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EXAMES IMAGINOLÓGICOS DA ATM E AS PATOLOGIAS RELACIONADAS EXAMS imaging OF ATM AND RELATED PATHOLOGIES Agleise Daiéli Gomes 1 ; Ligia Aracema Borsato 2 1 Pós-graduanda do Curso de Radiologia Odontológica e Imaginologia da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba- PR). 2 Profª MSc e Orientadora do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba-PR). Endereço para correspondência: Agleise Daieli Gomes: [email protected] ———————————————————————————————————————— RESUMO: o Por meio de uma revisão sistemática de literatura, este trabalho tem como objetivo analisar a evolução da Imaginologia na Odontologia que propiciou uma série de vantagens para o diagnóstico e elaboração de planos de tratamento em diversas especialidades e relembrar as diversas patologias que podem acometer a articulação temporomandibular (ATM). Exames como ressonância magnética, tomografia volumétrica Cone Beam, bem como métodos de reconstrução em 3D, permitiram analisar de forma precisa estruturas orofaciais. Diante desse fato, a realização de estudos clínicos, pode-se avaliar os efeitos do tratamento sobre a articulação temporomandibular. Palavras-chave: articulação temporomandibular; tomografia computadorizada; ressonância magnética; radiografia transcraniana. ———————————————————————————————————————— ABSTRACT: Through a systematic literature review, this paper aims to analyze the evolution of Imaging in Dentistry which provided a number of advantages for the diagnosis and development of treatment plans in various specialties and recall the various pathologies that can affect the temporomandibular joint (ATM). Tests such as MRI volumetric cone-beam tomography and 3D reconstruction methods, allowed a precise analysis of orofacial structures. Allied to this fact, with the completion of clinical studies, one can evaluate the effects of treatment on the temporomandibular joint. Key words: temporamandibular joint; computed tomography; magnetic ressonance; transcranial radiography. ————————————————————————————————————————

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EXAMES IMAGINOLÓGICOS DA ATM E AS PATOLOGIAS RELACI ONADAS EXAMS imaging OF ATM AND RELATED PATHOLOGIES

Agleise Daiéli Gomes1; Ligia Aracema Borsato2

1 Pós-graduanda do Curso de Radiologia Odontológica e Imaginologia da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba- PR). 2 Profª MSc e Orientadora do Curso de Especialização em Radiologia Odontológica e Imaginologia da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba-PR). Endereço para correspondência: Agleise Daieli Gomes: [email protected] ———————————————————————————————————————— RESUMO:

Po Por meio de uma revisão sistemática de literatura, este trabalho tem como objetivo analisar a evolução da Imaginologia na Odontologia que propiciou uma série de vantagens para o diagnóstico e elaboração de planos de tratamento em diversas especialidades e relembrar as diversas patologias que podem acometer a articulação temporomandibular (ATM). Exames como ressonância magnética, tomografia volumétrica Cone Beam, bem como métodos de reconstrução em 3D, permitiram analisar de forma precisa estruturas orofaciais. Diante desse fato, a realização de estudos clínicos, pode-se avaliar os efeitos do tratamento sobre a articulação temporomandibular. Palavras-chave: articulação temporomandibular; tomografia computadorizada; ressonância magnética; radiografia transcraniana. ———————————————————————————————————————— ABSTRACT: Through a systematic literature review, this paper aims to analyze the evolution of Imaging in Dentistry which provided a number of advantages for the diagnosis and development of treatment plans in various specialties and recall the various pathologies that can affect the temporomandibular joint (ATM). Tests such as MRI volumetric cone-beam tomography and 3D reconstruction methods, allowed a precise analysis of orofacial structures. Allied to this fact, with the completion of clinical studies, one can evaluate the effects of treatment on the temporomandibular joint. Key words: t emporamandibular joint; computed tomography; magnetic ressonance; transcranial radiography. ————————————————————————————————————————

1

1.INTRODUÇÃO

De acordo com a Academia

Americana de Dor Orofacial, a

disfunção temporomandibular (DTM) é

definida como um termo coletivo que

engloba um grande número de

problemas clínicos, os quais afetam os

músculos mastigatórios, a articulação

temporomandibular (ATM) e estruturas

associadas. A DTM é considerada

como uma subclassificação das

disfunções musculoesqueléticas e

tipicamente apresentam um curso

recorrente ou crônico, com substancial

flutuação de seus sinais e sintomas ao

longo do tempo8.

Desarranjos internos da Articulação

Temporomandibular (ATM) acontecem

quando há um relacionamento

anatômico anormal entre disco,

cabeça da mandibula e eminência

articular. Durante os anos 80 tornou-se

evidente que a etiologia das

Desordens Temporomandibulares

(DTMs) era multifatorial e complexa, e

que nenhuma das teorias etiológicas

como fatores oclusais, hábitos

parafuncionais, trauma, alterações

sistêmicas, fatores psicológicos ou

emocionais, poderiam isoladamente

esclarecer o desenvolvimento dos

problemas6.

Assim quando vários fatores

etiológicos estão presentes, com

intensidades suficientes, o risco de

desenvolver um quadro

sintomatológico aumenta. As DTMs

têm interpretação muito ampla e

descrevem uma população geral de

pacientes sofrendo de disfunção dos

músculos e articulações da mandíbula.

Os principais sintomas da DTM são:

dor na ATM, cefaléia, dor articular, dor

facial, limitação funcional, dor cervical,

cansaço, limitação de abertura da

boca, dor durante a mastigação,

zumbido, dor na mandíbula dentre

outros. É imperativo diagnosticar

definitivamente o fator causal

específico, de modo a tratar

efetivamente o paciente9.

O tratamento constitui-se numa

abordagem interdisciplinar, na qual o

cirurgião-dentista,

otorrinolaringologista, neurologista e

reumatologista podem avaliar e tratar o

caso. Tem como pilar fundamental o

diagnóstico das causas que

provocaram o seu aparecimento, com

base no exame clínico e nos exames

complementares. Dentro do enfoque

odontológico destacam-se: aparelhos

interoclusais miorrelaxantes e

2

reposicionadores; manobras para

reencaixar a articulação

temporomandibular e liberar a

musculatura contraída; infiltração com

anestésico para diagnóstico diferencial

em neuropatias, antiinflamatório para

as ATMs com dor persistente; e ajuste

oclusal para seletos casos de grandes

discrepâncias e interferências durante

a mastigação e durante a função

mandibular, sendo esses fatores,

forma de tratamentos conservativos ou

não cirúrgicos. Quando esses fatores

são ineficazes torna-se necessário a

abordagem cirúrgica3.

as diretrizes para a prática clínica e

reconhecimento imaginológico das

DTM, por meio da revisão de literatura

temos como objetivo relembrar e

descrever a anatomia da ATM,

relacionar os exames imaginológicos

utilizados para ATM com as principais

disfunções, facilitando o diagnóstico e

posterior tratamento.

