimentos, análise do mercado escolhido para ser investido,
minimizações dos riscos, maximização dos rendimentos.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
3
2 O EXCESSO DE CONFIANÇA NO MERCADO FINANCEIRO
Destaca Santo (2005) que com o aumento do índice de desemprego,
principalmente nas grandes cidades, onde a concentração de empresas é maior, os
ex-funcionários dessas empresas começaram a criar novos negócios, às vezes
mesmo sem experiência no ramo, utilizando-se do pouco que ainda lhes restou de
economias pessoal, fundo de garantia, etc. Agora denominados investidores de
mercado. Há também aqueles motivados pela economia, a Internet, e que geram
investimentos financeiros com o intuito de se tornarem os novos jovens milionários,
independentes, donos do próprio nariz.
De acordo com Kimura e Basso (2003) Fisher e Statman, (2000), Macedo
(2003), Marcon, Godoi, Barbosa, Pinto (2002), Mirowsky (1995), Santos (2004),
Santos (2005), Teixeira (2002), Osler, Chang (1995), Penteado (2003), Saffi (2003),
Savin, Weller, Zvingelis ( 2006)e Sewell (2007) as atitudes dos investidores também
podem ser influenciadas pelas tentativas de diminuição de sua dissonância
cognitiva. Por exemplo, suponha um investidor que comprou uma determinada ação
em função de uma expectativa de alta extraordinária dos preços da ação. No caso
de queda acentuada do preço da ação, talvez o resultado financeiro para o indivíduo
seja encarado como uma perda pouco considerável, como forma de justificar a
aquisição da ação e diminuir a importância do prejuízo causado pelo investimento.
“Este fato pode estar associado à evidência empírica de os indivíduos postergarem a
realização de prejuízos” (KIMURA, BASSO, 2003. p. 2)
Santos (2004), Santos (2005), Teixeira (2002), Osler, Chang (1995)
descrevem que as demandas por educação e formação investidora não advêm
somente das pessoas que desejam se lançar no mundo dos negócios por conta
própria. Dizem respeito igualmente a todas as áreas das ciências humanas e
administrativas. A tendência é instaurar várias mudanças estruturais, com vistas a
melhorar o apoio à iniciativa financeira comportamental. Os organismos e os
ministérios que oferecem programas de apoio são muitos, mas não podem recrutar
pessoas que realmente conheçam os assuntos e tenham uma formação
suficientemente sólida na matéria.
Halfeld e Torres (2001, p.65) destacam o “surgimento das Finanças
Comportamentais no meio acadêmico remete ao final da década de 70, com a
publicação dos trabalhos de Kahneman e Tverski (1979) sobre o comportamento e o
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
4
processo de tomada de decisões do ser humano em situações de risco”.
Intencionado a compreensão das atitudes do investidor no dia-a-dia do comércio
financeiro, os autores proporcionaram ao estudo situações problemáticas com
inúmeros núcleos de ganhos e perdas, envolvendo riscos de decisão neste estudo,
passou a existir um dos mais respeitáveis conceitos “das Finanças
Comportamentais, a aversões, perda, segundo o qual as pessoas sentem muito
mais a dor da perda que o prazer obtido com um ganho equivalente”. (HALFELD,
TORRES, 2001, p. 3)
Mussa, Trovão, Yang e Famá (2007) desenvolveram um estudo baseado na
ação dos investidores comportamentais com ascendência na psicologia e hipóteses
desde a evolução da teoria em finanças até os atos de investimento, procurando
correlacionar as formas de eficiência de mercado e os modelos adotados pelos
jovens investidores.
Figura 1 – Comportamento do Excesso de Confiança
Fonte: Mussa, Trovão, Yang e Famá (2007, p. 2) De acordo com Kimura e Basso (2003) pesquisas demonstraram que
indivíduos que possuem excesso de confiança acabam gerando problemas como
retorno de investimentos ou erros de investimentos em mercado. Quanto maior for o
risco, mais necessário será o empenho do investidor. Sabe-se que investir no Brasil
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
5
é sempre arriscado devido a volatilidade dos negócios. O risco em qualquer tipo de
investimento deve sempre valer a pena, e para arriscar deve-se sempre estar ciente
deste risco, preparado, e com todos os tipos de informações no sentido de sempre
diminuir estes riscos. A intuição do investidor que possui pouco conhecimento do
ambiente externo é que faz a diferença na hora de decidir.
