evangelhodematityahu.blogspot.com.br 2012 06 novo testamento o verdadeiro canon da
DESCRIPTION
Uploaded from Google DocsTRANSCRIPT
O Novo Testamento usado pela Igreja Ortodoxa Grega e Etíope contém os seguintes livros: Mateus, Marcos, Lucas, João, Atos dos Apóstolos,
Romanos, I Coríntios, II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I Tessalonicenses, II Tessalonicenses, I Timóteo, II Timóteo, Tito,
Filemom, Hebreus, Tiago, I Pedro, I João, II Pedro, II e III João, Judas, Apocalipse.
Também podem ser encontradas cópias dos livros que compõem o Novo Testamento em Latim e Copta. Desta forma, de um jeito ou de outro, fazem
parte do 'Novo Testamento' as 13 cartas de Paulo de Tarso (49 e 68 d.C.), os evangelhos (em grego e aramaico) de Mateus, Marcos, Lucas e João
(42 e 50 d.C.), os Atos dos Apóstolos (50 e 68 d.C.), além de algumas epístolas católicas menores escritas por vários autores e que tem com
conteúdo instruções, resoluções de conflito e outras orientações para o cristianismo. E por último, o Apocalipse atribuído a João.
Idioma
Os idiomas utilizados entre judeus e gentios para se comunicarem naquelas regiões na época de Yeshua eram o: hebraico, aramaico e grego
koiné (Antiguidades 20: 11:2). Desta forma, todos os livros que formavam o Novo Testamento foram os escritos em grego koiné, o dialeto vernáculo
que na época era falado nas províncias romanas do Mediterrâneo Oriental, e os livros aramaicos. Entretanto, o livro de Mateus, na qual cópias em
grego e em aramaico podem ser encontradas no Novo Testamento foi escrito originalmente em hebraico.
Todos os cristãos, tanto ro manos quando síriacos consideram os seus Novos Testamentos como um livro inspirado, ressalva suas pequenas
diferenças entre as versões da cada um.
Os antigos evangelhos siríacos foram produzidos provavelmente no século III. O antigo idioma Siríaco é usado no Antigo Testamentoda Peshitta para
referências (e é assim a testemunha a mais antiga de sua existência) nos evangelhos, nos textos onde as citações são completamente diferentes em
grego. Há também evidências de que as traduções dos Atos dos Apóstolos e das Epístolas paulinas existiram também na antiga versão Siríaca, de
acordo com a história eclesiástica 4.29.5 de Eusébio.
Manuscritos
Existem cerca de 5.700 manuscritos gregos do Novo Testamento. Além disso, existem mais de nove mil manuscritos em outras línguas (siríaco,copta,
latim, árabe). Alguns desses manuscritos são Bíblia completas, outros são livros ou páginas, e somente alguns são apenas fragmentos.
O Novo Testamento foi escrito em letras de imprensa, conhecidas pelo nome de Unciais (ou maiúsculas). A partir do século VI esse estilo caiu em
desuso, sendo gradualmente substituído pelos manuscritos chamados minúsculos. Esses predominaram no período que vai do século IX ao XV.
O Rylands Library Papyrus ou Papiro P52 é geralmente aceito como o mais antigo registro sobrevivente de um livro que viria a ser o Novo
Testamento. É datado em algum momento entre 117 d.C. e 138 d.C.. A parte frontal desse papiro contém os linhas do Evangelho de João 18:31-33.
No verso, estão registrados os versos 37 e 38. Os manuscritos do Novo Testamento são divididos em três categorias: papiros, unciais e minúsculos.
O que os diferencia são suas características diferenciadas.
Formação da coletânea 'Novo Testamento'
O processo de canonização do Novo Testamento foi complexo e demorado. Caracterizou-se por uma coletânea de livros que a tradição cristã
considerou autoritária no culto e no ensino, e em consonância com o Antigo Testamento, além de serem relevantes para as situações históricas em
que viviam. Contrário à crença popular, o cânon do Novo Testamento não foi sumariamente decidido em reuniões do Conselho da igreja, mas sim
desenvolvido ao longo de muitos séculos.