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Anatomia relacionada

A ATM é uma diartrose, em que

os componentes ósseos envolvidos

são a fossa articular (cavidade

glenóide ou cavidade articular) que faz

parte da porção escamosa do osso

temporal, a eminência ou tubérculo

articular e a cabeça da mandíbula. A

cavidade articular fica anterior ao

meato acústico externo, sendo limitada

anteriormente pela vertente posterior

do tubérculo articular e,

posteriormente, pela parede timpânica

ou pós-glenóide. O teto é formada por

uma lâmina óssea fina (mais ou

menos 1mm) que a separa dos lobos

temporais (em traumatismos violentos

pode ocorrer perfuração e atingir a

cavidade cerebral)1.

A eminência articular é formada

por duas paredes ou vertentes:

anterior (mais rasa) e posterior (mais

íngreme com variações mais ou

menos acentuadas). A união dessas

duas vertentes forma a crista articular5.

A cabeça da mandíbula tem

morfologia muito variada, sendo, no

entanto, convexa em todos os planos.

Vistos frontalmente notam-se duas

proeminências nas suas extremidades:

pólo medial e pólo lateral. Entre os

dois pólos apresenta uma ligeira

côncavidade (fóvea pterigóide), onde

se inserem as fibras do músculo

pterigóideo lateral inferior e parte do

superior8.

3

A superfície funcional da articulação

corresponde a parte anterior do teto da

fossa articular, vertente posterior do

tubérculo até a crista, e face superior e

anterior da cabeça da mandíbula,

estando essas revestidas por tecido

fibroso denso que as protegem dos

atritos durante os movimentos

mandibulares1.

Os ligamentos constituem-se em

três que suportam a ATM: o ligamento

colateral, o ligamento capsular e o

ligamento temporomandibular. Existem

também dois ligamentos acessórios: o

esfenomandibular e o

estilomandibular16. A cápsula articular

é uma membrana fina, resistente e

que recobre toda a articulação

inserindo-se superiormente ao longo

de toda a circunferência da fossa

mandibular e tubérculo articular e

inferiormente ao longo do colo do

côndilo no nível da fóvea pterigóide15.

Sua camada externa é formada por

tecido conjuntivo rico em fibras de

colágeno. A camada interna é

revestida por células endoteliais

específicas que formam a estrutura da

membrana sinovial. Os tecidos

sinoviais ricamente vascularizados e

inervados, segregam o liquido sinovial

e fornecem nutrientes e capacidade

imunológica aos tecidos intra-

articulares16.

Já o ligamento lateral é composto

por camada superficial em forma de

leque e orientado obliquamente para

baixo e para trás e outro mais

profundo em direção mais horizontal.

Pela sua orientação, limita os

movimentos do complexo disco-

cabeça da mandíbula. As fibras mais

superficiais impedem o abaixamento

excessivo da cabeça da mandíbula

limitando assim a abertura excessiva

da boca13. As fibras mais profundas

limitam o movimento posterior da

cabeça da mandíbula e do disco. Os

ligamentos colaterais formados por

fibras de colágenos entre as

extremidades laterais do disco não

tem capacidade de estiramento e

atuam limitando os movimentos do

disco em relação à cabeça da

mandibula8.

Estrutura cartilaginosa, fina e

oval de estrutura bicôncava flexível,

formado por tecido conjuntivo fibroso

denso, situada entre a cabeça da

mandíbula e a fossa articular constitui-

se o disco articular dividindo o espaço

articular em dois compartimentos,

superior e inferior. Em condições de

normalidade, estes compartimentos

não se comunicam11.Está ligada em

4

toda sua circunferência a cápsula

articular. Sua espessura não é

uniforme em toda sua extensão, sendo

suas extremidades mais espessas que

o centro, bem inervada e

vascularizada em sua periferia.

Durante os movimentos mandibulares

é mantida em posição pela ação

conjunta das fibras superiores das

fibras pterigóideo lateral, banda

bilaminar e ligamentos colaterais. A

zona bilaminar situa-se entre a

extremidade posterior do disco, a

cápsula e parede timpânica, e dá ao

disco uma capacidade de se mover

funcionalmente para anterior com

considerável liberdade, funcionando

como antagonista do feixe superior do

músculo pterigóideo lateral.6

Os músculos ainda constituem-se:

temporal, masseter, pterigóideo lateral,

pterigóideo medial, supra-hióideos e

infra-hióideos. Todos esses músculos

participam dos movimentos da

articulação temporo-mandibular, sendo

o temporal, masseter e o pterigóideo

medial responsáveis pelo fechamento

da boca, e os pterigóideo lateral,

supra-hióideos e Infra-hióideos

responsáveis pela abertura bucal6.

Fig. 1 - (1) Disco Articular; (2) Eminência

Articular ou cavidade articular; (3)

Compartimento Supradiscal; (4) Cabeça

Mandíbula; (5) Cartilagem Articular; (6)

Compartimento Infradiscal; (7) Cápsula

Articular;

(8) Coxim Retro discal; (9)Meato Acústico

Externo; (10)Músculo Pterigoideo Lateral

feixe

interno; (11) Tendão do Músculo Temporal.

Fonte - Figura extraída da pagina

www.fosjc.unsp.br/

anatomia/atm/ATM2.htm

Fig 2 - Musculatura responsável pelos

movimentos da articulação.

Fonte - Figura extraída da pagina de internet

http://www.miologia.hpg.com.br/atm2.jpg

5

2.2 Exames Imaginológicos

A evolução da Imaginologia na

Odontologia propiciou uma série de

vantagens para o diagnóstico e

elaboração de planos de tratamento

em diversas especialidades. Várias

técnicas de imagem para a ATM têm

sido discutidas, focalizando suas

indicações e limitações19.

O exame radiográfico é fundamental

no exame clínico da ATM, estando a

cada dia mais sofisticados, como a

artrografia, tomografia

computadorizada, tomografia helicoidal

e ressonância magnética. Entretanto

os métodos radiográficos

convencionais também podem ser

úteis na avaliação das ATMs. As

radiografias convencionais mais

utilizadas pelos clínicos são as laterais

transcranianas e laterais transfaciais

preconizadas e descritas . Estes

métodos são menos onerosos e,

também, podem ser utilizados na

maioria dos ambulatórios de cirurgia

bucomaxilofacial com a utilização de

contrastes para a verificação do disco

articular12.