Segundo Plous (1993), outro problema de julgamento e a tomada de decisão
com excesso de confiança. Já os autores apresentam o conceito de Janis (1982)
documentando pensamentos realizados em grupos que apresentavam excesso de
confiança na nação americana permitindo o desastre histórico de Pearl Harbor na
Segunda Guerra Mundial. De modo equivalente, o excesso de confiança igualmente
equiparado ao lançamento do Challenger (Feynman, 1988). (KIMURA, BASSO,
2003)
Ainda segundo Gitman (2002, p.203) “retorno sobre um investimento é
medido como o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários decorrentes de um
investimento durante um determinado período de tempo”. Todo investimento tem um
retorno, e este retorno pode ser tanto positivo como negativo. Se este retorno for
positivo pode-se dizer que ele teve lucro, mas se este retorno for negativo, diz-se
que ele teve prejuízo. O retorno mesmo sendo positivo, pode ser negativo ou
insuficiente, visto que o investidor poderia ter ganho maior se tivesse investido em
algo mais seguro, por exemplo: se ele aplicar em ações ao invés de caderneta de
poupança e ter um retorno positivo menor que na poupança, qualquer tipo de ação
pode gerar arrependimento.
Kimura e Basso (2003) salientaram em seu estudo que existe também a
questão do arrependimento, o cidadão que investe regularmente em renda fixa, e
com a instabilidade econômica que o mercado está a mercê pode acabar tendo
prejuízos, perdendo valores, gerando a sensação de arrependimento. “Caso o
investimento em renda variável conduza a uma perda de valor, o indivíduo pode
passar pela sensação de arrependimento por não ter mantido sua política de
investimento em renda fixa” . (KIMURA, BASSO, 2003. p. 7) Assim, esta percepção
pode modificar outras aplicações no mercado de renda variável. “As pessoas
tendem, por exemplo, em processos de investimento para aposentadoria, investir
50% em ativos de renda variável e 50% em ativos de renda fixa”. (KIMURA, BASSO,
2003. p. 7) Desta forma, se o mercado de investimentos possuir altas com
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
6
investimento em menor valores a sensação de arrependimento é menor, mas se o
investimento é em áreas de renda fixa os valores aplicados possuem retorno menor
porém com menos risco de perda.
Segundo Gitman (2002, p.200), “a idéia de que o retorno deve crescer à
medida que o risco aumente é fundamental para a economia e administração
moderna”. Os devem entender a importância do risco com relação ao retorno em
suas atividades dentro do mercado. Todas as possibilidades de risco e retorno
devem ser analisadas pelo investidor. Sabe-se que quanto maior o risco, maior a
possibilidade de ganho em um determinado investimento. Mas toda decisão exige
muito trabalho, muita atenção e conhecimento.
De acordo com Ferreira e Yu (2003) a análise de risco de investimentos
abrange conhecimentos relacionados a intermediação financeira ao papel do banco
múltiplo e ao credito em termos de conceito risco e política diante o excesso de
confiança,visando a maior competitividade as estratégias de cada investimento
determinam após os resultados as formas de decisão e de materiais possibilitam
adequando nível de agressividade mercadológica no atendimento das necessidades
de recursos financeiros do mercado mantendo a qualidade da carteira de
investimento. “As mulheres que participaram do experimento tenderam a apresentar
menor excesso de confiança (média de 5,74%) que os homens (média de 19,38%)”.
(FERREIRA, YU, 2003, p. 4)
Um estudo realizado por Solomon (2003) confirma o estudo de Ferreira e Yu
(2003) demonstrando que o consumismo é freqüente entre as mulheres sejam na
aquisição de roupas, carros, eletrodomésticos, mas na área financeira elas não
apresentam tanta segurança, por falta de conhecimento neste segmento. Para que
haja investimento de sucesso, a pessoa deverá analisar em particular o mercado,
linhas de crédito são modalidades com o destino a realizações de transações
comerciais entre empresa e cliente. Com isto bancos, cooperativas, financeiras,
instituições de micro créditos, utilizam os créditos como um importante recurso
estratégico, com a finalidade é alcançar meta da administração financeira e atender
às necessidades e atribuir valor ao patrimônio dos acionistas comuns.
Ferreira e Yu (2003) também analisaram que o gênero não é a única
característica relevante na determinação do nível de excesso de confiança. “Outras
características que se mostraram relevantes foram a idade e o tempo de experiência
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
7
profissional dos participantes”. (FERREIRA; YU, 2003, p. 6). Quando se analisa a
idade dos investidores observa-se de acordo com Ferreira e Yu (2003) que
profissionais com menos de 35 anos são pressupostos a arriscar no mercado
financeiro, o excesso de confiança foi um destaque deste estudo que comprovou
que investidores de mercado nesta faixa etária relevam questões como, taxas e
juros de acordo com o valor do empréstimo, prazo de pagamento, pois, para este
público há facilidade de repor perdas e recuperar prejuízos junto a operações
bancarias e para eles os fatores de risco e retorno orientam as decisões de credito,
enfim a análise indica procedimentos adequados para a gestão destas linhas de
créditos. São viáveis para investidores jovens.