Estes escritos circulavam entre as primeiras comunidades cristãs. As epístolas de Paulo estavam circulando já reunidas no final doprimeiro século
d.C.. Justino Mártir, no segundo século, menciona as memórias dos apóstolos, que os cristãos chamam de evangelhos e que eram considerados em
pé de igualdade com o Antigo Testamento. Um cânone contendo os quatro evangelhos (os Tetramorph) já estava circulando na igreja no tempo de
Ireneu em 160 d.C.. No início do século III, Orígenes de Alexandria talvez já tenha usado os mesmos 27 livros que compõe o Novo Testamento
moderno, mas ainda havia disputas sobre a canonicidade do livro de Hebreus, de Tiago, de II Pedro, de II e III João e do Apocalipse. Em contraste, os
escritos que foram aceitos universalmente pelo cristianismo desde meados do século II e que compõe hoje a maior parte do Novo Testamento são
denominadas homologoumena. O fragmento de Muratori mostra que em 200 d.C. já existia um conjunto de escritos cristãos semelhante ao Novo
Testamento atual.
Atanásio, bispo de Alexandria, em sua carta de Páscoa de 367 d.C. escreveu a primeira lista com os 27 livros que viriam a formar o Novo Testamento
canônico. O Sínodo de Hipona em 393 d.C. aprovou o Novo Testamento tal como conhecemos hoje, juntamente com os livros da Septuaginta, uma
decisão que foi repetida pelo Conselho de Cartago em 397 d.C. e em 419 d.C.. Esses conselhos foram liderados por Santo Agostinho, que
considerava o cânone como algo já fechado. Da mesma forma, o Papa Dâmaso I comissionou Jerônimo de Strídon a fim de organizar a edição Latina
da Vulgataem 383 d.C., o que foi fundamental para a fixação do cânon do Ocidente. Em 405 d.C., o Papa Inocêncio I mandou uma lista dos livros
sagrados para Exuperius, um bispo gaulês.
Por volta do século IV, já havia uma unanimidade no Ocidente sobre o cânon do Novo Testamento; O Oriente, com poucas exceções, havia entrado
em concordância sobre a questão do canôn por volta do século V. A única resistência estava relacionada ao livro do Apocalipse. Não obstante, um
articulação dogmática completa do cânon não foi feita até 1546 no Concílio de Trento para o Catolicismo Romano; e em 1563 nos Trinta e Nove
Artigos da Igreja da Inglaterra; Em 1647 na Confissão de Fé de Westminster para o calvinismo; E finalmente em 1672 no Sínodo de Jerusalém para
ortodoxia grega.
Os Ebionitas
Consta nos escritos dos pais da igreja que os ebionitas usavam somente um evangelho, o qual era escrito em hebraico, e era considerado como
sendo o Evangelho segundo Mateus, mas era menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego, que é usado pelos católicos, pois os católicos o
consideravam como sendo incompleto e truncado, e que este evangelho era também chamado de "Evangelho segundo os Hebreus" (Eusébio de
Cesaréia, História Eclesiástica, 3:27, e Epifânio de Salamina, Panarion, 30:3:7 e 30:13:1-2).
No entanto, é necessário distinguir entre o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos ebionitas e o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos
nazarenos, pois, embora ambos fossem considerados como sendo o Evangelho segundo Mateus em hebraico, o Evangelho segundo os Hebreus
usado pelos nazarenos era uma versão expandida, que continha todos os trechos que são encontrados no Evangelho segundo Mateus em grego
usado pelos católicos, e continha mais alguns trechos que não são encontrados no Evangelho segundo Mateus em grego usado peloscatólicos,
enquanto que o Evangelho segundo os Hebreus usado pelos ebionitas, ao contrário, era menor do que o Evangelho segundo Mateus em grego
usado pelos católicos (Epifânio, Panarion, 30:13:2).
O Evangelho segundo os Hebreus usado pelos nazarenos é citado várias vezes por Jerônimo.
O Evangelho segundo Mateus contém a doutrina ebionita, principalmente em Mateus 5:17-19, onde consta que Jesus Cristo disse que não veio abolir
a Lei nem os Profetas, mas sim cumprir, e que a Lei nunca será abolida, e que devemos obedecer a todos os mandamentos da Lei, e em Mateus
7:21-23, onde consta que Jesus Cristo disse que nem todos os que crêem nele entrarão noReino de Deus, mas sim somente aqueles que fazem a
vontade de Deus, e que muitos que pregam o evangelho e fazem milagres em nome dele não entrarão no Reino de Deus, porque praticam a
iniqüidade.
Isto explica por que este evangelho era o único que era aceito pelos ebionitas.