A ressonância magnética (RMN) e a

tomografia computadorizada (TC) são

métodos com maior acurácia

diagnóstica em comparação à

radiologia convencional, em virtude da

maior resolução anatômica que

proporcionam. A TC é o método ideal

para a avaliação das estruturas

ósseas, ao passo que a RM possibilita

o estudo de partes moles, incluindo o

disco intra-articular. Os dois métodos

frequentemente se completam no

estudo das anormalidades das ATMs,

constituindo-se em importantes

instrumentos no diagnóstico diferencial

das diversas doenças dessa região.11

2.2.1 Tomografia computadorizada

(TC)

A evolução da Imaginologia na

Odontologia vem disponibilizando, por

meio das tomografias, diagnósticos

precisos, com grande confiabilidade e

análise das estruturas em três

dimensões. Juntamente com softwares

específicos para tomografias, que

permitem a realização de

mensurações nos cortes tomográficos

realizados, surge uma nova

possibilidade de metodologia de

avaliação das inclinações e

angulações dentárias e remodelações

ósseas, com uma reprodução fiel das

estruturas. Dessa forma, a imagem

traz grande contribuição para o

diagnóstico final e avaliação

6

terapêutica.17

Apesar do uso da radiação ionizante,

a tomografia computadorizada (TC)

pode fornecer informações importantes

quando se necessita de detalhes de

toda a anatomia óssea. Apresenta,

adicionalmente, a vantagem das

reconstruções tridimensionais, que são

úteis na avaliação das deformidades

ósseas4.

Os exames com a tomografia

computadorizada permitem a

reconstrução de áreas anatômicas e a

visualização em três dimensões,

revelando informações sobre tamanho,

forma e textura da área analisada. O

tomógrafo captura, por meio de

radiação imagens do corpo em

fatias e as transfere para um software

específico. A Tomografia

Computadorizada Cone Beam, por ser

um exame preciso, vem contribuir

cientificamente para investigações das

remodelações na região da ATM

mediante o uso de aparelhos

ortopédicos11.

A TC é o exame de escolha para

avaliar as estruturas ósseas da ATM,

principalmente para o diagnóstico de

fraturas, deformações articulares,

anquiloses e tumores. Não há

superposição de qualquer outra

estrutura, permitindo a avaliação da

qualidade e densidade óssea. Já a

tomografia volumétrica de feixes

cônicos (Cone Beam) permite a

visualização de estruturas de

dimensões reduzidas com um mínimo

de exposição à radiação para o

paciente e menor tempo operacional.

Essa modalidade de imagem tem

emprego diverso, auxiliando no

diagnóstico e elaboração do plano de

tratamento em diferentes

especialidades odontológicas. A

tomografia Cone Beam é de relevante

importância no diagnóstico,

localização e reconstrução de imagens

tomográficas com excelente precisão,

auxiliando nas decisões terapêuticas18.

A utilização de exames de imagem

— TC, tomografia volumétrica Cone

Beam e RM — não é somente para a

avaliação da parte oclusal, mas

também para estruturas adjacentes,

permite a análise de estruturas como

côndilo e fossa glenoide,

possibilitando, assim, avaliar a

remodelação nessa região após o

tratamento com aparelhos ortopédicos

tende a se tornar uma ferramenta

bastante útil. Através da reconstrução

3D das superfícies do côndilo e suas

sobreposições, visualizações

7

detalhadas de mecanismos

adaptativos e sua avaliação não

invasiva podem tornar-se possíveis na

rotina clínica ortodôntica 5. Através

dessas modalidades de exames,

aliadas ao conhecimento científico, o

diagnóstico e a decisão terapêutica

podem ser pautados e baseados em

evidências, de modo a propiciar-se o

tratamento mais adequado e seguro

para o paciente18.

2.2.2 Radiografia transcraniana

A utilização da radiografia

transcraniana convencional tem limites

devido à sua realização em apenas

um plano, além da ocorrência de

distorções radiográficas. É um exame

radiológico valioso por ser acessível

em muitos serviços públicos, e apesar

de apresentar algumas deficiências

permite uma boa visualização do

côndilo mandibular e do tubérculo

articular2.

O exame radiográfico transcraniano,

quando comparado com os demais

exames da ATM, pode ser considerado

de grande valor no exame de

alterações da excursão condilar e

degenerações articulares15.

A técnica radiográfica transcraniana

lateral oblíqua é uma das mais

utilizadas para a observação das

estruturas ósseas que compõem essa

articulação e do posicionamento do

côndilo em relação à fossa. A

interpretação das estruturas da ATM

pode deixar dúvidas, devido à

sobreposição de estruturas densas

adjacentes e, portanto, espera-se, por

parte do profissional, um amplo

conhecimento anátomo-radiográfico

dessa região. Com vista à

pesquisa de alterações degenerativas

e à estimativa da excursão condilar.

Trata-se da incidência radiográfica de

que mais dados pode-se obter na

avaliação da ATM, sendo superada

apenas pela tomografia linear2.

Vários autores estudaram as técnicas

radiográficas transcranianas e

procuraram estabelecer protocolos de

exames para complementar o

diagnóstico e documentar os casos

clínicos. Algumas vezes, para se

conseguir uma boa imagem dessa

região, há a necessidade de se optar

pela associação de duas ou mais

técnicas; mesmo assim, essa

associação pode ser de pouca valia

devido ao desconhecimento do que

cada uma dessas técnicas pode

oferecer de vantagem para a análise

de determinados aspectos da ATM3.

8

Com o advento dos cefalostatos

produzindo uma imagem mais próxima

do real e permitindo uma melhor

avaliação do posicionamento condilar,

talvez ocorra uma maior confiabilidade

na análise e mensuração dos espaços

articulares, oferecendo mais dados

para o diagnóstico e tratamento das

disfunções da ATM, o que nos leva a

sugerir um estudo sobre as condições

de mensuração do espaço articular12.

2.2.3 A imagem da atm por

ressonância magnética.

A ressonância magnetica é o exame

de eleição para o estudo da ATM

quando se deseja pesquisar

anormalidades de tecidos moles. É o

único exame que possibilita a

visualização do disco articular e

tecidos moles circunjacentes.

Informações a respeito do contorno

ósseo cortical também são obtidas por

meio do exame de RM. Além disso,

anormalidades na intimidade da

medula óssea da cabeça da

mandíbula também podem ser

evidenciadas. É uma técnica não-

invasiva que, apesar do custo elevado,

fornece uma série de informações

referentes às estruturas intra-

articulares, em diversos planos19.

Os protocolos utilizados para a

obtenção das sequências de imagens

da ATM ponderadas em T1 (sagitais,

em boca fechada e aberta, com cortes

de 2 mm de espessura) e em

densidade de prótons (coronais, em

boca fechada, com cortes de 2 mm de

espessura) estão descritos na Tabela

1 (adaptado de Katzberg e

Westesson11). As sequências de

imagens ponderadas em T1 são

utilizadas rotineiramente, fornecendo

excelente detalhamento anatômico. As

sequências de imagens ponderadas

em densidade de prótons também

fazem parte do protocolo de rotina,

uma vez que apresentam boa

resolução espacial nas lesões do disco

articular, além de ser excelente opção

na individualização dos deslocamentos

discais lateral e medial. As imagens

ponderadas em T2, no entanto,

fornecem pobre detalhe anatômico,

sendo indicadas quando se deseja

acentuar a efusão articular e o edema

na medula óssea. A aquisição

adicional das seqüências de imagens

ponderadas em T2 é realizada em

pequeno número de situações clínicas,

como em casos pós-traumatismo ou

tumefação na região periauricular11.