Ferreira e Yu (2003) apresentam dados que mostram ensaios que tornaram
participantes mais confiantes em suas ações. “ A maior confiança nas previsões e o
menor índice de acertos mostram que os profissionais mais experientes apresentam
maior excesso de confiança. As mesmas conclusões podem ser feitas em relação à
idade dos participantes”. (FERREIRA, YU, 2003, p. 7)
Quanto mais experiência possui o investidor de mercado em sua grande
maioria optam pelo crédito para aumentar a planta, capital de giro, pagamento de
dividas, financiamentos para novos ou futuros empreendimentos, parcelamento de
compra de matéria prima. Investidores experientes analisam relatórios empresariais
como Fluxo de caixa, Capital de giro e Investimentos passados, para verificar se há
vantagem ou não em realizar determinados investimentos.
Pinto (2002), Mirowsky (1995), Santos (2004), Santos (2005), Teixeira
(2002), Osler, Chang (1995), Penteado (2003), Saffi (2003), Savin, Weller, Zvingelis (
2006) destacam que para os investidores jovens e com excesso de confiança a linha
de crédito se torna uma boa saída parcelamento de contas, financiamento de
compra de bens como imóveis, veículos, máquinas e equipamentos, reformas de
imóveis e eventuais gastos com saúde, educação e lazer. Estes tipos de investidores
também procuram opções de financiamentos como: Empréstimos emergenciais,
Investimentos, Financiamentos de compras, também sendo ramificados em outros.
Savin, Weller, Zvingelis (2006) em seu trabalho destacaram que quando
pesquisados em quais as principais linhas de crédito são susceptíveis, verificou-se
que eles tem consciência em que financiamentos a longo prazo não são vantajosos,
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
8
porém por serem jovens este caminho pode ser uma boa alternativa de multiplicação
de dividendos, e que pode-se criar possibilidade de ganho para as empresas.
O excesso de confiança normalmente se origina de regras cognitivas
imperfeitas, que falham sistematicamente em situações específicas. Porém, essas
regras podem ser revistas e aprimoradas, dentro de um processo de aprendizagem.
(FERREIRA, YU, 2003, p. 10). Portanto,. Verifica-se que para se ter excesso de
confiança é necessário conhecer o mercado e uma das características que podem
gerar a mesma pode ser a audácia e a facilidade em que os jovens tem em aprender
sobre investimentos, ou seja o poder de absorver e compreender novas
informações. “Assim, como relatam Russo & Schoemaker (1992), uma série de
previsões com respostas rápidas e claras pode criar condições para que as pessoas
afiram melhor suas habilidades.” (FERREIRA; YU, 2003, p. 10)
Segundo Brighan; Houston (1999, p.7), “Possuindo confiança a tarefa da
equipe de finanças é utilizar fundos de modo a maximizar o valor da empresa”. O
mesmo autor ainda afirma que o que faz a empresa crescer é o excesso de
confiança, pois como vendas conseguiria comercializar seu produto caso não
houvesse excesso de confiança nos produtos que possui?, Atualmente o
responsável pela área financeira precisa ter excesso de confiança em suas ações
ele precisa interagir como todos os setores da empresa, e ter conhecimento de tudo
o que movimenta a empresa, e junto com isso, poder discutir em conjunto com
outras áreas, as necessidades de aplicação de recursos, delineando a posição da
empresa no que diz respeito ao futuro da empresa.
Uma possível explicação para esse fato reside no processo de respostas dos
mercados financeiros, que apresenta muitos ruídos. “as condições externas podem
tornar os eventos únicos do ponto de vista do investidor. (FERREIRA; YU, 2003, p.
11).Savin, Weller, Zvingelis (2006) destaca que a globalização das atividades
empresariais faz com que haja sempre mais a procura por bons investidores
financeiros com excesso de confiança e que conheçam tanto do mercado interno
onde estão locados, como também do mercado externo e suas variações. Nos
bancos e instituições financeiras, é quesito indispensável que seus funcionários em
nível de gerencia possuam excesso de confiança e que a concessão de
empréstimos a clientes, bem como o direcionamento dos recursos emprestados,
enquanto os gerentes de agências administram a agência e supervisionam
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
9
programas oferecidos pela instituição financeira a seus clientes. Os consultores
financeiros com excesso de confiança prestam serviços a pessoas físicas e jurídicas
dando aconselhamentos quanto a administração de suas finanças, no que diz
respeito a impostos, investimentos, bens imóveis, seguros, aposentadorias, além de
ajudarem no desenvolvimento de planos financeiros de ampla abrangência e que
satisfaçam objetivos.
Sabe-se que o mercado de capitais vem ganhando maior espaço em revistas,
jornais e televisão, e passou a ter destaque também em função da crise imobiliária
vivida atualmente pelos Estados Unidos. Na economia, para atuar no mercado de
capitais como investidor, é necessário ter confiança, traçar estratégias que sejam
seguras e criativas. Acreditando nisso Ferreira e Yu (2003) verificaram que o
excesso de confiança é importante para o investidor no mercado financeiro, porém a
experiência tem maior valor que o excesso de confiança para as pessoas que
procuram o mercado de investimentos.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 Amostra, Variáveis e Dados
Baseando-se no problema estudado, acerca do tema abordado foi elaborado
o delineamento de pesquisa do tipo exploratório-descritiva e a abordagem
quantitativa.