Os pais da igreja escreveram que Mateus escreveu o seu evangelho em hebraico, e que cada um o traduzia como podia (Eusébio, História
Eclesiástica, 3:24:6 e Papias, citado por Eusébio, em História Eclesiástica, 3:39:16 e Ireneu, em Contra as Heresias, 3:1:1 e Orígenes, citado por
Eusébio em História Eclesiástica 6:25:4 e Epifânio, em Panarion, 30:3:7 e Jerônimo, Epístolas, 20:5 e Comentários sobre Mateus 12:13 e Vidas de
Homens Ilustres, capítulo 3)
Desta forma, os criadores do 'Novo Testamento', na verdade, tiveram sua inspiração no paulinismo.
Conforme a crescente seita cristã, iniciada por Paulo de Tarso, os seus seguidores começaram a se chamar de cristãos, e provavelmente isto os
fortaleceu a se separarem dos ebionitas, até então chamados de nazarenos. E por que digo que os primeiros nazarenos eram ebiontas? Porque
embora ainda não fossem chamados de ebionitas a crença destes nazarenos é idéntica a dos ebionitas.
Quando Paulo de Tarso relatou em Atos dos Apóstolos 11:26; 15:1-2; Romanos 3:20; Galatas 2:11-16; 3:10-14, 24-25; 5:2-4; Efésios 2:15; Filipenses
2:6; 3:5-8; Colossenses 1:15-16; 2:9,16-17,21, que as leis judaicas não faziam parte do movimento cristão, a divisão destes dois grupos, cristãos e
nazarenos, tornou-se ainda mais radical. Os católicos foram definitivamente instituídos mais tarde com Inácio de Antioquia (Inácio aos Magnésios 3:8-
11) e depois declarados oficialmente com o imperador romano Constantino nos seus Concílios. Estes formaram o canon 'Novo Testamento', onde foi
discutido pelos séculos até 1672 d.C..
Critério de um livro santo
Para o judaísmo, o critério geral para a classificação de um documento para fazer parte de uma coletânea sagrada ou santa sempre foi o
ensinamento e a autoria. Pois tais documentos não deveriam contrapor as leis da Torá. De acordo com o concílio de Jamnia, este critério também
exigiu que: ‘deveriam existir originalmente em língua hebraica e que remontassem ao tempo do profeta Esdras’.
Desta forma, também podemos ver como era impossível os livros pertencentes a coletânea 'Novo Testamento' serem utilizados pelos primeiros
nazarenos, e ter sido aceito somente pelas comunidades cristãs.
Posteriormente nos séculos II e III umas das ramificações nazarenas passaram a utilizar o 'Novo Testamento' como parte de sua literatura. Nesta
época a distinção entre os ebionitas e estes nazarenos já são aparentes nos escritos dos pais da igreja.
As alterações
O cristianismo, ao longo dos séculos, fez modificações ou alterações nos escritos que compõem a coletânea 'Novo Testamento' diversas vezes.
Podemos observar algumas destas alterações que são as seguintes:
1) adulteração:
Uma das adulterações é vista no livro de Matityahu, o Evangelho segundo Mateus, no capitulo 1º, onde fala do nascimento de Yeshua, alterando o
texto original: “Yosef gerou Yeshua” para a seguinte frase: “...José, esposo da virgem Maria, da qual nasceu Jesus”, no intuito de terem base para
doutrina do nascimento virginal. Levando em conta que o texto original esta em posse ebionita, consta no registro de Irineu de Lyon que: "os ebionitas
afirmam que Ele foi gerado por Joseph". – (Irineu em Contra Heresias, cap.21:1). E pelo fato de Matityahu escrever seu evangelho em hebraico para
os ebionitas (até então nazarenos) percebe-se que no Evangelho segundo Mateus que era usado pelos ebionitas não existia a estória do nascimento
virginal que é apresentada pelos livros cristãos. Outra prova é que no rodapé da bíblia de Jerusalém menciona que em escritos gregos mais antigos
constava a palavra: “gerou”, neste verso. Como também nos manuscritos a, g1, k e q da versão latina antiga dizem o seguinte: “E Jacó gerou a José,
ao qual estava compromissada a virgem Maria, gerou Jesus, o chamado Cristo”. E nos manuscritos das versões gregas ‘Theta’ e ‘Fi’, também dizem
que José gerou Jesus.
A que tudo indica, o motivo para isto foi que com o passar dos tempos os católicos tiraram a palavra gerou, porque a palavra gerou é aplicado a um
homem, a fim de implantarem a doutrina do nascimento virginal, ficando mais fácil futuramente declarar Jesus como uma divindade.
2) adulteração:
No livro de Mateus 3:17, onde costa a frase: “Este é meu filho amado, em ti tenho aprazo”, foi alterada e os próprios pais da igreja confessam que não
era bem assim.