Apesar de as imagens ponderadas

em T2 permitirem uma melhor

9

apreciação do estado do disco articular

e da presença de líquido intra-articular

ou de aderências, estas informações

têm hoje pequeno valor no momento

da decisão terapêutica.

Um exame de RM da ATM normal

demonstra o disco articular como uma

estrutura de intensidade de sinal

baixa, situado entre o côndilo e a fossa

articular, normalmente descrito em

forma de "gravata borboleta" (Figura

4). O disco articular, em imagens

ponderadas em T1, aparece em

hipossinal, o que é explicado pela sua

riqueza em proteoglicanas. A forma de

"gravata borboleta" não é identificada

sempre, em razão do efeito de volume

parcial, cortes oblíquos, espessura do

corte e tamanho e morfologia do disco.

A combinação das seqüências em

posição de boca aberta e boca

fechada, porém, sempre auxilia na

diferenciação da posição do disco

normal e anormal9.

Existem situações em que se

observa uma pequena área de sinal

intenso no interior da banda posterior

do disco. O aumento de sinal é

decorrente de depósitos de mucina na

região do tecido discal. Esta alteração

pode ser vista tanto em articulações

normais quanto em anormais11.

O tecido retrodiscal é uma estrutura

fina, possuindo intensidade de sinal

homogênea intermediária na posição

de boca fechada. Em alguns casos, o

tecido não pode ser identificado

claramente em razão da justaposição

deste com o complexo fibrocartilagem,

camada sinovial, osso cortical da fossa

articular e do côndilo9.

Na posição de boca aberta, o tecido

retrodiscal se expande para baixo da

10

concavidade da fossa articular e pode

demonstrar intensidade de sinal

heterogênea. A heterogeneidade

ocorre em razão do fluxo de sangue

para dentro desta região durante a

abertura da boca14.

A inserção do feixe superior do

músculo pterigóideo lateral é

freqüentemente demonstrada através

de imagem por RM como uma

estrutura em hipossinal, que se insere

no aspecto ântero-medial do disco e

côndilo. Os dois feixes do músculo

pterigóideo lateral aparecem

normalmente separados por uma

região adiposa, triangular, de sinal

intenso21.

A fibrocartilagem que recobre a fossa

articular e a eminência articular

aparece com sinal de intensidade

intermediária, separando o sinal de

baixa intensidade do córtex do osso

temporal, do disco articular. Esta

camada de tecido que recobre o

côndilo nem sempre é aparente. Existe

uma tendência errônea de assumir

que a pequena intensidade de sinal do

córtex do côndilo se articula

diretamente com o tecido discal. Esta

camada se torna mais evidente

quando o disco deslocado está

acompanhado de remodelação

condilar significativa9.

Com a melhora na qualidade das

imagens por RM, a cápsula articular

freqüentemente é bem visualizada nas

imagens coronais. Em articulações

normais, a cápsula é vista como uma

linha escura, relativamente plana e

fina, localizada lateralmente ao

côndilo. Em articulações com

deslocamentos laterais do disco, é

comum observar o seu espessamento.

Em pacientes com edema e dor na

região articular, imagens ponderadas

em T2, no plano coronal, têm

mostrado aumento de fluido na

cápsula articular, sugestivo de edema

capsular. Todas estas observações

são sugestivas de capsulite11.

Nos diferentes tipos de

deslocamentos, o disco se apresenta

com a mesma intensidade de sinal

descrita acima. A diferença é o seu

posicionamento (Figuras 5 e 6). Uma

série de alterações na configuração do

disco também pode ser encontrada em

pacientes com diafunção intra-articular

da ATM. Em geral, o primeiro estágio

de deformação é o espessamento da

banda posterior do disco articular

(Figura 7). A etapa seguinte é quando

a banda posterior aumenta em

espessura e em comprimento ântero-

11

posterior, resultando em uma forma

biconvexa. Com a posição de boca

aberta, a configuração é arredondada.

Uma configuração sigmóide também é

possível de ser observada14.

Os deslocamentos mediais ou laterais

do disco articular são identificados

melhor no plano coronal5 (Figura 8).

Nas articulações com deslocamentos

crônicos e deformações de disco, é

comum encontrar alterações em tecido

ósseo, que podem ser vistas não

somente no contorno das superfícies

articulares, como também na

12

intensidade do sinal da medula óssea

adjacente. As alterações medulares

são comumente associadas as

disfunções intra-articular crônicos e

podem ser vistas na presença ou na

ausência de alterações morfológicas

da cortical. Em condições de

normalidade, a cortical óssea mostra

ausência de sinal e a medular

apresenta sinal elevado21.

Edema na medula óssea também

pode ser observado através de

imagens por RM, como hipersinal em

imagens ponderadas em T2. Esta

situação não é encontrada em

pacientes com ATM normais, nem em

pacientes com disfunção intra-articular

assintomáticos11.

A efusão articular, mais comumente

encontrada em pacientes que

apresentam deslocamentos de disco

em estágios avançados, é identificada,

na imagem por RM, como uma área

de intensidade de sinal elevado, na

região dos espaços articulares, em

imagens ponderadas em T2. Quando

não existe nenhuma área de sinal

elevado ou quando existe somente a

presença de uma linha de sinal

elevado ao longo da superfície

articular, considera-se ausência de

efusão articular21.

Uma limitação da RM é a inabilidade

de demonstrar perfurações de disco.

No entanto, o contato de osso com

osso (cabeça da mandíbula com a

porção escamosa do osso temporal),

associado a doença articular

degenerativa, é sinal indireto de

perfuração discal à RM.

Ocasionalmente, com imagens

ponderadas em T2 e na presença de

efusão articular, é possível demonstrar

a presença de perfurações no

ligamento posterior do disco. Apesar

da constante preocupação no

diagnóstico das perfurações de disco,

esta não é a característica principal de

um paciente com disfunção intra-

articular. O deslocamento e/ou

deformação do disco são os maiores

parâmetros que determinam a conduta

terapêutica11.

A RM tem assumido importância

fundamental no campo da odontologia,

neste caso, especificamente, no

diagnóstico por imagem dos diferentes

tipos de deslocamentos do disco

articular da ATM. O diagnóstico correto

é necessário para um planejamento de

tratamento adequado4.

2.2.4 Ultrasonografia

Na última década, a ultra-

13

sonografia (US) tem sido utilizada para

o diagnóstico de deslocamento de

disco. A maioria dos estudos foi

baseada na identificação do disco e a

sua posição em relação a cabeça da

mandibula10.