A confirmação da pesquisa quantitativa foi desenvolvida através da aplicação
de um questionário estruturado. Os dados foram coletados por três integrantes do
grupo, os quais enviaram as pesquisas via e-mail para seus contatos de correio
eletrônico, considerando que faziam parte destes grupos de correspondência
amigos, clientes, colegas de trabalho e alunos, durante o período de março e abril
de 2010. Os indivíduos participantes da pesquisa foram 768 selecionados
aleatoriamente. Destas 768 pesquisas enviadas apenas 312 retornaram respondidas
voluntariamente foi aplicado o questionário com 20 questões, o qual estava
estruturado em três conjuntos de perguntas fechadas (ver Apêndice A), em cuja
construção se considerou a literatura disponível acerca do tema, como se explicita a
seguir.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
10
Dentre as variáveis demográficas. Sexo foi observado que 54% dos
entrevistados eram do sexo masculino e 46% do sexo feminino; Idade para
indivíduos pesquisados apresentou intervalos de 12,4% possuíam até 20 anos, 52%
de 21 a 30 anos, 14% de 31 a 40 anos, 17% de 41 a 50 anos e 13% acima de 51
anos; Estado Civil foi medido pela qualidade de 56% eram solteiros; 10% casados
ou moravam com companheiro (a), 3% eram viúvos (as) e 31% eram separados
(as), divorciados (as) ou desquitados (as). O quesito Grau de Instrução foi medida
pela quantidade total de anos de estudo e pelo nível de instrução formal onde 2%
tinham Ensino Médio Incompleto, 4% tinham Ensino Médio Completo; 5% tinham
Graduação Incompleta; 21% tinham curso de Graduação Concluído, 9% tinham nível
de graduação em Curso Técnico; 58% possuíam curso de Especialização; 1% dos
entrevistados tinham curso de Mestrado e não houve registro durante o processo de
entrevistas de nenhum doutorado entre o público pesquisado.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
11
Ocupação Profissional18; 6%
47; 15%
66; 20%
38; 12%12; 4%
39; 13%
25; 8%
39; 13%
28; 9% ; 0%
Atua na agricultura, na pecuária ou demais atividades campestres Funcionário de empresa comercial ou de prestação de serviçoFuncionário (a) do governo federal, estadual ou municipalProfissional liberalAposentadoFuncionário de empresa industrial ou de construção civilFuncionário de bancos (públicos ou privados) ou outras instituições financeirasSócio ou proprietário de empresaTrabalha em casa ou não tem atividade remuneradaOutros
O fator status ocupacional possibilitou analisar que 6% dos entrevistados
atuam na área de agricultura, pecuária ou atividades campestres, 15% dos
entrevistados são funcionários da área de comércio ou prestação de serviços; 20%
dos entrevistados são funcionários do governo federal, estadual ou municipal; 12%
são profissionais liberais; 4% são aposentados; 13% são funcionários de empresas
industriais ou da construção civil; 8% dos entrevistados eram do segmento bancário
ou instituições financeiras; 13% eram sócios ou proprietários de empresas; 9% dos
entrevistados trabalham em casa ou não tem atividade remunerada. A alternativa
outros não obteve respostas nesta pergunta.
Trabalha ou já trabalhou na área financeira
132; 42%
180; 58%
Sim Não
Percentual de Renda Poupado
200; 63%
89; 29%
15; 5%3; 1%5; 2%
Entre 1% e 10% Entre 10% e 20% Entre 20% e 30% Entre 30% e 50% Entre 50% e 70% Acima de 70%
Observou-se no processo de pesquisa que 42% dos entrevistados já
trabalharam ou trabalham na área financeira; também pode-se perceber que dos
entrevistados 63% dos entrevistados poupam entre 1 e 10% de sua renda mensal;
29% do público pesquisado poupa em média de 10 a 20% de sua renda mensal; 5%
dos entrevistados poupam entre 20 e 30% da renda mensal; 2% poupam entre 50 e
70% da renda mensal e 1% dos entrevistados poupam acima de 70% da renda
mensal.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
12
Formas de investimento
192; 62%30; 10%
42; 13%
32; 10%10; 3% 5; 2% 1; 0%
Poupança Ações Títulos de renda fixa Títulos de renda variável Câmbio Índices Outros
Dentre as formas de investimento mais procuradas observou-se que 62% dos
entrevistados procuram investir na poupança; 10% dos entrevistados investem em
ações; 13% investem em títulos de renda fixa; 10% investem na área de câmbio; 2%
dos entrevistados investem em índices econômicos e um dos entrevistados apontou
que possuem outras formas de investimentos.