Nas citações de Epiphanius consta que a frase era: ‘Eu hoje te gerei’. E também em Lucas 3:22 do Manuscrito ‘D’ da versão Grega, e na versão
Latina Antiga, e nas citações de Justino, Clemente de Alexandria e Orígenes, conta ‘Tu és meu filho, eu hoje te gerei’, ao invés de ‘Tu és o meu filho
amado, em ti tenho prazer’.
3) adulteração:
A tradução do livro de Mateus encontrada hoje nas bíblias cristãs em Mateus 5:17-19 dá a intender ao leitor que a Lei e os Profetas seriam abolidos
em um tempo definido. Pois essa tradução cita: “sem que tudo seja cumprido”. Porém, conforme o texto original do manuscrito hebraico de Mateus
consta a seguinte frase: “pois tudo será praticado”. E este mesmo verso é confirmado pela carta de Pedro (Kefá) a Tiago (Ya’akov).
4) adulteração:
Outra adulteração é referente a posição de Yeshua perante alguns mandamentos da Torá, em Mateus 5:21 ao 44 das bíblias cristãs é acrescentado
em todas as citações a palavra “porém”, para passar adversidade, não constando nos textos hebraico e aramaico.
Também é colocado uma proibição a fazer juramento, a proibição punitiva da lei do talião, a heresia de se divorciar em caso de adultério. O que
contradizem a Lei Judaica e não são relatadas no texto hebraico.
5) adulteração:
Outra prova de que os pais da igreja católica adulteraram o texto de Mateus está nas declarações de Eusébio em seus escritos, ante do Concílio de
Nicéia, quando cita a frase: “...fazei discípulos em todas as nações em meu nome.” – (Novum Testamentum Graece", Nestle e Aland, 25º edição). Ora,
o verso original do texto hebraico de Mateus (Shem Tov) consta assim: “Vocês vão e guardem eles a estabelecer todas as palavras que eu ordenei a
vocês para sempre.”. Com isto vemos também que quando chegou o Concílio de Nicéia, Eusébio em seus escritos pára de citar a expressão: “...
discípulos em meu nome.”, e passa a usar a frase: “... batizando-os em nome do pai do filho e do espírito.” presente no Novo Testamento atual.
6) adulteração:
As adulterações dos evangelhos não pararam por aí. O evangelho de Lucas também sofreu adulteração, e é comprovado pela passagem de Lucas
3:22 no Manuscrito ‘D’ da versão Grega e Latina Antiga como também nas citações de Justino, Clemente de Alexandria e Orígenes, contando: ‘Tu és
meu filho, eu hoje te gerei’, ao invés de ‘Tu és o meu filho amado, em ti tenho prazer’.
7) adulteração:
O evangelho de Marcos sofreu um acréscimo de versículos no último capitulo. O livro originalmente termina no verso 8 do capitulo 16. Porém foram
acrescentados 12 versículos no último capítulo. E pra variar, o adultério ainda trás versos hereges. Pois no verso “9” consta que Yeshua ressuscitou
no domingo. Sendo que o próprio livro relata versos antes que ele já tinha sido ressuscitado antes do domingo. Também relata neste acréscimo em
Marcos que Yeshua teve sua ascensão na Galiléia, em quanto Lucas relata que a ascensão foi em Betânia.
8) adulteração:
Romanos 10:6, foi acrescentado a palavra “mas”. Onde é inexistente na versão aramaica, e nem no texto recebido.
9) adulteração:
Romanos 14:14 - Eu sei, e estou certo no senhor Jesus, que nenhuma coisa é de si mesma imunda, a não ser para aquele que a tem por imunda;
para esse é imunda.
O versículo acima dá a entender que nada é imundo senão para aquele que o tem por imundo. A palavra que foi traduzida como "imundo", no grego é
a palavra "koinós", que significa "comum". Os conhecedores da cultura judaica, sabem que há uma grande diferença entre um alimento "comum" e o
alimento "imundo", coisa que os gentios não têm conhecimento. No Tanach está claro sobre o que são comidas imundas.
Qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento da cultura judaica, já saberia o que são os alimentos imundos apenas lendo a lista de animais imundos
registrados em Vaikra 11 (Levíticos). Porém, os gentios não sabem o que significa para um judeu o alimento "comum". O alimento "comum" é toda a
carne que é permitida comer, todavia não foi morta de uma maneira especial, não é kasher. Para que os gentios entendam, um exemplo simples seria
a carne de frango que não foi abatida por um sacrificador profissional (shochet), essa é imprópria para um judeu consumir, mesmo sendo a carne de
um animal limpo.