Alguns autores têm encontrado

dificuldade em observar o próprio

disco em todos os exames realizados

por eles, sugerindo que a posição de

que a estrutura deve ser avaliada por

outros marcos anatômicos,

independentemente de sua

visualização direta. Esses marcos,

como visto na ultra-sonografias, têm

sido considerados como sinais

indiretos da posição do disco, com a

vantagem de ser não-invasivo e

menos caro do que qualquer outra

técnica imaginologica, A dificuldade

encontrada por alguns em observar o

disco em todos os exames realizados

em seus estudos inspirou-os a usar

sinais ultra-sonográficos indiretos, a

fim de determinar a posição do disco13.

Estudos preconizaram distâncias

lateral e anterior da cápsula-cabeça da

mandibula em juntas livres de

deslocamento de disco, a fim de criar

valores de referência que podem ser

utilizados para facilitar as

comparações entre futuras

articulações normais e doentes. As

medições foram realizadas em ambas

as posições de boca fechada e aberta,

bem como em leituras longitudinal e

transversal, uma vez que assumimos

que, em articulações com o

deslocamento do disco os valores para

estas medições pode variar,

dependendo da posição da boca e do

tipo de deslocamento (com ou sem

redução). Essa técnica que foi

proposta é um método confiável para

identificar pontos anatômicos cujas

medições poderia indicar a posição do

disco4.

Além da avaliação da posição do

disco,a distância entre cápsula lateral

e cabeça da mandibula, é usada para

obervaçoes de casos de deslocamento

anterior. Assim,sendo um outro sinal

indireto deve ser considerado para

avaliar o deslocamento anterior do

disco, sem um vetor lateral. Teorizando

que a distância entre o ponto mais

anterior da cápsula articular e o ponto

mais anterior da cabeça da mandibula

(distância cápsula anterior-cabeça da

mandibula) deve ser alargado em

casos de deslocamento anterior, ao

fazer o uso desta distância para

avaliar a posição anteroposterior do

disco. Nesse, é mais fácil de visualizar

as porções anteriores da cápsula

14

articular e cabeça da mandibula com a

digitalização transversal. Esta é a

primeira vez na literatura que um

método ultra-sonográfico padronizado

para medir a chamada distância

cápsula anterior- cabeça da mandibula

é apresentado14.

Durante a ultra-sonografia de ATM,

concluiu-se que a medição da

distância entre o ponto mais lateral da

cápsula articular e o ponto mais lateral

da cabeça da mandibula (distância

cápsula lateral-cabeça da mandibula)

podem ser utilizados para avaliar a

posição lateral do disco, enquanto que

a medição da distância entre o ponto

mais anterior da cápsula da ATM e o

ponto mais anterior da cabeça da

mandibula (cabeça da mandibula

distância cápsula anterior) podem ser

usados para avaliar a posição anterior

do disco. Os valores normais para

essas obtidos para essas distâncias

podem ser utilizadas em estudos

futuros como valores normais de

referência9

2.3 Etiologias da DTM

A expressão Disfunção

temporomandibular (DTM) foi utilizada

de um modo genérico para

diagnosticar a dor facial e disfunção

dos maxilares. Embora mencionada

como uma síndrome, hoje em dia as

pesquisas sustentam a hipótese de

que a DTM é um grupo de doenças

relacionadas ao sistema mastigatório,

incluindo anormalidades morfológicas

intra-articular, mialgias, diferentes tipos

de deslocamento de disco, doenças

degenerativas articulares, artrite

inflamatória, sinovite e condições

congênitas e neoplásicas que afetam a

articulação temporomandibular4.

Interferências que impedem o bom

funcionamento dos movimentos

articulares, em relação à ATM

compreendem-se como desarranjo

interno, e é definido como uma má

posição do disco articular em relação a

cabeça da mandíbula e a eminência

articular12. Stegenga e Bont, (2006)

propuseram recentemente uma

mudança de nome ao fenômeno de

deslocamento de disco aderindo a

“posição de 12 horas”, onde essa

posição indicaria a condição normal da

ATM, em que o disco está posicionado

sobre a cabeça condilar com a zona

intermediária do disco situando-se em

12 horas em relação a cabeça da

mandíbula. A posição normal do disco

articular da ATM, em boca fechada, é

aquela em que se tem um alinhamento

entre o ponto médio do contorno

15

superior do côndilo da mandíbula e o

limite distal da banda posterior do

disco (posição de 12 horas) (Figura

3A). No entanto, nem todas as

articulações exibem esta posição,

existindo também variações da

normalidade, que podem ser

observadas quando a proeminência

anterior do côndilo encontra-se à

mesma altura e na vizinhança da zona

intermediária do disco. Um leve

deslocamento da zona intermediária

para anterior é considerado

deslocamento do disco articular. Em

posição de abertura máxima da boca,

o disco normalmente encontra-se

posicionado entre a superfície póstero-

superior do côndilo e a superfície

convexa do tubérculo do osso

temporal (Figura 3B)6

Os deslocamentos discais podem

ocorrer com ou sem redução,

excetuando-se o deslocamento

posterior. Esta classificação depende

do reestabelecimento ou não da

relação normal entre o disco articular e

a cabeça da mandíbula, no movimento

de abertura da boca. Quando o disco

permanece deslocado na posição de

abertura máxima da boca, considera-

se deslocamento sem redução. No

entanto, quando o disco é recapturado

para a posição de normalidade em

boca aberta, diz-se que o

deslocamento é com redução.

Redução incompleta é vista quando há

recaptura parcial do disco articular

durante a abertura da boca6

BO exame radiográfico faz parte da

rotina de avaliação clínica de quadros

de disfunção da articulação

temporomandibular (ATM). Tem como

principal objetivo a verificação de

alterações das estruturas articulares

classificadas como degenerativas e

também a verificação da amplitude de

excursão da cabeça da mandíbula. A

amplitude de movimento da cabeça da

mandíbula é classificada como normo,

hiper ou hipoexcursão6.

A excursão condilar foi estimada no

movimento de abertura máxima, tendo

como referência o ápice da eminência

articular do temporal, com o seguinte

critério: normoexcursão, quando o

côndilo e a eminência articular

estavam topo-a-topo; hiperexcursão,

quando o côndilo ultrapassava a

16

eminência articular; hipoexcursão,

quando o côndilo ficava aquém da

eminência articular8.

Os processos degenerativos da

articulação (ATM) estão relacionados

com seu mau funcionamento, e os

exames radiológicos são

frequentemente incluídos no

diagnóstico das disfunções

crâniomandibulares (DCM).Os sons da

ATM como o estalido são indicativos

da falta de sincronismo entre a cabeça

da mandíbula e disco articular,

podendo acarretar alterações

degenerativas3.

As crepitações são indicativos de

atrito entre as fibro-cartilagens,

ocorrendo devido às superfícies

estarem irregulares, e têm sido

consideradas como representantes da

doença avançada. A crepitação pode

indicar perfuração do disco articular ou

inserção, especialmente se há imagem

degenerativa12.