Escolha do Investimento
39; 13%
50; 16%
1; 0% 8; 3% 2; 1%
30; 10%
182; 57%
Artigos e informações de revistas e sites especializados Orientações das corretoras e bancosSua própria percepção e intuição Participo de Clube de Investimento Artigos acadêmicos Opinião de amigos e familiaresComportamento de outros investidores
Em relação a decisão sobre os tipos de investimentos 13% dos entrevistados
utilizam artigos e informações de revistas e sites especializados, 16% procuram
orientação de corretoras e bancos; 57% utilizam sua própria percepção e intuição;
10% dos entrevistados participam de clubes de investimentos; um dos entrevistados
se baseia em artigos acadêmicos, 3% dos entrevistados seguem opinião de amigos
e familiares 1% das pessoas pesquisadas observam o comportamento de outros
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
13
investidores.
Alternativas Preferidas - Viagem
189; 61%
123; 39%
5% de chance de GANHAR uma viagem de três semana para a Inglaterra, França e Itália e 95% de chance de NÃO GANHAR nada
10% de chance de GANHAR uma viagem de uma semana para a Inglaterra e 90% de chance de NÃO GANHAR nada
Solicitou-se aos entrevistados escolherem uma das duas alternativas em
relação ao risco de ganhar ou não uma viagem para determinados lugares do
mundo, e observou-se que dentre as chances demonstradas 61% das pessoas
pesquisadas escolheram a opção 5% de chance de GANHAR uma viagem de três
semanas para a Inglaterra, França e Itália e 95% de chance de NÃO GANHAR nada
e 39% dos entrevistados escolheram a alternativa 10% de chance de GANHAR uma
viagem de uma semana para a Inglaterra e 90% de chance de NÃO GANHAR nada.
Riscos e Ganhos
201; 64%
111; 36%
45% de chance de GANHAR $6000 e 55% de chance de GANHAR $0 90% de chance de GANHAR $3000 e 10% de chance de GANHAR $0
Em relação a opção riscos e ganhos observou-se que dentre as
possibilidades de ganhar U$ 6.000 ou U$ 3.000, observou-se que 64% dos
entrevistados preferem ter 45% de chance de GANHAR $6000 e 55% de chance de
GANHAR $0 e 36% das pessoas que participaram da pesquisa preferem 90% de
chance de GANHAR $3000 e 10% de chance de GANHAR $0
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
14
Riscos e Perdas
179; 57%
133; 43%
80% de chance de PERDER $4000 e 20% de chance de PERDER $0 100% de chance de PERDER $3000
Ao analisar o fator perda observa-se que 57% dos entrevistados responderam
que preferem 80% de chance de PERDER $4000 e 20% de chance de PERDER $0
e 43% dos entrevistados responderam que preferem 100% de chance de PERDER
$3000.
Participação em um jogo
95; 30%101; 33%
65; 21%51; 16%
R$1.000,00 em dinheiro 50% de chance de GANHAR R$ 5.000,0025% de chance de GANHAR R$ 10.000,00 5% de chance de GANHAR R$ 100.000,00
Perguntou-se as pessoas envolvidas se elas estivessem participando de um
jogo na TV e pudessem escolher a forma de ganhar, 21% dos entrevistados
disseram que prefeririam ganhar R$1.000,00 em dinheiro; 30% dos entrevistados
responderam que prefeririam 50% de chance de GANHAR R$ 5.000,00; 33% das
pessoas entrevistadas responderam que prefeririam 25% de chance de GANHAR R$
10.000,00 e 16% dos entrevistados responderam que iriam preferir 5% de chance de
GANHAR R$ 100.000,00
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
15
Econômia das Férias18; 6%
79; 25%110; 35%
105; 34%
Cancela as fériasEscolhe uma viagem muito mais modestaFaz o programado, porque você precisa de tempo para se preparar para buscar um novo trabalhoAmplia suas férias, porque esta pode ser sua última chance de viajar na primeira classe
Sugeriu-se aos entrevistados a visualização de uma situação em que eles
economizaram para as "férias dos sonhos", mas, três semanas antes da viagem,
houve a demissão do trabalho de sua empresa qual seria o comportamento dos
mesmos diante desta situação e 6% dos entrevistados cancelariam as férias, 25%
escolheriam uma viagem muito mais modesta; 34% dos entrevistados permanece no
roteiro programado, porque ele precisa de tempo para se preparar para buscar um
novo trabalho e 35% dos entrevistados ampliariam as férias, porque esta pode ser
sua última chance de viajar na primeira classe
R$ para investir
128; 41%
134; 43%
50; 16%
Depositaria na conta corrente bancáriaInvestiria em um título de dívida de alta qualidade ou num fundo de renda fixaInvestiria em ações ou em fundos de ações
Solicitou-se aos entrevistados avaliarem a seguinte situação: “Se você
inesperadamente recebesse R$ 20.000,00 para investir, o que você faria?”, diante
deste acontecimento 41% dos entrevistados depositariam na conta corrente
bancária; 43% dos entrevistados responderam que investiriam em um títulos de
dívida de alta qualidade ou num fundo de renda fixa e 16% dos entrevistados
responderam que investiriam em ações ou em fundos de ações.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
16
Risco no contexto Financeiro
163; 52%
38; 12%
50; 16%
61; 20%
Incerteza Perda Emoção Oportunidade
Quando perguntados sobre o significado ou relação que ele (entrevistado) faz
da palavra "risco" no contexto financeiro observou-se que 52% dos entrevistados
responderam que relaciona a Incerteza; 12% dos entrevistados relaciona risco a
palavra Perda; 16% das pessoas envolvidas na pesquisa relacionam a palavra risco
a Emoção e 20% dos entrevistados relacionam a palavra risco a Oportunidade.
