Ética2 (1)
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Rede Ecovida de Agroecologia
Edvaldo Romagna CamiloFrancis Albert Schneider
Manolo Fernandes Pereira
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE –
UNESC
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL
INTRODUÇÃO
A ética é uma ciência que estuda o comportamento dos humanos, empregando os meios necessários para que a conduta seja sempre em favor da vida humana;
O critério ético essencial é o da vida humana, por isso deve-se desobedecer ou modificar toda norma que contrarie este principio;
Analisaremos então as posturas éticas e princípios praticados pela Rede Ecovida de Agroecologia.
OBJETIVO GERAL
Analisar a aplicação da ética nos procedimentos e no funcionamento da Rede Ecovida de Agroecologia.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
Demonstrar funcionamento e organização da Rede Ecovida de Agroecologia;
Averiguar existência de códigos de ética ou ética ambiental para a Rede;
Desenvolver e multiplicar as iniciativas em agroecologia.
JUSTIFICATIVA
A Rede Ecovida de Agroecologia surgiu para o desenvolver e manter as técnicas e filosofias de produção que promovam a sustentabilidade do sistema de produção e do ambiente onde vivemos;
A importância de se analisar a Rede, é o fato de que ela segue algumas regras perante ao modo de se produzir, e esta analise será importantíssima para a averiguação de suas práticas relacionadas a ética.
MORAL E ÉTICA
Para Schülter (2010), a ética faz parte de toda ação humana,por isso todo indivíduo deve ter uma consciência ética, e esta sempre avaliando suas ações para saber se estão certas ou erradas;
Ja a moral é o conjunto de regras adquiridas através da cultura, da educação, da tradição e do cotidiano, e que orientam o comportamento humano dentro de uma sociedade.
ÉTICA DA VIDA
Leonardo Boff (2000) define quatro formas de realização da ecologia:
A Ecologia Ambiental;
A Ecologia Social;
A Ecologia Mental;
E a Ecologia integral.
AGROECOLOGIA
Gliessman (2001) define agroecologia como sendo “a aplicação de conceitos e princípios ecológicos no desenho e manejo de agroecossistemas sustentáveis”.
Gerar alimentos de alta qualidade biológica, respeitando a Natureza;
Manter a fertilidade do solo com a generalização da policultura e da integração de lavoura e criação, sem o emprego de agrotóxicos poluidores dos alimentos e do ambiente;
Criar soluções adequadas com vistas a atingir as causas e não os sintomas;
A AGROECOLOGIA NO BRASIL
década de 80 e início de 90: Fase da mobilização contestadora e da sensibilização
meados da década de 90: Fase de Multiplicação de iniciativas práticas de organização da produção e a evidência de um novo mercado. Iniciou-se o Processo Nacional para a construção do Marco Legal da Agricultura Orgânica.
final da década de 90 e início dos anos 2000: Fase da organização e ampliação do debate da agroecologia. É neste período que surge a Rede Ecovida e a discussão da Certificação Participativa.
CERTIFICAÇÃO
De acordo com Paschoal (1994), com a crescente demanda de alimentos produzidos organicamente, torna-se necessário disciplinar tanto o setor produtivo, como os setores industrial e comercial, de modo de assegurar a autenticidade desses produtos para os consumidores.
Acerca da certificação de produtos orgânicos, que até então não tinham amparo legal específico no Brasil, em 23 de dezembro de 2003, entra em vigor a lei nº 10.831, a chamada Lei dos Orgânicos, que dispõe sobre a agricultura orgânica e dá outras providências, sendo que o decreto que regulamenta a lei citada é o decreto nº 6.323, de 27 de dezembro de 2007.
CERTIFICAÇÃO PARTICIPATIVA
O decreto nº 6.323 de 2007 define Sistemas Participativos de Garantia da Qualidade Orgânica como: “conjunto de atividades desenvolvidas em determinada estrutura organizativa, visando assegurar a garantia de que um produto, processo ou serviço atende a regulamentos ou normas específicas e que foi submetido a uma avaliação da conformidade de forma participativa.”
Alguns anos antes da Lei dos Orgânicos entrar em vigor, a Rede Ecovida de Agroecologia já certificava os produtos de forma participativa.
A certificação participativa realizada pela Rede Ecovida pode ser definida como um processo de geração de credibilidade em rede, realizado de forma descentralizada, respeitando as características locais, que visa aprimorar a agroecologia e assegurar a qualidade dos seus produtos através da participação, aproximação e compromisso entre os agricultores, os técnicos e os consumidores.
REDE ECOVIDA
A Rede é composta de agricultores familiares e técnicos reunidos em associações, cooperativas e grupos informais;
Atualmente a Rede Ecovida conta com 23 núcleos regionais, abrangendo em torno de 170 municípios;
O funcionamento da rede é descentralizado e está baseado na criação de núcleos regionais;
A História da Rede
A Rede Ecovida de Agroecologia surge no Sul do Brasil como resultado de processos históricos realizados por organizações populares e não governamentais;
Estas articulações propiciavam trocas de experiências e reconhecimento mútuo, gerando uma identidade em torno do proposto;
Missão da Rede
Ser um espaço de articulação, interação e ação para
potencializar o desenvolvimento da agroecologia como
parte da construção de um projeto de sociedade que
contemple e respeite a realidade de cada povo;
Objetivos da Rede
Garantir a identidade popular e transformadora na
continuidade da construção histórica da agroecologia,
contemplando aspectos ambientais, sociais, econômicos e
principalmente culturais;
Responder de forma coletiva;
Reconhecer e respaldar mutuamente as famílias;
Fortalecer o espírito da cooperação;
Princípios da Rede
Contribuição na construção da sustentabilidade junto ao desenvolvimento;
Agroecologia como base do agronegócio no desenvolvimento sustentável;
Ser parte ou atuar junto à agricultura familiar;
Fortalecimento das relações de economia popular solidária;
Priorização da relação direta com os consumidores;
Forma de Organização da Rede
As primeiras unidades são as famílias e pessoas que se articulam entre si, nos locais onde vivem ou atuam;
A articulação regional destas iniciativas formam os núcleos, que são o principal espaço organizacional e funcional da rede;
Os coordenadores dos Grupos de Trabalho fazem parte da coordenação geral;
Certificação Participativa na Rede
A certificação participativa prima pela participação do maior número e diversidade de pessoas possível;
Descentralização: Respeita e prioriza as iniciativas e organizações locais;
Confiança: Parte do princípio que os agricultores, técnicos e consumidores;
Formação de rede: Quando se mostra sem hierarquias, respeita as iniciativas regionais e busca estabelecer uma conexão;
Adequação à pequena produção familiar: É adequada à realidade e características da agricultura e do empreendimento familiar
A Ética na Certificação dos membros na Rede
Para a obtenção do selo de certificação é necessária
a adesão à Rede Ecovida, que ocorre através do Núcleo
Regional, solicitar a certificação do mesmo, que deve ter
Conselho de Ética formado e em funcionamento;
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A agroecologia serve para a produção de alimentos, tendo
como base fundamental o não uso de agrotóxicos e o uso
de sementes nativas aliados a técnicas de manejo
sustentável e não invasiva;
Somente com uma mudança na concepção dos meios de
produção atual, será possível passar pelas crises
alimentares e outras.
REFERÊNCIAS
SCHÜLTER, Gabriela Gava. Disciplinas de ética e legislação profissional: um estudo nas matrizes curriculares dos Cursos de Ciências Contábeis do Sistema ACAFE. 2010. 86 f. TCC (Graduação em Ciências Contábeis) - Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma, 2010.
OBRIGADO!!!!!