Existe controvérsia quanto ao

significado das alterações

degenerativas, pois pacientes

assintomáticos podem ser acometidos

por essas alterações, da mesma forma

que os pacientes com DCMs . Por sua

vez, a posição alterada da cabeça da

mandíbula, observada na maioria dos

casos de disfunção da ATM, pode ser

encontrada em indivíduos

assintomáticos2.

O exame radiográfico verificou as

principais alterações degenerativas

das ATMs como: facetamento,

eburnação, osteófito, pseudocisto e

erosões2.

Facetamento é a perda da

convexidade ou aplainamento dos

côndilos ou eminências articulares2

(Fig. 1).

A eburnação ocorre quando a

fibrocartilagem do côndilo sofre um

atrito contra a fibrocartilagem da

cavidade glenóide possuindo uma

radiopacidade aumentada2 (Fig. 2).

17

Pseudocisto é uma área radiolúcida

abaixo da superfície articular. Osteófito

é uma elevação na superfície articular

(Fig. 3). E a erosão é uma região

localizada de rarefação óssea ou

reabsorção óssea5.

Várias articulações com erosões ao

exame radiográfico, exibindo extensa

destruição do osso compacto

subarticular de forma achatada

definida como facetamento, apesar de

não ter sido observado

macroscopicamente alterações nas

superfícies dos tecidos moles das

ATMs4.

Com vistas a uma possível relação

dos achados radiográficos com os

sinais e sintomas, ocorre uma

predominância dos achados de

facetamento entre as alterações

degenerativas quanto a queixa

principal, padrão de ocorrência de dor,

presença de dor muscular à palpação

e sinais articulares. O mesmo achado

refere-se à predominância da

normoexcursão na estimativa de

excursão da cabeça da mandíbula. A

presença do facetamento significa uma

alteração degenerativa decorrente de

sobrecargas na ATM, o que pode ser

associado ao envolvimento muscular

frequente, em especial do masseter e

do temporal. Também, diante da

grande frequência do

comprometimento muscular, seria

esperada uma ocorrência da

hipoexcursão com maior intensidade5,.

A frequência de alterações

degenerativas verificada

radiograficamente foi, em ordem

decrescente, facetamento, eburnação

e osteofito. Essas alterações

ocorreram mais na cabeça da

mandíbula do que na eminência

articular. Na cabeça da mandíbula, o

facetamento foi o achado mais

18

frequente, enquanto que, na

eminência articular, a eburnação foi

mais frequente. Esses dados são

compatíveis com alguns estudos sobre

achados radiográficos nas disfunções

da ATM11.

Os deslocamentos de disco da ATM

são considerados uma importante

causa da dor facial, da ATM, de

estalidos, crepitação e disfunção. Os

deslocamentos de disco com redução

estão frequentemente associados a

estalidos, e os deslocamentos de disco

sem redução apresentam-se mais

frequentemente associados à limitação

da abertura da boca17.

2.4 PATOLIGIAS

2.4.1 Bruxismo

O bruxismo é uma desordem do

sono induzida centralmente, mediada

ou iniciada comumente pelo estresse

emocional diurno e estando quase

sempre associada a uma resposta

estimuladora durante o sono.

Consideram ainda que a obtenção de

uma estimativa real de pacientes

bruxistas é extremamente difícil, pois,

na maioria das pessoas, o bruxismo

ocorre durante o sono e em geral o

paciente não está ciente do seu hábito,

sendo, em alguns casos, informado

que range os dentes por familiares. A

predominância do bruxismo situa-se

na faixa etária de 19 à 45 anos15. É

extremamente difícil estabelecer uma

relação de causa e efeito entre DTM e

bruxismo devido o grande número de

influencias envolvidas. Consideraram

que uma simples relação causal direta

resultaria numa incompleta descrição

da etiologia da DTM, pois uma idéia

comum é a de que o bruxismo leva a

sinais de sintomas característicos de

um ou mais subtipos de DTMs. Em

adição os autores sugerem a utilização

da polissonografia como um critério

para diferenciar o bruxismo da

normalidade, desde que o bruxismo

relacionado ao sono seja discriminado

de sua variante diurna15.

2.4.2 Artrites

Vários processos inflamatórios

podem comprometer as ATMs,

caracterizando-se por edema e

proliferação sinovial, tais como

retrodiscite, artrite reumatóide,

espondilite anquilosante, artrite

psoriática, lúpus eritematoso sistêmico

e artrite reumatóide juvenil4. A

patofisiologia destas condições é

semelhante e, da mesma forma, as

queixas clínicas dos pacientes. Em

geral, os sintomas estão relacionados

19

a dor na fase ativa, limitação da

abertura da boca, rigidez matinal e

crepitação decorrentes da osteoartrite

secundária. O estalido, entretanto, é

incomum5. O estudo por imagens pode

revelar a presença de erosões

corticais e sinais de osteoartrite

secundária, inclusive com anquilose

em estádios terminais. As alterações

ósseas são mais bem caracterizadas

pela TC. Nos casos em que a doença

está em fase ativa podemos observar

derrame articular, edema na medular

óssea e realce sinovial pelo contraste,

mais bem visualizados pela RM

(Figura 1), traduzindo a presença do

pannus. O realce, entretanto, é

inespecífico e não possibilita a

diferenciação entre inflamação

primária e osteoartrite5. Analogamente,

não há diferença significativa nos

achados de imagens dos diferentes

processos inflamatórios que podem

envolver esta articulação (Figura 2).

Como em outras articulações, a

formação do tecido de granulação e

pannus ocorre tipicamente nas áreas

desnudas de cartilagem, próximo às

inserções capsulares5.

2.4.3 Infecção

Infecções granulomatosas ou

piogênicas da ATM são incomuns. Elas

podem ocorrer em conseqüência de

disseminação hematogênica de uma

infecção a distância ou, mais

freqüentemente, em decorrência de

extensão direta de infecções orais ou

20

após cirurgias da ATM4.

Os achados radiológicos se

assemelham às alterações descritas

para as artrites em geral, observando-

se derrame intra-articular,

espessamento e realce sinovial

evidentes (Figura 3), os quais são

melhor caracterizados pela RM.

Irregularidades ósseas discretas

podem ser melhor detectadas ao

estudo tomográfico computadorizado

(Figura 4). O quadro clínico é de

evolução muito rápida. A história e o

exame físico são mais característicos,

podendo-se observar aumento de

volume local, devido ao edema e

derrame intra-articular. Em geral, há

intensa dor local e marcada limitação

funcional4.