Herança e investimentos
192; 62%30; 10%
42; 13%
48; 15%
Poupança ou fundo de renda fixa Um fundo que possui ações e títulos
Um portfólio de 15 ações Ativos como ouro, prata e petróleo
Supondo-se que um parente tivesse deixado-lhe uma herança de
R$100.000,00, determinando ainda que todo o dinheiro deveria ser investido em
apenas uma das seguintes opções, solicitou-se aos entrevistados escolherem dentre
as alternativas e 62% optaram por Poupança ou fundo de renda fixa; 10% optaram
por fundos que possuam ações e títulos, 13% dos entrevistados escolheram
portfólios de 15 ações e 15% dos entrevistados escolheram ativos como ouro, prata
e petróleo.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
17
Investimento mais atrativo
201; 64%52; 17%
39; 13% 20; 6%
60% em investimentos de baixo risco, 30% em investimentos de risco médio e 10% em investimentos de alto risco
30% em investimentos de baixo risco, 40% em investimentos de risco médio e 30% em investimentos de alto risco
10% em investimentos de baixo risco, 40% em investimentos de risco médio e 50% em investimentos de alto risco
20% em investimentos médios e 80% em investimento de risco alto
Perguntou-se aos entrevistados se eles tivessem R$ 30.000,00 para investir,
qual das seguintes opções de investimento seria mais atrativa e 64% dos
entrevistados disseram que a opção mais atrativa seria 60% em investimentos de
baixo risco, 30% em investimentos de risco médio e 10% em investimentos de alto
risco; 17% dos entrevistados responderam que seria 30% em investimentos de baixo
risco, 40% em investimentos de risco médio e 30% em investimentos de alto risco;
13% das pessoas pesquisadas optariam pela opção 10% em investimentos de baixo
risco, 40% em investimentos de risco médio e 50% em investimentos de alto risco e
6% dos entrevistados responderam que a opção mais atraente seria 20% em
investimentos médios e 80% em investimento de risco alto
Quas empresas você investiria
59; 19%46; 15%7; 2%
58; 19%
8; 3%
1; 0% 29; 9% 2; 1%3; 1%15; 5%
6; 2%
5; 2%42; 13%8; 3%
8; 3%
2; 1%
13; 4%
Petrobrás Usiminas ArcelorMittal Inox Telemar Grendene CPFL Brasil Vale Souza Cruz Universidade Estácio de Sá Ambev Redecard CSNTelefônica Cielo Bunge AlimentosBrasil Telecom Ferbasa
Solicitou-se aos entrevistados analisarem quais das empresas relacionadas
ele iria investir ao ter uma oportunidade e 13% dos entrevistados responderam que
seria a Petrobrás; 2% seria a Usiminas; 3% investiria na ArcelorMittal Inox; 3% dos
entrevistados investiriam na Telemar; 1% dos entrevistados investiriam na
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
18
Grendene; 4% dos entrevistados investiriam na CPFL Brasil; 19% dos entrevistados
investiriam na Vale; 15% na Souza Cruz; 2% dos entrevistados investiriam na
Universidade Estácio de Sá; 19% dos entrevistados investiriam na Ambev; 2% dos
entrevistados investiriam na Redecard; 3% dos entervistados investiriam na CSN;
um dos entrevistados investiria na empresa Telefônica; 5% dos entrevistados
investiriam na empresa Cielo; 9% das pessoas entrevistados investiriam na Bunge
Alimentos. 1% investiria na empresa de telefonia Brasil Telecom e outro 1%
investiriam na empresa Ferbasa.