No judaísmo, mesmo a carne de um animal limpo, que não foi morta por um sacrificador (shochet) é imprópria para o consumo. Essa carne é comum,
pois, não foi morta de maneira especial. Então, a palavra que deveria ser traduzida por "koinós" em Romanos 14:14, deveria ser a palavra "comum",
que é o significa literal da palavra grega "koinós".
A palavra para "imundo" do português é a palavra grega "akáthartos". Em um único versículo que se encontram as duas palavras gregas (koinós e
akáthartos) está no livro de Atos 10:14. (Atos 10:14) - Mas Pedro disse: De modo nenhum, Senhor, porque nunca comi coisa alguma comum (koinon)
e imunda(akatharton).
10) adulteração:
Foi acrescentada a palavra ‘Theos’ (em grego) na passagem da 1ª carta de Paulo a Timóteo 3:16 . Na versão do Sinaitico preserva: “Ele que se
manifestou em carne...”.
Estas são apenas as mais comuns alterações presentes no Novo Testamento, sendo este portador de ainda outras maiores.
Contradições entre autores
O Novo Testamento por ser escrito por diversos autores de diversas crenças diferentes, acaba que possuindo contradições entre os livros que o
compõem. Para entendermos as contradições devemos antes conhecer quem eram os escritores, como eles conseguiram as informações escritas nos
documentos.
Mateus
Era um judeu de nascimento cobrador de impostos, que passou a seguir a Yeshua enquanto ele estava em seu ministério. Mateus foi chamado para
ser apostolo pelo próprio Yeshua, e foi testemunha ocular dos acontecimentos ocorridos.
Marcos
Não era judeu, nem apostolo, e nem foi testemunha ocular dos acontecimentos. Mas ficou instruído devido a ouvir outras pessoas contarem. Há
estudos que dizem que Marcos escreveu baseado em Mateus.
Lucas
Também não era apostolo e nem judeu. Também não presenciou os fatos ocorridos, e escreveu daquilo que ouviu quando viajava com Paulo de
Tarso. Lucas escreveu o Evangelho de Lucas e o livro Atos dos Apóstolos na qual inicialmente parece ser um só obra.
João
Não era judeu, não era apóstolo e não presenciou os acontecimentos daquela época, Conforme Jerônimo, João era um presbítero cristão que viveu
na Ásia e escreveu seus livros por volta do ano 80d.C por inimizade aos ebionitas. Os livros que relatam ser de João não são escritos pelo apostolo
Yochanan que era discípulo de Yeshua. Isto Jerôimo relata em sua obra de Viris Illustribus, 9.
Paulo
A figura de Paulo ou Saulo (Sha'ul) e relatada na maior parte pelo livro dos Atos dos Apóstolos escrito por Lucas seu discípulo e em menor parte por
suas cartas. Saulo era judeu e inicialmente era inimigo dos nazarenos. Saulo em certo momento muda de idéia e passa a compartilhar de alguns
ensinamentos dos nazarenos, como a crença em Yeshua como Messias, porém, logo em seguida, se separa deles e forma sua própria comunidade,
tendo como sede Antioquia da Síria.
Abaixo farei exposição das contradições do Novo Testamento:
1) contradição:
Segundo Mateus, o sermão do monte ocorreu quando Yeshua subiu a um monte e nele proclamou as bem-aventuranças diante da multidão e seus
discípulos. (Mt 5:1,2)
Porém Lucas discorda, e escreve que o sermão do monte ocorreu num lugar plano, após Yeshua ter descido do monte. (Lc 6:16-17).
2) contradição:
Com respeito ao batismo de Yeshua, os três evangelistas relatam que Yeshua após sair da água, foi para o deserto da Judéia e ficou lá 40 dias, e só
voltou após este período. (Mt 3:16,4:1 – Mc 1:10-13 – Lc 4:1).
Porém João discorda, e relata que Yeshua após sair da água, ficou andando naquela mesma região, diante de João Batista, sendo visto por João
batista por 2 dias, e após 2 dias, foi para casa. (Jo 1:29-39).
3) contradição:
Os dois evangelistas: Mateus e Marcos relatam que Yeshua foi pregado no madeiro na ‘terceira hora’. (Mt 20:3 – Mc 15:25).
Porém João discorda, e registra que Yeshua foi pregado após a sexta hora. (Jo 19:14-15).
4) contradição:
Também relata o evangelho de Mateus, que, quando Yeshua saiu de Jericó, ele curou dois cegos. (Mt 20:29-30).