2.4.4 Hiperplasia do processo

coronoide

Hiperplasia do processo coronóide é

uma desordem que se apresenta como

restrição à abertura da boca, em geral

não-dolorosa. Sua causa é

desconhecida e pode ser unilateral ou

bilateral. O processo coronóide nestes

casos projeta-se pelo menos 1 cm

acima da borda inferior do arco

zigomático e pode impactar-se contra

o processo zigomático (Figura 5) da

maxila, onde comumente se observa a

presença de remodelagem óssea e

esclerose. Estas alterações podem ser

detectadas em estudos radiográficos

convencionais, porém, a TC é superior

na caracterização das anormalidades

morfológicas, assim como das

alterações secundárias à impactação

21

do processo coronóide hiperplasiado

contra o processo zigomático da

maxila e segmento proximal contíguo

do arco zigomático. Esta é uma

entidade pouco conhecida pelos

radiologistas e sua ocorrência pode

ser subestimada. Em geral, o

tratamento cirúrgico, com ressecção

do processo coronóide, proporciona

bons resultados10.

2.4.5 Processo neoplásico secundário

Metástases não são comuns para a

ATM, mas não devem ser esquecidas

no diagnóstico diferencial das

síndromes dolorosas desta região.

Lesões secundárias de

adenocarcinomas (Figura 6) são as

que mais frequentemente acometem a

mandíbula. Em ordem de frequência,

podemos encontrar metástases de

neoplasias da mama, rim, pulmão,

cólon, próstata, tireóide, estômago,

pele e testículo. As lesões são mais

comumente encontradas nas regiões

molar e pré-molar, sendo o

comprometimento do côndilo

mandibular mais raro. A TC pode

revelar a presença de lesão óssea

lítica ou blástica, dependendo da

natureza da lesão primária. A RM,

entretanto, tem maior resolução para

demonstrar o componente de partes

moles e sua extensão, particularmente

as sequências ponderadas em T1 com

supressão de gordura após a injeção

intravenosa de contraste

paramagnético11.

2.4.6 Condromatose sinovial

A condromatose sinovial caracteriza-

se por metaplasia cartilaginosa da

membrana sinovial, produzindo

pequenos nódulos de cartilagem, os

quais podem se desprender da

membrana e tornarem-se corpos

livres, que eventualmente se

calcificarão. Esta é uma condição que

raramente compromete a ATM, e

quando aí ocorre, em geral acomete

22

pacientes na quarta à quinta década

de vida, sendo mais comum em

mulheres. Os sintomas dos pacientes

são vagos e em geral as queixas estão

relacionadas a dor e inchaço da

região, inclusive com assimetria facial

e problemas oclusais13.

Os estudos de TC revelam a

presença de corpos livres intra-

articulares calcificados, em geral

múltiplos (Figura 7). Os côndilos

mandibulares podem estar

preservados ou com sinais de

osteoartrite, notando-se

irregularidades de suas superfícies

articulares. Nos casos mais agressivos

pode-se observar destruição do

côndilo e da fossa articular, inclusive

com extensão intracraniana já tendo

sido relatada16.

As imagens de RM podem

demonstrar a presença de derrame

intra-articular, sinais de sinovite com

realce pelo contraste paramagnético

intravenoso e presença de "massas"

intra-articulares de sinal heterogêneo,

em geral hiperintenso em T2, as quais

podem estar localizadas tanto no

compartimento superior quanto no

inferior da articulação, inclusive

ocupando posição posterior em

relação ao côndilo mandibular.

Quando calcificadas, estas lesões se

apresentam com sinal hipointenso nas

várias ponderações, sobretudo nas

sequências gradiente-eco14.

2.4.7 Osteonecrose

Necrose avascular do côndilo

mandibular corresponde a uma área

de infarto cortical e medular,

resultando em enfraquecimento

estrutural, que predispõe a colapso e

alterações degenerativas. Pode haver

associação com desordens

hematológicas, displasias ósseas,

quimioterapia, uso de corticosteróides,

trauma, ou ocorrer como complicação

de cirurgia ortognática. No entanto, a

maioria dos casos está relacionada a

estádios avançados de disfunção

interna da ATM18.

23

A dor é o sintoma predominante,

podendo ser constante ou às vezes

referida como pulsátil, exacerbada

pela movimentação da articulação.

Outras queixas comuns incluem

cefaléia, otalgia, espasmo e dor da

musculatura mastigadora, limitação da

abertura da boca e crepitação17.

As alterações radiográficas e

tomográficas incluem assimetria na

morfologia dos côndilos, defeitos

focais e depressões na superfície

articular do côndilo, além de redução

volumétrica deste (Figura 8)17.

A RM é um método bastante sensível

no diagnóstico da osteonecrose e

pode demonstrar, além das alterações

morfológicas, a presença de alteração

de sinal da medular óssea condiliana.

Esta alteração se caracteriza por

hipointensidade de sinal nas

sequências ponderadas em T1 e sinal

variável nas ponderações em T2

(Figura 8), dependendo da fase em

que o estudo é realizado. Num estágio

mais precoce pode-se observar

hiperintensidade de sinal em T2, que

traduz a presença de edema

decorrente de congestão vascular. Já

nas fases mais tardias do processo

nota-se hipointensidade em T2,

correspondendo a substituição da

medular por tecido fibrótico e

esclerose óssea. Devemos ressaltar,

entretanto, que tais alterações não são

patognomônicas de necrose avascular,

e a RM não permite afastar fibrose da

medular óssea não-decorrente de

osteonecrose11. Além disso, evidências

histológicas podem mostrar a

presença de edema sem evidência de

osteonecrose, ou podendo precedê-

la19.

2.4.8 Doença de deposito de cristais

de diidrato de pirofosfato de cálcio

( pseudogota)

As artrites metabólicas raramente

acometem as ATMs. São mais comuns

24

em mulheres após 40 anos. A

fisiopatogenia da doença não está

totalmente estabelecida e os cristais

de diidrato de pirofostato de cálcio

devem originar-se nos condrócitos

articulares e a sua liberação ocorreria

devido a um mecanismo de reparação

de lesões da superfície cartilaginosa.

Os níveis desses cristais, portanto,

podem estar elevados no líquido

sinovial da articulação acometida e

normais no sangue e na urina desses

pacientes13.

O quadro clínico em geral é

caracterizado por dor de início agudo,

com dor e edema local11.

O estudo por imagens pode

demonstrar a presença de

calcificações intra-articulares, as quais

podem ser grosseiras ou sutis, neste

caso melhor detectadas pela TC

(Figura 9). Podem ocorrer erosões

tanto no côndilo mandibular quanto na

fossa articular, porém, quando os

períodos de crise são muito esparsos

e com grandes intervalos de tempo, as

alterações radiológicas podem

aparecer tardiamente20.