Fatores relevantes para investimento50; 16%
45; 14%
65; 21%62; 20%
20; 6%
11; 4%
15; 5%
12; 4%
32; 10%
Rentabilidade da empresa Liquidez das ações
Distribuição de dividendos Pulverização de capital (maior quantidade de ON negociadas em bolsa)Preços das ações no mercado Volatilidade dos preços das ações
Tendências do setor que a empresa pertence Perspectiva de crescimento da empresaRelações com o investidor
Finalizando o processo de coleta de dados entre os entrevistados perguntou-
se as pessoas quais os fatores relevantes os levariam a investir em ações de uma
dada empresa e de acordo com 16% das pessoas é a Rentabilidade da empresa;
14% das pessoas responderam que é a Liquidez das ações; 21% dos entrevistados
responderam que é a Distribuição de dividendos; 4% dos entrevistados responderam
que é a Pulverização de capital (maior quantidade de ON negociadas em bolsa);
20% dos entrevistados responderam que são os Preços das ações no mercado; 6%
das pessoas pesquisadas responderam que é a Volatilidade dos preços das ações;
4% dos entrevistados responderam que são as Tendências do setor que a empresa
pertence; 10% dos entrevistados responderam que são as perspectiva de
crescimento da empresa e 15,5% dos entrevistados responderam que são as
Relações com o investidor.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
19
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Através da realização deste estudo pode-se observar que investir é fazer um
desembolso visando gerar um fluxo de benefícios futuros durante um período de
tempo, ao se tomar uma decisão de fazer um investimento, espera-se que o retorno
seja suficiente para cobrir a melhor alternativa já existente para o capital.
Para explicar e prever as decisões é necessário que se desenvolva um
modelo teórico mínimo, que eleva o nível de informação (conhecimento) a respeito
de todas as implicações desejáveis quanto indesejáveis, para diminuir o nível de
risco, que é o fundamento do projeto de investimento, e este, uma simulação da
decisão de investir. Os projetos de investimento, geralmente conseguem apenas
melhorar a tomada de decisão, diminuindo o nível de incerteza.
A análise geral da pesquisa em relação aos projetos de investimento
observou-se que diante as respostas dos entrevistados formula-se um conjunto de
procedimentos dentre diversas formas utilizadas para avaliação e comparação das
melhores propostas para investimento alternativas onde muitos são fundamentados
em princípios econômicos básicos ou mesmo na indicação de algum amigo ou
parente.
Em relação aos resultados da pesquisa observou-se que a maior parte dos
entrevistados ainda acreditam que a poupança seja a forma mais rentável de
investimento, em seguida vem os títulos de renda fixa. Observou-se também que
estes investidores em sua maioria seguem a sua intuição e opinião em relação ao
mercado.
Diante das respostas analisadas a decisão de fazer um investimento é parte
de um processo que envolve a geração e a avaliação das diversas alternativas que
atendam às especificações técnicas dos investimentos.
Assim, quando as alternativas variáveis tecnicamente estão relacionadas,
pesquisa-se através dos métodos demonstrados e de uma comparação entre essas
alternativas de investimentos, quais são mais atrativas financeiramente.
Através desta pesquisa de campo realizada foi possível aumentar de forma
considerável a nossa educação financeira. Diante do que pode ser analisado o maior
desafio para construir uma estrutura financeira fortalecida no consumismo presente
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
20
do universo jovem. Para os jovens, principalmente, pensar em poupar ou investir
determinada quantia mensalmente, é um desafio muitas vezes insuportável. Uma
boa maneira de superar as tentações naturais é assumir os compromissos com eles
mesmos.
O setor imobiliário pode ser um grande investimento, mas como qualquer
investimento tem seus riscos, a depreciação é um fator de grande impacto, os
modismos quanto à plantas e acabamentos influenciam muito no valor do imóvel.
Investir em grandes terrenos nas periferias foi um ótimo negócio até a década de 90.
As principais cidades já cresceram e esses investidores tiveram um grande retorno.
O investimento em bolsa de valores com certeza é o que pode proporcionar
um retorno maior. Mas, para esse tipo de investimento temos que ter o compromisso
de investir a longo prazo. Um grande erro é comprar as ações na alta e vender na
baixa, o certo é saber comprar e vender no período correto, sem pressa e investir
em mais de três ações, colocar todos os ovos em poucas cestas é um grande risco,
as cestas caem, e os ovos se quebram.
Um dos entrevistados respondeu que as ações podem ser um excelente
investimento a longo prazo, para isso, basta acreditar que o mundo vai se
desenvolver bastante nas próximas décadas, comprar ações é uma excelente
estratégia. “São uma aposta no aumento da produtividade de nossa civilização.
Vivemos uma grande revolução no Brasil e no mundo, nos últimos setenta anos.
Quando nossos olhos examinam apenas a curto prazo, costumamos ser muito
exigentes. Entretanto, basta olharmos para o passado distante para vermos o
desenvolvimento da humanidade e que ela continua a passos largos”.
De acordo com esta resposta esse participante da pesquisa sabe que ao
quando comprar uma ação a pessoa torna-se sócio do crescimento dessa empresa.
Se as indústrias aumentarem a produtividade, se os consumidores incrementarem
seu poder de compra, o investidor será o grande beneficiário disso.