Mas Marcos não sabia disso e relata a história como se houvesse somente um cego. (Mc 10:46-47).
5ª contradição:
Na famosa passagem “Osana nas alturas”, consta no evangelho de Mateus que antes de Yeshua entrar assentado no jumentinho, ele ordenou aos
seus discípulos que fossem pegar um jumentinho e uma jumenta. (Mt 21:2-7).
Marcos e Lucas relatam que Yeshua ordenou que pegassem somente o jumentinho. (Mc 11:2-7 – Lc 19:30-35).
6) contradição:
Quem fez o pedido a Yeshua a fim de que Tiago e João se assentassem um a sua direita e outro a sua esquerda no seu reino?
Mateus relata que foi a mãe deles. (Mt 20:20-21).
Porém Marcos relata que os dois discípulos fizeram o pedido pessoalmente. (Mc 10:35-37).
7) contradição:
Segundo o evangelho de João, Yeshua é onisciente, antes e depois de sua ressurreição. (16:30; 21:17).
Porém Mateus e Lucas afirmam que Yeshua crescia em sabedoria, e afirma que ele não é onisciente nem mesmo depois da sua ressurreição. (Lc
2:52 – Mt 24:36 – At 1:7).
8) contradição:
João afirma que Yeshua sempre existiu, e que veio a terra por meio de encarnação. (Jo 1:1,2,27; 3:13, 6:62, 8:58). Também na Carta aos hebreus 1:2
relata a mesma doutrina.
Mas Mateus relata que houve nascimento, e que Yeshua é homem. (Mt 1:16; 17:22).
9) contradição:
Yeshua não pode ser confirmado em sua genealogia.
Pois segundo Mateus, Yeshua é descendente de Salomão, por meio de José. E é relatado nos escritos do padre Éfrem da Síria (Caverna dos
Tesouros), que os pais de Miriam também eram descendentes de Salomão. (Mt 1:1-16).
Porém Lucas discorda e diz que José é descendente de Natã, o irmão de Salomão. (Lc 3:23-38).
Lucas também menciona que o pai de José é Heli, enquanto Matityahu apresenta o pai de José, a Jacó. Alguns dizem que este aplicou a lei do
levirato, ou que Heli seria o Eliaquim pai de Maria. Porém isto é mentira e é improvável, pois na lei do levirato o filho leva o nome do pai, o que não
ocorre nas genealogias, e se Heli fosse o Joaquim marido de Ana, novamente Lucas estaria se contradizendo, pois Joaquim é descendente de
Salomão.
10) contradição:
O galos cantou 1 ou 2 vezes? Segundo Mateus, Lucas e João: Pedro negaria Yeshua 3 vesez antes que o galo cantasse a primeira vez (1 vez). (Mt
26:34 – Lc 22:61 – 18:17,25,27).
Porém Marcos nega este relato, escrevendo que Pedro negaria Yeshua antes que o galo cante duas vezes. E ainda relata o ocorrido acontecendo
com o galo cantando 2 vezes. (Mc 14:30).
11) contradição:
As últimas palavras de Yeshua foram: “Em tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23:46).
Ou: “Está consumado”? (Jo 19:30).
12) contradição:
Segundo o livro de Atos dos Apóstolos 18:21; 24:14, e em Romanos 2:13; 3:31, diz que Paulo de Tarso pratica a lei de Moisés, se importa e se
preocupa em cumprir as exigências da lei de Moisés, diz que a lei não será anulada e que ela justifica. (Atos 18:21 e 24:14). Porém, segundo os seus
próprios escritos nas mesmas cartas em (Atos dos Apóstolos 15:1-2; Romanos 3:20; Galatas 2:11-16; 3:10-14, 24-25; 5:2-4; Efésios 2:15; Filipenses
2:6; 3:5-8; Colossenses 1:15-16; 2:9,16-17,21) o próprio Paulo de Tarso relata que possui aversão as leis judaicas e a cultura judaica, assim como ao
monoteísmo.
13) contradição:
Também no Novo Testamento em (Atos 15:7-22) é mencionado que o apóstolo Kefá (Pedro) e o apóstolo Ya’akov (Tiago) eram contra as leis judaicas
e eram parceiros de Paulo de Tarso.
Porém, na própria carta de Paulo de Tarso em Gálatas 2:11-14 e na carta de Pedro a Tiago 2:5-11 é relatado que nenhum dos dois (Pedro e Tiago)
eram contra as leis judaicas, e nenhum dos dois eram parceiros de Paulo de Tarso, inclusive o próprio Pedro diz em sua carta que os gentios
alteraram suas pregações e passaram a seguir o homem herege Paulo de Tarso.