2.4.9 Trauma

A prevalência das fraturas do

processo condilar varia entre 25% e

50% das fraturas da mandíbula, sendo

a região condilar/subcondilar a porção

mais frequentemente fraturada da

mandíbula. Elas podem ser

classificadas como fraturas do colo e

da cabeça do côndilo. As fraturas do

colo podem ser altas, médias ou

baixas (Figura 10), de acordo com sua

posição. Já as fraturas da cabeça

podem ser divididas em intracapsular

(Figura 11) e extracapsular. As fraturas

intracapsulares são menos comuns e

ocorrem mais frequentemente em

crianças. Já as fraturas

extracapsulares envolvem a região

subcondilar e são mais

frequentemente unilaterais, nestes

casos podendo estar associada fratura

25

do ângulo da mandíbula contralateral.

A distinção entre fratura alta do colo

condilar e fratura extracapsular da

cabeça condilar é arbitrária. As

fraturas do processo condilar ainda

podem ser divididas em deslocadas e

não-deslocadas. Tipicamente, o

deslocamento, quando ocorre, se dá

em sentido medial, devido à tração

que o músculo pterigóideo lateral

exerce21.

A avaliação do tipo e grau do

deslocamento é essencial para o

planejamento terapêutico,

considerando-se o ângulo entre a

cabeça e o ramo da mandíbula, o

contato entre as extremidades da

fratura (especialmente o grau de

contração no plano vertical, que

influencia a oclusão), o deslocamento

transverso e a posição da cabeça

fraturada em relação à eminência e a

fossa articular, sendo estes

parâmetros úteis para a seleção de

abordagem cirúrgica e não-cirúrgica.

Em geral, a avaliação inicial é

realizada com radiografias

convencionais ou radiografias

panorâmicas da mandíbula, devido ao

26

seu baixo custo, grau de

disponibilidade e experiência com o

método. A TC é considerada o método

de imagem de escolha para avaliação

do trauma de face, sendo que a

tecnologia multislice trouxe maior

rapidez ao exame, alcançando

cobertura de maior volume da amostra

e imagens nos diferentes ângulos e

planos em alta resolução e

reconstruções tridimensionais de

excelente qualidade, sendo bastante

útil no planejamento da cirurgia

reconstrutora21.

A RM pode ajudar a identificar

deslocamento de disco pós-

traumático, assim como lesões

capsulares, cartilaginosas e

ligamentares, o que também é

importante na avaliação pré-

tratamento. Os objetivos do tratamento

são redução e união adequadas da

fratura, preservação da oclusão

dentária e da função articular, além de

bom resultado estético. Distúrbios

funcionais, mal-oclusão dentária,

pseudo-artrose, dor, anquilose e

osteoartrite são complicações da

consolidação inadequada5 (Figura 12).

A escolha de técnicas de redução

aberta ou fechada depende do tipo e

da gravidade da injúria, se ocorreu

fratura uni ou bilateral, bem como da

idade e das morbidades do paciente17.

Geralmente, o tratamento conservador

é preferido nos casos de fraturas não-

deslocadas uni ou bilaterais e em

crianças, estando o tratamento

cirúrgico reservado para fraturas

deslocadas, mesmo que unilaterais,

desde que estejam dificultando a

amplitude de movimento articular ou

provocando mal oclusão dentária17.

3. DISCUSSÃO

Levando em consideração os

27

objetivos do referente trabalho,

relembrou-se aqui a anatomia da ATM

e as principais etiologias por ela

acometida. Como protagonista os

exames imaginológicos que são

exames complementares, mas que

assumem importante papel para o

diagnóstico e prognóstico das

patologias.

As informações para se

complementar um diagnóstico, na

região da ATM, podem ser obtidas, na

maioria das vezes, com a técnica

transcraniana. Já alguns

pesquisadores acreditam que essa

técnica não reproduz corretamente o

relacionamento espacial da ATM21.

O posicionamento condilar anormal

na radiografia transcraniana retrata a

disfunção na ATM. Moraes et al.

compararam diferentes tipos de

exames radiográficos da ATM e

concluíram que o exame transcraniano

só foi superado pela tomografia linear

para visualização da degeneração

articular22.

A ressonância magnética (RMN) e a

tomografia computadorizada (TC) são

métodos com maior acurácia

diagnóstica em comparação à

radiologia convencional, em virtude da

maior resolução anatômica que

proporcionam. A TC é o método ideal

para a avaliação das estruturas

ósseas, ao passo que a RMN

possibilita o estudo de partes moles,

incluindo o disco intra-articular. Os

dois métodos frequentemente se

completam no estudo das

anormalidades das ATMs,

constituindo-se em importantes

instrumentos no diagnóstico diferencial

das diversas doenças dessa região23.

TC é o exame de escolha para

avaliar as estruturas ósseas da ATM,

principalmente para o diagnóstico de

fraturas, deformações articulares,

anquiloses e tumores. Não há

superposição de qualquer outra

estrutura, permitindo a avaliação da

qualidade e densidade óssea. Da

mesma forma, a RMN é o padrão-ouro

para a representação dos tecidos

moles e determinação da posição do

disco articular da ATM, permitindo

informações sobre a posição, função e

forma desse disco e condições dos

tecidos musculares e ligamentos, além

da avaliação da severidade de várias

afecções: traumas, artrites, artroses e

degeneração neoplásica24.

Já a tomografia volumétrica de

feixes cônicos (Cone Beam) permite a

28

visualização de estruturas de

dimensões reduzidas com um mínimo

de exposição à radiação para o

paciente e menor tempo operacional,

em relação à TC. Essa modalidade de

imagem tem emprego diverso,

auxiliando no diagnóstico e elaboração

do plano de tratamento em diferentes

especialidades odontológicas. A

tomografia Cone Beam é de relevante

importância no diagnóstico,

localização e reconstrução de imagens

tomográficas com excelente precisão,

auxiliando nas decisões terapêuticas

23.

4. CONSIDERÇÃOES FINAIS

Levando em consideração que as

disfunções temporomandibulares

apresentam tratamento multifatorial e

conhecendo a anatomia e os

diferentes fatores etiológicos que

envolvem as articulações

temporomandibulares, podemos

através de exames imaginológicos

adequados diagnosticar e até mesmo

tratar as patologias dentro do enfoque

odontológico. Torna-se implícito a

necessidade de uma avaliação

especifica pela especialidade

envolvida, bem como exames

complementares que se tornam

fundamentais para identificar com

exatidão a alteração presente. Assim

fica evidente que a ressonância é o

padrão-ouro entre os exames

imaginológicos, por ser o único que

possibilita a visualização do disco

articular e tecidos moles

circunjacentes. A tomografia

volumétrica Cone Beam na prática

odontológica, tende a se tornar uma

ferramenta bastante útil. Através da

reconstrução 3D das superfícies do

côndilo e suas sobreposições,

visualizações detalhadas de

mecanismos adaptativos e sua

avaliação não invasiva podem tornar-

se possíveis na rotina da clínica.

Através dessas modalidades de

exames, aliadas ao conhecimento

científico, o diagnóstico e a decisão

terapêutica podem ser pautados e

baseados em evidências, de modo a

propiciar-se o tratamento mais

adequado e seguro para o paciente.

29

5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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