Observando a última pergunta feita aos entrevistados os investidores sempre
procuram a rentabilidade embora seja um excelente investimento a logo prazo, as
ações carregam um grande risco a curto prazo. Os preços das ações apresentam
grande instabilidade no dia-a-dia. Isto é chamado de volatilidade. Os riscos
diminuem quanto maior o horizonte de tempo.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
21
Assim como nossas vidas, não há investimentos sem riscos. O segredo está
em conviver com eles, balanceando as recompensas oferecidas pelas diversas
aplicações com a possibilidade de perder em cada uma. Se recebermos exatamente
o que esperávamos de uma aplicação financeira, estamos trabalhando livre de risco.
Entretanto, todos os investimentos trazem surpresas decorrentes de eventos
inesperados.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, C. F.; YU, A. S. O. Todos acima da média: excesso de confiança em profissionais de finanças. Revista de Administração, São Paulo, v. 38, n. 2, p. 101-111, abr./maio/jun. 2003.
FISHER, K. L., & Statman, M. (2000). Cognitive biases in market forecasts: the frailty of forecasting. Journal of Portfolio Management, 27(1), 72-81.
FONSECA, C. F., & Yu, A. S. O. (2003). Todos acima da média: excesso de confiança em profissionais de finanças. Revista de Administração, 38(2), 101-111.
GITMAN, Lawrence J. Princípios de Administração Financeira. 7ª Ed. São Paulo – Editora: Harbra Ltda, 2002.
HALFELD, M.; TORRES, F.F.L. Finanças comportamentais: aplicações no contexto brasileiro. Revista de administração de empresas, São Paulo, v.41, n.2, p. 64-71, 2001.
KIMURA, H.; BASSO, L. F. C. Finanças Comportamentais: investigação do comportamento decisório dos agentes brasileiros. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM ADMINISTRAÇÃO, 27, 2003, Atibaia. Anais do XXVII ENANPAD. Atibaia/SP: ANPAD, 2003. 1 CD.
MACEDO, J. S. M., Jr. (2003). Teoria do prospecto: uma investigação utilizando simulação de investimentos. Tese de doutorado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC, Brasil.
MARCON, R., Godoi, C. K., Barbosa, A., & Pinto, C. R. (2002, outubro). Análise do sentimento de aversão à perda em finanças comportamentais e na teoria psicanalítica. Anais do Congresso Latino Americano de Escolas de Administração, Porto Alegre, RS, 37.
MIROWSKY, J. (1995). Age and sense of control. Social Psychology Quarterly, 58(1), 31-43.
VII CONGRESSO NACIONAL DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO 12 e 13 de agosto de 2011
22
MUSSA, Adriano YANG Edward, TROVÃO Ricardo e FAMÁ Rubens Hipótese de Mercados Eficientes e Finanças Comportamentais – as Discussões Persistem VII Simpósio em Excelência de Gestão e Tecnologia ENANPAD. Atibaia/SP: ANPAD 2007
OSLER, C. L.; CHANG; P. H. K. Head and shoulders: not just a flaky pattern. Federal Reserve Bank of New York, New York, 1995. Disponível em: <http://www.newyorkfed.org>. Acesso em: 25 de março de 2010
PENTEADO, M. A. B. Uma avaliação estatística da Análise Gráfica no mercado de ações brasileiro à luz da Teoria dos Mercados Eficientes e das Finanças Comportamentais. 2003. Dissertação de Mestrado em Administração. FEA/USP, São Paulo.
SAFFI, P. A. C. Análise técnica: sorte ou realidade? 2003. Dissertação de Mestrado em Economia – FGV/RJ, Rio de Janeiro.
SANTOS, A. T. (2004). Controle percebido, senso de auto-eficácia e satisfação com a vida : um estudo comparativo entre homens e mulheres pertencentes a três grupos de idade. Dissertação de mestrado, Universidade de Campinas, Campinas, SP, Brasil.
SANTOS, A. T. (2005). Controle percebido: um estudo comparativo entre homens e mulheres. Revista Brasileira de Terapias Cognitivas, 1(1), 91-100.
SAVIN, G.; WELLER, P.; ZVINGELIS, J. The predictive power of “head-andshoulders” price patterns in the U.S. Stock Market. Journal of Finance Econometrics. [S.L.], n. 5, n. 2, p. 243-265. 2006.
SELDER, G. C. Psycology of the stock market: human impulses lead to speculative disasters. New York: Ticker Publishing Company, 1912.
SEWELL, M. Behavioural Finance. London: University Collegge London, 2007. Disponível em: <www.behaviouralfinance.net>. Acesso em: 10 de março de 2010..
SOLOMON, M. Comportamento do Consumidor. São Paulo 2003.
TEIXEIRA, M. B. (2002). Empoderamento de idosos em grupos direcionados à promoção da saúde. Dissertação de mestrado, Fundação Oswaldo Cruz, Escola Nacional de Saúde Pública, Rio de Janeiro, RJ, Brasil.