Aqui também não entrarei em detalhes concernentes aos outros livros do Novo Testamento que também contradizem a lei de Elohim.
Escritos Pseudo-Clementinos
Baur, o fundador da "Escola de Tübingen" relata suas idéias sobre os escritos Clementinos, que, encontrou os escritos utilizados por uma
seita ebionita no século IV. Esta seita judaico-cristã em que data rejeitava São Paulo dizendo ser um apóstata. Supunha-se que esta opinião do
século IV representava o cristianismo dos Onze Apóstolos. O Paulinismo foi originalmente uma heresia e um cisma em relação aos apóstolos Tiago,
Pedro e os restantes. Marcion era um líder da seita Paulinista, na sua sobrevivência no segundo século, usando apenas o Evangelho de Paulo, São
Lucas (na sua forma original), e as Epístolas de São Paulo (sem as Epístolas Pastorais).
São nos escritos pseudo-clementinos que se encontram a carta de Pedro a Tiago, e Recepção da carta por Tiago e a carta de Clemente a Tiago. De
acordo com o conteúdo da carta, ela é autentica, pois nela consta que Pedro não era parceiro de Paulo, e nem ensinava contra as leis do judaísmo.
Os escritos Clementinos teve a sua origem em primeiro lugar na era apostólica, e pertencia a original judaica Igreja legal de Pedro. Ele é direcionado
totalmente contra São Paulo e sua seita. Simão, o Mago nunca existiu, é um apelido para São Paulo (Saulo).
Diz a enciclopédia Católica, com respeito a Baur sobre escritos Pseudo-Clementinos o seguinte:
"Catolicismo sob a presidência de Roma foi o resultado do ajuste entre os seguidores petrinos e paulinos da Igreja na metade do século II. O Quarto
Evangelho é um monumento desta reconciliação, em que Roma assumiu um papel de liderança, tendo inventado a ficção de que tanto Pedro e Paulo
foram os fundadores da sua Igreja, ambos tendo sido martirizados em Roma, e no mesmo dia, em perfeita união".
Portanto vemos que o cristianismo inventou o Novo Testamento, e inventou a estória de que Pedro (Kefá) fundou sua igreja em roma, e acrescentou
a passagem no livro de Matityahu 16:16-18 para ter base, e ainda inventou a heresia de que Pedro (Kefá) era companheiro de Paulo de Tarso.
Os apócrifos
Os documentos pertencentes ao Novo Testamento dos cristãos que foram deixados de fora no cânon são chamados de apócrifos:
O Evangelho da Infância Siríaco (ou Evangelho Árabe da Infância)
A História de José, o carpinteiro
A Vida de João Batista
O Evangelho Armênio da Infância de Jesus
Evangelho de Marcião
Evangelho de Mani, também chamado de Evangelho Vivo ou Evangelho dos Vivos
Evangelho de Apeles
Evangelho de Bardesanes
Evangelho de Basilides
Evangelho de Cerinto
Evangelho de Tomé (século I)
Declaração de José de Arimatéia
Evangelho de Pedro
Atos de Pilatos, também chamado de Evangelho de Nicodemos
Relato de Pilatos a Cláudio
Cura de Tibério
Descida de Cristo ao Inferno
Evangelho de Bartolomeu
Questões de Bartolomeu
Ressurreição de Jesus Cristo, que alega ser "de acordo com Bartolomeu"
Sentença de Pôncio Pilatos contra Jesus
Apócrifo de Tiago, também chamado de "O livro secreto de Tiago"
Livro de Tomé Adversário
Diálogo do Salvador
Evangelho de Judas, também chamado de "Evangelho de Judas Iscariotes"
Evangelho de Maria, também chamado de "Evangelho de Maria Madalena"
Evangelho de Filipe
Evangelho Grego dos Egípcios, que é distinto do Evangelho Copta dos Egípcios
Sophia de Jesus Cristo
Evangelho da Verdade
Apocalipse Gnóstico de Pedro, distinto do Apocalipse de Pedro)
Pistis Sophia
Segundo tratado do grande Sete
Apócrifo de João, também chamado de "Evangelho secreto de João"
Evangelho Copta dos Egípcios, distinto do Evangelho Grego dos Egípcios
Apocalipse Copta de Paulo, distinto do Apocalipse de Paulo
Protenoia Trimórfica
Diagramas ofitas
Livros de Jeu
Atos de André
Atos de André e Matias
Atos de Barnabé
Atos de João (150 - 160 d.C) descreve milagres, cita sermões e é bastante ascético.
Atos de João o Teólogo
Atos dos mártires
Atos de Paulo (c.e 160 d.C) contém a estória de uma jovem em Icônio que teria se convertido por Paulo e teria deixado o seu noivado.
Atos de Paulo e Tecla
Atos de Pedro (século II) queda da igreja de Roma devido às vilezas de Simão Mago, fuga de Pedro de Roma, sua volta e crucificação de cabeça para
baixo.
Atos de Pedro e André
Atos de Pedro e Paulo
Atos de Pedro e os doze, gnóstico
Atos de Filipe
Atos de Pilatos
Atos de Tadeu
Atos de Tomé, gnóstico, (final do século II) descreve Tomé como um missionário na Índia.
Atos de Xantipe, Polixena e Rebeca
Martírio de André
Martírio de Bartolomeu
Martírio de Mateus
Epístola de Barnabé
I Clemente
II Clemente
Epístola dos Coríntios a Paulo
Epístola de Inácio aos Esmirniotas
Epístola de Inácio aos Trálios
Epístola de Policarpo aos Filipenses
Epístola dos Apóstolos
Epístola a Diogneto
Epístola aos Laodicenses, que está em nome de Paulo, escrita para materializar a epístola mencionada em Colossenses 4:16.
Correspondência entre Paulo e Sêneca
Terceira Epístola aos Coríntios, aceita no passado por algumas Igrejas Ortodoxas Armênias
Correspondência entre Jesus e Abgar, rei de Edessa. Eusébio traduziu para o siríaco.
Ditos de Jesus ao rei Abgar
Epístola de Jesus ao rei Abgar (2 versões)
Epístola do rei Abgar a Jesus
Correspondências de Pôncio Pilatos:
Epístola de Herodes a Pôncio Pilatos
Epístola de Pôncio Pilatos a Herodes
Epístola de Pôncio Pilatos ao Imperador
Epístola de Tibério a Pôncio Pilatos
Apocalipse da Virgem
Apocalipse de Paulo, que é diferente do Apocalipse Copta de Paulo
Apocalipse de Pedro, que é diferente do Apocalipse Gnóstico de Pedro, (c.e 150 d.C) contém visões do Senhor transfigurado.
Apocalipse de Pseudo-Metódio
Apocalipse de Tomé, também chamado de "Revelação de Tomé"
Apocalipse de Estevão, também chamado de "Revelação de Estevão"
Consumação de Tomé
Primeiro Apocalipse de Tiago
Segundo Apocalipse de Tiago
Vingança do Salvador
Visão de Paulo
A Descida de Maria
Passagem da Bem-Aventurada Virgem Maria
Julgamento de Pôncio Pilatos - Livro de João, o Teólogo sobre a Assunção da Virgem Maria
Caverna dos Tesouros, também chamado de "O Tesouro"
Constituições Apostólicas, regras da igreja que foram supostamente deixadas pelos apóstolos
Cânones dos Apóstolos - último capítulo das Constituições Apostólicas, que teve ampla circulação independente
Didaquê, possivelmente o primeiro catecismo escrito
Discurso de Domingo
Literatura Clementina
Livro de Nepos
Liturgia de São Tiago
Morte de Pôncio Pilatos
Natividade de Maria
Penitência de Orígenes
Prece do apóstolo Paulo
Retrato de Jesus
Retrato do Salvador
Sentenças de Sexto
Physiologus
O Evangelho desconhecido de Berlim, também chamado de "Evangelho do Salvador"
O Fragmento Naasseno
O Fragmento Fayyum
O Evangelho secreto de Marcos
Os Evangelhos de Oxirrinco
O Evangelho de Egerton
Proto-Evangelho de Tiago
Terceira Epístola aos Coríntios
Livre para copiar, sem alterar - Ebionismo ©
Entendimento
Novo Testamento
Nazarenos & Ebionitas
Filiação de Yeshua
Matityahu 28
Brit Milá
Brit Chadasha
Cristãos
Livros
Evangelho de Matityahu
Epístola de Kefá a Ya'akov
Peshitta
Cartas dos pais da igreja
Dicionário Português/Hebraico
Bíblia cristã
Ebionitas
Servos de Javé
World Aliance
Copyright © 2010 Matityahu מתתיהו | Free Blogger Templates by Splashy Templates | Layout by Atomic Website Templates